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AMPLIAÇÃO DA PCH POÇO FUNDO 11.

126-EP/EG-0619

05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 1 – 84


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ÍNDICE GERAL

1 OBJETIVO ................................................................................................................................. 5
2 ESCOPO ................................................................................................................................... 5
2.1 Serviços .............................................................................................................................. 5
2.2 Materiais ............................................................................................................................. 6
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ................................................................................................. 7
3.1 Normas gerais .................................................................................................................... 7
3.2 Aterramento e Proteção Contra Descarga Atmosférica (PDA) ............................................ 7
3.3 Condutores BT e MT .......................................................................................................... 7
3.4 Condutores – ensaios ......................................................................................................... 8
3.5 Sistema de Iluminação e tomadas ...................................................................................... 8
3.6 Redes Aéreas ..................................................................................................................... 9
4 TERMOS, DEFINIÇÕES, SÍMBOLOS E ABREVIATURAS ........................................................ 9
4.1 Termos e definições ........................................................................................................... 9
4.2 Símbolos e abreviaturas ................................................................................................... 12
5 DOCUMENTAÇÂO TÉCNICA ................................................................................................. 13
5.1 Relação de documentação ............................................................................................... 13
5.2 Prontuário elétrico da instalação ....................................................................................... 15
6 CRITÉRIOS GERAIS ............................................................................................................... 15
6.1 Sistema de aterramento.................................................................................................... 15
6.1.1 Finalidades do sistema de aterramento ................................................................................................... 15
6.1.2 Prescrições Gerais ..................................................................................................................................... 16
6.1.3 Medições de solo ...................................................................................................................................... 17
6.1.4 Dimensionamento dos condutores do sistema de aterramento ............................................................... 17
6.2 Proteção Contra Descarga Atmosférica (PDA) ................................................................. 18
6.2.1 Fontes dos danos, tipos de danos e de perdas.......................................................................................... 18
6.2.2 Medidas de proteção ................................................................................................................................ 19
6.2.3 Área de proteção ...................................................................................................................................... 20
6.2.4 Nível de proteção contra descargas atmosféricas (NP) ............................................................................ 20
6.2.5 Zonas de proteção contra descargas atmosféricas (raios) – ZPR ............................................................. 20
6.2.6 Método de adequação às medidas ........................................................................................................... 20
6.3 CONDUTORES ................................................................................................................ 21
6.4 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO E TOMADAS ....................................................................... 23
6.4.1 Tomadas de uso geral (TUG) e específico (TUE) ....................................................................................... 23
6.4.2 Sistema de iluminação .............................................................................................................................. 24
6.4.3 Dispositivos de acionamento sistema de iluminação ............................................................................... 26
6.5 SISTEMA VIAS PARA CABOS ......................................................................................... 27
6.5.1 Prescrições gerais ..................................................................................................................................... 27

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6.5.2 Prescrições eletrodutos ............................................................................................................................. 28


6.5.3 Prescrições bandejas ou leitos metálicos .................................................................................................. 31
6.5.4 Prescrições eletrocalhas e perfilados ........................................................................................................ 32
6.5.5 Prescrições para vias em alvenaria ........................................................................................................... 33
7 CRITÉRIOS DE PROJETO SISTEMA DE ATERAMENTO ...................................................... 33
7.1 Eletrodo de aterramento ................................................................................................... 33
7.1.1 Hastes de aterramento ............................................................................................................................. 34
7.1.2 Projeto das malhas ................................................................................................................................... 35
7.2 Sistema de aterramento aparente..................................................................................... 36
7.3 Conexões ......................................................................................................................... 36
7.3.1 Preparação para conexão tipo soldada (exotérmica) ............................................................................... 38
7.4 Aterramento temporário .................................................................................................... 39
7.5 Subestação da usina ........................................................................................................ 39
7.5.1 Alavancas de operação ............................................................................................................................. 39
7.5.2 Cerca da subestação ................................................................................................................................. 39
7.5.3 Brita da subestação .................................................................................................................................. 40
7.6 Aterramento em ambiente sujeito a explosão ................................................................... 40
7.7 Proteção contra interferências de estado transitório e estacionário .................................. 40
7.7.1 Requisitos gerais ....................................................................................................................................... 40
7.7.2 Métodos de instalação ............................................................................................................................. 41
7.7.3 Blindagem dos condutores ....................................................................................................................... 44
7.7.4 Proteção contra choques .......................................................................................................................... 48
7.7.5 Proteção contra sobre tensões ................................................................................................................. 56
7.7.6 Proteção contra perturbações eletromagnéticas ..................................................................................... 58
7.8 Quadros e cubículos ......................................................................................................... 59
7.9 Dispositivos de proteção contra surtos (DPS) ................................................................... 60
7.9.1 Proteção em linhas de energia ................................................................................................................. 60
7.9.2 Proteção em linhas de sinal ...................................................................................................................... 62
7.10 Dutos metálicos ......................................................................................................... 63
7.11 Suportes metálicos de cabos ..................................................................................... 63
7.12 Banco de dutos.......................................................................................................... 63
7.13 GMG .......................................................................................................................... 63
7.14 Seções mínimas para aterramento das estruturas ..................................................... 64
8 CRITÉRIOS DE PROJETO E INSTALAÇÃO PDA ................................................................... 65
8.1 Proteção Contra Descarga Atmosférica (PDA) ................................................................. 65
8.1.1 Equipotencialização .................................................................................................................................. 65
8.1.2 Medidas de proteção contra acidentes com seres vivos devido às tensões de passo e toque ................. 66
8.1.3 Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA) .................................................................. 67
8.1.4 Medidas de Proteção Contra Surtos (MPS) ............................................................................................... 69
9 CRITÉRIOS DE PROJETO E INSTALAÇÃO INFRAESTRUTURA .......................................... 69
9.1 Prescrições cabos ............................................................................................................ 69
9.1.1 Cabo fibra óptica ...................................................................................................................................... 71
9.2 Prescrições tomadas de uso geral e específico ................................................................ 72

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9.3 Iluminação ........................................................................................................................ 72


9.3.1 Prescrições para lâmpadas e reatores ...................................................................................................... 72
9.3.2 Prescrições luminárias .............................................................................................................................. 73
10 TREINAMENTO .................................................................................................................. 73
11 ensaios................................................................................................................................ 74
11.1 ENSAIOS DE TIPO ................................................................................................... 74
11.1.1 Ensaio corrente nominal de descarga 𝑰𝒏 de um 𝑫𝑷𝑺 .............................................................................. 74
11.1.2 Ensaio corrente de impulso 𝑰𝒊𝒎𝒑 de um 𝑫𝑷𝑺 ......................................................................................... 74
11.1.3 Nível de suportabilidade dos componentes .............................................................................................. 75
11.1.4 Ensaio para elementos do SPDA ............................................................................................................... 75
11.1.5 Conexões em ambientes sujeito à explosão ............................................................................................. 75
11.1.6 Cabos elétricos .......................................................................................................................................... 75
11.2 TESTES DE ROTINA ................................................................................................ 75
11.3 TESTES DE CAMPO ................................................................................................. 76
11.3.1 Geral ......................................................................................................................................................... 76
11.3.2 Inspeção visual.......................................................................................................................................... 77
11.3.3 Inspeções das conexões ............................................................................................................................ 77
11.3.4 Ensaio continuidade elétrica (equipotencialização) ................................................................................. 77
11.3.5 Ensaio resistência de isolamento da instalação ....................................................................................... 77
11.3.6 Teste condições proteção por equipotencialização e seccionamento automático da alimentação ......... 79
11.3.7 Resistividade do solo................................................................................................................................. 79
11.3.8 Ensaio resistência de aterramento (método do terrômetro) .................................................................... 79
11.3.9 Ensaio de tensão aplicada ........................................................................................................................ 82
11.3.10 Testes de funcionamento .......................................................................................................................... 82
11.3.11 Proteção Contra Descarga Atmosférica (PDA) ......................................................................................... 82
11.3.12 Sistema de iluminação .............................................................................................................................. 83
11.3.13 Sistema de Cabos e Vias para Cabos ........................................................................................................ 83
11.3.14 Outros ensaios .......................................................................................................................................... 83
11.4 RELATÓRIOS DE ENSAIO ....................................................................................... 83
11.5 FALHAS NO ATENDIMENTO AOS REQUISITOS .................................................... 84
12 ANEXOS ............................................................................................................................. 84

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1 OBJETIVO
Esta especificação define os critérios de projeto e de execução para aterramento, Proteção Contra
Descarga Atmosférica (PDA), vias para cabos, condutores e sistema de iluminação, com objetivo
de satisfazer as prescrições funcionais e de segurança das pessoas nas edificações da instalação.

2 ESCOPO
O CONTRATADO deverá desenvolver projeto executivo que contemple documentação técnica,
materiais, acessórios, equipamentos, instrumentos e detalhes dos serviços, necessários à
instalação e ao perfeito funcionamento das medidas de previstas nesta Especificação Técnica,
mesmo que não estejam claramente indicados nesta especificação.
O escopo total desse fornecimento deve prover a melhor tecnologia à época existente, comprovada
e suficientemente dimensionado para cumprir com os objetivos do fornecimento, bem como a
adequada operação comercial do empreendimento. Além disso, o sistema ofertado deve ser
conforme as normas técnicas aplicáveis e possuir características compatíveis com as condições
elétricas, operacionais e ambientais a que forem submetidos.
O escopo de fornecimento abrange os seguintes materiais e serviços:

2.1 Serviços
Elaboração de projeto executivo do sistema de aterramento de todas as áreas e estruturas
associadas à usina, compreendendo inclusive as medições necéssarias, como as de
natureza e resitividade do solo e de resistência de aterramento.
Elaboração de projeto executivo para a Proteção Contra Descarga Atmosférica (PDA), de
todas as áreas e estruturas, compreendendo a elaboração do memorial de análise de risco,
constando a análise de custo e benefício para implantação das medidas de proteção
propostas.
Elaboração de projeto executivo do sistemas vias para cabos, cabos, condutores, sistema
de iluminação e sistema de tomadas, conforme referência do item 5 desta Especificação
Técnica.
Execução dos projetos executivos do sistema de aterramento, sistema de proteção contra
descarga atmosférica e sistema de iluminação de todas as áreas associadas à usina.
Lançamento, instalação e interligação de todos os cabos e as respectivas vias para cabos,
incluindo obras civis necessárias, destinados ao controle, supervisão, sincronismo,
medição, proteção, alimentação e força (incluisive em média tensão), etc, de todos
equipamentos e sistemas associados à usina. Comprendendo inclusive as linhas externas
de interligação entre as áreas associadas à usina, como a subestação de chaveamento e
tomada d’água.
Especificação de materiais, incluindo pedidos de compra, e fornecimento das matérias
primas necessárias em consonância com a engenharia de fabricação
Fabricação e pré montagem na fábrica , incluindo mão de obra e supervisão de montagem
Execução de equipotencialização para as partes metálicas externas e linhas que
adentraam a estrutura e sistemas internos
Execução das seguintes medidas de Proteção Contra Descarga Atmosférica (PDA):
integração de equipotencialização para partes metálicas externas e linhas que

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adentram a estrutura
integração de equipotencialização para os sistemas internos
implementação de medidas contra choque devido tensão de passo e toque
adequação de SPDA existente
implementação de blindagens espaciais, blindagem das linhas e roteamento
recomendação para a coordenação de DPS e interfaces isolantes
Realização de ensaios de tipo, ensaios de rotina (em fábrica) e testes de campo, incluindo
supervisão de comissionamento, confome item 11.
Embalagem, transporte e montagem no local da instalação
Elaboração do memorial descritivo para sistemas de aterramento, Proteção Contra
Descarga Atmosférica (PDA), vias para cabos, condutores e sistema de iluminação
propostos.
Elaboração de Data Book.
NOTAS:
Para completo atendimento, o CONTRATADO deve seguir as prescrições desta Especificação
Técnica.
Toda a documentação do projeto executivo, memorial descritivo e Data Book, devem seguir
padronização, formato, rótulo, legenda, identificação e trâmite descritos no documento 11.999-
EP/EG-608.
As medidas de aterramento, Proteção Contra Descarga Atmosférica (PDA), vias para cabos,
condutores e sistema de iluminação deve abranger elementos internos e externos à estrutura
(antenas, sistema medição nível, sistema de telemetria de nível), assim como áreas internas e
externas (casa de força, subestação, pátios, acessos, iluminação viária, tomada d´água, barragens
e galeria de drenagem (quando aplicável)).

2.2 Materiais
I. Fornecimento de 01 (um) conjunto de materiais e componentes necessários para execução
do projeto executivo de aterramento.

II. Fornecimento de 01 (um) conjunto de materiais e componentes do Sistema de Proteção


Contra Descargas Atmosféricas (SPDA).

III. Fornecimento do sistema de cabos e respectivas vias para cabos destinados ao controle,
supervisão, sincronismo, medição, proteção, alimentação e força (inclusive os de média
tensão), etc, de todos equipamentos e sistemas associados à usina.

IV. Fornecimento de 01 (uma) Barra de Equipotencialização Principal (BEP), em cada estrutura


e/ou Zona de Proteção contra Raio (ZPR), para integração de todas as partes metálicas e
serviços que penetram na estrutura e/ou ZPR.

V. Fornecimento de tantas Barras de Equipotencialização Local (BEL) quantas forem


necessárias, conforme ABNT NBR 5419-3 6.2.2 a) e 6.2.2 b), dependendo das dimensões e
requisitos de isolação elétrica do SPDA externo da estrutura.

VI. Fornecimento de 01 (um) conjunto de materiais e componentes necessários à adoção das


medidas de proteção para redução de danos às pessoas (medidas contra choque devido
tensão de passo e toque).

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VII. Fornecimento de 01 (um) conjunto de materiais e componentes necessários à adoção das


Medidas de Proteção Contra Surtos (MPS).

VIII. Fornecimento de sistema de iluminação normal.

IX. Fornecimento de sistema de iluminação de emergência.

X. Fornecimento de sistema de alimentação em extra baixa tensão (galerias de barragens,


quando aplicável).

XI. Fornecimento de sistemas tomadas.

Para completo atendimento, o CONTRATADO deve seguir todos os critérios e prescrições


relacionados nesta Especificação Técnica.
Em ambientes sujeito à explosão, os materiais e equipamentos devem ser certificados pelo
INMETRO, específicos para ambientes com “Atmosferas Explosivas”.
Quantitativos dos materiais serão definidos durante o projeto executivo e após sua aprovação pela
CONTRATANTE.

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
O CONTRATADO deverá atender aos critérios estabelecidos nas seguintes normas:

3.1 Normas gerais


NR-10 Segurança em instalações e serviços em eletricidade
ABNT NBR 5410 Instalações Elétricas de Baixa Tensão

3.2 Aterramento e Proteção Contra Descarga Atmosférica (PDA)


ABNT NBR 5419 Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas
ABNT NBR 6939 Coordenação do Isolamento – Procedimento
ABNT NBR 7117 Medição da resistividade e determinação da estratificação do solo
ABNT NBR 14039 Instalações Elétricas de Média Tensão de 1,0 kV a 36,2 kV
ABNT NBR 15749 Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície do
solo em sistemas de aterramento
ABNT NBR 15751 Sistemas de aterramento de Subestações – Requisitos
ABNT NBR 16254 Materiais para sistemas de aterramento – Parte 1: Requisitos gerais
ABNT NBR IEC 60079 Atmosferas explosivas
IEC 60364 Low voltage electrical installations
IEC 60664 Insulation coordination for equipment whithin low voltage systems
IEC 61000 Electromagnetic compatibility (EMC)
ABNT NBR IEC 61643 Dispositivos de proteção contra surtos em baixa tensão

3.3 Condutores BT e MT
ABNT NBR NM 247 Cabos isolados com policloreto de vinila (PVC) para tensões nominais
até 450/750 V inclusive
ABNT NBR NM 280 Condutores de cabos isolados (IEC 60228, MOD)

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ABNT NBR NM 287 Cabos isolados com compostos elastoméricos termofixos, para tensões
nominais até 450/750V, inclusive
ABNT NBR 7285 Cabos de potência com isolação extrudada de polietileno termofixo
(XLPE) para tensão de 0,6/1kV- Sem cobertura - Especificação
ABNT NBR 8557 Cabos de potência flexíveis com isolação sólida extruturada de
borracha etileno propileno (EPR), com cobertura, para instalações
provisórias até 1 kV
ABNT NBR 9511 Cabos elétricos - Raios mínimos de curvatura para instalação e
diâmetros mínimos de núcleos de carretéis para
acondicionamento
ABNT NBR 10300 Cabos de instrumentação isolação extrudada PE ou PVC tensões até
300 V
ABNT NBR 13248 Cabos de potência e condutores isolados sem cobertura, não
halogenados e com baixa emissão de fumaça, para tensões até 1 kV –
Requisitos de desempenho
ABNT NBR 13418 Cabos resistentes ao fogo para instalações de segurança –
Especificação
ABNT NBR 5368 Fios de cobre mole estanhados para fins elétricos – Especificação
ABNT NBR 6251 Cabos de potência com isolação extrudada para tensões de 1 kV a 35
kV – Requisitos construtivos
ABNT NBR 7288 Cabos de potência com isolação sólida extrudada de cloreto de
polivinila (PVC) ou polietileno (PE) para tensões de 1 kV a 6 kV
ABNT NBR 10299 Cabos elétricos em corrente alternada e a impulso – Análise estatística
da rigidez dielétrica
ABNT NBR 7286 Cabos de potência com isolação extrudada de borracha
etilenopropileno (EPR, HEPR ou EPR 105) para tensões de 1 kV a 35
kV — Requisitos de desempenho

3.4 Condutores – ensaios


ABNT NBR NM IEC 60811 Métodos de ensaios comuns para os materiais de isolação e de
cobertura de cabos elétricos
ABNT NBR 6813 Fios e cabos elétricos – Ensaio de resistência de isolamento
ABNT NBR 6814 Fios e cabos elétricos – Ensaio de resistência elétrica
ABNT NBR 7294 Fios e cabos elétricos – Ensaios de descargas parciais
ABNT NBR 7295 Fios e cabos elétricos – Ensaio de capacitância e fator de dissipação
ABNT NBR 7296 Fios e cabos elétricos – Ensaio de impulso atmosférico
ABNT NBR 10301 Fios e cabos elétricos – Resistência ao fogo

3.5 Sistema de Iluminação e tomadas


ABNT NBR ISO/CIE 8995 Iluminação de ambientes de trabalho
ABNT NBR 14538 Lâmpada fluorescente com reator integrado à base para iluminação
geral – Requisitos de segurança
ABNT NBR 16205 Lâmpadas LED sem dispositivo de controle incorporado de base única
ABNT NBR IEC 60662 Lâmpadas a vapor de sódio a alta pressão
ABNT NBR IEC 61167 Lâmpadas a vapor metálico (halogenetos)
ABNT NBR IEC 62031 Módulos de LED para iluminação em geral – Especificações de
segurança
ABNT IEC/TS 62504 Termos e definições para LEDs e os módulos de LED de iluminação
geral
ABNT NBR IEC 62560 Lâmpadas LED com dispositivo de controle incorporado para serviços
de iluminação geral para tensão > 50 V – especificações de segurança

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ABNT IEC/PAS 62612 Lâmpadas LED com dispositivo de controle incorporado para serviços
de iluminação geral – Requisitos de desempenho
ABNT NBR IEC 15129 Luminárias para iluminação pública – Requisitos particulares
ABNT NBR IEC 60598 Luminárias
ABNT NBR 16008 Extensões elétricas, protetores e filtros de linha – Requisitos
particulares
ABNT NBR IEC 60309 Plugues e tomadas para uso industrial
ABNT NBR NM 61008 Interruptores a corrente diferencial-residual para usos domésticos e
análogos sem dispositivo de proteção contra sobrecorrentes (RCCB)
ABNT NBR 5123 Relé fotoelétrico e tomada para iluminação – Especificação e método
de ensaio
ABNT NBR 5125 Reator para lâmpada a vapor de mercúrio a alta pressão
ABNT NBR 13593 Reator e ignitor para lâmpada a vapor de sódio a alta pressão –
Especificação e ensaios
ABNT NBR 14305 Reator e ignitor para lâmpada a vapor metálico (halogenetos) –
Requisitos e ensaios

3.6 Redes Aéreas


ND-2.7 Instalações Básicas de Redes de Distribuição Aéreas Isoladas
ND-2.9 Instalações Básicas de Redes de Distribuição Compactas
ND-3.1 Projetos de Redes de Distribuição Aéreas Urbanas
ND-4.15 Proteção de Sobrecorrentes do Sistema de Distribuição de Média
Tensão da Cemig.

A última edição das normas, incluindo quaisquer alterações ou erratas, deve ser aplicada.
O cumprimento das disposições desta Especificação Técnica é mínimo e não exime o cumprimento
de todos os requisitos regulamentares aplicáveis, sendo de responsabilidade do CONTRATADO
observar todas as exigências regulatórias aplicáveis.

4 TERMOS, DEFINIÇÕES, SÍMBOLOS E ABREVIATURAS


4.1 Termos e definições
Para efeitos do presente documento, os seguintes termos e definições serão utilizados:

 Sistema de aterramento – é o conjunto de condutores, cabos, hastes, conectores, demais


componentes e estruturas que, interligados entre si e o solo, produzem um caminho de
baixa impedância para as correntes de descargas e correntes de falta para a terra.

 Aterramento embutido – malhas, condutores, hastes, fundações e demais componentes do


sistema de aterramento, desde que estejam enterrados, embutidos no concreto ou
submersos.

 Aterramento aparente – sistema de condutores e demais componentes do sistema de


aterramento que não são classificados como aterramento embutido.

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 Malha de aterramento complementar (ou auxiliar) – malhas independentes, localizadas no


canal de fuga, circuito de adução, reservatório, barragens, etc., com eletrodos
independentes, projetadas de modo a adequar valor para a resistência de aterramento da
instalação.

 Aterramento elétrico temporário – ligação elétrica efetiva, confiável e adequada,


intencionalmente conectada à terra, destinada a garantir a equipotencialidade, devendo ser
mantida continuamente durante a intervenção na instalação elétrica.

 BEP – barramento de equipotencialização principal.

 BEL – barramento de equipotencialização suplementar ou barramento de


equipotencialização local.

 Massa – são partes metálicas de equipamentos elétricos ou de linhas elétricas, distintas das
partes vivas, acessíveis ao toque, as quais podem ser energizadas acidentalmente (devido
à falha de isolamento).

 Parte condutora exposta – parte condutora de um equipamento que só pode tornar-se viva
em condições de falta através de uma massa ou de um elemento condutor estranho à
instalação. Exemplo: suporte do tanque de combustível e estante de baterias dos GMG’s.

 Elemento condutivo (ou elementos condutores estranhos à instalação) – elemento que não
faz parte da instalação elétrica, mas que pode nela introduzir um potencial, geralmente o da
terra.

 Duto – eletrodutos, canaletas.

 Suporte de cabos – bandejas, escada para cabos, leitos, perfilados.

 Linha elétrica – dutos, suporte de cabos, manhole, handhole.

 Edificações da instalação – casa de força, barragem, galeria de drenagem, vertedouro,


tomada d’água, subestação, pátio, vias de acesso.

 Estruturas da instalação – equipamentos eletromecânicos, civis e sistema de transmissão.

 STA – Sistema de Transmissão Associado.

 Linhas externas – cabos de interligação entre as edificações e estruturas externas à


instalação, tais como aqueles encaminhamentos de cabos entre casa de força e
subestação, transformador elevador, tomada d’água e/ou vertedouro.

 Linhas internas – cabos com percurso exclusivamente interno às edificações.

 Condutor de aterramento: todo o condutor de proteção que uma de suas extremidades está
ligado ao eletrodo de aterramento.

 Condutores de equipotencialização (EC) – condutor que interliga barras de aterramento


(barra BEP, BEL ou PE) ou rabichos de aterramento aos leitos para cabos, corrimãos,
guarda-corpos, chaparia dos cubículos, dutos, cercas e demais estruturas metálicas da
instalação.

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 Linhas de energia – linha elétrica de potência, em baixa tensão(≤ 1000𝑉𝑐𝑎 ), designada para
prover energia para equipamentos e dispositivos da instalação.

 Linhas de sinais – linha elétrica de sinal onde trafegam sinais eletrônicos tais como de
telefonia, de vídeo, de intercâmbio de dados, de controle, de automação ou outro sinal.

 Cabos de controle – transmitem sinais elétricos de baixa tensão (≤ 600𝑉) e relativamente


baixa corrente, para controle e monitoramento de dispositivos (controle, sinalização,
supervisão, alarme, proteção, etc.).

 Cabos de instrumentação – transmitem sinais elétricos de baixa energia com níveis baixos
de tensão (≤ 130𝑉𝑐𝑐 ) e relativamente baixa corrente (padrão 4 𝑎 20𝑚𝐴).

 Cabos de medição – secundários de transformadores de instrumento (𝑇𝑃𝑠 𝑒 𝑇𝐶𝑠 ).

 Cabos de comunicação – geralmente cabos multi-condutores utilizados para transferir sinais


com níveis baixos de tensão e corrente, entre dispositivos eletrônicos inteligentes das
estruturas da instalação e comunicação entre estações local/ remoto.

 UTP – cabo par trançado não blindado.

 STP – cabo par trançado blindado.

 EMI – interferência eletromagnética.

 RTU – Unidade terminal remota.

 PLC – Controlador lógico programável.

 IED – Intelligent Electronic Device (dispositivo eletrônico inteligente).

 RTD – Resistance Temperature Detector (detector de temperatura por resistência).

 IDR – Interruptor Diferencial Residual.

 ETI – Equipamentos de Tecnologia da Informação.

 Equipamentos sensíveis – elementos de proteção, controle, instrumentação, comunicação,


supervisão, Equipamentos de Tecnologia da Informação (ETI) em sistemas de incêndio e
segurança.

 Fonte autônoma – fontes que não sejam alimentadas por rede pública.

 Separação de proteção – transformador de proteção conforme normas específicas da série


IEC 61558 ou outra fonte que assegure grau de segurança equivalente.

 Fontes potenciais de perturbação – barramentos de distribuição, condutores descida do


SPDA, cabos de média tensão, linhas externas, painéis de interligação, cabos de energia
alimentação de motores e inversores de frequência.

 Blindagem interna – blindagem individual de condutor/ par de condutores (par trançado).

 Blindagem externa – blindagem coletiva dos condutores constituintes de um cabo.

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 11 – 84


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 Transformadores de instrumento – traduzem as tensões (𝑇𝑃𝑠 ) e correntes (𝑇𝐶𝑠 ) presentes


no sistema elétrico a valores mensuráveis para dispositivos de medição, proteção e
controle.

 DSI – dispositivo supervisor de isolamento.

 DPS – Dispositivo de supressão de surtos e desvio das correntes de surto.

 Potenciais perigosos – falhas na isolação, cargas estáticas, cargas induzidas nas estruturas
da instalação.

 Nível de suportabilidade – capacidade do componente em suportar solicitações dos surtos.

 Nível de isolamento intrínseco – conjunto de tensões suportáveis normalizadas que


caracterizam a suportabilidade dielétrica da isolação.

 Perturbações eletromagnéticas – surtos de tensão (modo comum ou modo diferencial),


cargas estáticas, correntes de fuga, correntes de loop, sobrecorrentes, faltas na instalação,
perda de neutro, descargas atmosféricas.

 SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas.

 Componentes do SPDA – captores, condutores de descida, aterramento, conexões,


equipotencialização para descargas atmosféricas (EB) e isolação elétrica.
 Raios – descargas atmosféricas
 Surto – efeitos transitórios causados por LEMP que aparecem na forma de sobretensão
e/ou sobrecorrente
 Efeito causado por LEMP – todos os efeitos eletromagnéticos provocados pelas correntes
das descargas atmosféricas via acoplamento resistivo, indutivo e capacitivo, que criem
surtos e campos elétricos.
 Nível de proteção – caracteristica de suportabilidade aos impulsos dos dispositivos de
proteção.
 Sistema elétrico – sistema que incorpora componentes de alimentação em baixa tensão.
 Instalação elétrica de sinal – equipamentos eletrônicos de telecomunicações, controladores
microprocessados, sistemas de instrumentação, sistemas de rádio.
 Sistema eletrônico – sistema que incorpora os componentes de uma instalação elétrica de
sinal.
 Estrutura – instalação para qual a proteção é necessária contra os efeitos das descargas
atmosféricas.
 Sistemas internos – sistemas elétricos e eletrônicos dentro de uma estrutura.
 Distância de segurança – isolação elétrica entre os componentes do SPDA externo e outros
elementos eletricamente condutores internos à estrutura, com objetivo de eliminar
centelhamento perigoso.
 Danos físicos – danos devido aos efeitos mecânicos, térmicos, químicos ou explosivos
causados pelas descargas atmosféricas a uma estrutura (ou a seu conteúdo) ou a uma
linha.

