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O direito processual penal estabelece o conjunto de princípios e regras
jurídicas com os ritos (caminhos a serem seguidos) processuais, ou seja, o
caminho a ser percorrido pelo Estado (atividade persecutória: direito de
perseguir o crime, apurar), em cada processo criminal de apuração das
infrações, as regras a serem seguidas do cometimento da infração penal até
a sua sanção (punição), sendo o “jus puniendi” (o direito de punir) exclusivo
do Estado.
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AÇÃO PENAL: é o direito que surge para o órgão de acusação de ingressar
em juízo solicitando a prestação jurisdicional, ou seja, aplicar o direito ao
caso concreto.
QUESTÃO DE PROVA
O processo penal
A ação penal
A relação processual
A representação
Decreto 3.689/41
NO ESPAÇO
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Imunidade consular é mais restrita, diz respeito somente a atos
praticados em função das atividades exercidas. Um crime comum fora
do objetivo da atividade exercida, ele responde.
Questão ERRADA.
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I – Os tratados, as convenções;
Questão CORRETA
Questão INCORRETA
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Obs.: a questão está bem mal redigida. A compreensão aqui se faz atenta. O
país estrangeiro também abriu uma ação penal, porém aqui também haverá
uma ação penal, mas levando em consideração SOMENTE as nossas leis.
Questão: INCORRETA
Questão: INCORRETA
Questão: CORRETA
Questão: INCORRETA
O diplomata tem imunidade, ele responde pelas leis do país dele. Porém o
país dele pode dá o direito ao Brasil para processar.
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Questão: INCORRETA (essa eu não sabia mesmo – chutei errado)
A imunidade é conferida ao que ele é e não onde ele pratica. Logo as sedes
as embaixadas não é território estrangeiro.
CPP, art. 2º - A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo
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Assim para garantir a adequada aplicação da política processual descrita no
art. 2º do diploma legal temo,s assim que surgir uma “novatio legis”
processual:
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PRAZOS PROCESUAIS
Pela regra do art. 2, aplica-se a lei do momento em que o ato processual está
sendo realizado com a situação de aproveitamento dos atos realizados
anteriores com a vigência da lei anterior.
PRAZOS PROCESSUAIS
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No posicionamento majoritário da doutrina quando a lei for híbrida (de
natureza penal e processual indissociáveis), como exemplo normas que
disciplinam atos do processo e exercício do poder punitivo, como: regras
sobre extinção da punibilidade, normas que proíbem progressão de regime.
A aplicação da lei surgirá as regras é do direito penal.
Exercícios
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Resposta: B
Resposta: CORRETO
Resposta – INCORRETA
Sobre prazo continua vigido a lei que tinha um prazo melhor. – Art. 3º
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Questão: INCORRETA
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Prevalência da regra geral do Código Penal, em virtude da proibição
constitucional dos juízos de exceção. Errado
Resposta: Letra B
Questão: CORRETA
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Interpretação doutrinária ou científica é aquela feita pelos juristas.
Restritiva: quando a lei vai além da sua vontade, dos fins para os quais ela
foi proposta. Ex.: a Lei Maria da Penha não definiu o grau de parentesco,
para não ficar muito extensiva é realizada uma análise restritiva. Parente até
3° grau de afinidade é um grau aceitável.
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Aula 6 – Interpretação da lei processual penal – exercícios
*** ex.: pela lei cheque não se divide, mas pode ser dado como pagamento
a prazo. O uso e costume brasileiro deixou de ser considerado apenas para
pagamento a vista e passa a ter características de nota promissória.
Prática
Desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da
lei anterior. ITEM CORRETO
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Com o suplemento dos princípios gerais de direito sem admitir, contudo,
interpretação extensiva e aplicação analógica. - Admite a interpretação
extensiva e analógica.
Somente pode ser aplicada a processos iniciados sob a sua vigência. Isolam
dos atos ---- ao ato processual. Princípio da imediaticidade. Pode ter sido
antes ou depois.
c) Retroage no tempo para obrigar a refeitura dos atos processuais, caso seja
mais benéfica ao réu. Princípio da imediaticidade
e) Será aplicada nos atos processuais praticados em outro território que não
o brasileiro, em casos de extraterritorialidade da lei penal.
