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Introdução
Na aula de música o que é ensinado, parece ser óbvio, é “música”. Para isso há
várias didáticas como: cantar, tocar um instrumento, compor, improvisar, gravar,
experimentar sons corporais, criar instrumentos e diversas outras práticas que fazem parte
do repertório educacional musical. Porém quando na própria unidade há uma sala de Arte1
que dispõe de recursos e espaço, há neste caso a criação e adaptação de outras
metodologias que contribuem para o aprendizado artístico (musical). O que será analisado
no decorrer do texto é uma dessas metodologias, os “Espaços de Aprendizagem
Diversificados”, que tem contribuído significativamente nas aulas de Arte/Música.
Vivemos atualmente uma realidade na qual as crianças não têm liberdade para
brincar como em décadas passadas, nos grandes quintais arborizados ou até mesmo
percorrendo o bairro que morava, a procura de desafios e aprendizados significativos.
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Sala de Arte/Música do SESC Escola Cuiabá MT
Vygotsky (BAQUERO.2000. p.27) indica a relevância de brinquedos para a criação da
situação imaginária. As experiências são extremamente importantes em nossas vidas.
Todo o acervo de brincadeiras constituirá o banco de dados de imagens utilizados em
nossas interações. O brincar tem um espaço importante na formação intelectual, física e
social de todo ser humano. Com base nestes devemos ofertar um leque de temáticas.
Possibilidades do brincar que favoreça a autonomia, vivencias de regras, resolução de
conflitos e a representação do real social de forma prazerosa e significativa.
De acordo com Denise Naline, Doutora em Educação e Formadora - Na história
da Educação Infantil, os Espaços de Atividades Diversificadas, nasceram com Decroly
(médico e educador belga, 1871 a 1932) e com a contribuição teórica do pedagogo alemão
Fröbell (1782 a 1852) e os Espaços do trabalho de Freinet (1896\1966). Todas estas
pedagogias trazem a ideia de não trabalhar com uma única atividade. Por tanto preza-se
pela importância de se compreender, pensar, planejar e organizar um ou mais Espaços de
Aprendizagem. E que este ampare os aspectos inerentes ao processo educativo. Antes de
tudo, torna-se necessário conhecer os “Exploradores”, suas preferencias, curiosidades,
dentre outros, sempre com a ideia de intervenções pedagógicas não impositiva, mas sim,
sugestivas, instigantes.
Os Espaços de Aprendizagem não necessitam estar em um canto da sala, eles
podem ocupar espaços no pátio, no parque de areia, nos corredores, no refeitório, ou no
centro da sala de aula dividida em vários ambientes e o número de Espaços de
Aprendizagem, vai depender da quantidade de “Exploradores”. Os materiais devem ser
pensados com antecedência e a partir do momento em que a criança está em contato com
os materiais cabe ao professor instigar, interagindo com o grupo de forma com que a
criança avance nas suas investigações e construções.
Segundo Piaget (WADSWORTH, 1977, p. 14-31), a maior fonte de motivação,
no que se refere ao desenvolvimento intelectual, é o desequilíbrio. Este momento de
conflito cognitivo, que ocorre entre as predições e o instante do aprendizado, é importante
para o desenvolvimento do aluno. O professor mediador deve sempre estar atento as
necessidades do grupo, ofertando novas oportunidades para que possam continuar
explorando, pesquisando, criando, desenvolvendo habilidades e competências que os
auxilie no seu processo de construção da aprendizagem.
Segundo KISHIMOTO (2008, p. 20) “o educador deve também, brincar e
participar das brincadeiras, demonstrando não só prazer em fazê-lo, mas estimulando a
criança para tais ações”. Nesse sentido, cabe ao professor mediador refletir e tomar
decisões no qual o aluno seja protagonista, de modo a atender a heterogeneidade dos
grupos, extrapolando as fronteiras, exigindo do profissional competências polivalentes,
com escuta aguçada e um olhar generoso.
A aprendizagem, segundo Vygostsky, ocorre a partir do processo de interação,
mediante o qual uma atividade social externa torna-se atividade individual interna, ou
seja, uma função interpsicológica torna-se função intrapsicológica. (LEITE, 1991, p.29).
