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Ciência dos Materiais - DEMAT - EE - UFRGS

CAPÍTULO 2

ESTRUTURA ATÔMICA

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2. ESTRUTURA ATÔMICA

2-1 INTRODUÇÃO
2-2 CONCEITOS ELEMENTARES
2-3 A ESTRUTURA DOS ÁTOMOS
2-4 A ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS
2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS
2-6 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS
2-7 RESUMO DAS LIGAÇÕES
2-8 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO
2-9 EXERCÍCIOS

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2-1 INTRODUÇÃO
ESTRUTURA PROPRIEDADES
CIÊNCIA DOS MATERIAIS

ESTRUTURA ATÔMICA
ESTRUTURA CRISTALINA
MICROESTRUTURA

antes de entender fenômenos que determinam propriedades nos materiais a


partir da MICROESTRUTURA deve-se primeiramente entender a ESTRUTURA
ATÔMICA (e ESTRUTURA CRISTALINA) dos materiais porque estas definem
algumas de suas propriedades

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2-1 INTRODUÇÃO
Ordem de grandeza da estrutura atômica ⇒ 10-15 a 10-10 m
A estrutura
eletrônica dos
átomos determina
a natureza das
ligações atômicas
e define algumas
propriedades dos
materiais

Propriedades:
físicas, ópticas,
elétricas e
térmicas

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2-2 CONCEITOS ELEMENTARES


• Por que os elementos não se decompõem formando novos elementos?
• Por que as substâncias se decompõem formando novas substâncias?
• Por que o número de elementos é pequeno comparado ao número de
substâncias?

Surgimento de Dalton
Thompson
TEORIAS: Rutherford
Bohr
Princípio da incerteza de Heisenberg

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2-2 CONCEITOS ELEMENTARES


• Teoria atômica de Dalton entre 1803-1808:
- átomo;
- igual em todas as suas propriedades;
- átomos de elementos possuem propriedades físicas e
químicas diferentes;
- substância formada pela combinação de dois ou mais átomos
Cada átomo guarda sua identidade química.

•Teoria atômica de Thomson 1887:


- átomo de Dalton não explicava fenômenos
elétricos (raios catódicos = e-);
- modelo do “pudim de passas”: uma esfera
positiva com e- na superfície;
- Eugene Goldstein supôs o próton destruindo
a teoria de Thomson.

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2-2 CONCEITOS ELEMENTARES


• Teoria atômica de Rutherford 1911:
⇒ Para saber o conteúdo de um caixote pode-se atirar nele, se a bala passar ele está
vazio, ou tem um material pouco consistente.
⇒ Partículas alfa contra uma fina lâmina de ouro (0,0001 cm - dez mil átomos) a grande
maioria das partículas atravessava a lâmina ou parte ricocheteava.

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2-2 CONCEITOS ELEMENTARES


• Teoria atômica de Rutherford 1911: MODELO PLANETÁRIO
- o átomo não é maciço, mais espaços vazios;
- região central - núcleo - cargas positivas;
- eletrosfera - elétrons (1836 vezes mais leve);
- a relação entre partículas que passam e a as
que ricocheteiam: tamanho do átomo cerca
de 10 mil vezes maior que o tamanho do núcleo.

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2-2 CONCEITOS ELEMENTARES


• Teoria atômica de Bohr 1913: MODELO RUTHERFORD-BOHR

Não explicava os espectros atômicos.

- os elétrons circundam orbitalmente


- cada nível tem um valor determinado
de energia (não é possível permanecer
entre os níveis);
- excitação do elétron: passa de um
nívelpara o outro;
- volta emitindo energia
NOVIDADE DA TEORIA:
quantização da energia dos elétrons

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2-2 CONCEITOS ELEMENTARES


• Teoria atômica de Bohr 1913: MODELO RUTHERFORD-BOHR

(a) (b)
Energia dos três primeiros
Comparação entre (a) Bohr e (b)modelo mecânico
elétrons de hidrogênio.
ondulatório (quântico) em função da distribuição de e-.

