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Cézar Leão
Proposta Pedagógica Para o Ensino do Handebol
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SIMBOLOGIA
JOGADOR ATACANTE
JOGADOR DEFENSOR
SENTIDO DA BOLA
ARREMESSO
BLOQUEIO DEFENSIVO
SENTIDO DA BOLA, PASSE QUICADO
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Índice
Capitulo I – HISTÓRICO, ORGANIZAÇÃO E EVOLUÇÃO
Capítulo IX – O GOLEIRO
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Capitulo I
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NO BRASIL
Década de 30: Introduzido pelos imigrantes europeus no início do século e por
membros da Associação Cristã de Moços (ACM) em São Paulo, em 1931 foi realizado
em 1931, o primeiro jogo interestadual entre equipes de São Paulo e do Rio de Janeiro,
no ano de 1937, foi organizado o primeiro jogo internacional, entre a seleção Paulista e
os cadetes do navio escola alemão Schlesien da Marinha Alemã (São Paulo 9 x 8 equipe
Alemã).
Em 1940, foi fundada a Federação Paulista de Handebol – FPH.
Em 1950, foram formadas duas seleções paulistas que jogaram na inauguração do
Estádio do Maracanã (o grande público que vibrou com o jogo, chamou de “futebol
com as mãos”).
Década de 60: professor Augusto Listello (francês) ministrou um curso internacional
em santos para professores de todo o Brasil.
O MEC EM 1971: Introduziu no seu calendário os jogos escolares brasileiros (JEB‟s) e
jogos universitários brasileiros (JUB‟s);
Em 1973, foi realizado o 1º Campeonato Brasileiro de Handebol Juvenil masculino e
feminino em Niterói – RJ. (organizada pela antiga CBD)
Em 1974, o primeiro grupo de técnicos brasileiros viajou para a Romênia para um
estágio técnico.
No ano de 1974, em Fortaleza – CE., foi realizado o 1º Campeonato Brasileiro Adulto
masculino. (CBD)
1979: Em 1 de junho, foi fundada a Confederação Brasileira de Handebol, com sede em
São Paulo e tendo como presidente o Prof. Jamil André.
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O HANDEBOL
O Handebol na sua atualidade configura-se hoje como um dos jogos desportivos que
mais chama a atenção das crianças e dos jovens, principalmente quando ensinado com uma
metodologia onde o conhecimento é construído através do “aprender jogando”, o Handebol
por ser uma modalidade totalmente fundamentada em movimentos naturais como correr,
saltar e arremessar nada mais justo que o ensino aprendizagem aconteça de forma jogada,
onde o (a) aluno (a) construa o conhecimento técnico e tático ofensivo e defensivo através
das pequenas sociedades (estruturas funcionais da metodologia situacional), criando
estímulos com a infinidade de opções que a metodologia proporciona, até se chegar à
formalidade do jogo. Cercel (1990) pontua que o handebol pode ser discutido sob três
pontos de vista:
• Como modalidade desportiva, que pode ter sua pratica como de competição, de
lazer ou para melhorar a qualidade de vida;
• Como conteúdo ensino aprendizagem nas aulas de Educação Física;
• Como disciplina científica enquadrada na teoria e metodologia da Educação Física e
do desporto.
Neste contexto estamos propondo uma padronização dos conhecimentos aplicados na
disciplina tanto para o ensino da modalidade como conteúdo das aulas de educação física e
ou para iniciação desportiva na escola em todas as suas faixas etárias.
A EVOLUÇÃO DO JOGO
Década de 60
Fim da existência entre o clássico e a variante;
Início do processo de desenvolvimento autônomo da modalidade variante de sete;
Início do recuo dos sistemas defensivos;
Melhoria da qualidade técnica dos jogadores de campo;
Década de 70
Especialização do praticante;
Reforço do desenvolvimento do handebol a sete;
Procura de jogadores de grande envergadura e peso;
Especialização defesa / ataque
Reconhecimento internacional. (Munique, 1972)
Degeneração da imagem do jogo por atos de dureza e brutalidade, colocando em
dúvida o futuro da modalidade;
Utilização de sistemas defensivos poucos agressivos (muros).
Década de 80
Alteração da filosofia da generalidade dos desportos coletivos;
Avanço gradual dos sistemas;
Melhoria das capacidades técnicas / táticas defensivas;
Alterações das regras após olimpíadas de Moscou, face a dureza e brutalidade dos
jogos;
Iugoslávia, Coréia do Sul, Espanha, Argélia novas formas de jogar.
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Década de 90
Maior espetacularidade e beleza devido a evolução dos atletas;
Maior disputa de espaços entre atacantes e defensores;
Defesas mais abertas;
Maior número de ataques e gols devido à melhoria do treino e disponibilidade dos
atletas;
Continuação das alterações das regras com visão também no Marketing da
modalidade; Valorização na utilização de meios técnicos audiovisuais;
Aparecimento de estruturas ofensivas, jogadores executam mais de uma função.
Século XXI
• Valorização da tática como recurso desde a iniciação;
• Utilização cada vez mais da análise estatística
• Especialização nas funções da comissão técnica;
• Utilização em mais tempo dentro do jogo das defesas abertas;
• Maior variação na utilização de sistemas defensivos.
• Utilização do contra-ataque, como recurso decisivo para os resultados positivos.
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2:1 - A duração normal da partida para todas as equipes com jogadores de idade igual ou
acima de 16 anos, é de 2 tempos de 30 minutos. O intervalo de jogo é normalmente de 10
minutos.
A duração normal da partida para equipes de jovens é 2 X 25 minutos no grupo de idade
entre 12-16 anos e 2 X 20 minutos no grupo de idade entre 8-12 anos, em ambos os casos o
intervalo de meio tempo é normalmente de 10 minutos.