No entanto podemos afirmar que a aprendizagem ocorre pela mediação do adulto e dos
colegas, por meio de interações que colocam em contato com o objeto do conhecimento.
Para Vigostsky (1994), “ao brincar as crianças sempre se comportam além do
comportamento habitual de sua idade, o que favorece as aprendizagens. Além disso, tais
situações constituem-se de fontes de prazer, assim aprendem a subordinar-se a regras,
uma vez que se sujeitar a elas e renunciar à ação impulsiva representam o caminho para
o prazer nos brinquedos, brincadeiras e jogos.”
Partindo deste pressuposto são verdadeiras as afirmações quando em análise os
Espaços de Aprendizagem, no qual os jogos simbólicos são colocados como desafiadores,
meios estes favoráveis à antecipação do desenvolvimento da criança, permitindo-lhe
projetar atividades adultas de sua cultura, ensaiar futuros papeis e valores, além de
adquirir atitudes, habilidades essenciais para sua participação social.
Ao avaliar é importante levar em consideração, o pensamento, a sensibilidade, a
imaginação, a percepção, a intuição, a criação a simbolização, pois as estratégias
oferecidas como atividades objetiva a valorização da autonomia, a capacidade de tomada
de decisão e a criatividade coletiva e individual, sempre recordando que, cada criança é
diferente e se adapta ao meio de forma diferente, de acordo com o teórico Henri Wallow
(1879 – 1962). E será por meio da observação que o mediador terá a oportunidade de
conhecer cada um, as suas reações frente a novos desafios, as brincadeiras e respeito e
criação de regras, a sua cultura social, musical, dentre outros. Por isto a escuta é
fundamental.
Sendo assim os Espaços de Aprendizagem se tornam significativos por
funcionarem como mais um elemento educativo. Para que este não perca a sua
funcionalidade, faz-se necessário planejar detalhadamente as atividades que serão
realizadas sejam eles internos ou externos a sala de aula oferecendo materiais
diversificados.
Os espaços de aprendizagem: Proposta Pedagógica da Educação Infantil (SESC).
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Artigo: A Organização do Espaço em Sala de Aula e as Suas Implicações na Aprendizagem
Cooperativa: Madalena Telles Teixeira; Maria Filomena Reis; pág: 169.
algo fundamental quando se quer garantir as condições de protagonismo das crianças no
espaço escolar.
Para tanto a descoberta e a exploração dos espaços estão além das salas de aulas
de modo geral, mas sim nos espaços externos e na vivencia construída com experiência
de um brincar com significados e intencionalidades.
As crianças desde que nascem são expostas aos sons de diversas formas: através
do canto da mãe, da televisão, do rádio, do ruído dos carros etc. eles percebem todos esses
sons que estão no seu entorno. As escolas devem utilizar desse recurso para trabalhar a
exploração sonora levando o aluno a compreender e executar as possiblidades vocais e
corporais que ele pode executar, fazendo assim, com que as crianças interajam ainda mais
com o seu meio ambiente. Maria Tereza de Alencar Brito (2007) em sua tese, no capítulo
“Compondo Músicas”, relata que “A relação das crianças com sons e música abarca uma
gama de possibilidades […]: da escuta dos sons do entorno, da paisagem sonora
circundante, à exploração de sons vocais e corporais; da exploração de sons em objetos
diversos (já que tudo pode ser um instrumento) …” (2007, p. 2), com isso destaca-se a
relação da criança com o som que pode ser realizado por diversos meios. Mársico (1982)
ressalta a visão de psicólogos que defendem que “as crianças expostas [à música]
desenvolvem-se mais rapidamente do que aquelas que não têm um ambiente favorável
[…]”. (1982, p. 30). Adaptar a sala de aula (ou de música) possibilitando o contato
permanente e cotidiano dos alunos com instrumentos musicais, CDs, DVDs e práticas em
conjunto estimula, favorece e contribui para formação musical do aluno, formação essa
não formal – com objetivo de torna-los músicos – mas sim de desenvolvimento humano
afetivo, social e musical.
