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SEXOLOGIA FORENSE Medicina Legal | Eduardo Araújo

▪ FAMP – Med 1

É parte da Medicina Legal que estuda os problemas médico-legais ligados ao sexo. É a parte da medicina legal que trata das questões
médico biológicas e periciais ligadas aos delitos contra a dignidade e liberdade sexual. Estuda as ocorrências médico-legais atinentes
às diversas questões de reprodução humana.

A. Perversões sexuais
 Crimes sexuais
 Exposição a perigo de contágio venéreo
 Prostituição
B. Outros
 Casamento
 Fecundação e gestação
 Aborto e parto
 Infanticídio
 Investigação de maternidade

Nos ensina tudo que devemos saber a respeito dos problemas sexuais. Nos habilita a seguir e respeitar as leis da natureza e evitar
desvios do instinto. Nos fornece elementos capazes de orientar corretamente a educação e a iniciação sexual dos nossos filhos. Nos
esclarece, como médicos e juristas, sobre os meios de identificar as anomalias e crimes sexuais e como julgar seus autores e proteger
suas vítimas.

A perícia medico legal tem por finalidade levantar a prova material da ilicitude cuja demonstração dependa de procedimentos
médicos.Na rotina de apuração dos crimes contra os costumes são requisitadas fundamentalmente a perícia do exame de corpo de
delito para verificação de conjução carnal e do ato libidinoso .

C. Sexologia criminal: Avalia a virgindade, conjunção carnal, estupro (Se conjunção carnal, prisão de 6 a 10 anos), definição do
sexo, atentado violento ao pudor (pratica de ato libidinoso, menos conjunção carnal)
D. HIMENEOLOGIA FORENSE - estuda os problemas médico-legais pertinentes ao casamento.
E. OBSTETRÍCIA FORENSE - estudo da fecundação, da gestação, da gravidez, do parto, do abortamento, do infanticídio e da
investigação da paternidade.
F. EROTOLOGIA FORENSE - estuda as anomalias do instinto sexual, os crimes sexuais, a prostituição e o perigo e contágio.

SEXUALIDADE

 “O sexo é uma força vital, dada pelo Criador, que permanece, até hoje, incompreendido".
 “Constitui juntamente com a fome nos dois instintos primordiais e poderosos responsáveis, respectivamente, pela
perpetuação e conservação da espécie".
 “A sexualidade humana é a expressão carnal do amor pessoal. Toda diferença entre a sexualidade humana e a sexualidade
animal, reside nisso. ”
 "A sexualidade é uma escala pela qual se sobe a proporção que se evolui (infância, adolescência, adulta, senicidade)”.
 "Surge através de estímulos, de variada origem (oral, anal e fálica) ”.
 “As fases da sensação sexual são: Excitação, meseta, orgasmo, e resolução”.
 “As zonas erógenas são as partes excitantes sob o ponto de vista sexual (boca, coxas, orelhas, pescoço, umbigo etc.)”.
 “O ato sexual é realizado através de inúmeras posições (supina, prona, lateral, genupeitoral, ereta, sentado etc.)”.
 “Aspectos: sexualidade normal, desvio do sexo, sexualidade anormal, sexualidade criminosa”.

CRIMES SEXUAIS

A perícia atua para caracterizar a realização de conjunção carnal ou a existência de sinais de atos libidinosos diversos da conjunção
carnal.

Obs: Constranger significa violentar, coagir, impedir os movimentos, obrigar alguém a fazer o que não quer.

Estupro (Art. 213 CP)

Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique
outro ato libidinoso.

Art. 213: Constranger alguém mediante violência ou grave ameaça a ter conjunção carnal ou praticar ou permitir que com ele
pratique outro ato libidinoso.

Pena: Reclusão de 6 a 10 anos.

§ 1° - Se da conduta resultar em lesão corporal grave ou se a vítima é menor de 18 e maior de 14 anos.

Pena: reclusão de 8 à 12 anos

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§ 2° - Se da conduta resultar morte.
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Pena: Reclusão de 12 à 30 anos

(ART 217 –A) – Estupro de vulnerável, refere-se a menores de 14 anos, incorrendo quando a vítima é portadora de enfermidade ou
doença mental, incapaz de discernir a pratica do ato ou por qualquer outra causa não possa oferecer resistência.