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4) (2013 – FCC – TJ – PE – TÍTULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE
REGISTROS) Sobre a aplicação da lei processual penal e a interpretação no
processo pela, é INCORRETO afirmar:
c) A lei processual penal aplicar-se desde logo, sem prejuízo da validade dos
atos realizados sob vigência da lei anterior.
Correta questão.
PRINCÍPIOS PENAIS
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Princípio do Devido Processo Legal: o art. 5°, LIV, da CF estabelece que
“ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal”. Este princípio deve encartar a ideia de Estado de Direito (devido
processo legal objetivo) e inclusive no que concerne ao seu acrescimento
democrático, que agrega noções de justiça, igualdade jurídica e respeito aos
direitos fundamentais (LIMA, Maria Rosynete Oliveira. Devido processo
legal. Porto Alegre).
Questão de prova:
QUESTÃO CORRETA.
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No caso em questão, o réu está sob custódia do Estado, logo ele deveria estar
presente na audiência. (Decisão do STF – Habeas Corpus 111.728). Sob pena
de cercear a ampla defesa do réu e tornando assim o processo nulo.
Portanto, é pelo princípio do contraditório que uma das partes tem o direito
de impugnar as provas e alegações produzidas pela outra, principalmente o
réu.
Questões de prova
QUESTÃO CORRETA.
QUESTÃO CORRETA.
QUESTÃO CORRETA
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Aula 8 – Interpretação da Lei Processo Penal
a) a plenitude de defesa;
QUESTÃO DE PROVA
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nulidade absoluta, que independente da constatação de prejuízo para
o réu.
QUESTÃO ERRADA.
Súmula STF 523 *** cai muito
Quando se fala em defesa técnica só gerará nulidade do processo,
quando houver a ausência da defesa técnica. Se houve a defesa técnica
e ela foi deficiente, isso por si só não gera nulidade do processo.
QUESTÃO INCORRETA.
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b) Outra relativa à produção de provas no processo (em face de ninguém
ser obrigado a produzir provas contra si mesmo).
Súmula 522 – se ele apresentar uma falsa identidade ele pode responder,
não está protegido pelo princípio da autodefesa. Agora, ele não é obrigado
a dá o nome dele
QUESTÃO DE PROVA
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3. (2017 – IBADE – SEJUDH/MT – ADVOGADO) À luz da
jurisprudência fixada em repercussão geral, apesar da presunção de
inocência, é possível executar provisoriamente a pena após a
condenação em segundo grau de jurisdição.
QUESTÃO CORRETA.
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5. Princípio do Juiz Natural: Os órgãos do judiciário estão previstos na
CF (art. 92° c/c art. 98º, I) a qual, em alguns casos, fixa a cada um deles
uma competência especifica ou atribui esta tarefa à lei
infraconstitucional. O princípio do juiz natural está previsto, sob duas
vertentes, na CF, no art. 5°, incisos XXXVII e LIII, que estabelecem,
respectivamente: XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção,
e LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela
autoridade competente.
QUESTÃO DE PROVA
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Decisões)), sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente
a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do
interesse no sigilo não prejudique o interesse público à informação.
A publicidade é uma garantia para a sociedade para transparecer a
independência, imparcialidade e responsabilidade do judiciário ao
julgar as lides, pois os processos são acessíveis a qualquer pessoa,
dentro do que chamamos de publicidade geral. Ressalva é feita aos
casos que interesse público ou intimidade não admitirem a publicidade
geral (segredo de justiça), no máximo haverá a publicidade restrita
(entre as partes).
Questão de prova
QUESTÃO INCORRETA.
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c) Incorreta, pois afronta o princípio da publicidade, igualmente
aplicável às ações penais em curso e aos inquéritos policiais;
d) Incorreta, pois o acesso do indiciado, por meio de seu advogado,
aos autos do procedimento investigatório é garantia de seu
direito de defesa.
