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LINGUAGENS

REFERENCIAL CURRICULAR
REME

VERSÃO PRELIMINAR
Em processo de revisão

Referencial Curricular – REME


CIÊNCIAS DA NATUREZA
Versão Preliminar - sem revisão ortográfica
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

MARCOS MARCELO TRAD


Prefeito Municipal

ELZA FERNANDES ORTELHADO


Secretária de Educação

SORAIA INÁCIO CAMPOS


Secretária adjunta de Educação

WALDIR LEONEL
Superintendente de Políticas Educacionais

MÔNICA OLIVEIRA INÁCIO PRESTES


Gerente do Ensino Fundamental e Médio

ISABEL CRISTINA CORRÊA


Gerente da Educação Infantil

ALCIONE APARECIDA RIBEIRO VALADOARES


Chefe da Divisão de Avaliação

MAGALI LUZIO
Chefe da Divisão de Educação e Diversidade

LIZABETE DE LUCCA COUTINHO


Chefe da Divisão de Educação Especial

GUILHERME MATHIAS FERRARI


Chefe da Divisão de Tecnologias Educacionais

MARIA JOSÉ DO AMARAL


Chefe da Divisão de Coordenação Pedagógica

Versão Preliminar – Em processo de revisão


Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Sumário

APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 9
REFERENCIAL CURRICULAR PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DA REDE
MUNICIPAL DE ENSINO DE CAMPO GRANDE – MATO GROSSO DO SUL ......... 11
DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO REFERENCIAL CURRICULAR DA REME .......... 15
CULTURA DIGITAL: COMO A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR/BNCC
PREVÊ A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS? ............................................................ 17
DOCUMENTO ORIENTATIVO: RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E DE GÊNERO . 20
Educação em direitos humanos.................................................................................... 20
Gênero e diversidade sexual ......................................................................................... 22
Sugestões para a abordagem de gênero e sexualidade: .................................... 22
Étnico-racial: questões afro-brasileiras e indígenas .................................................. 23
Sugestões para a abordagem do trabalho com a Lei no 10.639/2003: ............. 24
Sugestões para a abordagem do trabalho com a Lei no 11.645/2008: ............ 25
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ........................................................................................ 25
AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA ................................................................................. 27
REFERENCIAL CURRICULAR DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO (REME) ....... 29
Referências .............................................................................................................................. 31

ARTE ....................................................................................................................................... 33
1. Arte na Educação Básica ................................................................................................... 35
1.1. Da formação específica em Arte: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro ................. 37
1.2. As necessidades específicas do ensino e aprendizagem em Arte ................................. 39
1.3. As linguagens e seus processos de criação na rotina escolar ....................................... 42
2. O currículo e a aprendizagem em Arte na Educação Infantil........................................ 45
2.1. Os processos avaliativos e de documentação pedagógica em Arte na Educação
Infantil ..................................................................................................................................... 48
2.2. Campos de experiências e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento em Arte .. 51
GRUPO IV E V - ARTE ............................................................................................... 51
O eu, o outro e o nós ............................................................................................ 51
Corpo, gestos e movimentos ................................................................................ 55
Traços, sons, cores e formas................................................................................ 59
Escuta, fala, pensamento e imaginação.............................................................. 63

Versão Preliminar – Em processo de revisão


Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações ...............................65


3. O currículo de Arte no ensino fundamental na BNCC....................................................69
3.1. O currículo em prática ....................................................................................................70
3.2. As Artes Integradas .........................................................................................................71
3.3. A avaliação em Arte no ensino fundamental .................................................................72
ORIENTAÇÕES CURRICULARES DE ARTES VISUAIS ....................................73
ORIENTAÇÕES CURRICULARES DE DANÇA ....................................................73
ORIENTAÇÕES CURRICULARES DE MÚSICA ...................................................73
ORIENTAÇÕES CURRICULARES DE TEATRO ..................................................73
ORIENTAÇÕES CURRÍCULARES PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS ......................................................................................................................73
Bibliografia consultada ...........................................................................................................75

EDUCAÇÃO FÍSICA .............................................................................................................78


1. A Educação Física na Educação Infantil ..........................................................................79
1.1. Objetos do conhecimento e objetivos de aprendizagens e desenvolvimentos .............84
GRUPO I, II E III ..........................................................................................................84
O eu, o outro e o nós .............................................................................................84
Corpo, gestos e movimentos ................................................................................85
Traços, sons, cores e formas ................................................................................86
Escuta, fala, pensamento e imaginação ..............................................................87
Espaços, tempo, quantidades, relações e transformações ................................88
Mundo social e natural: investigação, relação, transformação e preservação89
Recomendações .....................................................................................................90
GRUPO IV E V ..............................................................................................................91
O eu, o outro e o nós .............................................................................................91
Corpo, gestos e movimentos ................................................................................92
Traços, sons, cores e formas ................................................................................93
Escuta, fala, pensamento e imaginação ..............................................................94
Mundo social e natural: investigação, relação, transformação e preservação96
Recomendações .....................................................................................................97
2. Documento Curricular de Educação Física - Ensino Fundamental ...............................98
2.1. Objetos de conhecimento (conhecimentos da cultura corporal) e habilidades ........112
1º e 2º ANOS – EDUCAÇÃO FÍSICA .......................................................................112
3º AO 5º ANOS – EDUCAÇÃO FÍSICA ...................................................................116
4
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

6º e 7º ANOS – EDUCAÇÃO FÍSICA....................................................................... 121


8º e 9º ANOS – EDUCAÇÃO FÍSICA....................................................................... 125
3. Educação Física – Educação de Jovens e Adultos (EJA) .............................................. 129
3.1. Objetos de conhecimento (conhecimentos da cultura corporal) e habilidades ........ 130
FASE INICIAL I e II .................................................................................................. 130
FASE INTERMEDIÁRIA .......................................................................................... 133
FASE FINAL ............................................................................................................... 137
Referências ............................................................................................................................ 140
Bibliografias Consultadas .................................................................................................... 141

LÍNGUA INGLESA ............................................................................................................. 145


1. Localização histórica e teórica do componente curricular Língua Inglesa no Brasil e
na Rede Municipal de Ensino (REME) .............................................................................. 146
1.1. Identificação das concepções de ensino do componente curricular Língua Inglesa e
suas articulações com as teorias da aprendizagem ............................................................ 148
1.2. Avaliação da aprendizagem .......................................................................................... 150
1.3. Competências específicas de Língua Inglesa ............................................................... 152
1.3.1. Competências específicas de Língua Inglesa para o Ensino Fundamental
(BNCC) ......................................................................................................................... 152
1.4. Estrutura do componente curricular Língua Inglesa ................................................ 153
1.5. Habilidades e conhecimentos específicos ..................................................................... 155
1º ANO - LÍNGUA INGLESA ................................................................................... 155
2º ANO - LÍNGUA INGLESA ................................................................................... 157
3º ANO - LÍNGUA INGLESA ................................................................................... 160
4º ANO - LÍNGUA INGLESA ................................................................................... 164
5º ANO - LÍNGUA INGLESA ................................................................................... 168
6º ANO - LÍNGUA INGLESA ................................................................................... 172
7º ANO - LÍNGUA INGLESA ................................................................................... 181
8º ANO - LÍNGUA INGLESA ................................................................................... 189
9º ANO - LÍNGUA INGLESA ................................................................................... 195
Referências ............................................................................................................................ 202

LÍNGUA PORTUGUESA ................................................................................................... 203


1. Concepções teórico-metodológicas do componente curricular Língua Portuguesa ... 205
2. A linguagem no processo de alfabetização e letramento ............................................... 210
3. Perspectivas dos multiletramentos e da multimodalidade ............................................ 211
5
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

4. Práticas de Linguagem .....................................................................................................216


5. As práticas linguageiras e os processos de (co)produção, circulação e interpretação do
conhecimento na contemporaneidade .................................................................................220
Tópico I: Caminhos e Labirintos ...............................................................................220
Tópico II: Conhecimento na sociedade digital e perspectivas de letramentos .......223
6. Campos de Atuação ..........................................................................................................226
6.1. Campo da Vida Cotidiana ...................................................................................226
6.2. Campo de Atuação na Vida Pública ...................................................................227
6.3. Campo Jornalístico/Midiático .............................................................................228
6.4. Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa .........................................................229
6.5. Campo Artístico-Literário ...................................................................................232
7. Aprendizagem e avaliação ................................................................................................233
8. Células de Recomendações ...............................................................................................234
Campos de atuação e habilidades ........................................................................................237
Campo da Vida Cotidiana ....................................................................................................237
Habilidades comuns aos 1º, 2º, 3º, 4º e 5º anos ..........................................................237
Habilidades relativas ao 1º e 2º anos ..........................................................................237
Habilidades relativas ao 2º ano...................................................................................238
Habilidades relativas ao 3º ano...................................................................................239
Habilidades relativas ao 4º ano...................................................................................241
Habilidades relativas ao 5º ano...................................................................................242
Campo da Atuação na Vida Pública ...................................................................................243
Habilidades relativas ao 1º e 2º anos ..........................................................................243
Habilidades relativas ao 3º, 4º e 5º anos.....................................................................245
Habilidades relativas ao 3º ano...................................................................................246
Habilidades relativas ao 4º ano...................................................................................247
Habilidades relativas ao 5º ano...................................................................................249
Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa ..........................................................................250
Habilidades relativas ao 1º e 2º anos ..........................................................................250
Habilidades relativas ao 3º, 4º e 5º anos.....................................................................251
Habilidades relativas ao 2º ano...................................................................................252
Habilidades relativas ao 3º ano...................................................................................253
Habilidades relativas ao 4º ano...................................................................................254
Habilidades relativas ao 5º ano...................................................................................255
Campo Artístico-Literário ...................................................................................................257

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Habilidades comuns aos 1º, 2º, 3º, 4º e 5º anos ......................................................... 257


Habilidades relativas ao 1º e 2º anos ......................................................................... 258
Habilidades relativas ao 3º, 4º e 5º anos .................................................................... 259
Habilidades relativas ao 2º ano .................................................................................. 261
Habilidades relativas ao 3º ano .................................................................................. 262
Habilidades relativas ao 4º ano .................................................................................. 262
Habilidades relativas ao 5º ano .................................................................................. 263
Todos os Campos de Atuação .............................................................................................. 264
Habilidades comuns ao 1º, 2º, 3º, 4º e 5º anos ........................................................... 264
Habilidades relativas ao 1º e 2º anos ......................................................................... 266
Habilidades relativas ao 3º, 4º e 5º anos .................................................................... 267
Habilidades relativas ao 1º ano .................................................................................. 270
Habilidades relativas ao 2º ano .................................................................................. 272
Habilidades relativas ao 3º ano .................................................................................. 274
Habilidades relativas ao 4º ano .................................................................................. 276
Habilidades relativas ao 5º ano .................................................................................. 277
Campo Jornalístico/Midiático ............................................................................................. 279
Habilidades comuns aos 6º, 7º, 8º e 9º anos ............................................................... 279
Habilidades comuns aos 6º e 7º anos ......................................................................... 283
Habilidades comuns aos 8º e 9º anos ......................................................................... 287
Campo de Atuação na Vida Pública ................................................................................... 292
Habilidades comuns aos 6º, 7º, 8º e 9º anos ............................................................... 292
Habilidades comuns aos 6º e 7º anos ......................................................................... 296
Habilidades comuns aos 8º e 9º anos ......................................................................... 298
Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa ......................................................................... 301
Habilidades comuns aos 6º, 7º, 8º e 9º anos ............................................................... 301
Habilidades comuns aos 6º e 7º anos ......................................................................... 306
Campo Artístico-Literário ................................................................................................... 307
Habilidades comuns aos 6º, 7º, 8º e 9º anos ............................................................... 307
Habilidades comuns ao 6º e 7º anos ........................................................................... 311
Habilidades comuns 8º e 9º anos ................................................................................ 312
Todos os Campos de Atuação .............................................................................................. 313
Habilidades comuns aos 6º, 7º, 8º e 9º anos ............................................................... 313
Habilidades comuns aos 6º e 7º anos ......................................................................... 313
Habilidades comuns aos 8º e 9º anos ......................................................................... 316
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

EJA – Campos de atuação e habilidades de Língua Portuguesa ......................................319


Referências .............................................................................................................................383
Sítios eletrônicos consultados: ....................................................................................384

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

APRESENTAÇÃO

Pensar o currículo de uma rede com, aproximadamente, 200 escolas, entre unidades de
tempo integral, escolas rurais e urbanas de ensino infantil, ensino fundamental anos iniciais e
finais e ensino médio, demanda grande esforço e comprometimento dos servidores da Rede
Municipal de Ensino de Campo Grande/Reme. Tal prática não se restringiu à participação de
professores lotados nas escolas ou no Órgão Central, mas de todos os agentes escolares, com
contribuições de todos os trabalhadores das unidades escolares. Dessa forma, buscou-se
respeitar uma característica histórica da Reme, qual seja, a construção de propostas
curriculares próprias, lançando mão do conhecimento prático e teórico de docentes e demais
profissionais da área pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Campo
Grande/Semed e das escolas.
Assim, como um dos compromissos educacionais desta gestão, apresenta-se a
reestruturação do Referencial Curricular da Reme, visto que o momento em que vivemos é de
importância ímpar, com a construção e homologação da Base Nacional Comum
Curricular/BNCC, proposta prevista já na Constituição Federal de 1988. A partir de sua
homologação em dezembro de 2017, estados e municípios teriam dois anos para discutirem e
reestruturarem suas propostas curriculares, considerando a BNCC e propondo
desdobramentos, visando a atender às particularidades das redes de ensino.
Dessa feita, a Semed, por meio da Superintendência de Gestão das Políticas
Educacionais/Suped, apresenta um documento curricular que respeita a diversidade e a
heterogeneidade características do nosso município. Ainda, cabe destacar que pensar um
currículo passa, necessariamente, por refletir sobre o sistema social que queremos, pois nossos
estudantes estarão, em breve, estruturando as ações que impactam a vida de cada munícipe.
Nesse sentido, destaca-se a participação efetiva das escolas de ensino fundamental e
escolas de educação infantil na reestruturação e reorientação do Referencial Curricular da
Reme, uma vez que professores e demais profissionais lotados nesses locais são os
conhecedores das realidades, podendo, assim, contribuir com a construção de uma proposta
que se aproxime ao máximo das potencialidades locais. Ainda, destaca-se que o Referencial
ora apresentado irá oferecer subsídios teórico-metodológicos e práticos para a construção dos
Projetos Político-Pedagógicos das unidades escolares da Reme.
Ademais, evidencia-se o compromisso desta Secretaria em disponibilizar, no prazo
estabelecido pelo Ministério da Educação/MEC e pelo Conselho Nacional de Educação/CNE,

Versão Preliminar – Em processo de revisão


Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

um Referencial Curricular reestruturado por professores, com o objetivo de atender às


demandas educacionais contemporâneas, mas sem perder de vista as experiências exitosas já
delineadas e aplicadas na Rede Municipal de Ensino de Campo Grande. Com isso, ratifica-se
as potencialidades de uma rede de ensino tão extensa, comprovando a necessidade de que
manter os investimentos em educação, bem como o diálogo na construção deste documento,
contribui para uma sociedade mais justa e igualitária.

Elza Fernandes
Secretária Municipal de Educação de Campo Grande MS

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

REFERENCIAL CURRICULAR PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DA REDE


MUNICIPAL DE ENSINO DE CAMPO GRANDE – MATO GROSSO DO SUL

Prof. Dr. Waldir Leonel1

Caros profissionais de educação da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande

Apresentamos a versão preliminar do Referencial Curricular da Rede Municipal de


Ensino em consonância com a Base Nacional Comum Curricular2, construída, coletivamente,
pelos profissionais de educação da Reme durante o Programa de Formação “Reflexões
Pedagógicas: diálogos entre a teoria e a prática”, em 2019.
Salientamos que este trabalho coletivo, no referido Programa de Formação, levou-nos
a refletir acerca da compreensão do currículo no processo educacional. Sendo assim, não
pretendemos trabalhar com conceito fechado e ideal de currículo, uma vez que não podemos
eleger uma única definição. Nesse sentido, as discussões propostas enfatizam que o currículo
na escola pode ser construído pelos próprios alunos, bem como os conhecimentos produzidos
integrarem-se aos contextos sociais, políticos, culturais e intelectuais vivenciados por
estudantes e professores, ou seja, respeitando a diversidade de cada indivíduo.
Ao assumirmos a complexidade do conceito de currículo, concordamos com Pacheco
(2005, p. 30),

Enquanto expressão de um projeto, o conceito de currículo tem sofrido, ao


longo dos tempos, uma erosão natural que o tem transportado desde uma
concepção restrita de plano de instrução até uma concepção aberta de
projecto de formação, no contexto de uma determinada organização.

De fato, Pacheco (2005) nos faz concluir que o currículo não pode ter esta visão
limitada de um plano de conteúdo apenas para ser seguido pelos professores. Nessa discussão,
é importante destacar a visão de Gomes (2007), que afirma que o currículo não pode
organizar-se em torno da transmissão de conhecimentos e conteúdos, ou seja, a partir de um
plano institucional, mas em um sentido mais amplo e significativo abarca os aspectos

1
Superintendente de Gestão das Políticas Educacionais da Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande-
MS
2
Homologada pela Resolução do Conselho Nacional de Educação n. 2, de 22 de dezembro de 2017 e pela e pela
resolução n. 4, de 17 de dezembro de 2018 que instituíram e orientaram a implantação da Base Nacional Comum
Curricular no âmbito da Educação Básica,

Versão Preliminar – Em processo de revisão


Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

políticos e históricos, conseguinte a construção de conhecimentos por meio da interação entre


os sujeitos envolvidos.
Dessa forma, entendemos o currículo não como um mero documento da educação,
mas como Moreira (1997, p. 9), enxerga: “um artefato social e cultural”, imbricado com as
características da sociedade e da educação carregado de poder, controle, não sendo“[...] um
elemento inocente e neutro de transmissão desinteressado do conhecimento social”.
Sobre as influências no currículo das relações de poder e controle Silva (1995, p.194),
pontua que,

[...] o conhecimento, a cultura e o currículo são produzidos no contexto das


relações sociais e de poder. Esquecer esse processo de produção – no qual
estão envolvidas as relações desiguais de poder entre grupos sociais –
significa reificar o conhecimento e reificar o currículo, destacando apenas os
seus aspectos de consumo e não de produção.

Com base nas ideias de Silva (1995), e Moreira (1997), problematizamos o currículo
escolar como um campo de tensão entre os saberes sistematizados e os saberes informais e
como um campo de confrontos que está em constante processo de construção de
conhecimentos. Assim, um currículo como “artefato cultural”, jamais pode resumir-se em
uma documentação rígida e acabada. Pensar o currículo na escola exige práticas democráticas,
reflexivas e avaliativas para as futuras tomadas de decisões em diferentes tempos e espaços da
sala de aula. É necessário refletir, permanentemente, o significado do currículo no contexto
educacional.
Na perspectiva do currículo como artefato cultural, as práticas pedagógicas devem
permitir um espaço para a criação de conceitos significativos das diferentes manifestações
sociais, materializadas nos diversos grupos existentes do contexto educacional. Sob esta ótica,
o currículo é compreendido como um instrumento orientador da prática docente, assumindo
um trabalho compartilhado com convicções, valores e princípios científico-sociais, além de
considerar os aspectos político-epistemológicos3.
Ao debater a dimensão político-epistemológica presente no currículo, Oliveira (2003,
p.68) afirma que,

3
A epistemologia também pode ser vista como a filosofia da ciência. A epistemologia trata da natureza, da
origem e validade do conhecimento, e estuda também o grau de certeza do conhecimento cientifico nas suas
diferentes áreas, com o objetivo principal de estimar a sua importância para o espírito humano. Disponível em:
<http://www.significados.com.br/epistemologia/>. Acesso em 10 de jul 2016.
12
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Isso significa que, se desejamos trabalhar por e reconhecer as experiências


de emancipação social, precisamos associá-las à crítica e à possível
formulação de novas premissas epistemológicas que incorporem a validade e
a legitimidade de diferentes saberes, práticas e modos de estar no mundo,
superando a hierarquização hoje dominante entre uns e outros e viabilizando
processos interativos entre os diferentes que não os tornem desiguais.

A partir dessa reflexão sobre o currículo como compromisso político e pedagógico,


defendemos a prática docente voltada para o atendimento à diversidade. Por esse prisma,
apoiamos os questionamentos de Torres Santomé (1995), ao declarar que os conteúdos
explícitos presentes nos currículos de determinadas instituições escolares negam e silenciam
culturas, por um lado enfatizam certos aspectos da cultura dominante, demarcam territórios e
por outro lado tornam invisíveis os aspectos culturais de outras, aumentando o fosso da
diferença.
Uma das formas de enfrentarmos esta desigualdade cognitiva é problematizarmos o
currículo além dos textos prescritivos em documentos oficiais como nos orienta as Diretrizes
Curriculares Nacionais (BRASIL, 2013, pp.23-24),

Assim, as políticas curriculares não se resumem apenas a propostas e


práticas enquanto documentos escritos, mas incluem os processos de
planejamento, vivenciados e construídos em múltiplos espaços e por
múltiplas singularidades no corpo social da educação.

As Diretrizes Curriculares Nacionais (2013) retratam com veemência a necessidade de


a escola e do profissional da educação não se aterem apenas na compreensão explícita do
currículo existente em um documento oficial. Em tal contexto, a instituição escolar deve
valorizar o currículo que emerge das raízes culturais e dos saberes do dia a dia dos alunos e,
dar um novo significado a estas riquezas culturais e, consequentemente, construírem um
currículo “vivo”, ou seja, com inspirações dos alunos, professores, enfim de toda a
comunidade escolar no processo educacional.
Uma forma de manter este currículo “vivo”, em rede com alunos e professores, com
especial atenção às práticas culturais, reside no fato da valorização da diversidade.
Para Gomes (2007, p.17), a diversidade no âmbito cultural pode ser compreendida
como,

13
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

A construção histórica, cultural e social das diferenças. A construção das


diferenças ultrapassa as características biológicas, observáveis a olho nu. As
diferenças são também construídas pelos sujeitos sociais ao longo do
processo histórico e cultural, nos processos de adaptação do homem e da
mulher ao meio social e no contexto das relações de poder. Sendo assim,
mesmo os aspectos tipicamente observáveis, que aprendemos a ver como
diferentes desde o nosso nascimento, só passaram a ser percebidos dessa
forma, porque nós, seres humanos e sujeitos sociais, no contexto da cultura,
assim os nomeamos e identificamos.

Ainda, com relação às ideias propostas por Gomes (2007), o conceito de diversidade é
complexo, não basta conceituá-lo apenas como diferença, dessemelhança, dissimilitude. A
diversidade não se resume a definições abstratas, mas é construída no contexto social “[...]
pode ser entendida como um fenômeno que atravessa o tempo e o espaço e se torna uma
questão cada vez mais séria quanto mais complexas vão se tornando as sociedades” (GOMES,
2007, p.19).
Portanto, a diversidade é uma construção que se inicia com o nascimento do indivíduo
e perpassa toda a sua vida enquanto sujeitos sociais. Para Lima (2006, p.17),

A diversidade é norma da espécie humana: seres humanos são diversos em


suas experiências culturais, são únicos em suas personalidades e são também
diversos em suas formas de perceber o mundo. Seres humanos apresentam,
ainda, diversidade biológica. Algumas dessas diversidades provocam
impedimentos de natureza distinta no processo de desenvolvimento das
pessoas (as comumente chamadas de “portadoras de necessidades
especiais”). Como toda forma de diversidade é hoje recebida na escola, há a
demanda óbvia, por um currículo que atenda a essa universalidade.

A concepção defendida por Lima (2006), e Gomes (2007), nos provoca a entender que
diversidade é construída pelos próprios indivíduos, bem como está, intimamente, ligada ao
contexto sócio-histórico e cultural dos sujeitos e não apenas às características biológicas.
Assim, aos professores, ao planejarem as aulas com base no Referencial Curricular da Rede
Municipal de Ensino de Campo Grande, torna-se fundamental considerar o respeito à
diversidade do aluno nas práticas pedagógicas, ou seja, refletir sobre a implementação
propostas pedagógicas que impulsionem à reflexão acerca das estratégias metodológicas mais
adequadas para atender à diversidade, conhecimentos e habilidades dos alunos.
Ressaltamos que a diversidade cultural faz parte da vida do ser humano, enfim da
sociedade. Sendo assim, a promoção e a construção de currículos que primam pelo
atendimento da “diferença”, busca uma educação multicultural que compreende a diversidade

14
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

como subsidio teórico metodológico para a elaboração dos planejamentos e estratégias em


sala de aula, e, por conseguinte, a valorização dos saberes dos alunos relacionados aos
aspectos cultural, linguístico, étnico, de gênero, bem como, o respeito às possibilidades de
aprendizagem dos alunos da educação especial.
No tangente ao assunto em questão, um dos direitos dos alunos na instituição escolar é
o planejamento de ações metodológicas que podem suscitar atividades significativas com foco
nas especificidades dos alunos. Logo, planejar estratégias diferenciadas, requer do docente a
aproximação e valorização da heterogeneidade dos alunos e uma compreensão ampla e
significativa do Referencial Curricular da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande-MS.
Na oportunidade, desejamos um ótimo trabalho e reafirmamos o compromisso da
Superintendência de Gestão das Políticas Educacionais da Rede Municipal de Ensino de
Campo Grande-MS em apoiar as práticas docentes visando oportunizar aos alunos uma
educação de qualidade.

DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO REFERENCIAL CURRICULAR DA REME

Por muito tempo a educação especial seguiu um modelo médico e clínico, o que pode
ser exemplificado pelo fato do médico Jean Marc Gaspard Itard, ser considerado o “pai da
educação especial”, por ter elaborado o primeiro programa sistemático de educação especial
pela tentativa de recuperação e educabilidade do menino Vitor de Aveyron, “o menino
selvagem”, (FARIA et al., 2018).

O diálogo com a área médica e clínica, de acordo com as necessidades postas à


sociedade de cada época, promoveu possibilidades de superação das limitações, em busca de
melhorias da qualidade de vida das pessoas com deficiência.

Assim, a educação especial, subsidiada pelas contribuições da perspectiva clínica,


apresenta-se como possibilidade de acesso ao conhecimento, orientando práticas pedagógicas
em todas as etapas e níveis de ensino, a fim de oportunizar a escolarização de estudantes com
deficiência. A educação especial, com base nas atuais orientações oficiais, é entendida como:

[...] uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e


modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza
os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino
e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular (BRASIL, 2008, p.
10).

15
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Nessa perspectiva, a educação especial é uma modalidade de ensino transversal a


todos os níveis, etapas e modalidades. No âmbito da educação inclusiva, propõe às escolas o
desafio de construir, coletivamente, condições para atender as especificidades dos alunos com
deficiência, possibilitando o acesso, a permanência e a aprendizagem no ensino regular,
disponibilizados por meio de recursos, serviços, acessibilidade arquitetônica, mobiliários
adequados/adaptados, atendimento educacional especializado (AEE), a formação continuada
de professores e demais profissionais da educação, estabelecendo articulação intersetorial na
implantação das políticas públicas, buscando a participação da família e da comunidade.
A educação especial da Rede Municipal de Ensino do município de Campo Grande, no
Mato Grosso do sul, visando à construção de uma escola para todos, oferece por meio da
Divisão de Educação Especial/DEE os recursos e serviços necessários aos alunos com
deficiência, tais como: tecnologia assistiva, acessibilidade, material e mobiliário
adequado/adaptado, salas de recursos multifuncionais, Braille, tipos ampliados, sorobã, libras,
meios auxiliares de locomoção e higiene, bem como os profissionais de apoio, os quais
auxiliam o professor regente, na presença de alunos público-alvo da educação especial
(pessoa com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades) quando
comprovada a necessidade.
A reflexão sobre a educação para todos, por meio da Constituição Federal dispõe, no
Art. 205 que a educação é direito de todos, sendo pela Resolução do CNE/CEB n. 2/2001,
definida as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na educação básica.
A Resolução Semed n. 188, de 5 de Novembro de 2018, traz o entendimento mais
atual sobre a inclusão dos alunos público-alvo da educação especial nas classes comuns da
Rede Municipal de Ensino de Campo Grande, MS. Em seu Art. 7º, afirma que essa inclusão
“[...] exige que a unidade de ensino se organize de forma a oferecer possibilidades objetivas
de aprendizagem a todos os alunos, especialmente àqueles com deficiências.” (CAMPO
GRANDE, 2018, p. 1).
Para que essas possibilidades objetivas sejam viabilizadas, a referida resolução dispõe,
em seu Art. 8º, que cada unidade de ensino deve prever e propor:

I. sustentabilidade do processo inclusivo mediante aprendizagens


cooperativas em sala de aula, com trabalho de equipe na escola e
constituição de redes de apoio;
II. serviços de apoio pedagógico especializado, mediante atuação
colaborativa entre técnicos da DEE/Semed, professores da sala de recursos
multifuncionais, auxiliar pedagógico especializado, tradutor e intérprete de

16
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Libras - Língua Portuguesa, estagiário e do assistente de inclusão escolar,


sempre que houver necessidade;
III. critérios de agrupamento dos alunos (público-alvo da educação especial)
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação, pelas diversas classes do ano letivo em que forem
classificados, de maneira que se privilegie a interação entre os pares.
(CAMPO GRANDE, 2018, p. 26)

Portanto, cabe à escola atender as demandas socioculturais, promover as mudanças


necessárias, no espaço físico e na formação docente, para proporcionar e mediar a
aprendizagem de todos, pois, de acordo com a Declaração Mundial sobre Educação para
Todos: [...], cada pessoa, criança, jovem ou adulto deve estar em condições de aproveitar as
oportunidades educativas, voltadas para satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem.
(BRASIL,1990, p. 3).