2:2 - Uma prorrogação é jogada, após 5 minutos de intervalo, se uma partida acaba
empatada no final da duração da partida e um vencedor tem de ser determinado. A
prorrogação consiste de 2 períodos de 5 minutos, com um intervalo de 1 minuto. Se o jogo
continuar empatado depois do primeiro tempo extra, um segundo tempo extra é jogado após
um intervalo de 5 minutos. Este segundo tempo extra também tem 2 períodos de 5 minutos
com um intervalo de 1 minuto. Se o jogo ainda estiver empatado, o vencedor será
determinado de acordo com o regulamento particular da competição.
Time-Out
2:5 - Os árbitros decidem por quanto tempo e quando, o tempo de jogo tem de ser
interrompido ("time-out").
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Substituições de Jogadores
4:2 - Os reservas podem entrar no jogo, a qualquer momento e repetidamente, sem notificar
o secretário/cronometrista, desde que, os jogadores que eles vão substituir já tenham
deixado a quadra.
Equipamentos
4:3 - Os jogadores devem usar números que tenham pelo menos 20 cm de altura nas costa
da camisa e pelo menos 10 cm na frente. Os números usados devem ser de 1 até 20. As
cores dos números devem contrastar claramente com as cores e desenhos da camisa.
REGRA 5 - O GOLEIRO
Ao goleiro é permitido:
5:1 - Tocar a bola com qualquer parte do seu corpo enquanto numa tentativa de defesa,
dentro da sua área de gol;
5:2 - Mover-se com posse de bola dentro da área de gol, sem estar sujeito as restrições
aplicadas aos jogadores de quadra; ao goleiro não é permitido, contudo, atrasar a execução
do tiro de meta;
5:3 - Sair da área de gol sem a bola e participar do jogo no terreno de jogo; enquanto fizer
isto, o goleiro se sujeita às mesmas regras aplicadas aos jogadores na área de jogo. O
goleiro é considerado fora da área de gol tão logo qualquer parte de seu corpo toque o solo
no lado de fora da linha da área de gol;
5:4 - Sair da área de gol com a bola e jogá-la de novo no terreno de jogo, se ele não tiver o
completo controle da mesma.
Ao goleiro não é permitido:
5:5 - Colocar em perigo o adversário enquanto em uma tentativa de defesa;
5:6 - Sair da área de gol com a bola sob controle;
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5:7 - Tocar a bola de novo no lado de fora da área de gol após um tiro de meta, antes que
ela tenha tocado outro jogador;
5:8 - Tocar a bola quando ela está parada ou rolando no solo do lado de fora da área de gol,
enquanto estiver dentro da área de gol;
5:9 - Levar a bola para dentro da área de gol quando ela está parada ou rolando no solo no
lado de fora da área de gol;
5:10 - Entrar na área de gol vindo do terreno de jogo com posse de bola;
5:11 - Tocar a bola com o pé ou a perna abaixo do joelho, quando ela estiver parada no solo
na área de gol ou movendo-se para fora em direção ao terreno de jogo;
REGRA 6 - AREA DE GOL
6:1 - Somente ao goleiro é permitido entrar na área de gol. A área de gol, que inclui a linha
da área de gol, é considerada invadida quando um jogador de quadra a toca com qualquer
parte de seu corpo.
6:3 - A bola pertence ao goleiro quando ela está dentro da área de gol. A um jogador não é
permitido tocar a bola quando ela está parada ou rolando dentro da área de gol, ou quando
ela está sendo segura pelo goleiro é permitido, contudo, jogar a bola quando ela está no ar
sobre a área de gol, exceto quando um tiro de meta está sendo executado;
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8:3 – As sanções:
- Advertência verbal
- Advertência com cartão amarelo
- Exclusão 2‟ (dois minutos) pode ser adicional no mesmo momento
- Desqualificação (cartão vermelho)
- Expulsão.
Um jogador não pode ter mais de um cartão amarelo;
A equipe só poderá ter no máximo três cartões;
O jogador só poderá ser excluído duas vezes, na terceira exclusão ele não retornará
mais a partida, desqualificado da partida;
Um jogador que coloca em perigo a saúde do adversário enquanto o ataca, deverá
ser desqualificado (cartão vermelho), particularmente se:
a) Pelo lado ou por trás, ou golpeia ou puxa para trás o braço
de arremesso do jogador que está em processo de arremesso
ou passando a bola;
b) Executa qualquer ação que resulte num golpe na cabeça ou
pescoço do adversário;
c) Bater deliberadamente no corpo do adversário com seu pé
ou joelho ou de outro jeito qualquer; inclusive ocasionar
tropeços;
d) Empurrar o adversário que está correndo ou pulando, ou
atacá-lo de tal jeito que o adversário perde controle do corpo
dele; isto também se aplica quando o goleiro sai da área de
gol dele em virtude de um contra-ataque dos adversários;
e) Atingir um jogador de defesa na cabeça em um tiro livre
arremessado diretamente à baliza, desde que o jogador de
defesa não estava se movendo; ou do mesmo modo, atingir
o goleiro na cabeça num tiro de 7 metros, desde que o
goleiro não estava se movimentando numa ação defensiva;
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O jogador expulso não mais retornará a partida e sua equipe concluirá a partida com
menos um jogador;
a) movendo.
Comentário:
Agressão é, para os propósitos desta regra, definida como um ataque forte e deliberada
contra o corpo de outra pessoa (jogador, árbitro, secretário/cronometrista, oficial de equipe,
delegado, espectador, etc). Em outras palavras, não é somente uma ação reflexa ou o
resultado de falta ou excesso de métodos no ato defensivo. Cuspir em outra pessoa é
especificamente considerado como uma agressão.