Brito (2003) em seu livro “Música na Educação Infantil” nos relata que as crianças
interagem com a música dentro de um ambiente sonoro desde cedo, pois já é de seu
cotidiano ser envolvido por atividades que contém a música como: cantar, dançar e ouvir.
Podemos ver isso nas escolas todos os dias, onde as professoras estão utilizando a música
na sala de aula, desde fazer uma roda até o momento de ensaio para alguma apresentação.
A música está sempre presente nas formas das canções, danças ou audições de CDs e
também visualizações de DVD’s de filmes ou dentro de alguma história.
O processo de musicalização das crianças também é citado por Brito: “Podemos
dizer que o processo de musicalização das crianças começa espontaneamente, de forma
intuitiva, por meio do contato com toda a variedade de sons do cotidiano, incluindo aí a
presença da música.” (BRITO, 2003, p. 35). Nesse sentido, o contato da música com a
criança inicia desde cedo, onde estabelece uma aproximação através das canções ou
outras formas musicais que estão presentes em seu dia-a-dia, podendo ser canções
cantadas pelos pais ou familiares ou músicas presentes indiretamente como: música na
televisão, rádio, “cantadas na hora do banho” etc. Também os sons e ruídos, onde a
criança espontânea, indireta ou diretamente de uma forma intuitiva entra em contato com
a música e a paisagem sonora circundante.
Todas as formas musicais apresentadas nessa idade são de grande importância
para que a criança tenha um desenvolvimento cognitivo e afetivo, desenvolvendo nelas
um vínculo forte com os professores, pais e outros que a criança tenha contato. Esse
vínculo é desenvolvido com a música. Segundo Brito: “A criança é um ser brincante e,
brincando, faz música, pois assim se relaciona com o mundo que descobre a cada dia.”
(BRITO, 2003, p. 35). Os jogos de roda assim como as canções nada mais são do que
brincadeiras para as crianças, em contrapartida, para os professores são através dessas
“brincadeiras musicais” que é transmitido e desenvolvido o conhecimento musical.
Em relação ao canto, Brito (2007) observa que as “canções são os modos de
realização musical que mais cedo se aproximam dos modelos culturais, já que as crianças
convivem com as canções mais do que com outros produtos musicais.” (2007, p. 3). As
crianças ouvem desde bebês vários gêneros de canções. Cantando para eles e
estimulando-os a realizarem as suas canções ou interpretações, durante a aula nos
aproximamos da cultura de cada aluno conhecendo o seu repertório de vida e podendo
ensinar outros.
A avaliação ou relatório deve ser utilizada nas escolas como meio de melhorar as
práticas e possibilitar o desenvolvimento de caminhos mais acessíveis ao conhecimento.
Segundo Swanwick
A avaliação torna possível nossa vida – ela guia todas as nossas ações. A
avaliação em situações, cotidianas é, frequentemente, informal, intuitiva. Não
existe um procedimento padrão para seguir, não é preciso proceder a nenhuma
análise detalhada, não é necessário um relatório escrito. (SWANWICK,2003,
p. 81).
A avaliação musical é necessária, pois ela contribui para uma auto avaliação das
aulas, como meio de reavaliar o que está sendo ensinado, se está sendo efetivo o ensino
do conteúdo musical. Assim como há avaliações em outras matérias: matemática,
português, ciências etc. sendo avaliado o que foi aprendido de seus conteúdos durante o
bimestre, semestre ou ano letivo, na música não deve ser diferente, pois a música tem
seus conteúdos estruturados e definidos, podendo assim ser avaliada como uma matéria
comum da grade curricular. As atividades musicais são amplamente avaliadas de vários
modos: no cotidiano, durante a aula de música, na execução de atividades e/ou jogos
musicais, durante exames vocais e instrumentais, festivais, audições etc. (SWANWICK,
2003, p. 3). Segundo o autor não há um método fixo para avaliação musical, ainda mais
quando se trabalha com música, pois ela não é executada em uma metodologia ou forma
cristalizada, portanto a sua avaliação não pode ser de um ponto único.
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Essa distinção é feita na grade curricular e também na proposta pedagógica da unidade. O professor de
música ministra aula somente desse conteúdo enquanto que a professora de arte explora as outras
linguagens.