Conceitos de provas ilícitas – A CF, no art. 5º, LVI, estatui que são
inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.
a) Ilícitas: seriam aquelas colhidas com afronta à uma lei material. Ex.:
realizar uma escuta sem mandado, uma vez existe uma lei para quebra
de sigilo telefônico.
b) Ilegítimas: seriam aquelas colhidas com Afronta à uma lei processual.
Ex.: apresentar alguma prova no dia da audiência, quando o certo é no
mínimo 3 dias antes.
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Com a reforma do Código Processual Penal em 2008 foi retirado
essa diferenciação entre prova ilícita e prova ilegítima, está tudo no
mesmo pacote. Ou seja, não se usa essas duas diferenciações, a não ser
que venha especificamente na prova.
Pelo caput do art. 157 do CPP supracitado, a prova ilícita é aquela obtida
em violação às normas constitucionais e legais. Assim, quando o
legislador fala que a prova ilícita é aquela que afronta a lei e não distingue
se a lei é processual ou material, as duas hipóteses se configuram como
ilícitas (nesse sentido, note-se a doutrina de Andrey Borges de Mendonça,
Nova Reforma do Código de Processo Penal. Ed. Método, p. 171)
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Questão de prova
*** chegar à arma de um crime por meio de uma tortura, porém ao chegar
no local o dono da casa permite a entrada da polícia, portanto uma apreensão
legal.
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a) As provas ilícitas são inadmissíveis e a ilicitude só poderá ser
excluída, excepcionalmente, em razão da boa fé do agente, nos casos
de organização criminosa e tráfico.
b) As provas ilícitas são inadmissíveis, sendo a doutrina pacífica no
sentido de que não podem servir nem mesmo quando forem as únicas
capazes de demonstrar a inocência do réu.
c) As informações colhidas na fase do inquérito que dão esteio à
acusação devem guardar perfeita obediência ao princípio da
legalidade sobre pena de refletir na rejeição da denúncia por falta de
justa causa produzida licitamente.
d) As provas derivadas das ilícitas não são alcançadas pela
inadmissibilidade.
e) Em nenhuma hipótese os vícios do inquérito policial serão
considerados, uma vez que se trata de fase administrativa que não
contamina o processo penal.
Questão de prova
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Questão errada.
*** somente os efeitos civis indenizatórios de uma ação por danos morais
e materiais.
Questão de prova
a) Princípio da correlação.
b) Princípio da Intranscendência.
c) Princípio do Privilégio contra Autoincriminação.
d) Princípio da Oficiosidade ou do Impulso Oficial.
e) Princípio do Devido Processo Legal.
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Rio de Janeiro, 7 de outubro de 2019.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA
§ 3º (VETADO).
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§ 5º A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato
fundamentado.
PRÉ PROCESSUAL
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL REGRA
(INQUÉRITO POLICIAL)
PERSECUÇÃO CRIMINAL
(PERSECUTIO CRIMINIS)
INSTRUÇÃO PROCESSUAL
(AÇÃO PENAL) PROCESSO
CRIMINAL
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caráter informativo, não é a fase processual, apenas acompanhará a denúncia
ou a queixa-crime quando for base para uma ou outra.
Algumas diligências têm lei própria, são leis especiais que prevalecem sobre
a lei geral (CPP) como exemplo, tráfico, maria da penha, intercepção
telefônica...
2.NOTÍCIA HISTÓRICA
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Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2019.
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levanta as circunstâncias do ocorrido, por isso ainda não existe ampla defesa
e contraditório. Existe requisitos de contraditório porque o investigado pode
contradizer tudo o que está sendo apresentando, porém não tem como
característica do inquérito. É aquilo, quem tem boca fala o que quer.
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4.7 – INFORMATIVIDADE: o inquérito é informativo, os elementos de
informação colhidos na fase inquisitiva só informarão o processo futuro,
sendo as provas refeitas em juízo sob o crivo do contraditório e ampla defesa.
Algumas provas (provas cautelares, antecipadas, não repetíveis) são
antecipadas e não podem ser refeitas, em razão de sua natureza não repetível
passará pelo contraditório diferido.
5. NOTITIA CRIMINIS
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O Estado precisa facilitar a forma de comunicação, criar meios para ter essa
notícia.