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2-2 CONCEITOS ELEMENTARES


• Teoria atômica de Bohr 1913: MODELO RUTHERFORD-BOHR

O átomo de Bohr mostrando os elétrons em orbitas circulares ao redor do núcleo. Os


orbitais apresentam energia quantizada. Ocorre transmissão de energia do átomo
quando um elétron pula de um orbital mais afastado do núcleo, para um mais próximo.

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2-2 CONCEITOS ELEMENTARES


• Princípio da Incerteza de Heisenberg 1927:

- medir a temperatura de uma piscina, de um copo de água, de uma gotícula de


água;
- a luz interage com o elétron, logo não é possível ter certeza de sua
posição;
- contrapôs as órbitas circulares de Bohr;
- o elétron é bem mais caracterizado pela sua energia do que por sua
posição, velocidade ou trajetória.

Fenômenos químicos: eletrosfera - núcleo inalterado


Fenômenos nuclear ou radioativo: núcleo

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2-2 CONCEITOS ELEMENTARES


ÁTOMOS NÚCLEOS PRÓTON
NEUTRON

ELETROSFERA ELÉTRON

CONCEITUAR:
UNIDADE DE MASSA ATÔMICA (u.m.a.)
NÚMERO ATÔMICO (Z)
MASSA ATÔMICA
NÚMERO DE AVOGADRO (NA)
ISÓTOPOS
ISÓBAROS
ISÓTONOS

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2-2 CONCEITOS ELEMENTARES


⇒ Unidade de massa atômica (u.m.a.): definida como 12 avos da massa do
carbono 12. Há 6,02 x 1023 u.m.a. por grama
1 u.m.a./átomo (ou molécula) = 1g/mol
⇒ Número atômico (Z): é o no de prótons no núcleo.
⇒ Massa atômica (A): soma das massas dos prótons e neutrons do núcleo de
um átomo.
⇒ Número de Avogadro (NA): no de átomos ou moléculas de um g.mol, e
corresponde a 6,02 x 1023 mol-1.
⇒ Isótopos: nos atômicos iguais e diferentes massas.
⇒ Isóbaros: nos de massa iguais e diferentes nos atômicos.
⇒ Isótonos: nos de neutrons iguais.

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2-3 ESTRUTURA ATÔMICA

Átomo - núcleo neutrons

prótons

- eletrosfera elétrons

mantida pela atração eletrostática

carga massa
e- -1,60 x 10-19C 9,11 x 10-28g
próton +1,60 x 10-19C 1,67 x 10-24g
neutron - 1,67 x 10-24g

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2-3 ESTRUTURA ATÔMICA


⇒ Elétrons (e-): - componente do átomo com carga negativa
de 1,6 x 10-19C;
- apresentam-se em órbitas;
- podem ser e- de valência, se na última camada;
- podem gerar cátions ou ânions.

Os e- mais afastados do núcleo determinam:


- propriedades químicas;
- natureza das ligações interatômicas;
- controlam tamanho do átomo, condutividade elétrica;
- influencia nas características óticas.

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2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS


2.4.1 Números quânticos

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2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS


2.4.1 Números quânticos
NÚMERO QUÂNTICO PRINCIPAL (n):
representa os níveis principais de energia para o
elétron, pode ser imaginado como uma camada no
espaço onde a probabilidade de encontrar um elétron
com valor particular de n é muito alta.
Características direcionais dos orbitasi s, p e d

NÚMERO QUÂNTICO SECUNDÁRIO (l):


especifica subníveis de energia dentro de um nível de
energia, também especifica uma subcamada onde a
probabilidade de se encontrar o elétron é bastante
elevada.

l=0 1 2 3
l=s p d f

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2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS


2.4.1 Números quânticos
NÚMERO QUÂNTICO MAGNÉTICO (ml):
especifica a orientação espacial de um orbital GENERICAMENTE
atômico e tem pouco efeito na energia do ml = 2l + 1
elétron. Depende do valor de l.

