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Introdução

Assim que tomei a decisão de escrever a nossa


apostila, lembrei-me de como foi o meu próprio processo de
aprendizado sobre o mercado financeiro lá pelo ano 2000.
O material que hoje em dia não é muito abundante muito
menos especializado, naquele tempo era muito mais
escasso, é bem verdade que já existiam alguns livros sobre
análise técnica ou fundamentalista, assuntos que iremos
abordar até o final da nossa jornada e que são importantes
na tomada de decisão, mas poucos livros para ensinar os
meandros das operações, e perguntas como – “Para onde
vai o meu dinheiro?” , “Onde ficam as minhas ações?”,
“Que tipo de lei protege o meu investimento?“, “O que é
dividendo? Como funciona?” e muitas outras ficavam no ar.
Essas perguntas dificilmente podiam ser resolvidas com os
profissionais de finanças que eu conhecia naquele tempo
pois não conheci um gerente de banco que fosse capaz de
tirar as minhas dúvidas, mas procurando por informações
na internet, acabei por aprender muita coisa e fazer muitas
amizades com investidores mais experientes, também
aprendi muito com perguntas nos diversos cursos que
participei enquanto me tornava um investidor mais
experiente, a primeira coisa que descobri foi que como
qualquer outro tipo de negócio, investimento em bolsa
exige dedicação, disciplina e muito estudo.

Por hora vamos começar “pelo começo” falando um


pouco de economia e finanças para depois explicar o
funcionamento do mercado, e ai então falarmos de
estratégia, disciplina e tudo aquilo que julgo importante
para que um investidor tenha sucesso no mercado de
ações.
Economia

Antes de começarmos com investimentos em bolsa de


valores de maneira geral, vale a pena entendermos um
pouco sobre economia para que possamos entender como
que as mexidas na taxa SELIC, na taxa básica americana,
alteração no compulsório dos bancos fusões de empresas,
investimentos em infra-estrutura e etc, mechem com os
seus investimentos. Escrevendo essa apostila, comecei a
mexer na minha estante de livros e lembrei-me de um
ótimo livro com o qual obtive grandes esclarecimentos
sobre como funciona a economia, o livro de TIM Harford –
“O Economista Clandestino”, descreve a dança da
economia de forma muito simples e de fácil entendimento,
em certo ponto ele discorre sobre as teorias de um corretor
de ações David Ricardo escritas em 1817, essas teorias
apesar de terem quase 2 séculos ainda são validas para
entender a nossa economia.Segue o trecho do livro.

A maneira mais fácil de entender a análise de Ricardo


seria usando um de seus exemplos. Imaginem uma área
rural virgem, com poucos assentados e uma pradaria
propicia a plantações. Um dia Axel, um jovem agricultor em
potencial, vai ao vilarejo e se oferece para arrendar um
terreno de 4.000 m² (um acre). Todos concordam sobre o
tamanho da colheita de grãos possível nesse terreno, mas
não se decidem em relação ao preço que Axel deveria
pagar por esse terreno. Como não há escassez de terras
virgens, os latifundiários que competem para arrendar
terras não podem cobrar um preço alto ... ou qualquer valor
significativo. Cada arrendador vai preferir ganhar algo pelas
terras, melhor do que nada pelas terras paradas. Assim eles
vão competir entre si até que Axel possa começar a plantar
por um preço módico – o suficiente para compensar o
arrendador pela chateação de liberar a sua terra.

A primeira lição é que a pessoa de posse do recurso


desejado – o arrendador, nesse caso – nem sempre tem
tanto poder de barganha como se presume. E a história não
especifica se Axel é muito pobre ou se ele tem um maço de
notas enroladas escondido nas botas, pois não faria
diferença no preço pago. O poder de barganha advém da
escassez; os pioneiros são poucos , mas não as terras
desocupadas nas pradarias, então os arrendadores não tem
poder de barganha.

Isso significa que, se a escassez relativa muda de uma


pessoa para outra, o mesmo ocorrerá com o poder de
barganha. Se com o passar dos anos vários imigrantes
seguirem os passos de Axel, a quantidade de terra arável e
fértil diminuirá até que não sobre nenhuma. Enquanto
sobrarem algumas glebas, a competição entre os que não
conseguiram arrendar suas terras manterá o seu preço do
arrendamento baixo. Um dia, no entanto, um outro
pretendente a agricultor, vamos chamá-lo de Bob, vai ao
vilarejo e descobre que não há mais terras disponíveis. A
alternativa, plantar em terreno abundante, mas não tão
propício a atividades agrícolas, não é muito atraente. Então
Bob vai oferecer um bom dinheiro para quem despejar Axel,
ou qualquer outro agricultor que estiver pagando uma
quantia “nominal” apenas – quantia mínima dita antes que
paga a chateação do arrendador – para deixá-lo plantar em
terras férteis. Do mesmo jeito que Bob está disposto a
pagar para alugar terras férteis em vez de uma capoeira
não muito própria ao plantio, todos os agricultores já
instalados estarão dispostos a pagar uma quantia para não
serem despejados. Observe que tudo mudou rapidamente.
Agora os arrendadores obtiveram um verdadeiro poder de
barganha, porque de repente há vários agricultores e uma
escassez de lotes no prado.
Isso significa que os arrendadores vão aumentar o
preço que cobram pelas terras. Mas em quanto? Terá de ser
o suficiente para que os agricultores plantem e paguem
pelas terras produtivas ou que plantem em terrenos de
qualidade inferior sem pagar nada ou quase nada. Se a
diferença de produtividade entre as duas terras for de cinco
sacas de trinta quilos de grãos por ano, então o aluguel
será o equivalente a no máximo cinco sacas por ano. Se o
arrendador cobrar mais, o agricultor vai se mudar e plantar
nas terras de menor qualidade. Se o preço for muito menor,
o agricultor dos terrenos de menor qualidade vai oferecer
mais pelo aluguel.

Na vida real não funciona dessa maneira, devido a leis


de proteção a inquilinos, contratos de longo prazo e etc.
Mas a um que de verdade nessa história e ela exemplifica
muito bem como funcionam as relações comerciais desde a
venda de cafés até o mercado imobiliário.

Pode parecer estranho que os preços tenham mudado


tão rápido simplesmente com a chegada de um agricultor,
mas as mudanças no poder de barganha não param por ai.
Enquanto a história pode ser elaborada de varias formas, o
principio básico permanece o mesmo. Por exemplo, se
novos agricultores continuarem a chegar, eles vão
eventualmente cultivar tanto as terras férteis como as não
férteis. Quando um novo agricultor, Cornélio, chega ao
vilarejo, a única terra disponível são terrenos no mato,
menos férteis que a campina, que por sua vez competia
com a pradaria fértil. Podemos esperar a mesma dança nas
negociações: Cornélio oferece dinheiro pra arrendar parte
da campina, o preço desta vai subir, e a diferença entre
esta e o prado fértil terá de se manter constante ( ou os
agricultores vão se mudar ), então o preço pago pelas
melhores terras também será aumentado. Assim o
arrendamento da pradaria fértil será sempre igual à
diferença na colheita de grãos entre a terra fértil e qualquer
outro tipo de terra arrendada a custo zero ou nominal. Os
economistas chamariam essa outra terra de “marginal”
porque está no limite entre ser cultivada ou não cultivada.
Lembrem que no começo, quando havia mais prados férteis
do que agricultores assentados, essa não era apenas a
melhor terra, mas era também a terra “marginal”, pois
novos assentados podiam utilizá-las para o plantio a custo
“zero”.

Mas como trazer essas informações para o mercado


financeiro? Bom essa história mostra muito bem como
funciona toda a economia de uma maneira geral e como
funcionam as relações entre escassez e preço dos produtos.
Imaginem agora essa visão expandida para toda a
economia, todos os tipos de produto além de simplesmente
pensarmos na terra. O economia funciona como um todo
pela relação de oferta e demanda, sendo assim pense no
crescimento experimentado nos últimos anos pela
economia Brasileira, impulsionada principalmente pelo
crescimento de nossas exportações de minério, produtos
siderúrgicos e produtos agrícolas. Na ultima década
aconteceu um forte crescimento na economia mundial
devido a entrada no mercado de consumo de pessoas que
antes estavam fechadas para o consumo de uma maneira
global, que foi o caso de Índia e principalmente China, com
o crescimento desses países cresceu muito a procura por
minério e aço, essa grande procura causou escassez no
mercado de minério, pouco minério no mercado advinha o
que aconteceu com o preço do mesmo? Subiu obviamente,
essa alta nos preços permitiu que a Vale do Rio Doce
explorasse novas fontes de minério – o mesmo ocorreu com
a Petrobrás e extração de poços profundos – assim,
extraindo mais minério, contratando mais pessoas e
serviços de todos os tipos, que no final das contas
movimenta toda a nossa economia. Mas para fazer esse
crescimento a VALE necessitou de dinheiro para financiar o
seu crescimento e quais são as opções para se conseguir
dinheiro no Brasil? Empréstimos de bancos – normalmente
caros, empréstimos junto ao BNDES – normalmente difíceis
de serem liberados, ou ainda o método mais barato e fácil
para as maiores e melhores empresas do Brasil: Arranjar
novos sócios.

