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2011

2011
Apresentação

O dia 7 de julho de 2011 vai ficar marcado como um dos mais importantes da
história da FAEMG. Nesta data, a Federação completou 60 anos e um grande
evento, em Belo Horizonte, reuniu três comemorações: além do 60º aniversá-
rio da FAEMG, foi celebrado o Dia do Produtor Rural Mineiro e homenageados
os grandes valores do campo na quinta edição da Medalha do Mérito Rural.

O evento reuniu importantes autoridades e lideranças de Minas Gerais e do


Brasil para dignificar o nosso meio de produtores rurais e de representação
classista, mostrando à sociedade que o campo é fecundo em valores.

Nossos heróis são homens e mulheres que lutam, dia após dia, para produzir
alimentos não só para o Brasil, mas para vários outros países, além de se de-
dicar voluntariamente às suas entidades de classe. São pessoas que, muitas
vezes, têm que superar os mais diversos obstáculos para fazer chegar às mesas
a alimentação mais farta e barata do mundo.

Este esforço permanente dos produtores rurais é o que move a FAEMG. A cada
ano, só aumenta a nossa determinação de melhor servir ao homem do campo.

Vamos continuar honrando nossa história de defesa do produtor rural, história


esta em que se misturam tradição e modernidade, rigor e flexibilidade, estra-
tégia e ousadia.

Aos 60 anos, a FAEMG continua com o fôlego da juventude, procurando fazer


do presente a base para um futuro melhor.

Roberto Simões
Presidente
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Roberto Simões
Presidente da FAEMG

“Hoje é um dia de muita alegria para nós, porque estamos aqui para três come-
morações a um tempo só: o Dia do Produtor Rural Mineiro, que foi instituído por
lei na nossa Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, o aniversário dos
60 anos da nossa querida Federação da Agricultura e a Medalha do Mérito Rural.

Não poderia, nessa abertura, deixar de falar sobre a nossa Federação. Começou
o seu trabalho em 1951, completando, portanto, hoje, os seus 60 anos de lutas
em prol da nossa classe. Começou numa época de economia fechada, de preços
tabelados, de altas importações de alimentos.

Passou por várias transformações. Este foi um período marcado pelas mudan-
ças, pelas transformações, e esta Federação teve que se adaptar aos novos tempos,
às mudanças com as quais foi confrontada.

Treze anos após sua criação, instalou-se o regime militar – e chega a ser um
fato curioso – foi a única entidade patronal do país que, nessa época, sofreu uma
intervenção, uma troca da sua direção.

Mas, ainda nesse período iniciou-se o estímulo à produção nacional para fazer
face às importações de alimentos. Tivemos programas governamentais. Começa-
ram, dentre eles, Polocentro, Provárzeas, Propasto e outros tantos que vigoraram à
época do então ministro Alysson Paulinelli. Fundamos, ali, as raízes da nossa fantás-
tica Revolução Verde.

Seguimos ao longo desse período e, em 1993, incluímos no nosso quadro ins-


titucional o SENAR, que hoje, em Minas Gerais, especialmente, presta um trabalho
extraordinário ao nosso meio, com treinamentos de formação profissional rural
e com a promoção social das famílias dos trabalhadores e dos produtores rurais.

Passamos por período de alta inflação. Com ela tivemos que aprender a con-
viver. Depois, finalmente, veio a estabilidade, com o Real forte. Novo aprendizado.

Em 2007, integramos mais uma instituição ao nosso quadro: o nosso Instituto


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Antonio Ernesto de Salvo, entidade encarregada dos estudos, das pesquisas, dos
projetos da FAEMG.

E, então, o que caracterizou todo esse período de passagem, de mudanças,


foi a preparação da própria entidade e dos seus quadros para enfrentar essas mu-
danças, a inovação que surgia, a competitividade muito maior, a globalização. E,
assim, a entidade, ao tempo em que se preparava, encarregava-se também de pre-
parar seus associados, seus Sindicatos, seus funcionários, os dirigentes. E, assim,
até hoje, vivemos um vigoroso programa de capacitação de todos esses quadros,
com especial atenção para um programa chamado Gestão com Qualidade em
Campo, que, realmente, atua no setor
mais carente em nosso meio, que é a
gestão adequada dos negócios rurais,
já que em tecnologia superamos tudo
aquilo que possuíamos e trabalhamos
com tecnologias mundiais da mais
alta qualidade. É tecnologia tropical,
única no mundo, desenvolvida aqui
dentro, com os nossos técnicos, com
as nossas empresas estaduais de pes-
quisa e a Embrapa.

Faço referência, também, a um pro-


grama excelente que estamos desen-
volvendo, que é o Programa de Formação de Novas Lideranças Rurais, exatamente
procurando dar a elas a dimensão do tempo em que vivemos, os problemas que en-
frentamos, os problemas que ainda temos que enfrentar, para que tenhamos dirigen-
tes cada vez mais capacitados, para melhor atender aos nossos produtores rurais.

Gostaria, agora, de falar sobre a própria Medalha, criada em 2007, na nossa


gestão, com o fito de premiar, de mostrar à sociedade os nossos valores, os nossos
homens importantes, que nos ajudaram nessa história. Naquele ano, de início, o
nosso grande homenageado foi Antonio Ernesto de Salvo. Sem dúvida, uma das
maiores lideranças, não só rurais, mas de todo o segmento produtivo, que já tive-
mos nesse país. Infelizmente, não se acha mais entre nós.

No ano seguinte, tivemos a honra de premiar a senadora Kátia Abreu, que sur-
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gia no âmbito da gestão da nossa entidade maior, a CNA, com uma força tal que
o nosso governador Antonio Anastasia cognominou-a de “o furacão de Tocantins”.
Eu dizia que a senadora era um sopro novo, um vento novo que passou e que está
passando sobre as nossas cabeças, sobre as nossas lideranças, criando uma nova
época, um novo estímulo, pela sua força e pela sua capacidade de acionar e de
fazer parcerias. Está nos levando a outro patamar de negociações, de discussões,
por esse Brasil afora.

No ano seguinte, 2009, o nosso homenageado foi o ex-ministro Reinhold Ste-


phanes, figura também do mais alto quilate, que, durante o seu período como
ministro, foi um defensor ardoroso dos nossos negócios, da nossa classe.

E, no ano passado, outra figura expoente, o nosso querido ex-ministro Alysson


Paulinelli, homem da mais alta qualidade, do mais alto conhecimento, experiência,
que foi, na verdade, um dos grandes motores dessa verdadeira Revolução Verde que
fizemos, sendo ele o criador de entidades como a Embrapa, a Embrater e suas filiadas.

Pois bem, a Medalha de 2011. Nesse ano, pedimos ao interior inteiro que se
dedicasse – os Sindicatos, os nossos produtores – e nos apresentasse nomes de
pessoas de alta competência no seu trabalho, pessoas de respeito, para que pu-
déssemos homenagear. Temos aos milhares, desconhecidos, lá cada um com os
seus afazeres, mas nós queríamos selecionar um grupo de pessoas para mostrar
de novo à nossa sociedade os valores que temos.

E, assim, foram escolhidos os produtores rurais homenageados deste ano. Eu


não vou falar sobre o currículo de cada um, porque isso será feito no momento em
que eles serão chamados para receber a comenda.

Mas, só para se ter uma ideia desse grupo, eu comento, por exemplo, que co-
meçamos com Antônio Ferreira, meu quase conterrâneo, da minha região. O po-
pular Antônio Sobrinho, como era conhecido, homem na flor dos seus 97 anos,
frequentador assíduo do Sindicato de Paraopeba, da cooperativa de produção, da
cooperativa de crédito. É essa a força do nosso segmento, gente dessa natureza.

Passando pelo Irineu Balbinot, no Noroeste, em Formoso, produzindo – irriga-


do ou não – café, milho, soja, feijão. Uma variedade enorme de explorações, um
leque espetacular.
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Passando pelo Leandro Pinto e seu sócio, Manoel, no Sul, com a Granja Manti-
queira, uma granja de produção de ovos da mais alta qualidade, das mais moder-
nas do Brasil.

Passando por D. Marlene, uma mulher também produtora no nosso meio, de


história semelhante à da nossa senadora, que, tendo perdido o seu companheiro,
assumiu a propriedade e, até hoje, a conduz de maneira exemplar. Uma das fa-
zendas mais bem administradas, produzindo cerca de cinco mil litros de leite/dia.
Talvez, a maior fornecedora do Laticínio Barbosa e Marques.

Chegando ao Walter Barrancos, produtor também de leite, na região do Mu-


curi. Produtor de mel. Homem classista. Foi presidente de sindicato, diretor da
FAEMG.

Enfim, um leque de homens e mulheres da mais alta qualidade que nós hoje
trazemos aqui para prestar esta justa homenagem por tudo aquilo que foram e
que são.

Também gostamos de estimular os nossos sindicatos, para que cada vez mais
eles cresçam, cada vez mais eles melhorem o trabalho em prol dos associados – os
nossos agricultores mineiros. E aí vamos desde Ituiutaba, no Triângulo, sindica-
to forte, maior; até Malacacheta, na região menos favorecida, mas um sindicato
igualmente competente. E é outro fato que eu gosto de comentar, independe da
região, independe se a região é rica ou pobre. O que vale é o homem, é a qualida-
de do líder. Ele consegue fazer a roda girar. Ele consegue movimentar o sindicato,
atrair sócios e fazer um bom trabalho na região. É esse grupo que premiamos.

Saindo da nossa área específica, premiamos também aqueles que nós chama-
mos de amigos da FAEMG. Alguém, cada um ao seu campo e ao seu tempo, que
desenvolveu um trabalho de vulto para o nosso setor.

Na área técnico-científica, foi escolhido o professor Vidal Pedroso de Faria,


da nossa universidade-escola de Piracicaba. O professor Vidal é uma pessoa ex-
traordinária. Mestre, doutor, pós-doctor em várias universidades, trabalha e age
com a disponibilidade de um recém-formado. Espírito jovem. O professor Vidal
enfrenta a vida com galhardia e bom humor impressionantes. Até trocar de co-
ração, já trocou. Mas, nem por isso, deixou de ser agradável e tão amigo nosso.
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Um dos mais competentes técnicos


deste Brasil nas áreas de agronomia
e da produção leiteira. Professor Vi-
dal, nos alegra muito oferecer essa
comenda ao senhor.

Na área política, foi escolhido o


deputado federal Paulo Piau. Nosso
companheiro. Deputado estadual já por três mandatos. Agrônomo. Sempre junto
conosco. Nesse episódio do Código Florestal foi responsável pela apresentação da
Emenda 164, que diz respeito a muitos pontos importantes. Ao deputado Paulo
Piau, portanto, as nossas homenagens.

E na área de Imprensa/Comunicação, desta vez o agraciado foi o Caderno


Agropecuário do Estado de Minas. Aos 45 anos de idade, todas as segundas-feiras,
nos traz informações, reportagens e textos. Aqui, hoje, presente conosco e repre-
sentado pelo comandante maior dos Associados, o jornalista Álvaro Teixeira da
Costa, que nos honra com a sua presença.

Agora, a Grande Medalha. Este ano o nosso agraciado é o deputado federal Aldo
Rebelo. Nós temos tido um trabalho permanente nessa área ambiental que já vai para
mais de dez anos. Sempre com dificuldades, estabeleceu-se aí uma celeuma, que, na
verdade, não deveria existir. A coisa tomou ares de guerra. Um grupo (produtores) de
um lado, outro (ambientalistas), de outro. Eu nunca vi dessa forma e nem acho que
deveria ser assim. Mas, finalmente, surgiu nesse processo, como relator do Código
Florestal, o deputado Aldo Rebelo. Embora de outra convicção ideológica, diferente
daquilo que estamos acostumados a tratar no nosso meio, porém, de uma maneira
isenta, de uma maneira firme, com seriedade, com bom senso, com o seu espírito
nacionalista e com a sua dignidade, impôs a esse processo aquilo que ele merecia e
esse projeto tornou-se um projeto muito mais de nós, produtores, do que da própria
sociedade brasileira.

E assim foi que se obteve, inclusive, um consenso de votação na Câmara dos


Deputados de uma maneira gloriosa. Até recobrando a sua força, como Casa inde-
pendente, uma votação memorável deste relatório, que, ao contrário do que muitos
querem dizer e querem desvalorizar, isso não representa nenhum conjunto de be-
nesses para nós. Isto é um caminho, um norte que foi dado, finalmente com serie-
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dade, com critério, com bom senso. Através do deputado, abrimos agora um caminho,
mas não paramos aí. Nós temos que ir ao Senado. Após o Senado, se aprovado, volta-
remos aos nossos estados, com os PRAs, os programas estaduais que, enfim, vão dizer
quais são os nossos deveres, quais são os nossos direitos nessa questão ambiental. Aí,
sim, teremos um marco, um referencial para estudar se queremos continuar produzin-
do, se poderemos investir, em que investir e assim por diante. Enfim, é a tão sonhada
segurança jurídica que precisamos para trabalhar.

Isso se deu, em grande


medida, nesse passo inicial,
pelo trabalho do deputado
Aldo Rebelo, pela sua respei-
tabilidade, pela sua condu-
ção do processo e, por isso,
os produtores rurais minei-
ros vieram aqui hoje para
homenageá-lo, deputado. É
esse comportamento isento,
que não é para beneficiar A
ou B, mas traça um caminho
para se fazer um projeto sério de abordagem desta questão tão séria no nosso país.
Portanto, as nossas homenagens, a nossa satisfação de tê-lo aqui conosco.

