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LÁZARA DIVINA COELHO


METODOLOGIA DA PESQUISA EXEGÉTICA

APÓS A PESQUISA COMPLETA, SEGUEM-SE MAIS 4 PASSOS...


(Adaptação de FEE, Gordon. Passos subsequentes comuns a todos os gêneros. In: STUART,
Douglas; FEE, Gordon. Manual de exegese bíblica. São Paulo: Vida Nova, 2008. p. 228-232).

1 CONTEXTOS BÍBLICO E TEOLÓGICO MAIS AMPLOS: ENCAIXE A PESQUISA E MENSAGEM EM


CONTEXTO BÍBLICO E TEOLÓGICO MAIS AMPLOS
1.1 Como a passagem funciona dogmaticamente, i. e., ensinando ou transmitindo uma
mensagem na seção, no livro, na divisão, no Testamento, na Bíblia?
1.1.1 Como a passagem ou seus elementos se compara com outras passagens que tratam dos
mesmos tipos de questões? A que a passagem se assemelha ou do que se distingue? O
que depende dela em outro lugar? Que outros elementos das Escrituras ajudam a
torná-la compreensível? Por quê? Como? A passagem afeta o sentido ou o valor de
outros textos de forma que ultrapassa as linhas literárias ou históricas? O que se
perderia ou como a mensagem da Bíblia seria incompleta se essa passagem não
existisse?
1.2 Onde a passagem se encaixa teologicamente com respeito a todo o corpus de revelação
que compreende a teologia (dogmática) cristã?
1.2.1 A que doutrina ou doutrinas a passagem se relaciona? Quais são, de fato, os problemas,
bênçãos, preocupações, segredos etc. sobre os quais a passagem tem algo a dizer?
Como a passagem aborda essas coisas? Com que clareza são tratadas na passagem? A
passagem levanta dificuldades aparentes para algumas doutrinas enquanto soluciona
outras? Se for assim, tente lidar com essa situação de maneira útil para seus leitores.
1.3 O que a passagem contém que contribui para a solução de questões doutrinárias, ou
que fortalece soluções oferecidas em outros lugares na Bíblia?
1.3.1 Qual é o grau de contribuição da passagem? Como você pode estar certo de que a
passagem, entendida de modo adequado, tem o significado teológico que propõe
atribuir a ela? A sua abordagem concorda com a de outros estudiosos ou teólogos que
se sabe terem tratado da passagem?

2 BIBLIOGRAFIA DE FONTES SECUNDÁRIAS: LEITURA ATENTA E USO

2.1 Investigue o que outros disseram sobre a passagem


Faça agora uma investigação mais sistemática da literatura secundária que possa se
aplicar à sua exegese. Exemplo de leituras relacionadas ao texto que segue: “Meus
irmãos, se algum de vocês se desviar da verdade e alguém o trouxer de volta,
lembrem-se disso: Quem converte um pecador do erro do seu caminho, salvará a vida
dessa pessoa e fará que muitíssimos pecados sejam perdoados.” (Tg 5.19-20)
(a) Leituras sobre a opinião de outros autores sobre a passagem
(b) Obras sobre temas como apostasia, arrependimento, conversão do pecador,
salvação de pecadores, perdão de pecados etc.

– Profa. Ms. Lázara Divina Coelho –


(profa.lazaracoelho@gmail.com)
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Enquanto lê, tente estabelecer suas próprias conclusões evitando assim fazer
meramente uma avaliação das exegeses de outros; faça perguntas aos autores, como:
que pontos destacaram que você não observou? O que disseram melhor que você? A
que ou a quem deram maior peso? Disseram algo que seja questionável ou errado?

NOTA: se, na sua opinião, houver algo de verdadeiro em seus questionamentos, aponte
isso usando notas explicativas em rodapé para as diferenças menores e o corpo da
monografia para as mais significativas.

2.2 Compare e faça ajustes


As conclusões de outros estudiosos ajudaram você a mudar sua análise de algum
modo? Eles abordam a passagem ou quaisquer aspectos dela de modo mais incisivo
ou que leve a um conjunto de conclusões mais satisfatório? Organizaram melhor a
exegese? Consideram implicações que você nem mesmo pensou? Suplementam as
descobertas que você fez?

Se assim for, revise suas conclusões ou procedimentos nos passos precedentes, dando
o crédito apropriado em cada caso; contudo, rejeito o que não parecer se encaixar e
limite o que parece fora de proporção.

NOTA: você não é obrigado a reproduzir compulsoriamente as interpretações de


outros, mas é obrigado a avaliar de forma crítica o que lê. Portanto, antes de poder
dizer discordo, é preciso ser capaz de dizer entendo. Princípio: antes de apresentar a
crítica, você deve ser capaz de explicar a posição de um autor nos termos que ele, ou
ela, acharia aceitáveis. Nesse exercício,
(a) Mostre onde o autor está mal-informado.
(b) Mostre onde o autor está desinformado.
(c) Mostre onde o autor é incoerente.
(d) Mostre onde a abordagem do autor é incompleta.
(e) Mostre onde o autor interpreta mal o texto, por causa de pressupostos e
procedimentos falhos.
(f) Mostre onde o autor faz contribuições valiosas para a discussão em andamento.