Oferta Publica de Ações

A fim de financiar o seu crescimento e aproveitar o


forte crescimento e consumo mundial dos últimos anos, a
maior parte das empresas brasileiras procurou a forma
mais rápida e barata de financiamento, a procura por
sócios, mas onde arranjar esses sócios? Na própria
população, esse movimento começou com a possibilidade
dos brasileiros tornarem-se sócios da Cia Vale do Rio Doce
e Petrobrás em meados do ano 2000, e veio aumentando
com as Ofertas Publicas de Ações.

Nas ofertas publicas de ações o proprietário da


empresa, ou principal acionista abre mão de parte da
propriedade da empresa em troca de dinheiro para
financiar o seu crescimento, dessa forma as empresas
conseguem dinheiro e junto um parceiro no risco do
negócio, que em caso de prejuízo não terá a obrigação de
devolver o dinheiro como é no caso de um empréstimo, em
troca dessa vantagem a empresa/empresário abre mão de
uma parte do lucro do negócio que agora ficará com os
novos sócios. O processo de participação de uma oferta
publica é bem simples, acontece através de reservas e
funciona como um leilão, onde cada investidor admite
pagar até certo valor máximo definido e um montante
máximo de dinheiro.

Resumindo, porque o investimento em Bolsa de


Valores é tão importante? Porque ao investir em ações você
estará financiando as empresas através das ofertas
publicas ou aberturas de capital, ao invés de deixar o seu
dinheiro disponível para o governo como é o caso dos
investimentos em poupança.

Além disso as Ipo’s – principalmente as de 2006 e as


primeiras de 2007 – geraram grandes ganhos para os
investidores que as venderam nos primeiros dias após o
lançamento, processo conhecido como “Flipagem”, além
dos casos de ficaram célebres como os Lançamentos de
BM&F e Bovespa que geraram lucros de até 50% em um só
dia.

Tabela das IPOs de 2007/2008

Porém antes de tudo é preciso entender que a


Bolsa de Valores serve para rentabilizar melhor os seus
investimentos, e não uma formula mágica para ganhar
muito dinheiro de maneira muito rápida, ou seja, Bolsa de
Valores não é Cassino, durante os meus anos de
experiência vi muitas pessoas ganharem muito dinheiro e
poucos períodos de tempo na Bolsa, a grande maioria
devolve esse dinheiro para a Bolsa, da mesma maneira que
um jogador em um cassino devolve o dinheiro por não
saber sair no momento adequado nem a equilibrar suas
apostas, assim devemos encarar as ações como um
investimento para rentabilizar um capital que você já tem.
Pensando nisso antes de começar a investir é importante
que você consiga fazer sobrar dinheiro no final do mês. Por
quê? Porque o investimento em ações é um investimento
de Renda Variável, e isso quer dizer que o seu investimento
pode levar algum tempo para gerar lucros, e se você não
consegue fazer sobrar dinheiro todos os meses, é possível,
que você tenha que retirar os seus investimentos antes de
eles gerarem resultados, resultando em prejuízos para
você. Resumindo, resolva sua vida financeira e faça sobrar
dinheiro, tenha uma reserva aplicada em renda fixa (CDB,
títulos do tesouro e etc.) esses investimentos são
necessários para eventuais necessidades de curto prazo e
emergências. Por fim organize-se, pois quem é organizado
e disciplinado financeiramente tem muito mais chances de
ser bem sucedido em seus investimentos em renda
variável.
Bolsa de Valores

Mas o que é a bolsa de valores? As bolsas de valores


são locais onde se negociam as ações das empresas de
capital aberto, por capital aberto entende-se que o capital
social dessas empresas é dividido em ações, ações essas
que podem ser negociadas livremente pela população e
esses títulos que representam participações nas sociedades
das empresas podem ser vendidos e comprados em
questão de segundos. Além das ações das empresas nas
bolsas ainda pode-se negociar outros tipos de contratos
financeiros como : opções, debêntures, contratos futuros de
boi, soja, milho, e de outras commodities.

No Brasil até pouco tempo atrás existiam duas bolsas


de Valores, a BOVESPA e a BM&F.

Na Bovespa se negociam as ações das empresas


brasileiras e algumas BDR’S, ações de empresas de fora do
Brasil que são negociadas na nossa bolsa, além das ações
propriamente ditas ainda negociam-se derivativos sobre
essas ações, o assunto derivativos ,opções de compra,
opções de venda, termos sobre ações e etc.
aprofundaremos melhor na seqüência da apostila.

Na BM&F, são negociadas as commodities, como Boi


Gordo, Soja, Milho, álcool, café e ouro. Além de contratos
financeiros, como dólar e contratos de juros.

A imagem que vem a cabeça de todas as pessoas é a


das famosas “rodas” de negociação. Na Bovespa essas
rodas de negociação terminaram em 29 de setembro de
2005, e o que se vê na TV hoje em dia é a imagem das
“rodas de negociação” da BM&F, que provavelmente deve
acabar em alguns anos e deve passar a ser como as
negociações da BOVESPA que são totalmente eletrônicas,
essas negociações eletronicas deu a o que possibilidade
dos investidores fazerem seus investimentos diretamente
pela internet através do sistema chamado HOME-BROKER.

Pregão da BM&F:

Antigo pregão da Bovespa, hoje um museu:


Home-Broker
O Home-Broker é o sistema que permite que os
investidores façam investimentos atravéz da internet, para
isso é necessário que o investidor possua conta em uma
corretora que possua esse sistema. É possível traçar um
paralelo entre o Home-Broker e o Home-Banking, sistema
onde o correntista de um banco pode, atravéz da internet,
pagar contas, retirar extratos e fazer transferências. No
home-broker é possível, acompanhar a cotação dos preços
das ações, enviar ordens de compra e venda de ações,
fazer consultas de saldo, custodia de ações e ainda solicitar
saques, dentre muitas outras funcionalidades que variam
de corretora para corretora.

Para o investidor é muito importante pesquisar bem


sobre as funcionalidades contidas no home-broker da
corretora que vai escolher. E sobre a estabilidade do
serviço do home-broker, que parece ser o “Calcanhar de
Aquiles” dos atuais serviços de Home-Broker. O Home-
Broker teve grande importância no forte crescimento do
volume de investimentos de pessoas físicas na bolsa de
valores por facilitar o acesso a esse tipo de investidores
pela grande população, em 2007 por exemplo cerca de
25% do volume de operações na Bolsa Paulista partiram
das pessoas físicas.

Tela de um Home-Broker:
Participantes do Mercado

Basicamente o mercado de ações é formado por 5


participantes, os investidores, as corretoras, a Bolsa de
Valores a CBLC e a CVM.

O investidor, que basicamente pode ser de dois tipos,


o poupador aquele que quer acumular riquezas e que usa
as ações para melhorar suas rentabilidades e o
especulador, figura mal entendida, mas de grande
importância para a bolsa se valores, por dar liquidez
( capacidade de transformar um ativo em dinheiro) ao
mercado de ações, o especulador procura obter ganhos em
curtos espaços de tempo comprando e vendendo ações .

Para negociar na bolsa de valores é necessária a


intermediação de uma corretora de valores, estas precisam
de autorização do Banco Central e da CVM e são as únicas
instituições autorizadas a negociar na BOVESPA.

A CVM, Comissão de Valores Mobiliários, tem o poder


de fiscalizar e normalizar o mercado de valores mobiliários
brasileiro, devendo fazer o registro das empresas de capital
aberto, credenciar os agentes financeiros enfim assegurar o
bom funcionamento do mercado de ações, trabalhando
como o “Xerife”do mercado.

