ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL ADOLPHO BLOCH

CURSO TÉCNICO: Administração

COMPONENTE CURRICULAR: Filosofia
Professor: Arthur Turma: ADM-311
Alunos:
___ - Erick Vieira
___ - Josiane Rangel
___ - Lidiane Gomes

AS RELAÇÕES DE PODER
A realidade dinâmica que ajuda o ser humano a manifestar
sua liberdade com responsabilidade.

2º Trimestre de 2013
SUMÁRIO

Introdução ......................................................................................................................... 2
Desenvolvimento .............................................................................................................. 2
Conclusão ......................................................................................................................... 4
Bibliografia ....................................................................................................................... 4

INTRODUÇÃO
“Todos amam o poder, mesmo que não saibam o que fazer com ele.”
(Benjamin Disraeli)

O conhecimento do poder, seu uso e suas implicações não são assuntos novos na
história da humanidade. Desde os tempos imemoriais, tem sido manifestada a
importância prática e teórica do tema ‘poder’, pois se situa no centro de múltiplas
correntes das ciências sociais e humanas.
Este trabalho tem por objetivo explanar este tema, suas concepções, aplicações,
e demais informações consideradas importantes sobre tal assunto.

DESENVOLVIMENTO

As relações de poder sempre existiram, mesmo que de maneira implícita. Max

Weber conceituou o poder como sendo “a probabilidade de certo comando com um
conteúdo específico a ser obedecido por um grupo determinado”. Hanna Arendt falou
que poder é o oposto da violência; a violência acontece quando se dá a perda de
autoridade e poder. Já para Bourdieu, a dominação geral é associável as práticas sociais
na medida em que o poder se inscreve nestas práticas.
Michel Foucault, um dos mais célebres pensadores do século XX, defende que o
poder se exerce mais do que se possui; não é o privilégio adquirido ou conservado da
classe dominante, mas o efeito de conjunto de suas posições estratégicas. Ele não existe:
o que existe são as relações de poder.
No entender de Foucault, o poder é uma realidade dinâmica que ajuda o ser
humano a manifestar sua liberdade com responsabilidade. A ideia tradicional de um
poder estático, que habita em um lugar determinado, de um poder piramidal, exercido
de cima para baixo, em Foucault é transformada. Ele acredita no poder como um
instrumento de diálogo entre os indivíduos de uma sociedade. A noção de poder
onisciente, onipotente e onipresente não tem sentido na nova versão, pois tal visão
somente servia para alimentar uma concepção negativa do poder.

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 O poder não é onipotente, onisciente, pelo contrário!
Se as relações de poder produziram formas de inquérito, análises dos modelos
de saber, é precisamente porque o poder não era onisciente, mas que ele era cego,
porque ele se encontrava dentro de um impasse. Se a gente assistiu ao desenvolvimento
de tantas formas de vigilância, é precisamente porque o poder continuava impotente.
(FOUCAULT, 2001, p. 629)

Logo, diferente dos outros pensadores, Foucault destaca o Poder como

integrante das relações, em uma rede de poderes que se espalha por toda a sociedade,
com o intuito não somente repressivo, mas, também, normalizador. Argumenta que
nenhum poder que fosse somente repressor poderia se sustentar por muito tempo,
porque uma hora as pessoas iriam se rebelar. Portanto, seu segredo é que, ao mesmo
tempo em que reprime, gera conhecimento e corpos produtivos para o trabalho.
Tais relações podem ser encontradas:

 No ambiente de trabalho

PODER DA EXPERTISE: origina-se da experiência de uma pessoa, ou seja,

normalmente uma pessoa com uma habilidade valorizada. Este se apropria deste fato e
exerce uma autoridade nos demais que não possuem experiência em seu ramo de
conhecimento.
Exemplo: Pessoas aptas em tecnologias, que se aproveitam da falta de conhecimento do
outro e utilizam estas qualidades em beneficio próprio.

PODER LEGÍTIMO: o poder legítimo vem da posição que uma pessoa detém, ou
seja, está relacionado com o título de uma pessoa e responsabilidades de trabalho. Este
tipo de poder está associado com pessoas que estão em uma hierarquia para punir
outros. As pessoas sentem temor das consequências se não realizarem as tarefas
passadas.
Exemplo: Gerente punindo funcionário, pois este não realizou a tarefa.

 No ambiente familiar

PODER FAMILIAR: os pais, sendo mais velhos do que os filhos, tendem a

estabelecer limites, em prol da disciplina educacional, e desta forma a justiça pode
responsabilizar os pais de suas obrigações, enquanto detentores deste poder.

PODER DO HOMEM EM RELAÇÃO À MULHER: sempre coube à mulher os afazeres

domésticos; desta forma, ela não ocupava lugar no mercado de trabalho, que ficava
exclusivamente com o homem. Apesar das inúmeras mudanças na sociedade, ainda são
perceptíveis características que colocam o homem como o chefe de família; entre outros
exemplos.

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CONCLUSÃO
A sociedade atual vive com medo, atormentada, temendo as possíveis ações que
possam acontecer. Cada indivíduo, de certa forma, vive se escondendo para tentar evitar
as possíveis situações contra sua existência. A relação de dominação é uma
característica do sistema social, onde impor sua vontade não é direito de todos, mas de
um pequeno grupo de indivíduos.
Cada indivíduo é convidado a se reconhecer sem posse de poder. Ora, se é por
meio do poder que conseguimos conduzir as ações das outras pessoas, se reconhecer
sem poder significa não ter nenhuma influência, logo a única coisa que resta é sofrer as
influências.

BIBLIOGRAFIA
 http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rap/article/view/6928/549, acessado
em 04/09/2013, às 20:16hs;
 http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/michel-foucault-
307907.shtml, acessado em 04/09/2013, às 16:34hs;
 http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/filosofia-pos-moderna---michel-
foucault-a-genealogia-dos-micropoderes.htm, acessado em 04/09/2013, às
17:02hs.

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