2.3 Aplique as novas descobertas em lugares pertinentes em seu trabalho


As novas descobertas não devem ser apresentadas em blocos distintos; devem
produzir adições e/ou correções em muitos pontos ao longo da redação do trabalho
exegético. Contudo, tenha cuidado para que não contradigam afirmações anteriores
em outros lugares do trabalho.

Considere as implicações de todas as mudanças. Porém, tenha em mente coerência e


uniformidade ao longo de todo o trabalho escrito. Isso afetará consideravelmente a
habilidade do leitor de apreciar as suas conclusões.

– Profa. Ms. Lázara Divina Coelho –


(profa.lazaracoelho@gmail.com)
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2.4 Saiba quando citar


O uso de citações deve ser limitado a quatro situações:
(a) Quando for necessário ou importante usar as palavras exatas de um autor a fim de
evitar deturpações;
(b) Quando for necessário para uma apresentação clara e convincente de uma
opinião;
(c) Quando for útil para causar um impacto psicológico no leitor. Exemplo: o uso do
argumento de autoridade; algumas vezes isso é especialmente útil se o que é dito
contradiz as expectativas comuns sobre um texto;
(d) Quando um autor claramente disser algo melhor do que você poderia dizer, ou
quando for dito de maneira clara e memorável.

2.5 Saiba usar as notas


Dê crédito devido às fontes secundárias nas notas de rodapé (ou notas de final de
capítulo ou de trabalho escrito) e na bibliografia. Princípio geral: documente sempre a
citação ou referência a uma opinião ou fonte. Notas também podem ser usadas –
geralmente para tornar o trabalho mais legível ou para demonstrar que ele está bem
informado – nas seguintes situações:
(a) Para alistar material bibliográfico adicional.
(b) Para comparar opiniões divergentes.
(c) Para sinalizar dificuldades técnicas importantes, mas que estejam além do alcance
do trabalho ou que sejam marginais à questão tratada.
(d) Para desenvolver argumentos periféricos ou implicações.
(e) Para apresentar listas mais longas e citações de fontes primárias, ou referências,
ou para diagramas.
(f) Para se referir a outra seção da monografia.

2.6 Atenção aos excessos


Nunca se esqueça que se mais de um autor trouxer a mesma opinião sobre algo, você
deve apresentar o que disseram e agrupar as fontes no final do parágrafo, evitando
assim estender o texto sem necessidade. Exemplo: O autor da carta de Tiago aos
crentes da dispersão é Tiago, o irmão do senhor (ALVES, 2009; CARVALHO, 2018; SILVA,
2010; VIERIAS, 2000).

2.7 Definições
Cada novo item do trabalho, ciência ou metodologia utilizados devem ser apresentados
mediante definição com citação de fonte. Exemplo: Linguística é “o estudo científico da
linguagem humana” (CAMBRAIA, 2005, p. 31)

3 TRADUÇÃO FINAL

Após a conclusão da pesquisa, coloque a tradução final imediatamente após o texto. Use
anotações (notas de rodapé) para explicar suas escolhas de palavras que poderiam soar
surpreendentes, ou que simplesmente não sejam óbvias para o leitor. Use notas
– Profa. Ms. Lázara Divina Coelho –
(profa.lazaracoelho@gmail.com)
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explicativas (em rodapé) para oferecer ao leitor outras traduções possíveis de uma palavra
ou frase que considera importante. Faça isso, especialmente, quando achar difícil escolher
entre duas ou mais opções.

4 REDAÇÃO DA MONOGRAFIA

NOTA INICIAL: ... no ensino superior: o objetivo é colocado nas bases das crenças do
estudante, exigindo que questione as suas crenças, e que elabore e defenda os respectivos
pontos de vista, de forma que, nesse nível, os assuntos discutidos são os mais ambíguos e
menos precisos; os textos aqui são mais reflexivos/críticos. Sendo assim, “a habilidade para
defender opiniões próprias é um sinal dessa capacidade e é por isso que os [textos]
argumentativos são tão importantes” (WESTON, 2005, p. 16); os textos, aqui, são mais
argumentativos.

4.1 INTRODUÇÃO
4.1.1 Informe ao leitor os elementos básicos de uma introdução: a natureza do trabalho, o
objeto de estudo e problema da passagem1, o objetivo, a justificativa, o referencial
teórico a ser utilizado (metodológico e teológico) e a metodologia que possibilitou a
pesquisa e possibilitará sua apresentação, bem como a estrutura do trabalho.