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Na escola a turma do 1º ano faz parte da coordenadoria da educação infantil.
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Doutora em Educação-currículo pela PUC – Pontíficia Universidade Católica de São Paulo, sob a
orientação de Maria Cândida Moraes (2008). Mestre em Educação-currículo pela mesma instituição (2001).
Escuta Musical Infantil, Corporificação de elementos estruturais da música, Exploração
e criações sonoras, e Apreciação Musical.
Para um melhor aprofundamento e condução deste artigo vamos no ater somente
aos tópicos metodológicos escolhidos pelo professor para as suas aulas na educação
infantil. A aula para essas turmas tem cinco momentos: 1- Projeto Interculturalidade6, 2-
Escuta Musical Sensível, 3- Desenvolvimento (movimento expressivo, atelier de canções,
exploração sonora e música e cultura brasileira), 4- Apreciação Musical e 5- Espaços de
aprendizagem diversificados complementares.
A escuta musical sensível tem como objetivo principal preparar corporal e
mentalmente para o início do dia de aula, mas também podemos citar outros como:
desenvolver atitudes de escuta, relaxamento, atenção, concentração, entrega e silêncio;
criar a sinergia de grupo através da audição de repertório instrumental tais como: MP
Baby – músicas instrumentais da MPB tocadas no violão, Todo Sentimento – CD
instrumental do músico Habel Dy Anjos e algumas músicas do músico Ebinho Cardoso.
Realizando exercícios de respiração, relaxamento, postura, alongamento, consciência
corporal e focalização mental, sensibilização à música como fenômeno sensorial.
Na parte seguinte após a audição anterior, há a parte que denominei como
desenvolvimento onde há a junção de várias práticas metodologias musicais trabalhadas
durante o bimestre, é nesse momento que o professor apresenta conteúdo e desenvolve
com os alunos o trabalho previsto durante seu planejamento anual/bimestral/quinzenal. O
Movimento Expressivo tem por objetivo corporificar os elementos estruturais da música,
onde os alunos reconhecem auditivamente os elementos estruturais musicais: ritmo,
propriedades do som, frase, forma, entre outras, ele também explora movimentos
corporais livres e delimitados pela proposta musical, representa cenas, histórias
encenadas, brincadeiras coletivas, rodas, cirandas, improvisa e trabalha com o imaginário
explorando a espacialidade através dos planos altos e baixos. Através do Atelier de
Canções é realizada a preparação vocal e corporal, são apresentadas as canções do
repertório seguindo a diversidade cultural principalmente a brasileira, também onde os
alunos demonstram cantando qual é o seu repertório de vida que constituiu, que o
representa, que reconhece e lhe é familiar, tem como objetivo reforçar a percepção dos
elementos musicais, conhecer canções de outras culturas, divulgar e preservar o repertório
tradicional da infância. Concomitantemente ao tópico anterior há o desenvolvimento do
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Projeto anual escolar com o tema “Cultural Afro Matogrossense”. Porém, não será abordado neste artigo,
ficará para uma próxima oportunidade.
repertório brasileiro principalmente no que tange as canções folclóricas, de roda,
brincadeiras tradicionais da infância, parlendas, brincos, danças e outras manifestações
onde a música é presente. Através da exploração sonora os alunos tocam e descobrem os
sons, limitações e possibilidades dos instrumentos e objetos sonoros, desenvolvem a
criatividade para improvisar e compor com sons diversos, reconhecem e sabem identificar
os diversos timbres tanto vocais como dos instrumentos, trabalham coletivamente na
execução musical acompanhada, aprendem e sabem quando é a vez de tocar e qual a
intensidade do som além de cuidar de cada instrumento e como executar a sua “técnica”.
A Apreciação musical tem como foco ampliar as perspectivas culturais e
referências musicais dos alunos, conhecendo diferentes gêneros do Brasil e do mundo,
aguçando a percepção dos sons e timbres, como também a consciência sobre a
importância de preservar patrimônios culturais brasileiros e mundiais. Durante a aula a
apreciação ocorre no final, retomamos o relaxamento, a concentração e o silêncio para
assim apreciar os diversos repertórios escolhidos para essa atividade, diferentemente da
primeira etapa, nesta as músicas são em sua grande maioria cantadas e o repertório varia
entre musicais infantis brasileiras, acalantos, histórias cantadas e músicas de outros povos
e culturas.