Eu termino dizendo que me orgulho demais de estar aqui na presidência dessa


casa hoje, sexagenária, porém jovem, vigorosa, e que teve discernimento para sa-
ber premiar quem merece, embora, muitos dos nossos, até de brincadeira, digam:
‘Quem diria! A FAEMG fazendo uma grande homenagem a alguém do PCdoB’. São
os novos tempos. É essa FAEMG que eu presido. É essa FAEMG de que eu me or-
gulho e, que a um tempo só, aqui também nessa mesa reúne o PT, o Democratas,
o PMDB, enfim, um leque de partidos, o que mostra uma entidade que me orgulha
por ser madura, moderna, não preconceituosa, não sectária, mas que pensa num
objetivo claro: desenvolvimento, formação de riqueza nacional, geração de traba-
lho e renda, bem-estar e dignidade para os nossos produtores.

Um abraço a todos.

Muito obrigado.”
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Produtor
Rural
2011

Antônio Irineu José Jair e José


Ferreira Neto Balbinot Alves Camargos

José Márcio Leandro Pinto Marlene Firmato


Carvalho Leite da Silva Esteves

Paulo Alves Sérgio Cotrim Walter


Cardoso D’Alessandro Barrancos
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“Vejo esta homenagem como um ato de bondade dos


amigos. Estou muito feliz. Tenho que agradecer muito aos
meus amigos, inclusive à diretoria do Sindicato de Paraopeba
e à diretoria da FAEMG, especialmente ao presidente Roberto
Simões, que tenho como amigo.”

Antônio Ferreira Neto


Metalúrgica

Natural de Cordisburgo. Iniciou sua vida de pecuarista em Curvelo. Após


alguns anos como arrendatário, adquiriu a Fazenda Mãe Joana e, em seguida,
a Fazenda Capão do Meio, onde vive até hoje. Foi um dos pioneiros na
produção de leite no Cerrado Mineiro. Fez parte do Sindicato dos Produtores
Rurais de Paraopeba e Caetanópolis. Foi um dos criadores e membro da
diretoria da Cooperativa Agropecuária de Paraopeba Ltda., da qual ainda é
cooperado. Também faz parte do Sicoob Crediparaopeba.
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“Esta homenagem tem muita importância. Agradeço à


FAEMG por colocar Formoso, município tão distante de Belo
Horizonte, em evidência. Este momento é ímpar e, com
certeza, estamos levando o nome do nosso município adiante.”

Irineu José Balbinot


Noroeste

Natural de Concórdia (SC). Desde 1998 é produtor rural no Projeto Piratinga,


em Formoso, município do Noroeste do estado. Em área de plantio de 900
hectares, tem lavouras irrigadas e de sequeiro. Cultiva café, feijão, milho,
soja e laranja. Atua no cooperativismo desde 1978, inicialmente em Santa
Catarina e, em seguida, no Distrito Federal. Em Minas Gerais, foi um dos
primeiros associados da Coopertinga (Cooperativa Agropecuária da Região
do Piratinga Ltda.).
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“Estamos muito felizes e gratificados por receber esta


homenagem da FAEMG. Não esperávamos por isto. Somos
pequenos produtores. Esta homenagem vai mudar nossa vida,
porque as coisas vão melhorar. Temos que agradecer a Deus.”

José Alves Camargos &


Jair Alves Camargos
Triângulo

Os irmãos José e Jair Alves Camargos são de Ituiutaba. Proprietários


da Fazenda Córrego do Açude, começaram a investir na atividade rural
produzindo banana. Com a renda das primeiras colheitas, passaram a
produzir algodão, arroz e milho e ganharam, em 1980 e 1982, Prêmios de
Produtividade Rural do Ministério da Agricultura. Na década de 90, focaram
os empreendimentos na criação de gado, sobretudo Gir e Girolando. Hoje,
destacam-se em concursos leiteiros, julgamentos de raça e exposições.
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“Esta homenagem tem uma importância muito grande


porque significa que fiz um bom trabalho. É uma grande vitória,
depois de tanta luta. A medalha vai me incentivar a trabalhar e
a produzir mais, pois é uma recompensa pelo meu trabalho.”

José Márcio
Carvalho Leite
Sul

Natural de Caxambu. É responsável pelas empresas rurais da família, todas


em Minas Gerais, localizadas em Bambuí, Caxambu e Soledade de Minas.
Também tem parte de uma propriedade em Baependi. É produtor de café,
arroz, feijão, milho e leite. Cria, recria e engorda bovinos para corte. Dedica-
se, ainda, à criação de cavalos Mangalarga Marchador. Foi membro da
Comissão de Leite da FAEMG. Integra a Sociedade Rural do Sul de Minas e a
Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Machador.
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Artur Chinelato e o presidente


da FAEMG, Roberto Simões
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“Fico muito feliz por contribuir para a agricultura e a


pecuária do Estado de Minas Gerais e me sinto honrado por
receber este prêmio. Falo também em nome do meu sócio,
Manoel Carlos, que não pode comparecer à solenidade de
premiação porque tinha um compromisso inadiável em Portugal.”

Leandro Pinto da Silva


& Manoel Carlos Alves
da Cunha
Sul

Leandro é natural de Itanhandu e Manoel Carlos, do Rio de Janeiro. São


sócios da Granja Mantiqueira. A empresa foi fundada em 1999, na Serra da
Mantiqueira, em Minas Gerais, em área de mais de 500 mil metros quadrados.
A Mantiqueira introduziu no mercado de avicultura tecnologias pioneiras
trazidas da Espanha, dos Estados Unidos e do Japão. Além de Minas, atua nos
mercados da Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina
e São Paulo, com frota própria de caminhões.
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“Esta Medalha é muito importante por ter coroado o meu


trabalho nestes anos todos, desde que fiquei viúva e assumi
os negócios da minha família. Como produtora rural, espero
sempre alcançar as minhas metas, até quando eu puder.”

Marlene Firmato Esteves


Rio Doce

Natural de Itambacuri. Produtora rural e administradora das fazendas da


família, localizadas no município de Nova Módica, no Vale do Mucuri. A
Fazenda Alvorada destaca-se nos vales do Mucuri e Rio Doce como a
mais bem estruturada propriedade de produção leiteira. Produz 4,5 mil
litros de leite diariamente, a partir de gado mestiço de Holandês e Gir, de
alta produtividade, criado e selecionado pessoalmente por ela. Trata-se,
provavelmente, da maior fornecedora dos Laticínios Barbosa e Marques S.A.
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“Esta é uma situação em que recebo carinho pelo que fiz


com carinho também. Agradeço à diretoria e aos funcionários
da FAEMG e do Sindicato, aos meus companheiros de luta e a
todos os produtores rurais de Minas Gerais. Juntos, nós iremos
longe, porque é a união que faz a força.”

Paulo Alves Cardoso


Alto Paranaíba

Natural de Iraí de Minas. Na Fazenda Duas Barras, produz anualmente 24 mil


sacos de soja e 20,5 mil sacos de milho. Também cultiva cana-de-açúcar.
Produz 1,2 mil litros de leite por dia e tem 800 cabeças de gado para corte
e recria. Produz, ainda, 2,6 mil quilos de tilápia por ano. Foi presidente e
hoje é vice-presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Iraí de Minas.
Preside a Associação dos Pescadores e Produtores de Peixe e o Conselho de
Desenvolvimento Rural Sustentável de Iraí de Minas.
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“É uma grande honra receber esta Medalha da FAEMG.


Estamos reposicionando as Matas de Minas como produtores
de cafés especiais e espero que este prêmio possa ser uma
ferramenta para que a minha região seja mais reconhecida.”

Sérgio Cotrim
D’Alessandro
Zona da Mata

Natural de Manhumirim. Produtor de cafés especiais nas Matas de Minas.


É diretor-tesoureiro do Sindicato dos Produtores Rurais de Manhumirim e
membro das Comissões de Café da FAEMG e da Secretaria de Estado de
Agricultura. É presidente do Instituto Mais Café, vice-presidente do Centro de
Excelência de Cafés das Matas de Minas e consultor técnico de cafés especiais
da Experimental Agrícola do Brasil, empresa de pesquisa e extensão da
torrefadora italiana illycaffè.
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“Esta homenagem é a prova de que estive no caminho certo


nestes últimos 40 anos. Agradeço à Federação da Agricultura,
onde fui vice-presidente durante sete anos, por ter aberto a
minha visão e me estimulado a ser melhor no que eu faço.”

Walter Barrancos
Mucuri

Natural de Teófilo Otoni. Produtor de leite no Vale do Mucuri. Produz


diariamente 5 mil litros, com ordenha mecânica, e tanques de resfriamento
com capacidade para 9 mil litros. Desenvolve inseminação artificial e tem um
comércio promissor de futuras matrizes Girolando. Também é apicultor, com
200 colmeias e casa de mel montada para beneficiar e embalar o produto.
Entre os cargos ocupados, foi vice-presidente da FAEMG e presidente do
Sindicato dos Produtores Rurais de Teófilo Otoni.
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sindicatos
2011

cabo campo ituiutaba


verde belo

Jerônimo Denise Cássia Romes Gouvêa


Giacchetta Garcia Bastos

malacacheta piumhi

Libério Adrian Rafael Alves


Moreira de Tomé
Oliveira
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“Esta Medalha gratifica e coroa todo o trabalho que o


Sindicato tem feito ao longo dos anos. O desafio e a
responsabilidade aumentam. Esperamos poder representar
politicamente o produtor de uma forma mais concreta, mais
efetiva, para trazer mais competitividade ao meio rural.”

Cabo Verde
Sul
Presidente: Jerônimo Giacchetta

Com cerca de 43 anos de funcionamento, o Sindicato dos Produtores Rurais


de Cabo Verde pauta suas ações pela defesa dos interesses econômicos e
sociais do setor agropecuário, tanto nas esferas políticas quanto no setor
privado. A entidade oferece aos seus associados atendimento jurídico e uma
ampla rede de descontos com clínicas, médicos, veterinários e o comércio
local. Mantém convênio com o SENAR MINAS e trabalha em parceria com
a Polícia Militar no patrulhamento do meio rural. Participa ativamente dos
eventos da FAEMG. Tem 307 associados.
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“Este prêmio é, para os Sindicatos dos Produtores Rurais e


para a toda agropecuária mineira, a melhor e maior honraria
que poderíamos receber. Para nós, do Sindicato de Campo
Belo, nem se fala. É o reconhecimento do nosso trabalho como
entidade e também como liderança rural e feminina.”

Campo Belo
Campo das Vertentes
Presidente: Denise Cássia Garcia

O Sindicato dos Produtores Rurais de Campo Belo completa, em dezembro,


43 anos. É integrado, em sua maioria, por cafeicultores, mas também tem
entre seus associados criadores de gado de corte, leite e de elite, produtores
de grãos e de hortaliças e silvicultores. Entre suas ações, estão a liderança
de movimentos reivindicatórios, modernização e ampliação do Parque
de Exposições, realização de cursos do SENAR MINAS e implantação dos
programas Balde Cheio, Patrulha Rural e GQS (Gestão com Qualidade no
Sindicato). Tem 660 associados.
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“É com muita alegria e emoção que recebemos esta


Medalha pelo trabalho que desenvolvemos à frente do Sindicato
dos Produtores Rurais de Ituiutaba. Estou muito satisfeito e
feliz. Ituiutaba agradece à FAEMG por esta homenagem.”

Ituiutaba
Triângulo
Presidente: Romes Gouvêa Bastos

O produtor de Ituiutaba conta com uma entidade atuante. Criado em 1965,


o Sindicato dos Produtores Rurais de Ituiutaba oferece vários serviços,
como emissão de notas fiscais, através de convênio com a Administração
Fazendária, e de atestados de sanidade animal, por meio de convênio com
o IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária). Mantém atendimento jurídico,
veterinário e odontológico. Junto com a Polícia Militar, implantou o Projeto
Patrulha Rural. Realiza cursos do SENAR MINAS. Promove a Feciagro (Feira
Comercial, Industrial e Agropecuária). Tem 505 associados.
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“Este prêmio é de grande importância para nós, presidentes


de Sindicatos, porque é uma motivação a mais. Estar ao lado
deste guerreiro, que é o presidente Roberto Simões, é uma
grande satisfação. Esta Medalha é mais um impulso no nosso
trabalho como liderança rural.”

Malacacheta
Mucuri
Presidente: Libério Adrian Moreira de Oliveira

Ser uma entidade forte, que busca atender com qualidade os interesses dos
associados. Com esta visão, o Sindicato dos Produtores Rurais de Malacacheta
atua desde 1968. Além de prestar assessoria contábil e fiscal, mantém parceria
com diversas entidades públicas e privadas para melhor atender ao produtor.
Participa das ações da FAEMG, mantém convênio com o SENAR MINAS e
realiza vários eventos, como leilões de gado de corte e de leite, cavalgada e a
Festa do Peão de Boiadeiro. Tem 202 associados.
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“Eu gostaria de dividir esta homenagem com os demais


Sindicatos da região e com os nossos produtores, que passaram
a participar e a cobrar novas atitudes do Sindicato. Eu fico feliz
e emocionado. Sinto orgulho de participar desta premiação.”

Piumhi
Alto São Francisco
Presidente: Rafael Alves Tomé

Desde sua fundação, em 1968, o Sindicato dos Produtores Rurais de Piumhi


promove melhorias no atendimento aos associados. Uma das ações de
destaque foi a criação do Centro de Agronegócios Rafael Gonçalves Tomé,
onde o produtor tem acesso a vários serviços, como consultoria em CPR
(Cédula de Produto Rural). Oferece, também, contabilidade trabalhista,
assistência jurídica e treinamentos do SENAR MINAS. Entre os eventos que
promove, estão a Roda de Agronegócios e leilões de gado para sindicalizados.
Tem 600 associados.
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2011

técnico-científica
Vidal Pedroso
de Faria

comunicação
Caderno
Agropecuário
Estado de Minas
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Técnico-
Científica
2011

“Recebo a Medalha com uma satisfação imensa e uma


emoção muito grande também. Apesar de ter estudado e
trabalhado fora de Minas Gerais, minha raiz no meio rural está
em Minas. Nasci e me criei em Minas e tomei gosto pela
atividade rural frequentando a fazenda do meu avô.”

