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REFORMA PROTESTANTE
1. Introdução
1. Deus dotou a vontade do homem de tal liberdade, que ele nem é forçado
para o bem ou para o mal, nem a isso é determinado por qualquer
necessidade absoluta da sua natureza.
2. O homem, em seu estado de inocência, tinha a liberdade e o poder de
querer e fazer aquilo que é bom e agradável a Deus, mas
mudavelmente, de sorte que pudesse decair dessa liberdade e poder.
3. O homem, caindo em um estado de pecado, perdeu totalmente todo o
poder de vontade quanto a qualquer bem espiritual que acompanhe a
salvação, de sorte que um homem natural, inteiramente adverso a esse
bem e morto no pecado, é incapaz de, pelo seu próprio poder, converter-
se ou mesmo preparar-se para isso.
Portanto, não é o nosso intuição afirmar que Agostinho era adepto a toda uma
teologia que posteriormente viria a se chamar de Teologia Reformada ou
afirmar que ele foi o primeiro protestante, ou mesmo que suas doutrinas eram
totalmente de acordo com a Reforma de 1517, isto seria um erro anacrônico,
bem como uma mera especulação, pois é nítido perceber que Agostinho como
homem de seu tempo, se debruçou e esforçou-se para o seu tempo e para a
igreja de seu tempo, mas destarte isto não interfere que o Doutro da Graça
através dos seus escritos não rompesse com tal barreira física, corroborando
para uma abertura do processo filosófico-teológico de outros homens que
estariam a frente de seu tempo, homens estes que assim como Agostinho,
marcariam gerações, contribuiriam para solidificar doutrinas, se levantariam
como apologetas e enfrentariam controvérsias da sua fé.
Sendo assim é inegável o papel que Agostinho exerceu sobre o pensamento
de Lutero e Calvino, sendo pelo radicalismo dos Reformadores no pensamento
Agostiniano, ou a continuação do pensamento do Hiponense, o que torna-se
irrefutável é o desdobramento dos escritos de Agostinho sobre a Reforma
Protestante sendo um canal, uma instrumentalização de um Deus controlador e
gerenciador da História, ao qual, diferentemente do que chama-se hoje de
fatalismo, Deus utiliza-se de meios para chegar ao seu fim, sendo o Deus
mantenedor do meio e do fim conforme lhe apraz (Rm 11:36)
REFERÊNCIAS
Cf. Instituta da Fé Cristã, I,XIV,2 ,pg 165 ; I,XVI,1-,pg.198-208; I,XVII,1-8;10-
11;14, pg’s.211-220;22-223;227; I,XVIII,2,pg.231.
Instituas da Fé Cristã I,XVI,2.
Roger Olson. The Story of Christian Theology: Twenty Centuries of Tradition &
Reform. Downers Grove, Ill. IVP Academic, 1999.
Para a maior compreensão do termo Patrística Cf. B Altaner; A.Stuiber,
Patrologia, S. Paulo,Paulus,1988,pp.21-22.
Cf. B Altaner; A.Stuiber, Patrologia, S. Paulo,Paulus,1988,pp.21-22.
Richard D. Balge, Martin Luther, Agostinian (artigo publicado em
http://www.wlsessays.net/files/BalgeAugustinian.pdf), acessado em 10 de
outubro de 2016 às 22:55.
Timothy George. Teologia dos Reformadores (São Paulo, SP: Edições Vida
Nova, 2004), p.76.
Martinho Lutero. Luther Works, LI, xviii.
Peter Fraenkel, Testimonia Patrum: The Function of the Patristic Argument in
the Theology of Philip Melanchthon (Genebra: Droz, 1961), p. 32.
PIPPER, John. O legado da alegria soberana. São Paulo: Editora Vida Nova.
Benjamin Breckinridge Warfield, John Calvin: the man and his work(The
Methodist Review, Outubro de 1909).
Agostinho. Confissões. Nota de J. Oliveira Santos, apud, De Bono
Perseverantiae: Quid vero nobis primitus et maxime Deus iubet, nisi ut
credamus in Eum? Et hoc ergo ipse dat (São Paulo, SP: Nova Cultural, 1999),
p. 286.
Los dos libros sobre diversas cuestiones a Simpliciano. p. 69-71.
A natureza e a graça. p. 114.
Lincow
Cristão Reformado, membro da Igreja Presbiteriana do Brasil, servo de Cristo,
pecador por natureza e casado com a Rafaella Moreira. Bacharel em Teologia
(FATIN), Licenciado em Filosofia (UFPE) e Mestrando em Filosofia (UFPE),
estudante de Agostinho de Hipona.