4.2 Símbolos e abreviaturas


SPDA – Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
BEP – Barramento de Equipotencialização Principal
BEL – Barras de Equipotencialização Local

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DPS – Dispositivo de supressão de surtos/ desvio correntes de surto


EMC – Compatibilidade eletromagnética
NP – Nível de proteção contra descargas atmosféricas
PDA – Proteção Contra Descargas Atmosféricas
LEMP – Impulso eletromagnético devido às descargas atmosféricas
EB – Ligação equipotencial para descargas atmosféricas
MPS – Medidas de Proteção Contra Surtos
ZPR – Zonas de proteção contra descargas atmosféricas (raios)

5 DOCUMENTAÇÂO TÉCNICA
Os critérios referentes à padronização da documentação e tramitação devem seguir as prescrições
do capítulo 03 Requisitos gerais da documentação de projeto.

5.1 Relação de documentação


Além do disposto neste subitem para relação de documentação técnica, o CONTRATADO deve
fornecer demais documentos item específico do capítulo 05.01.
O CONTRATADO deve entregar toda documentação técnica para assegurar uma correta e
completa instalação das medidas de proteção. A seguir, relação de referência:

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Laudos
o análise de resistividade do solo
o resistência de aterramento
Memorial de análise de risco (conforme ABNT NBR 5419-2 – Gerenciamento de Risco)
Projeto executivo:
o Lista de documentos.
o Memória de cálculo de dimensionamento dos sistemas e componentes.
o Desenhos em croqui, para identificação de localização do eixo de prova (medição
resistência aterramento).
o Desenhos arquitetônicos, em escala, mostrando as dimensões, materiais, e as posições
de todos os componentes utilizados, com base ao arranjo (layout equipamentos) da
instalação.
o Desenho dimensionais (mecânico) das vistas internas, externas, frontal, lateral e seção
transversal para invólucros (paineis), com dimensões e peso do conjunto.
o Tabela que resume as medidas de proteção necessárias para estrutura
o Catálogos de fabricantes dos materiais, componentes, ferramentas, instrumentos,
equipamentos e acessórios utilizados.
o Curvas tempo x corrente de todos os componentes de proteção utilizados para permitir o
estudo de coordenação em curto-circuito.
o Desenhos de arranjo e interligação dos cabos.
Relatório certificado dos testes de tipo, conforme item 11.1 desta Especificação Técnica.
Plano de inspeção e testes fábrica (PIT), conforme item 11.2 desta Especificação Técnica.
Instruções para Testes de Campo (ITC), conforme item 11.3 desta Especificação Técnica.
Memorial descritivo para sistemas de aterramento, Proteção Contra Descarga Atmosférica
(PDA), vias para cabos, condutores e sistema de iluminação.
Data book.
Data book de fabricação e montagem dos cabos de média tensão.
Manual de montagem, operação e manutenção dos cabos de média tensão.
Prontuário elétrico da instalação.
No Laudo da natureza e resistividade do solo, descrever detalhes relativos à estratificação do solo,
tais como número de camadas, espessura e valor da resistividade de cada camada.
Todos os laudos entregues devem conter, no mínimo: data da medição, descrição dos
equipamentos usados; identificação dos pontos medidos de acordo com a identificação constante
no projeto executivo; valores da resistência de aterramento medida em cada ponto, citação de
valores de referência dotados pela ABNT NBR 5419 e identificação do Engenheiro Responsável
Técnico.
O CONTRATADO deve fornecer detalhes e dados necessários ao dimensionamento das medidas
de aterramento, Proteção Contra Descarga Atmosférica (PDA), vias para cabos, condutores e
sistema de iluminação a serem instalados, registrando no (s) memorial (ais) de cálculo entregue (s)
(tais como impedância do percurso da corrente de falta, resistência dos condutores de proteção,
primeira corrente de falta, conforme esquema de aterramento).
Nos desenhos arquitetônicos, o CONTRATADO deve fornecer plantas baixa, cortes, seções,
detalhes específicos e dados necessários para melhor posicionamento e especificação das
medidas de aterramento, Proteção Contra Descarga Atmosférica (PDA), vias para cabos,
condutores e sistema de iluminação propostas.
Nos desenhos dimensionais, o CONTRATADO deve apresentar lista de materiais com
especificação de dados característicos que especifiquem os materiais, componentes, ferramentas,
instrumentos, equipamentos e acessórios utilizados. O CONTRATADO deve informar ainda
dimensões, material, letreiro da placa de identificação dos invólucros (painéis).
Para barramentos de equipotencialização, o CONTRATADO deve apresentar desenho dimensional
das conexões ao barramento de equipotencialização, indicando no mínimo, seção e comprimento

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 14 – 84


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do barramento, seção dos condutores conectados, seção e quantidade de bornes utilizados e/ou
disponíveis.
O memorial descritivo deve evidenciar a solução adotada para todos os sistemas, ilustrando com
fotos, descrição de ordem construtiva, com referência as tabelas das normas ABNT NBR 5410 e
5419.
O Data Book deve conter toda a documentação gerada “Conforme Construído”, sendo:
 01 (uma) cópia original impressa, contendo toda a documentação técnica gerada,
devidamente assinados, acondicionados em uma pasta de capa dura, de modo que possam
ser retirados e recolocados com facilidade
 01 (uma) cópia digital, formato *.pdf, contendo toda a documentação técnica gerada,
devidamente assinados, representado por uma pasta digital
 01 (uma) cópia digital, nos formatos originais e editáveis, contendo toda a documentação
técnica gerada, representado por uma pasta digital.

5.2 Prontuário elétrico da instalação


A CONTRATADA deve organizar prontuário do sistema de aterramento, devendo conter, no
mínimo:

 registro de todas as campanhas de medições e testes realizados;


 análise físico-química do solo/ água com recomendações de eventuais tratamentos;
 memória de cálculo para dimensionamento do sistema de aterramento e PDA;
 desenhos em planta com identificação do sistema de aterramento construído;
 esquemas do circuito de aterramento (unifilares e outros que se façam necessários);
 memorial descritivo do sistema de aterramento;
 especificação dos componentes: descrição sucinta do componente, características nominais e
norma (s) a que devem atender
 detalhes de montagem;
 manual técnico de manutenção (conjunto de aterramento temporário e demais equipamentos
componentes do sistema de aterramento.

O manual técnico de manutenção do sistema de aterramento deve prever periodicidade de


verificações, sugerindo formulário check list para registro e acompanhamento da evolução de
desempenho do sistema de aterramento.

Toda a documentação deve ser apresentada de acordo com o que foi executado (projeto “as built”).

O CONTRATADO deve fornecer relação mínima de documentos conforme lista ABNT NBR 5410,
14039 e da NR-10.

6 CRITÉRIOS GERAIS
6.1 Sistema de aterramento

6.1.1 Finalidades do sistema de aterramento

O sistema de aterramento deverá ser projetado para as seguintes finalidades principais:

 Segurança pessoal

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 15 – 84


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O sistema de aterramento deve efetivamente proteger pessoal e equipamentos, por contato


indireto, contra potenciais perigosos durante condições normais e anormais de operação.

 Desligamento automático

O sistema de aterramento deve oferecer um percurso de baixa impedância de retorno para a terra
da corrente de falta em circuitos elétricos, permitindo que haja uma operação automática, rápida e
segura do sistema de proteção.

 Compatibilidade eletromagnética

Estabelecer critérios e medidas de mitigação para reduzir, a níveis aceitáveis, a ocorrência de


fenômenos de queima generalizada, erros de medição ou erros de atuação em equipamentos ou
sistemas elétricos ou eletrônicos.

 Controle de tensões

O sistema de aterramento deve propiciar um controle adequado das tensões de passo, de toque,
elevações ou diferenças de potencial, garantindo limites seguros para pessoal envolvido em
eventuais falhas elétricas, descargas atmosféricas, cargas estáticas, correntes de fuga ou correntes
de loop.

 Transitórios

O sistema de aterramento estabiliza a tensão durante transitórios no sistema elétrico provocados


por faltas para a terra, descargas atmosféricas, chaveamentos, etc., de tal forma que não
apareçam sobre tensões perigosas que possam provocar a ruptura da isolação dos equipamentos
elétricos nesses transientes.

 Descargas atmosféricas

O sistema de aterramento deve compor proteção contra as descargas de origem atmosférica, com
o escoamento eficaz das correntes produzidas, minimizando tensões induzidas no interior da
edificação, promovendo a equalização de potencial, a segurança de pessoal e a integridade dos
equipamentos nas instalações.

6.1.2 Prescrições Gerais

O sistema de aterramento de uma instalação deve garantir, entre outros, proteção dos usuários
contra choque elétrico, prescrição fundamental de segurança para as pessoas.

O valor da resistência de aterramento deva satisfazer às condições de proteção e de


funcionamento da instalação elétrica, de acordo com o esquema de aterramento utilizado. O
arranjo e as dimensões do sistema de aterramento são mais importantes que o próprio valor da
resistência de aterramento. Entretanto, recomenda-se uma resistência da ordem de grandeza de
10 𝑜ℎ𝑚𝑠, como forma de reduzir os gradientes de potencial no solo.

Os dados de corrente de curto-circuito, características de acionamento do sistema de proteção,


limites admissíveis bem como resistividade e características de composição do solo local, são
fatores indispensáveis ao projeto do sistema de aterramento da instalação.

O sistema de aterramento consistirá basicamente dos seguintes componentes:

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 eletrodos de aterramento (sistema de aterramento embutido);

 sistema de aterramento aparente;

 subsistemas componentes do SPDA;

 condutores de proteção, de equipotencialização e de aterramento;

 blindagem de cabos, DPS;

 massas, elementos condutores estranhos à instalação e partes condutoras expostas;

No aterramento de elementos móveis ou sujeitos a vibração, deverão ser utilizadas cordoalhas em


cobre com seção equivalente ao condutor de cobre empregado.

A seleção e instalação dos componentes dos aterramentos devem ser tais que:

 o valor da resistência de aterramento obtida não se modifique consideravelmente ao longo


do tempo;

 resistam às solicitações térmicas, termomecânicas, eletromecânicas e deteriorações


químicas/eletroquímicas;

A malha de aterramento da usina deverá ser interligada à malha de aterramento da subestação de


conexão ao Sistema Interligado Nacional (SE Poço Fundo). O FORNECEDOR deverá elaborar
memória de cálculo que determinará a forma e características adequadas desta interligação,
devendo atender no mínimo as seguintes condições: interligação via dois cabos de cobre, meio
duro, 70 mm², enterrados em eletrodutos isolados distintos e separados entre si por, pelo menos, 1
m.

Caso a concessionaria acessada, através do seu Parecer de Acesso, tenha objeção à interligação
dessas malhas, O FONECEDOR deverá prover interligação óptica para a interface dos sistemas de
supervisão e controle e de proteção entre a SE Poço Fundo e a PCH Poço Fundo.

6.1.3 Medições de solo

O CONTRATADO deverá efetuar campanhas de medição da resistividade do solo e também de


outros dados importantes, tais como salinidade e componentes do solo, que quimicamente afetam
os materiais do sistema de aterramento, antes do início dos trabalhos civis, a fim de subsidiar
elaboração do projeto do sistema de aterramento bem como realizar eventual tratamento do solo
eventualmente necessário para integridade do sistema de aterramento.

6.1.4 Dimensionamento dos condutores do sistema de aterramento

Os condutores de proteção, de equipotencialização, de aterramento e os componentes do SPDA


deverão atender aos critérios de dimensionamento mínimos estabelecidos nas normas NBR 5410 e
NBR 5419.

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6.1.4.1 Suportabilidade térmica a correntes de curto circuito

Este critério estabelecerá a pior condição de ocorrência de curto circuito, na alta, média ou baixa
tensão, levando em consideração a utilização de condutores nus ou isolados, o tipo de conexões
empregadas e o tempo de atuação ou decaimento das correntes de curto circuito.

O material, construção e seção do condutor adotado deverão suportar a elevação de temperatura


provocada pela energia desenvolvida durante a falta, sem que a integridade do condutor e suas
conexões ou da isolação (no caso de cabos isolados) seja afetada de maneira a não mais atender
à função a que se destina.

Os valores de corrente de curto circuito adotados levarão em consideração as seguintes


contribuições:

 do sistema elétrico ao qual está conectada a subestação da usina, considerando o


crescimento futuro;

 das unidades geradoras;

 dos maiores motores de indução da instalação.

Os condutores das malhas principais de aterramento deverão ser dimensionados para suportarem
a corrente de falha fase/terra máxima prevista e para duração de falta de 15 ciclos.

Os condutores do sistema de aterramento deverão ser dimensionados para suportarem esforços


decorrentes da corrente de curto-circuito calculada para o ponto de sua instalação.

6.1.4.2 Suportabilidade mecânica a esforços físicos

Os materiais, conexões e construção dos condutores deverão ser robustos o suficiente para não
sofrerem danos devido a ações mecânicas ou eletrodinâmicas que possam ocorrer durante a
implantação ou durante a vida útil do empreendimento.

Os condutores componentes do sistema de aterramento embutido devem possuir bitola mínima de


70𝑚𝑚2 , para garantir sua integridade contra esforços mecânicos.

Em geral, condutores componentes do sistema de aterramento aparente devem possuir bitolas


mínimas de 25𝑚𝑚2 . Consultar casos particulares do Quadro 8: Número e seções mínimas para
aterramento estruturas.

Os rabichos de aterramento devem possuir amarração nos seus terminais, bem como estar
protegidos por duto flexível no seu afloramento no solo (cuidados físicos em sua transição para o
ambiente externo), conforme detalhe de montagem nº 01 e 02.

6.2 Proteção Contra Descarga Atmosférica (PDA)

6.2.1 Fontes dos danos, tipos de danos e de perdas

As descargas atmosféricas incidentes nas estruturas, nas linhas conectadas ou próximas destas,
devem ser consideradas na análise de risco. O CONTRATADO deve adotar medidas para prevenir
danos por ferimentos a seres vivos, danos físicos e danos aos sistemas internos devido a LEMP. O

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CONTRATADO deve mitigar os riscos de perda de vida humana, de serviço público e de valor
econômico, com base no descrito pela ABNT NBR 5419-2.

6.2.2 Medidas de proteção

A efetividade das medidas de Proteção Contra Descarga Atmosférica (PDA) na redução das
probabilidades de danos e das quantidades média de perdas depende de seleção e implantação,
adequadas conforme os requisitos das normas ABNT NBR 5419, partes 3 e 4, e robustez frente as
condições e esforços esperados nos respectivos locais de suas implantações.
As medidas de proteção devem ser definidas a partir do conjunto definido de parâmetros de
corrente das descargas atmosféricas, considerando o Nível de Proteção Contra Descargas
Atmosféricas (NP).

6.2.2.1 Medidas de proteção para redução de danos às pessoas

A proteção é alcançada por meio de medidas contra choque por tensões de passo e toque,
conforme item 8.1.2 desta Especificação Técnica, as quais inclui as seguintes:
 isolação das partes condutoras expostas
 equipotencialização ao nível do solo
 aumento da resistividade superficial do solo
 barreiras físicas e/ou avisos de advertências
 ligação equipotencial para descargas atmosféricas (EB).

6.2.2.2 Medidas de proteção para redução de danos físicos

A proteção é alcançada por meio de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas


(SPDA), conforme item 8.1.3 desta Especificação Técnica, as quais inclui as seguintes:
 subsistema de captação
 subsistema de descida
 subsistema de aterramento
 equipotencialização para descargas atmosféricas (EB)
 isolação elétrica.

6.2.2.3 Medidas de proteção para redução de falhas nos sistemas internos

A proteção é alcançada por meio de adoção das Medidas de Proteção Contra Surtos (MPS),
conforme item 8.1.4 desta Especificação Técnica, as quais inclui as seguintes:
 medidas de aterramento e equipotencialização
 blindagem magnética (espacial e de condutores)
 roteamento da fiação
 interfaces isolantes
 sistema de DPS coordenado.
Essas medidas podem ser implantadas isoladamente ou de forma combinada.

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 19 – 84


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6.2.3 Área de proteção

As fronteiras geométricas de áreas protegidas contra descargas atmosféricas devem estar


representadas nos desenhos arquitetônicos, em escala, indicando a estrutura e/ou equipamento
protegidos dentro dos limites da ZPR.

6.2.4 Nível de proteção contra descargas atmosféricas (NP)

Nível de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (NP) é o número associado a um conjunto de


parâmetros (corrente de descargas atmosféricas, raio da esfera rolante, tamanho da malha e
ângulo de proteção, distâncias envolvidas, comprimento dos eletrodos de terra) os quais garantem
que os valores especificados em projeto estão adequadamente dimensionados.
Os valores máximos dos parâmetros das correntes das descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419-
1, Tabela 3) devem ser usados para definir a seção transversal dos condutores, as espessuras das
chapas metálicas, a capacidade dos DPS, a distância de segurança contra centelhamentos
perigosos e os parâmetros de ensaio dos componentes do SPDA (ABNT NBR 5419-1, Anexo D).
Os valores mínimos de amplitude das correntes das descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419-1,
Tabela 4) devem ser usados para determinar o raio da esfera rolante (ABNT NBR 5419-1, item
A.4), o consequentemente, posicionamento dos componentes do subsistema de captação.

6.2.5 Zonas de proteção contra descargas atmosféricas (raios) – ZPR

As Zonas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (ZPR) devem ser determinadas pelas
medidas de proteção tais como SPDA, condutores de blindagem, blindagem magnética, interfaces
isolantes e/ou DPS. A estrutura a ser protegida contra raios deve estar em uma ZPR 0B ou
superior. Os sistemas internos a serem protegidos devem estar localizados dentro de uma ZPR 1
ou superior. Os sistemas internos a serem protegidos devem estar localizados dentro de uma ZPR
a uma distância de segurança do limite da malha no mínimo igual à largura da malha (𝑤𝑚 ).
O CONTRATADO deve definir quantas ZPR forem necessárias, com características
eletromagnéticas que a garantam a suportabilidade frente às solicitações e efeitos causados por
LEMP, prevenindo adequadamente as estruturas protegidas contra danos físicos (SPDA) e falhas
nos sistemas internos (MPS). O nível de surto e/ou de campos eletromagnéticos dentro de uma
ZPR, deve ser menor do que o nível de suportabilidade e/ou compatibilidade eletromagnética
(EMC) dos componentes utilizados, respectivamente.
O valor de suportabilidade dos componentes dos sistemas internos e o nível de proteção dos
componentes de proteção (interfaces isolantes, DPS), devem ser coordenados entre si de acordo
com as categorias de sobre tensões da IEC 60664-1 (proteção dos sistemas internos dentro da
estrutura).
Para definição dos níveis de ZPR, consultar prescrições da ABNT NBR 5419-4, item 4.3. Para
definição e nível de ZPR para sistemas internos, ver ABNT NBR 5419-4, item B.7.

6.2.6 Método de adequação às medidas

As variáveis que influenciam os riscos inerentes às descargas atmosféricas e necessidade de


proteção devem ser consideradas em um memorial de análise de risco conforme ABNT NBR 5419-
2 – Gerenciamento de Risco.
A definição das medidas necessárias para proteção contra descargas atmosféricas devem ser
feitas pelo CONTRATADO, que deverá propor soluções de adequação considerando

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exequibilidade técnica e menor custo de implantação. As medidas de proteção contra descargas


atmosféricas necessárias para proteção das estruturas devem ser relacionadas em uma tabela
específica, com indicação da classe de proteção adequada para cada edificação. O
CONTRATADO deve fornecer o custo estimado das medidas de proteção 𝐶𝑃 , conforme ABNT NBR
5419-2, Anexo D. Todas as medidas de proteção aplicáveis estão descritas no item 6.2.2 desta
Especificação Técnica.
O CONTRATADO simular custo benefício de implementação para diferentes tipos de divisão, com
indicação das medidas de proteção adotadas, de modo a orientar melhor custo benefício.

6.3 CONDUTORES
Os condutores de alimentação (condutores ou cabos de potência) deverão atender as prescrições
de instalação da NBR5410 e da NBR14039. Para cabos de controle, instrumentação, linhas
elétricas de sinal ou cabos de potência de uso específico (alimentação dos equipamentos
instalados em fatores ambientais adversos), consultar as normas aplicáveis e seus fabricantes.

No dimensionamento da seção dos condutores de alimentação serão considerados os critérios:


seção mínima, capacidade de corrente, queda de tensão, sobre corrente, curto circuito,
coordenação com a proteção e outros conforme norma NBR 5410 e NBR14039. Todos os
condutores deverão ser de cobre, com encordoamento conforme quadro abaixo e de acordo com a
ABNT NBR NM 280.

Como premissa, os condutores devem seguir as seguintes propriedades:

Característica do condutor Aplicação


Fiação interna
tipo encordoamento classe 4 (ou n° superior)
isolação e cobertura 70ºC – 450/750V Passagens da parte fixa dos painéis para partes
móveis.
tipo encordoamento classe 2
Interligação
isolação e cobertura 70ºC – 0,6/1kV
Quadro 1: Propriedades dos condutores (conforme aplicação)

Conforme nível de classe de influência externa (fuga das pessoas em emergência), o


CONTRATADO deve fornecer condutores do tipo não halogenado.

A emenda de condutores em áreas internas empregará conectores de conexão por pressão através
de mola interna, em aço com proteção anticorrosiva, com capa em polipropileno auto extinguível,
com tensão de isolamento de 750V e classe de temperatura 105ºC. A emenda de condutores em
áreas externas, em caixas de passagem e canaletas, deverá ser soldada com solda chumbo
estanho, isolada com fita isolante de 750V e protegida contra a penetração de umidade por fita a
base de etileno propileno (EPR) do tipo auto fusão.

Todos os condutores serão numerados, seguindo critério de identificação que caracterize


finalidade, numeração sequencial, área da instalação ou destino (quando interligação).

Os condutores seguirão a seguinte padronização de cores:

 Circuitos de comando, controle e proteção:


- Circuitos de Corrente de TC’s .............................................................................. amarelo
- Circuitos de Tensão de TP’s............................................................................... vermelho
- Circuitos de supervisão e controle (CA)..................................................................... preto
- Circuitos tomada de serviço, iluminação e aquecimento (CA) ................................... preto
- Circuitos de supervisão e controle (CC) ................................................................... cinza

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- Circuitos tomada de serviço, iluminação e aquecimento (CC) .................................. cinza


- Condutor de proteção (PE ou TERRA) ......................................verde ou verde e amarelo

 Circuitos de força:
- Fase A ................................................................................................................ vermelha
- Fase B ........................................................................................................................ azul
- Fase C ................................................................................................................... branca
- Neutro ................................................................................................................ azul claro
- Polo positivo (CC) .............................................................................................. vermelho
- Polo negativo (CC) .................................................................................................... preto

Os condutores terão seções mínimas especificadas conforme abaixo:

Seção (mm2) Descrição Aplicação


0,75 RTD (necessariamente, 03 cabos trançados) Fiação interligação
cabos de controle Fiação interna
1,0
cabos de instrumentação Fiação de interligação
1,5 circuitos de controle, alarme e sinalização
1,5 circuitos digitais de alarme e SDSC
Interna/ interligação
2,5 circuitos de força em CA ou CC
4,0 secundários de transformadores de corrente
Quadro 2: seções mínimas condutores de cobre

Os cabos de força deverão ser lançados com o espaçamento definido nos critérios de
dimensionamento. Quando o circuito possuir mais de um condutor por fase, os mesmos deverão
ser instalados em trifólios, agrupando as três fases, garantindo a melhor equalização da
distribuição de corrente entre eles.

O lançamento dos cabos de controle e proteção deverá ser feito de maneira a agrupar os
condutores em um mesmo cabo, evitando percursos distintos para condutores com mesma origem
e destino, eliminando a formação de “loops”, que poderão ser fontes de interferências externas, de
outros condutores, provocando danos ou a operação incorreta dos dispositivos a eles conectado.

Como medida adicional de proteção contra interferências eletromagnéticas, o CONTRATADO deve


prever blindagem para condutores de instrumentação, controle, proteção, medição e comunicação.

Todas as blindagens de cabos de baixa tensão (onde aplicável) e média tensão deverão ser
conectadas ao sistema de aterramento.

Os cabos quando instalados em bandejas, terão suas fixações adequadamente dimensionadas,


principalmente em trechos verticais, de maneira a minimizar as solicitações na cobertura,
decorrentes do próprio peso em condições normais, e dos esforços provocados por curtos circuitos.
As fixações deverão ser de material não magnético de maneira a evitar correntes induzidas que
provoquem o aquecimento anormal da cobertura dos cabos.

As fixações para os condutores e cabos devem garantir amarração necessária para evitar
desarranjo ou que esses condutores embolem independente da classe de cabo instalada.

Os cabos de média tensão serão utilizados para interligar os geradores aos respectivos cubículos
de média tensão, incluindo os cubículos do disjuntor do gerador, os cubículos de proteção contra
surtos e os cubículos de aterramento do neutro através de cabos isolados, interligarão também os
cubículos de média tensão e o transformador de serviço auxiliar. Esses cabos devem atender à
seguinte especificação.

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Cabos isolados de média tensão, com tensão de isolamento Categoria C conforme a norma ABNT
NBR 6251, seção mínima dimensionada para suportar a corrente máxima em regime permanente
do gerador, máxima corrente de curto circuito e máxima queda de tensão admissível, com
isolamento em EPR 105 e condutores de cobre eletrolítico, têmpera mole com encordoamento
classe 2. Requisitos de desempenho e ensaios conforme a norma ABNT NBR 7286.

6.4 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO E TOMADAS


O sistema de iluminação e tomadas atenderá a todas as áreas internas e externas das estruturas
civis principais e auxiliares do empreendimento, tais como casa de força, edifício de controle,
tomada d’água, galeria de drenagem, subestações etc., bem como os pátios externos e as vias de
acesso nas proximidades das edificações.

O sistema de iluminação e tomadas será alimentado através de quadros de distribuição, C.A. e


C.C, em locais a serem definidos durante a elaboração do projeto. Haverá um quadro geral para
cada local, subestação e tomada d’água.

6.4.1 Tomadas de uso geral (TUG) e específico (TUE)

Os plugues e tomadas deverão ser do tipo universal (2P+T).

Todos os circuitos de tomadas possuirão proteção diferencial residual, com corrente diferencial
residual de 30mA.

O sistema de tomadas será constituído de:

 Circuitos para alimentação de tomadas monofásicas de uso geral;

 circuitos para alimentação do conjunto de tomadas monofásicas e trifásicas para utilização


geral;

 circuitos para alimentação de tomadas trifásicas de uso específico (tomadas de força –


TFs);

 circuitos para alimentação de resistores de aquecimento, iluminação interna e tomadas de


quadros e equipamentos.

Os circuitos de tomadas monofásicas de uso geral deverão ser protegidos por disjuntores
monopolares com corrente nominal adequadamente especificada.

Os conjuntos de tomadas de uso geral, monofásicas/ trifásicas, deverão ser alimentados por um
circuito trifásico, 3F+N+PE. A alimentação da tomada monofásica deverá ser feita a partir de uma
das fases, em conjunto com o neutro. O disjuntor de proteção do circuito deverá ser tripolar com
corrente nominal 16A (confirmada pelo projeto executivo), protegendo simultaneamente ambas
tomadas.

Os circuitos de tomada de uso específico (TFs) deverão ser alimentados por um circuito trifásico,
3F+N+PE. A alimentação da tomada deve ser a partir de painéis de distribuição dos Serviços
Auxiliares, tendo em vista o valor elevado da corrente nominal.