Vidal Pedroso de Faria

Natural de Pouso Alegre. Engenheiro agrônomo pela Esalq/USP (Escola


Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo). Master
of Science pela The Ohio State University em Columbus (EUA). Obteve, junto
à USP, os títulos de Doutor em Agronomia, professor livre docente, professor
adjunto e professor titular. Foi professor visitante do Departamento de
Dairy Science da Michigan State University (EUA) e pesquisador visitante do
Grassland Research Institute em Hurley (Inglaterra). Referência na produção
de leite do Brasil, é consultor do Balde Cheio – Programa de Desenvolvimento
Integrado da Pecuária Leiteira.
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Comunicação
2011

“A importância desta medalha é muito grande, tendo em


vista a relevância do setor. Produzir um caderno destinado à
agropecuária é um desafio semanal para nós. Nosso objetivo é
sempre incentivar a produção rural, a produção de uma forma
geral e o desenvolvimento do país.”

Caderno Agropecuário
Estado de Minas
Diretor-presidente: Álvaro Teixeira da Costa
E STA D O D E M I N A S ● S E G U N D A - F E I R A , 2 2 D E M A R Ç O D E 2 0 1 0 ESTADO DE MINAS ● SEGUNDA-FEIRA, 22 DE MARÇO DE 2010 ●EDITORA: Renata Neves ●EDITORA-ASSISTENTE: Vera Schmitz ●E-MAIL: economia.em@uai.com.br ●TELEFONE: (31) 3263-5257
E STA D O D E M I N A S
ESTADO DE MINAS ●
● S E G U N D A - F E I R A , 2 7 D E S E T E M B R O D E 2 0 1 0
SEGUNDA-FEIRA, 3 DE JANEIRO DE 2011 ●EDITOR: André Garcia ●COORDENADORA EDITORIAL: Graziela Reis ●E-MAIL: agropecuario.em@uai.com.br ●TELEFONE: (31) 3263-5138
ESTADO DE MINAS ● SEGUNDA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2010 ●EDITOR: André Garcia ●COORDENADORA EDITORIAL: Graziela Reis ●E-MAIL: agropecuario.em@uai.com.br ●TELEFONE: (31) 3263-5138

AGROPECUÁRIO 12 AGROPECUÁRIO

AGROPECUÁRIO AGROPECUÁRIO AGROPECUÁRIO


FOTOS: MARCOS CAMPOS/DIVULGAÇÃO MARCELO SANT'ANNA/EM/D.A PRESS

PESQUISA SURPRESA NO CAMPO

Rally da Safra vê superação no plantio de soja e milho Raiz que estava plantada havia 10 anos assusta sitiante
de Oliveira. Tamanho “exagerado” é considerado raro
Belas e produtivas
PAULO WHITAKER/REUTERS - 28/2/08

Que venhaMandioca de de
51,3kg
SINDAG/DIVULGAÇÃO PAULO WHITAKER/REUTERS – 26/3/09

produtores do Triângulo ao Noroeste do estado


As lavouras de Minas Gerais
prometem bom desempenho
nesta safra, apesar do período das
chuvasquecastigouasplantações
dústrias de São Paulo (Fiesp).
André Debastiani, coordena-
dor da equipe que visitou fazen-
dasemMinas,dissequeháproble-
observa Sebastiani.
Se o clima quente e úmido le-
vou ao desenvolvimento de fun-
gos, em especial, os responsáveis
a colheita 2011
A esperança é de que o ano queTEREZA
acabaRODRIGUES
de começar traga bons frutos
não virar para adeagricultura
história pescador”. e a pecuária. O
cou o agrônomo. Ainda de acor-
desde o começo de janeiro, nas mas pontuais, relacionados a per- pela ferrugem asiática, Sebastiani
primeiras avaliações da equipe das com as chuvas e doenças, mas pondera queficou impressionado otimismo existe, mas não vai ser fácil superar os resultadosNão se sabe
de 2010, ao certopela
marcado se esta é recuperação
forte do com Pascoal Filho, pouca
Onofre Silveira exibe o troféu: “Para não virar história de pescador” O servidor público Onofre a maior raiz da espécie cacau co- gente costuma deixar a colheita
técnica do Rally da Safra 2010, que asafrapoderámostrarboaperfor- com o melhor preparo dos produ- de preços e incremento Antônio
de 11,1% Silveira mora em
no Produto Belo Bruto
Interno lhida(PIB)
em Minas Gerais, ou mes-
do agronegócio deSomente
mineiro. mandioca ultrapassar um
visitou propriedades no estado de mance. No Triângulo mineiro, as tores para combater a praga. “É Horizonte há 40 anos e mantém mo no Brasil. Nem a Empresa de ano: “Se ela fica muito tempo
9 a 11 deste mês. A iniciativa é da lavouras sofreram com a seca de impressionante como a realidade por isso, os produtoresumrurais
sítiodevem dar início
em Oliveira, aos trabalhos
na Região de 2011
Assistência com uma
Técnica boa dose em
e Extensão de cautela.
solo, torna-se imprópria pa-
Agroconsult, realizadora do rally, janeiro e fevereiro, mas o restante mudou desde 2006, quando co-
que deverá colher 1.500 amostras doperíododasafrafavoreceuare- meçamos a acompanhar a evolu- Afinal, o clima ainda é Oeste de Minas,
imprevisível, e apara se distrair,
receita de câmbio Rural de Minasque
valorizado, Gerais
tira (Emater- ra consumo,
a competitividade das fica fibrosa, dura”.
noBrasil,percorrendo98%daárea cuperação das plantações. “O pro- ção da ferrugem asiática. Hoje, levar amigos e familiares e “tra- MG) ou a Empresa Brasileira de
plantada de soja no país e 80% da dutornãoconsegueinfluenciarna existem produtos mais eficientes. exportações, somada àzer falta de infraestrutura,
coisas boas da roça paradáaumci- banho de água
Pesquisa fria nos que
Agropecuária pensamSAIBA
(Embra- MAIS Existem dois tipos
em turbi-
terras cultivadas com milho. O re- formação dos preços e no clima, O produtor está mais preparado e dade”. Ele não imaginava, no en- pa) fazem esse tipo de registro. de mandioca, a de mesa e a in-
sultado do trabalho será apresen- mas tem trabalhado com tecnolo- temmaisconhecimentosobreco-
nar os investimentos. São gargalos
tanto, que umaantigos que representam
mandioca uma grande
lá No entanto, de acordo pedra
com ano caminho
Em- paraA acacau, plantada no sí-
dustrial.
tado dia 30, na Federação das In- gia disponível e muita dedicação”, mo combater o fungo”, afirma. expansão ainda maiorplantada havia quase
do agronegócio 10 anos,
de Minas brapa Mandioca e Fruticultura, tio de Onofre, faz parte do pri-
e do país.
praticamente esquecida entre não há notícias de colheita desse meiro grupo e costuma pesar
os pés de laranja, fosse lhe ren- porte em seus dados. até 2kg e medir até 40cm. Ela es-
der fama e tantas histórias
LEIA MAIS SOBREpara
contar. “Eu sabia que tinha
OS DESAFIOSPara
so- 4 E mo
PÁGINAS 5
PARAo2011

engenheiro-agrôno- tá entre as espécies mais plan-
Waldyr Pascoal Filho, coor- tadas no estado, segundo a
brado uma raiz no antigo man- denador técnico estadual de cul- Emater-MG. Já a mandioca in-

diocal e via o solo trincado. Ima- turas e biocombustíveis da dustrial é mais comum no Sul
ginava que tinha ficado grande, Emater-MG, a mandioca colhida do país. Ela apresenta raízes
mas não que pudesse ser tão no sítio de Onofre é uma aberra- mais grossas e compridas, mas
exagerada”, disse. ção. Entretanto, ele explica que, é imprópria para consumo –
No dia 18, uma turma de mesmo sendo raro, se a raiz fi- tem alta concentração de ácido
amigos estava no sítio e surgiu a car muito tempo na terra e tiver cianídrico. É a chamada man-
ideia de arrancá-la. “Demoramos ambiente favorável, pode sim dioca brava. Em Minas, a expec-
Houve prejuízos, como a redução do peso dos grãos, mas os produtores estão melhor preparados um tempão e precisamos de três chegar a tais proporções. “Man- tativa é que neste ano sejam co-
homens para conseguir tirá-la dioca tende a criar ramificações lhidas 835.500 toneladas de

ALIADO
inteira”, contou Onofre. Eles tive- e pode crescer permanente- mandioca. A área plantada deve
ram trabalho também para car- mente se estiver plantada em chegar a 55.100 hectares. A pro-
regá-la, mas, como um troféu, fi- solo bastante fértil, com abun- dutividade média é de 15 tone-
zeram questão de exibi-la, “para dância de esterco e água”, expli- ladas por hectare.

ELEIÇÕES NA MIRA
DE PESO
    
    
 
 
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DO PRODUTOR RURAL
 
‚   €€  ƒ „…† 
 ­      
…   ƒ „… ‡ˆ „

A procura pelos serviços aéreos no com- benefícios, frente ao desempenho dos trato- dio para ter o equipamento à disposição es-
 
  
bate a pragas das lavouras e nas semeaduras res, têm permitido à aviação agrícola, já co- tá entre R$ 20 e R$ 25 por hectare e ele só não     
     
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cresce cerca de 5% ao ano, com as vantagens nhecida das plantações de soja, milho e algo- é recomendado em cultivos muito peque- O que os candidatos ao governo de Minas e à brar que o Brasil já é líder nas exportações de pelo homem do campo não são contemplados
do uso do avião em aplicações mais rápidas dão, conquistar adeptos nas fazendas produ- nos, devido ao risco de contaminação de
Presidência da República estão prometendo soja, café, carnes, fumo e laranja. No entanto, es- pelas propostas. Por isso, aqueles que tiram o
e uniformes de defensivos e fertilizantes. Os toras de banana e frutas cítricas. O custo mé- áreas vizinhas.
           àqueles que seguram as rédeas da agropecuá- forços voltados para a agricultura familiar é sustento da terra devem ter muita atenção na
LEIA MAIS SOBRE AVIAÇÃO AGRÍCOLA 
  
PÁGINAS 6 E 7              
   ria no país? O agronegócio nacional deve se for- que são comuns nos planos de governo daque- hora de votar no domingo.
   
        

 Š  ƒ „…      


talecer como uma das bases da sustentação da les que lideram as últimas pesquisas eleitorais.

❚ ❚
               

LEIA MAIS SOBRE ELEIÇÕES


força da economia nacional até 2014. Vale lem- Vários dos pontos considerados importantes PÁGINAS 6, 7 E 9
 „    …  †  ‡    
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Lançado em 25 de novembro de 1965, o Caderno Agropecuário do jornal


Estado de Minas tem seu foco no homem que vive da terra ou tem no
campo o seu espaço de negócios e lazer. Com o objetivo de ser um retrato
do campo, publica amplas reportagens e o passo a passo das técnicas mais
adequadas ao plantio e manejo animal. O caderno agrupa cursos, encontros,
palestras, previsão meteorológica e receitas da cozinha mineira. Tem o
Agrocorreio, espaço destinado para o leitor tirar dúvidas com especialistas
sobre plantio, uso de agrotóxicos e criação de animais. Circula às
segundas-feiras, em todo o estado.
52

pronunciamentos
2011

política grande Medalha

Deputado Federal Deputado Federal


Paulo Piau Aldo Rebelo
(PMDB-MG) (PCdoB-SP)

Senadora Governador
Kátia Abreu Antonio
Presidente da CNA Anastasia
53
54

política
2011

Deputado Federal
Paulo Piau
(PMDB-MG)
Natural de Patos de Minas. Produtor rural, engenheiro agrônomo e
Magister Science em Zootecnia pela UFV (Universidade Federal de Viçosa).
Foi secretário de Indústria, Comércio e Turismo e de Agropecuária e
Abastecimento de Uberaba. Atuou na Epamig (Empresa de Pesquisa
Agropecuária de Minas Gerais) como pesquisador, gerente do Centro
Regional de Pesquisa Agropecuária do Centro-Oeste, chefe do Centro
Regional de Pesquisa Agropecuária do Triângulo e Alto Paranaíba e
superintendente técnico-administrativo na Unidade Central/BH. Deputado
estadual por três mandatos (1995 a 2007). É deputado federal pelo PMDB.
55

“Boa noite a todos e a todas.

Eu queria pedir permissão à mesa para cumprimentar, em primeiro lugar, os


produtores rurais do nosso Estado de Minas Gerais, representando aqui todos os
produtores brasileiros.

Fazer uma referência muito especial ao nosso governador, professor Anastasia,


e dizer do meu respeito pela pessoa do senhor e a admiração que tenho pelo seu
governo.

Também ao nosso presidente Roberto Simões, da nossa FAEMG, que é ainda


presidente do Conselho do Sebrae Nacional, liderança que vem brilhando em Mi-
nas e no Brasil.

Cumprimentar o ministro, presidente, deputado Aldo Rebelo, e aqui já dizer da


minha alegria de ter sido seu parceiro nesse trabalho de reformulação do Código
Florestal brasileiro que, para mim, foi um aprendizado da mais alta qualidade.