Conforme assegura a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da


Educação Inclusiva, é considerada pessoa com deficiência, aqueles que apresentam,
“impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais em
interação com diversas barreiras podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade
em igualdade de condições com as demais pessoas”.

Nesse contexto, a Rede Municipal de Ensino, busca atender a necessidade histórica da


educação brasileira de promover as condições de acesso, participação e aprendizagem dos
alunos público-alvo da educação especial no ensino regular, mediante as diversas
especificidades entre eles, possibilitando a oferta do atendimento educacional especializado
nas salas de recursos multifuncionais, de forma não substitutiva ao ensino regular comum,
mas consolidando um sistema educacional inclusivo que possibilite garantir uma educação de
qualidade para todos.

CULTURA DIGITAL: COMO A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR/BNCC


PREVÊ A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS?

Em um momento de transformações tecnológicas exponenciais, alta conectividade,


mobilidade, ubiquidade, inteligência artificial, internet, robótica, realidade virtual, realidade
aumentada, drones e automação os educadores enfrentam o desafio de desenvolver a fluência
tecnológica, além de construir conhecimento utilizando a tecnologia com foco na pesquisa
científica e inovação. Em rota de colisão, temos uma escola estruturada nos moldes do século

17
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

XIX, docentes formados em instituições datadas do século XX e alunos nascidos no século


XXI.
Nesse contexto, entra em cena a Base Nacional Comum Curricular/BNCC 2 documento
de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens
essenciais a todos os alunos, ele deve ser desenvolvido ao longo das etapas e modalidades da
educação básica, com vistas a assegurar seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em
conformidade com o que preconiza o Plano Nacional de Educação/PNE .
A BNCC é o documento norteador no âmbito nacional para a formulação dos currículos
dos sistemas e redes de ensino dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios e das propostas
pedagógicas das instituições escolares. Integra a política nacional da educação básica e deverá
contribuir para o alinhamento de outras políticas e ações, em âmbito federal, estadual e
municipal, referentes à formação de docentes, às matrizes de avaliações, aos exames
nacionais, à elaboração de conteúdos educacionais e aos critérios para a oferta de
infraestrutura adequada à finalidade de assegurar o desenvolvimento integral dos estudantes
por meio das dez competências gerais para a educação básica, pautado nos princípios de
equidade, direitos de aprendizagem e a concepção do conhecimento curricular
contextualizado pela realidade local, social e individual da escola e dos seus alunos.
A definição de competência adotada pela BNCC é a mobilização de conhecimentos
(conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e
valores com intuito de resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da
cidadania e do mundo do trabalho.
Ao adotar esse enfoque a Base indica que as decisões pedagógicas devem ser orientadas
para o desenvolvimento de competências, por meio da explicitação clara acerca do que
aprender, para que aprender, como ensinar, como promover redes de aprendizagem
colaborativa e como avaliar o aprendizado. Indicando, assim, aos educadores a necessidade de
compreender a complexidade, a não linearidade, a diversidade que compõem os processos
educacionais e formativos da educação básica, por meio de uma visão plural, singular e
integral do aluno. Rompendo, dessa forma, com visões reducionistas, a superação da
fragmentação disciplinar do conhecimento, o estímulo a sua aplicação na vida real, a
importância do contexto para dar sentido ao que se aprende e o protagonismo do aluno em sua
aprendizagem e na construção de seu projeto de vida.

18
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Figura 1 -Diagrama das Competências Gerais da BNCC

Fonte 1- http://movimentopelabase.org.br/wp- content/uploads/2018/03/BNCC_Competencias_Progressao.pdf

A BNCC reconhece os benefícios que a cultura digital promove nas esferas sociais.
Diante das inúmeras interações multimidiáticas e multimodais, oportunizadas pelas
tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs), a proposta da Base é trabalhar o
uso da tecnologia integrada ao currículo aplicado como intervenção social contextualizada,
desenvolvendo essa que é uma das dez competências gerais da educação básica citadas pelo
documento, Competência Geral 5 (BRASIL, 2017, p. 9).

Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica,


significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo as
escolares) ao comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos
e resolver problemas.

Ao utilizar as tecnologias como estratégia de ensino é preciso ter clareza de todos os


fazeres pedagógicos. No projeto, no planejamento, no currículo, nas competências e
habilidades que se quer desenvolver e no processo avaliativo. O grande desafio para o uso da
tecnologia nos processos educacionais é a preparação dos professores para essa prática, os
docentes precisam identificar o próprio nível de maturidade em relação ao uso das
tecnologias, no intuito de desenvolver as habilidades a partir de práticas pedagógicas
inovadoras, contemporâneas e significativas. Precisam consumir e entender a mecânica de
produção da mesma, para adquirir segurança e construir, gradativamente, a cultura digital no
âmbito da vida pessoal e profissional.

19
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Estabelecer uma conexão entre os conteúdos e a tecnologia disponível com intuito de


alterar o papel de meros consumidores de tecnologia dos estudantes para pessoas criativas
capazes de desenvolver estratégias e artefatos para resolução de problemas e engajamento na
produção de tecnologia de modo responsável.

DOCUMENTO ORIENTATIVO: RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E DE GÊNERO

A educação deve estar voltada não só para fatores do conhecimento científico, mas
também para fatores que englobam os interesses filosóficos, humanitários e sociais, sendo
associados a valores éticos e de cidadania. Deve estar, também, voltada para a ética, para a
cidadania, para os direitos humanos e pluralidade cultural, por meio de discussões de
temáticas como o debate sobre o ser, o mundo e o cotidiano, o enfrentamento às
discriminações étnico-raciais e sociais, à intolerância religiosa, às discussões de gênero e
diversidade sexual, aos conflitos geracionais, dentre outros, possibilitando a formulação de
conceitos e valores rumo a uma nova consciência do papel social como indivíduo. Sendo
assim, cabe ressaltar que os alunos/as irão ampliar sua concepção de mundo de forma criativa
e crítica, entendendo, com esta abordagem curricular, que no cotidiano, não só o escolar, ele
tem a oportunidade de vivenciar e conviver com as diferenças, condições estas
imprescindíveis na constituição da cidadania.
Com o propósito de disseminar, nas unidades escolares, a importância do
reconhecimento e enfrentamento das discriminações raciais, a Divisão de Educação e
Diversidade/DED da Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande/SEMED, propõe
algumas sugestões para a valorização da identidade e o reconhecimento da cidadania, ética e
educação em direitos humanos como também da cultura e da história Afro-Brasileira e
indígenas como forma de incentivar e fortalecer a autoestima de nossos alunos.

Educação em direitos humanos

A educação em direitos humanos é, essencialmente, a formação de uma cultura de


respeito à dignidade humana por meio da promoção e da vivência dos valores da liberdade, da
justiça, da igualdade, da solidariedade, da cooperação, do respeito e da paz. Portanto, a
formação dessa cultura significa criar, influenciar, compartilhar e consolidar mentalidades,
costumes, atitudes, hábitos e comportamentos que decorrem, todos, daqueles valores

20
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

essenciais – os quais devem se transformar em práticas (BENEVIDES, 2000)4. Assim, a


escola precisa fortalecer boas práticas e combater ações que levem ao preconceito e
discriminação de todos os modos.
Objetivos da abordagem da educação em direitos humanos:
 levar o/a estudante a compreender que o conceito de cidadania foi construído
por meio de lutas e transformações históricas e sociais;
 promover debates sobre bullying escolar;
 refletir sobre suas ações na convivência social e democrática;
 criar oportunidades para o desenvolvimento de relações interpessoais,
cognitivas, afetivas, éticas e estéticas, a fim de propiciar ambiente propício para a
convivência social e democrática;
 comprometer-se com a construção da cultura de paz na comunidade;
 criar a consciência de que é preciso respeitar e valorizar o "outro",
demonstrando equilíbrio nas relações, atitudes de cooperação, respeito, afeto e aceitação
perante os demais colegas;
 resgatar valores, limites, regras de convivência, promovendo a socialização
entre crianças, por meio de ações do seu cotidiano;
 ensinar as noções básicas de justiça aos alunos/as, com o enfoque que a justiça
não pode ser apenas um discurso, mas uma prática;
 compreender o conceito de violência em suas diferentes formas (verbal,
psicológica, física, etc.) e suas múltiplas representações na sociedade;
 estudar, por meio de atividades diversificadas, o conteúdo da Declaração
Universal dos Direitos Humanos;
 desenvolver, nos alunos/as, os valores de igualdade e equidade;
 propiciar a promoção dos direitos humanos nas relações na escola, no bairro,
na comunidade, no país e no mundo;
 realizar o estudo da Constituição da República Federativa do Brasil (Artigos 1º
ao 6º e histórico), entendendo sua importância para a nação.

4
BENEVIDES, Maria Victoria. Educação em Direitos Humanos: De que se trata? . Palestra de abertura do
Seminário de Educação em Direitos Humanos, São Paulo, 18/02/2000. Disponível em:
<http://hottopos.com/convenit6/victoria.htm>

21
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Gênero e diversidade sexual

No ambiente escolar e doméstico é que o sujeito começa a ser estereotipado, com


vistas, sempre, às normas que a sociedade considera corretas. A Lei n. 11.340/2006,
conhecida como Lei Maria da Penha, tornou-se o principal mecanismo legal para coibir e
punir a violência doméstica praticada contra as mulheres no Brasil. A Lei traz um conjunto de
normas que visa a proteger a mulher e sua família.
Quanto à sua abrangência, a Lei nº 11.340/2006, destina-se tão somente às mulheres
em situação de violência segundo o proferido no Título III CAPÍTULO I DAS MEDIDAS
INTEGRADAS DE PREVENÇÃO.
V- a promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da
violência doméstica e familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à
sociedade em geral e a difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos
direitos humanos das mulheres;
VIII- a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de
irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero,
raça ou etnia;
IX- o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os
conteúdos relativos aos direitos humanos, à equidade de gênero e de raça ou
etnia e ao problema da violência doméstica e familiar contra a mulher.
Nesse sentido, a educação é um instrumento primordial para a prevenção e erradicação
da violência, por isso, acreditamos que a escola tem papel fundamental na desconstrução da
violência contra a mulher. Alinhado à Lei Maria da Penha temos a Lei Municipal nº
6.126/2018, que dispõe sobre o ensino de noções básicas sobre a Lei Maria da Penha nas
escolas municipais de Campo Grande- MS, de forma transversal ou extracurricular.
Ao levar o conteúdo da Lei Maria da Penha para as escolas, objetiva-se mostrar a
relevância da referida Lei, além de ajudar a conscientizar os estudantes sobre a necessidade de
combater a violência contra a mulher, tudo com vistas à prevenção da violência doméstica.
Assim, pretende-se trabalhar a formação de uma nova consciência com os jovens,
torná-los cidadãos com novos comportamentos e agentes transformadores de sua realidade.

Sugestões para a abordagem de gênero e sexualidade:


 envolver alunos/as, funcionários/as e famílias/comunidade em
discussões/eventos a respeito da mulher e seu papel na sociedade (direitos, dificuldades,
22
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

preconceitos, conquistas), buscando, sempre, a transformação da escola em um lugar da


liberdade, do respeito e da boa convivência;
 promover o combate ao preconceito de gênero (machismo/sexismo/misoginia);
 promover estudos a respeito de bullying, como forma de orientar os/as
alunos/as diante dessas práticas de violência e, ao mesmo tempo, contribuir para que
ele/ela possa diferenciar o bullying do sexismo, da misoginia, do racismo e da
homofobia;
 ampliar os espaços de discussões sobre as relações de gênero e sexualidade, a
fim de produzir mudanças significativas em nossa sociedade, amenizando as
desigualdades de gênero;
 realizar uma reflexão crítica em relação às especificidades da mulher e do
homem, sobre traços da identidade de gênero que promovam a vulnerabilidade de
meninos e meninas;
 refletir sobre a função paterna, materna e fraterna, questionando relações de
poder que estimulam a violência e abuso de poder entre a mulher e o homem;
 entender que o respeito às diferenças sexuais merece cuidado e deve a mesma
atenção e cuidado dado a outras formas de discriminação;
 desenvolver atividades a respeito da Lei Maria da Penha (Lei Nº 11.340/2006),
atendendo à Recomendação nº 2/2013.
 promover medidas que assegurem o uso do nome social de travestis e
transexuais nos ambientes escolares municipais.

Étnico-racial: questões afro-brasileiras e indígenas

A Lei federal no 10.639/2003 tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura


Afro-Brasileira, fruto da luta e reivindicações de professores, estudiosos, movimentos sociais
entre outros. Exatamente por conta do envolvimento dos movimentos sociais que - ao se
pensar no trabalho e estudos sobre as questões que envolvem os povos africanos e
afrodescendentes – que pontuamos o estudo sobre a Lei no 10.639/2003 e não apenas a Lei no
11.645/2008, que acrescenta a questão indígena. Corroborando com essa decisão, os povos
indígenas também compreendem que a luta e a história de seus ancestrais são pontuais.
Portanto, tanto os estudos quanto as produções realizadas pelas Universidades e pelo
Ministério da Educação/MEC são claros ao relacionar a Lei no 10.639/2003 para o estudo da
23
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

História e Cultura Afro-Brasileira, e a Lei no 11.645/2008 para o estudo da História e Cultura


Indígena.

Sugestões para a abordagem do trabalho com a Lei no 10.639/2003:


 proporcionar, ao(à) aluno(a) e/ou professor(a), o fortalecimento de sua
autoestima e a (re)construção de sua personalidade, tendo como referência as ações
heroicas de várias personalidades negras (antigas e atuais);
 promover uma nova visão da história dos africanos, enfocando seus reinados e
impérios, sua cultura e descobertas científicas;
 favorecer condições para que alunos e professores se apropriem de novos
saberes sobre a participação de personalidades negras em nossa história;
 reconhecer que o tráfico humano foi uma atividade fundamental para o
capitalismo mercantilista e que o Brasil, além de ser o país que mais importou escravos
negros, foi o último a reconhecer/aceitar a abolição da escravatura;
 discutir a repercussão da “Lei Áurea” como um ato político, resultante não
apenas das ações de abolicionistas, mas principalmente da pressão internacional e seus
reflexos práticos, para a vida dos negros escravizados e na construção do racismo nos
dias atuais;
 conhecer algumas personalidades negras e sua contribuição nos diversos
setores da sociedade: políticos, artistas, cientistas, estudiosos, líderes locais, entre
outros;
 estudar a importância dos quilombos, como centros de luta e resistência contra
a escravização, e as comunidades remanescentes de quilombos que existem em nosso
estado/cidade;
 identificar a relevância do estudo sobre o dia da consciência negra – 20 de
novembro, em relação ao dia 13 de maio, que de acordo com as orientações do MEC5,
deverá ser lembrado como o dia nacional de luta contra o racismo.

5
Orientações do MEC no livro: Práticas pedagógicas de trabalho com relações étnico-raciais na
escola na perspectiva da Lei no 10.639/2003, página 47: 21 de março – Dia Internacional pela
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação; 13 de maio – Dia Nacional de Luta contra o
Racismo; 25 de maio – Dia da Libertação da África; 25 de julho – Dia da Mulher Negra Latino-
Americana e do Caribe; 28 de setembro – Lei do Ventre Livre; 20 de novembro – Dia Nacional da
Consciência Negra.
24
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Sugestões para a abordagem do trabalho com a Lei no 11.645/2008:


 diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da
população brasileira;
 história e luta dos povos indígenas no Brasil;
 cultura Indígena brasileira, bem como enfatizar a cultura indígena presente em
nosso estado;
 os povos indígenas na formação da sociedade nacional, resgatando as suas
contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil;
 diferenças étnicas entre os povos indígenas, considerando suas diversidades
culturais, sociais, políticas e econômicas;
 cosmologia (concepções a respeito da origem do Universo e de todas as coisas
que existem no mundo, tais como: mitos, origem do homem, relações ecológicas entre
animais, plantas e outros elementos da natureza, da origem da agricultura, da
metamorfose de seres humanos em animais, da razão de ser de certas relações sociais
culturalmente importantes);
 territórios e terras indígenas (conceito e localização geográfica no território
nacional e regional).

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A avaliação Institucional, interna e externa, tem por finalidade subsidiar as escolas na


identificação de suas potencialidades e fragilidades com o intuito de melhorar a qualidade do
ensino e a qualidade social. Nessa perspectiva, ressaltamos que a autoavaliação institucional,
nas unidades escolares da Reme, é indispensável para traçar metas a curto, a médio e longo
prazo, bem como tomar decisões inerentes ao processo educacional. Por meio desta
ferramenta, aliada a avaliação de desempenho e outros indicadores, escolas e mantenedora
poderão analisar e discutir as metas e ações a serem desenvolvidas e propiciar elementos para
a construção de políticas educacionais destinadas as especificidades de cada unidade e a todos
os segmentos que dela fazem parte, com o objetivo de melhorar a qualidade da educação, bem
como a qualidade social da escola.
A escola para alcançar a qualidade social necessita atentar “[...] para um conjunto de
elementos e dimensões socioeconômicas e culturais que circundam o modo de viver e as
expectativas das famílias e de estudantes em relação à educação” (SILVA, 2009, p. 225), bem
25
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

como compreender “[...] as políticas governamentais, os projetos sociais [...] voltados para o
bem comum; [...]” (SILVA, 2009, p. 225).
Isso posto, buscar a qualidade da educação, tendo como uma das ferramentas a
autoavaliação institucional, significa ratificar a função social da escola, isto é, a transmissão e
a produção do conhecimento científico, além de valores para convivência na sociedade.

Sua função social tem variado ao longo do tempo, relacionando-se aos


diferentes momentos da história, às culturas de países, regiões e povos. Isto
porque cada sociedade e cultura cria suas próprias formas de educação e de
escolarização. Guardando uma especificidade com os diferentes contextos de
origem, ao mesmo tempo mantêm-se elementos comuns ao processo de
transmissão de conhecimentos, valores e formas de convivência social que
constituem a essência da tarefa escolar. (PENIN; VIEIRA, 2002, p.14).

Face ao exposto, com o intuito de confirmar essa função, a implementação da


autoavaliação precisa acontecer de forma democrática e transformadora. Para tanto é
necessário que ocorra:

a) Adesão voluntária: o projeto deve ser desejado por toda a comunidade,


estimulada a participar de reuniões democráticas.
b) Avaliação total e coletiva: a escola deve ser avaliada por todos (pais,
alunos, funcionários, gestores, professores e comunidade).
c) Respeito à identidade: as especificidades da escola deverão ser
consideradas na avaliação interna, que pode ser complementada por externa.
d) Unidade de “linguagem”: o entendimento comum dos conceitos,
princípios e finalidades do projeto deve ser buscado.
e) Competência técnico-metodológica: deve-se ter uma base científica que
direciona o projeto e legitima os dados coletados.
(FERNANDES, 2002, p. 43, grifo no original).

Nesse contexto, a Avaliação Institucional interna na Reme se fundamenta em:


promover uma cultura de autoavaliação nas escolas, estimular a realização sistemática da
autoavaliação como instrumento de acompanhamento da implementação do Projeto Político
Pedagógico (PPP) e subsidiar as escolas e a Semed com indicadores que possibilitem a
reflexão da realidade de cada unidade de ensino, com vistas a traçar metas para o
aperfeiçoamento dos trabalhos realizados e dos serviços prestados.
Tal proposta é uma oportunidade para a escola voltar-se para o
levantamento/conhecimento da sua realidade, utilizando metodologias e instrumentos que
possibilitem uma análise abrangente e profunda sobre a sua estrutura institucional.

26
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA

A Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande - MS, acompanhando o


contexto de desenvolvimento dos sistemas de avaliação no Brasil e pensando em primar pela
qualidade da educação na Rede Municipal de Ensino de Campo Grande - Reme, realiza
avaliações externas de desempenho desde 1999. Nessa perspectiva o Programa Municipal de
Avaliação Externa de Desempenho de Alunos da Rede Municipal de Ensino de Campo
Grande –PROMOVER foi instituído por meio da Lei n. 4.358, de 29 de dezembro de 2005.

O PROMOVER é um programa que visa monitorar, nortear as ações da Semed


relativas à avaliação dos alunos matriculados na REME, normatizando as regras e as
condições em que realizam as avaliações na Rede Municipal de Ensino de Campo
Grande – MS (CAMPO GRANDE, 2011, p. 28).

Dentre os fundamentos do Promover destacam-se o monitoramento da qualidade do


ensino ofertado pela Reme, o fornecimento de dados e indicadores para subsidiar a política
municipal de educação, a definição de prioridades de atendimento às escolas, a criação de
banco de dados com série histórica de resultados e a busca de melhores índices nos processos
de ensino e de aprendizagem. Esses fundamentos justificam a necessidade de se realizar
avaliações de desempenho e avaliações diagnósticas na rede.
Para realizar as avaliações externas de desempenho e avaliações diagnósticas, o
Promover tem como base o Referencial Curricular da Reme que, por sua vez, é elaborado em
consonância com as políticas nacionais de educação, como a Base Nacional Comum
Curricular, uma vez que ela é

Referência nacional para a formulação dos currículos dos sistemas e das redes
escolares dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e das propostas
pedagógicas das instituições escolares, a BNCC integra a política nacional da
Educação Básica e vai contribuir para o alinhamento de outras políticas e ações, em
âmbito federal, estadual e municipal, referentes à formação de professores, à
avaliação, à elaboração de conteúdos educacionais e aos critérios para a oferta de
infraestrutura adequada para o pleno desenvolvimento da educação. (BRASIL, 2017,
p. 8, grifo nosso).

Alinhado com a BNCC e com o Referencial Curricular da Reme, para elaboração dos
testes das avaliações, são utilizados documentos norteadores denominados de Matrizes de
Referência que descrevem as competências/habilidades, de forma abrangente, de cada
componente curricular avaliado. Essas Matrizes delineiam o que do Referencial Curricular
será avaliado levando em consideração aspectos relevantes para o desenvolvimento e a
construção do conhecimento dos alunos. Esse documento auxilia técnica e pedagogicamente
27
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

na elaboração das avaliações e não pode substituir o Referencial Curricular da Reme nas
escolas.
O maior desafio de todo esse processo avaliativo está relacionado à divulgação e
utilização dos resultados pelas escolas. Esse processo será mais efetivo se os dados forem
interpretados pedagogicamente de forma que todos na escola se apropriem deles e os analisem
a partir do seu contexto com foco na transformação da realidade apresentada.
Nesse sentido, as avaliações de desempenho e diagnósticas configuram-se em uma
importante iniciativa de âmbito municipal, com vistas a fornecer informações que possam
subsidiar a tomada de decisão, o planejamento de ações e o direcionamento de intervenções
em prol da aprendizagem dos alunos da Reme.

28
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

REFERENCIAL CURRICULAR DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO (REME)

Mônica de Oliveira Inácio Prestes6

Durante o ano de 2019, os professores/técnicos da Gerência do Ensino Fundamental e


Médio (Gefem) realizaram formações com os professores das diferentes áreas do
conhecimento, abordando temáticas em conformidade com a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC). Um dos objetivos da BNCC é orientar e respaldar o trabalho pedagógico
do professor em suas práticas de sala de aula, além de direcionar o processo de ensino e
aprendizagem dos diferentes componentes curriculares, visando a aprimorar a qualidade da
educação básica, podendo ocasionar a reestruturação e transformação do agir pedagógico in
loco.
Neste Referencial, os conhecimentos teórico-práticos necessários aos aprendizes para
o desenvolvimento da cidadania crítica atualizada estão propostos/indicados nos diferentes
componentes curriculares, por meio das recomendações e/ou habilidades a serem
desenvolvidas nos diversos saberes específicos. Ainda, o documento preza pela formação
continuada e pela liberdade de concepções pedagógicas do docente da Reme, que vêm sendo
um fator determinante no que se refere à qualidade do fazer pedagógico. Esses preceitos, além
de serem reflexos das lutas dos professores frente à valorização da profissão docente, são
previstos na Lei 9.394/1996, como um dos pilares no processo de desenvolvimento da
educação nacional brasileira.
Assim sendo, o processo de construção do conhecimento ocorre durante toda a
formação do sujeito. Por isso, expressamos a importância de o docente estar em constante
(re)construção de suas práticas, de sua identidade profissional, por meio de reflexões
demoradas, integrando novos conhecimentos à sua formação e experiências adquiridas. A
consolidação da aprendizagem se dá por meio de vivências e práticas de ensino e
aprendizagem em relação aos fatores sociais, econômicos e culturais que influenciam
diretamente nos processos de construção das cidadanias, proporcionando ao aluno estruturas
cognitivas capazes de fazê-lo progredir na vida escolar de forma significativa.
Diante das necessidades apontadas, esta Secretaria vem subsidiar o trabalho
pedagógico por meio deste documento curricular, visando a repassar os conhecimentos

6
Gerente do Ensino Fundamental e Médio (Gefem)

Versão Preliminar – Em processo de revisão


Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

teóricos/práticos mediados por “novas” estratégias voltadas para um “novo” olhar e fazer
pedagógicos, podendo conduzir a resultados positivos e produtivos. Desse modo, motivando o
corpo técnico educacional e docentes a superarem os obstáculos e obterem atitudes que se
engajem no desenvolvimento da qualidade do ensino e da aprendizagem, oportunizando aos
discentes a construção das habilidades linguísticas, científicas e sociais essenciais em sua
formação cidadã crítica.
Nessa perspectiva, o documento, que ora propomos, é formado com base em
compromissos sociais e epistemológicos interessados em pedagogias decoloniais, em que se
busca estabelecer “novos” padrões de aprendizagem, em consonância com as políticas
nacionais e os instrumentos legais norteadores. Com isso, almeja-se, ainda, proporcionar
orientações pedagógicas aos educadores da Reme, via encontros de formação continuada,
realizados em quatro momentos durante o ano, bem como, estratégias metodológicas
sugeridas durante os encontros.
Busca-se, também, propiciar aos educandos um ensino indissociável das suas
especificidades, conforme o progresso desses alunos, por meio de ações que possam
proporcionar aos aprendizes condições de desenvolverem “adequadamente” habilidades mais
complexas dos conteúdos do ano escolar. Esses conhecimentos elementares possuem um
papel preponderante na formação de cidadãos para o convívio social e para a atuação no
campo laboral. Valorizando, assim, suas capacidades para uma agência de participação efetiva
na sociedade contemporânea.
Diante da relevância da formação humana como fonte de construção pessoal, Zabala
(1990, p .201) defende “o processo de desenvolvimento que o sujeito humano percorre até
atingir um estado e ‘plenitude” pessoal’”. Qual seja, entende-se que a aprendizagem é um
processo social, cultural indispensável ao homem, mormente para o profissional da educação
no agir docente. Destarte, pensando na importância de os professores estarem em constante
processo de formação, a Semed, acreditando em seus profissionais e no valor do seu trabalho
da Reme, propõe este Referencial Curricular para contribuir com o desenvolvimento e
aperfeiçoamento da prática de ensino e aprendizagem.

30
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Referências

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MEC/SEESP/SEED, 2007

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Brasília, 2011.

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Brasília: MEC/SEESP, 2008.

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para a Educação Especial na Educação Básica. Diário Oficial da União, Brasília, 2001.

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para o Atendimento Educacional Especializado na Educação. Diário Oficial da União,
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Programa Municipal de Avaliação Externa de Desempenho dos Alunos da Reme
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CAMPO GRANDE. Resolução n.188, de 5 de novembro de 2018. Dispõe sobre a inclusão do


aluno público alvo da educação especial na rede Municipal de Ensino e dá outras
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construção do projeto. 2. ed. Fortaleza: Demócrito Rocha, 2002.

31
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

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ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: Como Ensinar. Trad. Ernani F. da F. Rosa. Porto Alegre:
Artmed, 1998.