A notícia anônima, por si só, não pode dar início ao inquérito, salvo se ela se
configurar no próprio corpo de delito (a polícia recebe provas com a
materialidade da infração)
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O STF admite a instauração de inquérito policial e a posterior persecução
penal fundados em delações anônima, desde que a autoridade policial
confirme, em apuração sumária e preliminar, a verossimilhança do crime
supostamente cometido. De acordo com essa jurisprudência, uma vez
apurados indícios de possível cometimento de delito, pode ser instaurada a
persecução penal, que agora se baseia em fatos que se sustentam
independentemente do relato anônimo (HC 106.664) ** HC = Habeas
Corpus
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Rio de Janeiro, 14 de outubro de 2019.
Resumo
Notitia criminis
flagrante.
Anônima (inqualificada)
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STF – antes de instaurar o regular procedimento – deve ser feita
análise prévia que comprove a existência da infração penal e só então
instaurar o procedimento – inquérito policial – salvo se a notícia se
configura no corpo de delito.
I – Polícia federal;
IV – Polícias civis;
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Conclui-se que a atividade de Polícia Judiciária em sentindo amplo é
exercida, em regra, pelas Polícias Civis e pela Polícia Federal e se
subdividem assim:
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promover, por autoridade própria, investigações de natureza penal e fixou os
parâmetros da atuação do MP (RE 593.727 – ST – 2015).
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D) INVESTIGAÇÃO DAS COMISSÕES PARLAMENTARES DO
INQUÉRITO
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Agora, se ficar claro que a ordem para abertura do inquérito tiver
uma motivação ilegal, é claro, que o delegado pode indeferir.
c) Por requerimento: o ofendido, ou quem tem qualidade para
representá-lo poderá requerer a instauração de inquérito em relação
a qualquer crime, seja de ação pública ou privada. O requerimento
pode ser a forma para a polícia instaurar inquérito nos crimes de ação
pública. Mas é a única forma nos crimes de ação privada. Antes de
instaurar a polícia faz análise de justa causa. Se for indeferido, cabe
um recurso para o chefe de polícia.
RESUMO:
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Mediante requerimento do ofendido
8. DILIGÊNCIAS INVESTIGATIVAS
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bem assim providenciará, até que compareça a autoridade competente, sobre
qualquer fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição.
IV – Ouvir o ofendido
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Rio de Janeiro, 18 de outubro de 2019.
Art. 13 – A: Nos crimes previstos nos arts. 148 (sequestro e cárcere privado),
149 (exploração na condição análoga de escravo) e 149-A (tráfico de
pessoas), no §3° do art. 158 (extorsão com privação da liberdade) e no art.
159 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal)
(extorsão mediante sequestro), e no art. 239 da Lei nº 8.069, de 13 de julho
de 1990 (ECA) (tráfico de menores), o membro do MP ou delegado de
polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de
empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou
de superiores (incluindo pela lei nº 13.344, de 2016).
III – Para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária
a apresentação de ordem judicial.
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meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com
imediata comunicação ao juiz.
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O STF definiu que interrogação por condução coercitiva não está respaldada
no texto constitucional. O interrogatório é uma exclusivo de defesa e não
pode ser alvo de condução coercitiva. *
O indiciamento pode ser realizado sempre que existir justa causa, porém
menores de 18 anos não podem ser indiciados de nenhuma forma, não podem
nem ser ouvidos com suspeitos em uma delegacia que não seja a
especializada. Os indiciadores menores citados no artigo 15º do CPP eram
aqueles entre 18 e 21 anos, aqueles civilmente ainda incapazes, mas
criminalmente já eram imputáveis. Este artigo perdeu a eficácia com o
Código Civil de 2002.
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necessário, por extrema e comprovada necessidade, e no caso de
indiciado solto, o prazo será de 90 dias prorrogáveis por mais 90 dias.
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O prazo para conclusão de inquérito é considerado prazo impróprio, que
competem somente a juiz, delegado e não gera preclusão, ou seja, não se
perde o direito.
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11. CONCLUSÕ E ENCAMINHAMENTO DO IP *
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No relatório o delegado não poderá expressar juízo de valor sobre
culpa ou inocência do investigatório porque é uma fase em que não tem
contraditório, ampla defesa, acusação.