A ideia de construir Espaços de Aprendizagem na sala de Arte/Música deu-se
durante uma reunião entre professores e coordenadores. Na escola do SESC há uma sala
que é compartilhada entre a disciplina de Arte e Música e nessa sala durante o início do
segundo bimestre foram criados três espaços de aprendizagem: espaço do
desenho/registro, da dança e teatro, e dos instrumentos musicais, há também um quarto
espaço delimitado por um tatame infantil colorido de 4m que é utilizado pelo professor
para as atividades anteriores descritas acima.
No espaço do desenho há duas mesas de mármores com bancos, em cima delas
ficam os lápis de cor, gís de cera, canetinha e papel A4. No espaço do teatro há um
pequeno palco no canto da sala, com fantoches e fantasias, além de um sistema de
sonorização com acesso a pen drive e leitor de CD`s com uma coletânea de compositores
infantis tais como: Palavra Cantada, Adriana Partimpim, Ana Tati, etc. No espaço dos
instrumentos há um balcão com 12 prateleiras onde cada uma contém os instrumentos
musicais seguindo por timbre ou característica de construção.
Durante a aula de música o professor em conjunto com os alunos, auxiliares e
estagiários desenvolvem o trabalho musical seguindo a proposta bimestral/semanal, ao
final desse momento os alunos são divididos e/ou escolhem em qual espaço querem ir
naquele momento, antes dessa divisão o professor orienta os alunos sobre os espaços e a
proposta naquele dia para eles. Esses espaços se complementam a aula, no espaço de
desenho os alunos são convidados a registrarem através de símbolos, linhas, círculos,
imagens e borrões as músicas que foram trabalhadas. No espaço de dança e/ou teatro os
alunos acompanham através de movimentos livres, criações de cenas e improvisos,
músicas que foram executadas e apreciadas durante os bimestres anteriores e o atual,
agindo assim como reforço a audição do repertório. No espaço dos instrumentos musicais
os alunos pesquisam, exploram e se divertem experimentando os instrumentos escolhidos,
algumas vezes seguindo o que foi ouvido anteriormente durante a apreciação e execução
musical, ou até mesmo seguindo o ritmo e melodias que estão sendo ouvidas pelos alunos
no espaço da dança.
Ao escolher o instrumento, fantasia e/ou qual o espaço o aluno quer estar naquele
momento, ele desenvolve sua autonomia, demonstra suas preferências e expõe sua
identidade constituinte. Esses dados são importantes para o professor, pois através deles
é possível conhecer a cultura da qual o aluno se interessa e o quão eficiente e estimulador
é o espaço que ele está, possibilitando assim avaliar, analisar e realizar substituições de
materiais caso seja necessário durante o processo, pois ele está em constante mudança e
devido a sua flexibilidade essas ações são possíveis de serem realizadas.
Conclusão
Referências
BRITO, Maria Teresa Alencar de. Por uma educação musical do pensamento: novas
estratégias de comunicação. Tese (Doutorado em Comunicação e Semiótica), Pontifica
Universidade Católica de São Paulo, PUC/SP, Brasil, 2007.
BRITO, Teca Alencar de. Música na Educação Infantil. São Paulo: Peirópolis, 2003.
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Proposta Pedagógica do Ensino Fundamental SESC, p.230.
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Este artigo foi escrito em 2018 e complementado em 2019
CARVALHO, M. C.; MENEGHINI, R (Org.). Os fazeres na educação infantil. 5. Ed.
São Paulo: Calçadense, 2002. P. 150 – 151.
MÁRSICO, Leda Osório. A criança e a música. São Paulo: Editora Globo, 1982.
Revista Nova Escola. Keith Swanwick fala sobre o ensino de música nas escolas.
Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/arte/fundamentos/entrevista-keith-
swanwick-sobre-ensino-musica-escolas-instrumento-musical-arte-apreciacao-
composicao-529059.shtml>. Acessado em 30 de julho de 2013.