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

ARTE

Me. Ana Lucia Serrou


Esp. Douglas de Oliveira Caetano
Esp. Maria Sônia de Oliveira da Silva
Dr. Matheus Vinícius de Sousa Fernandes

Versão Preliminar – Em processo de revisão


Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

1. Arte na Educação Básica

No Brasil, com a promulgação da Lei nº 9.394/96,7 Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional (LDB), a Arte é reconhecida como área de conhecimento, tornando-se
obrigatória na educação básica, com o objetivo de possibilitar o desenvolvimento cultural,
artístico, crítico e político dos alunos. O artigo 6º dita que “[a]s Artes Visuais, a Dança, a
Música e o Teatro são linguagens que constituirão o componente curricular de que trata o §
2º deste artigo” (BRASIL, 1996), evidenciando as quatro linguagens pertencentes ao
componente: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro.
Nesse cenário, é imprescindível que a formação acadêmica do professor seja
especificamente em uma das linguagens artísticas: Artes Visuais, Dança, Teatro ou Música
(ou na extinta Educação Artística). Entretanto, isso não significa que um único professor
formado em uma das áreas trabalhe com as quatro linguagens, sendo estabelecido pelos
princípios éticos e de formação em Arte, presentes a partir da LDB de 1996, em que o
professor deve trabalhar em sua linguagem específica. Assim, fixa-se que a formação do
professor de Arte (Dança, Teatro, Artes Visuais e Música) insere-se no campo em que cada
linguagem possui códigos próprios, cabendo ao professor trabalhar com procedimentos e
atividades que propiciem ao aluno o desenvolvimento dos conhecimentos em Arte, a partir
da linguagem de formação inicial no ensino superior (licenciatura).
É importante esclarecer que a aprendizagem em Arte não se dará de forma
polivalente, ou seja, o professor não abordará todas as linguagens da área. Ainda, o
professor não fará uma adaptação do campo das Artes Visuais, modalidade que já é
hegemônica no sistema educacional, elevando-a a uma hierarquia das linguagens da Arte. O
professor licenciado em qualquer uma das linguagens da Arte poderá exercer a função de
professor de Arte da educação infantil ao ensino fundamental. Desse modo, salienta-se a
importância das quatro linguagens artísticas, sem hierarquizá-las.
O professor dará ênfase aos processos de aprendizagem, partindo de sua base
epistemológica da sua linguagem de formação e poderá propor, a partir de diversificados
modos, integração e interação com as outras linguagens da Arte que não fazem parte da sua
formação. A proposta reitera a importância de formação específica e com qualidade na área
de abrangência da habilitação específica do professor, não ocasionando prejuízo ao aluno,

7
§ 2º O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular
obrigatório da educação básica (Lei nº 13.415, de 2017.s).
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

já que aprenderá, por inúmeros processos de ensino e aprendizagem, de acordo com a


formação do professor, que está apto a lecionar em sua linguagem de formação.
A perspectiva de abordagem em qualquer uma das linguagens artísticas não trará
prejuízo à formação do aluno, mesmo com a possibilidade de casos de transferência, e não
invalida as recomendações da BNCC acerca da continuidade do processo educativo, por
meio de “um conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os
alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica” [...]
(BRASIL, 2018, p. 14). Portanto, a escola e seus agentes têm que respeitar a especificidade
das linguagens, para não infringir a própria Lei n. 9.394/96, que garante a presença das
linguagens como área de conhecimento específico, em todos os níveis da educação básica.
A Arte como componente obrigatório abrange também a educação infantil, por ser
considerada a primeira etapa da educação básica. Enquanto uma área de conhecimento
específica na educação infantil, a Arte necessita de um processo de aprendizagem que
considere o desenvolvimento da linguagem artística, a formação cognitiva, social e cultural
da criança, devendo ser mediada pela sensibilidade, pela imersão nas diferentes linguagens
e pelo progressivo domínio de variadas formas de expressão: corporal, verbal, plástica,
dramática e musical.
A Arte na escola deve desenvolver a educação8 (sensibilização) estética, crítica,
cultural, política e social, cabendo ao professor a tarefa de mediar tais saberes a partir de
experiências e conhecimentos em Arte e considerando também os conhecimentos prévios
dos estudantes como significativos pontos de partida para a apreensão dos conhecimentos
de Arte historicamente acumulados.
O aluno deve ser considerado como sujeito ativo, que aprende efetivamente desde
os seus primeiros anos de vida. Logo, a Arte se faz importante desde a educação infantil, de
modo a colaborar com a formação desse sujeito histórico-cultural. Assim, o acesso às
produções artísticas e à diversidade de referências culturais é determinante para o
desenvolvimento do processo de aprendizagem do aluno. É importante compreender que
quanto maior for o contato com as questões estéticas e artísticas, mais o aluno identifica e
dialoga com diversas culturas e manifestações da arte, aprofundando sua capacidade de
apreender, assimilar, desenvolver sua imaginação, criar, compreender seu cotidiano e
pensar a arte de maneira sensível e crítica. Nesse contexto, é papel do professor mediar
conhecimentos e saberes teóricos e práticos, discussões e experiências com os alunos,

8
Um pensamento de educação que considere o estudante como um sujeito ativo e participativo na construção de
seu conhecimento.
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

promovendo o entendimento das tradicionais e das novas formas de expressões artísticas,


com ênfase na relação da contemporaneidade e o cotidiano do aluno, adaptado ao contexto
e aos aspectos da etapa de ensino supracitada.
Portanto, vislumbramos a Arte na Rede Municipal de Ensino (Reme) de Campo
Grande/MS como um componente curricular possuidor de conhecimentos específicos que
permite a percepção da diversidade cultural e a importância dos bens culturais como
conjunto de saberes que deverão ser mediados e adaptados para os mais diversos contextos.
Assim, a apropriação dos conhecimentos em Arte acontece na medida em que houver
aprofundamento e inter-relação entre esses conhecimentos, a realidade cultural e as
experiências dos alunos. Tal perspectiva propõe romper com a prática do ensino e
aprendizagem de Arte pela simples reprodução e criação de obras desprovidas de
conhecimento artístico e de pensamento crítico dos estudantes, ressignificando o
componente e os saberes artísticos para os alunos e toda comunidade escolar.

1.1. Da formação específica em Arte: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro

Em relação aos aspectos desenvolvidos pela Base Nacional Comum Curricular,


visando às perspectivas de aquisição de competências e habilidades e de formação do
professor, é exigido conhecimento específico nas linguagens específicas da área. Nesse
contexto, para o trabalho com as competências e habilidades em cada linguagem artística, é
necessário conhecimento em cada campo em especificidade. Com olhar para a proposta do
documento, fica subentendido que as habilidades exigidas são interdependentes da
formação do professor de Arte em sua linguagem de formação.
Não por acaso, as competências e habilidades na formação do professor licenciado
em cada linguagem artística, orientadas por meio das diretrizes para o ensino superior via
Ministério da Educação, fazem-se independentes em cada linguagem. Pode-se citar como
exemplo a formação do professor de Teatro, que contempla diversas competências,
diferentes das do professor de Artes Visuais, Música e Dança. Desse modo, a constituição
do professor de Música exige competências que divergem da formação do professor de
Teatro. Logo, para se trabalhar com habilidades e competências contempladas na Base
Nacional Comum Curricular em Arte, é necessário formação específica nas linguagens,
visto que para a abordagem de diversas competências se faz importante perpassar por
conceitos e métodos que poderão ser aprofundados de modo coerente, quando se tem
formação para tal.

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Neste Referencial, a opção se dá de acordo com as diversificadas formações dos


professores de Arte nas últimas décadas e das pesquisas acadêmicas na área. O professor
que tem esse documento como uma referência para a construção de planos e projetos de
aula deve enfatizar a sua formação específica em nível de graduação, atingindo as
competências e habilidades que se debruçou durante o período de formação. Cabe salientar
que o Ministério da Educação, nos últimos anos, exige a formação específica em Arte e não
mais polivalente. Essa exigência é fruto de estudos e pesquisas desde o final da década de
1980, em que se observou a fragilidade de cursos que o professor perpassava por duas ou
mais linguagens artísticas no curso de Licenciatura Curta e Licenciatura Plena. Ainda, a Lei
9.394/96, em sua alteração, por meio da Lei n. 13.278, reitera a formação específica para o
professor em Arte na educação básica, ao citar as quatro linguagens artísticas contempladas
na escola (Teatro, Dança, Música e Artes Visuais).
No que concerne ao conhecimento artístico e à formação do aluno nas escolas de
Campo Grande, haverá em cada ano escolar um professor de Arte que dará ênfase à sua
linguagem artística de formação. É importante reiterar que as outras linguagens não serão
prejudicadas, visto que a formação artística perpassa por qualquer linguagem artística, sem
hierarquia entre as linguagens. Logo, o Teatro, a Dança, a Música e as Artes Visuais
trabalham com as seis dimensões do conhecimento artístico, correlatadas na Base Nacional
Comum Curricular: criação; crítica; estesia; expressão; fruição e reflexão, fazendo parte de
todo e qualquer processo artístico na educação básica.
Trabalhar em seu campo de formação, para o professor de Arte, refaz o
cumprimento de aprofundamento em sua linguagem artística de graduação. Exigir que um
professor trabalhe fora de sua área de formação específica poderá promover a abordagem
equivocada acerca dos princípios, métodos e conhecimentos específicos que cada
linguagem compõe.
Tal questão não desfaz a ideia de integrar as linguagens artísticas quando
necessário. Para exemplificar: um professor de Teatro quando promove um experimento
teatral na escola, trabalha diretamente com questões relacionadas ao corpo (que poderá
correlacionar com a Dança), cenário, maquiagem e figurino (poderá correlacionar com as
Artes Visuais) e com sonoplastia (poderá correlacionar com a área de Música). Isso não
garante que o professor, formado em Teatro, ensinará aos alunos técnicas da dança, das
visuais ou da música, mas poderá promover uma integração ao trabalhar de forma
correlacionada, dando ênfase à sua área de formação, integrando outras linguagens

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

artísticas em seu processo. Desse modo, abre-se espaço para uma conversa direta entre as
linguagens artísticas.

1.2. As necessidades específicas do ensino e aprendizagem em Arte

A Arte, de forma geral, é um campo de conhecimento vasto e, por vezes, subjetivo.


Para uma apreensão adequada dos conhecimentos artísticos, é fundamental compreender
que, no processo de ensino e aprendizagem da área, surgem algumas necessidades que
podem parecer como algo fora da “rotina escolar”, porém são necessidades intrínsecas ao
processo de aprendizagem artística.
A Arte, área de conhecimento, com conteúdos próprios ligados à cultura artística,
não deve ser vista como uma produção fragmentada ou fruto de modelos aleatórios
separados do contexto social. Mas deve integrar diferentes instâncias intelectuais, culturais,
estéticas, políticas e econômicas, pois os sujeitos que a produzem são históricos.
Como conhecimento que estuda as manifestações artísticas e estéticas expressas
pelas relações humanas, esse requerimento refere-se ao conhecimento cognitivo e sensível,
construídos, mantidos e questionados, segundo suas bases históricas, sociais, culturais e
econômicas.
Arte é um produto estético por excelência, portanto, nem todo objeto estético é
necessariamente um objeto artístico. Nesse sentido, a arte mesmo que se assemelhe a
ciência exata ao combinar aspectos racionais possui um conhecimento específico que
envolve instrumentos e atividades do conhecimento humano. Além disso, a Arte possui um
repertório teórico e prático que possibilita integrá-la ao campo científico, tanto quanto as
demais áreas de conhecimento.
No Campo artístico, o conhecimento, foi substituído por concepções que valorizam
produto final em detrimento do processo e de teorias centradas na história da Arte
eurocentrista9, ocorrendo o esvaziamento do conhecimento cientifico. Tal fato revela que os
valores e visões que guiaram a Arte na Educação, durante o início do século XX, ressurgem
nos dias atuais, especialmente na organização dos currículos escolares. Assim, a concepção
de Arte passa a ser entendida somente como expressão da emoção e criação instintiva, sem
o uso da razão, como um trabalho manual e não mental. Fazer Arte era filiar-se à complexa
e heterogênea história de manifestações que foram/são nomeadas como Arte. Seu lugar não

9
Pensamento que coloca a Europa como "centro" do mundo e considera os valores, as culturas e os povos não-
europeus como exóticos ou menos importantes.
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

era configurado como uma nova etapa histórica, mas é apreendido simultaneamente com
outras manifestações.
A Arte tomada como um mecanismo para o alcance do campo artístico nas relações
entre cultura e sociedade, apresenta-se como componente fundamental no processo de
ensino e de aprendizagem por estabelecer direcionamentos para a formação do gosto,
formalizando, assim, o sentido de erudição a ser incorporado na trajetória educativa dos
indivíduos. No processo de escolarização da Arte, o gosto é determinado em função da
seleção do conhecimento distribuído como bem cultural a ser incorporado e evidenciado
nas relações sociais cotidianas.
Para compreender esse lugar da Arte, isto é, como conhecimento escolarizado,
torna-se necessário reconhecer que o Campo artístico também é produto de diferentes
defesas e estas tomam forma nos processos seletivos desenvolvidos por comunidades
disciplinares das/nas redes de ensino. Contudo, as comunidades disciplinares não apenas se
apropriam das propostas curriculares oficiais, notadamente as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Básica e própria Base Nacional Comum Curricular como
também produzem discursos curriculares que viabilizam ou não a legitimação de certos
discursos oficiais, ao mesmo tempo em que produzem os discursos curriculares locais para
as etapas do ensino fundamental e ensino médio.
No campo educativo a Arte encontra-se representada pela premissa de que toda a
boa prática é altamente expressiva, visto que, a Arte como produção e a recepção artística,
presume um processo perceptivo. Diante disso, a percepção é como uma elaboração ativa
do pensamento, que transforma a informação pelos estímulos recebidos, em que o
pensamento e a percepção não operam separadamente e não emergem do vazio, mas da
sensibilidade, a partir das experiências vivenciadas.
A escola tem a função de promover o conhecimento por meio do acesso aos códigos
artísticos e culturais, para a educação estética e artística. A compreensão e o controle dos
códigos da obra permitem ao espectador (aluno) um modo específico para a leitura do
mundo, da cultura, dos sistemas simbólicos criados socialmente e instrumentalizam que
eles sejam incorporados.
A Arte na educação básica não trabalha em função somente das questões racionais
ou lógicas, todavia se circunscreve em um caminho para a apreensão do conhecimento
também pela via do sensível, sendo a sensibilidade base fundamental para aquisição de
conhecimento e abordagem na área.

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Decorre daí a importância de se abordar algumas necessidades materiais e espaciais


específicas do desenvolvimento de conhecimento em Arte, que são imprescindíveis para o
desenvolvimento do componente, e que possibilita a formação e sensibilização estética e
artística aos alunos e da comunidade escolar. Tal questão perpassa de maneira
imperceptível pelas equipes pedagógicas, e que na maioria das vezes leva a
questionamentos sobre os processos de vivências com a Arte em dado contexto.
Nesse sentido, percebemos a escola como o lugar potente para viabilizar o acesso à
produção, à experiência artística e aos artistas. Essa concepção é importante, já que a Arte,
assim como as diversas culturas, faz parte dos processos de formação humana, estética e
política dos sujeitos, como também são definidas por ambas, postulando uma ordem
simbólica e permitindo ao ser humano atribuir à realidade novas significações.
A escola deve ser um espaço de ensino e aprendizagem criativo e sempre em
movimento, com um ambiente que promova um conhecimento amplo e organicamente
integrado à vida, fazendo com que as experiências estéticas e artísticas sejam pertinentes e
fundamentais aos alunos.
Quando nos referimos ao espaço físico da escola, compreendemos que a sala de
aula nunca é um espaço estático, indiferente ao conteúdo vivenciado nesse local. O espaço
é um dos elementos que pode viabilizar e possibilitar a formação e sensibilização estética.
Por isso, compreende-se que a sala de aula de Arte, ao constituir-se como um espaço
dinâmico e de possíveis interações entre os alunos e os conhecimentos, é um lugar cujos
objetos de ensino e materiais são (e devem ser) diversificados, possibilitando o refinamento
dos sentidos, conhecimentos e processos de ensino e aprendizagem em Arte. Assim, é
necessário fazer uma organização estrutural de um espaço adequado para a aprendizagem
em Arte, com materiais que viabilizem o desenvolvimento de técnicas e experiências
estéticas, que são diferentes de acordo com cada uma das linguagens de formação do
professor.
Entende-se que os espaços e os materiais estão diretamente ligados a todos os
processos criativos e de ensino do componente. Necessita-se de sala adequada, com
ventilação e materiais (convencionais e não convencionais) para as Artes Visuais. Além
disso, é necessário espaços com acústica adequada. Instrumentos musicais e de sonoplastia
são básicos na aprendizagem da Música. Ademais, faz-se necessário espaços para práticas
de expressões corporais, de composição coreográfica e cênica, objetos, figurinos e palcos
para os trabalhos de Teatro ou Dança.

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Tais exemplificações não devem ser entendidas como “luxos” ou desnecessárias,


mas como necessidades básicas para conhecer, interpretar, experimentar, produzir, apreciar
e fruir, estando intrinsicamente ligada aos processos de formação e sensibilização estética, e
de apreensão dos conhecimentos em Arte.
Contudo, diante da realidade, sabemos que o ambiente físico escolar nem sempre é
adequado para o desenvolvimento da Arte e as especificidades das linguagens artísticas
nem sempre podem ser contempladas nas dinâmicas e na organização dos tempos e dos
espaços escolares. A ausência de material de referência e de qualidade (como livros de
Arte, obras, vídeos, etc.), aliada à dificuldade de fruição estética da comunidade escolar, em
nada contribui para estimular o ingresso ao campo do conhecimento artístico.
Considerando que há especificidades em dado processo, é imprescindível
compreender que o professor de Arte tenha autonomia para lidar com a falta desses
espaços, como por exemplo, buscar liberar o espaço para a prática artística, afastando as
carteiras da sala. Com isso, entende-se que durante a aula de Arte, serão produzidos sons,
ruídos, músicas, movimentos, pinturas, rodas, danças, cenas, de modo que um processo de
aprendizagem adequado em Arte não se limita a conceitos de “organização” ou
“comportamento” padrão, sinônimos de alunos contidos e silenciados em suas carteiras.
As aulas de Arte podem e devem ser desenvolvidas dentro das salas de aula, em
espaços alternativos da escola, caso não haja espaços adequados pelos mais diversos
motivos. É importante ressaltar que essas dinâmicas e condições devem sempre estar
previstas e suportadas por um plano de ensino adequadamente estruturado e em condições
de desenvolvimento por parte do profissional de Arte, que entende o campo espacial como
elemento base para o processo de ensino e aprendizagem.
Em suma, o processo para aquisição do conhecimento em Arte na educação
ultrapassa questões dicotômicas entre razão e sensibilidade, daí a relevância de se pensar os
espaços escolares, para que se constituam ambientes diferenciados para a aprendizagem, de
forma a possibilitar a formação estética e a experiência artística.

1.3. As linguagens e seus processos de criação na rotina escolar

A criação em Arte é fundamental no processo de aprendizagem do componente.


Logo, é importante entender que o processo de ensino e aprendizagem em Arte perpassa
por experimentações de corpo, som, ou material, até a elaboração dos “produtos finais”,
resultado de todo processo de aprendizagem dos estudantes. Desse modo, é importante
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

desenvolver os processos criativos de maneira constante, de modo articulado entre o


conhecimento de área por meio da teoria e das experimentações dos elementos das
linguagens em prática artística.
Assim, os momentos de criação na Arte não devem acontecer de maneira estanque.
Em primeiro plano, devem sempre estar contextualizados ao ensino e aprendizagem do
componente, de modo que se houver a intenção de criar uma produção visual, cênica, ou
musical, para ser apresentada a comunidade escolar, é necessário que essa produção seja
resultado dos processos e do trabalho com os conhecimentos específicos do componente e
não, atendendo temáticas alheias ou negligenciadas à prática como forma de ferramenta
externa ao campo específico.
A partir dessa perspectiva, é fundamental que sejam respeitados pelos professores,
equipe pedagógica e comunidade escolar, os limites e o nível de desenvolvimento técnico e
estético dessas produções, de modo a exaltar a genuinidade das produções dos alunos,
compreendo o objeto artístico criado pelo estudante de acordo com o contexto e condições
permitidas em determinada etapa do desenvolvimento das aulas. O valor de uma produção
artística na escola não se resume a adjetivações dicotômicas, como “bonito” x “feio”,
“bom” x “ruim”.
Independentemente da linguagem, tais produções devem ser tratadas com relevância
e respeito, principalmente pelas condições e capacidades de produção dos alunos.
Intervenções dos professores e da equipe pedagógica na busca do esteticamente belo nas
produções dos alunos limitam a imaginação, a criatividade e os processos de
desenvolvimento em Arte. Assim sendo, o professor do componente, independente da
linguagem de formação, deve se posicionar como um interlocutor nos processos criativos
dos alunos, de forma que os resultados dessas criações avancem de modo gradativo, com a
necessidade de se alcançar determinados conhecimentos condizentes com cada etapa de
ensino na escola básica.
Os resultados dos processos qualitativos e criativos dos estudantes estão
intimamente ligados às questões de ensino e de aprendizagem e do espaço desenvolvido
para criação, cabendo a responsabilidade da compreensão sobre os diversificados modos de
se aprender na e pela Arte, e não somente pela via do professor.
Cabe reiterar a importância de expressar o conhecimento da área enquanto campo
específico. Sendo assim, não cabe a essas produções artísticas a função de decorar a escola
em datas comemorativas, ou em qualquer outra ocasião. Tais produções desenvolvidas em

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

sala de aula devem ser compartilhadas no intuito de fomentar a apreciação e a fruição


artística e cultural da comunidade escolar, e não na intenção de serem alegorias decorativas
ou atrações desprovidas de conhecimentos e processos em Arte.

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

2. O currículo e a aprendizagem em Arte na Educação Infantil

Na educação infantil, a BNCC segue orientações das Diretrizes Curriculares


Nacionais da Educação Infantil (BRASIL, 2010). Tendo em vista os eixos estruturantes das
práticas pedagógicas e as competências gerais da educação básica propostas pela BNCC,
são propostos seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento. Esses direitos asseguram
na educação infantil as condições para que as crianças aprendam em situações nas quais
possam desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar desafios e
a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir significados sobre si, os
outros e o mundo social e natural. Para isso, são definidos direitos de aprendizagem,
visando a garantir o desenvolvimento ético, político e estético, os quais devem ser
observados e concretizados em toda educação infantil. São eles:
1. Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando
diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à
cultura e às diferenças entre as pessoas.
2. Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com
diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso às
produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas
experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e
relacionais.
3. Participar ativamente com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da
escola e das atividades propostas pelo professor, quanto da realização das atividades da
vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes,
desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e
posicionando-se.
4. Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções,
transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora
dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: nas artes, na
escrita, na ciência e na tecnologia.
5. Expressar como sujeito dialógico, criativo e sensível em suas necessidades, emoções,
sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de
diferentes linguagens.

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LINGUAGENS

6. Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, compondo uma


imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de
cuidados, interações, brincadeiras e linguagens, vivenciadas na instituição escolar e em seu
contexto familiar e comunitário.
Para estabelecer uma interlocução entre os direitos de aprendizagem da criança e o
acesso aos conhecimentos já sistematizados, a educação infantil está organizada por
Campos de Experiências, que são definidos os objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento para cada um dos campos. No documento, foram elaborados objetivos de
desenvolvimento voltados para a Arte e suas linguagens específicas.
Segundo a BNCC, os Campos de Experiências auxiliam na continuidade e na
integração entre a educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental, quando serão
nomeadas as áreas do conhecimento em linguagens, ciências humanas, ciências da natureza
e matemática e respectivos componentes curriculares. Dessa maneira, os Campos de
Experiências não são nomeados como áreas de conhecimento, e as aquisições do
conhecimento não são apontadas em termos de domínio de conceitos, mas como
capacidades construídas pela participação da criança em situações significativas.
A área da Arte, neste documento, será desenvolvida dentro dos cinco Campos de
Experiência, enquanto campo que integra e perpassa por todos esses campos, propostos da
BNCC: “O Eu, o Outro e o Nós”, “Corpo, Gestos e Movimentos”, “Traços, Sons, Cores e
Formas”, “Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação”, “Espaços, Tempos, Quantidades,
Relações e Transformações”.
Em cada um dos Campos de Experiência, foram elaborados objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento para cada uma das linguagens que o professor de Arte
possa ser formado: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, contemplando orientações
específicas para sua formação profissional e reiterando a importância da abordagem não
polivalente na Arte.
Assim, os direitos de aprendizagem devem ser garantidos a partir da articulação dos
Campos de Experiências e dos Objetivos de Aprendizagem, na pretensão de despertar a
curiosidade e estimular o conhecimento da diversidade de culturas e produções artísticas
que cercam os estudantes, bem como, sua própria cultura, na busca do desenvolvimento
imaginativo e criador de fazer e de pensar sobre a Arte.
É importante ter a clareza de que estabelecer os caminhos da Arte nesta etapa do
conhecimento, não é sinônimo de propor uma disciplinarização da Arte na educação

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LINGUAGENS

infantil. A Arte presente no currículo da educação infantil com Objetivos de Aprendizagem


e Desenvolvimento é pensada dentro dos Campos de Experiência, de modo a propor o
desenvolvimento dos conhecimentos a partir de experiências que proporcionem as
aprendizagens da área. Ademais, espera-se que a criança desenvolva os conhecimentos
sensíveis da Arte, estabelecendo seus direitos de aprendizagem, proposta que pensa o
desenvolvimento integral da criança.
O conceito de “ensinar conteúdos” ou “construir conhecimentos específicos” em Arte
não é o mais adequado nessa perspectiva, mas desenvolver os conhecimentos de Arte a partir
de experiências contextualizadas que levem à aprendizagem da linguagem. Desse modo, o
caminho precisa estar integrado às questões referentes às sensações, à imaginação, à cognição,
à emoção, ao pensamento e à linguagem, buscando garantir os direitos de aprendizagem das
crianças na etapa de ensino supracitada.
Desse modo, não há “conteúdos” a serem ensinados nos grupos 4 e 5. Todavia, existe
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento em Arte a serem acrescidos dentro dos cinco
campos de experiência, e que neste documento se fortalecem e se estabelecem nas linguagens
artísticas correlacionadas à formação do professor de Arte, em especificidade Artes Visuais,
Dança, Música e Teatro.
O currículo de Arte na educação infantil será desenvolvido a partir dos objetivos de
aprendizagem em Arte de cada um dos campos de experiência, entendendo que as Artes
Visuais, o Teatro, a Dança e a Música utilizam dos processos desses campos para
desenvolver os conhecimentos próprios e específicos da linguagem artística. Não sendo a
Arte, portanto, um recurso pedagógico que corresponde aos interesses fora da área
específica.
Desse modo, o professor de Arte possui formação para tratar do desenvolvimento,
ensino, aprendizagem, letramento ou qualquer outra nomenclatura que seja sinônima, de
acordo com suas bases epistemológicas, metodológicas e pedagógicas, colaborando para
todo e qualquer processo de ensino e aprendizagem da criança, de modo a não compactuar
com a ideia de “ajudar” no desenvolvimento de determinada área de conhecimento. Pois tal
fato, já acontece no processo em sua área específica.
Os conhecimentos artísticos são exercidos de forma a colaborar com a
aprendizagem, não sendo, portanto, necessários outros caminhos fora da área de formação.
Em suma, mediante o exposto, a área de Arte delineada neste documento visa
destacar que o componente tem objetivos de desenvolvimento específicos que não devem

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LINGUAGENS

ser tratados como uma ferramenta pedagógica. Porém, a Arte deve ser abordada como uma
área específica de conhecimento, possuindo conhecimentos, saberes e processos
particulares a serem desenvolvidos, que são essenciais na formação dos sujeitos
contemporâneos, de modo que o professor de Arte e o currículo na educação infantil estão
para mediar e viabilizar a apropriação desses conhecimentos. A Arte é imprescindível para
a formação dos sujeitos, não menos importante que qualquer outro componente curricular
na educação básica, e menos ainda, servir de apoio ou subsídio para desenvolver atividades
alheias que não favorecem a perspectiva da área, em qualquer etapa de ensino.

2.1. Os processos avaliativos e de documentação pedagógica em Arte na Educação


Infantil

Considerando que o professor de Arte desenvolverá conhecimentos e aprendizagens


dentro da sua linguagem, é fundamental pensar a avaliação como uma ferramenta para a
organização e reorganização do trabalho e desenvolvimento dos conhecimentos em Arte.
Desse modo, é imprescindível que o professor de Arte adote procedimentos e
instrumentos que sejam capazes de cumprir os objetivos inerentes aos processos
avaliativos, que devem sempre ter caráter processual, formativo, contínuo e não de maneira
estanque, descontextualizada e/ou uma simples mensuração de produtos finalizados.
A avaliação é uma das atividades que ocorre dentro de um processo pedagógico.
Esse processo inclui outras ações que implicam na própria formulação dos objetivos da
ação educativa, na definição de seus conteúdos e métodos, entre outros. A avaliação,
portanto, sendo parte de um processo maior, deve ser utilizada no acompanhamento do
desenvolvimento e aprendizagem do aluno e também como apreciação final sobre o que
esse aluno obteve em um determinado período, sempre com vistas à replanejar ações
educativas.
A proposta de avaliar não deve se limitar à escolha de um único instrumento à ser
entregue ao final de um período, mas deve servir como instrumento de subsidio que visa
construir um resultado previamente definido. O professor precisa estabelecer princípios e
critérios especificados no projeto político-pedagógico, na proposta curricular e em suas
convicções acerca do papel social que a arte desempenha na educação escolar e contar com
a parceria da criança, da comunidade escolar e da família.
Diante do exposto, sugerimos a adoção de processos de avaliação e documentação
voltados à linguagem da Arte.