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 23 – 84


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6.4.2 Sistema de iluminação

A iluminação de cada área será projetada em dois ou mais circuitos, sempre que possível e
economicamente viável, buscando um melhor equilíbrio das cargas e a possibilidade de se dispor
de diferentes níveis de iluminação para as áreas principais.

O sistema de iluminação deverá ser constituído de 2 sistemas independentes:

a) Sistema de iluminação normal e tomada em corrente alternada;


b) Sistema de iluminação de emergência em corrente alternada /contínua.

A conexão de alimentação elétrica de luminárias em áreas internas deverá ser feita empregando
plugues (facilidade de remoção das luminárias para manutenção).

O CONTRATADO deve fornecer luminárias específicas e adequadas para ambientes que


requeiram o sistema de iluminação totalmente isolado, ou seja, onde há riscos de explosão,
umidade, etc. (ex.: sala de baterias, conforme nível de classe de influência externa).

6.4.2.1 Sistema de Iluminação normal

O sistema de iluminação normal será constituído de circuitos para iluminação, destinados a garantir
níveis médios de iluminância, necessários à operação em condições normais da usina, de acordo
com o Quadro 3 a seguir:

ITEM LOCAL E (lux)


1) Sala de Controle 500
2) Sala de Telecomunicações 500
3) Galeria Elétrica 300
4) Área de Montagem (descarga e serviço) 200
5) Ferramentaria 200
6) Galeria Mecânica 200
7) Poço da Turbina 200
8) Sala das Bombas de Drenagem / Esgotamento 200
9) Sala de Baterias 200
10) Sala do Grupo Motor Diesel Gerador 200
11) Sala dos Geradores 200
12) Circulação / Escadas / Copa / Sanitários / halls 150
13) Depósito / Almoxarifado 150
14) Plataforma do Canal de Fuga 150
15) Pátio dos transformadores 50
16) Crista Vertedouro / Tomada d’Água 30
17) Galerias de Drenagem 30
18) Subestação 30
19) Área externa, pátio externo, estradas de circulação e vias de acesso 20
20) Comportas do Vertedouro 20
Quadro 3: Iluminação normal – níveis de iluminância

Os ambientes que não estejam relacionados no Quadro 3, terão seus níveis de iluminância de
acordo com as prescrições da NBR ISO/CIE 8995-1 e demais normas aplicáveis.

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Na elaboração das memórias de cálculo luminotécnico, com a finalidade de estabelecer a


quantidade de luminárias para atender aos níveis de iluminância estabelecidos, deverão ser
empregados os seguintes métodos de cálculo:

 Método do fluxo luminoso.


 Método das cavidades zonais.
 Método ponto a ponto.

Os resultados dos cálculos deverão ser verificados durante a fase de comissionamento do sistema,
através da medição dos valores de iluminância.

6.4.2.2 Sistema de Iluminação de Emergência

O sistema de iluminação de emergência será constituído de circuitos dedicados.

A iluminação de emergência deverá ser projetada de modo que, na ocorrência da falta da


alimentação do sistema de iluminação normal, possibilite o trânsito com segurança nas áreas de
circulação para escoamento pessoal e garanta os níveis mínimos de iluminância nas áreas mais
críticas de operação. Todas as salas individuais deverão ter pelo menos uma luminária de
emergência.

A iluminação de emergência operativa estará continuamente ligada pela alimentação CA


convencional e, em caso de falta do sistema normal, a iluminação de emergência deverá ser
automaticamente alimentada pelo Sistema de 125Vcc da usina através de dois inversores CA-
CC/CA (entradas 380Vca/125Vcc e saída em 220Vca).

Após a entrada em operação do GMG, a iluminação de emergência passará a ser alimentada por
esse equipamento. A transferência da alimentação de CA para CC, ou vice-versa, deverá ser feita
automaticamente pelos inversores.

6.4.2.2.1 Categoria: Iluminação de Emergência de Circulação

Está categoria se destina à demarcação de rotas de circulação e de saída nas diversas áreas da
instalação, incluindo áreas externas como o pátio da subestação.

Os níveis mínimos de iluminância para iluminação de emergência de circulação foram transcritos


da NBR 10.898 para o quadro abaixo:

E (lux) LOCAIS
5 em locais com desnível, tais como: escadas, portas com altura inferior a 2,10 m e obstáculos
3 em locais planos, tais como, corredores, halls e locais de refúgio
Quadro 4: nível mínimo iluminação emergência de circulação

Para a sinalização dos locais de saída deverão ser empregadas luminárias específicas, com grau
de proteção adequado ao ambiente de instalação, dotadas da inscrição “SAÍDA” no difusor.

6.4.2.2.2 Categoria: Iluminação de Emergência Operativa

É o sistema constituído de circuitos para iluminação destinados a garantir um nível médio de 30 a


50 lux, nas áreas onde as atividades normais devem ser parcialmente mantidas quando da falta da

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iluminação normal, e nas áreas operativamente necessárias ao restabelecimento do sistema


normal dos Serviços Auxiliares de C.A quando da perda desse.

6.4.2.2.3 Categoria: Iluminação de Emergência de Sinalização de Obstáculos

Deverá ser utilizada com a finalidade de sinalização de obstáculos para aviação, em estruturas de
grande porte, tais como torres de telecomunicações.

6.4.3 Dispositivos de acionamento sistema de iluminação

O comando dos circuitos de iluminação será efetuado por atuação direta nos quadros de
iluminação correspondentes, as prescrições destes quadros constam nos capítulos 05.05 e 05.01.
O acionamento será feito através de contatores e relés de pulso comandados por botoeiras
instaladas estrategicamente.

6.4.3.1 Interruptores bipolares

O comando local da iluminação será feito, para o caso de salas isoladas, por exemplo, sala de
baterias e sala de controle e escritórios, através de interruptores junto à porta. Em áreas especiais,
serão previstos interruptores convenientemente distribuídos. O comando deve acionar
simultaneamente a iluminação normal e de emergência.

Todos os interruptores serão do tipo convencional e instalados a 1,20 m do piso acabado, e,


quando próximo à abertura da porta, serão instalados a 0,15 m da mesma.

Para ambientes que requeiram o sistema de iluminação totalmente isolado, ou seja, onde há riscos
de explosão, umidade, etc. (ex.: sala de baterias), os interruptores serão instalados ao lado da
entrada, na parte exterior do recinto.

6.4.3.2 Contatores

a) Comando por chave seletora

Possuirão comando por chave seletora com posições: LIGADO – DESLIGADO, posicionados no
frontal do quadro de iluminação.

Serão úteis no acionamento de circuitos como o de iluminação da sala dos geradores, que deverão
ter as luminárias distribuídas nas três fases para diminuição do efeito estroboscópio.

b) Comando por rele fotoelétrico e chave seletora

Destinados a circuitos de iluminação normal e de emergência em áreas externas, a iluminação será


comandada por dispositivos fotoelétricos e de maneira centralizada por chaves de comando
manual local. O acionamento será feito por contatores.

As chaves de comando possuirão posições: AUTOMÁTICO – DESLIGADO – MANUAL,


posicionados no frontal do quadro de iluminação.

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6.4.3.3 Relés de pulso

Para áreas onde se fizer necessária a possibilidade de acionamento a partir de pontos distintos.

6.5 SISTEMA VIAS PARA CABOS

6.5.1 Prescrições gerais

O projeto do sistema de vias de cabos deverá ser executado na fase inicial do projeto da obra,
permitindo, assim, que sejam tomadas as devidas providências, como a inclusão no projeto civil de
canaletas, block-outs, eletrodutos (aparentes, embutidos, banco de dutos), etc.

A adequação das vias de cabos (canaletas, eletrodutos, bandejas e block-outs), está intimamente
ligada ao diagrama unifilar da instalação, à natureza dos condutores, à filosofia de proteção,
controle e serviços auxiliares, à disposição física dos equipamentos elétricos e mecânicos e aos
ambientes dos locais de instalação.

As interligações entre as diversas estruturas do aproveitamento, casa de força, subestação,


tomada d’água e vertedouro, devem ser estudadas em coordenação com as áreas de proteção,
controle, serviços auxiliar e civil, levando-se em consideração os seguintes aspectos:

 filosofia de transmissão de sinais;


 condições topográficas, interferências e distância entre estruturas.

A ocupação das vias de cabos será feita de acordo com a norma pertinente, prevendo-se uma
capacidade de reserva para acréscimos futuros em torno de 15% (exceto banco de dutos).

As seguintes vias para cabos estão previstas nesta especificação:

 eletrodutos (aparentes, embutidos ou bancos de dutos);


 bandejas, leitos metálicos, eletrocalhas ou perfilados (casos específicos);
 canaletas;
 block-outs;
 galerias para cabos.

Na sala de controle poderá vir a ser utilizado piso elevado e, neste caso, as vias de cabos deverão
ser constituídas de leitos, eletrocalhas ou eletrodutos aparentes.

Sistema de vias de cabos no pátio da subestação será composto de canaletas e eletrodutos,


convenientemente distribuídos em toda a área da subestação.

As vias de cabos deverão proporcionar segregação física para condutores de/ com:

 diferentes níveis de tensão;


 características construtivas distintas;
 sistemas com natureza ou características distintas dos sinais por eles transportados.

Essa segregação deverá ser proporcionada por:

 níveis distintos em badejas para cabos;


 condutos distintos no caso de eletrodutos;

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Para o caso de instalação em bandejas, deve ser previsto vários níveis de leitos para cabos, de
maneira a proporcionar a possibilidade de segregação de cabos conforme a utilização dos
mesmos, obedecendo à seguinte disposição, do nível mais elevado para o mais baixo:

 cabos de força média tensão;


 cabos de força baixa tensão;
 cabos de controle e comunicação (fisicamente separados);
 cabos de instrumentação e controle digital, cordões de fibras ópticas segregados e
devidamente identificados;

As canaletas, banco de dutos ou galerias para cabos, juntamente com tipo de bandejamento
proposto, devem garantir que eventuais compostos como óleo, graxa, água, etc. não entrem em
contato com os condutores ali depositados.

Nas travessias de paredes, as linhas elétricas devem ser providas de proteção mecânica adicional,
exceto se sua robustez for o suficiente para garantir a integridade nos trechos de travessia.

Todos os componentes do sistema de vias para cabos, leitos, eletrodutos, canaletas, caixas de
passagem, etc., deverão ser identificados por trecho, em conformidade com o projeto de instalação.
A identificação será feita empregando-se placas metálicas, com dizeres na cor preta sobre fundo
amarelo.

Para sistemas CA e CC, quando dispostos no mesmo bandejamento, deve ser previsto separação
por septos divisores (segregação entre diferentes tipos de cabos), construídos em chapa de aço
galvanizado a fogo de 75 ou 100 mm de altura (dependendo da altura da aba da via);

Os cabos de comunicação do sistema digital e fibra óptica devem ser instalados dentro de dutos
PEAD (polietileno de alta densidade), de seção circular com corrugação helicoidal, flexível,
impermeável, com resistência a produtos químicos, compreensão diametral e impacto. Quando
instalados nos bandejamentos, esses dutos PEAD devem estar separados dos demais tipos de
cabo por septos divisores.

6.5.2 Prescrições eletrodutos

Eletrodutos deverão ser empregadas em instalações aparentes, embutidas em concreto e


enterradas.

Eletrodutos rígidos deverão ser utilizados derivando de bandejas e canaletas, para a interligação
dos equipamentos de proteção, controle, medição, instrumentação, na alimentação de motores, em
circuitos de iluminação e no sistema de telefonia.

Eletrodutos flexíveis com fita de aço deverão ser empregados nos casos em que os equipamentos
estejam sujeitos a vibração, ou no acesso a equipamentos onde seja necessária a execução de
curvas mais complexas.

Eletrodutos flexíveis de polietileno de alta densidade (PEAD) deverão ser empregados na


construção de bancos de dutos enterrados e para instalação de cabos de comunicação do sistema
digital e fibra óptica.

Em qualquer situação, os eletrodutos devem suportar as solicitações mecânicas, químicas,


elétricas e térmicas a que forem submetidos nas condições da instalação. Como no caso de
galerias de drenagem, os eletrodutos empregados devem suportar ambiente corrosivo.

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O lançamento de condutores nos eletrodutos estará de acordo com a NBR 5410. Na determinação
do diâmetro nominal devem ser observadas as taxas de ocupação previstas pela referida norma.

A distância entre eletrodutos deverá ser tal que permita a execução da montagem de seus
acessórios tais como: luvas, uniões, buchas, etc.

Todos os eletrodutos deverão ser conectados ao sistema de aterramento. Nas extremidades dos
eletrodutos deverão ser usadas buchas com terminal de aterramento. O aterramento específico
poderá ser dispensado quando o eletroduto estiver eletricamente conectado a carcaça metálica
aterrada de um equipamento.

A rede de eletrodutos deverá possuir caixas de passagem ou de ligação, convenientemente


distribuídas de maneira a possibilitar o lançamento de cabos em trechos mais longos, ou quando
da mudança de direção dos eletrodutos.

A interposição de caixas de passagem, curvas, o arremate com buchas ou outros acessórios deve
obedecer às prescrições da NBR 5410.

Os eletrodutos flexíveis empregados na ligação de equipamentos sujeitos a vibração deverão ser


construídos em espiral de fita de aço zincada por imersão a quente, e cobertura com base de
composto poliolefínico não halogenado penetrando em todas as ranhuras da espiral. As conexões
terminais, em alumínio, deverão ser fixadas ao tubo, por meio de niple rosqueado no interior do
eletroduto, garantindo elevada resistência à tração e continuidade elétrica.

6.5.2.1 Instalações aparentes e embutidas

Nas instalações de eletrodutos deverá ser dada preferência para a instalação aparente. A
instalação embutida deverá ser utilizada somente em locais onde seja necessária por razões
construtivas (via com interferência física em locais de passagem de pessoas e equipamentos) ou
estéticas.

As instalações empregarão eletrodutos e acessórios de aço galvanizado a fogo do tipo pesado,


fabricados conforme NBR 5598 nos seguintes diâmetros nominais:

DN20 (3/4”) DN25 (1”) DN40 (1 ½”) DN 50 (2”) DN75 (3”) DN100 (4”)
Quadro 5: Diâmetros nominais eletrodutos – Instalações aparentes ou embutidas

Os eletrodutos de DN20 (3/4”) deverão ser empregados somente em instalações aparentes de


iluminação e telefonia.

Na instalação de eletrodutos embutidos em concreto, os mesmos terão as extremidades


tamponadas durante a concretagem, de maneira a evitar a penetração de material em seu interior.

Os eletrodutos com diâmetro até DN50 (2”) deverão ser curvados em obra, os demais deverão
empregar curvas pré-fabricadas. Os raios de curvatura deverão ser os seguintes:

 DN20 (3/4”) ................................................................................................................ 150 mm


 DN25 (1”) ................................................................................................................... 200 mm
 DN40 (1 ½”) ............................................................................................................... 300 mm
 DN50 (2”) ................................................................................................................... 350 mm
 DN75 (3”) ................................................................................................................... 525 mm
 DN100 (4”) ................................................................................................................. 700 mm

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Os elementos de fixação (ou suportes) dos eletrodutos deverão ser adequadamente


dimensionados, sendo que o espaçamento entre eles não deverá ser superior a 2 metros. Para sua
instalação em concreto devem ser usados chumbadores de expansão.

Os suportes estarão dentro de um raio de 500 milímetros de caixas de passagem ou quaisquer


elementos de derivação entre eletrodutos.

Nas junções de eletrodutos expostos, entre duas caixas de derivação, ou entre dois elementos
fixos, deverão ser usadas uniões.

Toda extremidade de eletroduto deverá ser provida de uma bucha para proteção do cabo. Na
confecção de roscas em eletrodutos devem ser eliminadas rebarbas ou superfícies cortantes que
possam danificar a isolação ou a cobertura dos cabos.

Na travessia de juntas de dilatação, tanto para eletrodutos aparentes quanto para embutidos,
deverão ser previstas juntas de expansão ou soluções que impeçam a ocorrência de esforços nos
mesmos.

As caixas de passagem ou ligação aparentes deverão ser fabricadas em liga de alumínio fundido
ou injetado, deverão ser dotadas de tampas com junta de vedação que proporcione um grau de
proteção adequado ao ambiente de instalação.

Em locais com risco de explosão, como na sala de baterias, os eletrodutos e seus acessórios
deverão ser especificados a prova de explosão.

6.5.2.2 Instalações Enterradas

Nas instalações enterradas deverão ser utilizados bancos de dutos compostos por eletrodutos de
polietileno corrugado de alta densidade (PEAD) e seus acessórios, dessa forma prevenindo contra
umidade e ações químicas causadas pelos elementos do solo. Os eletrodutos PEAD terão os
seguintes diâmetros nominais:

DN 50 (2”) DN75 (3”) DN100 (4”)


Quadro 6: Diâmetros nominais eletrodutos – Instalações enterradas

Os cabos devem ser protegidos contra as deteriorações causadas por movimentação de terra,
contato com corpos rígidos, choque de ferramentas em caso de escavações.

Os eletrodutos PEAD deverão ser lançados em valas escavadas no solo, com os dutos em
camadas mantendo uma distância mínima de 50 mm entre eles. Após o lançamento de cada
camada a escavação deverá ser recomposta com areia ou terra procedendo à compactação
manual do material. A profundidade mínima de instalação deverá ser de 700 mm entre o nível do
solo e face superior dos eletrodutos da camada mais elevada.

Em locais sujeitos a trafego de veículos e travessia de vias os bancos de dutos deverão empregar
eletrodutos rígidos envelopados em concreto e a profundidade mínima para instalação deverá ser
de 1000 mm. Pede-se incluir uma faixa adicional de 500 mm de largura de um lado e de outro
dessas vias.

Deve ser observado um afastamento mínimo de 200 mm entre uma linha elétrica enterrada e
qualquer linha não elétrica cujo percurso se avizinhe ou cruze com o da linha elétrica.

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As linhas elétricas enterradas devem ser sinalizadas, ao longo de toda a sua extensão, por um
elemento de advertência (por exemplo, fita colorida) não sujeito a deterioração, situado, no mínimo,
a 0,10 m acima da linha.

Durante a instalação dos dutos reserva deverão ser usados tampões de maneira a evitar a
penetração de matérias nos dutos.

Em linhas enterradas (cabos contidos em dutos enterrados), só são admitidos cabos unipolares ou
multipolares.

O banco de dutos deverá possuir uma capacidade mínima de reserva de 25%.

Os bancos de dutos deverão possuir caixas de passagem a cada 50 m em trechos retos, nas
derivações, nas mudanças de direção, na travessia de vias e na base e topo de taludes.

As caixas de passagem deverão ser construídas em concreto armado, com dimensões que
possibilitem o acesso para o lançamento de cabos e manutenção. Deverão possuir sistema de
drenagem e acessórios para puxamento dos cabos.

No caso de bancos de dutos com vários níveis, as caixas de passagem deverão ser dotadas de
bandejas ou suportes horizontais nas laterais, para a instalação dos cabos. Neste caso observar
também o espaço interno para lançamento e manutenção dos cabos.

A segregação de cabos citada no item 6.5.1 deverá ser garantida pelo uso de caixas de passagem
distintas, septos divisores em concreto, no caso de uma caixa única, ou diferentes níveis de
bandejamento instalados no interior das caixas.

Os bancos de dutos deverão possuir dois cabos de cobre nu, um em cada lateral no fundo da vala,
para o aterramento de componentes metálicos no interior de caixas de passagem e interligação
entre malhas de diferentes estruturas.

6.5.3 Prescrições bandejas ou leitos metálicos

As bandejas deverão ser empregadas em instalações aparentes fixadas por meio de seus
acessórios, suportes, mãos francesas, ou por meio de perfilados metálicos embutidos ou aparentes
fixados por chumbadores, nas paredes ou teto de concreto. Deverão ser empregadas também no
fundo de canaletas internas ou externas.

As bandejas deverão ser do tipo pesado, fabricadas em chapa de aço galvanizadas a fogo (seus
acessórios inclusive), deverão ter abas de 75 ou 100 mm de altura, externas para instalação
aparente e interna para a instalação em canaletas.

A largura das bandejas deverá ser suficiente para atender aos requisitos de instalação dos cabos,
sendo que a ocupação das bandejas não deverá:

 ser superior a 50% da área da seção transversal compreendida entre o topo das travessas e a
aba superior ou,
 ser superior ao volume de material combustível definido pela NBR 5410 (representado pelas
isolações, capas e coberturas dos cabos).

Em caso de necessidade do emprego de vários níveis de bandejas, o nível superior deverá ser
destinado aos cabos de maior tensão e assim sucessivamente. A distância mínima entre a aba da

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 31 – 84


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bandeja superior e o teto deverá ser de 500mm e as distâncias mínimas entre abas das demais
deve ser 300mm.

Deverão ser empregados acessórios com as mesmas características construtivas do bandejamento


(nas derivações e mudanças de direção, junções, septos divisores, grapas, fixação, etc.). Os
acessórios devem ser escolhidos e dispostos de maneira a não danificar os cabos nem
comprometer seu desempenho.

Nos percursos verticais deve ser assegurado que o esforço de tração imposto pelo peso dos cabos
não resulte em deformação ou ruptura dos condutores. Esse esforço de tração também não deve
recair sobre as conexões.

A fixação dos bandejamentos pode ser utilizada grapas fixa (instalação vertical) ou presilha guia
pelas abas internas do componente (instalação horizontal, inclusive nas canaletas).

Na fixação das bandejas ao teto não devem ser empregadas soluções que impeçam o lançamento
lateral dos cabos. A fixação deverá ser feita empregando suportes e mãos francesas instaladas em
uma das laterais da bandeja. Quando forem usadas bandejas lado a lado os suportes deverão ser
centrais. Os meios de fixação atenderão às solicitações inerentes (carga a que estiverem
submetidos, vibração natural). A distância entre suportes deverá ser determinada em função da
carga e observando-se uma flecha máxima, entre vãos horizontais, de 5mm.

Nos trechos montados perpendiculares às juntas de contração/dilatação, deverão ser previstas


juntas de expansão constituídas de junções retas fixadas de forma que, em um dos lados, o aperto
dos parafusos permita um movimento horizontal de uma das peças.

Nos trechos onde houver a possibilidade de danos aos condutores por queda de objetos ou outros
choques mecânicos, ou em áreas externas sujeitas à radiação solar, as bandejas deverão ser
providas de tampas.

A derivação de eletrodutos a partir de bandejas aparentes deverá ser feita empregando acessórios
dedicados, fixados às abas das mesmas por meio de parafusos.

Os elementos de linhas elétricas em que os condutos forem bandejas ou leitos, só devem ser
utilizados cabos unipolares ou cabos multipolares.

Toda a extensão do bandejamento deverá ser percorrido através de um cabo de cobre com seção
mínima de 70 mm2, lançado ao longo do bandejamento, fixado de 2,0 em 2,0m. Este cabo deverá
ser conectado ao sistema de aterramento em vários pontos distintos. Onde o sistema de
bandejamento possuir mais de um nível, o aterramento deverá ser feito a partir de derivações do
cabo principal.

6.5.4 Prescrições eletrocalhas e perfilados

As eletrocalhas ou perfilados devem ser empregadas para a instalação de cabos de iluminação,


telefonia e fibras ópticas. As eletrocalhas, bem como todos seus acessórios, deverão ser fabricadas
em chapas de aço galvanizado a fogo.

As eletrocalhas ou perfilados deverão ser instaladas nas paredes ou teto das estruturas, nas
paredes de canaletas ou nos mesmos suportes do bandejamento, empregando mãos francesas em
uma das laterais, devendo ser dotadas de tampa metálica.

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 32 – 84


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A derivação a partir das eletrocalhas ou perfilados deverá ser feita adotando os seguintes
componentes:

 Eletrocalhas ou perfilados de menor largura através do emprego de acessórios específicos.


 Eletrodutos de aço ou flexíveis conectados ao fundo ou laterais.
 Prensa cabos.

Devem ser escolhidas e dispostas vias de modo a não danificar os condutores ou cabos nem
comprometer seu desempenho. Essas vias devem possuir propriedades que lhes permitam
suportar sem danos as influências externas a que forem submetidas.

6.5.5 Prescrições para vias em alvenaria

As canaletas deverão ser construídas em concreto armado. Deverão possuir tampas metálicas
antiderrapantes em áreas internas e tampas em concreto nas áreas externas. As tampas deverão
ser dimensionadas para atender aos esforços a que estiverem sendo submetidas e deverão ser
dotadas de dispositivos adequados à sua remoção.

Para a instalação dos cabos deverão ser previstas bandejas instaladas no fundo de todas as
canaletas.

As canaletas deverão ser dotadas de sistema de drenagem projetado de maneira a impedir o


contato das bandejas com a água em seu interior.

7 CRITÉRIOS DE PROJETO SISTEMA DE ATERAMENTO


7.1 Eletrodo de aterramento
Eletrodo de aterramento todo componente do sistema de aterramento embutido, eletricamente
ligado à terra, para fazer um aterramento. Seguir recomendações do item 6.4.1.1 (ABNT NBR
5410) e item 6.4.2.2 (ABNT NBR 14039).

O tipo e a profundidade de instalação dos eletrodos de aterramento devem ser tais que as
mudanças nas condições do solo (por exemplo, secagem) não provoquem uma grande variação na
resistência do aterramento.

Os eletrodos de aterramento devem ter desempenho compatível com a função efetiva de garantir a
proteção dos usuários e equipamentos contra choque elétrico por contato indireto.

Outra especificação adicional do eletrodo é que o valor da resistência de aterramento deve


satisfazer às condições de proteção e de funcionamento da instalação elétrica.

Todos os condutores a serem utilizados no sistema de aterramento embutido deverão ser


condutores trançados, de cobre nu, constituídos de fios eletrolíticos, recozidos, com pureza mínima
de 99,90%, exceto quando especificado de outra forma. Esses condutores devem ainda ser
conectados entre si através de solda exotérmica e aos elementos condutivos embutidos, através de
solda exotérmica/ solda elétrica.

Os critérios e exigências técnicas mínimas aplicáveis à fabricação e ao recebimento de fios e cabos


nus de cobre devem seguir as instruções contidas no documento 02.118 CEMIG 299.

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 33 – 84


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O eletrodo de aterramento das edificações deve constituir, preferencialmente, pelas próprias


armaduras embutidas no concreto das fundações. Eletrodo não natural de aterramento deve seguir
os materiais convencionados das tabelas 51 e 39 da ABNT NBR 5410 e 14039.

Os condutores de aterramento das malhas embutidas em concreto, além de soldado, deverão ser
amarrados sobre a ferragem superior da camada correspondente a cada 5𝑚 (cinco metros).

Para o caso específico de eletrodos de aterramento, o CONTRATADO deve garantir tempo de vida
dos eletrodos a serem instalados, os quais devem ser imunes aos efeitos de corrosão química ou
corrosão eletroquímica, atendendo também as prescrições da ABNT NBR 5419-3, tabela 7.

Quando forem utilizados diferentes metais para eletrodo de aterramento, o CONTRATADO deve
tomar precauções contra os efeitos da corrosão eletrolítica, através da utilização de conectores bi
metálicos, solda exotérmica ou, ainda, recobrir os conectores com uma camada de estanho.

O eletrodo de aterramento deve ser acessível no mínimo junto a cada ponto de entrada de
condutores e utilidades, equipamentos do sistema bem como outros pontos que forem necessários
à equipotencialização. Deverão ser deixados rabichos de aterramento com comprimento mínimo de
afloramento em relação ao solo de 0,50𝑚 (cinquenta centímetros) para possibilitar posterior
conexão das estruturas ao sistema de aterramento.

No aterramento do gerador, transformador elevador e transformadores de serviços auxiliares,


assim como no aterramento de estruturas da subestação (com exceção dos para-raios), o (s)
rabicho (s) de aterramento deverá ser duplo, formados por alça de condutor com pontas
conectadas à malha em dois pontos contíguos conforme detalhe de montagem nº 03. Os pontos de
aterramento dessas estruturas devem ser diametralmente opostos (2 pontos de aterramento),
devendo o afloramento ao solo desses rabichos atender essa particularidade.

7.1.1 Hastes de aterramento

O CONTRATADO não deve utilizar hastes copperweld individualmente, sem que tenham sido
tomadas todas as medidas necessárias para evitar tensões de contato e de passo, perigosas aos
seres humanos.

