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Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Secretaria de Recursos Humanos


Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais
Coordenação-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação das Normas

NOTA TÉCNICA Nº 59/2011/CGNOR/DENOP/SRH/MP

Assunto: Abono de Permanência

Referência: Processo nº 10380.011336/2009-71

SUMÁRIO EXECUTIVO

1. A Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Fazenda -


MF, por meio do despacho de fls. 15 a 17, solicita pronunciamento quanto a possibilidade
de concessão de abono de permanência a servidora Maria Eudócia Melo Job de Almeida.
ANÁLISE

2. A servidora Maria Eudócia ingressou com pedido administrativo para a


percepção de abono de permanência, fls. 1, em setembro de 2009.

3. A Divisão de Gestão de Pessoas – DIGEP da Superintendência Regional da


Receita Federal – SRRF03, fls. 7 e 8, alegou que a interessada não teria direito ao Abono
de Permanência por não ter preenchido o requisito de 10 (dez) anos de efetivo exercício no
serviço público.

4. A DIGEP encaminhou o questionamento para análise da Coordenação-


Geral de Gestão de Pessoas – COGEP, fls. 11, do Ministério da Fazenda, que, sem análise
do mérito, encaminhou o processo à Coordenação-Geral de Recursos Humanos - COGRH
do Ministério da Fazenda.

5. Em despacho de fls. 14, a COGRH afirmou:

(...) 3. Independentemente do fato de a interessada ter ou não atendido os


requisitos para concessão do Abono de Permanência, esta COGRH entende que a
quebra de vínculo não interfere na contagem do tempo de serviço público e
contribuição.

6. Após explicitar o entendimento, o processo foi encaminhado à


DISEG/COGRH do Ministério da Fazenda, que o encaminhou a
COGNOR/DENOP/SRH/MP deste Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para

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então ratificar ou retificar o entendimento exposto pela Superintendência Regional da
Receita Federal do Brasil – SRRF03-MF.

7. É o sucinto relatório.

8. Infere-se dos autos que a dúvida do órgão refere-se à interpretação que deve
ser dada à expressão “efetivo exercício no serviço público” para que se possa analisar o
direito da servidora ao abono de permanência.

9. A interessada trabalhou no serviço público federal, no antigo INPS, de 26


de maio de 1975 a 01 de abril de 1980. Atualmente, é ocupante do cargo de Auditora
Fiscal da Receita Federal do Brasil desde 14 de janeiro de 2003.

10. Com esses dados sobre o tempo trabalhado pela servidora, verifica-se que a
sua aposentadoria ocorrerá com base nas regras do art. 40, inciso III, §19 da Constituição
Federal. Segundo esta regra, para que o servidor possa aposentar-se voluntariamente
deverá ter cumprido, além do tempo de contribuição e idade exigidos, também o tempo
mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo
em que se dará a aposentadoria.

11. Observa-se do texto legal que, em nenhum momento é registrada limitação


de este período de efetivo serviço público dever ser ininterrupto. A exigência da regra
apenas dispõe a necessidade de haver esse exercício por dez anos.

12. Cumpre observar, por oportuno, que o Ministério da Previdência Social


também se pronunciou sobre o tema na Orientação Normativa nº 02, de 31 de março de
2009, conforme abaixo transcrito:

(...)Art. 1º Os Regimes Próprios de Previdência Social dos servidores públicos


titulares de cargos efetivos, dos Magistrados, Ministros e Conselheiros dos
Tribunais de Contas, membros do Ministério Público e de quaisquer dos poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas
autarquias e fundações observarão o disposto nesta Orientação Normativa.
CAPÍTULO I
DAS DEFINIÇÕES

Art. 2º Para os efeitos desta Orientação Normativa, considera-se:


................................
VIII - tempo de efetivo exercício no serviço público: o tempo de exercício de
cargo, função ou emprego público, ainda que descontínuo, na Administração
direta, indireta, autárquica, ou fundacional de qualquer dos entes federativos; (g.n.)

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13. A servidora, pelo que consta da documentação acostada aos autos, já
preencheu esse requisito temporal, pois laborou por mais de cinco anos no INPS e,
também, por mais de cinco anos na Receita Federal. Dessa forma, cumpriu o tempo
necessário de dez anos de efetivo exercício no serviço público, ainda que de forma
descontínua.

14. Percebe-se, portanto, que a interrupção do tempo de serviço não permite que
a servidora obtenha as vantagens previstas pelo art. 100 da Lei nº 8.112/90, por se tratar de
benefício do regime próprio de previdência.

15. No caso em análise, a servidora não deixou de contribuir para o Regime


Geral de Previdência Social durante a interrupção do trabalho no serviço público federal.
Assim, a interessada faz jus ao abono de permanência desde o momento em que tenha
cumprido os requisitos para a inatividade voluntária, estabelecidos no artigo 40 da
Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 41/2003, e opte
por permanecer em atividade.
CONCLUSÃO
16. Diante dos esclarecimentos acima, esta Divisão entende que a interrupção
no tempo de serviço público federal não obsta o direito de a servidora perceber o abono de
permanência, desde que tenha preenchido os requisitos para a aposentadoria voluntária.
Brasília, 03 de fevereiro de 2011.

KARINE BORGES BORGHETTI DANIELA DA SILVA PEPLAU


Estagiária da DIPVS Chefe da DIPVS

De acordo. À consideração superior.


Brasília, 03 de fevereiro de 2011.

GERALDO ANTONIO NICOLI


Coordenador-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação das Normas

Aprovo. Encaminhe-se à Coordenação-Geral de Recursos Humanos do


Ministério da Fazenda - MF, para as providências que julgar cabíveis.

Brasília, 07 de fevereiro de 2011.

VALÉRIA PORTO
Diretora do Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais
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