A CBLC é a responsável pela liquidação, compensação


e Custódia das operações de todo o mercado brasileiro de
ações. Ou seja, é a responsável pela troca de ações por
dinheiro e de dinheiro por ações entre os participantes do
mercado. A CBLC atua como o “fiel depositário” das ações,
que ao serem vendidas, simplesmente tem o seu registro
na CBLC trocado de um investidor para o outro. Processo
que agrega segurança ao investidor, pois hoje, em caso de
uma corretora vir a falência, as ações continuam em nome
do investidor, e simplesmente podem ser negociadas por
outra corretora. A CBLC ainda manda mensalmente uma
carta aos investidores, com a sua posição em ações, e é
possível pesquisar no site da CBLC sua custodia em ações,
o código de acesso e senha para o site da CBLC é enviado
para o investidor por carta assim que ele faz o cadastro em
uma corretora. A CBLC ainda controla o risco das operações
em bolsa de valores e é responsável pelas políticas de
Margem de garantia, que são depósitos que servem para
garantir a solvência das operações efetuadas em bolsa
(capacidade de um investidor pagar o outro),
principalmente as operações com qualquer tipo de
alavancagem,ou riscos de perdas maiores que as suas
posições. Essas garantias podem ser em ações, títulos do
governo, CDB’s ou mesmo em dinheiro.

Esquema das negociações e seus participantes:


Corretor Corretor
a a

VENDA
COMPRA
Client Client
e e

Quando investimos em ações podemos ter uma


conferencia tripla sobre os nossos investimentos, através
das informações enviadas por 3 empresas diferentes:

1- A nota de corretagem enviada pela corretora:


2- A ANA –aviso de negociação de ações enviado pela
Bovespa a cada 15 dias:
3- E o Extrato da CBLC enviado mensalmente:
O que é uma ação?

Ações são títulos negociávies, emitidos pelas


companhias de capital aberto, que representam uma fração
mínima do capital social de uma empresa de capital aberto,
uma S.A. Assim quando o investidor compra uma ação da
Petrobrás passa a ser sócio da empresa, este é o conceito
mais importante e que não deve ser esquecido, por isso
repito, “quando compramos ações nos tornamos sócios das
empresas” mantendo esse pensamento em mente você
estará tomando o primeiro passo para se tornar um
investidor bem sucedido. Pensando nesse conceito, se a
empresa de que você é sócio vai bem, suas ações vão bem,
e se a empresa de que você é sócio vai mal as suas ações
acabarão indo mal. Mas se é simples assim como vemos as
ações oscilando consideravelmente no dia a dia? Isso se dá
devido ao fato, de que a evolução dos preços das ações não
depende simplesmente do desempenho das empresas, mas
também do desempenho da economia do país e do mundo,
o que pode acabar afetando o desempenho das suas ações
no curto prazo. Assim para o curto prazo o que rege as
oscilações das ações, são as noticias de curto prazo, e as
especulações sobre essas noticias, já no longo prazo o que
interessa é o desempenho e o futuro das empresas. Assim
ao montarmos uma carteira de ações, será interessante
que conheçamos bem as empresas que colocaremos nessa
carteira, pois queremos ser sócios de empresas que
possuam boas perspectivas futuras. Assim a prática comum
é sugerir que grande parte da carteira de ações seja
composta de empresas de primeira linha as famosas Blue-
chips. O termo Blue-chip vem dos cassinos onde as fichas
azuis são as mais valiosas e passou a ser usado para
identificar as ações mais procuradas na bolsa conferindo a
elas as maiores liquidez do mercado. Também existe no
mercado ações de empresas de menor expressão,
empresas que ainda não tem a solidez de empresas de
maior parte, a aposta nesse tipo de empresa pode ser
altamente lucrativo em longos prazos, como foi o caso dos
investimentos em ações de empresas americanas como
Google e Microsoft no tempo que as mesmas não eram
empresas consolidadas no mercado, mas vale lembrar que
muitas empresas que pareciam promissoras naquele tempo
foram a bancarrota, por isso não é prudente investir mais
do que uma pequena parcela de seu patrimônio nessas
empresas.

Tipos de Ações

No mercado brasileiro as ações se dividem em 2 tipos:

• Ações Ondinárias Nominativas (ON) – Concedem


direito a voto nas assemblías de acionistas da
companhia, resumindo da poder de decisão nos rumos
da companhia, desde que você tenha ações
suficientes para isso

• Ações Preferenciais Nominativas (PN) – Em troca de


não darem direito a voto, dão preferência no
recebimento dos dividendos ou em caso de liquidação
da companhia. Ou seja os portadores de ações PN
recebem mais dividendos que os portadores de ações
ON.

No caso do investidor de menor porte, faz mais sentido


comprar ações do tipo PN, devido ao fato de que pequenas
posições em ações ON não darão nenhum poder de decisão
nos rumos da companhia e nesse caso vale mais a pena
comprar ações do tipo PN que além de pagar mais
dividendos ainda tem maior liquidez ( lembrando liquidez é
a capacidade de transformar um ativo em dinheiro, as
ações PN sempre são mais liquidas que as ON de um
mesmo papel).
Códigos da Ações

As ações são negociadas com um código de 4 letras e


um numero, sendo que dependendo do tipo de ações ON ou
PN esse numero varia.

As ações Ordinárias tem o numero 3 depois do código


ex. VALE3, são as ações Ordinárias da Vale do Rio Doce

As ações Preferenciais são as que tem o numero de 4


para cima depois do código de letras ex. PETR4, que são as
ações PN da Petrobrás.

Diferenciação por Classe

As empresas podem ser de diferentes classes,


geralmente A,B ou C, mas também existem outras classes
com letras diferentes a critério da empresa, essas ações se
diferenciam principalmente quanto a quantidade de
dividendos distribuída para cada uma das ações, essas
políticas podem ser encontradas nos estatutos das
empresas.

Uma empresa PNA tem as ações com o 4 depois das


letras exemplo BBDC4 ( Bradesco PN), as ações PNB tem o
numero 5 depois das letras, como exemplo a VALE5 ( Vale
PNB). Não se preocupe quanto a decorar as nomenclaturas,
ou ainda saber se a ação mais negociada da Vale é a PNA
ou a PNB, porque na maioria dos Home-Brokers
simplesmente digitando o nome da empresa, você recebe
os códigos das ações mais negociadas.

Imagem de uma ação, que na época eram ao portador


Como negociar ações
Você pode negociar ações através de seu Home-
Broker ou através de seu operador que pode ser contatado
por telefone, MSN ou e-mail.

As antigas rodas de negociação foram substituídas


pelos book’s de oferta que nada mais são do que um
quadro onde as ordens de compra e venda, são gravadas
na bolsa para cada ativo.
Reparem que no lado esquerdo temos as ordens de
compra de ações, ordenadas por preço e sempre em
primeiro lugar e com prioridade de compra para o cliente
que quer pagar mais caro, no caso um cliente da corretora
Fator Dória que esta comprando 10.000 ações a 23,99. Do
lado direiro temos os vendendores também ordenados por
preços só que nesse caso temos os clientes que vendem
mais barato em primeiro lugar com prioridade de venda.
Dessa maneira caso você queira comprar 400 ações de
Petrobrás terá de mandar uma ordem de compra de 400
ações por R$ 24,00, e se quiser comprar 1.900 ações?
Nesse caso deverá mandar uma ordem para a bolsa de
compra de 1.900 ações por R$ 24,02 e nesse caso você
comprará 400 ações por R$ 24,00 e 1.500 por R$ 24,02.

Percebam também que as ações sempre estão em


múltiplos de 100, pois 100 é o lote mínimo das ações,
porém temos a possibilidade de comprar as ações de uma
em uma, porém trazendo para um exemplo prático ovos em
dúzia normalmente são mais caros que “ a granel “ , o
mesmo acontece no mercado de ações. Na parte de cima
esta o Livro de Ofertas da Petrobrás Integral, e abaixo o
livro de ofertas da Petrobrás Fracionária ( identificado pelo
“F” depois do nome). Verifiquem que o melhor vendedor.