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Considerando a avaliação com esse caráter, os procedimentos e instrumentos


avaliativos devem viabilizar a elaboração de uma documentação pedagógica que permita
observar o processo do desenvolvimento dos conhecimentos dos alunos.
Entretanto, não existe uma regra específica para a elaboração e a criação dessa
referida documentação pedagógica, mas é fundamental que o professor mantenha o foco na
proposta da criação dessa documentação, para tornar visível a aprendizagem em Arte, de
forma explicitar amplamente à comunidade escolar, incluindo os professores, equipe
pedagógica, direção, funcionários, alunos e, principalmente, as famílias, o processo de
aprendizagem artística dos alunos.
Assim, seu principal objetivo é evidenciar o protagonismo da criança no
desenvolvimento de seus conhecimentos e os processos de aprendizagem e
desenvolvimento em si. Com isso, dispensando pensamentos de avaliação que tenham a
intenção de “mostrar” se a criança “sabe” ou “não sabe”, se está “apta” ou “não apta”,
“imatura” ou “madura”, e/ou qualquer ideia ligada à classificação, à promoção à seleção, e,
dispensando também a ideia de registros escritos que não evidenciam o desenvolvimento
dos alunos em Arte.
É importante destacar que a construção da documentação pedagógica pode se valer
de diversos instrumentos e procedimentos adequados para desenvolvimento artístico e
construir um documento com registros diversificados. Podem ser utilizados como
ferramentas de registro: pautas de observação, produções visuais, fotografias, vídeos,
áudios, transcrição de falas (das crianças e dos adultos), diários da turma, planejamentos,
registros das rodas de conversa, registros de cenas, movimentos, e/ou canções, entre outros.
No processo de construção das documentações, a interlocução do professor é
fundamental, ainda mais se considerarmos que esse profissional é preparado para utilizar
seu conhecimento em Arte, intervindo e organizando os registros de desenvolvimento
objetivo e subjetivo, evidenciando, por exemplo, que o professor é tão interlocutor da
documentação pedagógica quanto do processo das poéticas pessoais, a ação criadora na
construção de formas artísticas, por meio das próprias sensações e emoções, expressão
sensível, imaginativa dos alunos.
Entretanto, devido à carga horária e ao número de turmas diferentes, o trabalho do
professor será mais consistente se elaborado semestralmente e não por bimestres,
diferentemente do professor regente. Desse modo, o professor disponibilizará do tempo

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LINGUAGENS

necessário para contemplar as especificidades da Arte e acompanhar o processo de


desenvolvimento dos alunos.
Nesse sentido, o professor pode organizar a proposta individualmente, em grupo de
alunos e/ou por turma. Assim sendo, é fundamental que esses pressupostos demandam um
processo avaliativo permanente que possibilita, ao aluno e ao professor, fazer continuamente
reflexões sobre o processo de ensino e aprendizagem. Permite, também, perceber como o
aluno aprende os conteúdos artísticos e estéticos, em consonância com a realidade dessa etapa
de escolarização.

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2.2. Campos de experiências e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento em Arte

GRUPO IV E V - ARTE
O eu, o outro e o nós

É na interação com os pares e com adultos que as crianças vão constituindo um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão
descobrindo que existem outros modos de vida, pessoas diferentes, com outros pontos de vista. Conforme vivem suas primeiras
experiências sociais (na família, na instituição escolar, na coletividade), constroem percepções e questionamentos sobre si e sobre os
outros, diferenciando-se e, simultaneamente, identificando- se como seres individuais e sociais. Ao mesmo tempo que participam de
relações sociais e de cuidados pessoais, as crianças constroem sua autonomia e senso de autocuidado, de reciprocidade e de
interdependência com o meio. Por sua vez, na educação infantil, é preciso criar oportunidades para que as crianças entrem em contato com
outros grupos sociais e culturais, outros modos de vida, diferentes atitudes, técnicas e rituais de cuidados pessoais e do grupo, costumes,
celebrações e narrativas. Nessas experiências, elas podem ampliar o modo de perceber a si mesmas e ao outro, valorizar sua identidade,
respeitar os outros e reconhecer as diferenças que nos constituem como seres humanos.

ARTES VISUAIS DANÇA TEATRO MÚSICA

(EI03EOARAV01.n) Explorar (EI03EOARDA01.n) Perceber o (EI03EOARTE01.n) Entender e (EI03EOARMU01.n) Ouvir


imagens ou desenhos com outro por meio da dança, perceber o outro e o fazer teatral músicas e histórias, brincar com
expressões faciais e corporais, reconhecendo que cada um tem enquanto aspecto do coletivo e jogos, com as regras ou os pontos
observando e percebendo as uma maneira de se movimentar e individual, no entendimento de que ganhos e perdidos, partilhar temas
características individuais e os dançar, demonstrando empatia, todo e qualquer processo na área das brincadeiras de faz-de-conta
outros, despertando para a percebendo por meio do corpo e do demanda questões de empatia, para perceber a si e o outro,
construção da própria identidade e movimento, a individualidade de respeito e interdependência do demonstrando empatia.
percepção do efeito das próprias cada pessoa. outro para o fazer teatral.
ações e empatia.
(EI03EOARAV02.n) Expressar (EI03EOARDA02.n) Dançar e se (EI03EOARTE02.n) (EI03EOARMU02.n) Agir de
graficamente para conhecer e criar movimentar de maneira Compreender o eu e o outro no maneira independente ao utilizar
suas próprias produções artísticas, independente, com confiança em fazer teatral e não somente no sons produzidos por materiais,
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elevando suas limitações e suas capacidades, reconhecendo processo de recepção, objetos e instrumentos musicais
perceptivas sensoriais e motoras. suas conquistas e limitações de reconhecendo limites e durante brincadeiras cantadas e
movimento. possibilidades do trabalho em grupo criações musicais, reconhecendo
e individual, em processo coletivo. suas conquistas e limitações
pessoais.
(EI03EOARAV03.n) Brincar com (EI03EOARDA03.n) Ampliar as (EI03EOARTE03.n) Ampliar as (EI03EOARMU03.n) Explorar
jogos e brinquedos em que se relações interpessoais a partir da relações no fazer teatral, cultivando diferentes paisagens sonoras e
discutem as regras ou os pontos dança para o desenvolvimento de e desenvolvendo questões como materiais para acompanhar
ganhos e perdidos para o atitudes de participação e cooperação, limites e possibilidades brincadeiras cantadas, canções,
desenvolvimento de atitudes de cooperação na experimentação e para a criação teatral. músicas e melodias, ampliando as
participação e cooperação, criação de movimento. relações de trocas e atitudes de
experimentação e criação. participação e cooperação.
(EI03EOARAV04.n) Explorar, (EI03EOARDA04.n) Comunicar (EI03EOARTE04.n) Comunicar, (EI03EOARMU04.n) Brincar de
manusear e conhecer diferentes por meio da dança suas ideias e expressar por meio do teatro ideias cantar palavras, com nome dos
materiais e texturas para comunicar sentimentos às pessoas e grupos e sentimentos por meio da colegas, em diferentes ritmos e
suas ideias e sentimentos às pessoas diversos. linguagem nos aspectos individuais alturas, expressando ideias e
e grupos diversos. e coletivos. sentimentos e o respeito às regras
básicas de convívio social nas
interações.
(EI03EOARAV05.n) Reconhecer (EI03EOARDA05.n) Reconhecer (EI03EOARTE05.n) Por meio do (EI03EOARMU05.n) Utilizar a
nas produções visuais suas por meio da dança as características teatro e demais processos estrutura de uma cantiga ou
singularidades, percebendo e de seu corpo, e respeitar as decorrentes, reconhecer as parlenda, utilizando características
respeitando as características dos características dos outros (crianças diferenças e singularidades (o eu e do corpo, respeitando as
outros (crianças e adultos) com os e adultos) com os quais convive e o outro) em relação ao corpo e características dos outros (crianças
quais convive, a partir da demonstrar valorização por tais primar pelo respeito e empatia. e adultos).
apreciação de suas produções. pessoas e características.
(EI03EOARAV06.n) Conhecer (EI03EOARDA06.n) Reconhecer e (EI03EOARTE06.n) Entender,
(EI03EOARMU06.n) Trabalhar
diferentes manifestações artísticas manifestar interesse e respeito por pela linguagem teatral os mais
com jogos, cirandas e brincadeiras
visuais, desenvolvendo o interesse e diferentes culturas, modos de vida e variados modos de vida e de
sonoro-musicais como meio de
o respeito por diferentes culturas, modos de dançar. costumes para além do próprio
interação, convívio social e
modos de vida, e modos de se contexto histórico-cultural.
aprendizagem de regras de
expressar. convivência e cooperação, de forma
lúdica e espontânea.
(EI03EOARAV07.n) Usar de (EI03EOARDA07.n) Usar de (EI03EOARTE07.n) Usar de jogos (EI03EOARMU07.n) Expressar
produções visuais, brincadeiras, jogos e dinâmicas da dança que teatrais e dos mais variados por meio de ritmos, exteriorizar as
jogos e dinâmicas que desenvolvam desenvolvam o respeito mútuo para caminhos pedagógicos do teatro alegrias, as tristezas, afetividade,

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o respeito mútuo para lidar com lidar com conflitos nas interações para o desenvolvimento do respeito prazer e encantamento para lidar
conflitos nas interações com com crianças e adultos. e resolução de conflitos. com conflitos nas interações com
crianças e adultos. crianças e adultos.
(EI03EOARDA08.n) Desenvolver (EI03EOARTE08.n) Compreender (EI03EOARMU07.n) Brincar com
(EI03EOARAV08.n) Ver,
e experienciar os códigos da e desenvolver, em princípio, a voz em repetição de sons, com o
observar, sentir e experienciar as
linguagem da dança, a partir de questões basilares da linguagem em uso de estruturas melódicas, mas
Artes Visuais a partir de atividades
jogos e dinâmicas que trabalham os que se trabalhe para além do sem as letras musicais, para
lúdicas, de diferentes tipos de
elementos da linguagem por meio contexto individual (trabalhar em desenvolver experiências
materiais e objetos, em grupos,
de grupos, duplas, trios, etc. duplas, trios, grupo). prazerosas e contribuem para a
duplas, trios etc.
musicalização.
(EI03EOARAV09.n) Produzir e (EI03EOARDA09.n) Improvisar (EI03EOARTE09.n) Improvisar (EI03EOARMU08.n) Utilizando
expressar utilizando a linguagem movimentos, a partir da relação movimentos por meio da linguagem exercícios de percussão, expressar
visual (desenho, pintura, com outros, ampliando o repertório teatral, ampliando repertório corporalmente de uma forma
modelagem, colagem, etc.), de movimento a partir do outro, e valorizando os mais variados criativa, com acompanhamento do
desenvolvendo a empatia, o cuidado desenvolvendo o respeito, cuidado, modos de expressão do outro, ao ritmo de canções.
e o respeito pelo processo de e empatia com o corpo e maneira de respeitar o corpo do colega e as
produção e criação. dançar de outras pessoas. singularidades presentes.

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LINGUAGENS

Corpo, gestos e movimentos

Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde
cedo, exploram o mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam-se, brincam e produzem conhecimentos sobre
si, sobre o outro, sobre o universo social e cultural, tornando-se, progressivamente, conscientes dessa corporeidade. Por meio das diferentes
linguagens, como a música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de conta, elas se comunicam e se expressam no entrelaçamento entre corpo,
emoção e linguagem. As crianças conhecem e reconhecem as sensações e funções de seu corpo e, com seus gestos e movimentos, identificam
suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a consciência sobre o que é seguro e o que pode ser um risco à sua
integridade física. Na educação infantil, o corpo da criança ganha centralidade, pois ele é o partícipe privilegiado das práticas pedagógicas de
cuidado físico, orientadas para a emancipação e a liberdade, e não para a submissão. Assim, a instituição escolar precisa promover oportunidades
ricas para que as crianças possam, sempre animadas pelo espírito lúdico e na interação com seus pares, explorar e vivenciar um amplo repertório
de movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas com o corpo, para descobrir variados modos de ocupação e uso do espaço com o corpo (tais
como sentar com apoio, rastejar, engatinhar, escorregar, caminhar apoiando-se em berços, mesas e cordas, saltar, escalar, equilibrar-se, correr,
dar cambalhotas, alongar-se etc.).

ARTES VISUAIS DANÇA TEATRO MÚSICA

(EI03CGARAV01.n) Criar, (EI03CGARDA01.n) Criar a partir (EI03CGARTE01.n) Criar, pelo (EI03EOARMU01.n) Expressar
imaginar, improvisar, fantasiar por da dança e do corpo, formas viés do Teatro e adjacências (jogos e com o corpo, suas vivências,
meio da expressão de sentimentos, diversificadas de expressão de brincadeiras) com o próprio corpo, utilizando as brincadeiras e jogos
sensações e emoções, explorando sentimentos, sensações e emoções, caminhos para expressar as mais cantados e atividades artísticas, entre
situações do cotidiano presente nas explorando situações do cotidiano, diversificadas formas, sentimentos e outras possibilidades que envolva o
brincadeiras, e outras linguagens da brincadeiras, e outras linguagens da sensações em diálogo com situações corpo.
Arte. Arte, como o Teatro e a Música. cotidianas e com as linguagens
artísticas (Música, Dança e Artes
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Visuais).
(EI03CGARDA02.n) Explorar a (EI03CGARDA02.n) Perceber a (EI03CGARTE02.n) Perceber o (EI03EOARMU02.n) Perceber os
criação e imaginação por meio dos partir da dança, as diferentes corpo enquanto aspecto concreto e ritmos musicais de grupos locais e
elementos básicos da linguagem possibilidades de movimento, suas variações a partir do movimento, conjugadas às danças populares.
visual (ponto, linha, cor, forma, etc.) explorando os elementos da e propor a criação por meio de
linguagem da dança a partir de jogos inúmeras teatralidades e
e brincadeiras, desenvolvendo o possibilidades.
repertório de movimento corporal.
(EI03CGARAV03.n) Observar (EI03CGARDA03.n) Criar (EI03CGARTE03.n) Explorar e (EI03EOARMU03.n) Usar o corpo
desenhos da figura humana e/ou pequenas sequencias de movimentos, criar a partir da teatralidade cotidiana e seus sons, suas sincronias e seu
obras de arte, para identificar os explorando o repertório individual de presente em sala de aula e por movimento para criar movimentos
aspectos do esquema das partes que o dança e de movimento corporal, de diversos caminhos do teatro, questões rítmicos.
compõem, das suas possibilidades de maneira individual e autônoma. que perpassem pela questão do
movimentos, posturas e atitudes movimento de modo individual,
(individual ou coletiva). autônomo e também em contexto de
coletividade.
(EI03CGARAV04.n) Vivenciar (EI03CGARDA04.n) Explorar e (EI03CGARTE04.n) Investigar (EI03EOARMU04.n) Explorar a
experiências corporais, plásticas, criar movimentos de dança a partir de caminhos e possibilidades de criação expressão de sons com a voz, com o
orais pelo imaginário, usando a jogos e brincadeiras que integrem de movimento por meio da corpo e com materiais sonoros
brincadeira como forma de organizar outras linguagens artísticas. linguagem teatral e dos mais variados diversos e participar de situações que
o que sente e percebe do mundo ao modos de se fazer teatro na educação integrem músicas, canções e
seu redor. (jogos, brincadeiras e outros). movimentos corporais.
(EI03CGARAV05.n) Observar em (EI03CGARDA05.n) Explorar a (EI03CGARTE05.n) Desenvolver a (EI03EOARMU05.n) Explorar
imagens, desenhos, fotografias para partir de jogos e brincadeiras, partir da experiência prática, diversos movimento corporal para descobertas
identificar a proximidade e a diferentes modos de dançar, em jogos e brincadeiras, nos mais timbrísticas e criação sonoras.
semelhança e integração com as grupo, em roda, em duplas, etc. variados modos de se fazer teatro,
outras linguagens artísticas e a sendo em aspecto individual ou
tecnologia. coletivo.
(EI03CGARAV06.n) Conhecer as (EI03CGARDA06.n) Explorar (EI03CGARTE06.n) Explorar (EI03CGARMU06.n) Utilizar
manifestações das singularidades em movimentos a partir da relação do movimentos em sua relação com o objetos e brinquedos para a produção
momentos de brincadeiras, para corpo com diferentes espaços, meio, ao descobrir as interferências e de diferentes sons, ritmos melódicos
desenvolver interesse e respeito de objetos e estímulos, descobrindo recursos enquanto mote para criação para conhecer diferentes expressões
distintas culturas e modos de vida. novas formas de se movimentar e teatral, ao propor estímulos presentes sonoras.
dançar. e concretos no fazer teatral.

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(EI03CGARAV07.n) Conhecer, (EI03CGARDA07.n) Explorar jogos (EI03CGARTE07.n) Desenvolver (EI03CGARMU07.n) Ouvir e cantar
apreciar e explorar as formas e brincadeiras tradicionais com jogos e brincadeiras de diversos músicas, rítmica incorporando o
presentes artísticas nas produções, na ênfase no movimento do corpo e em contextos histórico-culturais, movimento corporal e instrumento
natureza e no cotidiano. dinâmicas de dança. reconhecendo a teatralidade no musical convencional e não-
cotidiano, nos papéis sociais, etc. convencional.

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Traços, sons, cores e formas

Conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita
às crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar diversas formas de expressão e linguagens, como as Artes Visuais (pintura,
modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras. Com base nessas experiências, elas se expressam
por várias linguagens, criando suas próprias produções artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual) com sons, traços,
gestos, danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, manipulação de diversos materiais e de recursos tecnológicos. Essas
experiências contribuem para que, desde muito pequenas, as crianças desenvolvam o senso estético e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos
outros e da realidade que as cerca. Portanto, a educação infantil precisa promover a participação das crianças em tempos e espaços para a
produção, manifestação e apreciação artística, de modo a favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da expressão pessoal
das crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem permanentemente a cultura e potencializem suas singularidades, ao ampliar repertórios
e interpretar suas experiências e vivências artísticas.

ARTES VISUAIS DANÇA TEATRO MÚSICA

(EI03TSARAV01.n) Perceber (EI03TSARDA01.n) Criar formas e (EI03TSARTE01.n) Entender o (EI03EOARMU01.n) Conhecer


elementos da linguagem visual movimentos com o corpo a partir da corpo como recurso para criação, músicas folclóricas, brincadeiras com
(ponto, linha e cor) meio da integração com a linguagem visual, a seus aspectos para reivindicar outras desenhos, gestos e movimento
observação e da fruição em obras de partir de jogos e brincadeiras de possibilidades do entendimento de corporal.
arte e objetos artísticos. dança. formas distintas do corpo e do
Criar formas artísticas com materiais desenho do corpo para a construção
e suportes diversificados. teatral pelos mais variados modos de
se fazer teatro.
(EI03TSARAV02.n) Utilizar e (EI03TSARDA02.n) Perceber as (EI03TSARTE02.n) Perceber os (EI03TSARMU02.n) Brincar com a
explorar materiais gráficos e plásticos diferentes manifestações de dança a diversificados modos de se fazer percussão corporal, descoberta
sobre diferentes superfícies. partir de diferentes culturas e da sua teatro perpassando pelas mais sonora, atividades de criação,
própria. diversas culturas, incluindo seu imaginação, brincadeiras com
próprio contexto histórico-cultural. desenhos, gestos e movimento.
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(EI03TSARAV03.n) Explorar a (EI03TSARDA03.n) Criar e (EI03TSARTE03.n) Propor aspectos (EI03TS03.n) Reconhecer as


criação de figuras a partir de explorar desenhos e sons a partir da de integração entre as linguagens qualidades do som (intensidade,
composições com traços, pontos, integração da linguagem da dança artísticas, explorando cores, formas e duração, altura e timbre), utilizando-
linhas, e formas, na construção de com as linguagens da música, do linhas no maior número de variações as em suas produções sonoras e ao
expressões visuais. teatro, e das artes visuais. e suportes (não somente desenhar no ouvir músicas e sons.
papel, mas entender outras
possibilidades para se desenhar com
o corpo, etc.)
(EI03TSARAV04.n) Experimentar (EI03TSARDA04.n) Explorar e (EI03TSARTE04.n) Experimentar (EI03TSARMU04.n) Reconhecer os
processos de criação de situações experimentar a interação do corpo e as possibilidades de interação da sons do cotidiano, objetos e
ocorridas apenas em seu pensamento, da dança com a tecnologia a partir de linguagem teatral com as chamadas instrumentos musicais convencionais
que apontem para expressão visual fotografias, vídeos, projeções e novas tecnologias, de modo a ou não convencionais.
presente nos jogos de ficção, que são outros. promover o entendimento da
brincadeiras de imitação, faz de conta possibilidade da ampliação desse
e jogos de função simbólica, repertório a partir do diálogo
ressinificar o seu mundo e proposto.
compreender a si mesma e o outro.
(EI03TSARAV05.n) Explorar (EI03TSARDA05.n) Criar desenhos (EI03TSARTE05.n) Criar desenhos (EI03TSARMU05.n) Criar e /ou
diferentes suportes e materiais (secos, em diferentes suportes a partir da diversos na utilização do corpo, confeccionar instrumentos
aquosos) em espaços bidimensionais dança e de diferentes possibilidades enquanto suporte e mote para criação convencionais e não convencionais
e tridimensionais. de movimentos. além do desenho visto de modo diversos com materiais e objetos
tradicional. como: canudinhos, bexigas, elásticos,
entre outros.

(EI03TSARAV06.n) Utilizar (EI03TSARDA06.n) Explorar (EI03TSARTE06.n) Explorar e (EI03TSARMU06.n) Reconhecer e


diversos materiais gráficos e plásticos movimentos a partir da relação do reconhecer os mais diversificados aproveitar a cultura musical familiar
sobre diferentes superfícies e corpo com diferentes espaços, movimentos no fazer teatral: o corpo para valorizar suas identidades
diferentes técnicas, como frotagem, objetos, e estímulos, descobrindo e o meio, propondo assim novas culturais e respeitar as diferentes
assamblagem, action painting, entre novas formas de se movimentar e formas de se fazer teatro para além culturas, enriquecendo seus
outras. dançar. do tradicional. repertórios musicais.
(EI03TSARAV07.n) Explorar (EI03TSARDA07.n) Explorar a (EI03TSARTE07.n) Explorar a (EI03TSARMU07.n) Executar
diferentes materiais, perceber marcas, dança e os movimentos a partir de ambientação física na sala de aula por objetos sonoros, brinquedos musicais
gestos e texturas, explorar o espaço encenações e de interações com meio da linguagem teatral na busca e percussão corporal em sequências
físico e construir objetos variados “obstáculos” na sala de aula. de interação e encenação com o simples (ostinato).
60
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

para descobrir propriedades e meio.


possibilidades de registro, além de
observar transformações.
(EI03TSARAV08.n) Desenvolver (EI03TSARDA08.n) Experimentar (EI03TSARTE08.n) Experimentar (EI03TSARMU08.n) Apreciar
atividades plásticas e gráficas na diferentes formas de registrar o diferentes meios para propor registro músicas de diversos gêneros e estilos
produção artística, para o corpo, o movimento e a dança. com o corpo, na linguagem teatral e e seus compositores para iniciar seus
desenvolvimento da criação adjacências. conhecimentos sobre a produção
imaginativa. musical.

61
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Escuta, fala, pensamento e imaginação

Desde o nascimento, as crianças participam de situações comunicativas cotidianas com as pessoas com as quais interagem. As primeiras
formas de interação do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a postura corporal, o sorriso, o choro e outros recursos vocais, que ganham
sentido com a interpretação do outro. Progressivamente, as crianças vão ampliando e enriquecendo seu vocabulário e demais recursos de
expressão e de compreensão, apropriando-se da língua materna – que se torna, pouco a pouco, seu veículo privilegiado de interação. Na educação
infantil, é importante promover experiências nas quais as crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é
na escuta de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações
com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social.

ARTES VISUAIS DANÇA TEATRO MÚSICA

(EI03CG.EFARAV01.n) Observar, (EI03CG.EFARDA01.n) A partir da (EI03CG.EFARTE01.n) Criar, (EI03EOARMU01.n) Identificar e


narrar, descrever, criar imagens a dança, do corpo e de movimentos, contar e apreciar as mais criar diferentes sons e conhecer rimas
partir de fotografias, notícias de criar, contar histórias e apreciar as diversificadas histórias por meio da e aliterações em cantigas de roda e
jornais, histórias, lendas, filmes, histórias que foram contadas pelos linguagem oral e pelo próprio corpo textos poéticos.
exposição de arte, um acontecimento colegas. enquanto linguagem.
histórico, etc.
(EI03CG.EFARAV02.n) Utilizar da (EI03CG.EFARDA02.n) Perceber a (EI03CG.EFARTE02.n) (EI03EOARMU02.n) Explorar
expressão plástica e gráfica (desenho partir de jogos e brincadeiras o corpo Compreender o corpo pelo viés dos
brincadeiras cantadas e canções,
e pintura) para apropriação da como meio de comunicação. aspectos lúdicos na abordagem da
reconhecimento de elementos
imagem global do corpo. linguagem teatral, o mesmo enquanto
musicais básicos: frases, partes,
meio de comunicação. elementos que se repetem etc. (a
forma).
(EI03CG.EFARAV03.n) Vivenciar (EI03CG.EFARDA03.n) (EI03CG.EFARTE03.n) (EI03EOARMU03.n) Ouvir e
trocas de experiências e reflexão Experimentar a expressão de Experimentar o corpo e a voz como produzir sons altos, baixos,
sobre as próprias produções e a dos sentimentos, ideias, e sensações a meios de expressar ideias, acompanhados de movimentos e uso
colegas, com cuidado e respeito. partir da dança do corpo e do sentimentos e sensações. de recursos da natureza, do corpo,

63
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Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

movimento. dos objetos e materiais diversos.


Conhecer a diversidade de músicas
infantis.
(EI03CG.EFARAV04.n) Perceber e (EI03CG.EFARDA04.n) (EI03CG.EFARTE04.n) (EI03EOARMU04.n) Explorar
expressar sensações, sentimentos Experimentar a dança a partir (e Experimentar a voz enquanto um materiais e a escuta de obras musicais
por meio de obras de arte, contos, acompanhada) de estímulos vocais campo de possibilidade diverso no por meio da experimentação da
parlendas, cantigas, brincadeiras de para o movimento, palavras, sons, teatro, explorando movimentos matéria-prima da linguagem musical:
roda, músicas, mímicas e histórias do cantos, onomatopeias etc. vocais, palavras, sons, cantos, etc. o som (e suas qualidades) e o
cotidiano familiar, músicas, etc. silêncio.
(EI03CG.EFARAV05.n) Vivenciar (EI03CG.EFARDA05.n) (EI03CG.EFARTE05.n) (EI03EOARMU05.n) Identificar as
experiências de “fala e escuta” para Experimentar pequenas experiências Compreender o corpo enquanto um músicas presentes nas tradições
iniciar descobertas e ampliar as de “escuta” do corpo (consciência campo de escuta e a importância da culturais da comunidade na qual está
possibilidades de criar, expressar e corporal) por meio da dança. escuta para pensar o teatro nas suas inserida, para valorizar suas
comunicar-se. formas mais dinâmicas, ainda que em identidades culturais.
formato de jogos e brincadeiras.
(EI03CG.EFARAV06.n) Rabiscar e (EI03CG.EFARDA06.n) Imaginar e (EI03CG.EFARTE06.n) Imaginar e (EI03EOARMU06.n) Desenvolver
desenhar em suportes diferenciados e criar histórias a partir da apreciação criar as mais diversificadas histórias acuidade musical pelo contato com
com materiais convencionais ou de movimentos e figuras corporais, por meio do movimento e do jogo no obras diversas, de modo a estabelecer
alternativos, para expressar de colegas de turma, a partir de jogos teatro, compreendendo o corpo relações com os sons presentes no
experiências sensíveis. e brincadeiras com a dança. enquanto possibilidade de interação e cotidiano.
Produzir trabalhos artísticos. de linguagem.
(EI03CG.EFARAV07.n) Participar (EI03CG.EFARDA07.n) A partir de (EI03CG.EFARTE07.n) Explorar a (EI03EOARMU07.n) Conhecer
de atividades que envolvam histórias, jogos e brincadeiras, narrar linguagem oral e corporal nos expressão musical de diferentes
brincadeiras, jogos e canções, movimentos enquanto outros múltiplos modos de se fazer teatro, etnias presentes na cultura local
relacionadas às tradições culturais de executam, explorando diversos reconhecendo em princípios básicos, (indígena, afrodescendentes,
sua comunidade e de outros grupos. elementos da dança, aspectos basilares para o fazer teatral paraguaios, bolivianos, japoneses,
(corpo, espaço, movimento...) entre outras).

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LINGUAGENS

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

As crianças vivem inseridas em espaços e tempos de diferentes dimensões, em um mundo constituído de fenômenos naturais e
socioculturais. Desde muito pequenas, elas procuram se situar em diversos espaços (rua, bairro, cidade etc.) e tempos (dia e noite, hoje, ontem e
amanhã etc.). Demonstram também curiosidade sobre o mundo físico (seu próprio corpo, os fenômenos atmosféricos, os animais, as plantas, as
transformações da natureza, os diferentes tipos de materiais e as possibilidades de sua manipulação etc.) e o mundo sociocultural (as relações de
parentesco e sociais entre as pessoas que conhece, como vivem e em que trabalham, quais suas tradições e seus costumes, a diversidade entre elas
etc.). Além disso, nessas experiências e em muitas outras, as crianças também se deparam, frequentemente, com conhecimentos matemáticos
(contagem, ordenação, relações entre quantidades, dimensões, medidas, comparação de pesos e de comprimentos, avaliação de distâncias,
reconhecimento de formas geométricas, conhecimento e reconhecimento de numerais cardinais e ordinais etc.) que igualmente aguçam a
curiosidade. Portanto, a educação infantil precisa promover experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos,
investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações.
Assim, a instituição escolar está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo físico e sociocultural e
possam utilizá-los em seu cotidiano.