As hastes de aterramento deverão ser de aço-cobre (tipo copperweld) ou cantoneiras de aço


galvanizado, de acordo com os padrões 02.118 CEMIG 0028 e 0036.

As hastes devem ser utilizadas principalmente no aterramento dos neutros dos transformadores,
dos para-raios, reatores, etc. Entretanto, se for esperada uma grande variação de resistividade do
solo com as condições meteorológicas ou se o solo não for uniforme, pode-se aumentar o número
de haste com o objetivo de se obter uma redução na resistência de aterramento. Convém notar que
as hastes não seguem a lei da resistência em paralelo, de maneira que, a partir de certo ponto, o
acréscimo de hastes não conduz a uma redução da resistência de aterramento.

Os detalhes típicos de aterramento das hastes deverão ser conforme detalhe de montagem nº 04,
05, 06, 07, 08 e 09.

Hastes que tenham a extremidade furada, rosqueada, amassada ou oxidada devem ser cortadas e,
na superfície resultante, limada até apresentar-se lisa, antes da sua soldagem.

A superfície da haste a ser soldada deve ser totalmente limpa e seca.

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7.1.2 Projeto das malhas

O dimensionamento malhas deverá seguir o guia IEEE-80, Safety in Alternating Current Substation
Grounding e a instrução 02.118 COPDEN 0302.

Deve-se estabelecer a seguinte sequência para o projeto do eletrodo de aterramento:

 verificar máxima corrente de falta;

 verificar o tempo de eliminação da falta pela atuação da proteção;

 verificar na curva de tensão de contato x tempo, qual a máxima tensão de contato aceitável;

 projetar uma malha em função da corrente de falta, máxima tensão de contato aceitável,
resistividade do solo.

O projeto do aterramento deve considerar dimensionamento de espessuras maiores, prevenindo


possível aumento da resistência de aterramento dos eletrodos devido à corrosão.

7.1.2.1 Malha de aterramento da subestação

Os fatores que influenciam no gradiente de tensão em uma malha de aterramento são a


impedância dos condutores da malha, geometria da malha, distribuição de correntes na terra,
resistividade do solo e magnitude e frequência do evento transitório.

O reticulado da malha da subestação deverá ser tal que a densidade de corrente na malha seja a
mais uniforme possível. Deste modo, o reticulado nas regiões próximas aos pontos de aterramento
dos neutros de transformadores e de para-raios deverá ser menor, com um limite máximo de 1,0𝑚
(um metro) de lado.

O cabo da periferia da malha da subestação deverá estar a uma profundidade de 1,0𝑚 e não deve
apresentar ângulos retos em seu percurso, de forma ao projeto reduzir ao mínimo os potenciais de
passo na superfície do terreno nessa região.

7.1.2.2 Malha aterramento complementar

Malha (s) complementar (es) de aterramento deve (m) integrar o escopo deste fornecimento para
garantir estabelecimento dos parâmetros aqui especificados. O sistema de aterramento deverá
apresentar valores de resistência de aterramento baixa, influenciando na decisão de se incluir ou
não malhas de aterramento auxiliares, que serão interligadas ao sistema de aterramento existente,
a fim de que se possa ter um desempenho satisfatório do sistema de aterramento.

O valor de resistências de aterramento deve ser avaliado conjuntamente aos resultados dos
estudos de análise de solos na região da instalação, com objetivo de melhorar valor de resistência
de aterramento de forma possibilitar propósito do sistema de aterramento.

O CONTRATADO deverá efetuar a medição da resistência aterramento conforme descrito nesta


Especificação Técnica. Caso a medição da resistência revele um valor ≥ 10Ω (maior ou igual a dez
ohms), uma malha de aterramento auxiliar, debaixo do canal de fuga, circuito de adução,
reservatório, barragens ou outra região da instalação, deve ser estudada com objetivo de alcançar
valor adequado para resistência de aterramento.

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A (s) malha (s) de aterramento complementar (es) deverão ser concebidas com componentes e
prescrições idênticos ao sistema de aterramento principal. Os condutores de aterramento das
malhas, embutido, de cobre nu, serão presos por hastes de aterramento, aplicadas com finalidade
única de ancorar firmemente a malha nas rochas e leitos dos canais.

Mesmo que a malha complementar não seja declarada na proposta comercial, o CONTRATADO,
arcará com o custo de material e serviço referente à implantação de malha (s) complementar (es)
conforme necessidade específica.

7.1.2.3 Interligação das malhas de aterramento

As malhas de estruturas distintas deverão ser interligadas, empregando no mínimo dois condutores
de interligação, embutidos, de maneira a se obter o menor valor de resistência de aterramento
possível e garantir ao máximo a equalização de potencial entre elas.

A interligação das malhas de aterramento será feita através de caixas de teste, através das quais
as malhas poderão ser desconectadas para possibilitar medição de suas resistências de
aterramento separadamente (medir a resistência de cada malha pelo processo de injeção de
corrente). O número de caixas e sua localização deverão ser determinados considerando a
necessidade de se conseguir, quando da realização das medições de resistências da malha,
independência elétrica de qualquer das malhas em relação às demais.

Deve-se planejar forma de garantir integridade dos condutores de interligação contra furto. Os
detalhes típicos para caixas de teste deverão ser conforme detalhe de montagem nº 17.

7.2 Sistema de aterramento aparente


Todos os condutores a serem utilizados no sistema de aterramento aparente deverão ser
condutores trançados, de cobre nu, constituídos de fios eletrolíticos, recozidos, com pureza mínima
de 99,90%, exceto quando especificado de outra forma.

Esses condutores deverão ser conectados entre si e às partes condutoras expostas, através de
conectores aparafusados ou de compressão, exceto para caso de equalização das blindagens dos
condutores.

O sistema de aterramento aparente utilizará condutores de equipotencialização para conexão aos


rabichos de aterramento. Os condutores de equipotencialização deverão ser os mais diretos
possíveis e seus comprimentos os mínimos necessários.

No percurso exposto dos condutores de aterramento os mesmos deverão ser presos firmemente às
estruturas por meio de conectores e/ou braçadeiras metálicas, em quantidades adequadas, de
acordo com o comprimento do cabo, espaçamento máximo de 2,0𝑚 (dois metros) ou seguindo
recomendações mais restritas do fabricante.

7.3 Conexões
As conexões de condutores entre si e com equipamentos devem ser adequadas aos materiais do
(s) condutor (es) ou dos terminais dos equipamentos e instaladas e utilizadas de modo adequado e
não devem ser submetidas a qualquer esforço de tração ou de torção.

As conexões devem estar em condições de suportar os esforços provocados por correntes de


valores iguais às capacidades de condução de corrente e por correntes de curto-circuito,
determinadas pelas características dos dispositivos de proteção. Por outro lado, as conexões não

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 36 – 84


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devem sofrer modificações inadmissíveis em decorrência de seu aquecimento, do envelhecimento


e das vibrações que ocorrem em serviço normal. Em particular, devem ser consideradas as
influências da dilatação térmica e das tensões eletroquímicas que variam de metal para metal, bem
como as influências das temperaturas que afetam a resistência mecânica dos materiais.

Em locais sujeitos às condições de influências externas AD2, AD3 e AD4 (áreas externas à
edificação e em locais úmidos), todos os parafusos, rebites, pinos e todas as peças que entram na
composição de uma conexão, devem ser protegidos contra corrosão provocados pela presença de
água e/ou umidade (ou serem concebidas para resistir nessas condições).

As conexões, emendas e junções que constituem o sistema de aterramento devem ter resistência
mecânica suficiente para resistir a qualquer solicitação previsível e não devem acrescentar
qualquer resistência apreciável ao circuito.

As conexões, emendas e junções, quando forem inacessíveis (aterramento embutido) deverão ser
feitas, exclusivamente, por soldas exotérmicas. As tubulações metálicas, ferragens aparentes
deverão ser conectadas às ferragens das estruturas através de solda elétrica.

Em paredes e estruturas de concreto da casa de força, vertedouro e tomada d'agua, etc., as


conexões dos equipamentos e estruturas à malha principal de aterramento, deverão ser feitas
através da utilização de placas de aterramento embutidas no concreto. As placas de aterramento
deverão ser embutidas no concreto a uma altura de 0,30𝑚 (trinta centímetros) do piso acabado,
estas soldadas aos condutores da malha principal embutidos, por meio de soldas exotérmica. Elas
deverão ainda ser de liga de cobre fundido, para uso embutido em concreto.

As conexões, emendas e junções, quando forem acessíveis (aterramento aparente) deverão ser
feitas por meio de conectores aparafusados ou de compressão, exceto para caso de equalização
das blindagens dos condutores. Os conectores de aterramento a serem utilizados deverão ser de
acordo com os padrões descritos no documento 02.118 CEMIG 0293, bem como aos detalhes de
montagem nº 10, 11, 12, 13, 14, 15.

Os conectores aparafusados preferencialmente terão 02 (dois) parafusos para aperto, sendo que
cada um deverá possuir arruela de pressão para evitar afrouxamento do conector (garantir pressão
de contato).

Os conectores por compressão deverão ser esmagados (grimpados) com valor de pressão
adequado e evitando danos mecânicos ao condutor e mantendo a integridade de condução do
sistema de aterramento.

A superfície ou cabo em conexões parafusadas ou prensadas deverá estar limpa e seca até
apresentar uma superfície viva e depois envolvida com pasta antioxidante.

Conexões parafusadas ou prensadas devem ser realizadas por meio de ferramentas adequadas
para o tipo de tamanho de conector utilizado, de acordo com as recomendações do fabricante do
conector.

Conexões mecânicas embutidas no solo devem ser protegidas contra corrosão, através de caixa de
inspeção com diâmetro mínimo de 250𝑚𝑚 que permita o manuseio de ferramenta. O padrão para
caixas de inspeção está representado no detalhe típico de montagem n° 04.

Em ambiente com risco de explosão, as conexões deverão ser preferencialmente soldadas no


equipamento. Na impossibilidade de serem soldadas diretamente no equipamento as conexões da
carcaça dos equipamentos com o sistema de aterramento local deverão ser recobertas com
material isolante garantindo estanqueidade, evitando centelhamentos eventuais. O aterramento

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dessas estruturas somente poderá ser desconectado em ponto distante dos ambientes sujeito à
explosão para evitar centelhamentos nesses locais.

7.3.1 Preparação para conexão tipo soldada (exotérmica)

7.3.1.1 Preparação do Cabo

Toda a superfície do cabo a ser soldada deve ser limpa e seca para garantir uma solda perfeita.

Cabo gorduroso deve ser limpo com detergente, de preferência do tipo que seque rápido sem
deixar resíduos.

Cabos oxidados devem ser limpos com escova de arame, ter sua ponta cortada a serra e depois
limada para apresentar superfície viva.

Cabo úmido deve ser seco a lamparina, pois a umidade pode jogar metal derretido fora do molde.

Cabo torto, não circular ou deformado, não deixa fechar o molde, o que provoca vazamento e
diminui a durabilidade do molde. Recomenda-se usar ferramentas de corte adequado para
uniformizar terminação do cabo. Quando cortar cabos isolados com serra, limpe a ponta de todo o
material isolante que a lâmina da serra tende a depositar.

Cabos muito tensos devem ser presos por grampos apropriados para evitar que saiam da cavidade
de soldagem durante a operação de solda ou que prejudiquem o fechamento do molde.

7.3.1.2 Preparação de haste de aterramento

Hastes que tenham a extremidade furada, rosqueada, amassada ou oxidada devem ser cortadas à
serra e, a superfície resultante limada até apresentar-se lisa, antes da sua soldagem. A superfície
da haste a ser soldada deve ser totalmente limpa e seca.

7.3.1.3 Preparação de superfícies de aço ou ferro fundido

Para se obter uma boa solda a superfície deve ser limpa e seca. A superfície deve ser esmerilhada
ou limada, usando-se para tanto um esmeril ou limatão, a fim de se remover a ferrugem, sujeira ou
crosta de fundição que porventura exista.

Não é preciso remover a galvanização. As superfícies galvanizadas necessitam somente de serem


limpas com lixa de ferro para remover o óxido.

Peças de ferro pintadas ou pichadas devem ser limpas com detergentes, de preferência do tipo de
secagem rápida sem resíduos.

7.3.1.4 Preparação de Trilhos de Aço

A superfície a ser soldada deve ser esmerilhada a fim de se remover a crosta de fundição ou
ferrugem. Trilhos gordurosos devem ser limpos e secos antes de soldados.

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7.4 Aterramento temporário


Conforme item 10.3.6 da NR-10, todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento
temporário. Então, deve ser fornecido conjunto de aterramento temporário que conduza, de forma
eficaz, a corrente elétrica para o sistema de aterramento, quando eventual tensão induzida, tensão
estática, energização acidental ou até descarga atmosférica ocorrer sobre equipamento em
manutenção.

O conjunto de aterramento temporário deve suportar energia proporcional ao quadrado da corrente


de curto-circuito e ao tempo igual ou maior previsto para a falta. A corrente de curto-circuito
máxima é dada pela potência de curto-circuito máxima no ponto do aterramento temporário. Ainda
prevenindo contra energização acidental, o conjunto de aterramento temporário deve suportar 3
(três) energizações consecutivas (programação de religamento automático de circuitos). O critério
de corrente de curto-circuito geralmente atenderá a capacidade de suportar esforços devidos
eventuais descargas atmosféricas pelo tempo extremamente pequeno de duração bem como baixa
probabilidade de incidência direta de descargas atmosféricas na estrutura em intervenção.

O conjunto de aterramento temporário deve suportar também os esforços mecânicos, sem


desprender, decorrente da interação entre campos eletromagnéticos em eventual circulação de
corrente pelo conjunto, normalmente imerso numa região de campo elétrico e ou eletromagnético.

O conjunto de aterramento temporário deve manter uma queda de tensão que não cause danos às
pessoas e/ou equipamentos que estão eventualmente conectadas em paralelo ao conjunto. Os
grampos e conectores do conjunto deve possuir um bom contato para que não haja queda de
tensão excessiva.

A conexão do aterramento temporário ao sistema de aterramento da instalação deve ser via


rabicho de aterramento.

Todos os elementos do conjunto de aterramento temporário devem possuir nível de isolamento


adequado à tensão do equipamento a que se destina.

O conjunto de aterramento temporário deve ser adequado e funcional ao serviço de manutenção da


estrutura específica. Para isso deverá composto, no mínimo, cabo condutor, grampos e conectores,
bastão, gancho. O cabo condutor do conjunto deve ser flexível com revestimento isolante e
transparente. O conjunto de aterramento temporário deve ser de aplicação específica para
equipamentos e linhas de energia conforme necessário.

7.5 Subestação da usina

7.5.1 Alavancas de operação

Junto às alavancas de operação das chaves seccionadoras na subestação deverá ser instalada
uma chapa metálica ligada à malha de aterramento da subestação. Esta chapa deve ser locada e
possuir dimensões de maneira tal que o operador permaneça dentro da área abrangida pela
mesma, durante a manobra de operação da chave.

7.5.2 Cerca da subestação

A cerca de proteção da subestação deverá ser aterrada em vários pontos, distanciados de no


máximo 10m (dez metros), em todo o seu perímetro. Hastes de aterramento ao longo das cercas

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devem ter espaçamento máximo de 50𝑚 (cinquenta metros). A conexão da mesma com a malha
de aterramento dependerá dos estudos das tensões de passo e toque.

Quando a cerca for dentro do perímetro da malha de aterramento, esta devera se situar a 1,5𝑚
para fora do perímetro da cerca, a fim de incluir as pessoas que a toquem do lado externo, na
região de proteção proporcionada pela malha.

Os detalhes típicos de aterramento da cerca deverão ser conforme detalhe de montagem nº 16.

7.5.3 Brita da subestação

A área ocupada pela malha da subestação deverá ser coberta por brita de granulometria número 2,
por uma camada de, aproximadamente, 10𝑐𝑚 de espessura, a qual devera se estender pelo menos
1,5𝑚 para fora do perímetro da malha, para assegurar proteção nas regiões de potencial de passo
máximo.

7.6 Aterramento em ambiente sujeito a explosão


Nos locais onde está presente o risco de explosão, considerações do tipo de estrutura, o risco de
explosão, o conceito de zona de áreas perigosas e as medidas para determinar o risco devem estar
de acordo com ABNT NBR IEC 60079, parte 10, volumes 1 e 2.

Materiais e equipamentos certificados pelo INMETRO, especificamente para ambientes com


“Atmosferas Explosivas”, devem ser utilizados. O CONTRATADO deve observar também
prescrições específicas descritas no item desta Especificação Técnica para conexões em ambiente
com risco de explosão.

O SPDA projetado para zonas perigosas (com risco de explosão), deve ter seus subsistemas
atuando sem problemas de pontos quentes ou perfuração, com distâncias de segurança e largura
da malha (𝑊𝑚 ) conforme prescrições referenciadas no anexo B, item B.5 5419-2. Os sistemas
internos dentro das zonas perigosas preferencialmente protegidos contra sobre tensões para evitar
centelhamentos perigosos (nota 10, anexo C, item C.2 5419-2).

7.7 Proteção contra interferências de estado transitório e estacionário

7.7.1 Requisitos gerais

A fim de reduzir, a níveis aceitáveis, a probabilidade de danos pessoais ou materiais diante


perturbações eletromagnéticas, os seguintes cuidados genéricos devem ser praticados:

 Arranjar adequadamente fontes potenciais de perturbação (equipamentos com altas


correntes) em relação aos equipamentos sensíveis.

 Instalar condutores de aterramento em paralelo às vias de cabo.

 Utilizar condutores blindados para cabos de proteção, controle, instrumentação, medição e


comunicação.

 Prever proteção básica e proteção supletiva contra choques.

 Prever medidas de proteção contra sobre tensões.

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 Selecionar componentes da instalação conforme suportabilidade às sobre tensões


transitórias.

O esquema de aterramento 𝑇𝑁 − 𝐶 não deve ser praticado.

Não é permitido utilização de mesma linha de retorno para circuitos de sinal e de energia.

Os terminais de terra dos dispositivos devem ser aterrados por meio de condutor de aterramento
específico e individual.

No caso do sistema de medição para faturamento, o aterramento dos secundários dos


transformadores de instrumentos deve ser executado conforme a norma IEEE Std C57.13.3 e o
“Módulo 12: Medição para Faturamento” dos “Procedimentos de Rede do ONS".

Deve ser utilizado equipamentos com nível de isolamento intrínseco mínimo de 2500V𝑐𝑎 de tensão
aplicada e com demais valores em concordância com este nível de solicitação.

As galerias de drenagem nas barragens são consideradas compartimentos condutivos devido


ambiente úmido, cujas paredes são constituídas de elementos condutivos (sais minerais como sub
extratos da água em percolação) e cujo espaço interno é limitado. Essas influências externas
fazem com que a probabilidade de contato de uma pessoa com as partes condutivas circundantes
seja elevada, envolva parte considerável do corpo e, além disso, se dê em circunstâncias nas quais
a possibilidade de interrupção desse contato é limitada. Por isso, medidas de proteção específicas
contra choques elétricos devem ser previstas, conforme descrito nesta Especificação Técnica.

7.7.2 Métodos de instalação

7.7.2.1 Arranjo equipamentos e componentes de infraestrutura elétrica

O arranjo dos equipamentos deve prever separação física e distanciamento adequado entre as
fontes potenciais de perturbação (elementos de alta perturbação), daqueles equipamentos
sensíveis.

Em todas linhas externas que interligam às edificações da instalação deverá ser prevista uma
referência de equipotencialização o mais próximo possível do ponto em que essas linhas entram
e/ou saem da instalação. Junto ou próximo do ponto de entrada da alimentação elétrica (de energia
ou de sinal) deve ser provido barramento BEP ao qual os elementos para equipotencialização
relacionados nesta Especificação Técnica possam ser conectados diretamente, ou indiretamente
via barramento BEL.

A entrada e saída de linhas externas de sinal deve se dar no mesmo ponto da edificação em que
ocorre respectiva entrada e saída da linha de energia. Para redução dos laços de indução deve-se
adotar trajeto comum para as linhas dos diversos sistemas.

Sistemas de cabos redundantes devem ser fisicamente e eletricamente separados para garantir
que nenhum evento, seja de natureza física ou de natureza elétrica, impediria operação segura
específica exigida.

O Distribuidor Geral (DG), Distribuidor Interno Óptico (DIO) ou Distribuidor Geral Óptico (DGO) da
edificação devem estar situados junto ao BEP da instalação.

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A instalação das bases dos transformadores de instrumentos deve estar o mais próximo possível
do rabicho de aterramento e condutores de equipotencialização devem ser utilizados para
interligação das bases desses transformadores de medida.

Sempre que possível, cabos de proteção, controle, instrumentação, medição e comunicação devem
estar em rotas perpendicular àquelas das barras em alta tensão (≥ 35kV). Quando instalação dos
cabos de proteção, controle, instrumentação, medição e comunicação necessitar estarem em
paralelo às barras em alta tensão, deve ser mantida máxima separação entre as linhas (≥ 15m).

A utilização de redes subterrâneas, redes aéreas multiplexadas e a redução da extensão das redes
atenuam as sobre tensões de origem atmosférica, sendo que se deve priorizar implantação de
redes subterrâneas por ser a forma mais eficaz de proteção comparado com redes aéreas.

As linhas externas devem ser instaladas preferencialmente em vias subterrâneas, caso sejam
aéreas devem seguir as prescrições das normas relacionadas no item 3.6.

7.7.2.2 Encaminhamento ou rotas de cabos

Para minimizar queda de tensão, perda de sinal e quantidade de condutores necessários, as rotas
de cabos devem ter o menor percurso possível.

Todos os condutores de um determinado circuito devem estar no mesmo cabo; ou se um duto for
usado, dentro do mesmo duto. Todos os condutores de alimentação e retorno devem estar em um
mesmo cabo para evitar a formação de uma alta indução eletromagnética (devido aos elevados
enlaces de fluxo).

Todos os circuitos em corrente contínua devem ser instalados numa configuração radial. Em
circuitos em corrente contínua onde o positivo e negativo estão em cabos separados por razões
específicas, tais como o circuito entre o carregador de bateria e o banco de baterias, o
negativo/positivo devem estarem fisicamente próximos uns dos outros.

Todos os condutores de um conjunto de transformadores de instrumentos, por exemplo, um


conjunto de três 𝑇𝑃𝑆 ou um conjunto de três 𝑇𝐶𝑆 , deve estar no mesmo cabo para minimizar a
captação de ruído e para evitar laços.

Os circuitos secundários dos transformadores de instrumentos devem ser executados nas


imediações do sistema de aterramento. Além disso, os cabos secundários devem ser dispostos
radialmente e tão perto quanto possível dos condutores de aterramento. Se condutores do sistema
de aterramento não estiverem disponíveis, condutores de equipotencialização dedicados devem
ser instalados.

O encaminhamento dos cabos de neutro dos 𝑇𝑃𝑆 ou 𝑇𝐶𝑆 deve estar em ângulo reto em relação ao
neutro para aterramento do conjunto de transformadores de instrumento (ponto único de
aterramento). Ademais os cabos de neutro do conjunto de transformadores de instrumento devem
estar em paralelo em relação ao condutor de aterramento de interligação da malha.

A execução dos circuitos deve ser no formato “árvore”, com um ramo de circuito em separado para
alimentação de cada equipamento. Cabos conectados aos equipamentos de sensibilidade
comparáveis devem ser agrupados e, em seguida, deve ser mantida a separação máxima entre
grupos de sensibilidades distintas.

O cruzamento das linhas de energia com as linhas de sinais deve ser em ângulo reto.

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7.7.2.3 Controle de ruídos devido a condutores de média tensão

Condutores de energia de média tensão (≥ 1000𝑉𝑐𝑎 ) devem ser separados dos demais condutores
e instalados de modo que sua tensão não cause interferência nos sistemas de tensão mais baixa.
Os métodos para alcançar esta separação incluem o seguinte:

 Cabos de média tensão devem estar em bandejas de cabos ou dutos distintos daqueles que
contenham condutores de energia em baixa tensão, cabos de proteção, controle,
instrumentação, medição e comunicação; bem como instalação segregada de condutores
de energia de média tensão de classes de tensão diferentes.

 Cabos instalados em bandejas de cabos empilhadas devem ser organizados em ordem


decrescente pelos níveis de tensão, com as tensões mais elevadas no topo.

A segregação prescrita nesta especificação deve ser implantada por toda extensão das vias de
cabos (painéis, dutos, canaletas, bandejas de cabos, caixas de passagem ou outro sistema de vias
para condutores), valendo de componentes tais como suportes para apoios e septos para
segregação. Nos lançamentos, devem ser respeitados os raios de curvaturas mínimas definidas
pelos fabricantes dos cabos. Deve se respeitar a taxa de ocupação nas vias de cabos, conforme
previsto na 𝑁𝐵𝑅 5410.

7.7.2.4 Controle de ruídos em condutores proteção, controle, instrumentação, medição e


comunicação

Os condutores de proteção, controle, instrumentação, medição e comunicação devem ser


instalados de modo a proporcionar redução da indutância e capacitância mútuas entre circuitos. Os
métodos de instalação incluem os seguintes:

 Condutores de energia de baixa tensão devem estar segregados por septo divisor nas
bandejas de cabos ou por instalação em condutos distintos dos cabos proteção, controle,
instrumentação, medição e comunicação.

 Condutores singelos de seção menor que 6 𝐴𝑊𝐺 devem estar segregados por septo divisor
nas bandejas ou por instalação em condutos distintos dos cabos, com exceção para vias
com percurso ≤ 6𝑚.

 Condutores de circuitos de corrente contínua, de linhas externas, por exemplo, circuito


abertura do disjuntor da subestação, deve estar segregado dos condutores de circuitos de
alimentação dos relés de proteção (eletrônicos ou digitais).

 Cabos instalados em bandejas de cabos empilhadas devem ser organizados em ordem


decrescente pelos níveis de tensão, com as tensões mais elevadas no topo.

 Cabos de comunicação devem estar em dutos dedicados além de guias separadas nas
bandejas para cabos, conforme detalhe de montagem n° 19.

 Deve-se garantir distância mínima de 0,20m (vinte centímetros) de separação entre


encaminhamentos de cabos de comunicação e qualquer linha de energia.

 Deve-se garantir distância mínima de 0,50m (cinquenta centímetros) de separação entre


encaminhamentos de cabos de proteção, controle, instrumentação, comunicação e qualquer
linha externa.

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A segregação prescrita nesta especificação deve ser implantada por toda extensão das vias de
cabos (painéis, dutos, canaletas, bandejas de cabos, caixas de passagem, bem como na fiação
interna tais como réguas de bornes terminais, canaletas plásticas ou outro sistema de vias para
condutores), valendo de componentes tais como suportes para apoios e septos para segregação.
Nos lançamentos, devem ser respeitados os raios de curvaturas mínimas definidas pelos
fabricantes dos cabos. Deve se respeitar a taxa de ocupação nas vias de cabos, conforme previsto
na NBR 5410.

Os painéis de supervisão, proteção e controle devem estar distantes daqueles painéis de


interligação de linhas externas.

O aterramento da estrela dos 𝑇𝑃𝑆 e 𝑇𝐶𝑆 será feito em um único ponto, que é chave de aferição do
primeiro painel onde o cabo for interligado.

A única exceção para este critério está relacionada aos 𝑇𝑃𝑆 e 𝑇𝐶𝑆 do sistema de medição e
faturamento que, em atendimento ao Procedimento de Rede ONS, módulo 12, este aterramento
será feito também em um único ponto, porém na régua de bornes próximo aos transformadores de
instrumento.

7.7.3 Blindagem dos condutores

7.7.3.1 Requisitos gerais blindagens

A equalização das blindagens dos condutores deve utilizar cordoalha de aterramento (ou
bandagem de fios de cobre nu) com conexão por solda tipo fusão, pelo método de soldagem
branda (ou solda fraca), conforme detalhe de montagem n°18.

Deve-se adotar blindagem tipo trançada (malha), robusta, para as situações em que for
determinada o aterramento de ambas as extremidades da blindagem de maneira a sustentar
melhor condução de eventuais correntes. O aterramento das blindagens feitas com fio de
drenagem ou fita aluminizada deve se limitar àquelas aplicações onde é recomendado o
aterramento da blindagem em 01 (uma) única extremidade.