ART 215 - CP- (VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE) – é caracterizado no fato de ter conjunção carnal ou praticar ato libidinoso com
alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima.

O atentado ao pudor mediante fraude foi revogado seguindo o assédio sexual que se refere ao constrangimento de alguém com
intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo o agente de sua condição de superior hierárquico.

CONJUNÇÃO CARNAL

Conjunção carnal: é a relação entre homem e mulher, significa a cópula fisiológica, através da penetração do pênis na vagina, que
pode ser completa ou incompleta, com ou sem ejaculação, havendo ou não a ruptura do hímen.

Ato libidinoso: é qualquer outro tipo de relacionamento sexual diferente da conjunção carnal. Exemplo: toques, apalpadelas, coito
anal, coito inter-femural, ...

 Conjunção carnal: penetração do pênis na vagina.


 Também é ato libidinoso.
 É a introdução do membro viril na cavidade vaginal além da barreira himenal.
 Identificação Médico-legal: os elementos considerados para se determinar se a mulher já praticou conjunção carnal são:
o Rotura himenal;
o Presença de esperma na cavidade vaginal;
o Gravidez.
 Condição indispensável para a consumação do casamento.
 Anulação do casamento pode ser solicitada.

ATO LIBIDINOSO DIVERSO DA CONJUNÇÃO CARNAL

Qualquer outro ato que vise satisfazer a libido (apetite sexual), não seja a conjunção carnal. Por exemplo: sexo oral, sexo anal, etc.

Identificação Médico-legal:

 Presença de esperma em qualquer área do corpo da vítima;


 Presença de saliva em áreas erógenas;
 Obs: podem também ser encontradas equimoses em áreas erógenas (arroxeados em forma de polpas digitais).

ESTUDO DO HÍMEN

Hímen: é uma estrutura mucosa que separa a vulva da vagina. Tem duas faces: uma vaginal e profunda e outra vestibular ou
superficial. Entalhes: são simétricas, avançam quase a borda de inserção. Chanfradura: são superficiais e correm em extensão

1. Exame

2. Tipos

Para melhor o entendimento dos juristas, os hímens podem ser divididos em ausentes, imperfurados e perfurados no que consiste:

Os ausentes como já se explicita, são casos tidos como raríssimos nos quais a mulher nasce sem o hímen, alguns estudiosos antigos
relatavam essa hipótese como impossível, idéia já derrubada na atualidade.

Os imperfurados necessitam ser perfurados antes da primeira menstruação, mediante adequada incisão. Após sua intervenção deve
ser lavrada uma ata judicial, na qual, se assegura o resguardo da honra da menina de eventuais suspeitas futuras.

Os perfurados ainda se dividem em resistentes, complacentes, não complacentes e os rompíveis:

 Os resistentes precisam também ser incisados, a fim de permitirem a conjunção carnal;


 Os complacentes toleram a introdução do pênis sem se romperem;
 Os rompíveis são hímens que se rompem por ocasião da primeira cópula;

Os imperfurados e resistentes, após a incisão, tornam-se rompíveis. Entretanto, se a incisão não for bem feita, podem tornar-se
complacentes.

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O que a prática médico-legal mostra, porém, é que a maior parte dos hímens é representada pelos anulares, semilunares e labiados.
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Não se exageraria em dizer que correspondem a mais de 95% dos casos. ▪ FAMP – Med 1

Hofman e Haberda (1998) uma pesquisa que realizaram, concluíram que em 1.000 defloramentos a ação defloradora foi exercida pelo
pênis em 999 vezes. Sobraria, portanto a possibilidade de 01 por 1.000 para outras causas defloradoras como:

A. O empalamento;
B. A masturbação;
C. Manobras impudicas;
D. Causas patológicas;
E. Acidentais

2.1. Ruptura recente

2.2. Ruptura antiga

O rompimento recente se caracteriza pelo fato dos bordos (laterais) da ferida estarem infiltrados de sangue. Em média, esta ferida
leva 20 dias para cicatrizar. Após este período, eles se tornam fibrosados (cicatrizados).