REGRA 9 - GOL
9:1 - Um gol é marcado quando toda a bola ultrapassa a largura da linha de gol
inteiramente, desde que nenhuma violação às regras tenha sido cometida pelo arremessador
ou companheiro de equipe antes ou durante o arremesso. O árbitro de fundo confirma com
dois apitos curtos e mostra que o gol foi marcado.
Comentário:
Um gol deve ser validado, se a bola é impedida de ir para dentro da balisa por alguém
ou alguma coisa que não está participando do jogo (espectadores, etc.), e os árbitros
estão convencidos de que a bola de qualquer jeito teria entrado na baliza.
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A Execução do 7 Metros
14:2 - O tiro de 7 metros será executado como um arremesso ao gol, dentro de 3 segundos
após o apito do árbitro de campo, o jogador que está executando o tiro de 7 metros não
deve tocar ou cruzar a linha de 7 metros antes que a bola tenha saído da mão dele.
14:3 - A bola não deve ser tocada novamente pelo executante ou companheiro de equipe
após a execução do tiro de 7 metros, até que ela tenha tocado um adversário ou a baliza;
14:4 Quando um tiro de 7 metros está sendo executado, os companheiros do executante
devem permanecer fora da linha de tiro livre, até que a bola tenha saído da mão do
executante. Se eles não cumprirem isto, um tiro livre será sinalizado contra a equipe que
está executando o tiro de 7 metros.
14:5 - Quando um tiro de 7 metros está sendo executado, os jogadores da equipe adversária
devem permanecer fora da linha de tiro livre e a pelo menos 3 metros distantes da linha de
7 metros, até que a bola tenha saído da mão do executante. Se eles não cumprirem isto, o
tiro de 7 metros será recobrado se ele não resultou em gol.
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CARACTERISTICAS DOS MÉTODOS
SITUACIONAL PROGRESSIVO REPETITIVO
Forma centrada nos jogos condicionados; Forma centrada nas técnicas;
O jogo é decomposto em unidades O jogo é decomposto em elementos
funcionais, sendo apresentado em técnicos;
complexidade crescente e de forma
sistemática;
Os princípios do jogo regulam a Hierarquização das técnicas.
aprendizagem.
FASES DO ENSINO
SITUACIONAL PROGRESSIVO REPETITIVO
Construir a relação com a bola; Aprendizagem;
Construir a presença dos alvos; Fixação;
Construir a presença do adversário; Aperfeiçoamento.
Construir a presença dos colegas e adversários;
Desenvolver as noções espaço e tempo.
VANTAGENS
SITUACIONAL PROGRESSIVO REPETITIVO
As técnicas surgem em função da tática, de Possibilita a execução correta dos elementos
forma criativa nas ações do jogo; técnicos do jogo;
Prática motivante pela presença do jogo Favorece a correção imediata de erros na
desde o início do processo; aplicação da técnica;
DESVANTAGENS
SITUACIONAL PROGRESSIVO REPETITIVO
O progresso técnico é lento e de difícil Monotonia e desmotivação pela ausência do
avaliação; jogo no início do processo;
Não permite as correções imediatas dos erros Ações de jogo mecanizadas, pouco criativas;
técnicos;
Dificulta o atendimento das limitações Problemas na leitura do jogo.
individuais.
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O jogar e o brincar por excelência são meios que possibilitam a criança
impulsionarem-se por si mesmas no desenvolvimento e crescimento independentemente de
estímulos externos. Com isto acreditamos que temos que descaracterizar a formalidade do
ensino do esporte proporcionando condições de entendimento e reconhecimento das
possibilidades nas resoluções das situações problemas, sendo assim, não podemos
desconsiderar o aprofundamento do conhecimento em relação à utilização das pequenas
sociedades (estruturas funcionais da metodologia situacional) no ensino dos jogos
esportivos. Greco (1998) caracteriza como método situacional à possibilidade que o aluno
trabalhe e desenvolva as capacidades técnicas paralelamente as capacidades táticas, ou seja,
pode ser oferecida ao aluno a alternativa de desenvolver suas capacidades técnicas-táticas
simultaneamente. O diferencial é que não só será exigida do aluno a execução de uma
técnica (como fazer) como também tomar decisões (o que fazer) a construção do jogo
partindo da realidade do mesmo; Compreendendo, assimilando e dominando as complexas
exigências que os jogos esportivos lhe apresentam.
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A proposta prática que apresentamos, visa uma progressão pedagógica, da bola ao jogo
de mini-handebol, respeitando as três etapas que consideramos determinantes no processo
de iniciação desportiva ao handebol:
1. Brincar sozinho
Manipular o implemento de várias
maneiras, o experimento de peso e da
textura, as formas de lançar de
recepcionar, estará proporcionando
uma facilitação futura na adaptação
as ações do jogo;
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Como jogo desportivo, o mini handebol implica uma intensa participação psíquica. Ao
mesmo tempo, a criança que o pratica é um ser que atravessa uma fase de profundas
transformações ao nível geral do seu psiquismo. Nesta fase da infância, os principais
obstáculos de natureza psicológica à aquisição e domínio de qualquer jogo desportivo
coletivo, que são:
1. Egocentrismo
É a principal causa das dificuldades da criança para entender o jogo como um sistema
de relação e interações que tem de estabelecer com os companheiros e os adversários;
2. Exaltação
Associa-se ao egocentrismo para conferir ao jogo a sua fisionomia caótica, ela mesmo
um sério obstáculo às aquisições elementares que se pretende;
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3. Limitações perceptivo-motoras
Limitando o acesso da criança ao domínio do jogo, dos 6 aos 8 anos de idade, a criança
pode estar já numa fase mais avançada da sua preparação (em ginástica ou patinação),
nas habilidades abertas as suas características de manutenção impõem-lhe um trajeto
mais gradual. A pressa de quem ensina pouco ou nada pode ir contra a cadência de um
organismo que se desenvolve segundo um relógio biológico próprio.