As blindagens dos condutores deverão ser aterradas, no interior dos quadros e cubículos,
imediatamente na entrada dos quadros e cubículos (flanges de entrada). O percurso de conexão
das blindagens à barra de aterramento dos painéis deve ser pelo menor trajeto possível.

7.7.3.2 Aterramento das blindagens

A. Aterramento em ambos os terminais

As blindagens externas dos seguintes tipos de cabos deverão ser conectadas à terra em ambas as
extremidades:

 Secundários de transformadores de instrumentos (subestação).

 Blindagem coletiva dos cabos de controle de linhas externas.

 Blindagem coletiva dos cabos de controle 125𝑉𝑐𝑐.

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 44 – 84


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Os circuitos de alimentação em 125𝑉𝑐𝑐 dos painéis de supervisão, controle e proteção das


unidades geradoras devem utilizar cabos com blindagem coletiva, aterradas em ambas as
extremidades.

B. Aterramento em único terminal

Os seguintes tipos de cabo devem possuir blindagem interna, devendo ser conectadas à terra em
única extremidade:

 Blindagem dos cabos de média tensão.

 Blindagem coletiva dos cabos de medição.

 Blindagem interna e coletiva dos cabos de instrumentação.

 Blindagem interna dos cabos de comunicação.

 Blindagem coletiva dos cabos de controle de linhas internas.

As blindagens e/ou capas metálicas dos cabos de média tensão devem ser aterradas em apenas
um único ponto, na extremidade próxima à fonte da energia, conforme a NBR 14039.

As blindagens dos cabos de secundários de Transformadores de Instrumentos do sistema de


Medição de Faturamento, bem como os condutores não utilizados deverão ser aterradas
juntamente ao painel ou cubículo de medição.

PONTOS TIPO

secundários de transformadores de instrumentos (subestação)

cabos tri axiais


Ambas as extremidades
cabos de controle de linhas externas

cabos de controle 125 𝑉𝑐𝑐

cabos média tensão

secundários de transformadores de instrumentos (casa força)

Única extremidade cabos instrumentação

cabos de comunicação

cabos de controle de linhas internas


Quadro 7: descrição aterramento blindagem dos cabos

7.7.3.3 Aterramento de circuitos de controle, instrumentação, medição e comunicação

Visando diminuir interferências pela alta suscetibilidade aos ruídos de estado estacionário devido
ao sinal elétrico de tensão e corrente em baixo nível, devem ser adotados os seguintes critérios nos
circuitos de controle e instrumentação:

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 45 – 84


AMPLIAÇÃO DA PCH POÇO FUNDO 11.126-EP/EG-0619

 Uso de cabos de par trançado com blindagem interna isolada individualmente sobre cada
par de cabos.

 Uso de receptor de sinais (RTU) com terminais isolados ou a instalação de um amplificador


diferencial com guarda isolado nos terminais de entrada do receptor.

 Circuitos digitais de sinais de dados em alta velocidade devem ser aterrados somente na
fonte de alimentação.

 As blindagens de todos os circuitos de junção termopar e respectivos circuitos de termopar


intencionalmente conectadas à terra devem ser aterradas no ponto de aterramento do
termopar ou o mais próximo possível desse.

 Cabos multi-par usados com termopares devem ter pares trançados com blindagem
individualmente isolada de modo que cada blindagem possa ser mantida ao potencial de
terra particular do seu respectivo termopar.

 Todo sistema de sensor ôhmico 𝑅𝑇𝐷 constituído por uma fonte de alimentação e um ou
mais 𝑅𝑇𝐷𝑆 isolados da terra, devem ser aterrados somente na fonte de alimentação.

 Todo sistema de sensor ôhmico 𝑅𝑇𝐷 constituído por um ou mais sensores aterrados devem
ser alimentados por fonte de alimentação isolada, exceto os grupos de RTDS embutidos nos
enrolamentos de transformadores e máquinas rotativas que, como medida de precaução,
devem estar aterrados no quadro dos respectivos equipamentos. Uma fonte de alimentação
isolada deve ser fornecida para os grupos de RTDS instalados em cada parte do
equipamento específico.

 Em circuitos de sinal aterrado, a tensão de referência para aterramento e a blindagem do


cabo devem ser aterradas em um mesmo ponto.

O aterramento da blindagem interna dos circuitos de controle e instrumentação, em único terminal,


deve ser na extremidade de recepção do sinal. Deve ser certificado que o ponto de conexão da
blindagem esteja no mesmo potencial do equipamento.

Em sistemas com transdutor ligado à terra em uma extremidade e amplificador diferencial isolado
na extremidade de recepção, não deve ser feita ligação da blindagem do cabo à blindagem de
proteção do amplificador (receptor) pela redução da capacidade de rejeição de modo comum do
amplificador. Uma prática preferida, nesses casos, é isolar a blindagem do cabo da blindagem de
proteção do amplificador e aterrar a blindagem do cabo somente no terminal do transdutor (fonte).
Esta prática minimiza a corrente de modo comum induzida na blindagem enquanto permite o
amplificador operar em capacidade máxima rejeição de modo comum.

Todos os condutores de controle e instrumentação da usina deverão possuir blindagem coletiva.


Os condutores de instrumentação multi-par ou multi-terna deverão também possuir blindagem
interna. A blindagem coletiva dos condutores de controle deve ser aterrada em ambas as
extremidades. Já a blindagem coletiva dos condutores de instrumentação deverá ser aterrada em
apenas um ponto uma vez que este tipo de condutor possui blindagem composta unicamente por
fita aluminizada (ABNT NBR 10300).

Em geral, blindagens dos cabos de comunicação são aterradas em 01 (uma) extremidade para
evitar potenciais de loop de terra e o ruído associado.

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 46 – 84


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Para circuitos de comunicação, nos casos de projeto com razões para aterramento em ambas as
extremidades (interferências exteriores), podem ser empregados capacitores ou amplificadores
isolados entre a blindagem e a terra para bloqueio de tensões de corrente contínua.

7.7.3.4 Circuitos de comunicação de dados em alta velocidade

Crosstalk, interferência eletromagnética (𝐸𝑀𝐼) e picos transitórios podem afetar seriamente a


transmissão de sinais digitais. O método mais eficaz para prover baixa proporção de ruído no sinal
de comunicação nesses circuitos é a blindagem individual de pares. Os condutores de
comunicação devem seguir as seguintes diretrizes:

 Aplicações de registro de dados em alta velocidade através de sinais analógicos de baixo


nível e circuitos digitais devem ser feitas por cabo blindado constituído por condutores par
trançado.

 As terminações dos condutores pares trançados devem estar equilibradas (eficiência


supressão de transientes).

 Para as entradas digitais originárias em proximidade, pode-se utilizar cabos com blindagem
externa multi-par trançado ou condutor múltiplo com retorno comum.

 Circuito de sinal tipo pulso, mesmo quando em proximidade, deve utilizar cabos blindados
com par trançado único.

Para aplicações de registro de dados (sinais analógicos e circuitos digitais) devem ser consultadas
as exigências para utilização de condutor par trançado blindados, tendo em vista os sistemas de
medidas protetivas especificadas pelo fabricante.

Blindagens dos cabos devem ter continuidade elétrica salvo por determinações específicas ao
contrário. Quando dois comprimentos destes cabos estiverem ligados entre si em um bloco de
terminais, um ponto isolado no bloco de terminais deve ser utilizado para conexão de suas
blindagens.

A blindagem não deve ser utilizada como linha de sinal. Blindagens podem ser dispensadas para
aplicações de anunciadores (sinal luminoso ou auditivo).

7.7.3.5 Terminação das blindagens

Para minimizar o tamanho do laço formado entre o cabo e a blindagem, a blindagem deve
permanecer tão junta ao cabo quanto possível em direção ao terminal final, antes da sua ligação à
terra. A decapagem da blindagem deve ser não mais que o suficiente para conexão ao bloco
terminal.

Caso as blindagens dos cabos estiverem aterradas na entrada das edificações, deve se prolongar
essas blindagens para além da entrada e aterrá-las novamente em suas terminações finais.

7.7.3.6 Conexão das blindagens de linhas externas

A integração à equipotencialização, direta (blindagens) ou via DPS (condutores vivos), dos


condutores de linhas externas, deve ser realizada pelos eletrodutos metálicos, desde que atendidos
prescrições do item 7.10 desta Especificação Técnica.

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 47 – 84


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As blindagens das linhas externas deverão ser aterradas nas chegadas de cada edificação da
instalação, após a sua saída dos painéis e quadros elétricos de origem e antes de sua chegada aos
respectivos painéis e quadros elétricos de destino. Para atender essa prescrição de aterramento
das blindagens de tais linhas externas, deverá ser prevista uma referência de equipotencialização
(BEP ou BEL) imediatamente no ponto em que essas linhas entram e/ou saem da instalação.

Essa barra de aterramento deve ser interligada ao sistema de aterramento local por rabicho (s) de
aterramento.

7.7.4 Proteção contra choques

A proteção básica e a proteção supletiva devem ser garantidas simultaneamente, mediante


aplicação conjunta ou aplicação independente das seguintes providências: equipotencialização e
seccionamento automático da alimentação, isolação dupla ou reforçada, separação elétrica
individual, extra baixa tensão (SELV e PELV). Eventualmente, naqueles casos especificados no
item 5.1.3 e na seção 9 da norma ABNT NBR 5410, deve se prever também proteção adicional
contra choque, pela coexistência ou aplicação independente das medidas de proteção por
equipotencialização suplementar ou por dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade.

7.7.4.1 Equipotencialização

A precondição de proteção básica deve ser assegurada por isolação das partes vivas e/ou por
barreiras ou invólucros, conforme anexo B da ABNT NBR 5410. A equipotencialização deve se
completar também, de forma indissociável, com seccionamento automático da alimentação.

Para assegurar a eficácia da proteção e eficiência do aterramento, deve-se garantir que, em


qualquer ponto da instalação, a tensão de contato não seja superior à Tensão de Contato Limite
(UL ). Essa regra é satisfeita pelo desempenho do eletrodo de aterramento, equipotencialização e
seccionamento automático da alimentação.

A ligação equipotencial principal deve reunir os seguintes elementos:

 condutor (es) de proteção principal (is);

 condutores de equipotencialização principais ligados a canalizações metálicas de utilidades


e serviços, elementos metálicos da construção e a todos os demais elementos condutores
estranhos à instalação;

 condutor (es) de aterramento;

 condutor (es) de proteção;

 condutor neutro, se disponível;

 eletrodo (s) de aterramento de outros sistemas (por exemplo, de sistemas de proteção


contra descargas atmosféricas etc.);

 blindagens, armações, coberturas, capas metálicas e condutos das linhas externas, quando
metálicos;

O aterramento embutido das estruturas da instalação deve ser ligado aos elementos condutivos
embutidos (armadura de concreto armado, demais estruturas metálicas embutidas, ferragens

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 48 – 84


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estruturais, condutos forçados de revestimento metálico, caixa espiral das turbinas, revestimentos
do poço da turbina, tubulações, dutos metálicos, outras partes metálicas em contato com a água,
por exemplo). As partes condutoras expostas tais como, ferragens aparentes, quadros de tampas,
guias, grades, suportes, chapas metálicas, deverão ter seus chumbadores conectados às ferragens
das estruturas, através de solda elétrica, pelo menos em 02 (dois) pontos distintos.

Por razões funcionais ou pelo provimento da medida de proteção por equipotencialização, as


partes condutivas acessíveis (massas) devem ser solidamente ligadas ao sistema de aterramento
via condutores de proteção, exceto aquelas massas de componentes classe II, circuitos separados
e massas de equipamentos classe III alimentados por fonte SELV.

Todas as massas situadas na mesma edificação, simultaneamente acessíveis ou protegidas por


um mesmo dispositivo por seccionamento automático devem estar vinculadas a um mesmo
eletrodo de aterramento, sem prejuízo de equipotencializações adicionais que se façam
necessárias, para fins de proteção contra choques e/ou de compatibilidade eletromagnética.

Todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda sua extensão.

Em casos específicos de aterramento de estruturas metálicas de edificações distantes, com


equipotencialização separada daquela principal e for passível de intervenção da equipe de O&M,
deverá ser projetado sistema de aterramento particular dessas estruturas. Ainda nesses casos,
quando previsto, deve ser instalado enlaces de fibra óptica sem revestimento metálico ou enlaces
de comunicação sem fio na interligação por linhas de sinal. Somente se a estrutura demandar
alimentação elétrica, deve ser projetada interligação do sistema de aterramento local com sistema
de aterramento da fonte de alimentação elétrica. Essa interligação deve seguir recomendações
descritas nesta especificação para Interligação das malhas de aterramento.

No caso de uma linha de energia e/ou de sinal que interliga duas edificações, ou para alimentar
estruturas externas à instalação, a vinculação dos revestimentos metálicos destas linhas à
equipotencialização principal pode ser indireta, mediante ligação ao Barramento de
Equipotencialização Local (BEL) mais próximo do ponto em que a linha entra ou sai da edificação
ou mediante ligação direta ao eletrodo de aterramento da edificação (como ilustrado, conceitual e
genericamente, na Figura 1). O barramento BEL de uma edificação deve incluir a armadura do
concreto.

Nas extremidades do poço de visita (manhole) deve ser previsto barramento de terra ao longo do
perímetro de entrada/saída dos cabos (anel em volta do manhole). Deve ser previsto pelo menos
duas ligações desses anéis à malha de aterramento. Esses anéis servirão de elemento integração
de equipotencialização (BEP ou BEL).

Nas galerias de drenagem, para alimentação de equipamentos elétricos fixos, além das opções de
medida de proteção por separação elétrica ou extra baixa tensão, é admitido proteção por
equipotencialização e seccionamento automático, complementada pela realização de
equipotencialização suplementar. Seguir todas demais restrições e disposições para alimentação
dos equipamentos elétricos das galerias de drenagem, conforme item 9.3 ABNT NBR 5410.

Admite-se que os seguintes elementos sejam excluídos das equipotencializações:

 suportes metálicos de isoladores de linhas aéreas fixados à edificação que estiverem fora
da zona de alcance normal;

 postes de concreto armado em que a armadura não é acessível;

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 partes condutivas acessíveis (massas) de componentes que sejam objeto de outra medida
de proteção contra choques elétricos (tais como invólucros metálicos de componentes
classe II, massas de equipamentos objeto de separação elétrica individual e massas de
equipamentos classe III alimentados por fonte SELV), não devem ser ligadas a condutores
de proteção, salvo por razões funcionais e não comprometimento da segurança
proporcionada pela medida de proteção de que são objeto.

 massas que, por suas reduzidas dimensões (até aproximadamente 50 mm x 50 mm) ou por
sua disposição, não possam ser agarradas ou estabelecer contato significativo com parte do
corpo humano, desde que a ligação a um condutor de proteção seja difícil ou pouco
confiável (parafusos, pinos, placas de identificação e grampos de fixação de condutores).

Figura 1: conexão de elementos a equipotencialização

NOTAS

1 – Eletrodo de aterramento (embutido nas fundações)

2 – Armaduras de concreto armado e outras estruturas metálicas da edificação

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3 – Tubulações metálicas de utilidades e serviços, bem como os elementos estruturais metálicos a


elas associados

4 – Condutos metálicos, blindagens, armações, coberturas e capas metálicas de cabos (4.a: linha
elétrica de energia; 4.b: Linha elétrica de sinal)

5 – Condutor de aterramento principal

As verificações previstas nos itens 11.3.4 e 11.3.6 desta Especificação Técnica devem confirmar
efetividade dessas medidas de equipotencialização. Quando os resultados das verificações
previstas nesta Especificação Técnica forem insatisfatórios ou duvidosos deve-se prover uma
equipotencialização suplementar como medida compensatória.

7.7.4.2 Seccionamento automático da alimentação

Um dispositivo de proteção deve seccionar automaticamente a alimentação do circuito ou


equipamento por ele protegido sempre que uma falta (entre parte viva e massa ou entre parte viva
e condutor de proteção) no circuito ou equipamento der origem a uma tensão de contato superior
ao valor pertinente da tensão de contato limite (UL ). O seccionamento automático destina-se a
evitar que uma tensão de contato se mantenha por um tempo que possa resultar em risco de efeito
fisiológico perigoso para as pessoas.

No caso particular dos esquemas IT não é desejável nem imperioso o seccionamento automático
quando da ocorrência de uma primeira falta, desde que R A × Id ≤ UL , onde R A é a resistência do
eletrodo de aterramento das massas e Id é a corrente de falta. Deve ser previsto também um
dispositivo supervisor de isolamento (DSI), com sinal sonoro e/ou visual.

As condições a serem observadas no seccionamento automático da alimentação, incluindo o tempo


máximo admissível para atuação do dispositivo de proteção, são aquelas estabelecidas nos itens
5.1.2.2.4.2, 5.1.2.2.4.3 e 5.1.2.2.4.4 da norma ABNT NBR 5410, para os esquemas de aterramento
TN, TT e IT respectivamente. Para média tensão, atender ao item 5.1.2.2 da ABNT NBR 14039.

Para circuitos de distribuição, bem como para circuitos terminais que alimentem unicamente
equipamentos fixos, são admitidos tempos de seccionamento diferentes daqueles estabelecidos
em norma, mas não superiores a 5𝑠, desde que uma falta nesses circuitos não propague, para
equipamentos portáteis ou equipamentos móveis deslocados manualmente em funcionamento,
uma tensão de contato superior ao valor pertinente de UL .

Nos demais casos, admite-se tempos de seccionamento maiores que os máximos impostos por
uma determinada situação de influência externa, se forem adotadas providências compensatórias
como equipotencialização suplementar e, em casos específicos, também o emprego de dispositivos
a corrente diferencial-residual com corrente diferencial-residual nominal (I∆n ) não superior a 30𝑚𝐴.

7.7.4.3 Isolação dupla ou reforçada

Essa medida pode prover proteção básica e/ou supletiva, simultaneamente. A aplicação desta
medida como única medida de proteção só é admitida se forem tomadas todas as providências
para garantir que eventuais alterações posteriores não venham a colocar em risco a efetividade da
medida. Além disso, não se admite, em nenhuma circunstância, a aplicação da isolação dupla ou
reforçada como única medida de proteção em linhas que incluam pontos de tomada.

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 51 – 84


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Quando o invólucro isolante comportar tampas ou portas que possam ser abertas sem o auxílio de
ferramenta ou chave, deve haver uma barreira isolante que impeça o contato acidental das
pessoas com partes condutivas que, de outra forma, sem a barreira, poderiam se tomar acessíveis
com a abertura da tampa ou porta. Essa barreira deve garantir grau de proteção no mínimo IPXXB
ou IP2X e só pode ser removida com o uso de ferramenta.

Partes condutivas situadas no interior do invólucro isolante não devem ser ligadas a condutor de
proteção. Caso seja necessária a travessia do invólucro isolante por condutores de proteção
integrantes de circuitos destinados a alimentar outros equipamentos, os condutores de proteção em
questão e suas conexões devem ser isolados como se fossem partes vivas e, além disso, suas
conexões devem ser adequadamente marcadas ou identificadas.

Da mesma forma, partes condutivas acessíveis e partes condutivas intermediárias não devem ser
ligadas a condutor de proteção, salvo se isso for solicitado e instruído nas especificações do
equipamento em questão, particularmente por razões que não a proteção contra choques.

O invólucro não deve prejudicar o funcionamento do equipamento por ele protegido.

A previsão de que um circuito elétrico se destina a alimentar equipamento (s) classe II não
dispensa a presença de condutor de proteção, inclusive nos casos em que as linhas elétricas sejam
realizadas segundo o conceito de isolação dupla ou reforçada.

Atender todos demais requisitos descritos na ABNT NBR 5410 para isolação dupla de origem,
isolação dupla provida na instalação ou isolação dupla de linhas elétricas.

7.7.4.4 Separação elétrica individual

A. Requisitos gerais

A precondição de proteção básica, no circuito separado, deve ser assegurada por isolação das
partes vivas e/ou por barreiras ou invólucros, conforme anexo B da ABNT NBR 5410, não se
excluindo também, a isolação dupla ou reforçada. A proteção supletiva deve ser assegurada pelo
preenchimento conjunto das 03 (três) condições seguintes:

 separação entre o circuito objeto da medida (circuito separado) e qualquer outro circuito,
incluindo o circuito primário que o alimenta, na forma de separação de proteção;

 isolação (básica) entre o circuito separado e a terra;

 limitação da carga alimentada (pelo circuito separado) a um único equipamento.

O produto da tensão nominal do circuito separado, em volts, pelo comprimento da linha elétrica que
o constitui, em metros, não deve ser superior a 100000 e o comprimento da linha elétrica não deve
ser superior a 500𝑚.

A fonte de separação e os cuidados pertinentes na realização do circuito separado deve ser


conforme, respectivamente, aos requisitos dos itens 5.1.2.4.3 e 5.1.2.4.4 da ABNT NBR 5410.

As fontes de separação móveis devem ser conforme item 7.7.4.3 desta Especificação Técnica, não
se aplicando para grupos geradores ou outras fontes autônomas.

Se o circuito primário de um transformador de separação fixo for separado do invólucro metálico


através de isolação equivalente à da classe II, não é necessário que o respectivo circuito

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 52 – 84


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secundário seja separado do invólucro pelo mesmo tipo de isolação, desde que o invólucro
metálico do transformador de separação seja ligado à outra massa (ou elemento condutor, se for o
caso), simultaneamente acessível.

Recomenda-se que o circuito separado constitua uma linha elétrica exclusiva, fisicamente separada
das linhas de outros circuitos. Caso seja inevitável o compartilhamento de uma mesma linha
elétrica pelos condutores do circuito separado e de outros circuitos, é imperioso:

 que os condutores do circuito separado sejam isolados para a mais alta tensão nominal
presente;

 que cada circuito seja protegido contra sobrecorrentes;

 que a linha, ou seja constituída por condutores isolados em duto dedicado, fechado e
isolante, em guias separadas nos suportes para cabos, conforme detalhe de montagem n°
19, ou seja constituída por cabo multipolar sem cobertura metálica (compartilhamento das
veias de um cabo multipolar).

As partes condutivas acessíveis (massas) do circuito separado não devem ser ligadas aos
condutores de proteção, às massas de outros circuitos ou à terra.

Nas galerias de drenagem, para alimentação de equipamentos elétricos, fixos ou portáteis, como
lâmpadas, aparelhos de medição e ferramentas, além da opção de medida de proteção por extra
baixa tensão, é admitido proteção por uso de separação elétrica individual.

Nas galerias de drenagem, quando for usada a separação elétrica individual, as fontes de
separação, uma para cada equipamento alimentado, devem ser instaladas fora do compartimento
condutivo. Todas as demais restrições e disposições para alimentação dos equipamentos elétricos
das galerias de drenagem, conforme item 9.3 ABNT NBR 5410, devem ser seguidas.

B. Isolação de cabos de comunicação

Um ou mais dos seguintes dispositivos de isolação pode proteger cabos de comunicação contra
elevações de potencial de altas frequências:

 Unidade de drenagem (reator de drenagem ou reator de drenagem comum) é um


dispositivo indutivo projetado para aliviar surtos de tensão de modo diferencial e de modo
comum pela drenagem correntes perturbadoras à terra.

 Transformadores isoladores para fornecer isolamento longitudinal (modo comum) para a


instalação.

 Transformadores neutralizantes para introdução de tensão em um par de circuitos para se


opor a uma tensão indesejada. Eles neutralizam tensões longitudinais externas resultantes
da elevação do potencial de terra e/ou elevação de tensão por indução longitudinal,
permitindo, simultaneamente, passagem dos sinais.

 Acopladores ópticos (isoladores) para fornecer isolamento usando um caminho óptico de


curto comprimento.

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7.7.4.5 Extra baixa tensão

A proteção contra contatos diretos e indiretos por extra baixa tensão de segurança (SELV), é
utilizada em situações de alto risco. Já a proteção contra contatos diretos e indiretos por extra baixa
tensão de proteção (PELV), é utilizada em situações onde a extra baixa tensão é exigida, ou
preferida, por razões de segurança, mas que não sejam de alto risco. A concepção é similar à do
sistema SELV, porém, nos sistemas PELV, o circuito secundário ou massas podem ser aterrados
em um ponto. A alimentação PELV deve ser utilizada nas galerias de drenagens em usinas.

A tensão nominal do sistema SELV ou PELV não pode exceder o limite superior da faixa 1 da
tabela A.1 do anexo A da ABNT NBR 5410.

Nos sistemas SELV ou PELV a precondição de proteção básica deve ser assegurada por:

 limitação da tensão; ou

 isolação básica ou uso de barreiras ou uso de invólucros.

As partes vivas podem dispensar isolação básica, barreira ou invólucro se:

 a tensão nominal do sistema estiver limitada a aqueles valores previstos no item 5.1.2.5.1
da ABNT NBR 5410;

 as condições de influências externas cuja severidade, do ponto de vista da segurança


contra choques elétricos, não ultrapasse aquela correspondente às situações definidas no
anexo C da ABNT NBR 5410;

 e, no caso de sistemas PELV, as massas e/ou partes vivas cujo aterramento for previsto
estiverem vinculadas, via condutores de proteção, à equipotencialização principal.

A proteção supletiva deve ser assegurada por:

 separação de proteção entre o sistema SELV ou PELV e quaisquer outros circuitos que não
sejam SELV ou PELV, incluindo o circuito primário da fonte SELV ou PELV;

 isolação básica entre o sistema SELV ou PELV e outros sistemas SELV ou PELV; e

 especificamente no caso de sistemas SELV, isolação básica entre o sistema SELV e a


terra.

As massas dos circuitos SELV não devem ser intencionalmente conectadas à terra, a condutores
de proteção, às massas de outros circuitos e/ou à elementos condutivos. Excepcionalmente, se a
conexão a elementos condutivos for uma necessidade inerente à utilização do equipamento
alimentado em SELV e, desde que seja descartado o risco da propagação, para a massa SELV, de
diferença de potencial superior à tensão de contato limite (UL ) válida para a situação de influências
externas pertinente (ver anexo c), as massas dos circuitos SELV podem ser conectadas aos
elementos condutivos do sistema SELV.

Nas galerias de drenagem, para alimentação de equipamentos elétricos, fixos ou portáteis, como
lâmpadas, aparelhos de medição e ferramentas, além da opção de medida de proteção por uso
separação elétrica individual, é admitido proteção por extra baixa tensão. Seguir todas demais
restrições e disposições para alimentação dos equipamentos elétricos das galerias de drenagem,
conforme item 9.3 ABNT NBR 5410.

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 54 – 84


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As partes vivas do sistema SELV nas galerias de drenagem devem ser providas de isolação capaz
de suportar ensaio de tensão aplicada de 500𝑉 durante 1 𝑚𝑖𝑛 ou partes vivas providas de barreiras
ou invólucros com grau de proteção no mínimo IPXXB ou IP2X, conforme anexo B da ABNT NBR
5410. A fonte de segurança deve ser instalada fora do compartimento condutivo.

Se certos equipamentos fixos, tais como aparelhos de medição e de controle, necessitarem de


aterramento funcional, implicando assim o uso de PELV, deve ser realizada uma
equipotencialização envolvendo todas as massas, todos os elementos condutivos no interior do
compartimento e o aterramento funcional.

As fontes SELV/ PELV, a separação de proteção e isolação básica dos circuitos, bem como demais
cuidados pertinentes na realização de sistemas SELV ou PELV devem seguir requisitos do item
5.1.2.5 da ABNT NBR 5410.

As versões móveis das fontes SELV ou PELV devem ser conforme item 7.7.4.3 desta
Especificação Técnica.

Seguir demais prescrições da seção 9 ABNT NBR 5410 para sistemas SELV para demais locais
específicos, tais como compartimento para banho, equipamentos de uso subaquáticos, locais
contendo aquecedores de sauna.

7.7.4.6 Equipotencialização suplementar

A ligação equipotencial suplementar constitui uma medida compensadora, que deve ser realizada
quando as condições de proteção por seccionamento automático da alimentação não puderem ser
atendidas e em todos os casos exigidos pela seção 9 ABNT NBR 5410.

Seu objetivo, entretanto, não é o de reduzir o tempo de atuação do dispositivo, mas sim, o de
reduzir a tensão de contato a um valor não perigoso, ou seja, igual ou inferior à tensão de contato
limite (UL ).

