A necessidade crescente de Energia no Brasil requer investimentos
públicos e privados que deveriam ser canalizados às fontes renováveis, e não às poluentes – como as Usinas Termelétricas a carvão, nem às que trazem risco de acidentes – como as Nucleares; nosso potencial hidroelétrico já está quase totalmente explorado, além do prejuízo ambiental e antrópico do desmatamento/desapropriação que estas usinas requerem para seus lagos, não justificáveis, no atual quadro ambiental - aquecimento global, nossa escassez de água. Neste triste cenário desponta a Energia Solar, alternativa moderna, inteligente e responsável, junto à Eólica, como solução à longo prazo.
II. Desenvolvimento
Historicamente, os investimentos em energia tem sido equivocados, tendo em
vista os interesses nacionais a longo prazo. Tecnologias obsoletas, falta de análises técnicas/políticas coerentes – apesar de termos grandes cientistas, universidades - falta de fiscalização das empresas do setor, têm resultado em atrasos e prejuízos ao país, que culminaram no ainda recente “apagão”, e no atual “tarifaço”, em que temos de arcar com a decisão infeliz pelas poluidoras Termelétricas. Apenas as poucas Usinas Eólicas se salvam, neste mar de “leilões de energia” que se seguiram às temerárias privatizações no setor elétrico, e as ainda incipientes intenções de investimento e experiências com a energia solar. Apenas na Energia Termosolar – usada para aquecimento de água, para uso doméstico ou empresarial - ainda pouco disseminado, devido ao custo e a pouca informação, tivemos certo avanço, nas quatro últimas décadas. A Energia Fotovoltaica ainda quase não faz parte de nossa matriz energética, apesar do esforço de algumas universidades e organizações ambientalistas, como o Greenpeace. A Energia Fotovoltaica é um trinfo recente da tecnologia dos semicondutores, e tem sido objeto de diversas pesquisas de materiais, otimizando sua eficiência – atualmente em torno de 14% - baixa, se comparada à tecnologia Termosolar citada acima, mas suficiente, se combinada com esta, para abastecimentos domicilares e comerciais, principalmente em regiões de alta insolação, o que ocorre durante grande parte do ano em quase todo o Brasil, exceto no Sul. Comparado à Alemanha, país lider em E. Fotovoltaica, temos mais que o dobro da radiação solar média, mas aqui ela ainda não decolou... A causa de nosso atraso - como em tantos setores estratégicos – se deve à perniciosa combinação de excessiva carga tributária, burocratas sem formação técnica adequada, falta de linha de financiamento viáveis, que geram a dificuldade em implantar linhas de produção de todos os componentes - principalmente as Placas Fotovoltaicas . Felizmente, apesar de tudo, têm surgido várias empresas integradoras, fornecen- do projeto, materiais e montagem dos sistema, em 2 tipos: isolado, com baterias, ou interligado à rede elétrica. O primeiro se aplica mais a locais remotos, onde a rede elétrica não chega – como parte da região Norte; o segundo é mais interessante, pois permite economizar nas ( pesadas ) contas de energia, ao requisitar da rede pública apenas o que não foi gerado pelas placas, em dias nublados ou à noite. Mas este sistema requer medidores de energia inteligentes, e um contrato de autoprodução de energia – que, no Brasil, ainda requer desoneração do ICMS da energia gerada – burocracia...Na realidade, apenas consumidores residenciais das classes A e B e algumas empresas tem investido nestes modernos sistemas, pelo custo ainda elevado. Podemos comemorar um avanço tímido nos leilões de energia, que agora tem contratos de Usinas Fotovoltaicas em implementação, e novas fábricas de painéis fotovoltaicos sendo construídas aqui.
III. Conclusão
Ainda falta percorrer um longo caminho para o Brasil se tornar a Potência em
Energia solar que pode ser, beneficiando o povo, a natureza local e o clima mundial, ao reverter a poluição e destruição ambiental que quase todas as demais fontes de energia trazem. Bastam inteligência, ousadia das lideranças e menos “sanha arrecadatória” dos governos, copiando o que deu certo nos EUA, Alemanha, Japão e até na Índia, em termos de legislação e incentivo a esta magistral saída para a crise de energia que o desenvolvimento criou, junto à melhora de qualidade de vida.