Reparem que o melhor vendedor de PETR4 vende por


R$ 23,97 já o melhor vendedor de PETR4F vende por 23,99,
então pagaremos 0,1% mais caro, a mesma coisa caro
queiramos vender as ações, quando acabaremos
“entregando” as ações por um preço mais baixo. Essas
diferenças ficam maiores em ativos de menor liquidez, os
20 ativos mais líquidos do índice, tem mercados
fracionários razoavelmente liquidos. Esse montante a mais
pago no mercado fracionário faz diferença em operações de
curto prazo e curtíssimo prazo, porém para os nossos
métodos de investimentos onde esperamos ganhar com
prazos maiores de investimento, essa diferença não
compromete a rentabilidade.

Horários do Pregão

Quando Brasil está em horário normal, o pregão


regular funciona das 10h até as 17h, e o pregão after-
market, que é a sessão noturna de negociações funciona
das 17h até as 19h, esse pregão foi criado para atender as
necessidades dos investidores pessoa física e também para
que fossem executados ajustes de posições abertas
durante o pregão. Esse pregão tem algumas regras como o
limite de R$ 100.000,00 de movimentação por CPF e ainda
que as ações não podem variar mais de 2% em relação do
fechamento do mercado regular. No horário de verão o
mercado é atrasado em uma hora para manter da diferença
de tempo em relação a abertura do mercado americano,
assim o mercado passa a abrir as 11h e funciona até as 18h
com after-market funcionando das 18h45 até 19h30.

Taxas de Negociação

São 3 as principais taxas sobre os nosso


investimentos:

1- Corretagem: taxa cobrada pelas corretoras para


intermediar os seus investimentos, existem
basicamente duas formas de cobrança nas corretoras,
corretoras que cobram taxa fixa e corretoras que
cobram taxa variável. Normalmente as corretoras que
cobram taxa fixa tem uma estrutura de atendimento
ao cliente mais pobre, mas por outro lado tem
produtos de internet como o Home-Broker mais
avançado, já as corretoras que apostam em
atendimento e suporte para o cliente costumam
cobrar corretagem da antiga tabela padrão da
Bovespa.
Tablela Bovespa de corretagem:

2- Taxa da CBLC: Taxa cobrada pela CBLC para as


corretoras e que é repassada aos clientes, as
corretoras tem diferentes políticas de cobrança de
taxa de custódia, existem corretoras que cobram
desde R$ 30,00 até corretoras que isentam os clientes
dessa taxa.

3- Imposto de Renda: As operações em Bolsa de Valores


são tributadas em 15% sobre o lucro, porém são
isentas de pagamento as pessoas que efetuarem
vendas de menos de R$ 20.000,00 durante o mês.
Ainda as operações “Day-trade” ( operações que são
abertas e fechadas no mesmo dia) em caso de lucro
são tributadas em 20%. Esses impostos não são pagos
na fonte e é o próprio investidor que tem que recolher
esses impostos até o ultimo dia útil do mês posterior
as vendas, assim, você tem até o dia 31 de março
para recolher o imposto de suas operações de
fevereiro. Nos meses em que o investidor tiver
prejuízos nas operações, esse prejuízo pode ser
descontado de lucros futuros e compensados a fim de
o investidor pagar imposto somente sobre o lucro total
de seus investimentos, dessa forma, se o investidor
tiver R$ 10.000,00 de prejuízos em Janeiro e R$
20.000,00 de lucros em Fevereiro, só precisará pagar
imposto sobre R$ 10.000,00, lembrando que esse
imposto tem que ser pago até o ultimo dia de março. A
fim de fiscalizar o investidor, sempre que o somatório
das vendas ultrapassar R$ 20.000,00 a corretora
recolhe e envia para a Receita 0,005% do valor
vendido, no caso das operações Day-trade, a corretora
envia para a receita 1% do lucro da operação como
marcador. Segue abaixo um Fluxograma para auxiliar
o investidor na hora de recolher os seus impostos.

Os impostos devem ser recolhidos através de uma DARF


que pode ser retirada e paga em qualquer agencia
bancária, com os códigos 6015 para Pessoa Física e 3317
para pessoa Jurídica.
Ciclos

O segundo semestre de 2008 foi marcante para todos


as pessoas que acompanhavam o mercado financeiro, o
Brasileiro que nunca acompanhou Bolsa de Valores passou
a tomar interesse por esse mercado devido aos fortes
ganhos que as ações vinham trazendo desde o final do ano
de 2002. A mídia passou muito tempo exaltando as grandes
altas das ações e muitas pessoas passaram a investir no
mercado de ações sem conhecer muito bem os riscos que
estavam correndo.

No segundo semestre de 2008 veio uma crise


financeira oriunda do mercado imobiliário que se refletiu no
preço das ações, e uma queda de 60% no preço das ações
aconteceu. Muitos falaram dessa crise como a maior desde
o crash de 1929, e essa “verdade” foi passada de boca em
boca sem nem mesmo ser verificada se era realmente uma
verdade. Acontece que o mercado financeiro é cíclico e que
em média a cada 4-5 anos ocorrem crises do mesmo
tamanho, e a poucos anos atrás tivemos crises ainda piores
como vocês podem ver no gráfico abaixo.

Essas correções são naturais e saudáveis para o


mercado financeiro, mas normalmente quem acaba
“pagando” por essas crises são os investidores desavisados
que justamente começam os seus investimentos em Bolsa
de Valores quando os preços já estão bem elevados, pois é
só nesse momento que começam a aparecer noticias nos
jornais, TV e revistas sobre os grandes ganhos alcançados
por investidores, é o momento onde acontece uma grande
“euforia” em relação ao mercado que tem sua ultima fase
de alta que precede a grande queda, esse mesmo
investidor vende suas ações no prejuízo justamente quando
as noticias parecem ser as piores possíveis e que o futuro
parece muito obscuro, é a fase do pânico, justamente a
ultima fase do processo de queda e inicio da fase de alta.
Dessa maneira, os ciclos nos mercados de ações podem ser
divididos em 6 fases, 3 de alta e 3 de baixa.
Ciclo de alta:

Euforia

Acumulação

Alta

Ciclo de Baixa:
Queda

Distribuição

Pânico

É justamente depois de uma queda dessas proporções


que temos o grande momento de se investir no mercado de
ações, justamente quando as noticias são desfavoráveis e
quando as noticias sobre Bolsa de Valores são ruins é que
temos as grandes “pechinchas” no preço das ações.

Uma frase interessante de Warren Buffet (o homem


mais rico do mundo que criou sua fortuna com
investimentos em ações) é: Compre boas empresas a
preços razoáveis e não empresas razoáveis a bons preços.
Não é a toa que, depois de alguns anos sem fazer novas
aquisições por acreditar que as empresas estavam muito
caras, ele comprou diversas boas empresas a baixos
preços durante a crise atual. Mas como identificar o
momento onde temos bons preços? Ai é que entram as
diferentes escolas de análise que podem ser resumidas em
duas principais: Analise Fundamentalista e Analise Técnica.
Análise Fundamentalista

A análise fundamentalista preocupa-se como o próprio


nome diz com os fundamentos das empresas e
fundamentos da economia. Na analise fundamentalista
estamos preocupados com os ativos da empresa, seu
balanço, projeções de lucro, faturamento, administração de
passivos e etc. Essa escola de análise esta preocupada com
o negócio da empresa e o futuro desse negócio, mas para
que seja possível comparar desempenhos passados com
presentes, e comparar empresas diferentes essa analise se
dá principalmente através das analises dos múltiplos da
empresa que nada mais são do que números que facilitam
a leitura dos dados de uma empresa. Vamos conhecer 2
desses múltiplos.

P/L = Relação entre o preço e o lucro da empresa assim se


uma empresa vale 100 bilhões de Reais e obteve um lucro
de 10 bilhões de Reais, teremos um P/L de 10, isso quer
dizer que em 10 anos de lucro a empresa “paga” o
investimento. Para você ter uma idéia a poupança pagando
em torno de 0,6% a.m tem um PL de 9,5 anos. No Brasil
temos os menores P/L do mundo devido ao fato de termos
taxas de juros bastante altas dessa maneira o P/L das
empresas fica em torno do da taxa de juros local, no Japão
as empresas tem P/L que giram em torno de 50, das
empresas brasileiras fica em torno de 10, assim se
chegarmos a taxas de juros baixas como nos países de
primeiro mundo nossas ações podem valer 5x mais do que
valem hoje em dia.