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O IP chega ao MP que poderá requerer o arquivamento terá que
fundamentar por:
Coisa julgada material é aquela que não pode ser julgada nem
diante de novas situações.
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natureza objetiva, ou deixar de incluir na inicial acusatória algum dos
indiciados, considerado neste caso de natureza subjetiva. O MP apenas s
omite, sem justificação ou expressa manifestação desta inércia. O
arquivamento implícito se completa quando o juiz a quem for oferecida a
inicial não se pronunciar com relação à inércia do MP. Este arquivamento
não foi agasalhado pela jurisprudência brasileira (inf. 562 – STF).
O MP não falou nada, o Juiz recebeu a denúncia e não falou nada – então
ocorre o arquivamento implícito.
13 - VALOR PROBATÓRIO DO IP
“CPP – art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da
prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar
sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas.”
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Ex.: interceptação telefônica, busca domiciliar, perícia técnica, filmagem
juntada pela vítima na fase de investigação.
de informação
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O poder/dever do Estado – Juiz de punir se realiza por meio do exercício
jus persequendi. A ação penal é o processo atuação estatal para
efetivação do jus puniendi. Configuram o direito subjetivo do Estado
investido do direito de ação, por meio da jurisdição, sendo a jurisdição
exercida perante a Justiça Criminal. *
Jurisdição
Dizer o direito
Direito
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Existindo fundadas suspeitas, demonstradas por peças de informação,
sobre determinada pessoa, esta será denunciada para responder ao
processo penal na condição de acusado.
I – INÉPCIA DA INICIAL
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identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das
testemunhas.
O único conteúdo que se faltar não causará uma rejeição por inépcia é o
rol das testemunhas.
II – CONDIÇÕES E PRESSUPOSTOS
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autor. Ex.: não adianta nada conceder direito a liberdade condicional
se o réu já estiver morto.
Legitimidade: a parte tem de ser a legítima titular do interesse em
litígio; a legitimidade para dá início à ação penal é do Estado –
Administração, que a realizará por meio do MP e, excepcionalmente,
a norma outorga o direito ao ofendido nos casos de ação privada. Se a
parte que iniciar a ação não estiver revestida pela letitimatio and
causam e ad processum, faltará a ação uma de suas condições,
estando, pois, prejudicando o pedido.
IV – CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
Homicídio/
V – MODALIDADE DE AÇÃO PENAL Incondicionada Roubo/
Estupro
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Pública
Exclusiva Genérica
Querelante/ Querelado
Agressão --- puxou cabelo, mas não lesionou é vias de fato, havendo
a lesão configura como lesão corporal.
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Quando o oferecimento da denúncia depender da vontade do ofendido,
está só poderá ser oferecida após juntada de representação criminal
apresentada pela vítima ou por seu representante legal. Ex.: crimes de
lesões corporais leves, ameaças (art. 129, caput e 147 do CP). Fora os
casos da Lei Maria da Penha.
Se a condição de procedibilidade exigida for requisição do Ministério
da Justiça, o MP não poderá, sem esta, iniciar o processo, como, por
exemplo, nos crimes contra a honra do Presidente da República ou
chefe de governo estrangeiro que se encontre no (CP art. 145 – Nos
crimes previstos neste Capítulo ... Parágrafo Único: Procede-se
mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do
caput do art. 141 desde Código – art. 141 - ... – I contra o Presidente
da República, ou contra chefe de governo estrangeiro).
Neste caso, a ação penal será promovida pela vítima, não através de
uma denúncia, mas de uma queixa-crime oferecida contra o acusado
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ao juiz, o que dará início à ação. O ofendido oferecerá a queixa-crime
ao juiz através de um advogado, sendo que, se ele se declarar
juridicamente pobre, o juiz nomeará um advogado para ingressar com
a queixa como procurador do ofendido. Exemplo dos crimes de ação
privada: dano simples (art. 163, caput, do CP), injúria (art. 140,
caput, do CP), calúnia (art. 138, caput, do CP) etc.
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de negligência do querelante, retomar a ação como parte
principal).
