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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE DIADEMA
FORO DE DIADEMA
2ª VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES
AVENIDA SETE DE SETEMBRO, 409/413, Diadema - SP - CEP
09912-010
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1002485-65.2017.8.26.0161 e código 62B8A11.
SENTENÇA

Processo Digital nº: 1002485-65.2017.8.26.0161


Classe - Assunto Arrolamento Comum - Inventário e Partilha
Inventariante (Ativo) e Moacir Zerlin e Rosangela Marques de Sales
Herdeiro:
Requerido: Nelio Grego Carneiro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUCIANA FERRARI NARDI ARRUDA, liberado nos autos em 18/12/2019 às 15:18 .
Justiça Gratuita

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Luciana Ferrari Nardi Arruda

Vistos.

ROSÂNGELA MARQUES DE SALES foi nomeada inventariante nos autos do


processo que ajuizou em razão do falecimento de seu dito pai afetivo Nélio Grego Carneiro,
ocorrido na data de 23/09/2010.
Em se tratando o procedimento proposto de ação de jurisdição voluntária que tem
por objeto apenas a formalização da sucessão hereditária, com a administração judicial de alguns
interesses privados, havendo para o sucesso da tramitação, uma delimitação de objeto e propósitos
específicos, atentou este juízo, desde o início, ao princípio da cooperação e ditames do artigo 317,
do Código de Processo Civil, prevenindo as partes (inventariante nomeada e terceiro interessado
que surgiu no feito), para os riscos e deficiências de manifestações e estratégias adotadas, fazendo
determinações várias para medidas que organizariam o processo e esclareceriam o objetivo
aparentemente buscado, viabilizando-se, assim, o êxito na inventariança e sucessão.
Por tal razão o andamento relativamente longevo, que iniciou com a nomeação da
requerente como inventariante, desde a aceitação de farta documentação apresentada pela própria
parte e até mesmo pelo terceiro interessado, segundo a qual existiria, de fato, o relacionamento
familiar e afetivo da requerente e falecido, viabilizando-se o inventário.
Buscou-se, ainda, o aproveitamento de todas as informações vindas, evitando-se a
remessa das partes às vias próprias, pelo que se tomou toda e qualquer informação para o
andamento do feito.
Forçoso reconhecer, no entanto, que não há meios para o prosseguimento,
surgindo discussões de alta indagação e complexidade, com a consequente perda do interesse
processual, na modalidade adequação.
Não há como tramitar o presente inventário que carece de requisitos básicos e
específicos para bem caminhar.
Pese embora tenha sido feita a nomeação de inventariante, permitindo-se até
mesmo o ingresso de terceiro interessado supostamente cessionário de bens da herança, embora
sem escritura pública, promoveu-se, para fins de verificação, uma pesquisa Bacen, da qual não
resultou informe a respeito de ativos ditos existentes pela suposta herdeira.
Mas tais atos não resultaram em elementos que viabilizariam o andamento desta
espécie de processo, encerrando-se a partir daqui, nesta seara de feito de inventário, a atuação do
juízo que está limitado às regras inerentes desta espécie de procedimento.
Há cogitações da inexistência da própria relação familiar da inventariante e "de
cujus", há indicação de atos de falsidade documental e ilícito, faltam documentos públicos

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1002485-65.2017.8.26.0161 e código 62B8A11.
essenciais a atos jurídicos informados como existentes, há formulação de pleito de anulação de
contratos e procurações, e até mesmo requerimentos de encaminhamento de providências para
verificação ministerial.
Há, também, discussões quanto a méritos de supostos contratos, além de relações
entre terceiros e os bens da herança, não havendo meios de se organizar a inventariança, tampouco
providências de incumbência da herdeira, também relevantes para o andamento.
Não há, também, até o momento, informe quanto a procedimentos relativos ao
ITCMD.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUCIANA FERRARI NARDI ARRUDA, liberado nos autos em 18/12/2019 às 15:18 .
Inviável, neste cenário, que se iniciem nestes autos discussões relativas às
questões propostas.
Daí porque remeter-se, em definitivo, as partes, às vias próprias, ressalvando-se à
requerente a possibilidade de uma nova propositura depois de estar munida de toda a
documentação pertinente e relativa ao monte hereditário, ou seja, aos bens da herança que pleiteia.
Cabe, pois, a esta altura, a extinção do feito, reconhecendo-se a ausência de
interesse processual, na modalidade adequação.
Do exposto, pelo que dos autos consta, julgo EXTINTO o inventário, sem análise
de mérito, fazendo-o nos moldes do que dita o artigo 485, inciso VI, do Código de Processo Civil.
P.I.C., arquivando-se oportunamente.

Diadema, 16 de dezembro de 2019.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

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