P/VPA = Relação entre o preço e o Valor Patrimonial


contábil da empresa, por valor contábil entende-se a soma
de todo patrimônio da empresa menos as suas dividas ou
seja, valor de prédios, maquinário, terrenos, fabricas, ativos
em dinheiro e etc. Pensando que uma empresa é dividida
em ações, se uma empresa é composta por 2bilhões de
ações e tem um patrimônio de 24bilhões de reais, então o
seu VPA é de 24/2 = R$10,00. Assim imaginem que a
empresa está sendo negociada na bolsa por R$ 30,00 assim
o seu P/VPA seria igual a 3. Agora imaginem que o VPA é
menor do que 1, o que isso quer dizer? Quer dizer que a
empresa está sendo negociada abaixo do seu valor de
patrimônio, isso quer dizer que, se seus terrenos, prédios,
maquinário, fabricas e ativos financeiros valem por
exemplo 20bilhões, é possível comprar a empresa na bolsa
por 15bilhões por exemplo dessa maneira estaremos
comprando a empresa com um desconto de 5bilhões além
de levar gratuitamente ativos como marca, know-how,
treinamento de funcionários, cadeia de clientes e
fornecedores e etc. , esses, junto com a expectativa de
lucro os ativos que fazem com que uma empresa possa
valer mais do que o seu valor patrimonial contábil. Durante
a crise do segundo semestre de 2008 muitas empresas
foram negociadas a valores abaixo do VPA, e empresas
como Petrobrás e Vale do Rio Doce puderam ser compradas
pelo preço do seu Valor Patrimonial.

Tela do site www.fundamentus.com.br, site onde podemos


pesquisar diversos dados da empresa.
Vetor

Baseados no fato de que poucas vezes as cotações de


empresas lucrativas caem abaixo de seu VPA, foi criada a
estratégia do Vetor, que é uma estratégia baseada em
compras observando sempre o preço médio das ações.

Para começar a explicar a teoria, pensem em um


jogador jogando roleta em um cassino, em um cassino é
possível apostar no preto ou no vermelho, sendo que dessa
forma temos 50% de chances de ganhar a cada aposta
(desconsiderando o zero). Apostaremos no cassino sempre
no preto e sempre que perdemos uma aposta dobramos o
valor apostado.
Reparem que toda vez que perdemos dobramos a
aposta, de tal forma que sempre ganharmos uma aposta
estaremos no lucro, perceba que se você tem 50% de
ganhar em uma rodada da roleta e você perde, a chance de
você ganhar na próxima estatisticamente aumenta. Não
podemos utilizar essa técnica puramente na bolsa, devido a
dois motivos: Não ganhamos 100% quando acertamos, e
nem perdemos 100% quando erramos, e além disso
precisamos de dinheiro suficiente para agüentar uma longa
seqüencia de erros.

Assim, cada vez que “errarmos” uma operação, por


errar entenda-se que as ações entraram em uma zona de
prejuízo, faremos uma nova compra a um preço inferior,
baixando dessa maneira o preço médio de nossas ações, e
conforme o preço cai faremos compras de maior peso,
dessa maneira, cada vez que as cotações chegam mais
perto do valor patrimonial compraremos lotes maiores de
ações, ou seja compraremos poucas ações a preços mais
altos, e muitas ações a preços baixos.
Imaginem que possuíamos R$ 14.000,00 para
investimentos em uma ação, que num primeiro momento
está valendo R$ 21,00 sendo que o VPA da ação é R$
16,00. O primeiro instinto do investidor iniciante é fazer
uma compra de todo patrimônio de uma vez só, mas com
essa técnica começaremos com uma compra bem pequena,
e conforme o mercado cai fazemos novas compras, até o
momento em que as ações chegam aos R$ 16,00 que é o
valor patrimonial. Percebam que nesse momento o preço
médio está em R$ 17,72 a apenas 10% do valor atual.

Além da regra de projetar a primeira compra para que


tenhamos dinheiro para fazer compras até o VPA, ainda
venderemos cada parcela toda vez que uma parcela atinge
entre 6 e 8% de lucro. Assim devido ao fato de o mercado
nunca cair nem subir diretamente sem fazer zig-zags,
obteremos lucros nas parcelas como no exemplo abaixo.
Compra

1000 x R$ 22 Vende

Compra 1000 x R$ 21
Vende
1000 x R$ 21
1000 x R$ 20
Compra Compra Vende
1000 x R$ 20 1000 x R$ 20
1000 x R$ 19
Compra
Compra
1000 x R$ 19
1000 x R$ 19
Compra Compra
1000 x R$ 18 1000 x R$ 18

Compra

1000 x R$ 17

Assim Fizemos uma compra em cada preço de R$ 22


até R$17 ficando com um preço médio das 6000 ações
emR$ 19,5 e com um lucro de R$ 3.000,00 nas vendas de
nossas parcelas, baixando nosso preço médio para R$
19,00 somente 11% do preço da ultima compra, se
tivéssemos feito somente uma compra em R$ 22,00
precisaríamos de uma alta de 29,4%. Ainda é possível
operar o Vetor de três formas, dependendo do risco que se
quer correr, dependendo do método você vai dar mais peso
para as operações iniciais tentando ganhar mais com uma
possível alta do mercado ou movimentos laterais, ou dar
mais peso nas operações conforme os preços caem da
mesma maneira que vocês viram nas paginas anteriores.

Faremos as 3 simulações possíveis, a primeira


chamamos de exponencial e é a maneira que foi
apresentada anteriormente, quando compramos sempre
um acréscimo de 50% sobre o valor da primeira parcela:

O método que chamamos de linear, compra sempre o


mesmo valor em dinheiro em cada parcela assim a
quantidade cresce linearmente com a queda dos preços:
Já no método fixo a quantidade de ações é fixa e o
investimento cai durante a queda dos preços.
Repare que no método exponencial o preço médio
ficou em R$ 13,02 no método linear em 14,31 e já o
método fixo trouxe o preço médio para R$15,00. Assim
parece claro que o método exponencial é mais seguro pois
depois de uma grande queda baixou muito mais o preço
médio das ações. Porém a primeira compra do método
exponencial é de apesar R$ 1.000,00 contra R$ 4.660,00 do
método fixo, assim no caso de uma alta no mercado ou em
lateralizações ganharemos muito mais dinheiro com o
método fixo, isso acontece em todos os tipos de
investimento – Toda vez que queremos ganhar mais
dinheiro, precisamos correr maiores riscos. O gráfico abaixo
ilustra como crescem as quantidades conforme caem os
preços em direção ao VPA.
Resumindo o método, fixo funciona melhor para um
mercado de alta porque as parcelas iniciais são te um
tamanho maior ( vermelho ), já o método exponencial se
comporta melhor para um mercado extremamente esticado
onde a distancia para o VPA é grande e precisamos correr
menores riscos.

Ainda é possível alterar o nível de risco que você


pretende correr através da regulagem do percentual do VPA
até o qual queremos comprar ações, imagine que uma
certa ação está custando no mercado R$ 30,00, e que seu
VPA é de R$ 15,00, com um patrimônio de R$ 360.000
fariamos compras de 1000 ações em cada operação, de
forma que teremos dinheiro para fazer compras até que a
ação caia até o valor patrimonial. Ainda é possível, caso o
mercado se encontre em uma tendência de alta, admitir
que o VPA é maior que o VPA da ação, no exemplo
utilizamos 120% do VPA que seriam R$ 18,00 assim as
compras ficariam de 1154 ações em cada parcela, dessa
forma caso o mercado não venha a cair tão
vertiginosamente – até o VPA – teremos lucros maiores em
cerca de 15% sobre a operação anterior. Isso é valido para
mercados laterais, e mercados em tendência de alta.

Vale lembrar que isso é uma forma de “alavancagem”,


na verdade não alavancagem propriamente dita, pois, não
estaremos operando com mais dinheiro do que temos, mas
correremos um risco um pouco maior do que o que se corre
efetuando uma compra nos Vetores ditos normais.

Mas quais são as grandes vantagens da operação


através do Vetor? A principal vantagem está no psicológico
do investidor, outros métodos da analise técnica podem ser
muito penosos principalmente para investidores mais novos
ou com tendências a jogo. O ser humano é pouco
acostumado e preparado para perder, não é por nada, que
existe o velho dito que é importante aprender a perder. Nos
métodos tradicionais de investimento com analise técnica,
precisamos “stopar” as operações que não vão para o lado
que planejamos. Quando falarmos mais sobre analise
técnica você verá que apostamos que o mercado vai
continuar nos padrões que aconteceram no passado, porém
nem sempre essas padronizações ocorrem quando uma
operação vai contra nossas estratégia é importante que a
operação seja parada, enquanto o prejuízo ainda é
pequeno.