Relação física: Na
importância que vai para a
existência de uma bola mais leve que facilita uma série de movimentos e ações.
Relação social: O convívio, a ligação com o colega de equipe, o respeito pelo grupo
em oposição, o respeito pelas decisões dos responsáveis e o respeito pelos
regulamentos, tudo fatores determinantes na educação desportiva.
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1- A QUADRA DE JOGO
Uma quadra de 20 metros de comprimento por 13 metros de largura, que ofereça
possibilidades de progressão com a bola, bem como segurança para os jogadores. A área do
goleiro deverá ter 5 metros, linha do tiro livre 7 metros e a marca do pênalti 6 metros, todos
a partir da linha de gol.
20 m
7m
13 m
6m
5m
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3 – AS EQUIPES
MÍNIMO: 7 JOGADORES MÁXIMO: 10 JOGADORES
No campo somente poderão jogar por vez 1 goleiro e 4 jogadores de campo. Todos
os jogadores podem atuar como goleiro ou jogador de campo, sendo obrigatório
que, em cada período atue um aluno diferente no gol, e todos os componentes da
equipe devem participar obrigatoriamente de um período completo do jogo.
4 – O JOGO
O tempo de jogo será de 28‟ (vinte e oito minutos), cada meio tempo de jogo com
14‟ (quatorze minutos) que se divide em dois períodos de 7‟ (sete minutos) com
uma pausa de 2‟ (dois minutos) entre cada período de sete minutos. Ao completar-se
os primeiros quatorze minutos dar-se-á um intervalo de 5‟(cinco minutos).
5 - INFORMAÇÕES GERAIS:
A bola deverá ser pequena e de manejo fácil com uma só mão, deverá ser de couro
e ter uma circunferência de 44cm. Para as meninas e de 48 cm. para os meninos;
(H 1L).
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6 – REGULAMENTAÇÕES BÁSICAS
6.1 – AÇÕES PERMITIDAS
Três contatos com o solo em posse de bola, após os três contatos devem-se passar a
bola ao companheiro, driblar ou arremessar ao gol.
O jogador poderá segurar a bola por no máximo por três segundos, caso o jogador
esteja executando o drible não existirá limite de tempo de posse de bola;
Executar o tiro de saída após o gol de dentro da área do goleiro, na marca dos três
metros.
Para executar corretamente o tiro lateral deve-se ter o contato com um ou os dois
pés na linha lateral, sendo permitido lançar a bola direto ao gol adversário;
Tocar a bola com qualquer parte do corpo exceto com as pernas abaixo do joelho e
com os pés;
Somente o goleiro poderá utilizar os pés numa ação de defesa de um arremesso;
Ficar à frente de um oponente para impedir sua trajetória, porém sem usar os braços
e as pernas;
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O goleiro não poderá em nenhum momento do jogo sair de sua área de gol, para
atuar como jogador de campo no decorrer dos períodos;
Defender dentro de sua área (interferir ou fazer falta), pênalti (tiro de 6 metros);
SISTEMA DE MARCAÇÃO
O sistema de marcação será preferencialmente INDIVIDUAL.
SUGERIDO PELA CBHb:
a) Para a faixa etária de 08 anos a 10 anos - marcação individual em toda a quadra ou em
meia quadra.
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FUNDAMENTOS DO HANDEBOL
•FUNDAMENTOS:
São os movimentos básicos realizados no jogo e que dão as características próprias
da modalidade desportiva, sem as quais ela não existiria.
•TÉCNICA:
A melhor forma de se executar os movimentos fundamentais do jogo com eficiência
e economia de esforço.
•PASSE
Técnica de lançamento da bola a um companheiro de equipe realizada com o
objetivo de criar condições favoráveis para sua recepção:
Na iniciação Para alunos iniciados ESPECIAIS: no nível, mas
avançado
De peito; De ombro; Por trás do ombro;
•RECEPÇÃO
Técnica de domínio da posse da bola
•ALTA •MÉDIA •BAIXA
Mãos em forma de concha Mãos em forma de concha Invertida: Mãos em forma
(formando um W com o (formando um W com os de concha (formando um M
polegar e indicador), dedos polegar e indicador), com os dedos midinho e
articulação do cotovelo em articulação do cotovelo em anelar), articulação do
pequena flexão e tronco pequena flexão e a cotovelo em pequena flexão
ereto; articulação dos joelhos em e articulação dos joelhos e
pequena flexão; tronco flexionado;
Normal: Mãos em forma de
concha (formando um W
com os dedos polegar e
indicador), articulação do
cotovelo em pequena flexão
e a articulação dos joelhos
em total flexão;
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•DRIBLE
Técnica de quicar (bater) a bola no solo realizada com o objetivo de conduzi-la ou
manter a sua posse em determinados momentos do jogo, alto, médio e baixo (a bola
deve ser empurrada em direção ao chão mantendo sempre a relação mão - bola –
solo – mão. O drible é o único fundamento que permite ao jogador percorrer todo
espaço de jogo com a bola dominada sem infringir a regra.
•ARREMESSOS
Técnica de lançamento da bola ao gol, realizada com o objetivo de suplantar a
interceptação dos defensores e do goleiro adversários.
Na iniciação Para alunos iniciados ESPECIAIS: no nível, mas
avançado.
Com apoio; Com apoio; Com inclinação (com apoio e
com salto);
Com salto (trifásico); Com salto (trifásico); Com retificação;
Em suspensão (com os dois Giro e queda
pés);
Na corrida; Em queda com salto
(peixinho);
Altura do quadril; Rosca;
Com giro e salto; Falha (suíça);
•FINTAS
Ação técnica realizada com o objetivo de enganar o adversário para ultrapassá-lo
quando se detém ou não, a posse da bola.