NÚMERO QUÂNTICO DO SPIN DO ELÉTRON (ms):


especifica as duas condições permitidas para um elétron
girar em torno de seu próprio eixo. As direções são no
sentido horário e anti-horário.
VALORES PERMITIDOS
+ 1/2 e -1/2

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2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS


2.4.1 Números quânticos
Exemplo da distribuição eletrônica do átomo de sódio, de número atômico
11, observa-se os elétrons nas camadas quânticas K, L e M.

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2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS


2.4.1 Números quânticos

Representação
da energia
relativa dos
elétrons de
cada camada e
subcamada

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2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS


2.4.1 Números quânticos

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2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS


2.4.2 Configuração eletrônica dos elementos
Descreve o modo com o qual os elétrons estão arranjados nos orbitais do
átomo.
A configuração é escrita por meio de uma notação convencional: lista o
n° quântico principal, seguido pela letra do orbital, e o índice sobrescrito
acima da letra do orbital.

Exemplo de configuração eletrônica:


1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 Sr

DIAGRAMA DE LINUS PAULING

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2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS


2.4.3 Pauli - Exclusão
Distribuição eletrônica de átomos neutros
Nível
1s2 Número
de
máximo
energia
de
elétrons
Subnível

Princípio de exclusão de Pauli:

apenas 2 e- podem ter os mesmos


nos quânticos orbitais e estes não
são idênticos pois tem spins
contrários

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2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS


2.4.4 Desvios da estrutura
eletrônica esperada
Ocorre pois nem sempre é
seguida a distribuição
eletrônica prevista pelo
ordenamento de elétrons,
principalmente quando o nº de
átomos aumenta e os níveis d e
f começam a ser preenchidos.

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2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS


2.4.5 Valência
• A camada de valência é a camada mais afastada do núcleo.
•Está relacionada com a capacidade de um átomo em se combinar
quimicamente com outros elementos
Exemplo:
Mg: 1s2 2s2 2p6 3s2 Valência 2
Al: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1 Valência 3
Ge: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p2 Valência 4

•Depende também da natureza da reação química.


Exemplo: P

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2.4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS


2.4.6 Tabela Periódica

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2.4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS


2.4.6 Tabela Periódica

Valores de eletronegatividade dos elementos, segundo a Tabela Periódica dos elementos.

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2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS


2.4.7 Eletronegatividade
•Descreve a tendência de um elemento em receber elétrons para completar
seu nível energético mais externo.
Exemplo: na ligação iônica NaCl, Cl é eletronegativo.

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2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS


2.4.8 Propriedades aperiódicas e periódicos
Aperiódicas: massa atômica
Periódicas: raio atômico
potencial de ionização
eletroafinidade
densidade
PF e PE

Relação do PF e PE com o número


atômico

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2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS


2.4.8 Propriedades aperiódicas e periódicos
Aperiódicas: massa atômica
Periódicas: raio atômico
potencial de ionização
eletroafinidade
densidade
PF e PE

Relação do
potencial de
ionização com o
número atômico

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2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS


2.5.1 Introdução

Importância
• O tipo de ligação interatômica geralmente explica a propriedade do
material.
• Por exemplo, o carbono pode existir na forma de grafite que é mole,
escuro e “gorduroso” e na forma de diamante que é extremamente
duro e brilhante. Essa enorme disparidade nas propriedades começa
pelo tipo de ligação química do carbono em cada um dos casos.