4.2 CONTEXTOS
(a) Apresente os contextos, mas não gaste muito espaço em questões gerais de
introdução; descreva cada um, o quanto for preciso, mais não faça do contexto o
objeto de todo o trabalho;
(b) Pesquisas devem ser anexadas ao trabalho na forma de apêndices (se suas) ou de
anexos (se de outrem), jamais engrossar o número de páginas da monografia
exegética;
(c) Trace todo o argumento, de contexto em contexto, na direção da passagem. Sendo
assim, enuncie o argumento geral; depois, indique especificamente os passos que
conduzem ao parágrafo.

4.3 RESUMO PANORÂMICO


Ofereça, nesse ponto do trabalho, um resumo panorâmico de sua passagem: qual é o
tema do seu parágrafo? Qual é a lógica e contribuição para o argumento?
Lógica e conteúdo. De forma concisa, descreva a lógica e conteúdo de seu parágrafo.
Com suas próprias palavras, descreva (de forma breve) o que o autor disse e como seu
argumento se desenvolve.

A questão aqui é com o que está sendo dito. A quem está sendo dito isso? Que tópico
está sendo tratado? Qual é a questão absolutamente central? O que escreveu inclui
tudo que é dito no parágrafo? Você deu a devida consideração a cada item?

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No caso de “passagem problemática” ou que levante conhecidas diferenças de opinião, o problema, ou as
diferenças de opinião, deve ser apresentado em um ou dois parágrafos. Seja breve, mas suficientemente completo
para que o leitor tenha uma boa percepção das questões envolvidas.

– Profa. Ms. Lázara Divina Coelho –


(profa.lazaracoelho@gmail.com)
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Conteúdo e argumento. Em outra frase, ou duas, explique como esse conteúdo


contribui para o argumento.

Qual seria a razão desse conteúdo específico aparecer exatamente neste ponto? Qual
é a relação desse parágrafo com o que foi dito imediatamente antes? Como ele
prepara para o que vem depois?

É impossível exagerar a necessidade de se disciplinar para esse exercício. Não importa


quão bem pesquisa pesquise os detalhes nos passos anteriores, você nunca faráboa
exegese se não desenvolver adequadamente este passo. A falha da maioria dos
comentários está exatamente neste ponto. Eles geralmente tratam bem as questões
de conteúdo, mas muitas vezes deixam de ajudar o leitor a entender o propósito das
palavras do autor bíblico em determinado contexto. (p. 218)

4.4 ARGUMENTAÇÃO TEOLÓGICA


Por fim, desdobre o argumento propriamente dito, com o detalhamento, determinando
de forma equilibrada o quê, de toda a pesquisa, precisa se tornar parte do corpo da
argumentação, e o que deve ser indicado numa nota de rodapé. Para fazer isso, observe
o passo a passo:

Comece relembrando seu leitor da passagem em exame (se é problemática ou não),


sua estrutura (que é a partir de onde você fará a argumentação), o referencial teórico
a ser utilizado (metodológico e teológico) bem como as contribuições que a pesquisa
oferece.

Depois comece a escrever seu texto argumentativo (argumentação teológica) a partir


da estrutura solicitada (diagrama), lembrando-se que texto argumento é aquele no qual
são usados, simultaneamente, argumentos como um meio de investigação e como uma
forma de explicação e defesa das suas conclusões:

a) uma forma de investigação: uma forma de tentarmos identificar os melhores pontos de


vista, pois nem todos os pontos de vista são iguais;

b) uma forma de explicar e de defender as conclusões tiradas: uma forma de oferecer razões
e dados suficientes para que o leitor forme sua própria opinião, pois não se limita a repetir
as conclusões.

LEMBRETE: o material usado para a argumentação já foi pesquisado, de forma que o


segredo é retornar a ele na medida em que o argumento for exigindo informações,
provas, contraprovas etc.

4.5 CONCLUSÃO
Conclua seu trabalho da melhor maneira possível, juntando os resultados de toda a
exegese e observando a resposta a todos os itens da Introdução.

4.6 SÍNTESE TEOLÓGICA


4.6.1 Visão geral da passagem
4.6.2 Teologia da passagem (bíblica e teológica)
4.6.3 Articulação com o pensamento calvinista
– Profa. Ms. Lázara Divina Coelho –
(profa.lazaracoelho@gmail.com)
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4.7 CONSIDERAÇÕES FINAIS


4.7.1 Principais resultados obtidos
4.7.2 Contribuições desses resultados ao tema
4.7.3 Implicações desses resultados para a vida
4.7.4 Esboço homilético e/ou sermão
4.7.5 Sugestões para novas abordagens.

Goiânia, GO, 21 out. 2019.

Profa. Ms. Lázara Divina Coelho

– Profa. Ms. Lázara Divina Coelho –


(profa.lazaracoelho@gmail.com)

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