Queria fazer apenas um agradecimento muito especial aqui. Primeiro a Deus,


pela nossa presença, pela nossa existência, pela nossa saúde.

Fazer uma referência muito especial ao meu pai, Jairo Geraldo Nogueira, que já
faleceu há oito anos e que também foi presidente do Sindicato Rural de Patos de
Minas, nossa terra natal, pessoa que, para mim, foi uma luz.

Agradecer à minha família e faço em nome da minha esposa, Heloísa, que está
aqui presente.

Agradecimento também a esta Federação de Agricultura do Estado de Minas


Gerais. Instituição competente que, nos seus 60 anos de existência, vem prestando
um trabalho excepcional ao nosso estado, em conjunto com os Sindicatos Rurais
e todos os produtores e trabalhadores rurais de Minas.

Fazer um reconhecimento da importância do sindicalismo, do associativismo,


do cooperativismo, da organização social rural na construção da democracia do
nosso país. Aprendi muito com a FAEMG, desde menino, por ser filho de presi-
dente de Sindicato Rural, e, posteriormente, esse relacionamento continuou com
56

o meu trabalho de engenheiro agrônomo


na Acesita Energética, na minha Epamig,
na Secretaria de Agricultura de Uberaba e,
ultimamente, como deputado estadual e
federal. Sempre estivemos juntos.

Gostaria também de deixar um tri-


buto muito especial, presidente Roberto
Simões, aos ex-presidentes dessa Casa,
começando por José Álvares Filho, pai
do nosso Jacques Gontijo, aqui presente.
Ao Edilson Lamartine, que é da cidade de
Uberaba, que, pela sua morte, foi substituído por Antonio Ernesto, grande com-
panheiro; ao Gilman Viana, que marca presença aqui; e agora sob a batuta de
Roberto Simões.

Meu tempo é curto, mas eu queria apenas deixar aqui alguns desafios que
nós temos, como classe rural brasileira. O primeiro deles é com relação à ma-
nutenção do direito de propriedade nesse nosso país. Pode parecer uma coisa
meio estranha falar desse assunto, mas nós não podemos nunca descuidar do
ideologismo e das frequentes pressões sobre esse assunto. Cuidar bem da nossa
terra, que hoje é um ativo extremamente importante no mundo. Só existe terra
em disponibilidade maior no Brasil e na África e, portanto, não é à toa que a FAO
dá responsabilidade ao nosso Brasil e aos nossos produtores rurais de fornecer,
nos próximos dez anos, a metade do incremento de 40% na produção de ali-
mentos para abastecer os sete bilhões de habitantes do Planeta Terra. E também
dizer que a agricultura e a pecuária trazem estabilidade econômica, através do
equilíbrio da balança comercial e social, pela colocação da comida a preço que
o trabalhador brasileiro pode pagar.

Porém, existe uma instabilidade no setor hoje pelo que nós estamos presenciando.
Uma instabilidade política pela falta, talvez, de uma comunicação mais eficaz – que
bom, Álvaro, que a gente está aqui hoje homenageando o nosso caderno especial de
agropecuária do jornal Estado de Minas – e talvez pela falta de informação da socie-
dade brasileira, que se urbanizou rapidamente e isso, evidentemente, tem trazido um
transtorno e uma falta de compreensão até mesmo da importância do setor agrope-
cuário, da produção de alimentos e de energia para o nosso país e para o mundo.
57

E, por incrível que


pareça, como foi dito
pelo presidente Ro-
berto Simões, pro-
duzir alimento hoje
virou um contrapon-
to ao fundamentalis-
mo ambiental que a
gente percebe pelo
mundo afora, inclu-
sive aqui no nosso
país, fruto de uma la-
vagem cerebral pro-
movida pela mídia
internacional e na-
cional que coloca o
meio ambiente sobre
tudo, mais importante que todas as outras atividades. Não quero dizer, com isso, que
o meio ambiente não seja importante. É importante, mas não pode sobrepor à pro-
dução de comida, por exemplo. Produzir alimentos e produzir energia não pode ser
coisa do mal e cuidar do meio ambiente, coisa do bem. Essa dicotomia só atrapalha,
como foi bem dito aqui. Pesquisa do Ibope pergunta o que é mais importante: pro-
duzir alimento ou preservar o meio ambiente? Preservar o meio ambiente ganhou
de produzir esse bem de primeira necessidade, que é a nossa alimentação do dia
a dia. Se desse empate estava tudo certo, mas não é possível admitir que produzir
alimentos é menos importante do que cuidar do meio ambiente.

E, para terminar, comento sobre o trabalho do Código Florestal. Evidentemente,


quem tem mais autoridade para falar é o deputado Aldo Rebelo. A Emenda 164,
que causou tanta polêmica, de minha autoria, simplesmente consolida as áreas
em uso nas APPs, mas com toda responsabilidade o Estado tem instrumentos para
buscar de volta para o meio ambiente tudo aquilo que tiver valor ambiental, com
a parceria dos governos estaduais. O Palácio do Planalto queria consolidar tais
áreas apenas por decreto presidencial, o que, todos sabemos, é inviável. Mas, o
governo federal tem pesquisa de opinião pública dizendo que 80% dos brasileiros
não querem alteração do Código Florestal, fruto de muita desinformação, além das
pressões internacionais. Quem conhece os detalhes do relatório do deputado Aldo
58

Rebelo sabe que ele é responsável e equilibrado na busca do desenvolvimento


sustentável.

Mas, são desafios que estão colocados a todos nós. Eu queria apenas agradecer
a esse grande brasileiro, que não é ruralista nem é ambientalista. Agradecer pela
sua presença aqui em Minas, deputado Aldo Rebelo, e que Deus o proteja na gran-
de missão que Vossa Excelência ainda tem pela frente.

E, no mais, agradecer ao Roberto Simões, à direção da FAEMG, agradecer aos


Sindicatos Rurais e aqui me pede o Paulo Cardoso, de Iraí de Minas, para fazer uma
referência. Em seu nome, Paulo, eu cumprimento a todos os Sindicatos, a todos os
produtores rurais, pois você os representa pela sua grande liderança.

E queria dizer ainda a todos: contem sempre com esse soldado na busca, não
de defender segmentadamente um setor, mas para defender os interesses maiores
do nosso país.

Muito obrigado!”
59
60

grande Medalha
2011

Deputado Federal
Aldo Rebelo
(PCdoB-SP)
Natural de Viçosa (AL). Jornalista e deputado federal por São Paulo,
sempre pelo PCdoB. Foi presidente da Câmara dos Deputados, ministro da
Coordenação Política e líder do governo Lula na Câmara. Na juventude, foi
líder do movimento estudantil. Chegou à presidência da UNE (União Nacional
dos Estudantes) e criou a UJS (União da Juventude Socialista). Seu primeiro
mandato parlamentar foi como vereador de São Paulo.

Aldo Rebelo está no quinto mandato consecutivo na Câmara Federal. Uma


das áreas de atuação do parlamentar é a de relações exteriores e defesa
nacional. É membro da Comissão Permanente da Câmara que analisa as
proposições legislativas dessas áreas. Em 2002, assumiu a presidência da
Comissão. Atualmente, preside o Grupo Parlamentar Brasil-China. Foi relator
do projeto do novo Código Florestal aprovado em maio, na Câmara.
61

“Boa noite, senhoras e senhores.

Prezado governador do Estado de Minas Gerais, Antonio Anastasia. Muito hon-


rado em receber, de Minas, pelas suas mãos, essa honraria na noite de hoje.
Caro presidente da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais, Roberto
Simões. Muito obrigado ao senhor e aos seus associados pela honra que me concedem.
Caro presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, deputado
Dinis Pinheiro.
Prezada amiga, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil,
senadora Kátia Abreu.
Prezado colega, companheiro, deputado Bernardo Santana de Vasconcellos.
Prezado secretário de Agricultura, Elmiro Alves do Nascimento.
Senhor secretário de Meio Ambiente, Adriano Magalhães Chaves.
Prezado companheiro, presidente nacional do Sebrae, Luiz Barretto.
Senhor presidente da Federação das Indústrias de Minas, Olavo Machado Junior.
Senhor presidente da Federação do Comércio, Lázaro Luiz Gonzaga.
Prezado amigo, deputado e secretário Carlos Melles.
Prezado companheiro, deputado federal Paulo Piau.
Prezado deputado Carlin Moura, do meu partido, PCdoB. Em seu nome saúdo
os companheiros aqui do PCdoB de Minas Gerais.

Senhoras e senhores, produtoras e produtores rurais.

Senhoras e senhores.

Receber da Federação da Agricultura de Minas e das mãos do excelentíssimo


senhor governador esta homenagem, na noite de hoje, amplia a minha responsa-
bilidade e a minha profunda admiração e respeito por Minas Gerais e por seu papel
na história presente e futura do nosso país.

E os agricultores e as agricultoras de Minas Gerais, que fazem não apenas a


história presente da economia dinâmica que se vê nos campos deste grande es-
tado, mas a agricultura de Minas Gerais, que reinventou o estado, quando, depois
do Ciclo do Ouro, por um século, produziu a metade do ouro de todo o mundo e
ajudou a fazer não apenas a riqueza de Portugal. Esgotado o ouro de Minas, muitos
previram a decadência, o declínio do estado. Porém, Minas reinventou seu destino
no início do século XIX, exatamente através da sua agricultura.
62

Na sua agricultura, Minas também escreveu o seu imaginário, a sua bela culiná-
ria, a sua poesia, a sua literatura, que é a obra do grande João Guimarães Rosa. O
folclore de Minas, inspiração dos seus poetas e dos seus músicos.

Portanto, senhor governador Antonio Anastasia, caro presidente Roberto Simões, se-
nadora Kátia Abreu, se o Brasil deve aos seus agricultores boa parte da sua identidade, do
seu imaginário como nação, Minas deve aos seus agricultores o que tem de mais profun-
do e mais duradouro na sua história e na sua cultura. Sem demérito, naturalmente, para as
realizações, principalmente as mais recentes, da sua indústria, do seu comércio. Indústria e
comércio que precisam dar uma manifestação mais solidária ao campo e à agricultura do
país, como na batalha que nós enfrentamos no Código Florestal, quando nos deparamos
praticamente sozinhos, os agricultores do país, do Rio Grande do Sul ao Amazonas, do
Espírito Santo às fronteiras com a Bolívia. Difamados como inimigos da natureza, acusa-
dos injustamente como adversários do meio ambiente. Foram acusações irresponsáveis,
inverídicas e a sociedade urbana, em boa parte, manteve-se distante e indiferente.

Eu converso com dirigentes da indústria. Eu digo: é da indústria que boa parte da


agricultura se alimenta. Não é nas fazendas que são fabricados os tratores nem os im-
plementos agrícolas. É o emprego industrial que a agricultura ajuda a gerar. É o comér-
cio que a agricultura ajuda a movimentar. Portanto, a batalha em defesa da agricultura
não pode e nem deve ser uma batalha dos agricultores. Deve ser uma batalha da socie-
dade brasileira, do povo, da indústria, dos trabalhadores, do movimento sindical, por-
que os trabalhadores precisam de alimentos acessíveis e a baixo custo, porque, quando
há inflação e quando aumentam os preços dos alimentos, é na mesa e no salário dos
mais pobres que o primeiro impacto se abate, principalmente.

Portanto, a defesa da agricultura do Brasil é de interesse nacional, é de interesse


da sociedade, é de interesse do país. E foi exatamente por esse motivo, porque não
sou membro da Comissão
da Agricultura na Câmara
dos Deputados, não inte-
gro a Frente Parlamentar
da Agropecuária, mas in-
tegro o Congresso brasilei-
ro. Sou deputado do Brasil.
Não sou parlamentar fran-
cês, nem americano, nem
63

belga. Não posso ter compromisso com a agricultura subsidiada, que eu respeito.
É um direito do governo dos Estados Unidos subsidiar os seus agricultores. É um
direito do governo francês transformar os seus agricultores em funcionários públi-
cos e dar-lhes uma renda do Estado para que não dependam da renda privada. É
um direito dos governos europeus proceder dessa forma.

Mas, não venham pedir que no Brasil encontremos nos legisladores brasileiros
advogados desses interesses e nem dessas causas, que são legítimas no estrito
limite dos interesses da França, dos interesses da Europa, mas não dos interesses
do Brasil. Aqui nós temos que legislar para os interesses do Brasil, do emprego, do
trabalho, da indústria, do comércio e da agricultura do Brasil.

E era isso que estava em debate no Código Florestal. Não era a largura de uma
beira de rio de 30, de 50, 100 ou 500 metros. Uma mata ciliar de 200 ou 300 me-
tros ou uma reserva legal de 20%, 50%, 80%, porque esse debate simplesmente
não existe no mundo, em nenhum parlamento do mundo, em nenhum jornal do
mundo, em nenhuma imprensa do mundo, porque se relevante fosse, de fato, para
o meio ambiente, para a biodiversidade, duvido que o parlamento francês não ti-
vesse já exaurido qual seria a reserva legal da França, da Bélgica, da Austrália ou a
mata ciliar da Suécia, do Canadá, dos Estados Unidos.

Esse debate é imposto ao Brasil por uma razão comercial. Não que o meio ambien-
te não seja importante. Não que não precise ser preservado e defendido. Não que não
haja, de fato, danos lamentáveis à natureza e ao meio ambiente. Como há no mundo
danos aos direitos humanos. Como há no mundo danos à democracia e, muitas vezes,
em nome da democracia não é a democracia que se defende, são os interesses do petró-
leo, os interesses econômicos dos países ricos, como, muitas vezes, em nome do meio
ambiente, na verdade se defende os interesses comerciais daqueles que exportaram suas
indústrias para a Ásia e que temem a concorrência e o dinamismo da agricultura do Brasil.