Equipotencialização suplementar pode ser necessária, por exemplo, nos esquemas TN e IT (com
massas interligadas), quando a impedância do percurso da corrente de falta fase-massa é
suficientemente elevada (caso típico de circuitos muito longos), para não permitir a atuação do
dispositivo de proteção no tempo prescrito. Também, para locais específicos, onde o risco de
choque elétrico aumenta, devido à redução da resistência do corpo humano e ao contato com o
potencial da terra, pode-se aplicar equipotencialização suplementar, dependendo das medidas
previstas.

Nas galerias de drenagem, para alimentação de equipamentos elétricos fixos, quando


implementada proteção por equipotencialização e seccionamento automático, deve ser feito
equipotencialização suplementar.

Seguir demais prescrições da seção 9 ABNT NBR 5410 para ligação equipotencial suplementar
para demais locais específicos, tais como compartimento para banho, equipamentos de uso
subaquáticos, locais contendo aquecedores de sauna.

7.7.4.7 Dispositivo diferencial-residual

A instalação de dispositivo DR garante proteção contra choque elétrico por contatos indiretos.
Como o dispositivo DR não atua quando em contato com duas partes vivas de um circuito ou
equipamento, que se encontrem sobre potenciais diferentes, a utilização de tais dispositivos não é

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 55 – 84


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reconhecida como constituindo em si uma medida de proteção completa e não dispensa, em


absoluto, o emprego de uma das medidas de proteção estabelecidas nesta Especificação Técnica.

Dispositivos diferenciais residuais de alta sensibilidade devem ser utilizados como proteção
complementar contra contatos diretos para pontos específicos, tais como compartimento para
banho, circuitos de tomadas que alimentam áreas externas e circuitos que sirvam a pontos de
tomada situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral,
em áreas internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens, conforme item 5.1.3.2 da ABNT
NBR 5410. Nesses casos, dispositivos DR de alta sensibilidade garantem proteção em eventual
falha de outros meios de proteção e de descuido ou imprudência do usuário. Dispositivos
diferencial-residual de alta sensibilidade são aqueles que possuem corrente diferencial residual
nominal (I∆n ) igual ou inferior a 30𝑚𝐴.

Os dispositivos DR podem ser instalados por circuitos terminal, por grupo de circuitos terminais ou
como chave geral da instalação. A proteção dos circuitos protegidos por dispositivo interruptor
diferencial-residual pode ser realizada individualmente, por ponto de utilização ou por circuito ou
por grupo de circuitos.

7.7.5 Proteção contra sobre tensões

Os efeitos das sobre tensões, embora secundários nos equipamentos de potência (eletrotécnicos
ou eletromecânicos), podem causar, com o tempo e a repetição do evento, perda de isolamento e
consequentes problemas de funcionamento dos mesmos e com a segurança das pessoas que os
manuseiam. Os efeitos das sobre tensões para os Equipamentos de Tecnologia da Informação
(ETI), são imediatos, podendo ser traduzido em perda de dados (memória), queima parcial ou total
de seus componentes.

Uma edificação somente poderá ser considerada protegida contra sobre tensões se estiver provida
de instalação correta do eletrodo de aterramento, equipotencialização principal e local, instalação e
coordenação de Dispositivos de Proteção Contra Surtos.

O esquema de aterramento IT reduz sobre tensões e amortece as oscilações de tensão.

7.7.5.1 Sobre tensões temporárias

As medidas de proteção recomendadas pela norma ABNT NBR 5410 são:

 selecionar dispositivos e equipamentos da instalação elétrica de forma que sua tensão


nominal seja pelo menos igual ao valor da tensão nominal entre fases.

 Em instalações segundo o esquema TT, deve-se verificar se as sobre tensões temporárias


provocadas pela ocorrência de falta à terra na média tensão são compatíveis com a tensão
suportável à frequência industrial dos componentes da instalação BT ou seja:

𝑅 × 𝐼𝑚 ≤ 250𝑉, quando tempo atuação proteção primária da subestação≥ 5𝑠;

𝑅 × 𝐼𝑚 ≤ 1200𝑉, quando tempo atuação proteção primária da subestação≤ 5𝑠;

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7.7.5.2 Sobre tensões transitórias

Os Dispositivos de Proteção Contra Surtos (DPSS ) se destinam a prover proteção contra sobre
tensões transitórias nas instalações, cobrindo tanto as linhas de energia quanto as linhas de sinal.

Devem ser instalados dispositivos de proteção contra surtos (𝐷𝑃𝑆), ou outros meios que garantam
uma atenuação das sobre tensões no mínimo equivalente, nos seguintes casos:

 diretamente nos terminais das bobinas dos relés de proteção e controle em corrente
alternada, com potência consumida superior à 3𝑊, para suprimir surtos advindos do próprio
chaveamento das correntes dessas bobinas.

 Em pontos de transição de nível de isolamento de equipamentos ou dispositivos.

 Em circuitos de energia e sinal que alimentam equipamentos sensíveis, ao longo da


instalação interna, quanto não possuírem proteção incorporada.

 Nos quadros de iluminação de linhas externas.

 Nas linhas de energia, quando a edificação da instalação for alimentada (ou incluir ela
própria) linha de energia total ou parcialmente aérea, e se situar em região sob condições
de influências externas 𝐴𝑄2 (𝑐𝑜𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑒 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 15 𝑁𝐵𝑅 5410).

 Nas linhas de energia, quando a edificação se situar em região sob condições de influências
externas 𝐴𝑄3 (𝑐𝑜𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑒 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 15 𝑁𝐵𝑅 5410), necessário projeto de SPDA.

 Em toda linha metálica, externa, de sinal (telefonia, de comunicação de dados, de vídeo,


antenas ou qualquer outro sinal eletrônico), nos pontos de entrada e/ou saída das
edificações, conforme especificado nesta Especificação Técnica.

Os pontos de entrada e/ou saída das edificações em linha de sinal corresponde ao conceito de
Ponto de Terminação de Rede (PTR) especificado nas ABNT NBR 13300 e ABNT NBR 14306. A
referência de equipotencialização para conexão do 𝐷𝑃𝑆, dependendo da configuração de
instalação, pode ser pelo BEP, BEL, barra de terra do DG/ DGO, barra PE ou até massa do
equipamento.

Para suprimir surtos advindos do próprio chaveamento das correntes nas bobinas dos relés de
proteção e controle em tensão contínua, deve ser instalado diodos diretamente nos terminais
dessas bobinas.

7.7.5.3 Suportabilidade às sobre tensões transitórias

Os dispositivos, cabos, equipamentos e demais componentes da instalação devem ser


selecionados de modo que o valor nominal de sua tensão de impulso suportável informada pelo
fabricante seja igual ou superior ao prescrito pela norma do produto em questão, devendo ainda ser
superior à 1,6𝑥 (𝑢𝑚 𝑣í𝑟𝑔𝑢𝑙𝑎 𝑠𝑒𝑖𝑠 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠) daqueles valores indicados na
𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 31 𝑑𝑎 𝐴𝐵𝑁𝑇 𝑁𝐵𝑅 5410 e valores indicados na 𝐴𝐵𝑁𝑇 𝑁𝐵𝑅 6939. Os demais valores devem
estar em concordância com este nível de solicitação.

Os valores indicados nas normas citadas estão baseados nos componentes e equipamentos da
instalação enquanto novos. Por isso, caso não seja feita nenhuma outra observação adicional, a
seleção desses equipamentos em relação ao seu Nível Básico de Isolamento (NBI) seja feita a

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partir de valores reajustados entre 60% e 70% daqueles indicados em norma. Essa opção garante
a longevidade da confiabilidade do funcionamento dos mesmos.

7.7.6 Proteção contra perturbações eletromagnéticas

7.7.6.1 Equipotencialização por dispositivo tipo curto circuitante

A equipotencialização compõe um conjunto de medidas de proteção contra Influências


eletromagnéticas. No caso de linhas de sinal, quando a conexão da blindagem ou capa metálica à
equipotencialização (BEP ou BEL) puder suscitar ruído ou corrosão eletrolítica, essa conexão pode
ser efetuada com a interposição de 𝐷𝑃𝑆, capacitor adequado ou um varistor supressor de picos.
Esse dispositivo de proteção deve ser do tipo curto circuitante que apresenta uma alta impedância
na ausência de surto, que é bruscamente reduzida a um valor baixo em resposta a um surto.
Sendo assim, o elemento a ser equipotencializado somente o será no momento em que realmente
for necessária essa equipotencialização.

Prever utilização de dutos e suportes de cabos metálicos. Naqueles dutos dedicados aos cabos de
comunicação deve-se prever revestimento metálico.

7.7.6.2 Condutores de aterramento em paralelo às vias de cabos

Toda linha metálica de sinal que interligue edificações deve dispor de condutor de
equipotencialização paralelo, acompanhando todo seu trajeto, sendo esse condutor conectado às
equipotencializações, de uma e de outra edificação, às quais a linha de sinal se acha vinculada.

Para controle de interferências, bem como minimizar danos em cabos e equipamentos devidos
fenômenos de sobre tensões e transitórios provenientes de eventuais faltas nos sistemas, deve ser
instalado 01 (um) condutor de aterramento, de cobre nu, ao longo da extensão das vias de cabos,
com mesmas características aos condutores do sistema de aterramento embutido. Esse condutor
deve ser instalado no nível dos cabos de proteção, controle, instrumentação, medição e
comunicação; por cima desses circuitos.

Para controle de interferências, bem como minimizar danos em cabos e equipamentos devido a
eventuais fenômenos transitórios de alta energia (descargas atmosféricas e faltas em sistemas de
alta tensão), deve ser instalado no mínimo 02 (dois) condutores de aterramento, de cobre nu, ao
longo da extensão das canaletas, externamente às canaletas, o mais próximo possível do
encaminhamento. Ao longo da extensão de banco de dutos, deve-se proceder com mesmo
cuidado, instalando 02 (dois) condutores paralelos na borda superior dos condutos superiores do
banco de dutos. Esses condutores de interceptação de campos irradiados serão embutidos
diretamente no solo, a cerca de 0,80𝑚 (oitenta centímetros) de profundidade, um de cada lado do
encaminhamento, e o mais próximo possível desses. Os condutores de interceptação deverão ser
conectados à malha de aterramento do sistema em diversos pontos.

Todos os cabos com blindagem aterrada em ambos terminais devem ter, em sua proximidade e em
paralelo, no mínimo, 02 (dois) condutores de aterramento de cobre nu para transporte de maior
parte da corrente de falta, protegendo circuito de blindagens.

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7.8 Quadros e cubículos


Nos quadros e cubículos, quando forem instalados lado a lado, formando uma linha interligada,
deve-se prever no mínimo 02 (dois) rabichos de aterramento duplo para aterramento do conjunto,
em ambos os extremos.

Os terminais de terra dos dispositivos, supressores de surto, invólucros, barras de aterramento e


outras partes metálicas dos quadros e cubículos deverão ser convenientemente interligados ao
sistema de aterramento da instalação. Os supressores de surto devem ser instalados o mais
próximo possível dos flanges de entrada nos quadros e cubículos. O condutor de aterramento dos
supressores de surto deve percorrer o menor trajeto possível até a barra de aterramento do painel,
conforme especificado no item 7.9 desta Especificação Técnica.

A barra de cobre para aterramento (barra PE) deve ser instalada no ponto de chegada dos cabos,
sendo disposta ao longo dos flanges de entrada, inclusive dos condutores com blindagem. Essa (s)
barra (as) de aterramento deverá (ão) ser conectada (s) à carcaça do painel e também ao sistema
de aterramento da instalação através de rabicho de aterramento dedicado. O rabicho de
aterramento da barra PE não deverá ter grande comprimento internamente ao painel. As
blindagens dos cabos blindados serão também conectadas à essa barra PE.

Nos quadros e cubículos as dimensões mínimas das barras PE devem ser de 6,3𝑚𝑚 (seis vírgula
três milímetros) por 25,4𝑚𝑚 (vinte e cinco vírgula quatro milímetros). O dimensionamento da barra
PE deve ser comprovado por memória de cálculo específica. Todas as barras PE devem ser
aparafusadas de modo a assegurar um bom contato elétrico.

Nas extremidades de todas as barras PE dos quadros e cubículos, deverão ser fornecidos
conectores apropriados para conexão dos condutores de aterramento, de proteção e de
equipotencialização previstos. Além disso esses conectores deverão compreender conexões para
condutores entre 25,0𝑚𝑚2 a 70,0𝑚𝑚2 (vinte e cinco a setenta milímetros quadrados).

Todos os barramentos de energia dos quadros e cubículos devem ser equipados para aterramento
temporário. Os dispositivos para aterramento tais como pino bola e chaves seccionadoras com
lâminas de terra, devem seguir as prescrições para aterramento temporário desta Especificação
Técnica.

Portas e partes móveis dos quadros e cubículos deverão ser interligadas ao invólucro através de
cordoalhas de aterramento (aterramento de elementos móveis ou sujeitos a vibração).

Para aterramento de gavetas extraíveis dos Centros de Distribuição de Cargas (+𝐶𝐷𝐶𝐴/ +𝐶𝐷𝐶𝐶) e
Centro de Controle de Motores (+𝐶𝐶𝑀), deverão ser fornecidas gavetas com dispositivo de
aterramento temporário (modelo ATR15508-1 do fabricante Ritz do Brasil ou equivalente) de forma
a possibilitar o aterramento de suas barras de entrada e de distribuição. Estas gavetas deverão ser
compatíveis com as gavetas das entradas destes quadros, de modo que o aterramento seja feito
pelos compartimentos das mesmas. O dispositivo de aterramento das gavetas deve seguir as
prescrições para aterramento temporário desta Especificação Técnica.

Quando o invólucro isolante comportar tampas ou portas que possam ser abertas sem o auxílio de
ferramenta ou chave, deve haver uma barreira isolante que impeça o contato acidental das
pessoas com partes condutivas que, de outra forma, sem a barreira, poderiam se tomar acessíveis
com a abertura da tampa ou porta. Essa barreira deve garantir grau de proteção no mínimo IPXXB
ou IP2X e só pode ser removida com o uso de ferramenta.

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7.9 Dispositivos de proteção contra surtos (DPS)

7.9.1 Proteção em linhas de energia

Deve ser previsto pelo CONTRATADO, eventual proteção complementar de modo diferencial
(conexão 𝐷𝑃𝑆 entre condutores vivos) além da proteção de modo comum descrita abaixo.

Quando o objetivo for a proteção contra sobre tensões de origem atmosférica transmitidas pela
linha externa de alimentação, bem como a proteção contra sobre tensões de manobra, os DPSS
devem ser instalados junto ao ponto de entrada da linha na edificação ou no respectivo quadro,
localizado o mais próximo possível do ponto de entrada. Quando o objetivo for a proteção contra
sobre tensões provocadas por descargas atmosféricas diretas sobre a edificação ou em suas
proximidades, os DPSS devem ser instalados no ponto de entrada da linha na edificação. Nos casos
previstos para instalação no ponto de entrada da linha na edificação, essa deve ser executada
tendo sempre como referência o barramento de equipotencialização principal (BEP). No caso de
instalação nos quadros, a referência deve ser a barra PE dos quadros. DPSS instalados na entrada
da linha na edificação ou dos quadros são considerados proteção de primeiro nível.

A suportabilidade à sobre tensões temporárias do 𝐷𝑃𝑆 deve atender os ensaios pertinentes


especificados na IEC 61643-1. Os DPSS para proteção de linhas de energia devem ser
selecionados com base no mínimo nas características de nível de proteção, a máxima tensão de
operação contínua, a suportabilidade à sobre tensões temporárias, a corrente nominal de descarga/
corrente de impulso e a suportabilidade à corrente de curto-circuito.

O nível de proteção (Up ) é o nível de impulso de tensão que os DPSS suportam em determinada
condição de tensão nominal da instalação (suportabilidade a impulsos). O nível de proteção (Up )
de modo comum deve ser compatível com a categoria II indicada na 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 31 𝑑𝑎 𝑁𝐵𝑅 5410. Esse
nível é selecionado conforme suportabilidade a impulsos do(s) equipamento(s) protegido(s), ou
seja, Up igual ou menor que a máxima sobre tensão suportada pelo circuito ou dispositivo
protegido. Quando o nível de proteção exigido não puder ser atendido com um só conjunto de 𝐷𝑃𝑆,
devem ser providos 𝐷𝑃𝑆𝑆 suplementares (ou 𝐷𝑃𝑆𝑆 de segundo nível, conectados junto aos
equipamentos). Os DPSS adicionais bem como aqueles para proteção complementar devem ter o
nível de proteção menor.

DPSS com Up = 1,5kV satisfazem condições de proteção para equipamentos mais robustos. No
entanto, para a proteção de equipamentos mais sensíveis o nível de proteção deve ser inferior
(Up ≤ 600V). Proteção diferencial, devem ter um nível de proteção menor

A máxima tensão de operação contínua (UC ) é o valor de tensão de operação do 𝐷𝑃𝑆 determinado
em função do esquema de conexão e do esquema de aterramento da instalação conforme
𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 49 𝑑𝑎 𝑁𝐵𝑅 5410, devendo levar em conta também a probabilidade de sobre tensões
temporárias no ponto em questão e sua magnitude, conforme item 5.4.1.1 da ABNT NBR 5410.

A capacidade do 𝐷𝑃𝑆 de suportar a corrente de um surto deve ser especificada de acordo com a
finalidade do sistema de proteção em questão:

 Os 𝐷𝑃𝑆𝑆 destinados à proteção contra sobre tensões de origem atmosférica transmitida pela
linha externa de alimentação e contra sobre tensões de manobra devem ser selecionados
pela corrente nominal de descarga (𝐼𝑛 ).

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 Os 𝐷𝑃𝑆𝑆 destinados à proteção contra sobre tensões provocadas por descargas


atmosféricas diretas sobre a edificação ou em suas proximidades, devem suportar a
corrente de impulso (𝐼𝑖𝑚𝑝 ).

 Os DPSS destinados para proteção em ambos os eventos acima, devem simultaneamente


atender aos critérios de 𝐼𝑛 e 𝐼𝑖𝑚𝑝 .

A especificação mínima para correntes nominal de descarga (𝐼𝑛 ) e correntes de impulso (𝐼𝑖𝑚𝑝 )
alínea ‘d’, item 6.3.5.2.4 da ABNT NBR 5410. A corrente nominal (𝐼𝑛 ) é o valor de corrente que o
𝐷𝑃𝑆 deve suportar e atuar normalmente, pelo menos 15 vezes. A correntes de impulso (𝐼𝑖𝑚𝑝 ) é o
valor de corrente que o 𝐷𝑃𝑆 suporta por 1 única vez. Para referência de método de realização e de
ensaios da corrente de impulso (𝐼𝑖𝑚𝑝 ), ver item 11.1.2 desta Especificação Técnica.

A suportabilidade às correntes de curto-circuito do 𝐷𝑃𝑆 ou capacidade de interrupção de corrente


subsequente, quando o 𝐷𝑃𝑆 incorporar centelhador (es), deve ser igual ou superior à corrente de
curto-circuito presumida no ponto de sua instalação. Caso ocorra uma falha interna no 𝐷𝑃𝑆, por
exemplo, um curto-circuito interno, o mesmo deve ser protegido contra as sobre correntes por um
fusível ou disjuntor magnético adequadamente selecionado. Para os DPSS eventualmente
conectados entre neutro e PE (ver esquema de conexão figura 13 da NBR 5410), a capacidade de
interrupção de corrente subsequente deve ser de no mínimo 100𝐴, em esquema TN ou TT, e deve
ser a mesma dos DPSS conectados entre fase e neutro, no caso de esquema IT. Para alternativas
de arranjo com dispositivos de proteção contra sobre correntes, priorizando continuidade de serviço
ou continuidade da proteção, ver 6.3.5.2.5 da NBR 5410.

Quando Dispositivos de Proteção Contra Surtos (𝐷𝑃𝑆𝑆 ) de segundo nível forem utilizados (em
pontos internos, junto aos equipamentos sensíveis) esses devem ser especificados de forma a
atuarem de forma coordenada (proteção em cascata). No caso da ocorrência de um surto, os 𝐷𝑃𝑆𝑆
instalados junto às cargas sensíveis, com tempo de operação mais rápido, atuam primeiro e
drenam parte da energia do surto. Os DPSS mais lentos, porém com maior capacidade energética,
atuam drenando a maior parte da energia do surto para a terra. Este modelo de conexão dos 𝐷𝑃𝑆𝑆
em cascata, de forma coordenada, pode ter vários estágios de atuação. Os fabricantes de 𝐷𝑃𝑆𝑆
devem fornecer, em sua documentação, instruções claras e suficientes sobre como obter
coordenação entre os 𝐷𝑃𝑆𝑆 dispostos ao longo da instalação.

A ligação dos terminais terra dos 𝐷𝑃𝑆𝑆 deve ser a mais curta e reta possível. Esses condutores de
proteção, de conexão dos DPSS ao BEP ou barra PE, devem ter o trajeto mais curto possível (≤
0,5𝑚) e com o mínimo de curvas ou laços.

Toda a corrente em alta frequência é influenciada pela componente complexa (indutiva ou


capacitiva) do condutor elétrico. Neste caso, a corrente do surto se comporta como se o condutor
fosse uma bobina. Caso os condutores de ligação do 𝐷𝑃𝑆 tenham comprimento maior daquele
especificado acima, a dissipação de energia em Joules irá aumentar, pois o tempo que a corrente
levará para chegar até o elemento de equipotencialização será maior. Esse aumento de energia
poderá produzir uma quantidade de calor prejudicial aos equipamentos, fazendo com que se
danifiquem ou atuem indevidamente, prejudicando inclusive o próprio 𝐷𝑃𝑆.

Em termos de seção nominal, o condutor das ligações DPSS ao sistema de aterramento deve ter
seção de no mínimo 4𝑚𝑚2 em cobre. Quando esse 𝐷𝑃𝑆 for destinado à proteção contra
sobretensões provocadas por descargas atmosféricas diretas sobre a edificação ou em suas
proximidades, a seção nominal do condutor dessas ligações deve ser de no mínimo 16𝑚𝑚2 em
cobre.

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Para efeito dos esquemático de arranjo (dependendo do esquema de aterramento) e demais


particularidades, atender ao descrito no item 6.3.5.2 da ABNT NBR 5410.

7.9.2 Proteção em linhas de sinal

Os DPSS requeridos para proteção das linhas de sinal devem ser conectados entre as linhas de
sinal e a referência de equipotencialização mais próxima. Nesta Especificação Técnica estão
previstos somente DPSS destinados à proteção de linhas de telefonia em par trançado ou aqueles
destinados para vinculação da blindagem ou capa metálica de um cabo de sinal à referência de
equipotencialização. Proteção de outros tipos de linha de sinal deve ser objeto de estudo
específico.

No caso de linha de sinal originária da rede pública de telefonia, o 𝐷𝑃𝑆 deve ser localizado no
Distribuidor Geral (DG) da edificação. No caso de linha de sinal externa, originária de outra rede
pública que não a de telefonia, o 𝐷𝑃𝑆 deve ser localizado junto ao BEP. No caso de linha de sinal
que se dirija a outra edificação ou a construções anexas à instalação e, ainda, no caso de linha de
sinal associada a antena externa ou a estruturas no topo da edificação, o 𝐷𝑃𝑆 deve ser localizado
junto ao BEL mais próximo (eventualmente, junto ao BEP quando o ponto de saída ou entrada de
tal linha de sinal se situar, coincidentemente, próximo ao BEP).

A suportabilidade à sobre tensões temporárias do 𝐷𝑃𝑆 deve atender os ensaios pertinentes


especificados na IEC 61643-21. Os DPSS para proteção de linhas de sinal devem ser selecionados
com base no mínimo nas características de tipo, tensão de disparo C.C., tensão de disparo
impulsiva, corrente de descarga impulsiva, corrente de descarga C.A e proteção de sobre corrente.

Quando o objetivo for a proteção de linhas de telefonia em par trançado, os DPSS devem ser do tipo
curto circuitante, simples ou combinado (incorporando limitador de sobre tensão em paralelo). O
valor da Tensão de Disparo C.C. deve ser de no máximo 500𝑉 e no mínimo 200𝑉, quando a linha
telefônica for balanceada aterrada, ou 300𝑉, quando a linha telefônica for flutuante. O valor da
tensão de disparo impulsiva do 𝐷𝑃𝑆 deve ser de no máximo 1𝑘𝑉. A corrente de descarga impulsiva
do 𝐷𝑃𝑆 deve ser de no mínimo 5𝑘𝐴, quando a blindagem da linha telefônica for aterrada, e de no
mínimo 10𝑘𝐴 quando a blindagem não for aterrada. O valor da corrente de descarga C.A. do 𝐷𝑃𝑆
deve ser de no mínimo 10𝐴. Em regiões críticas sob o ponto de vista da intensidade dos raios, é
recomendado valores maiores tanto para corrente de descarga impulsiva quanto para corrente de
descarga C.A. Quando a linha telefônica for balanceada aterrada ou for flutuante, o 𝐷𝑃𝑆 deve
incorporar protetor de sobre corrente, com corrente nominal entre 150𝑚𝐴 e 250𝑚𝐴.
Especificamente para linha telefônica flutuante, o 𝐷𝑃𝑆 pode incorporar ou não protetor de sobre
corrente.

Quando a blindagem ou capa metálica de uma linha de sinal for conectada diretamente ou por
interposição de 𝐷𝑃𝑆 à equipotencialização, os DPSS devem ser do tipo curto circuitante, com tensão
disruptiva C.C. entre 200𝑉 e 300𝑉, corrente de descarga impulsiva de no mínimo 10𝑘𝐴 (8/20𝑚𝑠) e
corrente de descarga C.A. de no mínimo 10𝐴 (60𝐻𝑧/1𝑠).

DPSS do tipo curto circuitante (falha segura) devem incorporar uma proteção contra
sobreaquecimento curto-circuitando a linha de sinal com a terra.

A ligação dos terminais terra dos 𝐷𝑃𝑆𝑆 deve ser a mais curta e reta possível. Esses condutores de
proteção, de conexão dos DPSS ao BEP ou barra PE, devem ter o trajeto mais curto possível (≤
0,5𝑚) e com o mínimo de curvas ou laços.

Para demais particularidades, atender ao descrito no item 6.3.5.3 da ABNT NBR 5410.

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7.10 Dutos metálicos


Nas extremidades dos dutos metálicos deverão ser usadas buchas com terminal para aterramento.
O aterramento específico poderá ser dispensado quando o duto estiver eletricamente conectado a
elementos condutivos embutidos. Nas redes de dutos, o aterramento deverá ser feito de modo a
assegurar que todos os trechos estejam conectados ao sistema de aterramento em pelo menos 2
pontos distintos.

Nas linhas externas, eletrodutos metálicos devem ser utilizados para integração à
equipotencialização nos pontos de entrada de condutores e utilidades. Para tal, esses eletrodutos
devem seguir seguintes especificações mínimas:

 fabricados com um dos materiais prescritos na ABNT NBR 5419-3, Tabela 6

 os eletrodutos estejam equipotencializados, conforme prescrito na ABNT NBR 5419-3, itens


6.2.2. a) e 6.2.2. b)

 os condutores de ligação para equipotencialização dos eletrodutos com características


indicadas na ABNT NBR 5419-3, item 6.2.3.

 as áreas das seções dos eletrodutos (𝑆𝐶 ) superiores ou iguais à seção mínima (𝑆𝐶𝑚í𝑛 ),
avaliada de acordo com ABNT NBR 5419-3, Anexo B

 as espessuras mínimas dos eletrodutos conforme ABNT NBR 5419-3, Tabela 3

7.11 Suportes metálicos de cabos


O condutor de aterramento previsto ao longo das vias de cabos deve ser fixado de 2,00𝑚 em 2,00𝑚
(dois em dois metros). Esse condutor deverá ser conectado ao sistema de aterramento em vários
pontos, em intervalos regulares. Onde o sistema de bandejas de cabos possuir mais de um nível, o
aterramento desses níveis deverá ser feito a partir de condutores de equipotencialização.

7.12 Banco de dutos


Os condutores de aterramento disposto ao longo das canaletas ou dos bancos de dutos devem ser
utilizados para aterramento dos componentes metálicos eventualmente presente tais como tampas
de caixas de passagem (handhole).