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Na Lei 11.340/2006 (Maria da Penha) – Art. 16 – Nas ações penais
públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só
será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência
especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da
denúncia e ouvido o MP.
Para as pessoas que são vítimas nos crimes de ação penal pública
condicionada e ação privada, enquanto forem considerados absoluta e
relativamente incapazes, necessitam de representação legal (pais, tutores ou
curadores).
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quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o
prazo para o oferecimento da denúncia.
8. DESISTÊNCIA DA AÇÃO
Na ação penal privada: na ação privada pode ocorrer a desistência por meio
da renúncia, perdão ou perempção. A ação privada subsidiária é de natureza
pública, por isso não se aplica o perdão ou perempção, pois, nestes dois
últimos casos, se o querelante desiste da ação penal, o MP retoma a
titularidade da ação.
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Renúncia – ocorre antes do início da ação penal privada, ou seja, antes
que o ofendido ofereça a queixa na justiça; é unilateral: porque
somente a vítima ou seu representante legal se manifesta. É
indivisível: estende-se a todos os autores da infração, ainda que o
concedido a apenas um deles. É incondicionada: por não depender de
aceitação, em razão de só a vítima se manifestar e automaticamente se
estender a todos. A renúncia ao direito de queixa feito pela vítima pode
ser expressa (escrita) ou tácita (atos incompatíveis com a vontade de
prosseguir na ação).
Perdão: ocorre após o início da ação penal, ou seja, após a queixa-
crime ter sido oferecida ao juiz e pode ser concedido até o trânsito em
julgado. É bilateral: a vítima concede o perdão, mas é preciso a
aceitação do acusado (após 3 dias sem manifestação, considera-se
aceitação tácita). É divisível: é concedido a todos os acusados, no
entanto, por ser bilateral, a manifestação do acusado é obrigatória para
que exista o perdão. Assim, para o acusado que aceita o perdão, ocorre
a extinção de punibilidade, mas para o acusado que não aceitar o
perdão, o processo continuará. É condicionado: depende de aceitação
do acusado. Assim como a renúncia, o perdão pode ser expresso ou
tácito.
Perempção: é o abandono da causa por parte do querelante. É também
uma causa extinta de punibilidade por abandono de ação penal por
parte do querelante. Ocorre: quando o querelante não dá andamento
ao processo em 30 dias; se não houver substituição processual em até
60 dias; quando o querelante é uma pessoa jurídica que se extingue
sem deixar representantes legais; e não houver pedido de condenação
nas alegações finais.
O MP não pode desistir da ação penal, mas pode desistir da condenação, pois
pode pedir a absolvição.
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Rio de Janeiro, 14 de novembro de 2019.
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a identificação do acusado: qualificação completa ou dados
individualizadores. Não é obrigatória a qualificação se há dados
individualizados (apelido, características etc.);
a classificação da infração;
rol de testemunhas, se houver.
Recebimento das peças de acusação pelo juiz: no ato de
recebimento não há necessidade de fundamentação. O juiz não pode
alterar, como regra, neste momento, a classificação da infração, salvo
se houver incompetência absoluta do juízo. O caso de recebimento de
denúncia não tem cabimento nenhum recurso, a defesa poderia
impetrar apenas habeas corpus. Se ocorrer a rejeição da denúncia ou
queixa, esta deve ser fundamentada pelo juiz em um dos motivos
elencados no art. 395 do CPP: a denúncia ou queixa for
manifestamente inepta; faltar pressuposto processual ou condição para
o exercício da ação penal, ou faltar justa causa para o exercício da ação
penal.
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Indisponibilidade: não pode desistir da ação penal.
Divisibilidade (entendimento dominante): quando há mais de um
acusado.
Intranscendência: responsabilidade personalíssima de quem
pratica o ato. Cada um responde pelo que faz.
Legalidade
Ação Penal Privada
Iniciativa particular
Conveniência ou oportunidade: o querelante (ofendido) é quem sabe
se é oportuno ou não. Cabe desistência.
Disponibilidade
Indivisibilidade
Intranscendência
Legalidade
80
Rio de Janeiro, 17 de janeiro de 2020.
Aula 28 -
81