ARTES VISUAIS DANÇA TEATRO MÚSICA

(EI03ETARAV01.n) Explorar a (EI03ETARDA01.n) Explorar o (EI03ETARTE01.n) Explorar o (EI03TSARMU01.n) Estabelecer


criação visual a partir da observação movimento e a dança a partir de movimento e formular hipóteses no
relações de comparação entre os
das formas, objetos, e cores, inseridas contagens numéricas de diferentes teatro, passando pelos mais variados
ritmos dos instrumentos musicais
no ambiente cotidiano e/ou natureza. formas. aspectos da relação com o grupo.
explorando o conceito igual e
diferente, agradável, violento e
frenético, lento, moderado e rápido,
etc.
(EI03ETARAV02.n) Experimentar a (EI03ETARDA02.n) Explorar a (EI03ETARTE02.n) Explorar por (EI03TSARMU02.n) Observar,
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LINGUAGENS

produção visual em diferentes partir de jogos e brincadeiras com meio dos jogos e brincadeiras e de
relatar e descrever os sons presente
suportes, explorando conceitos como dança, movimentos pensados a partir variações teatrais, concernentes com
no cotidiano e fenômenos naturais
tamanhos, números (quantidade) e de animais, plantas, objetos, a idade dos mesmos movimentos a
(chuva, vento, animais), sons de
repetição das formas, nas criações. desenhos, formas, etc. partir do conhecimento cotidiano e
diferentes locais dentro da escola
suas relações. (sala, cozinha, pátio) e fora dela (ruas
movimentadas, parques).
(EI03ETARDA03.n) Explorar (EI03ETARTE03.n) Entender o (EI03TSARMU03.n) Identificar e
(EI03ETARAV03.n) Reconhecer
diferentes ritmos e velocidades de ritmo e o tempo no teatro como selecionar fontes musicais que
obras artísticas (regionais, nacionais
movimento, explorando diferentes elementos expressivos da constitui seu cotidiano, a realidade
ou internacionais) para conhecer o
elementos da linguagem da dança. composição teatral. cultural e social.
mundo e a sua cultura.
(EI03ETARDA04.n) Experimentar (EI03ETARTE04.n) Experimentar (EI03TSARMU04.n) Conhecer
o movimento a partir de objetos de movimento, a voz e o corpo e a diferentes gêneros musicais, estilos e
(EI03ETARAV04.n) Identificar a diferentes tamanhos e formas. relação com objetos das mais utilização expressiva, em contextos
partir da apreciação de obras os variadas formas e tamanhos musicais, das diferentes
elementos das linguagens visuais, características geradas pelo silêncio e
repetição de imagens, relações de pelos sons: altura (graves ou agudos),
proporção e forma, na composição e duração (curtos ou longos),
criação visual. intensidade (fracos ou fortes) e
timbre (característica que distingue e
personaliza cada som).
(EI03ETARAV05.n) Interessar-se (EI03ETARDA05.n) Explorar (EI03ETARTE05.n) Explorar a (EI03TSARMU05.n) Classificar
pelas próprias produções, de outras qualidades como peso, fluência, qualidade de peso, fluência, instrumentos sonoros de acordo com
crianças e pelas diversas obras dimensões (grande, pequeno) dimensões e lateralidade, nos mais semelhanças e diferenças entre eles.
artísticas (regionais, nacionais ou lateralidade e outros, a partir de jogos variados meios que a linguagem
internacionais) com as quais entrem e brincadeiras de dança). teatral proporciona, nesta etapa de
em contato, ampliando seu ensino.
conhecimento do mundo e da cultura.
(EI03ETARAV06.n) Conhecer (EI03ETARDA06.n) Explorar na (EI03ETARTE06.n) Explorar os (EI03TSARMU06.n) Utilizar
produções visuais, com dança, os movimentos relacionados movimentos cotidianos e os instrumentos musicais, como meio de
características da cultura popular, ao cotidiano, a partir de jogos e movimentos relacionados às formas reorganização e projeção de emoções
suas origens e que permanecem nas brincadeiras. corporais do dia a dia, em correlação internas, visando estabelecer relação
práticas contemporâneas. direta com a linguagem teatral, em com seu ritmo interno e sua auto
aspecto de ludicidade. expressão.
(EI03ETARAV07.n) Ampliar o (EI03ETARDA07.n) Explorar (EI03ETARTE07.n) Explorar (EI03TSARMU08.n) Explorar os
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LINGUAGENS

conhecimento de mundo conceitos como simetria e assimetria conceitos como simetria e assimetria campos visuais e táteis por meio do
manipulando diferentes objetos e no movimento e na dança. no teatro, perpassando pela universo sonoro e musical para
materiais, explorando suas linguagem para tal. desenvolver memória musical.
características e possibilidades de
manuseio.

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LINGUAGENS

3. O currículo de Arte no ensino fundamental na BNCC

A BNCC em Arte no ensino fundamental I e II propõe que a abordagem nas


linguagens artísticas articule seis dimensões do conhecimento que, de forma indissociável e
simultânea, caracterizam a singularidade da experiência artística. Tais dimensões
perpassam os conhecimentos das Artes Visuais, da Dança, da Música, do Teatro e as
aprendizagens dos alunos em cada contexto social e cultural.
Não se trata de eixos temáticos ou categorias, mas de linhas maleáveis que se
interpenetram, constituindo a especificidade da construção do conhecimento em Arte na
escola. Não há nenhuma hierarquia entre essas dimensões, tampouco uma ordem para se
trabalhar com cada uma no campo pedagógico. Dentre as seis dimensões abordadas para se
trabalhar com o conhecimento em Arte, nas quatro linguagens em especificidade, estão:
• Criação: refere-se ao fazer artístico, quando os sujeitos criam, produzem e
constroem. Trata-se de uma atitude intencional e investigativa que confere materialidade
estética a sentimentos, ideias, desejos e representações em processos, acontecimentos e
produções artísticas individuais ou coletivas. Essa dimensão trata do apreender o que está
em jogo durante o fazer artístico, processo permeado por tomadas de decisão, entraves,
desafios, conflitos, negociações e inquietações.
• Crítica: refere-se às impressões que impulsionam os sujeitos em direção às novas
compreensões do espaço em que vivem, com base no estabelecimento de relações, por meio
do estudo e da pesquisa, entre as diversas experiências e manifestações artísticas e culturais
vividas e conhecidas. Essa dimensão articula ação e pensamentos propositivos, envolvendo
aspectos estéticos, políticos, históricos, filosóficos, sociais, econômicos e culturais.
• Estesia: refere-se à experiência sensível dos sujeitos em relação ao espaço, ao
tempo, ao som, à ação, às imagens, ao próprio corpo e aos diferentes materiais. Essa
dimensão articula a sensibilidade e a percepção, tomadas como forma de conhecer a si
mesmo, o outro e o mundo. Nela, o corpo em sua totalidade (emoção, percepção, intuição,
sensibilidade e intelecto) é o protagonista da experiência.
• Expressão: refere-se às possibilidades de exteriorizar e manifestar as criações
subjetivas por meio de procedimentos artísticos, tanto em âmbito individual quanto
coletivo. Essa dimensão emerge da experiência artística com os elementos constitutivos de
cada linguagem, dos seus vocabulários específicos e das suas materialidades.

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Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

• Fruição: refere-se ao deleite, ao prazer, ao estranhamento e à abertura para se


sensibilizar durante a participação em práticas artísticas e culturais. Essa dimensão implica
disponibilidade dos sujeitos para a relação continuada com produções artísticas e culturais,
oriundas das mais diversas épocas, lugares e grupos sociais.
• Reflexão: refere-se ao processo de construir argumentos e ponderações sobre as
fruições, as experiências e os processos criativos, artísticos e culturais. É a atitude de
perceber, analisar e interpretar as manifestações artísticas e culturais, seja como criador,
seja como leitor.
A referência a essas dimensões busca facilitar o processo de ensino e aprendizagem
em Arte, integra os conhecimentos do componente curricular. Uma vez que os
conhecimentos e as experiências artísticas são constituídos por materialidades verbais e não
verbais, sensíveis, corporais, visuais, plásticas e sonoras, sendo, portanto, necessário
considerar a natureza vivencial, experiencial e subjetiva.
Mediante o exposto neste documento, o componente Arte tem objetivos de
desenvolvimento singulares, e não deve ser tratado como uma ferramenta pedagógica.
Todavia, deve ser observado como uma área específica de conhecimento que se
circunscreve com conteúdos próprios, saberes e processos específicos de aprendizagem,
essenciais na formação dos sujeitos contemporâneos. Ainda, a Arte deve ser vista enquanto
componente curricular obrigatório, por meio de suas quatro linguagens em especificidades
presentes na educação básica, de acordo com a Lei 13.278 de 2016.

3.1. O currículo em prática

As orientações curriculares de Campo Grande – MS foram elaboradas especificamente


para cada uma das áreas de formação em Arte, para que cada professor desenvolva o
componente na sua área de formação. Esse documento conta com uma orientação para cada
uma das unidades temáticas de Arte propostas na BNCC10: Teatro, Música, Dança e Artes
Visuais, para cada ano escolar de 1º ao 9º ano. As tabelas referenciais contam com os
seguintes conceitos:
Conhecimentos e Especificidades da Linguagem: Nesse campo, foram eleitos
conhecimentos próprios das linguagens e outros que por vezes as atravessam
consideravelmente. A proposta dos “Conhecimentos e Especificidades da Linguagem” é

10
A BNCC traz uma 5º unidade temática, além das linguagens citadas, chamada “Artes Integradas”, que foi
contemplada integralmente nesse documento como objeto de conhecimento presente em todas as orientações.
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
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LINGUAGENS

apontar uma orientação de trabalho ao professor, propondo-se a conduzir de forma


progressiva o desenvolvimento das habilidades propostas no currículo. Esse campo deve ser
articulado aos “Objetos de Conhecimento” e “Habilidades”, de forma a auxiliar no
desenvolvimento do currículo em sua prática.
Objetos de Conhecimento: Os objetos de conhecimento correspondem aos
conteúdos, conceitos e processos abordados nas habilidades das linguagens, podendo ser
entendidos como grandes campos do conhecimento da Arte, que podem ser comuns ou
específicos de cada uma das linguagens, estando diretamente relacionados às habilidades,
indicando os processos cognitivos envolvidos. A unidade temática “Artes Integradas”
proposta pela BNCC é contemplada na íntegra nesse campo, com todos os seus objetos de
conhecimento e habilidades específicas sendo utilizadas.
Habilidades: As habilidades comtemplam instrumentos e alguns conhecimentos
específicos da Arte, sendo específicas de cada uma das linguagens. São as habilidades que
garantem os processos que devem ser desenvolvidos, apreendidos e experienciados pelos
alunos durante o desenvolvimento dos conhecimentos do currículo escolar de Arte. As
habilidades são diferentes para cada linguagem e para cada uma das etapas do fundamental (I
e II). No fundamental I, são organizadas de modo diferente em cada um dos anos escolares
desta etapa, sugerindo a progressão dos conhecimentos em Arte. No fundamental II, todas as
habilidades são citadas nas tabelas de referência de cada ano desse ciclo, cabendo ao professor
utilizá-las de acordo com os conhecimentos a serem desenvolvidos durante o planejamento.
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: A ideia desse campo é indicar e
explicitar, dentro do processo de ensino e aprendizagem, um possível caminho de
desenvolvimento do planejamento do professor, a partir da articulação dos Conhecimentos e
Especificidades da Linguagem, com os Objetos de Conhecimento e as Habilidades, sugerindo
formas de desenvolver os campos das tabelas referenciais de forma articulada e explicitando a
intenção dos conhecimentos e especificidades da linguagem eleitos para o ano escolar em
questão.
Desse modo, o professor deverá pautar a organização didática do seu trabalho, a partir
da articulação de todos esses campos durante o ano escolar em que estiver atuando.

3.2. As Artes Integradas

As Artes Integradas surgem como unidade temática na BNCC. Em seu texto, a Base
trata as Artes Integradas como um caminho possível para articulação de propostas que
71
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LINGUAGENS

contemplem corporalidades, visualidades, musicalidades e teatralidades, de modo não


estanque e concomitantemente. É o lugar para o encontro entre as linguagens da área, em
que as práticas possibilitam um lugar para compreensão e uso, não somente de caminhos
perpassados pela Arte, mas para a fusão de processos com as linguagens e as tecnologias de
informação e de comunicação.
Optamos por localizar em cada linguagem o objeto de conhecimento “Artes
Integradas”, como forma de proporcionar o encontro do professor formado em qualquer
linguagem artística enquanto um propositor de possíveis caminhos para integrar processos
das diversas abordagens dos campos ou das linguagens da Arte na educação. Isso implica
que se paute, em primeira instância, sua linguagem de formação, integrando de modo
conciso, responsável e coerente as demais linguagens, sem corresponder a processos alheios
à sua formação.
Em suma, as Artes Integradas neste documento propõem um encontro entre as
linguagens, a partir da base epistemológica e de formação do professor em sua área
específica, no entendimento da importância de abordagens contemporâneas para se pensar
as linguagens artísticas na escola. Assim, objetiva-se a não polivalência para mediar o
processo, dando ênfase em primeiro plano à sua formação específica, ao encontro das
demais linguagens da Arte, obrigatórias no contexto escolar e ao encontro de outras
diversas linguagens, de cunho não obrigatório na área, como a linguagem do cinema, da
performance, dentre outras.

3.3. A avaliação em Arte no ensino fundamental

A avaliação em Arte, no entremeio entre a razão e o sensível, articula um processo


para compreender questões de ensino e aprendizagem que diferem das avaliações
tradicionais de desempenho na educação. O processo entendido enquanto avaliação em
Arte é decorrente de um processo qualitativo, em que a apreensão do conhecimento conduz
a um caminho dialético, em que se compreenda a realidade, identificando e questionando os
processos perpassados no cotidiano, em correlação direta com questões éticas, estéticas e
políticas. Para tanto, fixa-se a importância da avaliação processual nos diversos contextos
apresentados pela Rede Municipal de Ensino de Campo Grande, visto o vasto alcance das
instituições públicas municipais de ensino.
A compreensão da avaliação processual em Arte não é entendida como o único meio
ou forma de avaliação, mediante os documentos normativos das escolas, documentos
72
Versão Preliminar – Em processo de revisão
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LINGUAGENS

normativos para avaliação e instrumentos de avaliação presentes nos contextos escolares, em


nível regional ou nacional, e não exclui atos deliberativos de avaliação, perpassados em
documentos ou projetos político-pedagógicos (PPP’s) de cada escola. No entanto, tanto no
ensino fundamental I, quanto no ensino fundamental II, a avaliação processual se circunscreve
como um meio de extrema coerência para se pensar o processo conhecimento em Arte, que
vai além das dicotomias bom x ruim, abaixo da média x acima da média, estabelecendo uma
reorientação para todo e qualquer processo de ensino e aprendizagem na área de Arte. Assim,
convocando o professor e os alunos a se reverem dentro do processo educativo de modo
coerente, convidando-os a reavaliar todo e qualquer processo artístico, enquanto viés
pedagógico que deve estar em evidência, não somente pela via do fazer arte, mas também pela
via do refletir sobre todo e qualquer processo proposto na área no espaço escolar. Desse
modo, podendo ir além de questões objetivas muito presentes no ensino fundamental II, que
correspondem a mensurações equivocadas acerca dos processos de ensino e aprendizagem em
Arte.

ORIENTAÇÕES CURRICULARES DE ARTES VISUAIS


(Clique para acessar o documento)

ORIENTAÇÕES CURRICULARES DE DANÇA


(Clique para acessar o documento)

ORIENTAÇÕES CURRICULARES DE MÚSICA


(Clique para acessar o documento)

ORIENTAÇÕES CURRICULARES DE TEATRO


(Clique para acessar o documento)

ORIENTAÇÕES CURRÍCULARES PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS


(Clique para acessar o documento)

73
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Bibliografia consultada

BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1978.

______. Arte-educação no Brasil: Realidade hoje e expectativas futuras. Estudos


Avançados, USP. 1989. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ea/v3n7/v3n7a10. Acesso:
13 dez. 2017.

BRASIL. Constituição. Constituição [da] República Federativa do Brasil. Brasília: Senado


Federal, 1988.

______. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de


1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996.

______. Parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SCG.EF, 1998.

______. Lei nº 13.278, de 2 de maio de 2016. Altera o § 6o do art. 26 da Lei no 9.394, de 20


de dezembro de 1996, que fixa as diretrizes e bases da educação nacional, referente ao ensino
da arte. Disponível em: Acesso em: 20 jul.2017.

______. Base Nacional Curricular Comum (Terceira versão). Ministério da Educação.


2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base. Acesso em: 10 maio de
2019.

CAETANO, D. O.; SALVADOR, G. . A Educação Sensível como Proposta de


Sensibilização para a Fruição em Dança Contemporânea. (Trabalho de Conclusão de
Curso) Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Campo Grande. 2016.

FARO, Antônio José. Pequena História da Dança. Rio de Janeiro: ZAHAR, 2001.

FOCHI, Paulo (Org.) Mini-histórias: rapsódias da vida cotidiana nas escolas do


Observatório da Cultura Infantil – OBECI/ Organização de Paulo Fochi. Porto Alegre:
Paulo Fochi Estudos Pedagógicos, 2019.

FERNANDES, Matheus. Para além do trágico? Desafios para pensar a perspectiva


histórico-cultural na Base Nacional Comum Curricular no campo do Teatro no Ensino
Fundamental I. (Tese) doutorado. Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós
Graduação em Educação. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2019.

OSTETTO, Luciana Esmeralda (Org.). Registros na Educação Infantil: pesquisa e


prática pedagógica. Campinas, São Paulo. Papirus: 2017.

PORTINARI, Maribel. História da Dança. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.

SERROU, Ana Lúcia. Conteúdo da/de Arte em dissertações e teses (2010 a 2017):
aproximações às orientações/discussões curriculares. Dissertação de Mestrado.
Centro de Ciências Humanas e Sociais. Programa de Pós Graduação em Educação.
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Campo Grande: 2019.

75
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

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LINGUAGENS

EDUCAÇÃO FÍSICA

Educação Infantil
Ma. Elisângela Rodrigues Furtado
Esp. Eliana Mattos Carvalho
Esp. Vera Lúcia Gomes Alves
Ma. Cláudia Diniz de Moraes (Assessoramento)

Ensino Fundamental
Ma. Christiane Caetano Martins Fernandes
Ma. Cláudia Renata Rodrigues Xavier
Esp. Eliana de Mattos Carvalho
Ma. Elisângela Rodrigues Furtado
Me. Kleiton Ramires Pires Bezerra
Esp. Vera Lúcia Gomes Alves

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LINGUAGENS

1. A Educação Física na Educação Infantil

A Educação Física como componente curricular, possui diversas manifestações


culturais relacionadas ao movimento construídas e ressignificadas ao longo do tempo. É uma
forma de linguagem, de percepção e de relação com o mundo, por meio de vivências e
experiências culturais do corpo, oportunizadas pela formação integral (corporal, cognitivo,
afetivo e social).
As discussões sobre a inserção da Educação Física no contexto da Educação Infantil
vêm se ampliando nas últimas décadas no Brasil. Como a Educação Infantil não é organizada
de maneira disciplinar, não se tem nenhuma menção deste componente curricular na Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2017), documentos que a antecederam
(Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil) e nas Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) (BRASIL,2009). Entretanto, no Município de
Campo Grande/MS, a inserção da Educação Física na Educação Infantil já é uma prática que
ocorre devido a inclusão deste componente nas escolas de Ensino Fundamental que oferecem
vagas na pré-escola (grupo IV e V).
Nessa perspectiva, as Diretrizes Curriculares Municipais da Educação Infantil, têm
como objetivo nortear e organizar o fazer pedagógico do professor de Educação Física em
consonância com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, na qual, em
seu capítulo II, seção I, art. 26 § 3º determina a integração da Educação Física à proposta
pedagógica da escola, tornando-se componente curricular obrigatório.
Desse modo, além da obrigatoriedade da LDB e a partir da Resolução n. 151 de
10/12/2013, de Campo Grande/MS, que dispõe sobre os quantitativos de horas-aula e de horas
atividades a serem cumpridas pelos profissionais da Educação Básica no exercício da
docência nas unidades escolares da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande/MS, foi
inserido em 2014 o componente curricular Educação Física a partir do grupo II, sendo que
estes profissionais passaram a atuar nas Escolas Municipais que oferecem Educação Infantil, e
nas específicas para esta etapa de Educação Básica, as Escolas Municipais de Educação
Infantil (EMEI).
Nesse contexto, a Educação Física na Educação Infantil vem ao encontro das
propostas pedagógicas, que têm como objetivo o cuidar e o educar da criança na primeira
etapa da Educação Básica, garantindo práticas de atividades que proporcionam o brincar,
jogar, imitar, criar ritmos e movimentos. É oportuno relembrar que a importância do
movimento para o desenvolvimento infantil não é recente. Estudiosos como Comênio (1592-
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LINGUAGENS

1670), Rousseau (1712-1778), Pestalozzi (1746-1827), Frobel (1782-1852), Decroly (1871-


1932), Montessori (1870-1952), entre outros, que foram os precursores da Educação Infantil,
embora houvesse diferenças de pensamentos, compartilharam o mesmo olhar voltado para a
criança com ênfase no movimento.
Nessa perspectiva, salientamos que o movimento não se relaciona apenas ao
desenvolvimento do corpo, mas a todas as atividades como pensar, resolver problemas, a
criatividade, a criticidade, entre outros, compreendendo que a construção de conhecimento
pelas crianças se concretiza por meio da participação direta delas em diferentes práticas
cotidianas. A Educação Física, dentro do contexto da Educação Infantil, pode proporcionar
inúmeras possibilidades e experimentação do movimento, desde que o profissional
compreenda e trabalhe nesta perspectiva.
Para estruturar o fazer pedagógico do professor de Educação Física na Educação
Infantil, deve-se considerar a criança como um sujeito sócio histórico, que traz consigo um
repertório de conhecimentos culturais, que devem ser considerados durante a elaboração de
suas ações pedagógicas.
O currículo de Educação Física na Educação Infantil tem como eixos estruturantes as
interações e brincadeiras, possibilitando que a criança experiencie diferentes aprendizagens
por meio do convívio com outras crianças e adultos. Parte-se do pressuposto que, quanto mais
ricas forem as vivências culturais por meio do movimento proporcionados às crianças, maior
será seu repertório corporal, cognitivo, afetivo e sócio histórico.
Desse modo, as ações pedagógicas do professor de Educação Física devem estar
articuladas com os outros componentes curriculares, pois a aprendizagem e o
desenvolvimento da criança não é um processo isolado, mas um trabalho permeado por um
planejamento integrado e flexível, reconhecendo, que a criança de 0 a 6 anos é um sujeito
histórico-cultural, que demanda um trabalho integral, que possibilita por meio das interações e
brincadeiras compreender o mundo que a rodeia.
Deve-se considerar no fazer pedagógico a criança como um ser de direitos, que integra
o processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças. São direitos de aprendizagens
garantidos pela Base Nacional Curricular Comum (BNCC): conviver, brincar, participar,
explorar, expressar e conhecer-se. Sendo assim, todos os componentes curriculares devem
considerar esses direitos na construção do planejamento, assim como a faixa etária de cada
grupo a ser trabalhado.

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LINGUAGENS

Outro destaque a ser considerado no planejamento previsto na BNCC, são os campos


de experiências e conhecimentos, que têm como objetivo ampliar o repertório de ações, que
propiciem a construção de conhecimentos e aprendizagens e que valorize a criança no
processo educativo e o professor como mediador neste contexto. Os campos de experiências
são: O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; Escuta,
fala, escrita, pensamento e imaginação; Espaços, tempos, quantidades, relações e
transformações e o Mundo social e natural: investigação, relação, transformação e
preservação.
Assim, o professor de Educação Física, juntamente com os demais profissionais que
atuam na Educação Infantil devem considerar na sua prática pedagógica todos os campos de
experiências, pois o fazer pedagógico não deve ser fragmentado, uma vez que a criança é um
ser integral, que se expressa de diferentes formas e linguagens. É necessário considerar a
cultura corporal, como um aspecto importante ao construir o planejamento das aulas de
Educação Física, assim como, priorizar as manifestações corporais realizadas pela criança por
meio do movimento
Dessa forma, as práticas pedagógicas devem respeitar, compreender e acolher o
universo cultural infantil, proporcionando acesso a outras formas fundamentais de mediar o
conhecimento e o desenvolvimento da criança. Sendo assim, o professor de Educação Física
assume papel de destaque no processo ensino/aprendizagem, não só na organização de
espaços/tempos, na observação durante as atividades, mas por compreender que, é por meio
dos movimentos, que as crianças constroem conhecimentos, internalizam e produzem cultura.
O professor de Educação Física, que atua na Educação Infantil, deve ter consciência
sobre a importância de cada conhecimento a ser ofertado às crianças, e necessitando ter um
olhar não apenas para os aspectos biológicos, mas também para biopsicossocial. Nesse
sentido, deve considerar diferentes manifestações da cultura corporal, tais como: jogos,
danças, atividades expressivas, ginástica, conhecimento do corpo e atividades na natureza.
O movimento nesse contexto, deve ter sentido e significado para a criança, como
numa ação, que possa contribuir no processo de desenvolvimento e aprendizagem
contextualizado com a realidade vigente e o Projeto Político Pedagógico da escola.
Outro aspecto, relevante na Educação Física na Educação Infantil é a avaliação, isto
implica em diversificar as formas e critérios de avaliar como por exemplo: registro escrito,
fotográfico, vídeo, entre outros. Entretanto, deve-se observar como o processo é traçado no

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LINGUAGENS

PPP da instituição, lembrando que deve ser previsto no plano anual, bem como apontado no
planejamento diário, além de ser articulado com demais professores da unidade escolar.
Compreendendo que a avaliação é processual e possibilita a apresentação de uma
noção mais ampla de todo o processo educativo, destaca-se a participação de cada criança nos
múltiplos tempos/espaços da instituição escolar, pois permite materializar a avaliação em
forma de relatório referente ao grupo.
É importante que os professores entendam a avaliação como parte constituinte da
totalidade do fazer pedagógico, ou seja, faz parte das atribuições a serem cumpridas pelos
professores que atuam na Educação Infantil.
Orienta-se que a avaliação seja formativa, ao longo do processo de ensino e
aprendizagem, como um processo contínuo para obter, por diversos meios, informações sobre
o que acontece ao longo dos percursos de aprendizagem. Portanto, deve possibilitar uma
compreensão e valorização sobre o processo seguido, que permita estabelecer novas propostas
de intervenção.
A avaliação no contexto da Educação Física Infantil deve ser projetada a serviço da
aprendizagem, ou seja, deve permitir a observação do que necessita ser melhorado tanto para
as crianças quanto no processo de ensino do professor. Por essa razão, a avaliação deve ser
coerente com os conhecimentos ensinados, oportunizando indicadores de aprendizagem, para
além dos parâmetros motores incluindo as dimensões cognitivas, afetivas e sociais.
Nessa perspectiva, a avaliação precisa ser construída em parceria com os professores
do grupo, a partir de alguns critérios estipulados coletivamente como, por exemplo: a
participação, as conquistas motoras, o envolvimento com o grupo, preferências de
brincadeiras, brinquedo ou material, colaboração com a organização do espaço e dos
materiais, destaque nas conquistas afetivas e sociais, mas sempre recorrendo aos de registros.
Com base no exposto, o professor necessita ter sua própria ação pedagógica, partindo
dos conhecimentos prévios acerca das manifestações cultura corporal das crianças, buscando
ampliá-las sem esquecer, que o professor é o responsável pelas mediações e orientações das
atividades propostas, pois por meio delas a criança desperta o prazer e o encorajamento pelas
atividades.
Sendo assim, esse documento vem com o objetivo de contribuir no fazer pedagógico
do professor de Educação Física que atua na Educação Infantil. Bem como auxiliar no
planejamento das aulas, levando em consideração os direitos de aprendizagens, os campos de
experiências, a realidade vigente, os aspectos biopsicossociais das crianças, os temas

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integradores do currículo (cultura africana e indígena, inclusão, educação para o trânsito e


educação para o meio ambiente).
É importante ressaltar que a construção desse documento contou com a participação
dos docentes de Educação Física que ministram aulas na Educação Infantil, professores da
Gerência da Educação Infantil (GEINF), Gerência do Ensino Fundamental e Médio (GEFEM)
e Universidades, tendo em vista, que o mesmo, será utilizado como referencial, para a
organização do trabalho pedagógico do professor (plano anual e plano de aula), evidenciando
a contribuição da Educação Física na Educação Infantil como conhecimento integrado em
todos os Campos de Experiências e grupos etários.
Apresentamos a seguir, um quadro de orientações para a construção do trabalho
pedagógico do professor de Educação Física nos grupos I, II e III e um quadro para os grupos
IV e V, ressaltando que os jogos e as brincadeiras ocupam um lugar de destaque nos
documentos legais da Educação Infantil. Por meio das brincadeiras e interações com seus
pares as crianças pensam, sentem, agem no mundo de uma maneira própria e produzem
conhecimentos. Desse modo, a centralidade do jogo e da brincadeira na prática pedagógica na
Educação Infantil, certifica uma valorização nos processos lúdicos e imaginativos das
crianças.