Porém sempre acontecem períodos com longas


seqüencias de perdas e isso é natural e estatisticamente
comprovado, mas essas sequencias desanimam e acabam
por minar a auto-estima do investidor, que dessa maneira
para de acreditar no mercado, sendo que a sequencia de
vitórias pode estar logo ali a frente, outro comportamento
sempre presente nos investidores, é o sentimento de raiva
e divida frente as ações, sendo que frases como “O
mercado tem que devolver esse dinheiro” são muito
freqüentes, esse tipo de pensamento é ainda mais
destrutivo, fazendo com que o investidor deixe de analisar
o mercado com a frieza necessária para tomar grandes
decisões. É importante lembrar que o mercado pode ser
muito cruel com quem não tem a humildade de trabalhar
com ele, pois diferente de outros tipos de negócios, o
mercado de ações em poucas horas pode mostrar para
você que a sua decisão foi errada, ou que sei investimento
pode ter sido mal feito, é sempre muito importante admitir
os erros antes que o mercado acabe com o seu dinheiro.

Já as operações com o Vetor são baseadas no Valor


das empresas, e esse método aproveita as oscilações do
mercado, de uma maneira que torcemos para que o
mercado caia, pois, dessa forma podemos comprar mais
lotes de ações, além disso operamos de uma forma que
nunca vendemos uma operação com prejuízo, e a cada
compra que o mercado vai contra a nossa direção
melhoramos o nosso preço médio com novas compras. No
Cd você pode observar uma simulação de um vetor fixo
iniciado em 1/1/2009, além de uma simulação feita pelo
meu amigo Charles Uhlmann que está descrita abaixo.

Essa simulação se deu com operações sempre sendo


vendidas com 6% de ganho, é importante lembrar que,
aquelas parcelas compradas muito próximas do VPA não
devem ser vendidas com 6% de lucro, pois , após uma
queda de mais de 60% nas ações, é bem provável que o
mercado tenha um belo repique, dessa forma as parcelas
compradas a preços muito baixos devem ser vendidas com
lucros maiores perto de 15%, para que dessa forma
possamos aproveitar o forte repique que ocorre sempre que
o mercado sofre grandes quedas. Essa simulação foi feita
por nosso amigo Charles Uhlmann, que comprovou que
começando o Vetor no ponto mais alto da Petrobrás,
utilizando a formula exponencial teríamos o dinheiro de
volta quando a Petrobrás atingiu os R$ 26,00 durante o
repique, mesmo tendo feito a primeira compra a R$ 50,67.

Resumindo o que foi falado, a técnica do vetor é uma


técnica voltada para a proteção do investidor, nessa técnica
nunca vendemos uma operação com prejuízo, além disso
sempre compramos uma boa relação risco x retorno, pois
compramos mais ações conforme as ações de aproximam
do seu VPA. É importante lembrar que para ter sucesso na
Bolsa de Valores é necessário um grande controle
emocional e grande capacidade de aceitar as perdas em
prol dos ganhos. Porém esse não é um processo simples e
com essa técnica, ao não vender operações perdedoras
eliminamos um dos processos psicológicos mais difíceis
para os investidores, assumir o prejuízo.

Contudo ainda existe mais uma técnica importante,


pois se encontrarmos o ponto ótimo para começar o nosso
vetor, podemos, maximizar os nossos lucros. Para encontrar
os pontos ótimos para o inicio dos nossos vetores
utilizaremos a Analise Técnica.
Analise Técnica
Como já foi mostrado para você anteriormente, o
mercado funciona em ciclos e esses ciclos foram estudados
pela primeira vez por Charles Henry Dow, que foi fundador
do Wall Strett Journal , e que criou o principal índice da
Bolsa de Nova Iorque, o DOW-JONES, como parte de seus
estudos sobre os movimentos do mercado. Os pontos
básicos da teoria são:

1. Os preços descontam tudo. Todos os possíveis fatores


que podem afetar os preços como noticias, balanços e
resultados já consideram todas as possíveis noticias.

2. Os mercados se desenvolvem em tendências. As


tendências podem ser de alta ou de baixa. Por sua vez, as
tendências podem ser primárias, secundárias e terciárias,
segundo sua duração.

3. Princípio de confirmação. Para confirmar uma tendência


é necessário que os preços coincidam com a tendência. Ou
seja, uma tendência só será de alta se os preços estiverem
se movimentando nessa direção.
4. Volume convergente. Se o mercado está em uma
tendência de alta o volume aumentará, se em tendência de
baixa o volume diminuirá.

5. Utiliza as cotações de fechamento para o cálculo das


médias. Não leva em conta os máximos e mínimos para o
cálculo de seus índices.

6. A tendência é vigente até que seja substituída por outra


oposta. Até que os índices se confirmem, considera-se que
a tendência antiga segue em vigor, apesar dos sinais
aparentes de mudança. Este princípio procura evitar a
prematura troca de posição (comprada ou vendida).

Depois da criação da teoria de Dow, o contador Ralph


Nelson Elliot, sofisticou a teoria das tendências nos
mercado formulando a sua teoria sobre os ciclos e sobre as
ondas de expansão e retração. Segundo Elliot, a tendência
do mercado é composta por ondas bem definidas, formando
um padrão de 8 ondas. O movimento principal é constituído
de 5 ondas que se repartem em 3 na direção dominante (1,
3 e 5) e em 2 de correção (2 e 4), na direção oposta à
tendência principal. Assim uma onda completa terá 5
movimentos (1,2,3 4 e 5). Cada uma das 3 ondas na
direção principal se reparte em 5 ondas menores, e cada
uma das duas de correção em 3 outras, guardando a
mesma lei de formação das anteriores.

Cada onda de correção (abc) se reparte em 3 ondas


menores, sendo 2 na direção de correção e 1 na direção
oposta, corrigindo a correção.

Ondas da tendência de alta:


5

Ondas da tendência de baixa:

Essas duas ferramentas foram os primeiros passos da


analise técnica, que evoluiu muito depois do advento do
computador, pois facilitou a visualização de gráficos e a
plotagem de estudos sobre os gráficos para visualização de
padrões de comportamento dos preços. Destes padrões os
de mais fácil visualização são os Suportes e as Resistências.

Suportes e Resistências
Suportes e resistências nada mais são do que zonas de
preços nas quais os movimentos do mercado tendem a
parar e ou reverter, ou seja zonas onde o mercado tende a
ficar indefinido quanto a tendência atual e pode mudar de
tendência.

Suportes são zonas que seguram os preços que estão


caindo.

Suporte

Resistências são zonas que seguram os preços que estão


subindo.

1 3 Resistencia

Toda vez que uma resistência ou um suporte é


superado o mercado tende a ganhar força no movimento,
tanto na queda quanto na alta, esses eventos são
chamados de quebras de suporte e resistência, e costumam
ser pontos muito interessantes de compra e venda de
ativos.
Mas o que há de especial nesses pontos, e quem
define os mesmos? Não existe nada de exotérico nesses
pontos, o que acontece é que com o crescimento dos
preços e o aumento do lucro por parte dos investidores que
já estão satisfeitos com os lucros começa a gerar
vendedores realizando lucros e ao mesmo tempo, por
considerar as ações caras muitas pessoas perdem o
interesse pelas ações, isso causa uma queda na demanda e
um aumento da oferta, gerando queda nos preços, esse é o
fim da fase 1 e inicio da fase 2. Depois de uma queda
relativamente interessante os preços voltam a ficar
atrativos, e aqueles investidores que ainda não possuíam as
ações passam a comprá-las desequilibrando a consição de
oferta e procura e com mais compradores que vendedores
os preços começam a subir é o final da fase 2 e inicio da
fase 3. Novamente os preços passam a subir e encontram
os patamares de resistência, onde antes os preços
começaram a cair, dessa vez aqueles investidores que
como o pessoal da fase 1 tinha grande lucro na faixa de
resistência e que deixaram de vender a preços atraentes
lembram que os preços não passaram dessa zona, e
resolvem vender perto desses preços, reforçando a
resistência. Esse processo pode seguir indefinidamente, até
que a força compradora se mantém forte e faz com que os
preços ultrapassem a resistência ficando livres para subir.

Muitas vezes após “romper” uma resistência, o


mercado sobe porém retorna para a resistência, que dessa
vez se transforma em um suporte, que quando é respeitado
impulsiona os preços para novas altas, esse movimento é
conhecido como pull-back e acontece também com o
mercado em queda.
Suporte
1 3

Resistencia

No mercado em queda o suporte vira resistência.