De ameaça (de arremesso)
Com giro (contato zero nos dois pés)
De cintura (contato zero nos dois pés)
Falsa ou de braço (contato zero nos dois pés)
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TÉCNICAS DEFENSIVAS
Deslocamentos: são movimentos realizados pelos jogadores em diversas direções
que tem como objetivo final ocupar os espaços vazios antes dos atacantes, os
deslocamentos podem ser em diagonal, a lateral, para frente e para trás;
2. Em apoio com uma mão: é utilizada para deter arremessos apoiados a altura do
quadril e por baixo, o braço deverá elevar-se lateralmente com a mão aberta e os
dedos bem afastados procurando “atacar” a bola no momento do bloco ou
bloqueio defensivo.
3. Em apoio com as duas mãos e flexão lateral do tronco: é utilizado para deter
arremessos apoiados em inclinação lateral. A estrutura do movimento é
semelhante à técnica descrita anteriormente, com as duas mãos e flexão lateral do
tronco.
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Capitulo VI – FUNDAMENTOS TÁTICOS DO HANDEBOL
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FUNDAMENTAÇÃO TÁTICA
TÁTICA:
Um conjunto de ações, individuais e coletivas, que os jogadores de uma equipe
realizam de forma organizada e racional com o objetivo de sobrepujar os atletas e as
equipes adversárias.
CARACTERIZAM A TÁTICA
Busca pela superioridade numérica;
Ajuda recíproca;
Variação das ações;
Disciplina (manutenção de postos, respeito ao plano e execução de ações no
momento oportuno);
Objetividade na realização das ações.
TÁTICA INDIVIDUAL:
É o conjunto de ações individuais utilizadas por um jogador, em sua luta contra um ou mais
adversários, quando encontra-se numa fase de defesa ou de ataque.
1.1 - RECURSOS TÁTICOS OFENSIVOS INDIVIDUAIS
1.1.1 FINTA SEM BOLA: Ë a ação que o aluno realiza com o objetivo de criar
uma condição favorável de receber a bola.
1.1.2 FINTA DE PASSE: Ë a execução do movimento de passe numa direção
sem a sua execução, com o objetivo de criar condições de movimentações
dos colegas de equipe.
1.1.3 QUEBRA DE SENTIDO: Ação que tem como objetivo, através do retorno
da bola, criar superioridade no lado da defesa que a bola estava. (tática
individual)
1.1.4 PENETRAÇÃO: São corridas com ou sem bola realizadas por 1 ou mais
jogadores que tem o objetivo de criar superioridade em determinados postos
específicos.
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2-TÁTICA DE GRUPO:
É o conjunto de ações coletivas utilizadas por 2, 3 ou 4 jogadores sem ou com bola, em sua
luta contra um ou mais adversários, objetivando criar superioridade numérica, quando
encontra-se numa fase de defesa ou de ataque.
3 - TÁTICA COLETIVA
É o conjunto de ações coletivas utilizadas por 5 ou mais jogadores sem ou com bola,
objetivando criar superioridade numérica, quebra de seqüência de passes, quando encontra-
se numa fase de defesa ou de ataque.
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Capitulo VII – DESENVOLVIMENTO OFENSIVO
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DESENVOLVIMENTO OFENSIVO
ATAQUE:
Situação de jogo determinada no momento que a equipe detenha a posse de bola
ou no ato de sua recuperação.
FASES DO ATAQUE:
1. ATAQUE RÁPIDO (SAÍDA RÁPIDA, CONTRA-ATAQUE);
CONTRA-ATAQUE
É o momento que os jogadores se deslocam da defesa para o ataque, (transição)
com ou sem a bola.
Tipos de Contra-ataque
1ª onda-contra-ataque 2ª onda contra-ataque 3ª onda contra-ataque
simples; sustentado; sustentado ou com
combinação.
É o tipo de contra – ataque É o tipo de contra – ataque É o tipo de contra – ataque
realizado pelos jogadores no realizado pelos jogadores no realizado pelos jogadores no
primeiro momento da segundo momento da terceiro momento da
transição, acontecendo um transição, acontecendo mais transição, acontecendo mais
único passe antes da de um passe antes da de dois passes antes da
finalização, geralmente finalização, geralmente finalização, podendo existir a
realizado pelos jogadores que realizado pelos jogadores que execução de uma
marcam nas extremas ou os marcam nas laterais ou os combinação pré-estabelecida,
que marcam na 2 ª e ou 3 ª jogadores de 2 ª linha nos geralmente realizado pelos
linha nos sistemas sistemas defensivos. jogadores que marcam na
defensivos. (LEÃO, 2002). (LEÃO, 2002). posição centrais e laterais, ou
os jogadores de 1 ª linha nos
sistemas defensivos.
(LEÃO, 2002).
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FLUTUAÇÃO OFENSIVA:
Jogo de provocação realizado pelo ataque em situação posicional, no qual, o
aluno de posse da bola avança contra a defesa ameaçando o arremesso e recua
após a execução do passe ao seu companheiro subseqüente, estando sempre a
frente quando tiver a posse da bola e atrás quando não a detiver.
ENGAJAMENTO:
Ação de ataque, com apoios sucessivos dos jogadores na troca de passes em
busca da criação de uma situação de superioridade numérica, a partir da
estrutura de flutuação ofensiva básica com o objetivo de criar condições
favoráveis de finalização ao gol.
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SEGUNDA LINHA
PRIMERA LINHA
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E - Pivô
F - Extremo Esquerdo
2) 2:4 - com dois jogadores com características de 1ª linha (armadores ), dois de 2ª linha
( pivôs ) e dois com características intermediárias ou universais.