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1.1. Objetos do conhecimento e objetivos de aprendizagens e desenvolvimentos

GRUPO I, II E III
O eu, o outro e o nós
Para esta faixa etária deve-se considerar que a criança terá os primeiros contatos com o ambiente escolar, passando por um processo de
adaptação, fazendo parte, assim de um novo contexto social (professores, equipe técnica, alunos). Este campo de experiência tem como objetivo
promover a interação das crianças entre seus pares e adultos, possibilitando a integração no espaço escolar. Nesta perspectiva o fazer pedagógico
do professor de Educação Física deve considerar atividades que promovam a participação em relações sociais, de cuidados pessoais,
oportunizando a autonomia e o encorajamento nas relações sociais e culturais, como também a valorização da identidade, o respeito ao outro, o
reconhecimento das diferenças, que constituem o ser humano.
Direitos de aprendizagens Objetos de conhecimentos Objetivos de aprendizagens e desenvolvimentos
Meditação Perceber o próprio corpo e do outro;
Conviver com diferentes Hábitos higiênicos Perceber a importância dos hábitos de higiene;
indivíduos; Hábitos alimentares Adquirir hábitos da boa alimentação;
Brincar com diferentes colegas; Compreender a importância do cuidado com o corpo;
Brincadeiras e jogos de: Estimular por meio da ludicidade o autocuidado;
Participar de diferentes Conhecimento global do próprio corpo; Estimular o desenvolvimento de atitudes e valores sociais;
atividades; Autocuidado; Vivenciar orientações espaço/temporal (longe, perto, em cima, embaixo,
Cooperação/colaboração; dentro, fora, entre outros);
Expressar suas necessidades.
Orientação espacial relacionado ao Experimentar o corpo em diferentes tempos; (rápido, devagar) e atenção aos
Explorar diferentes espaços, corpo; diferentes comandos;
objetos e brincadeiras em grupo ou Orientação temporal relacionado ao Vivenciar por meio da ludicidade diferentes emoções e sentimentos (alegria,
individual; corpo; tristeza, raiva, frustrações, superação);
De sentimentos e emoções. Ampliar a capacidade de coordenação motora fina e grossa por meio de ações
Conhecer-se e reconhecer a
manipulativos.
necessidade do outro. Brinquedos:
Manipulativos.

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Corpo, gestos e movimentos

As crianças que fazem parte deste grupo, estão em um processo de refinamento dos movimentos e gestos, obtendo progressivamente
controle da musculatura, adquirindo estabilidade, desenvolvimento da locomoção (rastejar, gatinhar, caminhar). Este campo tem como objetivo
proporcionar a criança por meio da ludicidade o domínio corporal, a ampliação do repertório de atividades, que envolvam a cultura corporal,
sendo manifestada por meio dos jogos, brincadeiras, gestos, danças, expressões corporais e dramatizações. Neste contexto o professor de
Educação Física deve considerar as atividades que proporcionem: apropriação do corpo inteiro; o desenvolvimento dos aspectos afetivo, social,
motor e cognitivo; atividades, na quais, a criança por meio do movimento possa expressar suas ideias, afetos, sensações e pensamentos, assim
como, explorar diferentes jogos, brincadeiras, dramatizações e danças.

Direitos de aprendizagens Objetos de conhecimentos Objetivos de aprendizagens e desenvolvimentos


Brincadeiras e jogos de:
Explorar a imaginação por meio de atividades de faz de conta;
Faz de conta;
Conviver com seus pares; Perceber ou outro e a si mesmo pela imitação;
Imitação;
Brincar diferentes brincadeiras, Oportunizar o reconhecimento das conquistas motoras por meio
Circuitos
danças, jogos; de pequenos circuitos;
De força;
Participar de diferentes Identificar por meio da ludicidade diferente forças;
Estabilizações (equilíbrio);
atividades e linguagens; Vivenciar diferentes movimentos de equilíbrio;
Deslocamentos variados;
Expressar suas necessidades; Identificar diferentes possibilidades de deslocamentos;
Agilidade;
Explorar movimentos, gestos, Explorar atividades que envolvam agilidade;
Expressões corporais.
relacionamentos; Oportunizar brincadeiras que envolvam a expressão corporal;
Atividades circenses;
Conhecer as diferentes Explorar as brincadeiras circenses;
Movimentos ginásticos;
possibilidades de movimentos. Estimular as possibilidades do corpo por meio da ginástica;
Danças circulares.
Vivenciar as danças circulares.

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LINGUAGENS

Traços, sons, cores e formas

Neste campo deve-se considerar, que o bebê e a criança muito pequena necessita vivenciar diferentes sensações, reconhecer a diversidade
de cores, texturas, formas e músicas. Além disso, deve-se explorar diferentes atividades, que objetivem a vivência e reconhecimentos de traços,
sons cores e formas, que contribuirão para a criança manifestar sua cultura, assim como, apropriar-se das diferentes manifestações culturais,
artísticas, sociais, científicas, locais e universais. Desta forma o professor de Educação Física deve possibilitar o trabalho de autoria coletiva e
individual, assim como, a participação em diferentes tempos e espaços, no qual a criança possa apropriar-se de conhecimentos e aprendizagens
em diferentes linguagens, ampliando o repertório de experiências e vivências artísticas e de movimento.

Direitos de aprendizagens Objetos de conhecimentos Objetivos de aprendizagens e desenvolvimentos


Conviver com seus pares e com Brincadeiras e jogos de:
diferentes culturas; Roda; Estimular as potencialidades das brincadeiras de roda;
Brincar com diferentes atividades Cantadas; Explorar diferentes brincadeiras cantadas;
corporais e jogos culturais; Sons com corpo; Explorar diferentes sons com o corpo;
Participar de diferentes manifestações Sonoras; Enriquecer o repertório de jogos e brincadeiras sonoras;
artísticas e culturais; Diferentes texturas, cores e formas; Identificar diferentes texturas, cores e formas;
Expressar por meio do movimento Matriz africana e indígena; Vivenciar por meio da ludicidade a cultura africana e indígena;
diferentes culturas; Sensoriais; Construir e explorar instrumentos sonoros;
Explorar as possibilidades de Vivenciar danças folclóricas;
movimentos gestuais, sentimentos e Bandinha musical Perceber as diferentes manifestações culturais;
sensações; Conhecer brincadeiras e jogos tradicionais de outros países.
Conhecer diferentes culturas por meio Danças folclóricas;
da ludicidade. Tradições (brinquedo, brincadeiras e jogos)
locais e universais.

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LINGUAGENS

Escuta, fala, pensamento e imaginação

O bebê e a criança muito pequena inicialmente se comunica por meio de movimentos, gestos, balbucios, choros, sorrisos, entre outros.
Nesta faixa etária este grupo apresenta as primeiras vocalizações, repete sons, localiza fontes sonoras, reconhece vozes e imagens. O processo de
desenvolvimento da linguagem, escuta, fala, pensamento e imaginação pode ser construído por meio de experiências lúdicas que contribuirão na
aprendizagem desta criança. Neste sentido, torna-se relevante oportunizar por meio das brincadeiras e jogos atividades que contribuam e
estimulem o desenvolvimento da escuta, fala, pensamento e imaginação. Deve-se considerar que nas aulas de Educação Física a faixa etária e as
constituições de múltiplas linguagens (corporal, musical, pictórica, tecnológica).

Direitos de aprendizagens Objetos de conhecimentos Objetivos de aprendizagens e desenvolvimentos


Jogos de:
Atenção; Explorar a atenção e concentração nos comandos das atividades;
Simbólicos; Vivenciar os jogos simbólicos;
Conviver com seus pares;
Construção; Explorar diferentes possibilidades de construções
Brincar com jogos corporais;
Que envolvam formas e letras. (empilhamentos, encaixes, entre outros);
Explorar diferentes linguagens;
Reconhecer de forma lúdica as formas e letras;
Expressar sua criatividade;
Brincadeiras: Vivenciar as brincadeiras cantadas;
Conhecer-se e reconhecer-se no
Cantadas; Explorar a imaginação por meio das brincadeiras historiadas;
grupo;
Historiadas. Vivenciar diferentes personagens utilizando os recursos
Participar de diferentes
audiovisuais;
brincadeiras.
Brincadeiras e jogos Explorar os recursos tecnológicos.
De recursos audiovisuais;
Tecnológicos.

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LINGUAGENS

Espaços, tempo, quantidades, relações e transformações

Neste grupo, o professor deve oportunizar atividades que agucem a curiosidade da criança para experimentar diferentes matérias,
reconhecer diferentes espaços, perceber o próprio corpo. Este campo traz a possibilidade do docente, por meio dos jogos e brincadeiras,
incentivar as crianças a encontrarem diferentes resoluções de problemas, assim como, vivenciarem situações que oportunizem a percepção de seu
corpo com relação ao espaço e tempo. Desta forma, o professor de Educação Física pode explorar diferentes espaços e distâncias; reconhecer
diferentes alturas e pesos; explorar a localização espacial e o conhecimento corporal em relação ao objeto.

Direitos de aprendizagens Objetos de conhecimentos Objetivos de aprendizagens e desenvolvimentos


Brincadeiras e jogos de:
Conviver com seus pares; Vivenciar diferentes orientações (rápido, devagar, de frente, de
Orientação espaço/temporal relacionada à objetos;
Expressar suas necessidades; costas, de lado, direita relacionado a objetos);
Que envolvam formas, números, classificação e
Explorar diferentes espaços; Explorar o reconhecimento de formas, números, classificação e
ordenação;
Brincar em diferentes locais; ordenação;
Que envolvam o conhecimento corporal relacionada à
Conhecer o próprio corpo; Estimular a compreensão de partes do corpo e como o todo;
objetos;
Participar diferentes Explorar por meio da musicalidade a criatividade e a expressão
Musicalidade que explorem a criatividade e
brincadeiras e ritmos. corporal.
expressões corporais.

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Mundo social e natural: investigação, relação, transformação e preservação

Nesta faixa etária faz-se necessário, por meio da ludicidade, incentivar a curiosidade da criança, levá-las a experimentarem diferentes
sensações, ambientes, interações com diferentes pares, explorarem atividades relacionadas a natureza. Este campo de experiência tem como
objetivo, possibilitar que a criança estabeleça relação com os fenômenos sociais e naturais. Neste sentido, faz-se necessário, por meios de
brincadeiras, jogos, danças, diferentes espaços, ampliar os conhecimentos e experiências em relação ao mundo, aos cuidados que devemos ter
consigo e com o meio ambiente. Nesta perspectiva, o professor de Educação Física, deve promover atividades de interação, cuidado, preservação,
conhecimento da biodiversidade e sustentabilidade, além da ampliação das tradições culturais brasileiras.

Direitos de aprendizagens Objetos de conhecimentos Objetivos de aprendizagens e desenvolvimentos


Conviver com diferentes
Explorar diferentes sentidos por meios de atividades sensoriais;
culturas; Jogos e brincadeiras:
Explorar diferentes espaços (sala, quadra, parque, gramado);
Brincar com brincadeiras Sensoriais (olfativas, táteis, gustativas, visuais e
Vivenciar brincadeiras e jogos de matriz indígena e africana;
tradicionais; sonoras);
Conhecer e explorar diferentes brincadeiras e jogos de cultura
Explorar diferentes linguagens; Que envolvam diferentes ambientes;
brasileira;
Expressar sua criatividade; Matriz indígena e africana;
Experimentar atividades de aventura e da natureza tematizando
Conhecer manifestações Contextualizadas de diferentes regiões do Brasil;
a importância do cuidado com o meio ambiente;
culturais; Aventura e da natureza;
Possibilitar construções com material reciclados como forma de
Participar de diferentes Construção de brinquedos com materiais reciclados.
conscientização ambiental.
brincadeiras;

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Recomendações

• O professor deve considerar a faixa etária das crianças na construção do seu planejamento;
• Reconhecer que os bebês e crianças pequenas se comunicam por meio de balbucio, choro e expressões corporais;
• Respeitar as diferenças, assim como, cultura e a interação da criança com o grupo e com as atividades propostas;
• Compreender que as crianças ainda são dependentes do auxílio do adulto, pois a autonomia está em processo de construção necessitando
de permanentes cuidados e orientações dos adultos;
• Considerar na construção do planejamento e plano de aula as rotinas, espaços, regras, e horários estimulados pelas EMEIs;
• Desenvolver por meio da oralidade a importância do cuidado com o próprio corpo (higiene pessoal antes e depois das aulas), assim como
o cuidado com o colega;
• Possibilitar a participação de todo o grupo, adaptando as atividades, assim como possibilitar momentos de diálogos e sugestões de
brincadeiras e jogos pelo grupo;
• Considerar que os materiais pedagógicos que se encontram na instituição devem ser utilizados pelo professor de Educação Física quando
contemplado do planejamento (papel, tinta, tecido, giz, canetão, recursos multimídias, entre outros) e diferentes espaços (sala, quadra,
parque, pátio, gramado, etc.).

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GRUPO IV E V

O eu, o outro e o nós

Entendendo que este campo de experiência é processual, e que busca ampliar o repertório anteriormente desenvolvido, faz-se
imprescindível retomar as atividades, assim como, ampliar seus objetivos. Desta forma, este campo tem como finalidade aprimorar as interações
das crianças entre seus pares e adultos possibilitando uma maior integração no espaço escolar. Nesta perspectiva, o fazer pedagógico do professor
de Educação Física é de promover o refinamento das relações sociais, o cuidado pessoal, a autonomia, a reciprocidade, o respeito, a valorização e
o encorajamento nas relações sociais e culturais. Assim como, o reconhecimento das diferenças que constituem o ser humano.

Direitos de aprendizagens Objetos de conhecimentos Objetivos de aprendizagens e desenvolvimentos


Meditação Compreender o próprio corpo e do outro;
Hábitos higiênicos Entender a importância dos hábitos de higiene;
Conviver com diferentes
Hábitos alimentares Incorporar hábitos da boa alimentação;
indivíduos;
Ampliar a importância do cuidado com o corpo;
Brincar com diferentes colegas;
Brincadeiras e jogos de: Incorporar, por meio da ludicidade, o autocuidado;
Participar de diferentes
Conhecimento global do próprio corpo; Ampliar o desenvolvimento de atitudes e valores sociais;
atividades;
Autocuidado; Aperfeiçoar orientações espaço/temporal (longe, perto, em cima, embaixo,
Expressar suas necessidades;
Cooperação/colaboração; dentro, fora, entre outros);
Explorar diferentes espaços,
Orientação espacial/temporal Possibilitar o aprimoramento do corpo em diferentes tempos (rápido, devagar)
objetos e brincadeiras em grupo ou
relacionado ao corpo; e atenção aos diferentes comandos;
individual;
De sentimentos e emoções; Fomentar por meio da ludicidade diferentes emoções e sentimentos (alegria,
Conhecer-se e reconhecer a
tristeza, raiva, frustrações, superação);
necessidade do outro.
Brinquedos: Aperfeiçoar a capacidade de coordenação motora fina e grossa por meio de
Manipulativos. ações manipulativos.

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Corpo, gestos e movimentos

Compreende-se que este campo é um processo de contínua aprendizagem, proporcionando às crianças desta faixa etária elementos, que
ajudem a refinar os movimentos e gestos realizados pelo corpo. Sendo assim, este campo tem como objetivo proporcionar a apropriação por meio
da ludicidade do domínio corporal, a ampliação do repertório de atividades que envolvam a cultura corporal, sendo manifestadas por meio dos
jogos, brincadeiras, gestos, danças, expressões corporais e dramatizações. Neste contexto, o professor de Educação Física deve enriquecer as
atividades que proporcionem apropriação do corpo inteiro e o aperfeiçoamento dos aspectos (afetivo, social, motor e cognitivo), oportunizando
atividades nas quais a criança por meio do movimento possa expressar suas ideias, afetos, sensações e pensamentos, assim como, explorar
diferentes jogos, brincadeiras, dramatizações e danças;

Direitos de aprendizagens Objetos de conhecimentos Objetivos de aprendizagens e desenvolvimentos


Brincadeiras e jogos de: Encorajar a imaginação na criação de personagens;
Conviver com seus pares;
Imaginação Aperfeiçoar o reconhecimento das conquistas motoras por meio
Brincar diferentes brincadeiras,
Circuitos de pequenos circuitos;
danças, jogos;
De força; Reconhecer por meio da ludicidade diferente forças;
Participar de diferentes
Estabilizações (equilíbrio); Melhorar diferentes movimentos que envolvam o equilíbrio;
atividades e linguagens;
Deslocamentos variados; Compreender diferentes possibilidades de deslocamentos;
Expressar suas necessidades;
Agilidade; Melhorar atividades que envolvam agilidade;
Explorar movimentos, gestos,
Expressões corporais. Experienciar brincadeiras que envolvam a expressão corporal;
relacionamentos;
Atividades circenses; Ampliar conhecimentos que envolvam as brincadeiras circenses;
Conhecer as diferentes
Movimentos ginásticos; Aperfeiçoar as possibilidades do corpo por meio da ginástica;
possibilidades de movimentos.
Danças circulares Aprender movimentos por meio das danças circulares.

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Traços, sons, cores e formas

Nesta faixa etária deve-se considerar, que a criança compreende a existência de diferentes sensações, percebendo a diversidade de cores,
texturas, formas e músicas. Deve-se explorar diferentes atividades, que objetivem refinar e aprimorar os traços, a percepção de sons,
reconhecimento de cores e identificação de formas. Este campo contribuirá para que a criança possa manifestar sua cultura, assim como,
apropriar-se das diferentes manifestações culturais, artísticas, sociais, científicas, locais e universais. Desta forma, o professor de Educação Física
deve possibilitar o trabalho de autoria coletiva e individual, assim como, a participação em diferentes tempos e espaços, no qual a criança possa
aperfeiçoar seus conhecimentos e aprendizagens em diferentes linguagens, ampliando gradualmente o repertório de experiências e vivências
artísticas e de movimento.

Direitos de aprendizagens Objetos de conhecimentos Objetivos de aprendizagens e desenvolvimentos


Conviver com seus pares; Brincadeiras e jogos de: Ampliar as potencialidades das brincadeiras roda;
Participar de diferentes manifestações Roda; Reconhecer diferentes brincadeiras cantadas;
artísticas e culturais; Cantadas; Fomentar diferentes sons com o corpo;
Brincar com diferentes atividades Sons com corpo; Aperfeiçoar o repertório de jogos e brincadeiras sonoras;
corporais, jogos culturais por meio do Sonoras; Reconhecer diferentes texturas, cores e formas.
movimento; Diferentes texturas, cores e formas; Compreender por meio da ludicidade a cultura africana e
Conhecer diferentes culturas e Matriz africana e indígena; indígena;
brincadeiras; Sensoriais. Construir e explorar instrumentos sonoros;
Expressar por meio do movimento Bandinha musical Recriar danças folclóricas;
diferentes culturas; Reconhecer as diferentes manifestações culturais;
Explorar as possibilidades de Danças folclóricas; Explorar jogos tradicionais de outros países
movimentos gestuais, sentimentos e Tradições (brinquedo, brincadeiras e jogos)
sensações; locais e universais

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LINGUAGENS

Escuta, fala, pensamento e imaginação

Considerando que a criança desta faixa etária, já possui um repertório de vivências, que contribui para ampliar seu arcabouço de
atividades, que envolvem a escuta, fala, pensamento e imaginação, torna-se necessário que o professor de Educação Física fomente ações, que
aperfeiçoem e enriqueçam este campo. Sendo assim, o objetivo é ampliar o desenvolvimento da escuta, fala, pensamento e imaginação por meio
de atividades da cultura corporal (jogos, brincadeira, expressão corporal, ritmos, danças). Neste contexto, nas aulas de Educação Física deve-se
priorizar as constituições de múltiplas linguagens (corporal, musical, pictórica e tecnológica).

Direitos de aprendizagens Objetos de conhecimentos Objetivos de aprendizagens e desenvolvimentos


Conviver com seus pares; Jogos de: Aperfeiçoar a atenção e concentração nos comandos para as
Brincar com jogos corporais; Atenção. atividades;
Explorar diferentes linguagens; Simbólicos. Ampliar possibilidades de construções (empilhamento);
Expressar sua criatividade; Construção. Aprimorar e explorar as capacidades de coordenação motora fina
Conhecer-se e reconhecer-se no Que envolvam formas e letras. e grossa;
grupo; Tecnológicos. Reconhecer de forma lúdica as formas e letras;
Participar de diferentes Explorar diferentes jogos tecnológicos;
brincadeiras que envolvam o Brincadeiras: Reconhecer diferentes brincadeiras cantadas;
movimento, fala e imaginação. Cantadas. Imaginar e realizar brincadeiras historiadas;
Historiadas. Reconhecer ritmos e personagens por meio de recursos
audiovisuais.
Utilização de recursos audiovisuais.

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Espaços, tempo, quantidades, relações e transformações

Neste grupo o professor deve ampliar atividades, que agucem a curiosidade da criança em experimentar diferentes materiais, possibilitar
atividades em diferentes espaços, compreendendo o próprio corpo. Reconhecendo o processo de contínuo desenvolvimento da criança, este
campo de experiência possibilita ao professor aprimorar por meio dos jogos e brincadeiras, a resolução de problemas, o entendimento de
fenômenos cotidianos, e o aprimoramento da percepção do seu corpo com relação ao espaço e tempo. Neste sentido, o professor de Educação
Física deve fomentar na criança, a necessidade de explorar diferentes espaços e ambientes, o encorajamento de superar atividades, que tenham
diferentes alturas, pesos, formas, e ampliar suas capacidades corporais em relação ao objeto.

Direitos de aprendizagens Objetos de conhecimentos Objetivos de aprendizagens e desenvolvimentos


Brincadeiras e jogos de:
Conviver com seus pares; Orientação espaço/temporal relacionados à objetos; Aperfeiçoar diferentes orientações; (rápido, devagar, de frente, de
Expressar suas necessidades; Que envolvam formas, números, classificação e costas, de lado, direita relacionada à objetos);
Explorar diferentes espaços; ordenação; Apreender o reconhecimento de formas, números, classificação e
Brincar e diferentes locais; Que envolvam o conhecimento corporal relacionados ordenação;
Conhecer o próprio corpo; à objetos; Reconhecer partes do corpo como um todo;
Participar de diferentes Musicalidade que explorem a criatividade e Perceber diferentes expressões corporais;
brincadeiras. expressões corporais; Experienciar diferentes jogos de salão.
Jogos de salão.

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Mundo social e natural: investigação, relação, transformação e preservação

Nesta faixa etária acredita-se, que a criança já reconhece algumas sensações, podendo neste grupo ser ampliado este trabalho. Faz-se
necessário, por meio da ludicidade, ampliar a curiosidade da criança, pois este campo de experiência tem como objetivo aperfeiçoar a capacidade
da criança de estabelecer relações com os fenômenos sociais e naturais por meios de brincadeiras, jogos, danças, diferentes espaços, ampliando
seus conhecimentos e experiências em relação ao mundo, aos cuidados que devemos ter consigo e com o meio ambiente. Neste sentido, o
professor de Educação Física, deve ampliar o repertório de experiências de interação, cuidado, preservação e de reconhecimento da
biodiversidade e da sustentabilidade, além de reconhecer as tradições culturais brasileiras.

Direitos de aprendizagens Objetos de conhecimentos Objetivos de aprendizagens e desenvolvimentos


Conviver com diferentes Reconhecer diferentes sentidos por meios das atividades;
Jogos e brincadeiras:
culturas; Vivenciar diferentes espaços (sala, quadra, parque, gramado);
Sensoriais (olfativas, táteis, gustativas, visuais e
Brincar com brincadeiras Conhecer brincadeiras e jogos de matriz indígena e africana;
sonoras);
tradicionais; Conhecer e explorar diferentes brincadeiras e jogos de cultura
Que envolvam diferentes ambientes;
Explorar diferentes linguagens; brasileira;
Matriz indígena e africana;
Expressar sua criatividade; Explorar atividades de aventura e da natureza tematizando a
Contextualizadas de diferentes regiões do brasil;
Conhecer manifestações importância do cuidado com o meio ambiente;
Aventura e da natureza;
culturais; Reconhecer a importância de utilizar materiais reciclados como
Construção de brinquedos com materiais reciclados;
Participar de diferentes forma de conscientização ambiental;
Jogos tradicionais.
brincadeiras. Brincar com jogos tradicionais.

96
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Recomendações

• Para os grupos IV e V o planejamento, deve considerandar a intensidade, objetivos e especificidade de cada grupo. Deve-se planejar
levando em consideração a faixa etária e desenvolvimento dos alunos, sempre aprimorando e ampliando os objetivos, pois o planejamento
deve proporcionar ao aluno o aumento de dificuldades e experiências significativas para esses grupos;
• Respeitar as diferenças, assim como, cultura e a interação da criança com o grupo e com as atividades propostas;
• Considerar na construção do planejamento e plano de aula as rotinas, espaços, regras, e horários estimulados pelas EMEIs;
• Utilizar do PPP e as referencial curricular para priorizar os objetivos, política e filosofia da Instituição que o professor atua;
• Possibilitar a participação de todo o grupo, adaptando as atividades, assim como possibilitar momentos de diálogos e sugestões de
brincadeiras e jogos pelo grupo;
• Considerar que os materiais pedagógicos que se encontram na instituição devem serem utilizados pelo professor de Educação Física
quando contemplado do planejamento (papel, tinta, tecido, giz, canetão, recursos multimídias, entre outros) e diferentes espaços (sala,
quadra, parque, pátio, gramado, etc.);
• Utilizar os objetos de conhecimentos para desenvolver projetos, quando solicitado pela equipe escolar.

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

2. Documento Curricular de Educação Física - Ensino Fundamental

A Rede Municipal de Educação de Campo Grande (Reme), Mato Grosso do Sul


apresenta documento curricular readequado a partir da política curricular nacional,
materializada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2017), com a premissa de
alcançar a qualidade da educação, sem desconsiderar os determinantes sócio-econômico-
culturais que a influenciam diretamente.
O documento contou com a colaboração dos professores de Educação Física da rede,
que atuam desde a Educação Infantil até o nono (9º) ano do Ensino Fundamental, mediante
participação presencial no Programa de Formação Continuada Reflexões Pedagógicas:
diálogos entre teoria e prática, e a distância na plataforma Moodle criada para tal finalidade.
Os documentos curriculares atuais atendem às determinações da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, lei n. 9394/96 (BRASIL, 1996), bem como das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Básica (BRASIL, 2013), do Plano Nacional de
Educação (PNE 2014-2024) e da Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017), com a
intenção de nortearem o trabalho dos professores nas escolas.
Para a Educação Física na Reme, o currículo contribui para fortalecer os princípios
democráticos para a educação básica, apresenta os fundamentos teórico-metodológicos que
dão suporte ao processo de prescrição dos conhecimentos na área, bem como os princípios da
relação entre esses fundamentos e os conhecimentos especializados selecionados, organizados
e distribuídos para o Ensino Fundamental, de forma a fomentar a análise e reflexões sobre tais
conhecimentos em sintonia com as orientações nacionais, e promover a contextualização das
práticas corporais entendendo-as como elementos culturais, distinguindo-se assim, do
pensamento tradicional anteriormente dominante na área.
Vale ressaltar que a inserção deste componente curricular na área de Linguagens,
mediante a compreensão dos gestos como meio de comunicação, é uma forma de possibilitar
ao aluno “[...] ampliar suas capacidades expressivas em manifestações artísticas, corporais,
linguísticas, como também seus conhecimentos sobre essas linguagens [...]” (BRASIL, 2017,
p. 59). Partindo do pressuposto que o objetivo da Educação Física é tematizar as práticas
corporais, é imprescindível compreender, analisar e identificar os diversos significados dessas
práticas, com vistas a sua reconstrução de maneira crítica.
No tocante aos documentos curriculares, registra-se que na Lei Complementar n.
10.328/01 (BRASIL, 2001), a Educação Física passa a condição de componente curricular
98
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

obrigatório da educação básica, distinta de atividade a parte do processo educacional.


Posteriormente, a Lei n. 10.793/03 (BRASIL, 2003), ao dar uma nova redação ao art. 26 § 3
da LDBEN n. 9394/96, estabelece que a mesma será integrada à proposta pedagógica da
escola, com vistas a formação por meio de conhecimentos específicos, que não se limitam aos
conteúdos de ensino, mas também englobam valores e normas de conduta social.
Para identificar “o campo da Educação Física” considera-se o contexto histórico de
sua construção como disciplina, ou componente curricular e, as inúmeras influências sofridas
ao longo do tempo. Retomam-se específicos períodos históricos do Brasil, para compreender
sua íntima relação com as orientações oficiais, de ordem política, econômica e/ou pedagógica
(dos distintos grupos e instituições nos/dos governos brasileiros) até os contornos adquiridos
nos finais do século XX, na orientação dos currículos em âmbito nacional, regional ou local,
compreendendo tais períodos como necessários ao momento histórico em que emergiram.
Esse campo tem assumido diferentes objetivos, desde treinamento militar, higienismo,
eugenismo, entre outros, muitas vezes, como instrumento de poder, para veiculação de
ideologias dominantes.
Na década de 1960, momento em que o esporte tinha como foco a preparação física,
visto que o País nessa época da ditadura civil militar tinha a necessidade de passar ao mundo,
por meio dos eventos esportivos, o nacionalismo, a ordem, uma sociedade pronta para
qualquer guerra. Essas perspectivas consideravam a Educação Física como uma disciplina que
não necessitava de fundamentação teórica, pois era entendida como essencialmente prática,
destituída de finalidade pedagógica com o objetivo de tratar questões relacionadas a saúde, a
seleção natural, a formação de corpos fortes.
Observa-se que, até o final dos anos 1970, a teoria tradicional influenciou o currículo
da Educação Física escolar no País. Posteriormente, no âmbito das teorias críticas, novas
concepções de currículo surgiram por influência das ciências sociais e humanas na área em
contraposição às concepções predominantes até então, como a biologicista, cuja função
principal era a promoção da saúde, e a esportivista, em que o esporte se tornou prática
hegemônica nas aulas de Educação Física, em virtude da sua relevância política e econômica
à época da ditadura civil militar. Nesta época as atividades oferecidas pela Educação Física
tinham como objetivo precípuo afastar os estudantes e trabalhadores de discussões políticas e
econômicas tão necessárias nesse momento histórico pelo qual atravessava o País.
A partir dos anos 1980, período de crise da Educação Física, com o movimento
renovador da área, contrapondo-se ao paradigma da aptidão física, novas propostas surgiram

99
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

no momento em que o Brasil experimentava mudanças em diferentes instâncias da sociedade.


