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O princípio.

Existe a doutrina das duas naturezas: A ordem física e a ordem metafisica. Há


natureza mortal e há a imortal. Há a região superior do ser e há a inferior do devir. Mas em
geral: há um visível e um tangível e, antes e para além dele, há um invisível e um intangível
como supramundo, principio e vida verdadeira. Na época da tradição tudo estava organizado
em cima disso.

O homem tradicional conhecia a realidade de uma ordem do ser muito mais


vasta que aquela que hoje dia corresponde a palavra real. Hoje não se considera real nada que
ultrapasse o mundo dos corpos no espaço e no tempo. É sempre a título de uma hipótese ou
de uma lei cientifica, de uma ideia especulativa ou de um dogma religioso. Enfim o homem
moderno forma sua imagem de realidade apenas como mundo dos corpos.

Na experiência do homem tradicional o invisível figurava um elemento


igualmente real, e até mesmo mais real, que os dados dos sentidos físicos. E todos modos de
vida estavam em linha de conta com ele.

A noção de natureza dos tradicionais não correspondia somente ao mundo dos


corpos e do visível igual se concentrou a ciência secularizada dos modernos, mas sim, e
essencialmente, uma parte da própria realidade invisível.

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Por outro lado, toda a figuração hipostática – astral, mitologia, teológica ou


religiosa remetia o homem tradicional para dois estados, valia como símbolo a resolver numa
experiência interior ou no pressentimento de uma experiência interior.

De uma maneira ou de doutra, o homem da tradição portanto descobriu na


experiência cobiçosa, que obscurece e afeta o ser, o segredo daquela situação de que o devir
incessante e a eterna instabilidade e contingência da região inferior surgem como uma
materialização cósmico-simbólica.

Em contra partida, ao dar-se uma forma, ao ter em si o princípio de uma vida já


não dispersa, já não aqui e ali a procura de outro ou de outros para se completar e para se
justificar. Numa palavra: na experiência da ascese, pressentiu a via para compreender a outra
região, o mundo do estado do ser, do que já não é físico mais sim metafisico. ( natureza
intelectual privada de sono.)

O homem tradicional conheceu esses dois polos e as vias que levam de um para
outro. Para além do mundo, na totalidade das formas tanto visíveis como subterrâneas, tanto
humanas como sub-humanas, conheceu por tanto o supra mundo. Um queda do outro e um
libertação do outro. Conheceu a espiritualidade como o que está para além tanto da vida
como da morte. Soube que a existência exterior, o viver, é nula, se não for uma aproximação
para o supra-mundo. Para o mais que viver. Soube que e falsa toda a autoridade, injusta e
violenta toda a lei, vã e caduca toda a instituição quando não forem autoridade, leis e
instituições ordenadas pelo princípio superior do ser- de cima pra cima.

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