Ofensivos: Se nomeiam por
letras.
A - Armador
F
E B – Armador
E C C – Pivô
D - Extremo Direito
E - Pivô
A B
F - Extremo Esquerdo
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A DEFESA
A evolução do handebol tem sido patente nos últimos anos e pode dizer-se que a imagem
da marca de uma equipe vencedora é a defesa que apresenta e executa (Cruz, 1990).
Ë normal o elogio do ataque e enaltecimento da obtenção do gol, cuja espetacularidade e a
sua associação à sua concretização duma aspiração primordial do jogo, marcar gols esta
diretamente ligada às manifestações do público levam os atletas, o publico e a comunicação
social a fazer referencia especiais aos atacantes e deixar em segundo plano a ação de um
defensor, por mais brilhante que tenha sido.
A evolução técnica da nossa modalidade está ligada a nossa capacidade defensiva,
esta, traduzida num domínio superior dos princípios individuais, dos meios táticos e
dos princípios coletivos da defesa.
Assim, o treinamento de defesa, tem antes de mais que se constituir um gosto, a começar
pelos professores que devem dedicar-lhe uma percentagem de tempo significativo,
tornando-o numa tarefa motivadora, enaltecendo os desempenhos defensivos estimulando
os seus atletas para se empenharem ao máximo, para que em situação de competição de
competição esta surja como uma fase de jogo alegre e entusiasmante para todos.
Em principio não deviríamos temer oferecer estruturas fechadas de jogo, as quais o jogador
deve submeter-se. Não será um problema, sempre e quando ele tenha superado
progressivamente as diferentes etapas de um programa onde as questões individuas estarão
sempre referendando o trabalho coletivo.
Na aprendizagem dos sistemas de jogo defensivos, propomos a possibilidade da existência
de organizações de jogo prévias a qualquer outra estruturação de sistemas padronizados de
jogo, o que denominamos da construção do pensamento defensivo a utilização dos
sistemas defensivos.
Construção do pensamento defensivo.
1.Organização de jogo Fase de relação
(Os pré-sistemas) Fase de desenvolvimento de elementos técnicos e táticos
individuais
2. Defesa transição individual - Fase de desenvolvimento de elementos táticos coletivos
zonal
3. A defesa em sistemas Fase de desenvolvimento de sistemas de jogo
Em toda competição ou estrutura de jogo nas fases iniciais de aprendizagem, deve evitar-se
um sistema fechado, estruturado e condicionante para o jovem praticante. Em outras
palavras, não deve tratar de parecer-se ao modelo adulto, mas sim de oferecer uma estrutura
de organização que o sintonize e co-ajude a consecução dos objetivos previstos na etapa em
que a criança encontra-se. É preciso considerar sempre essa organização, esse pré-sistemas,
como meio e nunca como fim último ou objeto de aprendizagem.
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Variações especiais
a. Numa primeira fase, para percepção da necessidade da efetivação das trocas,
utilizar-se das pequenas sociedades, estruturas funcionais da metodologia
situacional;
b. Numa segunda fase, com a construção do pensamento tático, troca de
marcação, construído, utilizaremos todo campo de jogo ampliando os espaços
dos jogadores de posse de bola, consequentemente criando uma séries de
situações problema que estarão proporcionando a necessidade da utilização da
troca de marcação;
c. Numa terceira fase, para favorecer, mediante a redução do espaço de atuação, a
possibilidade de comunicação entre os jogadores membros de uma mesma
equipe, aplicamos este sistema defensivo desde o próprio meio campo;
d. Numa quarta fase, reduziremos progressivamente o espaço de atuação a zonas
não superiores a 12 metros com relação ao gol defendido.
Aspectos a observar:
Orientação do corpo e visão deve permitir sem controle tátil ter o nosso oponente em nosso
campo visual simultaneamente ao oponente direto e ao portador da bola.
2ª linha
1ª linha
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2ª linha
1ª linha
2ª linha
1ª linha
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2ª linha
1ª linha
A defesa em sistemas
Depois de superado os primeiros níveis de aprendizagem na forma de defender, podemos
propor a possibilidade de adaptar nossos jogadores a situações de defesa em sistemas.
Parece coerente propor situações de aprendizagem dos distintos sistemas defensivos por
zona, para depois passar a situações defensivas mistas. E finalmente, abordaríamos as
situações de pressão. As defesas individuais utilizadas pelas equipes de alto nível não
correspondem com as defesas individuais utilizadas como organização do jogo.
Anteriormente falávamos de defesa individual pessoal ou nominal e como troca de
marcação ou não nominal, agora devemos falar de defesa sob pressão.
Acreditamos que a progressão pedagógica metodológica deverá centrar-se na hierarquia das
linhas defensivas, para que possamos priorizar o futuro do jogador, de acordo com as suas
características e faixa etária que estaremos a trabalhar. Como proposta deveremos, depois
de vivenciar as defesas individuais sob pressão, vivenciar as defesas em três linhas 3:3,
3:2:1, defesas em duas linhas 4:2, 5:1, defesa em uma linha 6:0 e por último as defesas
mistas 5+1, 4+2, 3+3;
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DESENVOLVIMENTO DEFENSIVO
1 – POSICIONAMENTOS
Linhas Defensivas:
1a Linha- Os jogadores se encontram
próximos a linha da área de gol (6
metros)
2ª Linha- Os jogadores se encontram
TERCEIRA LINHA entre a linha de área de gol (6 metros)
e a linha de 9 metros de seu próprio
SEGUNDA LINHA
campo.
PRIMERA LINHA 3ª Linha- Os jogadores se encontram
entre o centro do campo e a linha de
9 metros da equipe defensora.
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PRINCÍIPIOS GERAIS DA DEFESA À ZONA
Domínio dos conceitos de troca de adversário, quando e como se executa.