Tais mudanças incorreram nas discussões sobre currículo trazendo para o debate na área
diferentes concepções pedagógicas críticas, que abordam os conhecimentos da Educação
Física em seus aspectos históricos, políticos, culturais, sociais, para a formação integral do
aluno, rompendo a preocupação apenas com seu físico.
O currículo visto como artefato cultural passou a incorporar elementos anteriormente
marginalizados, deixando assim, a neutralidade curricular tradicional da área. Destaca-se que
a crítica a essa visão foi e, ainda, é necessária, no sentido de desmistificar a associação da
Educação Física escolar as questões físicas, reduzindo o corpo ao aspecto estritamente
biológico.
Cabe enfatizar que o currículo recebe diversas definições, a partir de diferentes teorias.
É resultado de um processo histórico, um artefato social e cultural, envolvido em relações de
poder, visto que legitima certos conhecimentos em detrimento de outros. Dito de outro modo,
não é caracterizado como um elemento neutro, uma vez que os conhecimentos selecionados
objetivam atender às exigências políticas, econômicas e sociais de grupos socialmente
dominantes.
Localiza-se como instrumento de retomada das discussões curriculares, em território
nacional, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados em finais de 1990, na
condição de orientações curriculares nacionais, instituindo novas funções para a escola, bem
como diferentes propostas para o trabalho pedagógico e servindo como norte para a
elaboração de documentos curriculares nas diferentes redes de ensino.
No tocante aos Parâmetros para a Educação Física (BRASIL, 1998), incursiona por
discussões acerca da importância de democratizar, humanizar e diversificar a prática
pedagógica, ampliando sua visão biológica e técnica, incluindo as dimensões afetivas,
cognitivas e socioculturais dos alunos. O currículo, ao invés de se voltar para a prática na
Educação Física escolar, proporciona aos alunos, como objeto de ensino da área, os temas da
cultura corporal: jogos, esportes, ginásticas, lutas, danças, entre outros, com vistas a uma
análise crítica dessas práticas corporais, distanciando-se da formação do corpo saudável, ou
atlético, como procedimentos de regulação de comportamentos presentes em períodos
anteriores.
Faz-se necessário localizar a Educação Física nos documentos curriculares prescritos
construídos por essa rede de ensino. O referido componente curricular fez-se presente em três
documentos, a saber: Sequência Didática (CAMPO GRANDE, 2000), Diretrizes Curriculares

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

do Ensino Fundamental 1ª a 8ª séries (CAMPO GRANDE, 2003), e Referencial Curricular da


Rede Municipal de Ensino do 1º ao 9º ano (CAMPO GRANDE, 2008).
A Sequência Didática (2000) é um documento único que contempla todos os
componentes curriculares inclusive a Educação Física. Esse componente era dividido em dois
segmentos: no que se refere à Educação Infantil era denominado Movimento e ao Ensino
Fundamental, Educação Física. Tal documento, posteriormente, passou por reformulação
sendo publicada em único volume com o título de Diretrizes Curriculares do Ensino
Fundamental 1ª a 8ª séries (CAMPO GRANDE, 2003) contemplando todos os componentes
curriculares.
A partir de uma visão crítica da Educação Física, sustentando o trabalho pedagógico
com os conhecimentos da cultura corporal, elaborou-se o Referencial Curricular da Rede
Municipal de Ensino do 1º ao 9º ano (CAMPO GRANDE, 2008). Neste, a Educação Física
faz parte de dois dos quatro volumes. São eles: do 1° e 2° ano do Ensino Fundamental
(Alfabetização, Língua Portuguesa, Educação Física, História, Geografia, Ensino Religioso,
Matemática e Ciências) e 3° ao 9° ano do Ensino Fundamental (Língua Portuguesa, Língua
Estrangeira, Artes e Educação Física).
Neste novo documento curricular para a Educação Física na Reme, as brincadeiras e
os jogos, os esportes, as ginásticas, as danças, as lutas e as práticas corporais de aventura
(urbanas e na natureza), operam uma formação crítica, ao mesmo tempo, que propõem a
superação de um modelo tecnicista, enraizado nos currículos da área.
Dessa forma, os conhecimentos selecionados e distribuídos neste documento vão ao
encontro de uma perspectiva teórica crítica de Educação Física, adotada a partir da
compreensão do corpo e do movimento inseridos em um contexto sócio-cultural. Diante
disso, tais conhecimentos, dissociados de uma visão apenas motriz, do pensamento tradicional
anteriormente dominante têm na cultura corporal formas de interpretar as diversas práticas
corporais entendendo-as como produções historicamente construídas pelo homem,
manifestando-se por meio da expressão corporal.
Para essa seleção faz-se necessário considerar a relevância social, sua
contemporaneidade e sua adequação às características sócio cognitivas dos alunos, com o
objetivo de ampliar o acervo teórico acerca da cultura corporal, orientando as práticas
corporais, brincadeiras e jogos, esportes, ginásticas, danças, lutas e práticas corporais de
aventura a partir de uma perspectiva transformadora, capaz de contribuir para a libertação da
humanidade e consequentemente, para a diminuição das desigualdades sociais. Dito de outro

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

modo, ao selecionar um conhecimento, faz-se necessário adequá-lo, não apenas ao


conhecimento trazido do cotidiano do aluno, mas também a sua capacidade cognitiva e a sua
prática social.
Na esteira desse debate é necessário, ainda, introduzir e refletir de forma crítica sobre
a diversidade, para compreender e respeitar as diferenças culturais, de gênero, de classe, as
diversas identidades, com vistas a inserir a todos no processo educativo. Com amparo na
LDBEN n. 9394/96, destaca-se que os currículos do Ensino Fundamental e Médio além de
uma base comum nacional devem ser complementados por uma parte diversificada. Abordar a
diversidade no espaço escolar é indispensável para combater preconceitos de raça, de gênero,
de etnia, de orientação sexual, entre outros explícitos, ou ainda latentes em nossa sociedade.
Diante disso, é imprescindível desenvolver um trabalho que possibilite a todos os
alunos sentirem-se iguais, mesmo diante de determinadas diferenças. Inserir a diversidade no
currículo propicia o debate sobre temáticas como o racismo, a homofobia, a misoginia, a
xenofobia, a deficiência, as diferentes etnias, entre outras. Ao inserir nas aulas de Educação
Física tais temáticas, abre-se espaço para pensar sobre propostas democráticas de inclusão,
evitando assim qualquer comportamento discriminatório e opressor, visto que todos possuem
os mesmos direitos.
O direito à diferença, assegurado no espaço público, significa não apenas a tolerância
ao outro, aquele que é diferente de nós, mas implica a revisão do conjunto dos padrões sociais
de relações da sociedade, exigindo uma mudança que afeta a todos, o que significa que a
questão da identidade e da diferença tem caráter político. O direito à diferença se manifesta
por meio da afirmação dos direitos das crianças, das mulheres, dos jovens, dos homossexuais,
dos negros, dos indígenas, das pessoas com deficiência, entre outros, que para de fato se
efetivarem, necessitam ser socialmente reconhecidos (BRASIL, 2013).
Vale dizer que as temáticas anteriormente apresentadas, bem como outras como
competição, violência, consumismo, ética, mundo do trabalho, saúde, não se encontram
diluídas em habilidades nos blocos de anos, sendo assim, devem ser pensadas e inseridas nas
aulas, levando sempre em consideração a necessidade de trabalhar contra a exclusão,
ratificando assim, a educação como direito de todos.
Essas diversas temáticas em articulação com as práticas corporais permitem
estabelecer nexos e relações entre os fatos sociais e culturais, no trato com a cultura corporal
para a compreensão da realidade social, complexa e contraditória. Compreender a realidade
social é saber distinguir entre as reais relações sociais de produção dos homens na natureza e

102
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

aquelas que eles representam a partir de ideias e concepções do cotidiano que ocultam as
relações de propriedade existentes.
Nessa linha de raciocínio, as Brincadeiras e jogos estabelecem intencionalidades,
contribuem para a mudança das necessidades e da consciência das crianças e jovens,
propiciam de maneira lúdica o conhecimento e reflexões acerca da aceitação do outro, a
compreensão do mundo ao seu redor por meio das interações sociais na relação com o
movimento, o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da imaginação, do intelecto e
do vocabulário motor.
O Esporte, entendendo-o como prática contra-hegemônica em relação ao trato dos
seus conhecimentos, distancia-se da esportivização, da lógica do rendimento e da competição,
uma vez que o objetivo é historicizá-lo para apropriação em sua totalidade, de forma não
fragmentada, compreendendo suas transformações em diferentes períodos da história,
decorrentes das necessidades do indivíduo e/ou da sociedade. Isso significa que a abordagem
sobre o esporte, assim como sobre os outros conhecimentos da cultura corporal deve ser
trabalhada de forma a revelar todos os elementos que o constituem. Como prática cultural,
defende-se o “Esporte da escola”, não subordinado aos códigos pertencentes às instituições
esportivas, o que significa oferecer-lhe outro tratamento, sem a finalidade de formar atletas.
As Ginásticas, também como conhecimento, atividade humana da cultura corporal,
consiste na apreensão do seu desenvolvimento histórico, na compreensão de diferentes
possibilidades para sua vivência tendo como premissa os obstáculos historicamente
encontrados para sua prática nas escolas, bem como no reconhecimento dos conhecimentos
pertencentes a seu campo. A apropriação dos conhecimentos ginásticos numa perspectiva
crítica, levando em consideração os aspectos sociais, históricos, políticos e culturais,
distancia-se de prescrições somente sobre o condicionamento físico. Enfatiza-se que na
BNCC (BRASIL, 2017), as ginásticas artística, rítmica e acrobática encontram-se na unidade
temática Esportes, na categoria técnico-combinatório reunindo modalidades nas quais os
resultados da ação motora comparado é a qualidade do movimento segundo padrões técnico-
combinatórios, isto é, leva em consideração determinados padrões ou critérios técnicos.
Entretanto, a partir da concepção pedagógica de Educação Física adotada, orienta-se que o
trato pedagógico para essa prática corporal não objetive a formação de atletas, a competição.
Diante disso, tais práticas estão dispostas na unidade temática Ginásticas.
As Danças, como linguagem histórica e social, têm como função a reflexão
pedagógica para pensar a realidade social, com vistas à apropriação do conhecimento

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

especializado. Possui sentido e significado, propicia a livre expressão e criação de


movimentos conscientes, não se limitando a sua reprodução. Como conhecimento da cultura
corporal possibilita o domínio do corpo, as possibilidades de movimento, a partir da
exploração de diferentes espaços, formas, tempos, bem como se apresenta como forma de
comunicação para exteriorizar emoções, sentimentos, pensamentos a partir de gestos e
movimentos.
As Lutas, como conhecimento da cultura humana, produzidas historicamente com
suas simbologias e características próprias, possuem valores culturais conforme determinado
tempo e lugar, se modificam de acordo com a necessidade do contexto histórico e possuem
diversas funções. Não se resumem as técnicas, pois é uma prática corporal que abrange
normas, costumes, regras, simbolismos, e por meio do trabalho corporal propicia a aquisição
de valores e princípios. De maneira histórica, necessita de análise desde a busca pela
sobrevivência até na relação com os aspectos afetivos, sociais, religiosos, políticos e
mercadológicos.
As Práticas corporais de aventura remetem a atividades vivenciadas na natureza e
no meio urbano, sob condições de incertezas em relação ao meio e de risco calculado, a partir
de sensações e de emoções. São realizadas em respostas aos desafios que o ambiente
proporciona, com a utilização ou não de equipamentos, conforme as características da
modalidade, a possibilidade de recursos e a probabilidade do cometimento de acidentes. Com
sua evolução e difusão nos meios tecnológicos se faz necessário seu ensino na relação com os
aspectos culturais, econômicos, políticos, na compreensão de intenções sociais para
transformação ou manutenção social. É importante considerar a interação com o tema da
sustentabilidade socioambiental em que há o aprendizado sobre a valorização do ambiente, no
reconhecer pelo aluno que o próprio meio faz parte de si e que esse pertence a ele mesmo.
Faz-se necessário apontar sobre o zelo da integridade física dos alunos, nos diversos espaços
para a vivência das práticas corporais, entretanto, os possíveis riscos de acidentes não devem
representar empecilho para esta vivência, mas sim ser o ponto de partida para pensar
diferentes formas para a realização de uma prática segura. A responsabilidade para evitar
acidentes e agir diante de situações de riscos dar-se-á de forma conjunta entre todos os
membros da comunidade escolar, desde os pais e/ou responsáveis, o professor, a equipe
técnico-pedagógica até a direção escolar. Reforça-se, que preservar a integridade física do
aluno está diretamente relacionada às condições físicas da escola, aos recursos materiais

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

pedagógicos, ao tipo de calçado adequado, entre outras questões que incorram em acidentes
ou incidentes.
De acordo com os PCN (BRASIL, 1997), a aprendizagem em Educação Física
envolve alguns riscos do ponto de vista físico inerente ao próprio ato de se movimentar,
como, por exemplo, nas situações em que o equilíbrio corporal é solicitado, a possibilidade de
desequilíbrio estará inevitavelmente presente. Dessa forma, mesmo considerando que
escorregões, pequenas trombadas, quedas, impacto de bolas e cordas não possam ser evitados
por completo, cabe ao professor a tarefa de organizar as situações de ensino e aprendizagem,
de forma a minimizar esses pequenos acidentes ou incidentes.
A organização do ensino e do currículo neste documento está subdividida em quatro
blocos de anos, a saber: primeiro bloco (1º e 2º ano); segundo bloco (3º ao 5º ano); terceiro
bloco (6º e 7º ano); e quarto bloco (8º e 9º ano). Destaca-se que para estes blocos, além das
Unidades temáticas e dos objetos de conhecimento propostos na BNCC (2017), inserem-se
outros, pois torna-se necessário ao aluno, acessar uma diversidade de práticas corporais ao
longo do processo de escolarização, já que a escola, em muitos casos, é o único lugar para
esse ensino de forma sistematizado, no auxílio às suas capacidades e funções psicológicas
superiores, sendo essas últimas, modo de funcionamento psicológico humano, como a
imaginação, a capacidade de planejamento, a memória voluntária, entre outras.
Enfatiza-se também a inserção de novas habilidades, além das existentes na BNCC
(BRASIL, 2017). A incorporação de outras unidades temáticas, objetos de conhecimento
(conhecimentos da cultura corporal), bem como de habilidades que a enriquecem e
complementam, caracteriza a parte diversificada do currículo, definida pela LDBEN n.
9394/96.
Com vistas a compreender o código alfanumérico referente às habilidades da BNCC
(BRASIL, 2017) e os elaborados especificamente para a Educação Física na Reme, apresenta-
se legenda a seguir:

Habilidade nova para o documento curricular da Reme


(CG.EF12EF00.n)

CG O primeiro par de letras indica o município de Campo Grande/MS.

EF O segundo par de letras a etapa de Ensino Fundamental.

12 O primeiro par de números indica o bloco de anos a que se refere a habilidade (1º e 2º anos).

105
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

EF O segundo par de letras indica o componente curricular (Educação Física).

00 O último par de números indica a posição da habilidade na numeração sequencial do bloco de anos.

n A última letra indica ser habilidade nova, não presente na BNCC (2017).

Habilidade sem alteração conforme a Base Nacional Comum Curricular


(CG.EF12EF00.s)

CG O primeiro par de letras indica o município de Campo Grande/MS.

EF O segundo par de letras a etapa de Ensino Fundamental.

12 O primeiro par de números indica o bloco de anos a que se refere a habilidade (1º e 2º anos).

EF O segundo par de letras indica o componente curricular (Educação Física).

00 O último par de números indica a posição da habilidade na numeração sequencial do bloco de anos.

s A última letra indica ser habilidade sem alteração, conforme BNCC (BRASIL, 2017).

Cabe atentar para o documento Matriz Curricular referente ao Ensino Fundamental


elaborado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), de Campo Grande/MS, no ano de
2013, aplicada no ano seguinte, em que a Educação Física se dividiu em I e II para o 9º ano
com vistas à atender a Lei Complementar n. 208 de 27 de dezembro do ano de 2012, que trata
sobre a ampliação para 1/3 da hora-atividade do professor da rede. Diante disso, os
professores que atuam nesse ano escolar ofertarão os conhecimentos propostos para o bloco 8º
e 9º anos, em conformidade com o princípio da totalidade. Assim, os conhecimentos serão
trabalhados a partir do 8º ano, com o devido aprofundamento no 9º ano.
A seguir, apresentam-se os conhecimentos da cultura corporal selecionados para todos
os blocos de anos, entretanto, destaca-se a flexibilidade para inserção de outros
conhecimentos dessa cultura, a partir dos diferentes contextos e realidades encontradas na
escola. Enfatiza-se, ainda, a integração entre a Educação Física e o Projeto Político
Pedagógico (PPP).

UNIDADES BLOCOS DE ANOS


TEMÁTICAS 1º e 2° 3° ao 5º 6° e 7° 8° e 9°

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Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Brincadeiras e jogos
da cultura popular
Brincadeiras e
presentes no
jogos populares do
contexto
Brasil e do mundo
comunitário e Jogos eletrônicos
Brincadeiras e Jogos de salão
BRINCADEIRAS regional. Jogos de tabuleiro
jogos de matriz
E JOGOS Jogos simbólicos
indígena e africana
Brincadeiras
Jogos cooperativos
cantadas e cantigas
Jogos de salão
de roda
Jogos cooperativos
Esportes de marca
Esportes de campo Esportes de
Esportes de
e taco rede/parede
precisão
Esportes de marca Esportes de Esportes de campo e
ESPORTES Esportes de
Esportes de precisão rede/parede taco
invasão
Esportes de Esportes de invasão
Esportes técnico-
invasão Esportes de combate
combinatórios

Ginástica de
condicionamento
Ginástica de
físico
Ginástica geral Ginástica geral condicionamento
GINÁSTICAS Ginástica de
físico
conscientização
corporal

Danças do Brasil e
Dança do Contexto
do mundo
Comunitário e Danças urbanas Danças de salão
DANÇAS Danças de matriz
Regional
indígena e africana

Lutas do contexto
comunitário e
regional Lutas do Brasil
LUTAS Lutas do mundo
- Lutas de matriz
indígena e africana

Práticas corporais
PRÁTICAS Práticas corporais de Práticas corporais de
de aventura
CORPORAIS DE aventura urbanas e aventura urbanas e na
- urbanas e na
AVENTURA na natureza natureza
natureza

O componente curricular Educação Física, ao articular as unidades temáticas e seus


respectivos Objetos de conhecimento crítico, e as habilidades têm como objetivo, conforme
BNCC (2017), garantir aos alunos dez (10) competências específicas para o Ensino
Fundamental.
01. Compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus vínculos com a
organização da vida coletiva e individual.

107
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Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

02. Planejar e empregar estratégias para resolver desafios e aumentar as possibilidades de


aprendizagem das práticas corporais, além de se envolver no processo de ampliação do acervo
cultural nesse campo.
03. Refletir, criticamente, sobre as relações entre a realização das práticas corporais e os
processos de saúde/doença, inclusive no contexto das atividades laborais.
04. Identificar a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde, beleza e estética corporal,
analisando, criticamente, os modelos disseminados na mídia e discutir posturas consumistas e
preconceituosas.
05. Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus efeitos e combater
posicionamentos discriminatórios em relação às práticas corporais e aos seus participantes.
06. Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os significados atribuídos às diferentes
práticas corporais, bem como aos sujeitos que delas participam.
07. Reconhecer as práticas corporais como elementos constitutivos da identidade cultural dos
povos e grupos.
08. Usufruir das práticas corporais de forma autônoma para potencializar o envolvimento em
contextos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde.
09. Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão, propondo e
produzindo alternativas para sua realização no contexto comunitário.
10. Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas,
esportes, lutas e práticas corporais de aventura, valorizando o trabalho coletivo e o
protagonismo.

Diante da organização curricular por competências proposta pela BNCC (2017), é


necessário, em relação aos conhecimentos, não atribuir sentido prático, utilitário, recorrendo a
eles apenas em situações particulares, conforme a pedagogia das competências, em que o foco
está nas transformações da organização do trabalho, na busca por desempenho funcional. Essa
intenção afasta-se da verdadeira função da escola como socializadora do conhecimento
especializado.
Em relação à avaliação, importante reflexão com prioridade do aspecto qualitativo. A
apropriação dos conhecimentos é um processo que não condiz com a avaliação do
desempenho do aluno por meio apenas de provas e testes padronizados, ou do seu
desempenho motor, bem como dos gestos técnicos ou táticos. Isso implica dizer, que a
avaliação realizada em diferentes momentos, não tem como objetivo medir, classificar e/ou
selecionar alunos para competições na escola ou fora dela.
108
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

O que se almeja, por meio do processo avaliativo é a capacidade de constatação,


interpretação e compreensão da realidade desenvolvida pelo aluno a partir da lógica dialética,
aprimorando suas ferramentas de pensamento para alcançar a catarse. Quando se estabelece
generalizações sobre um conhecimento, apresenta-se a compreensão da realidade, das
relações culturais, econômicas e políticas, ocorre um salto qualitativo na aprendizagem do
aluno. Em outras palavras, a apropriação do conhecimento ocorrerá quando ele conseguir
utilizá-lo em situações que podem ocorrer fora escola, a partir da identificação dos dados da
realidade.
Agregar diferentes instrumentos avaliativos (trabalhos individuaais e/ou em grupo,
avaliação oral, prática ou escrita, seminários, exposição de cartazes, autoavaliação, entre
outros), possibilitará acompanhar a aprendizagem dos alunos, levando em consideração todos
os aspectos que os constituem, a saber: cognitivo, afetivo e motor. Acerca dos instrumentos
avaliativos, orienta-se para sua diversificação, bem como para não limitação à participação
dos alunos durante as aulas, pois assim não seria possível avaliar se eles ampliaram os
conhecimentos teóricos das diferentes práticas.
Faz-se necessário ter consciência sobre o que se pretende ensinar determinado
conhecimento, pois assim aumentam as chances de se alcançar os objetivos preestabelecidos.
Além disso, é preciso informar ao aluno os objetivos a serem alcançados e os critérios pelos
quais será avaliado. Sendo assim, qualquer instrumento de avaliação precisa retratar
exatamente o que foi ensinado durante as aulas.
Na elaboração de seu material didático-pedagógico, bem como a qualquer tarefa
inerente ao seu trabalho na escola, há a necessidade de atentar-se para o contexto situado, das
culturas profissionais, dos contextos materiais e dos contextos externos, com vistas a
possíveis alterações e/ou ampliação dos conhecimentos da cultura corporal selecionados e
distribuídos neste texto.
Para a oferta dos conhecimentos relacionados a Educação Física é preciso levar em
consideração a realidade material da escola, uma vez que determinadas habilidades corporais
necessitam de recursos materiais específicos. Além disso, chama-se atenção para a percepção
do professor em relação à intencionalidade de cada conhecimento selecionado, pois, diante
disso, alcançará a autonomia para elaborar seu planejamento relacionado à realidade da escola
e do seu grupo de alunos.
Atenta-se ainda, que o professor, conforme percepção do contexto e das problemáticas
encontradas no âmbito escolar, tem autonomia na escolha, organização e sistematização dos

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LINGUAGENS

conhecimentos da área, na elaboração do planejamento, bem como na utilização de diferentes


espaços da escola para o desenvolvimento do seu trabalho, independente das alterações
climáticas. Sendo assim, mesmo que os conteúdos apresentados neste documento estejam de
forma linear, e as habilidades em códigos alfanuméricos, o professor, a partir de justificativa
em plano de aula, poderá retomar conteúdos já trabalhados, inclusive em outros blocos de
anos, e selecionar outros não inseridos neste documento.
Diante disso, o ensino tem como base determinado referencial teórico que explica
como ocorre o processo de aprendizagem. Nesse caso, o conhecimento se desenvolve e é
transmitido de forma simultânea e em movimento de espiral, visto que se parte de um saber
ainda fragmentado, do senso comum e, por meio da teorização, das abstrações chega-se ao
novo conhecimento, por isso vai se ampliando. Sendo assim, é importante orientar o aluno a
tornar evidente e compreender o objeto de estudo que estava oculto, numa forma dialética, da
prática para a teoria, e vice-versa, considerando que teoria e prática, somam-se, a chamada
práxis. Para aprofundar determinado conteúdo, considera-se o contexto situado, o nível de
desenvolvimento do aluno, as problemáticas encontradas, entre outras questões que
influenciam no trabalho didático.
O aluno, ao interferir na realidade por meio do conhecimento terá condições de
descobrir sua condição histórica, reconhecendo a si mesmo e tornando-se mais crítico, tendo
em vista a superação da aparência do objeto de estudo para sua essência na atividade da
práxis. Partirá do que já conhece, da sua realidade, do saber oriundo do senso comum, do
concreto-dado para, a partir das suas indagações, das suas dúvidas, buscar em diferentes
fontes, informações que consigam respondê-las, mediadas pelas as teorizações, para chegar ao
concreto do objeto por meio do seu pensamento.
Para que o conteúdo, ou qualquer objeto de estudo proposto pelo professor, configure-
se como objeto de conhecimento para o aluno, é indispensável que ele, durante as atividades,
predisponha-se, mobilize-se para conhecê-lo, transformando suas ideias do senso comum em
ideias do campo científico. Ou ainda, por meio da dialética, que consiga sair do concreto
caótico (senso comum).
Reforça-se que a apropriação dos conhecimentos acontecerá a partir da mediação do
professor, responsável pelas interações entre os alunos e o meio social, diversificando as
formas e instrumentos avaliativos e sua materialização no cotidiano, a prática social do aluno.
Para constatar, interpretar, compreender e explicar a realidade social em uma perspectiva da

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LINGUAGENS

totalidade recorre-se às diferentes ciências, o que significa o não isolamento dos componentes
curriculares.

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2.1. Objetos de conhecimento (conhecimentos da cultura corporal) e habilidades

1º e 2º ANOS – EDUCAÇÃO FÍSICA

OBJETOS DE CONHECIMENTO
UNIDADES
(CONHECIMENTOS DA CULTURA HABILIDADES
TEMÁTICAS
CORPORAL)
(CG.EF12EF01.s). Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura
popular presentes no contexto comunitário e regional, reconhecendo e respeitando as
diferenças individuais de desempenho dos colegas.
(CG.EF12EF02.s). Explicar, por meio de múltiplas linguagens (corporal, visual, oral e
escrita), as brincadeiras e os jogos populares do contexto comunitário e regional,
reconhecendo e valorizando a importância desses jogos e brincadeiras para suas culturas
de origem.
Brincadeiras e jogos da cultura popular
(CG.EF12EF03.s). Planejar e utilizar estratégias para resolver desafios de brincadeiras e
presentes no contexto comunitário e
jogos populares do contexto comunitário e regional, com base no reconhecimento das
regional;
características dessas práticas.
(CG.EF12EF04.s). Colaborar na proposição e na produção de alternativas para a prática,
Jogos simbólicos;
em outros momentos e espaços, de brincadeiras e jogos e demais práticas corporais
tematizadas na escola, produzindo textos (orais, escritos, audiovisuais) para divulgá-las
Brincadeiras cantadas e cantigas de
na escola e na comunidade.
roda;
Brincadeiras e jogos (CG.EF12EF01.n). Utilizar a linguagem corporal para expressar sentimentos e
personagens de jogos simbólicos.
Jogos cooperativos;
(CG.EF12EF02.n). Experienciar brincadeiras e jogos em diferentes espaços, de maneira
cooperativa.
(CG.EF12EF03.n). Vivenciar a expressão rítmica de brincadeiras cantadas e de cantigas
de roda.
(CG.EF12EF04.n). Vivenciar por meio das brincadeiras e jogos a importância da higiene
pessoal e alimentação saudável.
Recomendações: Em relação às Brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional, o professor deve considerar que
existe uma diversidade de jogos e brincadeiras populares (por exemplo corre cutia, cabo de guerra, amarelinha entre outros). Para as crianças do primeiro ano,
levar em consideração a faixa etária, evitar jogos competitivos, introduzir diferentes tipos de brincadeiras que proporcionem o lúdico.