Sempre que viável, para melhor controlar as tensões de toque nas caixas de passagem,
recomenda-se que um cabo, com as mesmas especificações para aterramento embutido, na forma
de anel, seja instalado ao redor de cada caixa de passagem. Esse anel deverá ser interligado aos
condutores de aterramento do banco de dutos.

Sempre que possível, para proteção adicional contra tensões transitórias irradiadas, deve ser
prevista utilização de dutos com blindagem condutora para dutos do banco de dutos.

7.13 GMG
A base metálica do GMG deve prever conectores apropriados para conexão dos condutores de
aterramento, de proteção e de equipotencialização previstos. Além disso esses conectores deverão
compreender conexões para condutores entre 25,0𝑚𝑚2 a 70,0𝑚𝑚2 (vinte e cinco a setenta
milímetros quadrados). Todos as partes condutoras expostas do GMG sujeitas à toques (quadro(s)

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de controle e proteção, suporte do tanque de combustível, estante de baterias, por exemplo)


deverão estar firmemente interligadas à sua base.

7.14 Seções mínimas para aterramento das estruturas


O Quadro 8 a seguir apresenta estruturas específicas e número de pontos mínimos de aterramento
e seção mínima do condutor de aterramento.

Nº de Seção1
ESTRUTURA DA INSTALAÇÃO
Pontos (𝒎𝒎𝟐 )
Neutro de transformadores elevadores – condutor na barra de aterramento1, 3 2 120

Carcaça dos geradores, pontos de conexão diametralmente opostos. 2 70

Cubículos de proteção, controle e de força, quadros, cabines, etc. 2 70

Disjuntores e chaves seccionadoras4 2 70

Neutro de transformadores elevadores – condutor direto na bucha3, 4 2 70

Pilares e torres, pontos de conexão diagonalmente opostos. 2 70

Tanques de transformadores (principal e auxiliares) e reatores, pontos de conexão


2 70
diagonalmente opostos.

Guias de comportas, stop-logs e de grades 2 50

Tubulação exposta de sistema de proteção contra incêndio (SPCI) 2 50

Invólucros de barramentos blindados de fases isoladas ou segregadas 1 2 x 70

Neutro de transformadores de serviços auxiliares1 1 70

Placas de proteção do operador 1 70

Supressores de surtos (para-raios) de média tensão2 1 70

Tanques dos 𝑇𝐶𝑠 e 𝑇𝑃𝑠 1 70

Tubulação de água industrial exposta5 1 50

Carcaças de motores 1 25

Quadros de controle local e de iluminação 1 25

Supressores de surtos (𝐷𝑃𝑆) de baixa tensão 1 2,5

Corrimãos, guarda-corpos, plataformas de trabalho, passadiços, escadas, portões


CN 70
e postes metálicos

Estruturas suporte, bases de equipamentos e de tanques CN 70

Trilhos para transformadores, pontes rolantes e monovias CN 70

Condutores de aterramento em paralelo às vias de cabos CN 34

Cercas Metálicas6 CN 25

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Nº de Seção1
ESTRUTURA DA INSTALAÇÃO
Pontos (𝒎𝒎𝟐 )
Interligação entre guarda-corpos CN 25
Quadro 8: Número e seções mínimas para aterramento estruturas

LEGENDA:

CN – quantidade de pontos de aterramento de acordo com o equipamento.

NOTAS

1. Seções transversais mínimas, sujeito a confirmação após o cálculo das correntes de curto
circuito do equipamento (devidamente definida em memória de cálculo específica).

2. Para para-raios, deverá existir uma conexão para cada equipamento. Na conexão entre o
para-raios e o contador de descargas (se aplicável), deverá ser empregado cabo isolado para 1𝑘𝑉.
Para todos os para-raios deverá ser instalada uma haste do tipo coperweld entre a descida de cabo
de cobre nu e a malha de aterramento. O cabo deverá ser o mais curto possível e, quando
necessário, as curvas devem ser suaves (principalmente em para-raios de resistência não linear).

3. A barra de neutro do transformador elevador deverá ser conectada a dois pontos distintos da
malha de aterramento.

4. Nos disjuntores e chaves seccionadoras poderão ser adotadas uma conexão por polo ou, nos
equipamentos trifásicos, duas conexões (em posições opostas).

5. A conexão para aterramento das tubulações não deve provocar corrosão galvânica no tubo.

6. Cercas metálicas deverão ser aterradas empregando condutores de cobre nu de 25mm2,


interligados a hastes de aterramento. Trechos de cercas que estejam situadas abaixo de linhas de
alta tensão, caso não estejam no interior de uma área de potencial controlado por malha de
aterramento, eventualmente no caso da subestação, deverão ser descontinuadas, isolando o
trecho em questão, de maneira a não transferir o potencial a áreas vizinhas, em caso de falta fase
terra envolvendo as partes condutoras expostas componentes da cerca.

8 CRITÉRIOS DE PROJETO E INSTALAÇÃO PDA


8.1 Proteção Contra Descarga Atmosférica (PDA)

8.1.1 Equipotencialização

8.1.1.1 Materiais e dimensões

Materiais, dimensões e condições de utilização devem atender aos itens 8.1.3.1 e 8.1.3.2 desta
Especificação Técnica. As seções transversais mínimas para componentes de equipotencialização
são aquelas descrita na ABNT NBR 5419-4, Tabela 1. Para o caso específico de DPS, atender as
prescrições da seção 7 (ABNT NBR 5419-4).

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8.1.1.2 Requisitos gerais para equipotencialização

O barramento de equipotencialização principal (BEP) deve interligar todos os condutores de


serviços, condutores de proteção PE, componentes metálicos dos sistemas internos, conduto
forçado e blindagem magnética. O BEP deve ser instalado tão próximo quanto possível do ponto de
entrada das linhas na edificação (fronteira da ZPR).
O CONTRATADO deve instalar o BEP, ao nível do solo, onde seja possível o acesso fácil para
inspeção, interliga-lo ao sistema de aterramento, através da rota mais curta e retilínea possível. O
BEP é o primeiro nível de coordenação entre barramentos de equipotencialização existentes. O
dimensionamento do BEP deve suportar solicitações físicas (mecânicas e elétricas) às quais será
submetido.
Os DPS para interligação indireta devem ser instalados de tal forma que utilizem as conexões mais
curtas possíveis à barra de equipotencialização e também aos condutores vivos. Após DPS, cabos
ou dutos blindados e diminuição da área do laço deve-se ter cuidado para minimizar efeitos de
indução mútua. Não é necessário equipotencialização no caso de condutores blindados ou dentro
de eletrodutos metálicos, desde que esses eletrodutos e blindagens:
 estejam equipotencializados;
 possuem áreas de seção mínima (𝑆𝐶𝑚𝑖𝑛 ) conforme prescrições da ABNT NBR 5419-3,
Anexo B;
 possuem espessuras mínimas conforme prescrições da ABNT NBR 5419-3, Tabela 3; e,
 sejam com materiais conforme prescrições da ABNT NBR 5419-3, Tabela 6.
Caso houver elementos para equipotencialização entrando na mesma ZPR em diferentes locais, o
CONTRATADO deve disponibilizar um barramento para cada entrada. Esses barramentos devem
ser conectados juntos via barra de equipotencialização em anel (anel condutor).
Malhas de equipotencialização não devem ser utilizadas para corrente de retorno de energia e
sinal, portanto, o condutor PEN deve conectar diretamente no BEP e não deve ser integrado à
malha de equipotencialização.
A equipotencialização no nível do solo para mitigar os riscos de choque elétrico devido tensões de
passo e toque é alcançada pelo aterramento com malhas (ABNT NBR 5419-1, item 8.4.1.3). As
plataformas de operação de equipamentos em subestações (tais como disjuntores,
transformadores, chaves secionadoras) deverão ser metálicas, com conexão à malha de terra e à
parte metálica do equipamento.

8.1.2 Medidas de proteção contra acidentes com seres vivos devido às tensões de
passo e toque

Caso condições de permanência de pessoas, características do subsistema de descida do SPDA


ou resistividade do solo oferecerem risco de choque elétrico para seres vivos, o CONTRATADO
deve prover medidas de proteção como isolação, equipotencialização ao nível do solo, aumento da
resistividade do solo, restrições físicas, avisos visíveis, ligação equipotencial para raios (EB) ou
construção de eletrodo complementar.
A equipotencialização ao nível do solo pode ocorrer por meio de um sistema de aterramento em
malha.
O aumento da resistividade superficial do solo deve atingir valor maior ou igual a 100𝑘Ω. 𝑚. A área
de solo correspondente deve ser limitada à 3𝑚 de distância dos condutores de descida. Uma
cobertura de material isolante, por exemplo, asfalto de 5𝑐𝑚 de espessura, ou uma cobertura de
20𝑐𝑚 de espessura de brita, geralmente reduz os riscos a um nível tolerável.

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Avisos de advertência e/ou restrições físicas tem objetivo de reduzir a frequência de permanência
de pessoas em áreas específicas.
O eletrodo de aterramento reticulado complementar deve ser construído no entorno dos condutores
de descida do SPDA, conforme prescrições da ABNT NBR 5419-3, itens 8.1.2 e 8.2.

8.1.3 Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA)

O Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA) consiste em um sistema externo e


interno de proteção. O sistema externo do SPDA intercepta, conduz e dispersa a corrente de
descarga atmosférica. O sistema interno do SPDA evita o centelhamento perigoso entre os
componentes do SPDA e outros elementos condutores internos à estrutura. Um conjunto de regras
de construção são definidas para quatro classes de SPDA, conforme correspondentes níveis de
proteção (NP). Além disso, efeitos térmicos e/ou mecânicos da corrente de descargas atmosféricas
deverão fazer parte do memorial de cálculo para projeto do SPDA.

8.1.3.1 Materiais e dimensões

Componentes de um SPDA devem suportar os efeitos eletromagnéticos da corrente de descarga


atmosférica e esforços acidentais previsíveis sem serem danificados. Os materiais normalizados,
condições de utilização e seções mínimas estão descritos na ABNT NBR 5419-3, tabelas 5, 6 e 7.
O CONTRATADO deve apresentar detalhes específicos nos desenhos arquitetônicos de
espessura, comprimento e diâmetro do material utilizado.

8.1.3.2 Fixação e conexões

Elementos captores e condutores de descidas devem ser firmemente fixados de forma que as
forças eletrodinâmicas ou mecânicas acidentais (tais como vibrações, expansão térmica) não
causem afrouxamento ou quebra de condutores. A distância máxima entre fixações para tipos dos
condutores deve ser aquela descrita na ABNT NBR 5419-3, item 5.5.2.
Conexões devem ser feitas de forma segura e por meio de solda elétrica ou exotérmica e conexões
mecânicas de pressão (se embutidas em caixas de inspeção) ou compressão. Não são permitidas
emendas em cabo de descida, exceto o conector para ensaios, o qual é obrigatório, a ser instalado
próximo do solo (a altura sugerida é 1,5 m a partir do piso).
Conectores devem ser dimensionados de acordo com os valores da descarga atmosférica dos NP
(ABNT NBR 5419-1) e a análise da divisão das correntes (ABNT NBR 5419-3, Anexo C). Nos
casos de estrutura com risco de explosão, o CONTRATADO deve verificar os tipos de conexões
apropriadas, conforme descrito na ABNT NBR 5419-3, item D.5.1.2.
O CONTRATADO deve garantir um número mínimo de fixações e conexões, bem como
disponibilizar desenhos arquitetônicos para representar, em detalhes, fixações e conexões do
SPDA.

8.1.3.3 Isolação elétrica

O CONTRATADO deve garantir condições de isolação elétrica entre o subsistema de captação ou


de condutores de descida e as partes metálicas estruturais, instalações metálicas e sistemas
internos, conforme prescrições da ABNT NBR 5419-3, item 6.3.
O SPDA projetado para zonas perigosas (com risco de explosão), deve ter seus subsistemas
atuando sem problemas de pontos quentes ou perfuração, com distâncias de segurança e largura

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da malha (𝑊𝑚 ), conforme prescrições referenciadas na ABNT NBR 5419-2, item B.5 e ABNT NBR
5419-3, Anexo D. Ainda, todos os elementos do SPDA externo devem ficar a pelo menos 1𝑚 de
distância da zona de risco (ABNT NBR 5419-3, item D.5.1).
O posicionamento, geometria, distância dos condutores de descida e anéis condutores
intermediários, afetam a distância de segurança, o que exige fornecimento pelo CONTRATADO de
desenhos arquitetônicos em escala para representar instalação de SPDA fornecido.

8.1.3.4 Requisitos gerais para subsistemas SPDA externo

Para subsistemas de captação, os elementos normatizados, características nominais, seu


posicionamento, construção, interligação e equipotencialização devem seguir prescrições da ABNT
NBR 5419-3, item 5.2 e Anexo A.
A utilização de subsistemas de aterramento e descidas naturais deve ser priorizada. O roteamento,
equipotencialização, interligação, posicionamento, quantidade e construção do subsistema de
descida devem seguir prescrições da ABNT NBR 5419-3, item 5.3 e Anexo C. Para subsistema de
aterramento, ver ABNT NBR 5419-3, item 5.4, para arranjo, tipos de eletrodos, comprimentos
mínimos, posicionamento e instalação.
Caso a estrutura de concreto armado for utilizada como SPDA natural, o CONTRATADO deve
comprovar largura das blindagens em forma de grade. Caso considerado outro tipo de blindagem
(SPDA ou estrutura metálica), comprovar espaçamento através de desenhos arquitetônicos. Em
todos os casos, a distância de segurança deve ser evidenciada.
Nos casos de estrutura com risco de explosão, um eletrodo em anel deve ser instalado no
subsistema de aterramento (ABNT NBR 5419-3, item D.3.3).

8.1.3.5 Equipotencialização para fins de proteção contra raios (SPDA interno)

Com objetivo de reduzir as diferenças de potenciais causadas pelas correntes das descargas
atmosféricas, o CONTRATADO deve instalar barramento de equipotencialização do SPDA a fim de
conexão das partes metálicas, sistemas internos, partes condutivas externas e linhas conectadas à
estrutura e que cruzam as fronteiras da ZPR. A ligação ao barramento de equipotencialização será
por condutores de ligação (direto) ou por meio de DPS ou centelhadores (interligação indireta).
Para um SPDA externo isolado, a equipotencialização deve ser efetuada somente ao nível do solo.
A barra de ligação deve ser instalada na base da estrutura (próximo ao nível do solo ou fronteiras
de uma ZPR), a cada 20𝑚 em qualquer direção (horizontal ou vertical) e quando os requisitos de
isolação elétrica (item 8.1.3.3 desta Especificação Técnica) em uma zona não forem atendidos. O
CONTRATADO deve garantir que cada barramento de equipotencialização do SPDA esteja
interligado e coordenado aos outros barramentos de SPDA existentes, estando o BEP situado
sempre no primeiro nível da coordenação.
Quando a equipotencialização é estabelecida com sistemas internos, os efeitos dos surtos devem
ser considerados, devendo o CONTRATADO tomar as providências descritas no item 6.2.2.3 desta
Especificação Técnica para fins de proteção em tais sistemas internos.
No caso de estrutura com risco de explosão. O CONTRATADO deve atender às prescrições da
ABNT NBR 5419-3, item D.3.4 para recomendação de ligação equipotencial, além daqueles
requisitos prescritos na ABNT NBR IEC 60079-14.
O CONTRATADO deve representar nos desenhos arquitetônicos, detalhes de instalação e
conexões às barras de ligação, bem como seu posicionamento dentro do arranjo da edificação.
Valores mínimos dos condutores, materiais, características dos DPS, entre outros, devem estar de
acordo com as prescrições da ABNT NBR 5419-3, item 6.2.

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8.1.4 Medidas de Proteção Contra Surtos (MPS)

As Medidas de Proteção Contra Surtos (MPS) podem ser projetadas para a proteção de sistemas
internos contra surtos conduzidos ou induzidos e/ou para proteção de sistemas internos contra
campos elétrico e magnético irradiados diretamente nos próprios sistemas. Aterramento e
equipotencialização são as precondições para medidas de proteção contra surtos. Utilização de
DPS coordenados, blindagens espaciais, blindagem de condutores, distribuição das correntes de
surto, roteamento das linhas e/ou interfaces isolantes constituem exemplos de medidas de
proteção contra surtos normalmente aplicadas. O SPDA pode contribuir com MPS quando
aumentada sua eficiência, ou seja, com a redução das dimensões da malha e com a seleção de
DPS adequados também às prescrições para MPS.
A blindagem espacial interna, interligada à equipotencialização, é a recomendação inicial para
implantação de MPS. A rede da blindagem deve ter largura máxima de 5𝑚 em qualquer direção.
Os condutores para as blindagens magnéticas devem ter áreas de seção mínima (𝑆𝐶𝑚𝑖𝑛 ), Anexo B,
espessuras mínimas, Tabela 3 e materiais conforme prescrições da Tabela 6 (ABNT NBR 5419-3).
Caso distância de segurança entre as blindagens magnéticas e o SPDA for atendida conforme
prescrições da ABNT NBR 5419-3, item 6.3, ou, nas fronteiras de qualquer ZPR o número de
eventos perigosos devido aos raios para estrutura for desprezível, não é necessário atendimento às
Tabelas 3 e 6 da ABNT NBR 5419-3. Se as características da estrutura não permitirem a
blindagem, recomenda-se que no mínimo um anel condutor na parede externa da estrutura ou zona
seja instalado. Este anel condutor deve ser interligado em cada condutor de descida do SPDA.
Quando a eficácia da blindagem em forma de grade for desprezível, uma MPS importante é a
diminuição da área do laço de circuitos, pela seleção de condutores blindados, pelo roteamento das
linhas em paralelo à blindagem adicional (condutor de cobre nú ou bandejamento metálico,
devidamente interligados à equipotencialização) e instalação de circuitos em configuração radial.
A equipotencialização satisfatória, com largura de malha típica de 5m ou menor, é altamente
recomendada para proteção de sistemas internos sensíveis.
Os sistemas internos dentro das zonas perigosas devem preferencialmente estar protegidos contra
sobre tensões para evitar centelhamentos perigosos (ABNT NBR 5419-2, item C.2, nota 10). Os
DPS devem ser localizados nas fronteiras de uma ZPR. Quando a distância entre o DPS e
equipamento a ser protegido for considerada longa, o CONTRATADO deve consultar as
prescrições da ABNT NBR 5419, parte 1 (Anexos D e E) e parte 4 (Anexo C), para projeto de DPS
adicionais.
Nos casos de estrutura com risco de explosão, dispositivos de proteção contra surtos
preferencialmente devem ser posicionados fora da zona de risco. Quando inseridos dentro das
zonas de risco, devem ser certificados para funcionamento nessa condição (ABNT NBR 5419-3,
item D.5.1.1).
O CONTRATADO deve representar nos desenhos arquitetônicos, com referência do arranjo
eletromecânico da edificação, detalhes de instalação, posicionamento, distâncias envolvidas, de
todas as MPS implantadas.

9 CRITÉRIOS DE PROJETO E INSTALAÇÃO


INFRAESTRUTURA
9.1 Prescrições cabos
A seguir, estão orientadas as características técnicas para os diversos tipos de cabos a serem
instalados de maneira a atender a prescrição dessa ET para todas as áreas da instalação.

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Características técnicas
Condutor isolado (cabo) de energia, formado de um condutor de cobre nu, classe
2, isolação sólida extrudada de borracha etilenopropileno (EPR), com baixa
emissão de fumaça, blindagem em fios de cobre nu, cobertura com base de
composto poliolefínico não halogenado na cor preta, classe de isolamento
8,7/15kV, temperatura 105° graus, conforme Norma ABNT NBR 7286.
formação (1Xseção em mm2)
50mm² 25mm² - - - -
Quadro 9: Características técnicas cabo MT

Características técnicas
Condutor isolado (cabo) de energia, formado de fios de cobre nu, têmpera mole
(recozidos), encordoamento classe 2, isolação e cobertura com base de composto
poliolefínico não halogenado, tensão de isolamento 0,6 /1kV, conformidade com
NBR 13248.
formação (1Xseção em mm2)
400mm² 300mm² 240mm² 185mm² 150mm² 120mm²
95mm² 70mm² 50mm² 35mm² 25mm² -
formação (2Xseção em mm2)
25mm² 16mm² 10mm² 6mm² 4mm² 2,5mm²
formação (3Xseção em mm2)
25mm² 16mm² 10mm² 6mm² 4mm² 2,5mm²
formação (4Xseção em mm2)
25mm² 16mm² 10mm² 6mm² 4mm² -
Quadro 10: Características técnicas cabo de energia

Características técnicas
Condutor isolado (cabo) de controle, formado de fios de cobre nu, têmpera mole
(recozidos), encordoamento classe 2, isolação e cobertura com base de composto
poliolefínico não halogenado, na cor preta, com blindagem, tensão de isolamento
0,75kV, demais características conforme NBR 13248.
formação (n°cabosXseção em mm2)
20X1mm² 12X1mm² 8X1mm² 4X1mm² 2X1mm² -
Quadro 11: Características técnicas cabo de controle com blindagem (0,75kV)

Características técnicas
Condutor isolado (cabo) de controle, formado de fios de cobre nu, têmpera
mole (recozidos), encordoamento classe 2, isolação e cobertura com base de
composto poliolefínico não halogenado, na cor preta, com blindagem, tensão de
isolamento 1kV, demais características conforme NBR 13248.
formação (2Xseção em mm2)
1,0mm² 1,5mm² 2,5mm² - - -
formação (6Xseção em
formação (4Xseção em mm2)
mm2)
1,0mm² 2,5mm² 4,0mm² 6,0mm² 1,5mm² -
formação (8Xseção em mm2)
1,0mm² 1,5mm² 2,5mm² - - -
formação (12Xseção em mm2)

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Características técnicas
1,0mm² 1,5mm² - - - -
Quadro 12: Características técnicas cabo de controle com blindagem (1kV)

Características técnicas
Cabo de instrumentação, com blindagem individual e coletiva, condutor formado
de fios de cobre nu, têmpera mole (recozidos), encordoamento classe 2, isolação
em composto termoplástico com base poliolefínica não halogenada, classe térmica
90ºC, formação do par em veias torcidas com passo de 50 + 10mm. Blindagem
individual e coletiva em fita de poliéster aluminizada. Cobertura externa em
composto termoplástico com base poliolefínica não halogenada, tipo ST2, na cor
preta. Tensão de isolamento 300V. Demais característica conforme NBR 13248.
2PX1mm² 4PX1mm² 4TX1mm² 12TX1mm²
Quadro 13: Características técnicas cabo de instrumentação

NOTAS:

Os valores quantitativos serão definidos durante o projeto executivo por meio de memórias de
cálculo, e deverão ser aprovados pela CONTRATANTE.

9.1.1 Cabo fibra óptica

Fibra Óptica (cabo) de controle a ser instalada em canaletas, eletrodutos embutidos (internos e
externos da Usina) deverá ser fabricada de acordo com as normas ABNT, e apresentar as
seguintes características técnicas:

 Núcleo do cabo gelado.

 Elemento central não metálico.

 Elemento de tração não metálico em fibras sintéticas de aramida e dimensionado para


suportar as tensões mecânicas durante a instalação e proteger o cabo durante a operação e
manutenção do mesmo.

 Identificação das fibras e tubos por código de cores.

 Cabo com tecnologia “core locked” para evitar o alojamento de água e umidade no interior
do cabo.

 Cabo próprio para uso interno e externo (resistentes a raios UV e a água/umidade).

 Proteção contra roedores em fibra de vidro distribuído sob a capa externa.

 Capa externa com características de não propagação e auto extinção do fogo nas cores
azul ou vermelha.

 Gravação externa de identificação do cabo.

Até 2000m de comprimento, os cabos de fibra óptica poderão ser da tecnologia multimodo, acima
dessa distância, deverão ser monomodo.

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9.2 Prescrições tomadas de uso geral e específico


A seguir estão definidos os tipos de tomadas a serem empregadas, instaladas de maneira a
atender todas as áreas da instalação.

 Tomadas monofásicas de uso geral, tipo universal, 16A, 220Vca, 60Hz, 2 pólos + terra,
instaladas a 0,30m do piso acabado nas salas de controle, telecomunicações e demais
salas de apoio.

 Conjunto de tomadas de uso geral, montado em caixa de material plástico resistente,


composto por uma tomada monofásica, tipo universal, 16A, 220Vca, 60Hz, 2 pólos + terra, e
uma tomada trifásica, com bloqueio mecânico, 16A, 380Vca, 60Hz, 3 pólos + terra, instalado
a 0,90m do piso acabado nas áreas industriais internas.

 Conjunto de tomadas de uso geral, montadas no interior de quadro metálico de sobrepor,


composto por uma tomada monofásica, tipo universal, 16A, 220Vca, 60Hz, 2 pólos + terra, e
uma tomada trifásica, com bloqueio mecânico,16A, 380Vca, 60Hz, 3 pólos + terra, instalado
a 0,90m do piso acabado em áreas externas.

 Tomadas trifásicas de uso específico, com carcaça em alumínio, com bloqueio mecânico,
grau de proteção IP 65,125A, 380Vca, 60Hz, 3 pólos + terra, instaladas a 0,90m do piso
acabado, nos acessos ao poço da turbina e tubo de sucção, área de montagem, plataforma
dos transformadores no pátio da subestação, plataforma do pórtico no vertedouro e tomada
d’água.

9.3 Iluminação

9.3.1 Prescrições para lâmpadas e reatores

A seguir são apresentadas as principais características das lâmpadas e reatores, como referência:

 Lâmpadas fluorescentes compactas, com reator incorporado, com potências de 15 ou 23W,


temperatura de cor 4000K, para a iluminação de pequenos recintos e iluminação de
circulação de emergência.

 Lâmpadas fluorescentes tubulares, com potência de 16 e 32W, temperatura de cor 4000K,


para a iluminação normal e de emergência de áreas em geral.

 Lâmpadas de multivapores metálicos tubulares, de 250 ou 400W, temperatura de cor de


5200K, para a iluminação da sala dos geradores.

 Lâmpadas de vapor de sódio de alta pressão tubulares ou ovoides, de 100 ou 250 W,


temperatura de cor de 2000K, para a iluminação de áreas externas.

 Reatores eletrônicos para lâmpadas fluorescentes tubulares, 220V, 60Hz, de alto fator de
potência > 0,95 e baixa distorção harmônica.

 Reator/Inversor de alta frequência para lâmpadas fluorescentes, 24Vcc + 10%.

 Reatores eletromagnéticos para lâmpadas de descarga, para uso integrado, no alojamento


do equipamento auxiliar, no corpo da luminária, 220V, 60Hz, de alto fator de potência >
0,95, com ignitor incorporado.

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9.3.2 Prescrições luminárias

A seguir são apresentadas as principais características das luminárias, como referência:

 Luminárias industriais com refletor em alumínio de alta refletância, equipadas com lâmpadas
do tipo fluorescente, dispositivo antiqueda da lâmpada, reatores eletrônicos de alto fator de
potência e baixa distorção harmônica, destinadas a áreas internas.

 Luminárias industriais a prova de umidade, gases, vapores e pó, com corpo plástico, difusor
em policarbonato e refletor em alumínio de alta refletância, equipadas com lâmpadas do tipo
fluorescente e reatores eletrônicos de alto fator de potência com baixa distorção harmônica,
destinadas a áreas internas com presença de umidade gases vapores ou pó.

 Luminárias para instalação em forro ou plafonier, com refletor em alumínio de alta


refletância e aletas antiofuscamento, equipadas com lâmpadas do tipo fluorescente e
reatores eletrônicos de alto fator de potência com baixa distorção harmônica, para
ambientes onde estejam instalados computadores.

 Luminárias industriais a prova de explosão, equipadas com lâmpadas do tipo fluorescente e


reatores eletrônicos de alto fator de potência com baixa distorção harmônica, destinadas a
sala de baterias.

 Projetores com alojamento para o equipamento auxiliar incorporado, equipados com


lâmpadas de multivapores metálicos tubulares, reatores eletromagnéticos de alto fator de
potência e ignitores, destinados a áreas internas com pé direito elevado tal como a sala de
geradores.