1 3

Suporte

2 Resistência

Resistências e suportes ainda podem ser inclinadas


formando linhas de tendência de alta e linhas de tendência
de baixa.

As Linhas de tendência de baixa são traçadas ligando os


topos do gráfico.
LTB - Resistência

As linhas de tendência de alta são traçadas ligando os


fundos do gráfico.

LTA - Suporte

Vale lembrar que essas “zonas”, e o termo zonas foi


empregado de propósito pois não são pontos exatos de
retorno e sim zonas de possível retorno, e é por isso que a
Analise Técnica não é uma ciência exata e quem sabe nem
uma ciência, mas um teoria baseada em observação
empíricas que depende muito da habilidade do “analisador”
e que ainda é muito artesanal.

Candlesticks
No século o arroz era o principal ativo negociado e os
fazendeiros e já naquela época eram negociados na Bolsa
de Osaka, contratos de arroz produzidos em todo o Japão, e
que eram estocados em armazéns, no momento do estoque
cada fazendeiro recebia um cupom referente a quantidade
de arroz armazenada. Apenas na bolsa Dojima operavam
cerca de 1300 traders de arroz, mas atribui-se a Munehisa
Honma o maior desenvolvimento desta técnica de análise.
Ele não via a necessidade de se fazer presente em Osaka,
comunicava as instruções de compra e venda por
mensageiros. Diz a lenda que conseguiu 100 trades
consecutivos vitoriosos. De suas teorias evoluiram as
técnicas de candlestick que hoje são utilizadas e
pesquisadas em todo o mundo.

A técnica ficou conhecida no mundo todo atravéz do


americano Steve Nison, investidor da bolsa de Nova Iorque
que trouxe a técnica para o ocidente, o nome candlestick
( candelabro ) vem do fato de que as figuras traçadas no
gráfico serem muito parecidas com velas. Essa técnica é
muito interessante pois nos dá pistas sobre possíveis
reversões nas tendências de mercado através de alguns
padrões de formações dos candles. Hoje os candlesticks são
o padrão para visualização dos gráficos no mercado de
ações.Para montar um candlestick precisamos de 4
informações: Preço de Abertura, Máxima, Preço de
Fechamento e mínima:

Máxima
Máxima

Fechamento
Abertura

Abertura
Fechamento

Mínima
Mínima

Os candles verdes ou vasados – para impressos em


preto e branco, são de dias que fecharam em alta, já os
candles vermelhos ou cheios, são candles de dias que
fecharam em baixa.

O gráfico abaixo mostra a oscilação das ações da


Petrobrás de Dezembro de 2008 até meados de Fevereiro
de 2009, onde cada “vela” ou “candle” como também são
chamadas, representam um dia.
Reparem que o ultimo dia do gráfico em questão é
representado por um candle preenchido ou cheio, que
representa um dia de queda. Ainda é possível dividir esse
dia de queda em 7 barras que vão representar cada uma
das horas desse dia, como você pode ver abaixo os gráficos
para os dias 13,16 e 17 de fevereiro.
Nos softwares gráficos de cotações, além dos gráficos
diários e de 60 minutos podemos traçar gráficos de
praticamente qualquer tempo gráfico. De acordo com os
padrões e desenhos dos candles, normalmente podemos
determinar qual o sentido da próxima tendência.

Martelo: Corpo pequeno, pavio de mínima comprido e de


máxima curto ou inexistente. Aparecendo em suportes
indica reversão da tendência de baixa.

Máxima
Fechamento

Abertura

Mínima

Martelo Invertido: Também conhecido como enforcado,


também tem corpo pequeno, porem, dessa vez pavio de
máxima longo e de mínima curto ou inexistente, quando
aparece em uma resistência ou depois de longa seqüência
de altas indica reversão de tendência.
Máxima

Abertura

Fechamento
Mínima

Doji: São Candles que indicam indecisão, corpo muito


pequeno ou inexistente e pavios bem pequenos, em
resistências ou suportes indicam possibilidade de parada no
movimento, sempre é interessante observar o próximo
candle que confirma a reversão. Em caso de resistência
esperar um próximo candle de queda, em caso de
aparecimento em um suporte esperar por um candle de
alta para confirmar o movimento de alta.

Máxima Máxima
Fechamento Abertura
Abertura Fechamento
Mínima Mínima

Harami: Também conhecido como “Mulher Grávida”, essa


combinação de candles da uma boa dica de reversão de
tendência, no caso de uma tendência de queda, temos logo
após um dia de forte queda um dia onde temos um doji, ou
um candle de tamanho bem menor em um dia positivo, no
caso do mercado de alta, depois de um dia de boa alta,
temos um candle de queda de tamanho muito menor.
Engolfo: Quando em um mercado de alta, os preços se
aproximam da resistência com dias de pequena oscilação e
temos um dia de grande oscilação no sentido contrário
temos um engolfo, ou seja o ultimo candle engole o candle
de alta, começando com a tendência de baixa no mercado.
O mesmo quando temos uma tendência de queda e na
aproximação de um suporte aparece um dia de forte alta
cujo candle engole o ultimo candle de baixa.

Existem diversos padrões já observados com nomes ainda


mais interessantes, como Nuvens Negras, Bebes
abandonados, Shooting Stars, estrela do amanhã e etc,
porem todos são variações desses principais e temos
nesses candles os mais comuns que você encontrará no
mercado. Exemplos de alguns padrões diretamente do
gráfico:
Estratégia do Pivot
Juntando todas esse conhecimento, podemos começar
a tratar de estratégias de investimento para especulação.
Uma técnica interessante é a do pivot, o pivot é uma teoria
baseada nas ondas de Elliot, e que dá a possibilidade de
melhora na técnica com o uso dos candles.

Vimos que o mercado sobe em 5 ondas, nosso ponto


de compra será na 3ª das 5 ondas de alta e na 2ª das 3
ondas de queda.

Pivot de Alta:

LTB
Pontos de
compra

LTA

Pivot de Baixa:
LTB

Venda
Pontos de
LTA

Como você pode ver no gráfico, possuímos 2 possíveis


pontos de compra e venda, o primeiro é no cruzamento da
LTB ou LTA, este é o ponto de maior risco pois não sabemos
o tamanho da onda 1, porém, é o ponto que vai gerar o
maior lucro, já o segundo ponto que é propriamente o ponto
de compra do pivot é mais seguro porem você pagará mais
caro pela operação. Assim compraremos quando a onda 3
se confirmar acima da cabeça do pivot, que é o ponto
máximo da onda 1. Reparem que sabemos que temos um
pivot formado sempre que temos dois fundos ascendentes,
e quando já podemos traçar uma LTA ( laranja), então a
combinação de possibilidade de traçado de uma LTA e o
rompimento da onda 1 formam o pivot que levara os preços
a novos patamares como no exemplo:
Mas como saber o quanto o mercado ainda pode subir?
Quais as possibilidades de alta após um rompimento de
pivot? Essas respostas podem ser dadas pelas técnicas de
Fibonnacci.

Fibonnacci: Leonardo Pisano ou Leonardo


de Pisa (1170 — 1250) - também conhecido
como Fibonacci após a sua morte - foi
um matemático italiano, dito como o primeiro grande
matemático europeu depois da decadência helênica. É
considerado por alguns como o mais talentoso matemático
da Idade Média. Ficou conhecido pela descoberta da
seqüencia de Fibonacci e pelo seu papel na introdução dos
algarismos árabes na Europa. A seqüencia de Fibonacci
consiste em uma seqüencia de números, tais que, definindo
os dois primeiros números da seqüencia como sendo 0 e 1,
os números seguintes são obtidos através da soma dos
seus dois antecessores. Portanto, os números são:
0,1,1,2,3,5,8,13,21,34,55,89,144,233, ... Dessa seqüencia
se extrai o número transcendental conhecido como “Razão
Áurea” através da divisão dos números dessa sequencia, o
resultado tende a 1,618 conforme os números crescem. É
freqüente o aparecimentos dessa razão em pinturas,
arquitetura e na natureza, essa razão pode ser encontrada
na proporção de conchas plantas e dos seres humanos, por
exemplo o seu antebraço – caso você seja normal-
representa 61,8% do tamanho de seu braço, e suas pernas
são 61,8% do tamanho de seu corpo – sem cabeça.
O Homem Vitruviano de Da Vinci, proporções e simetrias
aplicadas a concepção de beleza humana, utilizava as razões áureas:

No mercado de ações, já vimos que o mercado anda


em tendências mas que em uma tendência de alta por
exemplo temos um movimento de altas e baixas ou seja
oscilante, dessa maneira muitas vezes quando o mercado
tem um movimento de alta ele costuma retrair, ou devolver
parte dessa alta, o tamanho dessa queda normalmente é
de 61,8% do tamanho da alta que acaba de acontecer.