Evitar o bloqueio.
Saber a noção de ajuda, sem descuidar a sua posição inicial.
Dominar termos de comunicação com os companheiros (entrou, é teu, passou o
pivô).
Colaboração com o goleiro.
Domínio dos princípios fundamentais de cada posto nos principais sistemas
defensivos.
As zonas de atuação se entrelaçam;
PRINCÍPIOS INDIVIDUAIS DA DEFESA À ZONA
Colocação entre o portador da bola e a baliza.
Atacar o portador da bola.
Capacidade de antecipação
Comportamento agressivo e corajoso dentro do regulamento técnico,
compreendendo o HANDEBOL como um jogo de choque sistemático e aceitando
fato com naturalidade.
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DEFESAS ABERTAS
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2) 3 : 3 – Com a organização espacial e do mecanismo funcional do sistema, sua
utilização é de suma importância na iniciação do jogo pois proporciona vários riscos dentro
do objetivo da modalidade, porém quando utilizado por equipes de competição exige
condições físicas técnicas e táticas altamente qualificadas por parte dos participantes do
jogo de handebol, por isso que se torna muito mais fácil sua execução quando se é
vivenciado na aprendizagem inicial.
1 1
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3) 3 : 2 : 1 – É um sistema que requer conhecimentos sensíveis em nível de marcação
individual, ajustamento alternativo e de ajuda mútua dentro do próprio sistema, pois, é um
sistema de três linhas defensivas.
3 – Avançado
2 - Lateral Direita
1 - Extrema Direita
3 3 3 - Avançado
2 - Lateral Esquerda
1 - Extrema esquerda
2 2 G - Goleiro
1
1
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Os sistemas defensivos fechados são caracterizados pela disposição dos jogadores em uma
linha ou em duas linhas. De todos os sistema são os de mais fáceis aplicabilidade, pois as
tarefas individuais estão bem definidas e pouco se alteram no decurso do jogo.
1 – Extrema Direita
2 – Lateral Direita
3 – Centro Direita
3 – Centro esquerda
2 – Lateral Esquerda
3 3 1 – Extrema esquerda
2 G – Goleiro
2
1
1
3 – Avançado
3 1 - Extrema Direita
2 - Lateral Direita
3 - Central
2 - Lateral Esquerda
3 1 - Extrema esquerda
2 2 G - Goleiro
1 1
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VANTAGENS DESVANTAGENS
Estabilidade contra as bruscas mudanças dos Não dificulta a organização defensiva;
sistemas ofensivos do adversário; Exige bom sentido de colocação dos
Automatização dos deslocamentos; seus componentes;
Aumento da densidade defensiva; Necessário ter jogadores muito
Menor espaços entre os defensores; experientes;
Maior possibilidade de ajuda; Exige grande espírito de ajuda e
Menor exigências física e psíquica; colaboração.
Menor riscos na zona dos 6 metros;
Anulas linhas de passe (para o 5 : 1);
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Capítulo IX – O GOLEIRO
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O GOLEIRO
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POSIÇÃO INICIAL
NO CENTRO NA EXTREMA
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DESPORTIVISMO
O fator competição no desporto tem ainda outro valor. E através do desporto que os jovens
podem desenvolver-se moralmente, aprender um código básico de comportamento
desportivo que poderá depois ser transferido para um código moral de vida. O desporto
competitivo – onde ganhar é um valioso prêmio oferece inúmeras oportunidades para o
bom desenvolvimento dos conceitos morais. Por exemplo, a Ana está a participar de um
jogo recreativo de tênis com a Teresa, que faz um ponto vitorioso no decurso de uma
jogada. Sabendo que este lançamento foi bom, a Ana aplaude-a, ganhou, portanto a Teresa.
Ora, isto não é difícil fazer quando esta a participar num jogo por prazer, quando não há
nada em jogo para ganhar. Vejamos uma outra circunstancia, a Ana esta a jogar o mesmo
jogo, mas agora ganhar significa ter uma viagem ao estrangeiro e prestigio de vencer o
premio da cidade. Neste caso, custa muito mais aplaudir a mesma jogada.
Um dos valores do desporto competitivo é que situações que requerem tais solicitações
morais ocorrem com muita freqüência e fornecem aos jovens a oportunidade de aprender e
aos adultos de transmitir modelos apropriados de desportivismo. Fazer um correto
aproveitamento moral à custa de uma valiosa vitória é uma verdadeira prova de caráter
assim como uma oportunidade para construir esse caráter.
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Ganhar é importante em todos os desportos, e o ganhar pode ser mantido como meta,
quando os adultos reconhecem que o processo de lutar para vencer pode trazer a superfície
aquilo que de melhor existe nos jovens o seu espírito competitivo, o seu empenhamento e
sua atitude moral. Para que o desporto possa fornecer esses benefícios „vital que se
mantenha uma perspectiva correta no conceito de vitória.
Depois da leitura deste texto, será que vai ser capaz de manter esta correta perspectiva face,
à vitória, não só agora mas também durante o fervor de uma competição, quer esteja a
ganhar quer a perder ? será que vai ser capaz de continuar a defendê-la, quer as coisas
estejam a correr bem quer estejam a correr mal ?
Quando o ganhar é construído segundo uma perspectiva correta, a pratica desportiva ajuda
à educação de jovens que gostam de movimento, que lutam pelo melhor resultado, que se
atrevem a errar para aprender, que crescem com dignidade e que criticam construtivamente
aquilo que fazem.
Quando isto acontece, há lugar para satisfação na procura da vitória que esta a satisfação da
própria atividade. Com uma orientação correta, os programas desportivos são pois capazes
de formar jovens responsáveis, que aceitam os outros e acima de tudo que se, aceitem a si
próprio.