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2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS


2.5.1 Introdução
Para um elemento adquirir a configuração estável de 8e- na última camada
ele pode:

(1) receber e- extras


formando íons + ou -
(2) ceder e-
(3) compartilhar e- associação entre átomos

Iônicas
Ligações Primárias Covalentes
Metálicas

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2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS


2.5.2 Ligações iônicas
z Os elétrons de valência são
transferidos entre átomos
produzindo íons
z Forma-se com átomos de
diferentes eletronegatividades
(alta e baixa)
Iônica z A ligação iônica não é direcional,
a atração é mútua
z A ligação é forte= 150-300
Kcal/mol (por isso o PF dos
materiais com esse tipo de
ligação é geralmente alto)

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2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS


2.5.2 Ligações iônicas
• Forças atrativas eletrostáticas entre os átomos: não-direcional
átomos no material iônico: todos os íons positivos têm como vizinho mais
próximo íons negativos forças atrativas
iguais em todas as
direções

• A magnitude da força obedece a Lei de Coulomb


Forças atrativas
• r é a distância interatômica
• z1 e z2 são as valências dos 2 tipos de íons
• e é a carga do elétron (1,602x10-19 C)
• ε0 é a permissividade do vácuo (8,85x10-12 F/m)

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2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS


2.5.2 Ligações iônicas
Em resumo:
•Atração mútua de cargas + e -
•Envolve o tamanho de íons
•Elementos menos eletronegativos: cedem e- cátions
•Elementos mais eletronegativos: recebem e- ânions

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2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS


2.5.2 Ligações iônicas

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2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS


2.5.2 Ligações iônicas
Propriedades de compostos iônicos

• Os íons em um sólido iônico são ordenados na rede, formando


uma forte atração elétrica entre eles
• Sais e óxidos metálicos são tipicamente compostos iônicos.
• A forte ligação é responsável por:
- Elevada dureza (se frágil)
- Elevado pontos de fusão e ebulição
- Cristalinos sólidos a Tambiente
- Podem ser solúveis em água
• Os sólidos cristalinos não conduzem eletricidade, pois os íons
não estão livres para mover-se e transportar corrente elétrica.
• Compostos iônicos fundidos ou dissolvidos em água serão
condutores de eletricidade, pois como partículas iônicas estão
livres.

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2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS


2.5.2 Ligações covalentes
z Os elétrons de valência são
Covalente compartilhados
z Forma-se com átomos de alta
eletronegatividade
z A ligação covalente é
direcional
z A ligação covalente é forte
(um pouco menos que a
iônica)= 125-300 Kcal/mol
z Esse tipo de ligação é comum
em compostos orgânicos, por
exemplo em materiais
poliméricos e diamante.
Tipo de simetria em
ligações covalentes

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2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS


2.5.2 Ligações covalentes
Em resumo:
•Usufruto de um par de elétrons comum
•Pode ser coordenada ou dativa
•Covalência entre ametais (Ex. F2, O2, Cl2) baixo PF
•Covalência entre mais átomos (Ex. Diamante) alto PF
Par de elétrons
não ligados

Amônia
Metano

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2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS


2.5.2 Ligações covalentes
•Compostos covalentes unidades individuais: moléculas
Molécula simples: pequeno grupo de átomos ligados por forças covalentes. Propriedades:
- Podem ser líquidos ou sólidos(não cristalinos) a Tambiente
- Insolúveis em água, mas solúveis em outros solventes
- Isolantes elétricos e não eletrólitos
- Apresentam baixo ponto de fusão e ebulição: forças entre átomos são fortes, mas as
forças entre moléculas são fracas e facilmente quebradas no aquecimento
- São más condutores de eletricidade devido a ausência de elétrons (ou íons) livres

Macromolécula: moléculas grandes com um grande número de átomos ligados covalentemente


em uma estrutura contínua. Propriedades:
- Sólidos com alto ponto de fusão: elementos podem formar ligações simples com
outros átomos, formando uma estrutura muito estável. Ex Diamante
- Cristalinos, freqüentemente

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2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS


2.5.2 Ligações covalentes
Diamante macromolécula
•C distribuição eletrônica no estado fundamental: 1s2 2s2 2p2 pode formar 2
ligações covalentes