É isso o que eu vi em debate. É isso que me deixou estarrecido. É isso que me


deixou indignado. Como é que a sociedade, o Estado e o Congresso brasileiro per-
mitiram que se montasse um cerco aos agricultores do país, um cerco moral. Che-
gar ao Mato Grosso e um agricultor dizer que esconde dos seus parentes, quando
vai para o Paraná ou para o Rio Grande do Sul, que é agricultor no Mato Grosso.
Onde muitas famílias têm lá os seus entes queridos enterrados pela malária, pelas
doenças infecciosas, para tentar fazer aquilo que o governo exigiu, que era a pre-
64

sença brasileira na Amazônia. Como é


que se pode agir dessa forma?

A agricultura e o campo do Brasil não


são apenas produtores de alimentos.
São produtores de valores, de cultura, de
identidade, do idioma que se fala até a música que se produz. Da música popular
à música erudita, do Luiz Gonzaga ao Teixeirinha no Rio Grande, ou a Tonico e Ti-
noco. Até o Villa-Lobos, para fazer sua música erudita, andava com um gravador do
tamanho dessa mesa pelo campo do Brasil para colher as motivações da sua música.

Portanto, senhoras e senhores, agradeço, mais uma vez, e me sinto muito hon-
rado. Tenho, em relação às senhoras e aos senhores, produtores rurais, uma pa-
lavra de estímulo, de gratidão e de reconhecimento pelo esforço que se faz para
que este país produza alimentos suficientes para alimentar seu povo e para ajudar
a equilibrar a balança comercial brasileira.

Consciente, pelas minhas convicções políticas, dos conflitos e das contradições


sociais que marcam a sociedade e que marcam o campo no Brasil, mas ainda mais
consciente de que o Brasil precisa e que é devedor do esforço dessa agricultura –
da pequena, da familiar, da média e da grande, cada uma cumprindo o seu papel
em função do interesse nacional. E que as palavras da grande poetisa Cecília Meireles,
quando se dirige aos pusilânimes, sejam ouvidas por aqueles que acham que podem
sacrificar o esforço e a nossa agricultura diante das pressões externas, tanto avocadas,
deputado Paulo Piau e deputado Bernardo Santana de Vasconcellos, nesse debate. Para
tudo se dizia que eram as pressões externas. Não pudemos por causa das pressões ex-
ternas. Nós já enfrentamos pressões externas muito maiores. Enfrentamos e vencemos.

Portanto, parabéns, às senhoras e aos senhores. Muito obrigado pela honraria que me
concedem e da qual não me julgo merecedor porque fiz apenas a minha obrigação como
brasileiro e como legislador brasileiro. Não fiz mais do que a minha obrigação. As senhoras
e senhores, portanto, senhor presidente Roberto Simões, não me deviam nada, mas de
qualquer jeito seguirei procurando sempre honrar a homenagem que me prestaram.

Muito obrigado, Minas Gerais.

Muito obrigado, senhoras e senhores.”


65
66

2011
Senadora
Kátia Abreu
Presidente da CNA

“É um prazer e uma alegria estar aqui novamente, nesta data tão importante
para o nosso setor, especialmente para a agropecuária de Minas Gerais. Gostaria de
iniciar as minhas palavras, em que pese estarmos numa grande comemoração na
noite de hoje, expressando os meus mais sinceros sentimentos pela perda do meu
colega senador Itamar Franco. Fará muita falta no Congresso Nacional. Um ho-
mem ético, honesto, trabalhador e digno, que soube, em pouco tempo no Senado
Federal, honrar os mineiros naquela Casa. Deixo um abraço especial aos senadores
Aécio Neves e Clésio Andrade.

Dia do Produtor Rural de Minas Gerais, 60 anos da FAEMG, Medalha do Mérito


Rural. Nós temos muita coisa para comemorar, graças a Deus! Apesar das dificul-
dades, merecemos fazer as nossas comemorações. Por isso, cumprimento, com
muita alegria, os homenageados, começando por Paulo Piau, autor da grande
Emenda 164. De forma corajosa, soube conduzir e, com o estilo especial mineiro,
conseguiu convencer a todos da importância daquela emenda. Tornou-se uma
polêmica nacional, usada por alguns como um grande engodo. Tentaram trans-
mitir equívocos com relação a essa grande emenda, que não faz nenhum mal ao
Brasil. Ao contrário, faz bem ao alimento, faz bem ao emprego, faz bem às expor-
tações, faz bem à economia.

Aldo Rebelo, este grande brasileiro, que nos ajudou muito. Com a sua sensibili-
dade, com seu sentimento nacionalista, pode ser uma pessoa imparcial e conduzir,
da forma como conduziu, para que chegássemos até aqui a bom termo. Talvez,
se um de nós, da bancada ruralista, do agronegócio, fosse o relator dessa matéria,
poderia até conhecer ainda mais do que o Aldo os temas, o dia a dia da questão
67

ambiental, mas talvez não conseguíssemos avançar tanto quanto ele conseguiu,
pelo partido a que pertence, pela sua imparcialidade. Isso foi extraordinário, desde
a escolha lá na Comissão Especial, da Câmara dos Deputados, quando nossos de-
putados abriram mão e escolheram, de forma brilhante e inteligente, este corajoso
homem, que tem uma força moral extraordinária.

Quero cumprimentar os produtores que foram aqui homenageados e agradecer,


Roberto Simões, a presença de 5,5 mil produtores rurais das Minas Gerais, que estiveram
em Brasília, numa manifestação extraordinária e muito importante para que pudésse-
mos ter chegado até aqui. Foram 25 mil produtores rurais que estiveram em Brasília,
num único dia, e Minas Gerais foi o recorde nacional – 5,5 mil –, que Roberto Simões e
os nossos maravilhosos presidentes de Sindicatos Rurais conseguiram levar até Brasília.

Os amigos do agronegócio, cumprimento de forma muito especial Antonio Ernesto


de Salvo, através do Toninho, Antônio Pitangui de Salvo, que a cada dia está mais parecido
com o pai. Sempre que me encontro, não deixo de levar um susto e ficar bastante surpresa.
Era meu mestre querido e faço questão absoluta de honrá-lo, em todas as circunstâncias.

Roberto Simões, parabéns pela Federação, parabéns pelo seu trabalho, para-
béns pela presidência do Sebrae. Acho que foi a escolha mais extraordinária que
fizemos, foi a CNA indicar o Roberto para nos representar no Sebrae. E, talvez, num
tempo recorde, conseguiremos avançar nas grandes parcerias com o nosso Sebrae
Nacional. E isso, para nós – e está aqui o presidente executivo do Sebrae, Luiz Bar-
retto, que tem sido um colaborador, pessoa bastante sensível ao nosso setor. E as
grandes parcerias surgirão, com Roberto Simões à frente do Conselho Deliberativo
do Sebrae e com toda a diretoria executiva. Muito obrigada por tudo!

E o meu governador – apesar de ser senadora do Tocantins, Anastasia também é


um pouco governador da Kátia
Abreu. Tenho um carinho es-
pecial, uma admiração profun-
da pelo Antonio Anastasia. Se
um dia eu chegar a governar
o meu estado, Tocantins, ga-
ranto a vocês que iria fazer de
tudo para copiá-lo, do começo
ao fim, como ele faz aqui em
68

Minas Gerais. Você é um modelo nacional de competência, eficiência, honestidade,


dando também uma lição de política para aqueles que diziam que Anastasia não era
político. Ninguém chega onde chegou se não tiver, nas suas veias, o sangue político.
Muito obrigada por tudo o que você faz pelo nosso Estado de Minas.

Amigos, gostaria apenas de deixar aqui uma reflexão. Se fizermos uma volta no
túnel do tempo e imaginar quantos conflitos, quantas demandas enfrentamos ao
longo do tempo... Muitos de nós ficam imaginando: por que tudo isso? Porque a
grande maioria dessas demandas e desses conflitos é artificial e incompreensível
e, por muitas vezes, insana. Por isso, essa reflexão é importante, porque durante os
últimos 40 anos, especialmente, esses conflitos foram criados para nos paralisar.

Mas, assim como aquela mãe zelosa, às vezes, torce para que o seu filho não cres-
ça, para que ele não saia de casa, para que ele não adquira suas asas, a mesma coisa
acontece conosco: contrariar uma vocação, ninguém no mundo consegue fazer. E,
apesar dos conflitos artificiais, apesar da tentativa de nos empatar, a vocação falou
mais alto e esse filho cresceu, mesmo sem a vontade da sua mãe e do seu pai, e se
tornou um filho adulto e um dos maiores do mundo. A melhor, a maior e mais barata
agricultura do planeta saiu do nosso país, apesar das calúnias, das infâmias, das menti-
ras sobre o trabalho escravo, das invasões de terra e das questões ambientais.

As questões das invasões de terra caíram por terra. Caiu de maduro, porque a
sociedade viu, a imprensa colaborou com a verdade e, hoje, estamos vendo um
movimento, um MST, que não tem credibilidade, que é achincalhado. Perdeu o res-
peito da sociedade, porque deixou de ser um movimento social legítimo para ser
um movimento político, que usa pessoas desvalidas, empobrecidas, desempregadas
para cometer crimes no país. Com relação ao meio ambiente, tenham mais um pou-
quinho de paciência, porque assim como a Câmara fez, vocês não tenham dúvida, o
Senado também fará e votaremos a lei ambiental do jeito que o Brasil quer. Quando
terminarmos este grande embate, vamos trabalhar a questão do trabalho escravo.
Mais uma mentira, mais um engodo, mais uma infâmia que precisamos vencer.

Estimulam os conflitos para nos paralisar, mas vamos continuar crescendo, porque
hoje não somos ainda os mais eficientes e os mais produtivos do mundo. Estamos
chegando lá, mas somos o país do mundo que mais cresce em eficiência e produtivi-
dade. Alguns fazem as suas prospecções dizendo que, nos próximos dez anos, sere-
mos os maiores em tudo. Pois eu garanto a vocês que não levará dez anos. Levaremos,
69

no máximo, cinco anos para sermos os melhores em eficiência e em produtividade.


Com relação à questão ambiental, o que fará a nossa vitória – claro que o
nosso esforço, o empenho da bancada rural, dos produtores do país, da imprensa
nacional, dos nossos líderes, que têm trabalhado dia e noite – no Código Florestal
é a ausência de argumentos. Ausência de argumentos porque a verdade é como a
gravidez de uma mulher: só se esconde, no máximo, por dois meses e depois não
tem mais jeito. E sobre o Código Florestal, as verdades estão brotando todos os
dias, inclusive lá fora, inclusive na Europa e nos Estados Unidos, porque tomamos
uma atitude firme. Contratamos uma assessoria internacional, nos Estados Unidos
e na Europa. Hoje, a CNA está participando de todo o debate, em toda a mídia
internacional, colocando os nossos argumentos. Portanto, as máscaras vão cair.

A verdade vai sobrepor e, como disse Paulo Piau e como disse Aldo Rebelo, os
números são mágicos, os números são reais. É um terço do PIB, um terço do em-
prego e 40% das exportações. E isso não pode ser renegado por um país que cons-
truiu a sua riqueza com o suor dos produtores rurais de todo o Brasil. Agora, toda
luta tem várias vitórias. Nós não alcançaremos a vitória apenas com a votação do
Código Florestal, alcançando a segurança jurídica, alcançando a paz que todos
nós precisamos. Vamos ganhar muito mais do que isso, porque nunca a sociedade
teve a oportunidade de conhecer o nosso setor como está tendo nesse episódio.

A imprensa nacional nunca divulgou tanto, com tanta força, apesar de, às ve-
zes, com palavras duras, palavras difíceis, palavras injustas, mas se fizermos uma
análise, durante todo esse período, como fazemos todos os dias na CNA, a impren-
sa nacional tem se mantido imparcial e, na grande maioria das vezes, colaborado
conosco, porque tem conseguido absorver os nossos argumentos, os nossos nú-
meros e o trabalho que temos feito naquela Casa. Portanto, se já tivemos, em 1960,
a importação pesada de alimentos, por conta da industrialização do país, por conta
do grande trabalho do nosso Juscelino Kubitschek; se tivemos, em 1970, Alysson
Paulinelli, que nos ajudou tanto, a grande revolução verde deste país; se passamos
pela década de 80 com grande endividamento; hoje, estamos comemorando não
só os 60 anos da FAEMG, os 60 anos da CNA, mas 60 anos de uma política agrícola
com o mesmo modelo atrasado, engessado, retrógrado, que está tirando a renda e
a vitalidade dos produtores do país.

Neste momento, nesta década, precisamos que os conflitos sejam minimizados,


para que a gente possa trabalhar de verdade por aquilo que estamos precisando. Uma
70

política agrícola justa, transparente, correta, onde


todas as subvenções, tudo aquilo que é disponibi-
lizado pelo governo federal possa vir para a mão
dos produtores rurais e não para os intermediários,
como ocorre na subvenção ao frete, como ocorre
com os leilões, como ocorre com o preço mínimo,
que nunca é cumprido na hora da nossa colheita,
na hora da comercialização dos nossos produtos.
Mas estamos trabalhando e este ano ainda vamos
implementar, nem que de forma modular, essa nova
política agrícola. E precisamos falar nela todos os dias com os nossos parlamentares,
com os nossos deputados federais, estaduais, senadores, que esta política agrícola é
vital para que o setor agropecuário possa continuar crescendo.