No gráfico abaixo as linhas em azul marcam, 61,8% do


movimento de alta e também o seu oposto, os 38,2% como
também a linha que representa os 50%.Perceba que a alta
que aconteceu entre Dezembro e Janeiro de 2009 no
Petrobrás sofreu uma correção nos preços, correção que foi
de aproximadamente 61,8% do tamanho do movimento de
alta.

Exemplo de uma retração em um possível pivot de alta:

Exemplo de uma retração, descontando a queda dessa vez


parando na resistência dada pela retração de 50%.
SOMANDO O QUE APRENDEMOS DE ANALISE
TÉCNICA:

Além dos pontos de compra que já vimos, rompimento


de LTB, e rompimento de pivots, ainda podemos juntar o
que conhecemos de retrações de Fibonacci para
procurarmos um possível ponto de compra, justamente
nessas retrações, sempre que encontramos um candle de
reversão nos gráficos. Vale lembrar que o stop para essas
operações se dá sempre que o papel é negociado abaixo da
mínima desse candle de reversão, que no caso do e-mail
abaixo é um martelo.
Pontos de Compra

100%

61,8%
50%
38,2%

0%

Este ponto de compra, é uma combinação do suporte formado pela


retração do Fibonacci juntamente com um candle de reversão.

Esse é um ponto muito interessante para compras,


pois pegamos um mercado caindo que está tentando
reverter o processo de queda, e possivelmente deve passar
no mínimo por um repique. Resumindo ficamos com 3
principais pontos de compra, onde o menos arriscado é na
cabeça do pivot, depois temos a retração e por fim o mais
arriscado que normalmente é no rompimento da LTA.

Vale lembrar que as operações com analise técnica –


na minha opinião a maioria dos analistas pode discordar –
não gera ganhos consistentes, 90% das pessoas que
conheci perdem dinheiro na bolsa ou ainda vão perder,
existem diversos perfis de investidores, aqueles que não se
dedicam a aprender e logo acabam perdendo, aqueles que
se dedicam a aprender, mas que não tem a disciplina
necessária para seguir as estratégias a serem adotadas,
ainda por fim temos aqueles que se dedicam a aprender, e
que aprendem a ser disciplinados,seja por força do
mercado após perder dinheiro pela falta de disciplina ou por
um dom natural, mas que após sucessivas vitórias acabam
por relaxar de sua disciplina e acabam por ser derrotados
pela falta de humildade, pois ninguém derrota o mercado e
o mesmo deve ser respeitado. Normalmente o investidor,
após ganhar experiência e começar a ganhar com o
mercado acaba por começar a alavancar em suas
operações – o mercado permite investir até 6 vezes mais do
que o dinheiro que o investidor possui em conta – ai quando
investindo 5 ou 6 vezes o patrimônio, acaba por ser muito
difícil ter disciplina, pois as emoções acabam por dominar,
seja a emoção do medo ou da ganância e ai que começa a
derrocada do investidor, que muitas vezes acaba por perder
mais do que o seu patrimônio no mercado de ações, ficando
devendo muitas vezes nas corretoras.

Essas técnicas são eficientes junto com a estratégia do


vetor, pelo seguinte motivo, caso você erre na sua analise,
não haverá problemas, pois começaremos a comprar a
partir desse momento e faremos compras conforme o
mercado cai em direção ao VPA. Agora vamos falar dos
riscos que podem afetar os nossos investimentos.
Riscos

Como calcular os riscos de um investimento em ações?


Antes o que é risco? Quando você sabe exatamente o que
irá receber de uma aplicação financeira, seu investimento é
livre de risco. Então risco é a parcela inesperada do retorno
sobre um investimento.

Um medo muito grande dos investidores é perder todo


o seu dinheiro, ou ter os seus bens seqüestrados, o que
leva as pessoas a procurarem aplicações ditas “seguras”
como poupança ou fundos de renda fixa, mas o que poucas
pessoas sabem é que qualquer investimento em banco, só
é garantido até o valor de R$ 20.000,00, assim em caso de
quebra de um banco, você só terá de volta – garantido pelo
governo – o seu dinheiro caso tenha menos de R$
20.000,00. O mesmo acontece com a poupança que ainda
pode ser congelada pelo governo – o que já aconteceu na
década passada. Já no caso das ações você terá
propriedades sobre empresas, o que traz uma garantia
jurídica muito maior apesar de ficar a mercê das oscilações
do mercado, e correr o risco de sua empresa ir a falência.

Por outro lado, qual o risco de ser sócio do Bradesco e


de se ter investimentos no Bradesco? O risco é muito
parecido pois a possibilidade de se perder seus
investimentos acontece em caso de quebra no banco, que
afetará tanto os acionistas do banco quanto os correntistas
do mesmo. Uma forma interessante de diminuir esse risco
de quebra de uma empresa na qual se é sócio, é ser sócio
de um numero maior de empresas e de preferência ser
sócio de empresas de diferentes setores da economia, a
famosa diversificação. Dessa forma eliminamos o risco
setorial que é um risco diversificável e ficaremos somente
com o risco não diversificável que é o risco que envolve os
fatores macroeconômicos o risco que se dá pela situação
econômica do Brasil e do mundo, esse risco dificilmente
pode ser diversificado.

Assim para diversificar os seus investimentos é


importante que o investidor além de ações de diversas
empresas de setores diferentes, como, Petrobrás
(petrolífera) – Vale (Mineradora) – Bradesco (Banco) –
AmBev ( Consumo ), sugiro no mínimo 4 empresas
diferentes na sua carteira, é importante que ainda tenha
em sua carteira investimentos como imóveis e títulos
públicos. Ainda, títulos públicos, é outra forma muito
inteligente de investir o seu dinheiro a fim de ganhar
“renda-fixa”,pois, toda vez que o investidor aplica em um
fundo de renda fixa, os bancos juntam o dinheiro de
diversos clientes e compram títulos de renda fixa de
diversos tipos, públicos, privados e etc. Assim ficamos
dessa maneira com dois riscos, um o risco dos títulos, e o
segundo é o risco da instituição vir a “quebrar”, pois o
fundo no caso é de propriedade do Banco e vai ruir junto
com o mesmo. Mas existe a possibilidade de você ter renda
fixa eliminando um dos riscos, o risco bancário, comprando
diretamente esses títulos do governo brasileiro, o chamado
Tesouro Direto, mas informação você consegue no seguinte
site:

- http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/.

Para melhor visualização existe uma curva que


simplifica a curva de diversificação conforme o numero de
diferentes ativos.

Risco
Risco divesificável

Risco não-divesificável

Numero de Ativos
Assim é importante que além de uma técnica que seja
vencedora e que elimine os comportamentos perdedores no
mercado como, falta de disciplina, medo, ganância,
operações por feeling, dicas de fórum e noticias de ultima
hora, o investidor aprenda a diversificar a sua carteira de
investimento.

Por fim acredito que a melhor forma de conduzir os


seus investimentos é, investir em uma estratégia de longo
prazo, que esteja direcionada ao valor da empresas, e que
não esteja vinculada a previsões de nenhum tipo, como é a
estratégia do Vetor, sempre lembrando da importância da
diversificação dos seus investimentos e utilizando as
ferramentas de análise técnica para escolher um bom
momento para iniciar os seus investimentos. Lembre-se
sempre que é preciso de disciplina e estudo continuo para
investir no mercado de ações pois esse é muito dinâmico e
as condições econômicas mudam o tempo todo ainda mais
nos tempos modernos, crises como a de 2008 mostram que
empresas, mesmo com mais de 100 anos de história
passaram por maus momentos e muitas tiveram de ser
salvas pelo governo dos EUA, portanto, o mercado de ações
pode ser muito rentável, mas não esqueça nunca de
acompanhar os seus investimentos, pois como diz o velho
ditado: “O Boi sempre engorda mais sob os olhos do
dono!”.

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