QUESITOS

1. Houve conjunção carnal que possa ser relacionada ao delito. É recente?


2. Houve outro ato libidinoso que possa ser relacionada ao delito?
3. Houve violência para essa prática?
4. Qual o meio dessa violência?
5. Da violência resultou para a vítima: incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias; ou perigo de vida; ou
debilidade permanente de membro, sentido ou função; ou aceleração de parto; ou incapacidade permanente para o
trabalho; ou enfermidade incurável; ou perda ou inutilização de membro, sentido ou função; ou deformidade permanente
ou aborto? (resposta especificada)
6. Tem a vítima menor de 18 e maior de 14 anos?
7. É a vítima menor de 14 anos?
8. Tem a vítima enfermidade ou deficiência mental?
9. A vítima por qualquer outra causa não pode oferecer resistência?
10. Do crime resultou gravidez?

Abortamento e Infanticídio

Abortamento Criminoso

ABORTO é a morte do concepto, com ou sem expulsão, a qualquer tempo da gravidez. Médico Legal: interrupção da gravidez, com a
morte do concepto, independente da idade gestacional.

Legislação:

• Art. 124 – Provocar em si ou consentir (detenção, de 1 a 3 anos)

• Art. 125 – Provocar sem o consentimento (reclusão, de 3 a 10 anos)

• Art. 126 – Provocar com o consentimento (reclusão, de 1 a 4 anos)

O Art. 128 se refere ao aborto provocado pelo médico que não é punido:

Se não há outro meio de salvar a vida da gestante (e o médico, neste caso, é obrigado a realizar o aborto). É o chamado ABORTO
TERAPÊUTICO.

Se a gravidez resulta de estupro (e o médico, neste caso, não é obrigado a realizar o aborto, ainda que com autorização judicial). É o
chamado ABORTO SENTIMENTAL.

O ABORTO EUGÊNICO é realizado quando o feto, após exame, apresenta graves anomalias. Exemplo: anencéfalo. Este tipo de aborto
vem sendo admitido em alguns casos.

Meios abortivos

1. Químicos: São introduzidos no útero soluções cáusticas super concentradas (como, por exemplo, água + sal, fósforo,
arsênico, mercúrio, chumbo, esporão de centeio, quinina, sabina, arruda etc.).
2. Físicos: É realizada com a cureta (colher com bordas cortantes), que é utilizada para raspar. Também são utilizados métodos
tais como água com pressão (que descola), "sopa de jornal" (que libera grande quantidade de chumbo, que intoxica todo o
organismo, de modo que pode levar à morte da mulher) ou aparelho de sucção a vácuo.

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3. Farmacológicos: Citotec (já anteriormente citado). Não existe remédio para abortar. O Citotec era um remédio para azia e
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úlcera que tinha a propriedade de estimular a contração uterina. Este medicamento, hoje em dia, é de uso exclusivamente▪ FAMP – Med 1
hospitalar.
4. Mecânicos: sondas, curetas, agulhas, traumatismos abdominais.
5. Cirúrgicos: microcesariana, curetagem.
6. Psíquicos: susto, terror.

Infanticídio – art. 123 do CP

O Infanticídio é, de acordo com o Art. 123, do Código Penal: “Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o
parto ou logo após”.

O Estado Puerperal é justificado pelo trauma psicológico e pelas condições do processo fisiológico do parto – angústia, inflamação,
dores, sangramento e extenuação, cujo resultado traria o estado confusional capaz de levar a mãe ao gesto criminoso.

Atuação da perícia:

 Constatar o estado de feto nascente;


 O estado de infante nascido ou o estado de recém-nascido;
 A vida extra-uterina;
 A causa jurídica da morte do infante;
 Constatar que o crime se deu logo após o nascimento (imediatamente);
 Constatar que a criança foi vítima de morte violenta;
 O estado psíquico da mulher e o diagnóstico de parto pregresso.

Psicosexualidade anômala

 Anafrodisia – ausência de desejo sexual do homem;


 Frigidez – ausência de desejo sexual na mulher;
 Satiríase – excesso de desejo sexual no homem;
 Ninfomania – excesso de desejo sexual na mulher;
 Narcisismo – culto exagerado ao próprio corpo;
 Pedofilia – atração sexual por criança;
 Vampirismo – ato de sugar o sangue do parceiro sexual;
 Bestialismo – ato sexual com animais;
 Necrofilia – ato sexual com cadáver;
 Sadismo – ato de impor sofrimento ao parceiro sexual

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