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Medicina Legal | Eduardo Araújo

▪ FAMP – Med 1

PSQUIATRIA FORENSE

Estuda transtornos mentais e problemas da capacidade civil, do ponto de vista médico-forense. É o estudo das doenças mentais,
psicoses, psiconeuroses, personalidades psicopatias, simulação, dissimulação etc.

Não rara vezes a justiça necessita de apoio da medicina, e em particular da psiquiatria para poder estabelecer conclusões a respeito de
uma determinada conduta humana. De acordo com os critérios utilizados pela justiça brasileira. É indispensável conhecer-se até que
ponto o agente em estudo possuía o domínio da vontade e da consciência na ocasião em que praticou a conduta que será julgada.

É o ramo da psiquiatria que:

 Trata de questões surgidas na interface entre a psiquiatria e a lei,


 Presta assistência a sujeitos com distúrbio mental em confronto com a lei em três complexos sistemas sociais: saúde mental,
justiça e penitenciário.

Direito penal:

 Avaliação e tratamento de sujeitos mentalmente perturbados e cujo comportamento originou infração.

Direito civil:

 Avaliações de competência e capacidade.


 A justiça e os sistemas prisionais.
 Superespecialidade com influência no exercício da psiquiatria, na política de saúde mental e no funcionamento das leis.

Fundamento da intervenção do Estado


Poder de polícia:
 Proteção do cidadão contra ações lesivas das outras pessoas.

Poder de parens patriae (pai da nação):


 Proteção do cidadão legalmente incapaz de agir por conta própria.
 Inimputabilidade: proteção do mentalmente incapaz.
 Mens rea. Actus non facit reum nisi mens sit rea: O ato não é culpável a mnos que a mente também seja culpável.
 Verificação de cessação de periculosidade: proteção da sociedade.

CAPACIDADE DE SER JULGADO

INIMPUTABILIDADE (CP- Art. 26)


É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimente mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da
omissão (que motivou o crime):
I) Inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato (momento intelectual)
II) De determinar-se de acordo com esse entendimento (momento volitivo).

 O artigo 5º da Constituição Federal diz que: ''todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza''.
 Porém, há algumas exceções que são devidamente legalizadas, uma dessas exceções existentes é a INIMPUTABILIDADE.
 A imputabilidade é um dos elementos da culpabilidade, ela é capaz de isentar a culpa, ou seja, se não há culpa, dessa forma
também não haverá crime.

Entende-se por imputabilidade a capacidade que o indivíduo possui para suportar a pena cominada pela lei. É imputável o indivíduo
que tem liberdade para decidir se vai ou não executar a conduta que sabe ser ilícita em termos penais.

Os inimputáveis são aqueles incapazes de discernir seus atos, que cometem infração penal, porém no momento do crime era
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato, seja de forma absoluta ou relativa. Esses que não entendem no momento
do delito a gravidade do seu ato e por isso, não podem responder pelo que fizeram e são excluídos penalmente, mas ficam sujeitos a
medidas de segurança ou às normas estabelecidas na legislação especial.

Os psiquiatras forenses avaliam quando realmente das capacidades de entender ou de autodeterminar-se do agente, foi afetado pelo
transtorno mental, ao tempo da ação ou da omissão ilícita em questão.

No Brasil:

Absoluta:

 - Menores de 18 anos de idade, ficando sujeitas a normas do ECA.

Relativa:

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 - Silvícolas (aborígenes, nativos)
 - Doença mental (crônica ou transitória);
 - Desenvolvimento incompleto (surdo-mudo ou menor de 18 anos);
 - Desenvolvimento retardado (oligofrênicos ).

Semi-imputável: substituição da pena por Medida de segurança (CP-Art.98)

Na hipótese do § único do art. 26 e necessitando o condenado de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser
substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 a 3 anos (...).

Imposição da medida de segurança (CP-Art.97)

Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação. Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção,
poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial.

Requisitos para aplicação da Medida de Segurança

I- Prática de fato típico punível


II- Ausência de imputabilidade plena
III- Periculosidade
A) Presumida (inimputável): MS obrigatória
B) Real (semi-imputável): MS opcional

Prazo de Medida de Segurança (CP – Art. 97 § 1º)

A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia
médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 a 3 anos.

Periculosidade

 Prever, identificar, avaliar e manejar o risco de comportamento violento em pessoa com distúrbio mental é uma das principais
demandas da sociedade para a psiquiatria forense.

 Conceito lega, mas cuja determinação é atribuída ao psiquiatra.

 Não existe definição clara, reflete:

• O padrão de tolerância da sociedade a comportamentos anormais/perigosos

• Recursos para lidar com tais comportamentos

 Exame de verificação de cessação de periculosidade: não implica uma certeza, mas uma probabilidade

Métodos de previsão

 Clínico: percepção clínica de elementos preditores.


 Atuarial ou estatístico:
o Uso de instrumentos padronizados. Aplicação de estatística e cálculo de probabilidade na análise de condições
psicológicas.
 Entrevista clínica estruturada:
o Combinação dos métodos clínico e atuarial. Coleta padronizada de informações, mantendo a liberdade do clínico
para interpretá-las á luz do que é conhecido do caso individual.

Escala Hare (Lista de verificação de Psicopatia)

 Identificação, avaliação de criminosos como psicopatia, especialmente em ambientes forenses.


 Previsão da reincidência de crimes violentos pela avaliação da personalidade.
 Separar delinquentes comuns dos psicopatas.

Fator 1
Relacionamento pessoal e correlações afetivas
1. Loquacidade/ charme superficial (superficialidade)
2. Auto-estima exacerbada (grandiosidade)
3. Mentira patológica (falsidade)
4. Esperteza/vigarice/manipulação

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5. Ausência de remorso ou culpa
6. Insensibilidade afetivo-emocional
7. Indiferença/ falta de empatia
8. Incapacidade de assumir reponsabilidade pelos própios atos

Fator 2

Desvios de conduta antissocial relativa à criminalidade

1. Necessidade de estimulação/ tendência ao tédio


2. Estilo de vida parasitário
3. Descontroles comportamentais
4. Problemas de conduta na infância
5. Ausência de metas realísticas e de longo prazo
6. Impulsidade
7. Irresponsabilidade
8. Delinquência juvenil
9. Revogação de liberdade condicional

Fator 3

1. Promiscuidade sexual
2. Relacionamento conjugais de curta duração
3. Versatilidade criminal (habilidade para diversas formas de crime)

 3 fatores divididos em 20 itens


 0-2 pontos para cada item
 Ao final somam-se os pontos (máximo 40 pontos)
 Resultados:
o 25 pontos: alta probabilidade de psicopatia
o 30 pontos: certeza probabilística de psicopatia

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