C forma quatro ligações covalentes de mesma intensidade porém


HIBRIDIZAÇÃO

1s 2s Dois orbitais 1s Quatro orbitais equivalentes


2p sp3 semipreenchidos
semipreenchidos
ARRANJO DOS ORBITAIS NO ARRANJO DOS ORBITAIS sp3
ESTADO FUNDAMENTAL HIBRIDIZADAS

ENERGIA PARA LEVAR O ELÉTRON 2s PARA O ORBITAL 2p É COMPENSADA


PELA DIMINUIÇÃO DE ENERGIA QUE ACOMPANHA O PROCESSO DE LIGAÇÃO

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2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS


2.5.2 Ligações covalentes
Diamante
•C apresenta ligações tetraédricas sp3 : C no centro de um tetraedro regular formado de
outros quatro carbonos
• Estrutura do diamante: molécula maciça contínua em cada cristal
• Dureza do diamante trincar um diamante significa quebrar milhões de ligações
covalentes com energia de ligação de 711kJ/mol

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2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS


2.5.2 Ligações covalentes
Grafite - apresenta-se em camadas
- C 3 vizinhos próximos com comprimento
de ligação 1,42Ặ
- planos separados por 3,35Ặ
indica forças de ligação fracas
Gap de van der Waals
- ligação na camada:σ sp2 híbrida
- ligação entre camadas: π orbital p
- Propriedades químicas e condutividade
elétrica estão relacionadas com as ligações π

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2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS


2.5.3 Fração covalente
♦ Muito poucos compostos exibem ligação iônica e covalente
puras.
♦ A maioria das ligações iônicas tem um certo grau de ligação
covalente e vice–versa transferem e compartilham
elétrons.
♦ O grau do tipo de ligação depende da eletronegadividade dos
átomos constituintes.
♦ Muitos cerâmicos e semicondutores são formados por metais
e não-metais, e são na verdade uma mistura de ligações
iônicas e covalente.
♦ Quanto maior a diferença de eletronegatividade entre os
átomos aumenta o caráter iônico.
 O caráter iônico aumenta em elementos com distribuição
eletrônica de final s–p

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2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS


2.5.3 Fração covalente
onde ∆E é a diferença nas eletronegatividades dos átomos
FC = exp (- 0,25 ∆E2) Ex: SiO2 ESi= 1,8 EO= 3,5
Fração covalente FC = 0,486= 48,6%
FI = 1 – FC FI: fração iônica

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2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS


2.5.4 Ligações metálicas
z Forma-se com átomos de baixa
eletronegatividade (em torno de 3
elétrons de valência)
Metálica z Os elétrons de valência são divididos
por todos os átomos (não estão
ligados a nenhum átomo em
particular) e assim eles estão livres
para conduzir
z A ligação metálica não é direcional
porque os elétrons livres protegem o
átomo carregado positivamente das
forças repulsivas eletrostáticas
z A ligação metálica é forte (um pouco
menos que a iônica e covalente)= 20-
200 Kcal/mol

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2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS


2.5.4 Ligações metálicas
• Elétrons externos dos átomos do metal estão livres para mover-se entre os centros positivos

junção eletrônica determinam propriedades

• Força elétrica de atração entre elétrons móveis e imóveis ligação metálica.


Forte ligação resulta em: materiais densos, fortes com alto ponto de fusão e ebulição

• Metais - bons condutores de eletricidade: elétrons livres são transportadores de


carga e corrente elétrica, quando uma
ddp é aplicada na peça metálica.
- bons condutores de calor: choques de elétrons livre, transferindo Ec
- tem uma superfície “prateada” que pode ser facilmente manchada por
corrosão, oxidação do ar e da água
íons

mar de
elétrons

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2-6 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS


2.6.1 Introdução
•Podem ser:
•Ligações ou Forças de - Dipolos permanentes -Pontes de
van der Waals Hidrogênio
- Dipolos flutuantes -Dipolos
induzidos