Por último, quando terminarmos os conflitos artificiais, que passarmos para a


luta da política agrícola, também precisamos lembrar da logística do nosso país.
Este, sim, é um conflito real. Assim como o modelo da política agrícola, a logística
talvez seja o conflito mais real que estamos vivendo no país. As estradas, 70% estão
péssimas ou ruins. Também com relação à logística, um dia choramos e lutamos
pelas estradas sem asfalto, pelas estradas de terra. Depois, lutamos pelas estradas de
asfalto. Passamos um período ainda priorizando as ferrovias. Mas, hoje, a nossa ob-
sessão deve ser o avanço pela hidrovia, pela ferrovia, pela modernização dos portos,
porque hoje o agronegócio exige isso. Sessenta por cento de todas as exportações
de produtos agrícolas dos Estados Unidos passam pelo Mississipi. E a nossa produ-
ção passa por estradas esburacadas, mal feitas, mal zeladas. Precisamos falar isso às
nossas bancadas, todos os anos, principalmente na formatação do orçamento.

Imaginem Minas Gerais. É o estado onde mais cresce o agronegócio no país,


acima da média nacional. Imaginem Minas Gerais, com o governador que tem,
com a bancada maravilhosa que possui, se ainda tivesse a hidrovia de Pirapora-
Juazeiro e a ferrovia de Pirapora-Unaí no Noroeste mineiro. Ninguém seguraria.
Seriam ainda mais extraordinárias as Minas Gerais do que são hoje. Portanto, va-
mos focar e compreender os conflitos artificiais, mas não vamos perder o foco nos
conflitos reais. Política agrícola nova, modelo novo já. Logística mais do que na
hora. É o que o agronegócio precisa neste país.

Muito obrigada e parabéns a todos os homenageados!”


71
72

2011

Governador
Antonio Anastasia
“Boa noite, senhoras e senhores. Minhas saudações a todas as lideranças da agro-
pecuária mineira que aqui se encontram. Permitam-me saudar nossa eminente sena-
dora, líder inconteste de toda a agropecuária brasileira e presidente da Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil e, se me permitem, minha estimada amiga, Kátia
Abreu. Bem-vinda a Minas Gerais, mais uma vez. Ela que traz, como disse o nosso
presidente, Roberto Simões, não só os bons ventos, fortes e robustos, mas mais do
que isso, como acabamos de ver, ideias, inteligência e propostas. Parabéns, senadora!
Muito obrigado por suas palavras.

Eminente presidente Roberto Simões, que preside com tanto garbo e denodo a
nossa agora sexagenária Federação da Agricultura de Minas. Receba da parte dos
mineiros, em meu nome, os nossos cumprimentos.

Permita-me também saudar o eminente presidente da egrégia Assembleia Le-


gislativa de Minas, deputado Dinis Pinheiro.

O eminente secretário de Estado de Agricultura, Elmiro Nascimento.

O eminente secretário de Estado de Meio Ambiente, Adriano Magalhães.

O eminente secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, deputado


federal Carlos Melles.

O homenageado com a Grande Medalha do Mérito Rural, deputado federal por


73

São Paulo Aldo Rebelo. Os cumprimentos dos mineiros, eminente deputado, por essa
honraria, extremamente merecida. E agora, na sua sintética biografia apresentada, que
Vossa Excelência nasceu nas Alagoas, na cidade de Viçosa. Já previa, então, o destino,
naquele momento, que nascido em Viçosa, como a nossa Viçosa em Minas, uma das
mecas da questão agropecuária, que Vossa Excelência teria, certamente, um grande
destino, até porque a nossa Viçosa é terra de um grande nacionalista, como Vossa
Excelência também o é, o grande presidente Artur Bernardes. Então, desse modo, o
destino já estava lhe conspirando para essa participação importante que Vossa Exce-
lência tem tido no nosso Congresso Nacional.

Eminente deputado fede-


ral Paulo Piau, que recebeu
aqui, com muita justiça, o títu-
lo da Medalha do Mérito Rural
na Categoria Política, meus
cumprimentos pelo seu tra-
balho dedicado ao setor rural,
não só na Assembleia Legis-
lativa de Minas por diversos
mandatos, mas agora, tam-
bém, com grande empenho,
na Câmara Federal.

Senhor deputado federal Bernardo Santana, também eminente líder do setor,


especialmente na área das florestas plantadas.

Deputado federal Eros Biondini.

Senhor Luiz Barretto Filho, presidente do Sebrae, seja bem-vindo a Minas Ge-
rais. Está aqui prestigiando o presidente do seu Conselho e, portanto, sempre o re-
cebemos aqui de braços abertos. A parceria do Sebrae é sempre fundamental, não
só no campo da agricultura, da pecuária, mas dos demais segmentos econômicos.

Ao Dr. Olavo Machado Júnior, presidente da Federação das Indústrias, minha


saudação especial. Passamos hoje praticamente o dia todo juntos, o que é muito
positivo, porque demonstra a boa parceria entre o setor privado e o Poder Público
em Minas Gerais.
74

Presidente do Sistema Fecomércio e também do Sebrae Minas, Dr. Lázaro Gon-


zaga, meus cumprimentos igualmente por vossa presença.

Saúdo os deputados estaduais Antônio Carlos Arantes e Carlin Moura.

Ao Dr. José Roberto Sardelari, superintendente do Banco do Brasil em Minas


Gerais, também meus cumprimentos. Não preciso dizer nesse ambiente a relevân-
cia que tem o Banco do Brasil entre nós.

Permita-me cumprimentar o senhor diretor-presidente do jornal Estado de Mi-


nas, Dr. Álvaro Teixeira da Costa, aqui presente, um dos agraciados.

Saudar aos senhores prefeitos municipais, presentes em grande número.

As lideranças empresariais, a todos os premiados, aos convidados.

Me permitam uma saudação especial à minha amiga dileta, senhora Denise


Garcia, que aqui recebeu o prêmio pelo Sindicato Rural de Campo Belo. E na pes-
soa da senhora Denise quero estender a todas as mulheres presentes a minha
saudação especial.

Minhas senhoras, meus senhores, como já foi dito de modo muito claro nessa so-
lenidade, nós comemoramos aqui basicamente três grandes eventos: o aniversário
da Federação da Agricultura, com 60 anos, o Dia do Produtor Rural e, especialmente,
essa concessão importante da Medalha do Mérito Rural nas diversas categorias.

Mas, a efeméride nos permite servir de fundo para discutir temas fundamentais
relativos ao desenvolvimento da agropecuária do Brasil.

Minha cara senadora Kátia Abreu, Vossa Excelência, como presidente da Confede-
ração da Agricultura e Pecuária do Brasil, sabe bem e o disse aqui, com sua natural e
conhecida experiência e tirocínio, o que significa Minas Gerais em termos da produção
agrícola nacional nos mais diversos segmentos. Vivemos hoje em nosso estado, feliz-
mente, mercê de um trabalho ingente de todas as lideranças dos produtores rurais do
nosso estado, um momento muito feliz, como disse o presidente Roberto Simões, mas
sabemos que esse momento não veio de graça ou de presente. Ele resultou de um gran-
de esforço de cada qual que aqui está, de cada Sindicato Rural, de centenas de milhares
de produtores que estão espalhados por um estado que é do tamanho da França.
75

E, por isso mesmo, nós, mineiros, os 20 milhões, só podemos agradecer. Agra-


decer muito esse grande esforço realizado ao longo de todos esses anos. Na ver-
dade, desses séculos, porque o deputado Aldo Rebelo, no seu belo pronuncia-
mento, evocou aqui, igualmente e com extrema maestria, a história econômica de
nosso estado e como a agricultura sucedeu, ao final do século XVIII, início do XIX,
a produção mineral como peça maior de sustentação de nosso desenvolvimento
econômico. A dita Minas rural sucedeu a Minas mineral e, a partir do último século,
ambas conviveram, juntamente com a Minas industrial, presidente Olavo, trazendo
a Minas contemporânea, moderna, mas, ao mesmo tempo, tradicional, ao mesmo
tempo vinculada aos seus valores, à sua história e à sua tradição. Tradição esta,
meu caro presidente Roberto, como disse Vossa Excelência em seu discurso, nós
não podemos deixar de observar, com certa, por um lado, não digo estranheza,
mas com muita satisfação e alegria, ao percebermos que a honraria ao deputado
Aldo Rebelo, que no passado, talvez, como disse Vossa Excelência, tivesse posições
que poderiam ser estranhamente recebidas nesse ambiente, mas a maturidade
política do Brasil, e como disse o deputado Aldo Rebelo em seu pronunciamento,
o sentido de brasilidade, soa de maneira tão mais alta, especialmente nessa terra
mineira, pátria da liberdade, e, aliás, permita-me lembrar, deputado Aldo, também
do menestrel das Alagoas, o grande Teotônio Vilela, que igualmente foi um dos
grandes pais da pátria, na luta pela democracia e pela liberdade.

Nesse ambiente, portanto, de extrema harmonia e integração, nós percebemos


o reconhecimento dos valores daqueles que colocam em primeiro lugar o interes-
se público, o senso da necessidade de atendimento do povo brasileiro e, por isso
mesmo, a agricultura deve ser sempre encarada, em todas as suas facetas – quer
da agricultura familiar, do pequeno agronegócio, da média produção, das grandes
propriedades – como uma atividade essencial ao nosso desenvolvimento.

Por isso mesmo, eminente senadora Kátia Abreu, no vosso discurso, há pou-
cos instantes, Vossa Excelência bem pontua aquilo que coloca como conflitos
imaginários, virtuais, mas que existem e que têm que ser superados, e aqueles
outros mais reais e concretos, que são fundamentais. Muitos deles estão na es-
fera do governo federal. E abro aqui um breve parêntese, deputado Paulo Piau,
para cumprimentá-lo pela iniciativa de vossa emenda, porque ela prestigia a Fe-
deração, e o deputado Dinis Pinheiro, como presidente da casa legislativa mineira,
esteve recentemente no Congresso Nacional, em visita ao presidente do Senado,
76

José Sarney, exatamente junto com diversos pares de


outras casas legislativas do Brasil, demonstrando a ne-
cessidade de nós prestigiarmos a Federação através do
aumento da competência legislativa das Assembleias,
porque sabemos que no Brasil, pela sua diversidade,
pela sua heterogeneidade, pelas diferenças que temos,
a realidade mineira não é a mesma do Rio Grande do
Sul, que não é a mesma do Acre, que não é a mesma
do Piauí, que não é a mesma das Alagoas, que não
é a mesma do Mato Grosso. Cada estado tem a sua
realidade. Minas, por si só, que é um estado, tem tantas
diferenças regionais, que nós sabemos que o Jequiti-
nhonha é um, o Sul de Minas é outro. A região central
é uma, o Noroeste é outro. Não podemos imaginar,
jamais, uma legislação, não só na área ambiental, nas
diversas áreas, que imponha à nação brasileira um
perfil único em determinada política pública. Por isso,
é muito saudável esse dispositivo que permite, claro, com bom senso, a razoabili-
dade e o tirocínio de cada casa legislativa, a identificação das suas peculiaridades.

Minha cara senadora Kátia Abreu, sabemos que a questão da logística e da política
agrícola representa imensos desafios. Tenho dito e disse hoje (07/07/11), em evento com
a participação do eminente presidente Olavo Machado na área industrial, que não cabe
aos poderes públicos a realização da riqueza por ele próprio. Não é o poder público que
gera o emprego, não é o poder público que abre a fábrica, não é o poder público que
planta a cana-de-açúcar ou que vai alimentar o gado. Este é o setor privado, pela nossa
Constituição brasileira, mas cabe ao poder público, e cabe com muita responsabilidade,
criar o ambiente adequado para que isso ocorra, através da logística, através da segu-
rança jurídica, através das questões de infraestrutura, tanto física quanto social: saúde,
educação, segurança, segurança no campo, uma necessidade tão importante entre nós.
Então, esta é a responsabilidade das esferas de governo do Brasil. É esse esforço, secretá-
rio Elmiro, que, com vossa assistência, estamos realizando em nosso estado, dando con-
tinuidade àquilo realizado nos últimos anos pelo governador, hoje senador Aécio Neves.

Portanto, nosso compromisso, cada vez mais vibrante, meu caro Roberto Simões,
com os resultados da agricultura mineira, só aumenta o nosso compromisso, o
77

compromisso do governo do estado, de fornecer todos os meios possíveis, todos os


instrumentos adequados para a realização adequada desses resultados tão belos da
nossa agropecuária, para que possamos permitir que o homem que está no campo,
que desenvolve a sua atividade rural, possa, de modo legítimo, usufruir do seu traba-
lho, do seu suor e de sua família. Aqui bem foi dito que quando nós temos a agricul-
tura pujante, todo ciclo econômico ali se desdobra: no comércio e o comércio faz
encomendas à indústria e a indústria entra naturalmente naquele ciclo produtivo tão
necessário e nós passamos a ter um momento virtuoso de nossa economia.

Portanto, minhas palavras de agradecimento são especialmente para a nossa


área rural. Cumprimento aqui aos produtores que foram escolhidos e que nós vi-
mos antes no vídeo as diversas regiões mineiras, com as suas riquezas e suas pai-
sagens. Sei que cada produtor que era chamado tem a sua história, a sua trajetória,
o seu sacrifício. E cada um que ia subindo, Roberto Simões, que os conhece a to-
dos, seus familiares e sua história, ia me detalhando cada um e, portanto, em razão
desse esforço, os cumprimentos de todos nós. Da mesma forma, aos Sindicatos
aqui premiados, às personalidades indicadas, tanto tecnológica, quanto política,
como também de comunicação, meu caro Álvaro, parabéns ao Caderno Agrope-
cuário do Estado de Minas, já praticamente cinquentenário e tão tradicional.