 Projetores com alojamento para o equipamento auxiliar incorporado, equipados com


lâmpadas a vapor de sódio de alta pressão tubulares, reatores eletromagnéticos de alto
fator de potência e ignitores, destinados a áreas externas tais como plataforma dos
transformadores e canal de fuga, vias e acessos, plataformas de pórticos, tomada d’água,
vertedouro e pátio da subestação.
Luminárias com alojamento para o equipamento auxiliar incorporado, montagem de sobrepor em
parede ou em poste metálico, equipadas com lâmpadas a vapor de sódio de alta pressão, reatores
eletromagnéticos de alto fator de potência e ignitores, destinadas a áreas externas tais como
plataforma dos transformadores e canal de fuga, vias e acessos, plataformas de pórticos, tomada
d’água, vertedouro e pátio da subestação.

10 TREINAMENTO
O CONTRATADO deve prever orientação formal para funcionários da CONTRATANTE sobre as
medidas de proteção implantadas. Essa orientação deve informar sobre todas as particularidades
de aterramento, Proteção Contra Descarga Atmosférica (PDA), vias para cabos, condutores e
sistema de iluminação instaladas, abrangendo local de instalação, finalidade e recomendações de
manutenção necessárias.
No casso particular dos sistemas de aterramento, Proteção Contra Descarga Atmosférica (PDA), o
treinamento deve prever também instrução para realização de inspeção periódica para atestar
integridade dos sistemas. Para material didático, o CONTRATADO deve utilizar da documentação
Técnica elaborada (desenhos de planta, memorial descritivo, ITC), podendo, à critério, elaborar
apresentação específica para orientar os treinados.

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 73 – 84


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11 ENSAIOS
Os métodos de ensaio aqui descritos devem ser vistos como métodos de referência. Isso significa
que outros métodos podem ser utilizados, desde que, comprovadamente, produzam resultados não
menos confiáveis.

Se através dos testes (Tipo, Rotina ou Ensaios de campo), vierem a ser detectadas falhas no
equipamento e/ou constatado que o equipamento não atende a todas as exigências constantes
nesta Especificação Técnica, os equipamentos deverão ser modificados, projetados novamente,
refeitos e repetidos ensaios à custa do CONTRATADO até que as falhas sejam perfeitamente
sanadas e/ou todos os requisitos desta Especificação Técnica sejam integralmente atendidos, sem
custo adicional e/ou extensão do prazo de entrega ao CONTRATANTE.

11.1 ENSAIOS DE TIPO


O CONTRATADO submeterá, juntamente à apresentação do projeto executivo, relatórios
certificados dos testes de tipo realizados em equipamentos de mesmo projeto aos que serão
efetivamente fornecidos, efetuados nos últimos 5 anos em laboratório de entidades oficiais ou em
laboratórios próprios na presença de inspetores da CONTRATANTE ou de entidade oficial.

Os ensaios de tipo constantes destes relatórios certificados serão suficientes para comprovar que
os equipamentos a serem fornecidos atendem a todos os requisitos especificados. Se os relatórios
certificados não forem aceitos pela CONTRATANTE, o CONTRATADO realizará outro ensaio para
comprovar que o equipamento atende à especificação.

O CONTRATADO deverá submeter relatórios certificados dos testes de tipo para todos os
materiais, componentes e acessórios que tenham prescrições de Normas Técnicas (eletrodos de
aterramento, conectores, DPS’s, componentes do SPDA, condutores, blindagem, cabos de
aterramento, etc.).

Após a realização dos ensaios de tipo, é obrigatória emissão de certificado pelo fabricante ou por
entidade oficial. À CONTRATANTE está reservado o direito de aceitar ou rejeitar total ou
parcialmente os relatórios certificados apresentados, caso não estejam de acordo com as Normas
Técnicas ou não correspondam ao equipamento tal como especificado.

11.1.1 Ensaio corrente nominal de descarga (𝐈𝐧 ) de um 𝐃𝐏𝐒

O ensaio para determinação da corrente nominal de descarga (𝐈n ) de um DPS é baseada num valor
de crista de corrente, dado em kA, e num valor de carga, dado em coulombs. A forma de onda para
definição de In deve seguir o padrão 8/20μs.

11.1.2 Ensaio corrente de impulso (𝐈𝐢𝐦𝐩 ) de um 𝐃𝐏𝐒

O ensaio para determinação da corrente de impulso (Iimp ) de um DPS é baseada num valor de
crista de corrente, dado em kA, e num valor de carga, dado em coulombs. A onda 10/350μs,
supostamente, representa melhor os valores de pico, carga transferida e energia de um surto
causado por uma primeira/única descarga direta [𝐼𝐸𝐸𝐸 𝐶62.41.2]. Com base nisso, entende-se que
as formas de onda para definição de Iimp devem seguir o padrão 10/350μs.

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11.1.3 Nível de suportabilidade dos componentes

O nível de suportabilidade dos DPS e interfaces isolantes deve estar comprovado por relatórios de
certificados, conforme ensaios previstos na ABNT NBR 5419-1, item E.5. Consultar demais
requisitos de ensaio nas normas ABNT IEC 61643, partes 1 e 22 (sistemas de energia e sinal).

11.1.4 Ensaio para elementos do SPDA

Para os componentes do SPDA, devem ser fornecidos relatórios certificados da simulação aos
efeitos das descargas atmosféricas, conforme condições e parâmetros básicos prescritos na ABNT
NBR 5419-1, anexos C e D.

11.1.5 Conexões em ambientes sujeito à explosão

Conexões por meio de grampos em estrutura com risco de explosão somente são permitidas se
tiverem comprovadas sua suportabilidade às correntes elétricas da descarga atmosférica,
comprovada por ensaios e procedimentos previamente realizados.

11.1.6 Cabos elétricos

Características de não propagação e auto extinção do fogo devem estar devidamente constatadas
pelos ensaios de índice de oxigênio e queima vertical (fogueira).

11.2 TESTES DE ROTINA


Os ensaios de rotina em componentes e materiais realizados durante o processo de fabricação
deverão ser feitos de acordo com as normas aplicáveis e procedimentos usuais do CONTRATADO.
Os procedimentos de controle de qualidade do CONTRATADO deverão ser descritos no projeto,
sendo também apresentados para aprovação da CONTRATADA junto ao projeto executivo.

Quando da realização dos ensaios de rotina nos equipamentos montados, o CONTRATADO deve
colocar à disposição dos inspetores do CONTRATANTE, os relatórios certificados dos ensaios de
TIPO, aceitos pelo CONTRATANTE, referentes aos componentes principais que tenham sido
instalados nos equipamentos. O CONTRATADO deverá comunicar realização dos testes de rotina
com a antecedência mínima definida no Edital de Contrato.

O CONTRATADO deverá submeter relatórios certificados dos testes de rotina para todos os
materiais, componentes e acessórios que tenham prescrições de Normas Técnicas (eletrodos de
aterramento, conectores, DPS’s, componentes do SPDA, condutores, blindagem, cabos de
aterramento, painéis, etc.). O CONTRATADO deverá colocar à disposição dos inspetores da
CONTRATANTE os relatórios certificados dos ensaios de rotina realizados.

Após os ensaios deverá ser verificado se todos os itens que compõem o fornecimento estão
disponíveis e adequadamente embalados para transporte.

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11.3 TESTES DE CAMPO

11.3.1 Geral

Para garantir a segurança e as características exigíveis dos componentes do sistema de


aterramento, para que tenham um desempenho satisfatório, após a instalação dos equipamentos/
sistemas na posição definitiva, os mesmos deverão ser ensaiados em conjunto com os demais
equipamentos buscando avaliação da conformidade da instalação.

O CONTRATADO deve elaborar o documento Instruções para Testes de Campo (ITC) que deverá
ser submetido à aprovação da CONTRATANTE, juntamente à apresentação do projeto executivo.
Esse guia de inspeção deve possibilitar registros de métodos e dados de ensaio, aspectos de
conformidade da instalação e seus componentes, detalhar os testes, comissionamento.

O CONTRATADO deve fornecer documentação de topologia e arranjo do eletrodo de aterramento,


e, juntamente à natureza e resistividade do solo, apresentar método de estudo e aprimoramento da
geometria e das dimensões do subsistema de aterramento (eletrodo), visando minimizar qualquer
sobre tensão potencialmente perigosa.
O CONTRATADO deve realizar medição da resistência de aterramento da instalação e recomendar
adequação para topologia e arranjo dos eletrodos de aterramento, visando melhor dispersão da
corrente de descarga atmosférica para a terra.

Os seguintes testes devem ser realizados, quando pertinentes, e, preferivelmente, na sequência


apresentada:

 inspeção visual das instalações e conexões;

 continuidade dos condutores de proteção, das equipotencializações principal e


suplementares, das blindagens dos cabos e eletrodos de aterramento;

 resistência de isolamento da instalação elétrica;

 resistência de isolamento das partes da instalação objeto de SELV, PELV ou separação


elétrica;

 verificação condições proteção por equipotencialização e seccionamento automático da


alimentação;

 medição da resistência de aterramento das malhas;

 ensaio de tensão aplicada;

 ensaios de funcionamento.

O CONTRATADO deve utilizar equipamentos com rastreabilidade de equipamento padrão e com


certificado de calibração dentro da data de validade, compatível com a data da realização das
medições.

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11.3.2 Inspeção visual

A inspeção visual deve preceder os ensaios e deve ser realizada com a instalação desenergizada,
incluindo no mínimo a verificação dos componentes nos seguintes pontos:

 conformidade com os requisitos de segurança das normas aplicáveis (avaliação da


conformidade do componente, por exemplo, pela marca de conformidade);

 identificação de todos os equipamentos e componentes;

 presença de esquemas, avisos e outras informações similares;

 correta seleção e instalação (conforme normas aplicáveis e o projeto da instalação);

 distâncias relativas à proteção por barreiras ou invólucros, por obstáculos ou pela colocação
fora de alcance;

 medição das distâncias mínimas entre fase e neutro;

 estado de eventuais danos, de modo a restringir sua segurança;

 acessibilidade para operação e manutenção

 desimpedimento de restos de materiais, ferramentas ou outros objetos que venham a


comprometer seu isolamento.

11.3.3 Inspeções das conexões

Deverá ser verificado aperto adequado das conexões, eventuais danos, tais como fissuras, falhas
no acabamento, bem como sua integridade geral.

11.3.4 Ensaio continuidade elétrica (equipotencialização)

Este ensaio deve ser feito para verificar a continuidade ou para confirmar se o condutor está
conectado corretamente. O circuito do cabo precisa ser retirado de serviço durante o teste de
continuidade. O teste de continuidade deve ser feito no revestimento, blindagem, eletrodos de
aterramento, condutores de proteção e nas ligações equipotenciais. Recomenda-se que a fonte de
tensão tenha uma tensão em vazio entre 4𝑉 e 24𝑉, em corrente contínua ou alternada. A corrente
de ensaio deve ser de no mínimo 0,2𝐴.

11.3.5 Ensaio resistência de isolamento da instalação

11.3.5.1 Requisitos genéricos

Os testes de resistência de isolamento devem medir isolamento entre qualquer combinação


possível de condutores vivos do mesmo cabo e entre cada condutor vivo e o potencial terra, com
todos os outros condutores aterrados no referido cabo em medição.

Para testar a resistência de isolamento ("teste de fuga") é utilizado dispositivo com corrente
contínua, megger, com uma corrente de 1𝑚𝐴, capaz de fornecer a tensão de ensaio especificada

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na 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 60 𝑑𝑎 𝑁𝐵𝑅 5410. Normalmente a tensão aplicada é ≥ 50% da tensão de isolamento do


componente em teste. Essa tensão deve ser aplicada durante um minuto. Isolamento em boas
condições deve ter mínima corrente de fuga, sendo que a variação de tensão deve ser ≤ 10% (da
tensão de teste selecionada). A corrente de fuga deve ser estável ou diminuir a partir da leitura
inicial. Desequilíbrios ou aumentos no nível de corrente de fuga indicam deterioração da isolação.
Além disso, a resistência de isolamento deve ser igual ou superior aos valores mínimos
especificados na 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 60 𝑑𝑎 𝑁𝐵𝑅 5410.

Como a magnitude da corrente de fuga é altamente dependente de uma variedade de fatores


(temperatura, umidade, condições do material, comprimento do cabo em teste de isolamento),
essas condições devem ser anotadas em formulário específico para posterior avaliação da
deterioração do cabo ao longo do tempo.

A isolação básica e a separação de proteção implícitas no uso de SELV, PELV ou no uso da


separação elétrica individual devem ser verificadas por medição da sua resistência de isolamento.

Para testes nos condutores, o circuito precisa ser retirado de serviço (equipamentos de utilização
devem estar desconectados). A medição em sistemas SELV, PELV e separação elétrica, sempre
que possível, deve ser efetuada com os equipamentos de utilização conectados. Todos
componentes do circuito devem ser compatíveis com a tensão de ensaio adotada, caso contrário,
deve-se desconectar o componente específico.

Para evitar danos aos dispositivos eletrônicos, quando aplicável, o ensaio deve se limitar apenas à
medição entre o potencial terra, de um lado, e a todos os demais condutores interligados, de outro.

Os elementos fixos à instalação, tais como DPSS incorporados a tomadas de corrente, devem
suportar o ensaio de resistência de isolamento da instalação sem sua desconexão do circuito. Os
elementos tais como DPSS instalados em extensões de tomadas têm outra característica, sendo
que a responsabilidade pelo ensaio do conjunto (neste exemplo de extensão) é do fabricante.

11.3.5.2 Teste de isolação em cabos de instrumentação e controle

Para todos os cabos com nível de isolamento de 600V, uma tensão mínima de 500Vcc é
recomendada para assegurar corretamente a detecção de eventuais problemas. O circuito do cabo
precisa ser retirado de serviço durante o teste, no entanto, qualquer revestimento ou blindagem
deve permanecer no local e aterrado.

11.3.5.3 Teste de isolação nas blindagens dos cabos

Para testar a blindagem do cabo é utilizado dispositivo (megger) para aplicar uma tensão
equivalente, ≥ 50% da tensão nominal do cabo, entre a blindagem e um ponto de terra. A
blindagem deve ser desconectada e isolada do referencial de terra.

11.3.5.4 Teste de isolação cabos de comunicação

Para cabos de comunicação, seguir testes recomendados pelo fabricante.

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11.3.5.5 Teste de isolação em cabos de linhas de energia

Cabos de energia de baixa tensão devem ter resistência de isolamento testada antes de sua
conexão ao terminal do equipamento. Para cabos de energia de média tensão, consultar ensaios
exigidos, dependendo do tipo de construção, de forma preservar integridade do cabo e seus
acessórios durante e após sua instalação.

11.3.6 Teste condições proteção por equipotencialização e seccionamento


automático da alimentação

Basicamente, a medição da impedância do percurso da corrente de falta, resistência dos


condutores de proteção; medição da resistência de aterramento das massas da instalação ou
medição da corrente de primeira falta devem ser verificados, dependendo do esquema de
aterramento adotado (TN, TT ou IT).

Cálculos da impedância do percurso da corrente de falta, da resistência dos condutores de


proteção ou da primeira corrente de falta podem substituir as medições acima, caso esses cálculos
estiverem disponíveis e a disposição da instalação for tal que permita a verificação do comprimento
e da seção dos condutores, bem como conhecimento dos demais parâmetros envolvidos.

Para efeito das providências necessárias, métodos realização e valores aceitáveis das medições,
atender ao descrito no item 7.3.5 da ABNT NBR 5410.

A efetividade da equipotencialização suplementar deve ser verificada assegurando-se que a


resistência (R) entre qualquer massa e qualquer elemento condutivo simultaneamente acessível
atenda à condição R ≤ UL ⁄Ia , onde UL é a tensão de contato limite, em volts, e Ia é a corrente, em
àperes, de atuação do dispositivo de proteção, sendo Ia =
corrente de atuação em 5s para dispositivos à sobre corrente, ou Ia = I∆n , para dispositivos de
proteção a corrente diferencial residual.

11.3.7 Resistividade do solo

O CONTRATADO deve fornecer documentação da natureza e resistividade do solo e, juntamente à


topologia e ao arranjo do eletrodo de aterramento, apresentar método de estudo e aprimoramento
da geometria e das dimensões do subsistema de aterramento (eletrodo), visando minimizar
qualquer sobre tensão potencialmente perigosa.
Os parâmetros dos componentes de risco 𝑅𝐴 e 𝑅𝑈 (ferimentos aos seres vivos devido tensões de
toque e passo) tem influência direta da resistividade do solo e piso. Onde as resistividades
superficiais do solo externo à estrutura forem baixas, o CONTRATADO deve fornecer isolação das
partes vivas expostas, equipotencialização no nível do solo, avisos de advertências e restrições
físicas (conforme item 6.2.2.1 desta Especificação Técnica). No caso de baixas resistividades do
piso interno, o CONTRATADO deve recomendar ligação equipotencial de tubulações e linhas
elétricas que adentram na estrutura, no ponto de entrada.

11.3.8 Ensaio resistência de aterramento (método do terrômetro)

A medição da resistência de aterramento deve ser realizada com corrente alternada, com utilização
do um terrômetro, com certificado de calibração válido e realizado nos últimos 5 anos, dotado de
características tais de modo execução dos critérios abaixo determinados.

CAPÍTULO 05.18 – INFRAESTRUTURA ELÉTRICA PÁG. 79 – 84


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Em esquemas de aterramento TT, A medição da resistência de aterramento pode ser substituída


pela medição da impedância (ou resistência) do percurso da corrente de falta, que representa,
nesse caso, uma alternativa mais conservadora, face a dificuldades práticas na constituição dos
eletrodos auxiliares (caso de centros urbanos, por exemplo).

A interpretação dos resultados de resistência de aterramento da malha em análise será eficaz


quando o patamar de potencial for atingido. Esse patamar de potencial é alcançado após no
mínimo 3 (três) leituras e quando a diferença entre cada leitura e a média aritmética entre elas for
inferior a 10%.

Os terminais de injeção de corrente (C1 ) e de potencial de referência (P1 ) deverão ser interligados e
conectados a um rabicho de aterramento da malha em análise (ponto A Figura 3).

Os eletrodos de prova (hastes) devem estar dispostos ao longo de uma linha reta (eixo de prova),
suficientemente afastados para se atingir o patamar de potencial, ponto de medição da resistência
da malha.

Para fixação da haste 𝐻𝑐 , recomendam-se distâncias mínimas de 40𝑚 (pequenos aterramento) e


100𝑚 (malha de aterramento), sendo que a distância inicialmente recomendada para fixação da
haste 𝐻𝑐 seria de 3 a 4 vezes a maior dimensão linear da malha.

O terminal de medição de potencial (P2 ) deverá ser conectado à haste de medição de potencial
(Hp ), que será posicionada em vários pontos, ao longo do eixo de prova, onde serão coletados os
valores de resistência de aterramento da malha.

Os eletrodos de prova deverão ficar firmemente cravados no solo, sendo que a haste de retorno de
corrente 𝐻𝑐 deverá ter uma profundidade de cravação maior que 0,5𝑚, de modo a assegurar sua
baixa resistência de aterramento. Durante as medições, as hastes de prova devem estar
firmemente cravadas no solo, ainda que para isso seja necessário compactar o solo em volta das
mesmas ou cravá-las a uma profundidade maior do que 0,5𝑚.

O arranjo de posicionamento dos eletrodos de prova (hastes de potencial e corrente) pode ser
diferente daquela disposição orientada inicialmente (linha reta). Eventualmente, devido erros de
medições pelo efeito mútuo dos condutores que alimentam terminais de corrente e potência do
medidor, principalmente em grandes comprimentos devido posicionamento das hastes de corrente
e potencial em posições mais distantes (obtenção do patamar de potencial), o eletrodo de potencial
deve estar posicionado no lado oposto ao eletrodo de corrente, preferencialmente na mesma reta,
ou fixado numa direção ortogonal ao segmento dos terminais de injeção de corrente (C1 − C2 ).

Cada haste de corrente e potencial deve ser substituída por duas ou até três hastes em paralelo,
espaçadas de 1,0𝑚, quando se utiliza um terrômetro eletrônico em solos de alta resistividade. Se
necessário, deve-se ainda molhar o solo com uma solução salina em volta dessas hastes para
melhorar o contato com o solo.

Os resultados das medições de resistência de aterramento para as diversas distâncias entre a


haste Hp e o ponto de medição inicial (ponto A da Figura 3) deverão ser registradas em formulário
específico para medição de resistência de aterramento.

Deverão ser executadas no mínimo 03 (três) medições localizadas no eixo de prova.

As medições de resistência de malha não devem ser feitas com as instalações energizadas ou com
tempo chuvoso (propício a descargas atmosféricas).

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As medições deverão ser feitas em dias sem chuva e com o solo seco. Deverá ainda ser
aguardado um prazo mínimo de 07 (sete) dias sem chuva para realização das medições.

Os cabos para-raios da linha de transmissão (𝐿𝑇) deverão ser desconectados no ponto de sua
ancoragem no pórtico da 𝐿𝑇 (isolador de sua ancoragem previsto para esta finalidade). Também os
pontos de neutros constados à malha deverão ser desconectados durante a realização das
medições. Caso houver malhas complementares, essas também devem ser desconectadas da
malha em medição nas respectivas caixas de teste.

Figura 2: Curva característica de variação resistência em função das distâncias de medição

Figura 3: Circuito de medição

NOTAS

1 – Patamar que caracteriza a resistência de aterramento da malha (𝑅𝑎 ) quando os três valores
medidos de resistência (𝑅) estiverem contidos em uma faixa de ±10% em relação à sua média.

2 – Distância teórica de início do patamar e de cravamento das hastes para sua determinação.

3 – A distância D entre A e B deverá ser de 3𝑥 (três vezes) a maior dimensão da malha e nunca
inferior a 100𝑚 (cem metros).

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4 – O patamar somente poderá ser caracterizado se as áreas de influência da malha e do eletrodo


de corrente não apresentarem sobreposição. Se a determinação do patamar não ocorrer na
primeira medição, a distância D deverá ser aumentada e as medidas refeitas.

5 – De maneira a minimizar os efeitos prejudiciais aos resultados das medições, decorrentes do


acoplamento indutivo, entre os condutores empregados na medição, os mesmos deverão ser
reposicionados (lados opostos ou ortogonalmente).

6 – A haste de corrente (Hc ) deverá ser firmemente cravada, a uma profundidade mínima de 0,5m.
Se necessário para garantir um bom contato, o solo ao seu redor deverá ser compactado.

11.3.9 Ensaio de tensão aplicada

O ensaio de tensão aplicada deve ser realizado em todos os casos previstos na ABNT NBR 5410,
sendo o valor da tensão de ensaio aquele indicado nas normas aplicáveis ao conjunto ou
montagem, como se fosse um produto pronto de fábrica. Na ausência de Norma Brasileira e IEC,
as tensões de ensaio devem ser as indicadas na 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 61 𝑑𝑎 𝐴𝐵𝑁𝑇 𝑁𝐵𝑅 5410, para o circuito
principal e para os circuitos de comando e auxiliares. Quando não especificado diferentemente, a
tensão de ensaio deve ser aplicada durante 1 min. Durante o ensaio não devem ocorrer arcos nem
disrupções.

Para efeito das providências necessárias, métodos realização e valores aceitáveis das medições,
atender ao descrito no item 7.3.6 da ABNT NBR 5410.

As partes vivas de sistemas SELV nos volumes 0 dos compartimentos para banho, quando
providas de isolação, deve ser capaz de suportar ensaio de tensão aplicada de 500𝑉 durante
1 𝑚𝑖𝑛.

11.3.10 Testes de funcionamento

Montagens tais como quadros elétricos, acionamentos, controles, inter travamentos, comandos
devem ser submetidas a um ensaio de funcionamento para verificar se o conjunto se encontra
corretamente montado, ajustado e instalado em conformidade prescrições das normas aplicáveis.
Os dispositivos de proteção devem ser submetidos a ensaios de funcionamento para verificar se
estão corretamente instalados e ajustados.

11.3.11 Proteção Contra Descarga Atmosférica (PDA)

As Instruções para Testes de Campo (ITC) deve descrever inspeção das medidas de proteção,
após a instalação, conforme prescrições da ABNT NBR 5419-3, item 7 e ABNT NBR 5419-4, item
9.3. Essa inspeção visa garantir desempenho satisfatório, segurança e características exigíveis dos
componentes entregues.

O CONTRATADO deve executar inspeção visual, conexões, continuidade, resistência de


isolamento, equipotencialização e seccionamento automático, resistência de aterramento, tensão
aplicada e testes de funcionamento, também para os componentes do PDA.

O instrumento de medição da continuidade da armadura de aço em estruturas de concreto armado,


do eletrodo de aterramento e conexões deve ser conforme prescrições da ABNT NBR 5419-3, item
F.4.

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O CONTRATADO deve inspecionar as instalações para verificação de interligação e incorporação


ao BEP e/ou BEL, das partes condutoras expostas ou elementos condutivos, em conformidade com
itens 8 e 8.1.3.5 desta Especificação Técnica.

O CONTRATADO deve verificar se os seguimentos do conduto forçado e guarda corpos estão


interligados. No caso específico dos guarda corpos, deverá constar no projeto aterramento em
vários pontos, distanciados de no máximo 10m (dez metros), em todo o seu perímetro. Hastes de
aterramento ao longo dos guarda corpos devem ter espaçamento máximo de 50𝑚 (cinquenta
metros). Os guarda corpos devem estar no perímetro da malha de aterramento a fim de incluir as
pessoas na região de proteção proporcionada pela malha.

11.3.12 Sistema de iluminação

Para o sistema de iluminação (normal e de emergência) devem ser previstos inspeções visuais,
testes de funcionamento e medições dos valores de iluminância, a fim de comprovar pleno
atendimento às prescrições desta especificação.

11.3.13 Sistema de Cabos e Vias para Cabos

Para o sistema de cabos e vias para cabos devem ser previstos inspeções visuais, testes de
continuidade elétrica e ensaios dielétricos (resistência de isolamento e tensão aplicada), a fim de
comprovar pleno atendimento às prescrições desta especificação.

11.3.14 Outros ensaios

Outros ensaios eventualmente recomendados pelos fabricantes para equipamentos que possuírem
condições especiais devem ser submetidos a estes ensaios específicos.

11.4 RELATÓRIOS DE ENSAIO


Os relatórios de ensaio deverão conter pelo menos as seguintes informações:

 Descrição do equipamento ensaiado com os dados técnicos necessários para sua perfeita
identificação;

 Data do ensaio;

 Condições ambientais no momento e local de ensaio;

 Descrição dos ensaios realizados com indicação das normas técnicas adotadas;

 Lista dos equipamentos de ensaio utilizados, dados técnicos e classe de precisão dos
mesmos;

 Certificado de calibração dos equipamentos de ensaio utilizados, bem como rastreabilidade


dos certificados dos equipamentos padrões.

 Registro de todos os resultados e observações feitas durante o ensaio.

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11.5 FALHAS NO ATENDIMENTO AOS REQUISITOS


Se através dos testes (Tipo, Rotina ou Ensaios de campo), vierem a ser detectadas falhas no
equipamento e/ou constatado que o equipamento não atende a todas as exigências constantes
nesta Especificação Técnica, os equipamentos deverão ser modificados, projetados novamente,
refeitos e repetidos ensaios à custa do CONTRATADO até que as falhas sejam perfeitamente
sanadas e/ou todos os requisitos desta Especificação Técnica sejam integralmente atendidos, sem
custo adicional e/ou extensão do prazo de entrega ao CONTRATANTE.

12 ANEXOS

 11.999-EP/EG-575 – Detalhes típicos para aterramento

 11.999-EP/EG-608 – Trâmite, arquivamento e requisitos gerais da documentação técnica de


projeto eletromecânico de geração elaborada por terceiro (Capítulo 03 Requisitos gerais da
documentação de projeto).

 02.118 CEMIG 0028 – Normalização eletromecânica para haste de aterramento de aço

 02.118 CEMIG 0036 – Normalização eletromecânica para haste de aterramento aço - cobre

 02.118-COPDEN-0293 – Normalização eletromecânica para conectores elétricos e


emendas

 02.118 CEMIG 299 – Especificação técnica fios e cabos nus de cobre.

 02.118 COPDEN 0302 – Instrução para dimensionamento de malhas de aterramento para


subestações

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