•Está relacionada com a quantidade de energia envolvida


- PE dos halogênios (F2, Cl2, Br2, I2): crescente massa molecular
- PE dos haletos dos halogênios
⇒ geometria molecular: linear, trigonal plana, angular,
tetraédrica, piramidal;
⇒ repulsão dos pares eletrônicos - ângulo de ligação

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2-6 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS


2.6.2 Forças de van der Waals
z São ligações de natureza
física
z A polarização (formação de
dipolos) devido a estrutura da
Van der Waals ligação produz forças
atrativas e repulsivas entre
átomos e moléculas
z A ligação de van der Waals
não é direcional
z A ligação é fraca< 10 Kcal/mol

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2-6 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS


2.6.2 Forças de van der Waals
2.6.2.1 Dipolos Flutuantes - Induzidos
Ocorre em moléculas com distribuição de
cargas elétricas simétricas (H2, N2, O2,...), onde
os e- e suas vibrações podem distorcer esta
simetria, ocorrendo um dipolo elétrico.

Esquema representativo (a) átomo eletricamente


simétrico (b) um dipolo atômico induzido

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2-6 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS


2.6.2 Forças de van der Waals
2.6.2.2 Dipólos permanentes - moléculas polares
Moléculas assimétricas (NH3, CH3Cl) jamais têm
coincidentes os centros de suas cargas positivas e
negativas, podendo interagir eletrostaticamente com as
adjacentes.

Moléculas polares

na ausência de na presença de Esquema representativo da


campo elétrico campo elétrico molécula polar de HCl

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2-6 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS


2.6.2 Forças de van der Waals
2.6.2.2 Dipolos permanentes - moléculas polares
PONTES DE HIDROGÊNIO z Nome deriva da ligação: H - centro
• É uma das mais fortes ligações de cargas positivas, atraindo o centro
secundárias, e um caso especial das cargas negativas das moléculas
de moléculas polares (distribuição desigual da adjacentes POLARIZAÇÂO
densidade de elétrons)
zProdução de forças de van der
Waals entre as moléculas:
- alinhamento de pólos
negativos com positivos
(ângulo de ligação 109,5o)
- moléculas formam uma
estrutura quase hexagonal
z H ligado a F, O e N

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2-6 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS


2.6.2 Forças de van der Waals
2.6.2.2 Dipolos permanentes - moléculas polares
PONTES DE HIDROGÊNIO
•Íons e de certas moléculas se dissolvem na água polaridade
Propriedades da água ligação
- gelo flutuar: É menos
denso: as ligações de hidrogênio
mantêm as moléculas de água
Estrutura do gelo mais afastadas no sólido do que
no líquido, onde há uma ligação
hidrogênio a menos por molécula)
- elevado calor de
vaporização
- forte tensão
superficial
- alto calor específico
Exemplo:o cloreto de sódio (forma cristalina)
e dissolvido em água. - propriedades
solventes
- efeito hidrofóbico

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2-6 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS


2.6.2 Forças de van der Waals

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2-7 RESUMO DAS LIGAÇÕES

IÔNICA COVALENTE METÁLICA SECUNDÁRIAS

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2-7 RESUMO DAS LIGAÇÕES


Comparação entre ligação covalente (na formação de moléculas) e
forças de van der Waals (ligação fraca entre moléculas dissolvidas)

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2-7 RESUMO DAS LIGAÇÕES


Comparação entre o tipo de ligação e propriedades esperadas

Iônica Covalente Metálica Intermolecular

Intensidade moderada e
forte muito forte fraca
de ligação variável

baixa a moderada;
Dureza moderada a alta muito duro, frágil mole e plástico
dúctil e maleável

condução por transporte de bom condutor por


Condutivida isolante em sólido e isolantes no estado
íons, somente quando tramnsporte de
de elétrica líquido sólido e líquido
dissociado elétrons
Ponto de
moderado a alto baixo geralmente alto baixo
fusão
solúveis em
solúvel em solventes solubilidade muito
Solubilidade insolúveis solventes
polares baixa
orgânicos
gelo,sólidos
diamante, oxigênio, Cu, Ag, Au, outros
Exemplos muitos minerais orgânicos
moléculas orgânicas metais
(cristais)

Exceção do diamante

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2-8 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO


2.8.1 Introdução

Representação
tetraédrica dos
diferentes tipos de
ligações que ocorrem
entre os materiais de
engenharia.