E a grande revelação, a maior comenda ao deputado Aldo Rebelo, que demons-


trou, e concluirei aqui, com o seu trabalho equilibrado, com razoabilidade e com
sensibilidade, a despeito de seu esforço, acompanhado pela nação inteira, que como
diziam, de fato, os antigos, nós temos de ter um ponto de equilíbrio, um ponto onde
nós temos uma identificação daquilo que prevalece o interesse nacional, e coube o
destino, de fato, que Vossa Excelência, um parlamentar nacionalista, fosse o respon-
sável por esse grande avanço que nós estamos acompanhando em todo o Brasil.
Tenho certeza, como disse a senadora Kátia Abreu, que no Senado nós teremos a
confirmação, porque significa um ambiente adequado para que o campo brasileiro
possa produzir, não só para os brasileiros, mas para o mundo todo, ávido dos nos-
sos produtos, famélico pelas nossas proteínas. E é uma riqueza que não podemos
desperdiçar: temos terra, temos sol, temos água, temos capital humano, temos inte-
ligência, mas, sobretudo, temos fé e esperança nessa terra tão querida.

Parabéns às lideranças da agropecuária de Minas Gerais!

Muito obrigado.”
78

depoimentos
2011

Adriano Magalhães
Secretário de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável MG

“A iniciativa da FAEMG de homenagear pessoas e insti-


tuições com a Medalha do Mérito Rural é de grande valia
para a sociedade. Estamos valorizando homens, mulheres
e instituições que trabalham no campo, atuando como
peças chave no desenvolvimento da economia do estado.”

Alberto ferreira
Presidente da Crediminas

“Esta é uma oportunidade que a FAEMG proporciona à so-


ciedade de reconhecer produtores rurais autênticos, que
tanto fazem para engrandecer a economia do país. Ao longo
destes cinco anos da Medalha, conhecemos o trabalho de
várias pessoas, em benefício da sociedade como um todo.”

Antônio Carlos Arantes


Deputado estadual (PSC)

“A FAEMG é uma entidade de classe que tem a capacidade


de reconhecer o trabalho daqueles que contribuem para o
desenvolvimento do setor. E faz isso de forma profissional
e organizada. Esse reconhecimento estimula não só os ho-
menageados, mas toda a sociedade a melhorar cada vez
mais.”
79

Bernardo Santana de
Vasconcellos
Deputado federal (PR-MG)

“Vejo com muita justiça este ato de se dar o justo reconhe-


cimento às pessoas e às instituições de destaque no setor
em Minas Gerais. É mais uma iniciativa que demonstra a
competência do trabalho realizado por nossa FAEMG. Pa-
rabéns à toda diretoria.”

Carlos Melles
Secretário de Transportes e
Obras Públicas MG

“A Medalha é prêmio. Prêmio é traduzido em reconheci-


mento, em admiração, em gratificação, em desenvolvi-
mento. A Medalha é um instrumento que devemos sem-
pre prestigiar bastante. Eu entendo que este é o início de
uma revolução e de conquistas do setor agropecuário.”

Célio Gomes Floriani


Assessor especial da Secretaria de Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior MG

“A Medalha do Mérito Rural tem uma importância muito ex-


pressiva em função da grandeza de Minas na agropecuária, e,
principalmente, da grandeza da FAEMG. A FAEMG é uma ins-
tituição de um valor enorme, que sabe valorizar o produtor.”

Dinis Pinheiro
Deputado estadual (PSDB)
Presidente da Assembleia Legislativa MG

“Evento encantador, com uma presença muito forte do


setor rural. Cabe a cada um de nós dar sua contribuição,
seu alento e seu vigor para que a produção rural continue
gerando emprego e riqueza e cumprindo seu papel funda-
mental no desenvolvimento do estado e do país.”
80

Elmiro Nascimento
Secretário de Agricultura MG

“A Medalha presta uma homenagem às pessoas que real-


mente estão fazendo de Minas Gerais o grande celeiro do
Brasil. Aplaudimos a FAEMG, que tem uma história impor-
tante, pelo trabalho, dinamismo e, principalmente, pelas
políticas que ajudou a implementar no estado.”

Jacques Gontijo
Presidente da Itambé

“A Medalha é o reconhecimento do trabalho de abnegados


produtores rurais que dedicam sua vida a produzir alimen-
tos, numa função das mais nobres que a sociedade requer.
É um dia importante, onde pessoas que trabalham pelo
meio rural são reconhecidas pela sociedade.”

José Roberto Sardelari


Superintendente em MG do Banco do Brasil

“O Banco do Brasil considera bastante louvável a iniciativa


da FAEMG de enaltecer personagens de destaque da agro-
pecuária mineira. Continuamos à disposição para intensifi-
car nossa parceria com essa respeitada entidade, incansá-
vel representante dos produtores rurais de nosso estado.”

Lázaro Luiz Gonzaga


Presidente da Fecomércio e do Conselho
Deliberativo do Sebrae-MG

“Este evento mostra a bravura, a consistência do nosso


produtor rural. Temos que apoiar e torcer para que as con-
dições melhorem, porque o produtor luta contra muitas
adversidades, muitas dificuldades. A Federação do Comér-
cio e o Sebrae apoiam este desenvolvimento.”
81

Luiz Eduardo Pereira


Barretto Filho
Diretor-presidente do Sebrae Nacional

“A Medalha do Mérito Rural é o reconhecimento dos res-


ponsáveis pelo progresso de um setor tão fundamental
para a economia e para a interiorização do desenvolvimen-
to socioeconômico do país. Valorizar o homem do campo
é uma iniciativa que só merece elogios.”

Maurilio Soares Guimarães


Presidente da Emater-MG

“É um evento extremamente importante porque é o re-


conhecimento daqueles que ajudaram a construir o agro-
negócio mineiro. E tão importante quanto isso são os 60
anos da FAEMG, que é a representação maior do produtor
rural.”

Paulo Romano
Secretário-adjunto da Secretaria
de Agricultura MG

“É uma questão de justiça e de estímulo de que preci-


sam todos os que vivem no campo. A iniciativa da FAEMG
é marcante porque mantém a grande energia do campo
mobilizada para a construção do futuro, que nunca acaba.”

Raphael Guimarães Andrade


Secretário municipal adjunto de
Desenvolvimento Econômico
(representando o prefeito de Belo Horizonte)

“É muito positivo ter o trabalho reconhecido. Foi a isto que


assistimos na entrega da Medalha do Mérito Rural. A rele-
vância do agronegócio para a economia do Brasil é incon-
testável e temos que continuar trabalhando para manter – e
superar – os melhores índices de produtividade do mundo.”
82

2011

Roberto Simões e Álvaro Teixeira


da Costa (diretor-presidente
do Estado de Minas)

Roberto
Simões e
governador Roberto
Antonio Simões,
Anastasia senadora
Kátia Abreu e
governador
Antonio
Anastasia

Governador Antonio Anastasia, Aldo


Roberto Simões e presidente da Rebelo (deputado federal PCdoB-SP), Paulo
Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro Piau (deputado federal PMDB-MG) e Carlin
(deputado estadual PSDB) Moura (deputado estadual PCdoB)
83

Renato José
Laguardia de
Oliveira (SPR
Barbacena) e
Ana Patrícia de
Oliveira, Ana
Luiza Soares e
Affonso
Damasio Soares
(FAEMG)

Governador Antonio
Anastasia, Denise Garcia
(SPR Campo Belo) e
Antônio Márcio Neves
e Roberto Simões

Aldo Rebelo (deputado


federal PCdoB-SP),
Rivaldo Machado
Borges Júnior (SPR
Uberaba) e Rosália
Machado, Heloísa de
Carvalho Nogueira e
Paulo Piau (deputado
federal PMDB-MG)

Marcos de Abreu
e Silva (FAEMG),
Elmiro Nascimento
(sec. de Agricultura
MG) e Carlos
Melles (sec. de
Transportes MG)
84

Patrícia Neves e
Marcelo Neves,
Roberto Simões
e Denise Garcia
(SPR Campo
Belo)

Délio Prado Lopes (SPR


Buritis), Irineu José Balbinot
(produtor agraciado), Paulo
Romano (Secretaria de
Agricultura MG) e Zenir
João Pascoal (SPR Formoso)

Lúcio Cury (SPR


Ituiutaba), Delano
Freitas (SPR Monte
Alegre de Minas),
Larissa Freitas e
Ildebrando da Silva
(SPR Tupaciguara)

Affonso Damasio
(FAEMG), Alberto
Ferreira (Crediminas),
Francisco Augusto
Gomes (SPR Ponte
Nova) e Waldemar
Victor de Miranda
(empresário)
85

Marques José Naves


(SPR Iraí de Minas),
Eunice Rezende
(vereadora), Pedro
Antônio Alberton
(prefeito), Paulino
Gonçalves (vice-prefeito)
e Paulo Cardoso
(produtor agraciado)

Hermógenes
Vicente Ribeiro (SPR
Sacramento),
Francisco Eugênio
Ribeiro (SPR Baependi),
Wilson Moura (FAEMG)
e Weber de Andrade
(SPR Nova Ponte)

Ulisses Costa,
Silvana Novais, Sérgio
Coelho e Celso Furtado
(SENAR MINAS)

Rodrigo Alvim
(FAEMG e CNA),
Antônio Pitangui de
Salvo (FAEMG),
Jacques Gontijo
(Itambé) e Paulo
Márcio de Carvalho
86

Lindolfo dos Santos (SPR Ituiutaba), Paulo Henrique Fontoura (SPR Capinópolis),
Maria Madalena de Jesus e José Camargos (produtor agraciado), Romes Bastos
(SPR Ituiutaba), Roberto Simões, Lúcio Cury (SPR Ituiutaba), Jeferson Soares
(instrutor Novas Lideranças), Weber de Andrade (SPR Nova Ponte) e Sebastião
Ferreira. Sentados: Marlene Camargos, Jair Camargos (produtor agraciado) e
Andrea de Fátima Gouvêa Franco.

Hélio Campos (SPR


Lima Duarte) e Maria
das Graças Campos,
Simone Frederico e
Domingos Frederico
Netto (SPR Juiz de
Fora)

José Luciano Pereira,


Moacyr Pereira (SPR
Conceição do Rio
Verde), Francisco
Eugênio Ribeiro (SPR
Baependi) e Maria
José Ribeiro Pereira
87

Iolanda Rodrigues
e Gilman Viana
Rodrigues, Geraldo
Porto (SPR João
Pinheiro) e Maurilio
Guimarães
(Emater-MG)

Marcelo Franco,
Fernando José
Mendes e José
Rogério Lara
(Emater-MG)

Jônadan Ma
(empresário),
Aldo Rebelo
e Roberto
Simões

Soeliton José
Reis (SPR Carmo
da Cachoeira),
Roberto Simões,
Manoel Joaquim
da Costa (SPR
Boa Esperança)
e Eduardo de
Figueiredo (SPR
Coqueiral)
88

Edélcio José Ferreira


(SPR Moema),
Juliana Ferreira, Aldo
Rebelo (deputado
federal PCdoB-SP),
Bruna Ferreira e
João Paulo Ferreira

Paulo Alves Cardoso, ao meio, e familiares, à direita, com Joaquim Odilon Fernandes
e José Manoel de Resende (vereadores de Iraí de Minas). De pé: Antônio do Carmo
Neves (SENAR MINAS), Rivaldo Borges Júnior (SPR Uberaba), Eunice Rezende
(vereadora de Iraí de Minas) e Apolônio do Carmo, Marques José Naves (SPR Iraí de
Minas), Sérgio Coelho (SENAR MINAS), Henrique Ferreira Pires (vereador de Iraí de
Minas) e Paulino Gonçalves (vice-prefeito de Iraí de Minas)

Roberto
Simões e
Domingos
Inácio
Salgado (SPR
Cássia)

Lauro Diniz (FAEMG) e Afonso


Maria Rocha (Sebrae-MG)
89

Marcos de Abreu e Silva


(FAEMG) e governador
Antonio Anastasia

Antônio Tarcísio Resende, Carlos Antônio


Ribeiro (Sociedade Mineira de Agricultura)
e Marcos Lopes (empresário)

Antônio da Silva (SPR


Carmo do Cajuru),
Eudes José Melo (SPR
Pompéu), José Éder
Leite (SPR Pitangui)
e José do Carmo
Marques (SPR
Jaboticatubas)

José Geraldo Batista (SPR Carlos Chagas), Geraldo Francisco Sobrinho


(SPR Nova Serrana), Edélcio José Ferreira (SPR Moema), Roberto Simões ,
José Éder Leite (SPR Pitangui), Aldo Rebelo, Marcos de Abreu e Silva (FAEMG) e
Eudes José Melo (SPR Pompéu)
90

Sentados: Jeferson Boechat Soares (instrutor Novas Lideranças), Romes Bastos (SPR
Ituiutaba), Aldo Rebelo (deputado federal PCdoB-SP), Roberto Simões, Paulo Piau
(deputado federal PMDB-MG), Denise Garcia (SPR Campo Belo) e Antônio Márcio Neves.
De pé: Amauri Junqueira (Núcleo dos Sindicatos Rurais do Triângulo, Alto Paranaíba e
Noroeste), Carlos de Rezende Neto, Lúcio Cury, Lindolfo dos Santos (SPR Ituiutaba),
Rivaldo Borges Júnior (SPR Uberaba), Francisco Simões, Antônio Pitangui de Salvo
(FAEMG), José Alfredo Furtado (SPR Rio Pomba), Paulo Henrique Fontoura (SPR
Capinópolis) e Hermógenes Vicente Ribeiro (SPR Sacramento)