DIREITO DE TODOS OS JOVENS PRATICANTES DESPORTIVOS
Todos nós sabemos que, em algumas competições desportivas, o fato de ganhar está sobre
valorizado, situação que é freqüente assinalada e criticada por algumas pessoas
preocupadas com o tema.
Existe porem quem defenda que os programas competitivos de desporto devem como tal,
serem totalmente eliminados e substituídos por jogadores de cooperação. Argumentam
essas pessoas que a competição cria hostilidade e é contraproducente, enquanto que a
cooperação cria amizade e produz uma maior realização do homem.
Eliminar a competição não irá, no entanto, por o desporto na sua perspectiva correta, seria
mesmo deixar fora o que nele há de mais importante.
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A competição como tal não é boa nem má para si é metamente um meio pelo qual nos
comparamos as nossas habilidades e esforços com outros, sujeitos a regras pré-
estabelecidas. Se a competição é saudável ou não, isso depende do modo como competimos
e do significado que atribuímos a vitória.
Não estamos a insinuar que vencer não é importante. Vencer, ou melhor, lutar pela vitória é
essencial para haver satisfação na competição. Praticar desporto sem lutar para ganhar é ser
um “competidor desonesto” diz Michael Novak em “A alegria do desporto”.
“Ganhar não é tudo, mas é o que interessa”, disse Vince Lobardi, ou foi assim que nos
ensinaram. Na realidade, Lombardi não disse bem isso; foi uma má interpretação feita por
um repórter. O Lombardi, na realidade quis dizer foi “ganhar não é tudo, mas lutar para
ganhar é o que mais interessa“, afirmação que reflete melhor a sua filosofia, sobre a
preparação desportiva.
Terá algum sentido que a ênfase que se dá ao ganhar não seja atribuída totalmente à vitória
em si, mas antes que esforço realizado para vencer? E a busca da vitória e o sonho de
alcançar o gol, mais do que alcançar o gol àquilo que dá prazer a pratica desportiva ?
muitos atletas de renome dizem abertamente que as suas melhores recordações, desportivas
não são as vitórias alcançadas, mas antes os meses de preparação, a expectativa criada e as
suas próprias sensações, antes e depois das competições.
COMPROMISSO E EMPENHAMENTO
A competição e a luta para ganhar têm também outro significado. Hoje em dia, ouvimos
muita coisa acerca da nossa juventude, de sua falta de respeito para com as normas
estabelecidas e a falta de motivação para se aperfeiçoar. Lamentavelmente, muitos jovens
não encontram em suas casas, nas escolas e noutros locais atividades capazes de merecerem
os seus desempenho. A juventude está, porem a ser captada pelo desporto, onde encontra
motivos que merecem a sua dedicação. E que tipo de motivos? sem duvida a comparação
das habilidades e esforços, a luta para ganhar e admiração pelos resultados alcançados, isto
é, pela competição.
O João foi um destes jovens “sem empenhamento”, ele era demasiado preguiçoso ou
desinteressado para fazer os seus trabalhos de casa, normalmente ficava a ver televisão e a
comer, o que fez com que ele engordasse bastante. Mas por uma razão desconhecida, o
João decidiu-se a praticar desporto, onde finalmente encontrou um desafio em si próprio.
Para conseguir entrar na equipe e atingir peso ideal precisava melhorar as suas notas e
perder cinco quilos. Os seus pais e professores já tinham tentado fazer varias vezes, mas
sem qualquer êxito. Agora foi ele próprio que o quis e conseguiu fazê-lo.
Recentemente, um deficiente mental de 16 anos, recebeu um premio pelos seus notáveis
feitos em natação. O que é admirável neste jovem é que quando tinha doze anos não falava,
não comia nem se vestia por si próprio. Mas através dos jogos olímpicos para deficientes
ele aprendeu a nadar e a competir e este desafio fê-lo sair do seu mundo interior. Aprendeu
não só a vestir-se, a comer sozinho e a falar, espantosamente aprendeu até a ensinar outros
jovens a nadar.
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SER PROFESSOR
Por ARAÚJO, JORGE (1996). Adaptado por Cezar Caldas
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Motivadores: Conseguir melhor das entregas e a maior das ambições daqueles que nos
cercam, conquistando a adesão entusiástica e responsável de jogadores e dirigente.
Guias e conselheiros: Enormes responsabilidades de intervenção formativa e educativa,
influenciando positivamente os componentes da equipe, para alem dos meros aspectos
inerentes ao treino e a competição (atletas sujeito e não objeto, cidadão / atleta e não só
atleta / rendimento).
Disciplinadores: Conseguir a disciplina vivida no seio da equipe seja assumida
responsavelmente por todos os seus componentes, imperando a auto disciplina e a auto
preparação relativamente ao autoritarismo. Ser firme mas justo.
Ser PROFESSOR exige uma cultura geral e especifica possibilitadora das necessárias
intervenções criticas, com reflexos no desejado desenvolvimento do desporto nacional.
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Cézar Leão
Bibliografia:
ARNO et al. Manual de Handebol: Treinamento de Base para Crianças e
Adolescentes. São Paulo: Porthe Editora, 2002.
CALDAS, Iberê. Handebol: como conteúdos para as aulas de Educação Física. Recife:
EDUPE, 2003.
CHRISTIAN, Kröger e Klaus Roth. Escola da Bola: Um ABC para iniciantes nos
jogos esportivos. São Paulo: Phorte Editora, 2002.
MELO, Rogério Silva de. Esportes de Quadra. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.
SILVA, Marco Antônio F.. Handebol, Regras Ilustradas, Técnicas e Táticas. Rio de
Janeiro: Ediouro, 1983.
SILVA, Pedro Antonio da. Jogos Poliesportivos, Volume 2. Rio de Janeiro: Sprint,
2002.
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