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2-8 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO

2.8.2 Comprimento de ligação


z A distância entre 2 átomos é
determinada pelo balanço das
forças atrativas e repulsivas
z As forças atrativas variam
com o quadrado da distância
entre os 2 átomos
z As forças repulsivas variam
inversamente proporcional a
distância interatômica
z Quando a soma das forças
atrativas e repulsivas é zero,
a distância entre os átomos
está em equilíbrio.

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2-8 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO

2.8.3 Força de ligação


z É a soma das forças atrativas e
repulsivas entre os átomos

Fatração= - Z1Z2e2 Frepulsão = - nb


4πε0a2 an+1
Fresultante= - Z1Z2e2 - nb Fatração > Frepulsão
4πε0a2 an+1 Fatração < Frepulsão

z No ponto de equilíbrio a soma das


duas forças é zero∴Fresultante = 0
z Quando os átomos se aproximam as
forças de atração e repulsão
aumentam (mas as forças de
repulsão aumentam bem mais)

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2-8 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO


2.8.3 Força de ligação
z Inclinação da curva no ponto de equilíbrio força necessária para separar os átomos
z Corresponde ao módulo de elasticidade (E) que é a inclinação da curva σ x ε

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2-8 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO


2.8.4 Energia de ligação
z Algumas vezes é mais conveniente
trabalhar com energia (potencial) do
que forças de ligações.
z Matematicamente energia (E) e força
de ligações (F) estão relacionadas
por : E=∫ F.dr
z A menor energia é o ponto de
equilíbrio

Eatração= Z1Z2e2 Erepulsão = nb


4πε0a an

Eresultante= Z1Z2e2 + nb
4πε0a an

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2-8 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO


2.8.4 Energia de ligação
z Alguns valores de energia e comprimento de ligação

Energia de ligação necessária para


romper um mol de ligações

Comprimento das energias de ligação:


Ligação Kcal/mol Comprimento (nm)
C-C 88 0,154
C=C 162 0,13
C≡C 213 0,12
C-H 104 0,11
C-O 86 0,14
H-H 104 0,074

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2-8 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO

2.8.4 Energia de ligação


z É a mínima energia necessária para formar ou romper uma ligação.
z Estão relacionados com a energia de ligação propriedades como:
- módulo de elasticidade;
- coeficiente de expansão térmica;
- ponto de fusão;
- calor latente
- resistência mecânica

Energia de ligação x distância


interatômica na ligação do H–H

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2-8 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO


2.7.4 Energia de ligação
z Quanto mais profundo o poço de energia maior a temperatura de fusão do material
z Devido às forças de repulsão aumentarem muito mais com a aproximação dos
átomos a curva não é simétrica. Por isso, a maioria dos materiais tendem a se expandir
quando aquecidos

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2-8 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO


2.7.4 Energia de ligação
• Quando energia é fornecida a um material, a vibração térmica faz com que os
átomos oscilem próximos ao estado de equilíbrio.
• Devido a assimetria da curva de energia de ligação x distância interatômica, a
distância média entre os átomos aumenta com o aumento da temperatura.
• Então, quanto mais estreito o mínimo de potencial menor é o coeficiente de
expansão térmica do material

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2-8 FORÇAS E DISTÂNCIAS INTERATÔMICAS


2.8.2 Energia de ligação

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2-8 FORÇAS E DISTÂNCIAS INTERATÔMICAS


2.8.4 Energia de ligação

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2-8 FORÇAS E DISTÂNCIAS INTERATÔMICAS


2.8.4 Energia de ligação

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2-8 FORÇAS E DISTÂNCIAS INTERATÔMICAS


2.8.4 Energia de ligação

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