Nilson Andrade
(Coomap), Afonso
Maria Rocha
(Sebrae-MG),
Raphael Andrade
(Secretaria de
Desenvolvimento
Econômico BH) e
Bruno Falci
(CDL/BH)

Romes Gouvêa
Bastos (SPR
Ituiutaba) e
Andrea de Fátima
Gouvêa Franco,
Roberto Simões,
José Camargos
(produtor
agraciado) e
Maria Madalena
de Jesus
91

Roberto Cezar de
Almeida (FAEMG),
Márcio Pimenta
(SPR Governador
Valadares) e Libério
Adrian Moreira
(SPR Malacacheta)

Roberto Simões
e Antônio
Ferreira Neto
(produtor
agraciado)

Graziela Reis, Geórgea Choucair, Tetê Monteiro, Marcílio de Moraes, Paula


Takahashi, Marta Vieira e Frederico Bottrel (Estado de Minas)
92

Roberto Simões,
Dario Winston
Cordeiro (FAEMG) e
Fernando José
Mendes (Emater-MG)

João Roberto Puliti (FAEMG) e


governador Antonio Anastasia

Adriano Magalhães
(sec. de Meio Ambiente MG)
e Roberto Simões

Fernando Rezende, Marques José Naves (SPR Iraí de Minas), Joaquim Odilon Fernandes
(vereador de Iraí de Minas), Adolfo Irineu de Carvalho, Paulo Alves Cardoso (produtor
agraciado), Eunice Rezende (vereadora de Iraí de Minas) e Apolônio do Carmo
93

Ângelo Augusto de
Souza, Luiz Carlos
Rezende (SPR
Curvelo) e Tereziano
José Bernardino Neto
(SPR Belo Vale)

Altino Rodrigues Neto


(IMA), Sérgio Bruno Coelho
(Minas Tênis Clube) e Célio
Floriani (Secretaria de
Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior MG)

Silas Canedo
(FAEMG), Maria
Gorete Neves
(Sebrae-MG),
Pierre Vilela
(FAEMG) e
Fabiana Vilela
(Sebrae-MG)

Reynaldo do
Carmo Neves,
Antônio do
Carmo Neves
(SENAR MINAS) e
Mário Vilela
(consultor)
94

Roberto Simões, governador


Antonio Anastasia, Aldo
Rebelo (deputado federal
PCdoB-SP) e Paulo Piau
(deputado federal PMDB-MG)

Governador Antonio
Anastasia, Libério
Adrian Moreira (SPR
Malacacheta) e
Alana Moreira

Aldo Rebelo e Lúcia Pacífico


(Movimento das Donas de Casa)

Aldir Teixeira (Assicafé), Alessandro Bucci (illycaffè Brasil), Isaac Malta


Júnior (SPR Manhumirim), Sérgio Cotrim D’Alessandro (produtor agraciado),
João Luis Carneiro Vianna e Ari de Oliveira Filho (SPR Manhumirim)
95

Aldo Rebelo
(deputado federal
PCdoB-SP), Mônica
Mascarenhas Lopes
(SPR Jequitibá),
Paulo Piau
(deputado federal
PMDB-MG) e
Arthur Lopes Filho
(empresário)

José Agostinho
da Silveira
(Ciemg) e
Rachel Bizzotto,
Raquel Faria
(jornalista) e
Olavo Machado
Junior (Fiemg)

Durval Guimarães (jornalista)


e Roberto Simões

Nestor de Oliveira (sec. de


Comunicação MG) e senadora
Kátia Abreu
96

Libério Adrian
Moreira (SPR
Malacacheta)
e convidados

Marlene
Firmato
Esteves
(produtora
agraciada) e
familiares

Leandro Pinto
da Silva (produtor
agraciado) e
família
97

Paulo Alves
Cardoso
(produtor
agraciado)
e familiares

Mirian, Célio
Renato,
Alessandra,
Roberto Simões e
Maria Helena

José Márcio Carvalho Leite (produtor agraciado) e familiares


98

Antônio Dias, Sebastião Tardioli (SPR Machado), Rachel Maria Rodrigues (bióloga),
Marcos Moreira (sec. Agricultura de Santa Rita do Sapucaí), Breno Mesquita (FAEMG e
CNA), Ivan Brandão (Credivass), Leonilton Moreira (SPR Santa Rita do
Sapucaí), Nilson Andrade (Coomap) e Mayron Sérgio Gabriel (empresário)

Paulo Piau
(deputado
federal
PMDB-MG)
e familiares

Paulo Henrique
Fontoura (SPR
Capinópolis), Ângelo
Marcos Andrade
(produtor), Carlos
Pereira Mota (SPR
Conceição do Rio Verde)
e Lindolfo dos Santos
(SPR Ituiutaba)
99

Marlene
Firmato
Esteves
(produtora
agraciada)
com
as filhas

Walter
Barrancos
(produtor
agraciado) e
convidados

Marcelino Marra (vereador de Sacramento), Weber de Andrade (SPR Nova Ponte),


Marques José Naves (SPR Iraí de Minas), Delano Freitas (SPR Monte
Alegre de Minas), Larissa Freitas, Hermógenes Vicente Ribeiro (SPR Sacramento)
e Ildebrando da Silva (SPR Tupaciguara)
100

Domingos Frederico
Netto (SPR Juiz de
Fora), senadora Kátia
Abreu, Ana Patrícia
de Oliveira e Renato
José Laguardia de
Oliveira (SPR
Barbacena), Hélio
Campos (SPR Lima
Duarte) e Maria das
Graças Campos

Afonso Luiz Bretas (SPR


Governador Valadares),
Álvaro Teixeira da Costa
(diretor-presidente do
Estado de Minas) e
Aldo Rebelo (deputado
federal PCdoB-SP)

Célio Garcia, Roberto Simões,


Fátima Salume (vereadora de
Campo Belo), Luciano Cunha
(Credibelo), Denise Garcia,
Basileu Gambogi Filho (SPR
Campo Belo), senadora Kátia
Abreu, Maria Amélia
Tagliaferri (SPR Campo Belo) e
João Roberto Puliti (FAEMG)

Luciano de Castro (SPR Teófilo


Otoni), Jadir Maurício Rabelo
(SPR Sete Lagoas) e Antônio do
Carmo Neves (SENAR MINAS)
101

Dayse Pereira,
Giovanni José
Pereira, Alcione
Tomé e Rafael Tomé
(SPR Piumhi),
Arlindo Barbosa Neto
(prefeito de Piumhi),
Helenice Miranda e
Geraldo Couto

Antônio Ferreira
Neto (produtor
agraciado) e
familiares

Jucelino Souza, Valdinei Garcia (vereador de Cabo Verde), José Antônio Pereira (SPR
Cabo Verde), Luiz Carlos Ribeiro (produtor), Jerônimo Giacchetta (SPR Cabo Verde),
Olyntho Paulino da Costa (SPR Monte Santo de Minas), Cláudio Augusto Siqueira
(prefeito de Cabo Verde) e Roque Antônio Dias (vice-prefeito)
102

José Alfredo Furtado (SPR Rio Pomba), Rivaldo Borges Júnior (SPR Uberaba),
Roberto Simões, Lázaro Luiz Gonzaga (Sebrae-MG), Paulo Piau (deputado federal
PMDB-MG) e Paulo Márcio de Carvalho

Norma Dulce
Barbosa (bióloga),
Aldo Rebelo
(deputado federal
PCdoB-SP), Maria
Gorete Neves
(Sebrae-MG) e
Roberto Simões

Roberto Simões e Luiz Barretto


(Sebrae Nacional) Rodrigo Diniz (SENAR MINAS) e
Jerônimo Giacchetta (SPR Cabo Verde)
103

Roberto Simões, senadora Kátia Abreu, governador Antonio Anastasia e Aldo Rebelo

Hudson Navarro,
Lázaro Luiz Gonzaga
e Paulo Álvares

Alcione Tomé e Rafael


Tomé (SPR Piumhi) e
senadora Kátia Abreu
104

A FAEMG prestou homenagem aos funcionários que completaram entre 20 e 35 anos


de casa: Lázaro Rodrigues Oliveira, Cláudio Kerche, Sandra Lobo Diniz, Rosane Ferraz
Venturi, Rogério de Oliveira Arantes, Magali de Oliveira Reis Pessoa e Rogério Luiz
Fernandes
105

agraciados
2010

Grande
Medalha
Alysson
Paulinelli

Produtor Rural Carlos Chagas


José Geraldo Ferreira Batista
Antônio Pontes da Fonseca Santo Antônio do Monte
Elenir de Souza Ferreira Cléber de Minas Monteiro
Evandro do Carmo Guimarães Sete Lagoas
José Coelho Vitor Jadir Maurício Lanza Rabelo
José Joaquim da Silva
José Ribeiro de Carvalho
Marco Túlio Paolinelli Técnico-científica
Moacyr Dias Pereira Artur Chinelato de Camargo
Políbio Esteves Guedes Júnior

Sindicato Comunicação
João Batista Olivi
Barbacena
Renato José Laguardia
Capinópolis Política
Paulo Henrique Fontoura Carlos Melles
106

agraciados
2009

Grande
Medalha
Reinhold
Stephanes

Produtor Rural itambacuri


Políbio Esteves Guedes Júnior
Adalberto Queiroz Manhuaçu
Alaor Ribeiro de Paiva
Lino da Costa e Silva
Antônio Carlos Pereira
Prata
Hélio Macedo de Queiroz
Amauri Rezende Junqueira
Horacio Moreira Dias
Jair Marciano da Silva
João Batista de Oliveira Técnico-científica
José Olavo Borges Mendes Altino Rodrigues Neto
Silvio Cruz Pereira

Sindicato Comunicação
Rede Bandeirantes
Curvelo
Luiz Carlos Carvalho Rezende
ibiá Política
Everton Gonçalves Borges Deputado Luiz Humberto Carneiro
107

agraciados
2008

Grande
Medalha
Kátia
Abreu

Produtor Rural Governador Valadares


Roberto Cezar de Almeida
Acrísio Luciano Rocha Montes Claros
Afrânio de Avelar Marques Júlio Gonçalves Pereira
Antônio Coelho de Melo Lemos Pará de Minas
Joaquim Campos Cabral Inácio Jeunon Diniz
Jorge Brandão Simões Sacramento
Luiz Gava Hermógenes Vicente Ribeiro
Paulo Ferolla da Silva
Takasuke Esaki
Técnico-científica
Armando Leal do Norte
Sindicato
Campanha Política
Luiz Geraldo Maia Serrano Deputado Marcos Montes
108

agraciados
2007

Grande
Medalha
Antonio Ernesto
de Salvo

Produtor Rural Lima Duarte


Olivier de Paula Campos
Alípio Soares Barbosa Patos de Minas
Antônio Costa Galvão Evaristo José Caixeta
Benedito Deodato de Araújo Pavão
Domingos Sávio Teixeira Lanna Sebastião Luiz Esperança
João Borges Carneiro Uberaba
José Eugênio Dutra Câmara Rivaldo Machado Borges Júnior
José Rodrigues das Chagas
Luiz José de Oliveira
Ma Shou Tao Técnico-científica
Luciano Cordoval de Barros
Sindicato
Conselheiro Lafaiete Política
Murilo Dutra Lanziotti Silas Brasileiro
DIRETORIA GESTÃO 2008-2011

PRESIDENTE
Roberto Simões (Paraopeba)

VICE-PRESIDENTES
Antônio Pitangui de Salvo (Curvelo)
Délio Prado Lopes (Buritis)
Domingos Frederico Neto (Juiz de Fora)
Edélcio José Cançado Ferreira (Moema)
Fausto de Ávila (Araxá)
José Geraldo Ferreira Batista (Carlos Chagas)
Júlio Gonçalves Pereira (Montes Claros)
Lino da Costa e Silva (Manhuaçu)
Paulo Roberto Andrade Cunha (Uberlândia)
Renato José Laguardia de Oliveira (Barbacena)
Rivaldo Machado Borges Júnior (Uberaba)
Roberto Cezar de Almeida (Governador Valadares)
Rodrigo Sant’Anna Alvim (Volta Grande)
Salviano Junqueira Ferraz Júnior (Leopoldina)
Sebastião Tardioli (Machado)

DIRETORES-SECRETÁRIOS
1º) Marcos de Abreu e Silva (Pará de Minas)
2º) Jerônimo Giacchetta (Cabo Verde)

DIRETORES-TESOUREIROS
1º) João Roberto Puliti (São Gonçalo do Sapucaí)
2º) Breno Pereira de Mesquita (Santa Rita do Sapucaí)

CONSELHO FISCAL
Geraldo Ferreira Porto (João Pinheiro)
João Vicente Diniz (Três Pontas)

Avenida Carandaí, 1.115 – 3º/5º andar – Funcionários – Belo Horizonte – Minas Gerais
CEP: 30.130-915 – Telefone: (31) 3074-3000 – Fax: (31) 3074-3030
e-mail: faemg@faemg.org.br – site: www.faemg.org.br

FICHA TÉCNICA
Editado por: Assessoria de Comunicação da FAEMG – Coordenador: Lauro Diniz –Equipe: Carla Medeiros,
Maria do Carmo Araújo, Lucila Alves Guimarães, Silvana Matos - Fotos: Evandro Fiuza, Ignácio Costa, Pedro
Paulo de Sousa – Projeto Gráfico: P3 Comunicação – Impressão: Gráfica Formato – Belo Horizonte/MG – 2011
Av. Carandaí, 1.115 - 3o/5o andar - Funcionários
Belo Horizonte - Minas Gerais - CEP: 30.130 - 915
Telefone: 31.3074-3000 - Fax: 31.3074-3030
www.faemg.org.br

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