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Para o segundo ano, ampliar as atividades da cultura popular (por exemplo: a criança realiza pesquisa das brincadeiras que os pais e avós brincavam. Vivo –
morto combinado com careca cabeludo, etc.), iniciar alguns jogos com regras simples tais como: brincadeira do elástico, pular corda com pequenos desafios,
pegador de dupla entre outros.
Jogos simbólicos – também conhecidos como brincadeiras de faz de conta, é um momento no qual o professor pode observar situações do cotidiano do aluno,
como ele interage, como interpreta e resignifica situações do dia a dia.
Para o primeiro ano é importante observar a socialização, criatividade, como a criança interpreta as situações cotidianas, durante as brincadeiras.
Para o segundo ano os jogos simbólicos podem, além das situações acima mencionadas, conter a observação de como a criança cria suas próprias brincadeiras
e regras, a divisão dos brinquedos, quais brincadeiras interessa para o grupo.
A criança deve vivenciar atividades rítmicas desde muito pequenas, para isso as brincadeiras cantadas e cantigas de roda. No primeiro ano as brincadeiras
cantadas devem conter letras que fale sobre o corpo humano, amizade, números, letras do alfabeto entre outras. As cantigas de roda devem conter letras mais
simples e com poucas coreografias.
Já para o segundo ano as brincadeiras cantadas podem ser ampliadas, com a formação de duplas, trios, quarteto (Por exemplo, atividades: balança caixão;
adoleta; nós quatro eu com ela eu com aquela, entre outras), utilização de objetos e o reinventar as próprias regras.
Jogos cooperativos são atividades em grupo, no qual tem como intuído a ajuda entre colegas. Para o primeiro ano os jogos cooperativos devem dar ênfase no
conhecer do outro, na afetividade (Por exemplo, atividades: rodas dos nomes, jogo do espelho, salve o amigo com um abraço).
Para o segundo ano deve-se dar ênfase na afetividade, socialização, colaboração e respeito (Por exemplo: dividir a turma em grupos para os alunos carregarem
o colega; pegador de ajuda a ajuda; brincadeira do pega o rabo, etc.).
Tanto para o primeiro ano como para o segundo torna-se importante por meio de atividades lúdicas planejar atividades que envolvam os conhecimentos
básicos sobre higiene pessoal e alimentação saudável.
(CG.EF12EF05.s). Experimentar e fruir, prezando pelo trabalho coletivo e pelo
Esportes de marca; protagonismo, a prática de esportes de marca e de precisão, identificando os elementos
comuns a esses esportes.
Esportes Esportes de precisão; (CG.EF12EF06.s). Discutir a importância da observação das normas e das regras dos
esportes de marca e de precisão para assegurar a integridade própria e as dos demais
participantes.
(CG.EF12EF05.n). Compreender e vivenciar, de forma lúdica, os esportes da escola.
Recomendações:
Os esportes de marca são (atletismo, ciclismo, natação, levantamento de peso, entre outros). No primeiro ano deve ser realizado de forma lúdica
no qual a criança possa vivenciar os primeiros conhecimentos em relação as modalidades que envolvam os esportes de marca. Exemplo: se for
trabalhar o atletismo, executar diferentes tipos de caminhada, corridas variadas com e sem obstáculos, brincar com diversos tipos saltos, imitar
animais que saltam, etc.
Para o segundo ano o professor deverá ampliar as atividades, tais como: caminhadas com obstáculos, corridas em dupla, trio, corrida por tempo,
pegador dos bichos, saltos com obstáculos.
Os esportes de precisão têm o objetivo de acertar um objeto, são eles: boliche, tiro ao alvo, golfe, sinuca, basebol, bocha, etc. Para o primeiro
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ano primeiramente o que interessa são as crianças aprenderem a arremessar diferentes tipos de objetos (bola grande, pequena, de papel, de meio,
plástico; discos, varetas, bexigas, peteca, aviãozinho de papel)
Para o segundo ano esses movimentos podem ser combinados, por exemplo: arremessar uma bola para cima e bater palma; arremessar a bola
para o colega, arremessar em um local determinado pelo professor.
Sempre observar que o intuito não é formar atletas, mas ampliar o repertorio motor da criança, possibilitar e experimentar diversas formas de
movimento, que futuramente poderá auxiliar na prática esportiva.
(CG.EF12EF07.s). Experimentar, fruir e identificar diferentes elementos básicos da
ginástica (equilíbrios, saltos, giros, rotações, acrobacias, com e sem materiais) e da
ginástica geral, de forma individual e em pequenos grupos, adotando procedimentos de
segurança.
(CG.EF12EF08.s). Participar da ginástica geral, identificando as potencialidades e os
Ginástica geral;
limites do corpo, e respeitando as diferenças individuais e de desempenho corporal.
Ginásticas
(CG.EF12EF09.s). Descrever, por meio de múltiplas linguagens (corporal, oral, escrita e
audiovisual), as características dos elementos básicos da ginástica e da ginástica geral,
identificando a presença desses elementos em distintas práticas corporais.
(CG.EF12EF06.n). Vivenciar brincadeiras e jogos que contemplem movimentos
ginásticos.
(CG.EF12EF07.n). Manusear, de forma lúdica, objetos das ginásticas.
Recomendações:
Para o primeiro ano a ginástica geral deve ser de forma lúdica, brincadeiras que envolvam rolamentos, saltos e giros. É importante nessa faixa etária observar
as limitações, medos, inseguranças das crianças ao realizar alguns movimentos, sendo o professor responsável em incentivá-las e buscar estratégias para que
todos os alunos realizem da melhor maneira possível as atividades.
No segundo ano os alunos serão estimulados a vivenciar e ampliar os movimentos aprendidos (Por exemplo: fazer um rolamento para frente levantar e saltar
com os joelhos unidos).
É importante ressaltar que para o primeiro e segundo ano a ginástica geral contribui para que a criança tenha melhor consciência e domínio corporal, controle
do seu corpo durante diferentes movimentos, no desenvolvimento das capacidades físicas e motoras.
(CG.EF12EF10.s). Experimentar e fruir diferentes danças do contexto comunitário e
regional (rodas cantadas, brincadeiras rítmicas e expressivas), e recriá-las, respeitando as
diferenças individuais e de desempenho corporal.
Danças Dança do contexto comunitário e
(CG.EF12EF11.s). Identificar os elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos) das
regional
danças do contexto comunitário e regional, valorizando e respeitando as manifestações de
diferentes culturas.
(CG.EF12EF08.n). Conhecer as diferentes danças, em uma variedade de manifestações

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rítmicas e expressivas criadas e desenvolvidas em diversas regiões do País.


(CG.EF12EF09.n). Executar diversos movimentos no ritmo da música dissociando
diferentes partes do corpo.
(CG.EF12EF10.n). Experienciar movimentos isolados ou sequência de movimentos de
forma autônoma.
Recomendações:
A dança no contexto comunitário e regional tem como objetivo incentivar os alunos a conhecer os ritmos que fazem parte da história local e regional na qual o
aluno está inserido.
Para o primeiro ano é importante que os alunos vivenciem a dança como um recurso de aprendizagem, que por meio dos gestos, ritmos e espaço, a criança
possa aprender pequenas coreografias, cantigas, ritmos, que levem a conhecer e reconhecer a cultura local.
No segundo ano o professor deve estimular os alunos a criarem os próprios movimentos, inventar e reinventar as danças, que eles já conhecem. Trabalhar com
ritmos diversificados, intensidade variada e a criação de coreografias com a ajuda dos alunos.
É importante considerar que nesta faixa etária não é necessário cobrar técnica e performance dos alunos, mas que a dança seja mais uma prática que envolva o
movimento e ritmo.
(CG.EF12EF11.n). Vivenciar de forma lúdica atividades de aventura nas áreas urbanas e
Práticas corporais de Práticas corporais de aventura urbanas e na natureza.
aventura na natureza; (CG.EF12EF12.n). Compreender a importância da preservação das áreas urbanas e da
natureza.
Recomendações:
Para o primeiro ano, trabalhar em diferentes espaços: pátio, gramado, areia, em baixo de uma árvore, parque. Procurar desenvolver atividades que contribuam
para questões relacionadas a noção espaço temporal, lateralidade e coordenação motora básica. Demonstrar que todos os lugares podem oferecer diferentes
possibilidades de atividades e brincadeiras.
Para o segundo ano, trabalhar os diferentes espaços, proporcionar algumas dificuldades, por exemplo: circuito no qual a criança tem que passar por diferentes
ambientes.

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3º AO 5º ANOS – EDUCAÇÃO FÍSICA

OBJETOS DE CONHECIMENTO
UNIDADES
(CONHECIMENTOS DA CULTURA HABILIDADES
TEMÁTICAS
CORPORAL)
(CG.EF35EF01.s). Experimentar e fruir brincadeiras e jogos populares do Brasil e do
mundo, incluindo aqueles de matriz indígena e africana, e recriá-los, valorizando a
Brincadeiras e jogos populares do Brasil
importância desse patrimônio histórico cultural.
e do mundo;
(CG.EF35EF.02.s). Planejar e utilizar estratégias para possibilitar a participação segura de
todos os alunos em brincadeiras e jogos populares do Brasil e de matriz indígena e africana.
Brincadeiras e jogos de matriz indígena
(CG.EF35EF03.s). Descrever, por meio de múltiplas linguagens (corporal, oral, escrita,
e africana;
audiovisual), as brincadeiras e os jogos populares do Brasil e de matriz indígena e africana,
Brincadeiras e
explicando suas características e a importância desse patrimônio histórico cultural na
jogos Jogos cooperativos;
preservação das diferentes culturas.
(CG.EF35EF04.s). Recriar, individual e coletivamente, e experimentar, na escola e fora dela,
Jogos de salão;
brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de matriz indígena e
africana, e demais práticas corporais tematizadas na escola, adequando-as aos espaços
públicos disponíveis.
(CG.EF35EF13.n). Participar brincadeiras e jogos de maneira cooperativa.
(CG.EF35EF14.n). Vivenciar diferentes tipos de jogos de salão.
(CG.EF35EF15.n) Participar de atividades lúdicas que envolvam higiene e nutrição.
Recomendações:
Em relação às brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo o professor ao planejar sua atividade deve procurar identificar as brincadeiras e jogos
que fazem parte da cultura do Brasil e do mundo.
Para a turma do terceiro ano faz-se necessário ministrar brincadeiras que não tenham caráter competitivo, que envolvam todos os alunos, que as regras sejam
de fácil entendimento, e que os alunos possam criar juntamente com o professor adaptações das brincadeiras já existentes.
No quarto ano os conhecimentos das brincadeiras e jogos devem ser ampliados principalmente no que concerne as regras. Deve-se nesta faixa etária discutir a
importância da cooperação, do combate a participar de atividades lúdicas com vistas a vencer a qualquer custo.
No quinto ano a maioria dos alunos já adquiriram muitas habilidades motoras, nesta faixa etária, inicia-se os jogos de pequenas regras, ou algumas
modalidades esportivas adaptadas para os alunos: tais como, futebol de dupla, bola ao cesto, vôlei de lençol, queimada (normal ou adaptada) entre outras.
Para esse grupo terceiro, quarto e quinto anos, deve-se planejar atividades que discutam sobre higiene pessoal, do ambiente, como forma de melhorar a saúde.
Exemplo um projeto envolvendo as turmas discutindo sobre limpeza do ambiente para evitar doenças causado pelo mosquito da dengue.
Com relação a nutrição o professor pode trabalhar projetos com as turmas nas quais possam ser discutidas alimentos bons e ruins para a saúde. (Por exemplo:
projeto sobre alimentos funcionais).
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(CG.EF35EF05.s). Experimentar e fruir diversos tipos de esportes de campo e taco,


rede/parede e invasão, identificando seus elementos comuns e criando estratégias individuais
e coletivas básicas para sua execução, prezando pelo trabalho coletivo e pelo protagonismo.
Esportes de campo e taco;
(CG.EF35EF06.s). Diferenciar os conceitos de jogo e esporte, identificando as
características que os constituem na contemporaneidade e suas manifestações (profissional e
Esportes Esportes de rede/parede;
comunitária/lazer).
(CG.EF35EF16.n). Identificar as características dos esportes de campo, de taco, de rede, de
Esportes de invasão;
parede e de invasão.
(CG.EF35EF17.n). Compreender e vivenciar, por meio de atividades lúdicas, regras dos
esportes de campo, de taco, de rede, de parede e de invasão.
Recomendações:
Esportes de campo e taco são modalidades que tem por finalidade fazer pontos rebatendo uma bola o mais longe possível ou tentar fazer pontos. Exemplos:
beisebol, críquete, tacobol.
Para o terceiro ano é importante atividades que levem o aluno a adquirir habilidades para conseguir com um taco acertar um objeto (bola). Exemplo: estafeta,
forma duas colunas, o primeiro aluno de cada coluna sai correndo acerta a bola com um taco, volta correndo entrega o taco para o colega que está na frente
que fará o mesmo movimento, ganhará a coluna que terminar primeiro. Nessa faixa etária é importante atividades lúdicas que levem as crianças aprender a
usar o taco como instrumento esportivo.
Para o quarto ano ampliar as atividades e iniciar jogos com taco com pequenas regras, como por exemplo, brincar de bet.
No quinto ano adaptar as regras para a turma e formar times para jogar as modalidades proposta pelo professor.
Esportes de rede/parede tem como finalidade lançar, bater ou arremessar a bola ou outro objeto para o campo do adversário, podemos citar alguns exemplos:
vôlei, vôlei de areia, tênis de mesa, tênis, peteca, badminton, entre outros.
Para o terceiro ano é interessante que os alunos adquiram as primeiras habilidades técnicas para poder praticar esses esportes. Por exemplo: andando de frente
e jogando a bola de uma mão para outra, fazer a mesma coisa de costa e lateralmente; usando uma raquete de tênis, pedir para o aluno andar de frente e quicar
a bola sobre a raquete, fazer a mesma coisa lateralmente e de costas. Trabalhar com brincadeiras adaptadas: vôlei de lençol, brincar de peteca.
Para o quarto ano ampliar a habilidade técnicas fazendo exercícios combinados, tais como: dois a dois caminhando e arremessando a bola um para o outro;
correr jogando a bola para cima e pegando de volta, saltar um obstáculo e arremessar a bola.
Quinto ano apresentar as principais regras dos esportes escolhidos pelo professor para ser ministrado, formar equipes para jogar adaptando as regras. Exemplo:
jogar vôlei usando bexiga;
Esporte de invasão: tem como objetivo invadir o campo adversário a fim de fazer pontos. Exemplos: basquete, futebol, handebol, futsal, futebol americano,
pólo aquático, entre outros.
No terceiro ano devem ser ministradas atividades que levem o aluno a adquirir habilidades para conseguir chutar/quicar/correr com a bola ou outro objeto.
Exemplo: estafeta forma duas colunas, o primeiro aluno de cada coluna sai correndo quicando a bola até o final da quadra, volta correndo entrega a bola para o
colega que está na frente que fará o mesmo movimento, ganhará a coluna que terminar primeiro. Nessa faixa etária é importante atividades lúdicas que levem
as crianças aprender a usar a bola seja quicando/lançando/correndo/chutando.

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Para o quarto ano ampliar as atividades e iniciar jogos com bola com pequenas regras, como por exemplo, formar duas equipes e brincar de bola ao cesto.
No quinto ano adaptar as regras para a turma e formar times para jogar as modalidades proposta pelo professor. Exemplo: jogar basquete (21); futebol de
dupla.
É importante o professor trabalhe o esporte de maneira lúdica, evitando disputas, brigas e discussões por causa do esporte. Fazer com que o aluno adquira
habilidades necessárias para praticar as modalidades esportivas que envolvem esses objetos de conhecimento.
(CG.EF35EF07.s). Experimentar e fruir, de forma coletiva, combinações de diferentes
elementos da ginástica geral (equilíbrios, saltos, giros, rotações, acrobacias, com e sem
materiais), propondo coreografias com diferentes temas do cotidiano.
(CG.EF35EF08.s). Planejar e utilizar estratégias para resolver desafios na execução de
elementos básicos de apresentações coletivas de ginástica geral, reconhecendo as
Ginástica geral; potencialidades e os limites do corpo e adotando procedimentos de segurança.
Ginásticas
(CG.EF35EF18.n). Conhecer os limites e possibilidades corporais durante a vivência da
ginástica, utilizando ou não obstáculos.
(CG.EF35EF19.n). Vivenciar jogos e brincadeiras individuais e coletivas que contemplem
movimentos ginásticos.
(CG.EF35EF20.n). Vivenciar movimentos isolados ou sequência de movimentos a partir da
ginástica geral.
Recomendações:
Na ginástica para o terceiro ano, os alunos deverão ser estimulados a fazerem exercícios combinados, por exemplo: fazer uma estrelinha em seguida um
rolamento, levantar e fazer um salto carpado.
No quarto ano iniciar o trabalho com alguns elementos da ginástica como fita, arco, massa, bola e corda, para que o discente consiga se familiarizar com esses
materiais. É importante ressaltar que desses materiais podem ser confeccionados pelos próprios alunos.
Já no quinto ano, montar coreografias utilizando movimentos e equipamentos da ginástica. Adaptar algumas regras para que as crianças possam criar suas
próprias coreografias.
É importante ressaltar que para o terceiro, quarto e quinto a ginástica geral tem o objetivo de ampliar a consciência e domínio corporal, melhorar a força e
resistência muscular, contribuir para ampliar a flexibilidade e alongamento das crianças, e que as atividades que envolvam a ginástica contribua no
desenvolvimento integral do aluno.
Danças do Brasil e do mundo; (CG.EF35EF09.s). Experimentar, recriar e fruir danças populares do Brasil e do mundo e
danças de matriz indígena e africana, valorizando e respeitando os diferentes sentidos e
Danças de matriz indígena e africana; significados dessas danças em suas culturas de origem.
Danças
(CG.EF35EF10.s). Comparar e identificar os elementos constitutivos comuns e diferentes
(ritmo, espaço, gestos) em danças populares do Brasil e do mundo e danças de matriz
indígena e africana.
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(CG.EF35EF11.s). Utilizar estratégias para a execução de elementos constitutivos das


danças populares do Brasil e do mundo, e das danças de matriz indígena e africana.
(CG.EF35EF21.n). Vivenciar movimentos que desenvolvam a consciência e a expressão
corporal.
(CG.EF35EF22.n). Experienciar os elementos constitutivos da dança.
(CG.EF35EF23.n). Vivenciar movimentos isolados ou sequência de movimentos de forma
autônoma.
Recomendações:
Para o terceiro ano a dança pode ser introduzida por meio de movimentos, gestos e ritmos que sejam de fácil assimilação para os alunos. (Por exemplo: as
danças de roda ou cirandas).
No quarto ano é importante que os alunos distinguem a multiculturalidade da escola, a existência de negros, asiáticos, indígenas, entre outros, e que cada
cultura tem suas danças e festejos. O professor pode desenvolver um projeto no qual a sala esteja envolvida e pesquisa e apresente a principais manifestações
culturais estudadas pelos alunos.
Para o quinto ano, além das danças, cirandas, movimentos e gestos aprendidos, a valorização da cultural nacional e internacional. Nesta faixa etária é
importante que o aluno consiga criar suas próprias coreografias, tendo o professor como mediador.
Para o terceiro, quarto e quinto ano, é relevante que o professor planeje aulas que fomentem a aprendizagem de danças de matriz indígenas e africanas.
Como exemplo podemos citar um projeto que envolvam os 3º, 4º e 5º anos, que culminem numa apresentação cultural.
(CG.EF35EF12.s). Experimentar, fruir e recriar diferentes lutas presentes no contexto
comunitário e regional e lutas de matriz indígena e africana.
(CG.EF35EF13.s). Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas do contexto comunitário e
Lutas do contexto comunitário e
regional e lutas de matriz indígena e africana experimentadas, respeitando o colega como
regional;
oponente e as normas de segurança.
(CG.EF35EF14.s). Identificar as características das lutas do contexto comunitário e regional
Lutas Lutas de matriz indígena e africana;
e lutas de matriz indígena e africana, reconhecendo as diferenças entre lutas e brigas e entre
lutas e as demais práticas corporais.
(CG.EF35EF24.n). Vivenciar as lutas, de forma lúdica, no contexto de diferentes
comunitário e regional.
CG.EF35EF25.n). Vivenciar os fundamentos, valores e costumes das lutas, na compreensão
do seus símbolos e significados.
Recomendações:
A luta no terceiro ano deve ser dado de maneira lúdica, com brincadeiras e jogos. Exemplo: cabo de guerra; mini sumô (colega tenta deslocar o outro do
lugar)
Para o quarto ano, o professor deve planejar atividade e evitem machucar durante as quedas. Exemplo: rolamento para a esquerda para a direita, o aluno
sentado, deita sem encostar a cabeça no chão.
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Ainda para essa faixa etária é importante trabalhar conhecimentos sobre as lutas de matriz indígena e africana. Exemplo: atividades tem roda; corrida da
tora (adaptada);
No quinto ano os alunos podem pesquisar sobre as lutas, o professor como mediador ensinar algumas técnicas, discutir sobre a diferença entre luta e briga,
mostrar as consequências das lutas quando mal utilizadas.

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6º e 7º ANOS – EDUCAÇÃO FÍSICA

OBJETOS DE CONHECIMENTO
UNIDADES
(CONHECIMENTOS DA HABILIDADES
TEMÁTICAS
CULTURA CORPORAL)
(CG.EF67EF01.s). Experimentar e fruir, na escola e fora dela, jogos eletrônicos diversos,
valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes grupos
sociais e etários.
Jogos eletrônicos;
(CG.EF67EF02.s). Identificar as transformações nas características dos jogos eletrônicos em
Brincadeiras e função dos avanços das tecnologias e nas respectivas exigências corporais colocadas por
Jogos de tabuleiro;
Jogos esses diferentes tipos de jogos.
(CG.EF67EF26.n). Conhecer e vivenciar as brincadeiras e os jogos explorando suas origens e
identificar possibilidades de apropriação crítica dessas práticas corporais.
(CG.EF67EF27.n). Conhecer os diversos jogos de tabuleiro para sua valorização e
preservação como patrimônio cultural.
Recomendações:
Para o sexto ano é necessário que o professor planeje aulas que os alunos conheçam novas formas de jogos, que incentivem a experimentar jogos que desafiem
o conhecimento do aluno. Pode ser utilizado a sala de informativa ou mesmo celulares, se for permitido na escola (consultar o PPP e regimento escolar).
Para o sétimo ano incentiva-los a criar os próprios jogos, buscar sites onde ensina o aluno a produzir os próprios jogos.
No sexto ano apresentar os jogos de tabuleiro que a escola possui, apresentar a principais regras, formar equipes para jogar
No sétimo ano ampliar o conhecimento dos alunos desafiando com estudo de diferentes jogadas, formas de saída de jogo, ataques ao adversário.
(CG.EF67EF03.s). Experimentar e fruir esportes de marca, precisão, invasão e técnico-
combinatórios, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
Esportes de marca;
(CG.EF67EF04.s). Praticar um ou mais esportes de marca, precisão, invasão e técnico-
combinatórios oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas e
Esportes de precisão;
respeitando regras.
(CG.EF67EF05.s). Planejar e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e
Esportes Esportes de invasão;
táticos, tanto nos esportes de marca, precisão, invasão e técnico-combinatórios como nas
modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica.
Esportes técnico-combinatórios;
(CG.EF67EF06.s). Analisar as transformações na organização e na prática dos esportes em
suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/lazer).
(CG.EF67EF07.s). Propor e produzir alternativas para experimentação dos esportes não
disponíveis e/ou acessíveis na comunidade e das demais práticas corporais tematizadas na

121
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LINGUAGENS

escola.
Recomendações:
Os esportes de marca são (atletismo, ciclismo, natação, levantamento de peso, entre outros). No sexto ano deve ser realizado de forma adaptada com pequenas
regras. Exemplo: se for trabalhar o atletismo, tiro de 100 metros, como sabemos que a escola não tem esse espaço, adaptar com tiros menores de 20 metros.
Pode ser realizado em grupos para ver quem corre mais rápido.
Para o sétimo ano o professor deverá ampliar as atividades, baseando nas regras oficiais. Por exemplo salto à distância: utilizar de uma tabua para que seja o
ponto para o salto, um aluno mede o salto, levando em considerações as regras do atletismo.
Os esportes de precisão têm o objetivo de acertar um objeto, são eles: boliche, tiro ao alvo, golfe, sinuca, basebol, bocha, etc.
Para o sexto ano planejar aula nas quais os alunos possam conhecer e praticar os esportes de precisão de forma adaptada. Exemplo: utilizar de garrafas pets ou
latas para fazer um jogo de boliche.
Para o sétimo ano ampliar os conhecimentos sobre regras, e trabalhar os esportes utilizando das regras aprendidas durante as aulas.
Esporte de invasão: tem como objetivo invadir o campo adversário a fim de fazer pontos. Exemplos: basquete, futebol, handebol, futsal, futebol americano,
pólo aquático, entre outros.
Para o sexto ano trabalhar os fundamentos da modalidade escolhida, iniciar jogos com bola de forma lúdica e com pequenas regras, por exemplo, fazer uma
equipe mista se for um menino de posse da bola ele tem que passar para uma menina e a mesma coisa se for uma menina passará para um menino.
No sétimo ano aprofundar os fundamentos da modalidade escolhida para ministrar para os alunos utilizando das regras aprendidas durante as aulas. Exemplo:
jogar basquete utilizando de algumas regras oficiais;
Esportes técnico-combinatórios: são esportes que tem por objetivo combinar beleza plástica, com dificuldade de movimentos acrobáticos. Entre os esportes
dessa categoria podemos citar: Ginastica rítmica desportiva (GRD), skates, saltos ornamentais, ginastica artística, entre outros.
Para trabalhar com essas modalidades no sexto ano faz-se necessário primeiramente iniciar com os movimentos básicos, e só em seguida trabalhar a
combinação de movimentos. Exemplo: Trabalho com GRD com a bola, primeiramente faz os movimentos básicos sem a bola, rolamentos, saltos, saltitos,
giros, em seguida combina estes movimentos utilizando a bola.
No sétimo ano, mediar atividades nas quais os próprios alunos criem os movimentos e coreografias.
(CG.EF67EF08.s). Experimentar e fruir exercícios físicos que solicitem diferentes
capacidades físicas, identificando seus tipos (força, velocidade, resistência, flexibilidade) e as
sensações corporais provocadas pela sua prática.
(CG.EF67EF09.s). Construir, coletivamente, procedimentos e normas de convívio que
viabilizem a participação de todos na prática de exercícios físicos, com o objetivo de
Ginásticas promover a saúde.
Ginástica de condicionamento físico;
(CG.EF67EF10.s). Diferenciar exercício físico de atividade física e propor alternativas para a
prática de exercícios físicos dentro e fora do ambiente escolar.
(CG.EF67EF28.n). Conhecer e vivenciar as ginásticas como direito de todos independente de
padrões estéticos corporais.
(CG.EF67EF29.n). Conhecer e identificar as alterações fisiológicas durante e após a prática
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LINGUAGENS

das ginásticas.

Recomendações:
A ginástica de condicionamento físico serve principalmente para melhorar a resistência cardiorrespiratória, tônus musculares, alongamento, flexibilidade,
prepara o corpo para atividades esportivas. Na escola essa atividade deve ser planejada com o objetivo de o aluno conhecer e reconhecer seu corpo durante
uma atividade física sistematizada.
Para o sexto ano é importante que o aluno conheça qual a diferença entre os exercícios aeróbicos, anaeróbicos e exercícios localizados, que identifique os
principais músculos do corpo envolvido durante uma atividade física. Exemplo de atividade é um circuito mesclando exercício aeróbico e exercício localizado.
Para o sétimo ano os alunos devem retomar sobre os tipos de exercícios, as principais alterações fisiológicas (batimento cardíaco, alteração da respiração),
quais os benefícios a saúde, e como os exercícios realizados de forma inadequada pode prejudicar a saúde de quem a prática.
(CG.EF67EF11.s). Experimentar, fruir e recriar danças urbanas, identificando seus elementos
constitutivos (ritmo, espaço, gestos).
(CG.EF67EF12.s). Planejar e utilizar estratégias para aprender elementos constitutivos das
danças urbanas.
(CG.EF67EF13.s). Diferenciar as danças urbanas das demais manifestações da dança,
Danças Danças urbanas;
valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes grupos
sociais.
(CG.EF67EF30.n). Experienciar gestos, espaços e ritmos relacionados às danças urbanas.
(CG.EF67EF31.n). Vivenciar individualmente e/ou em grupo diversos movimentos e
coreografias das danças urbanas.
Recomendações:
A dança urbana teve seu expoente principalmente nos Estados Unidos e foi disseminado por todo mundo. Suas principais características são passos fortes,
sincronizados e harmoniosos. Os principais estilos são: Funk, Hip Hop, Breaking, House Dance House, entre outros.
Para o sexto ano apresentar os diferentes tipos de estilos, discutir sobre o histórico da dança, e juntamente com os alunos escolher um estilo para ser
trabalhado.
No sétimo ano ampliar os conhecimentos sobre os estilos de dança urbana, e propor para os próprios alunos criem suas coreografias.
(CG.EF67EF14.s). Experimentar, fruir e recriar diferentes lutas do Brasil, valorizando a
própria segurança e integridade física, bem como as dos demais.
Lutas Lutas do Brasil; (CG.EF67EF15.s). Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas do Brasil, respeitando o
colega como oponente.
(CG.EF67EF16.s). Identificar as características (códigos, rituais, elementos técnico-táticos,

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LINGUAGENS

indumentária, materiais, instalações, instituições) das lutas do Brasil.


(CG.EF67EF17.s). Problematizar preconceitos e estereótipos relacionados ao universo das
lutas e demais práticas corporais, propondo alternativas para superá-los, com base na
solidariedade, na justiça, na equidade e no respeito.
(CG.EF67EF32.n). Conhecer e analisar a história das lutas no contexto social, político,
econômico e cultural no Brasil.
(CG.EF67EF33.n). Conhecer tipos de lutas, suas influências e origens.
(CG.EF67EF34.n). Vivenciar e problematizar as diferentes habilidades motoras e
capacidades físicas na prática das lutas.
Recomendações: Com o sexto ano identificar as principais lutas que foram implantadas no Brasil, quais lutas são olímpicas, se tem alguma luta que tem
origem no nosso país. Trabalhar alguns movimentos existentes nas lutas e que podem melhorar o condicionamento físico. Exemplo: diferentes tipos de chutes.
No sétimo trabalhar jogos de oposição, identificar diferentes materiais que se utilizam nas lutas.
(CG.EF67EF18.s). Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aventura urbanas,
valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais.
(CG.EF67EF19.s). Identificar os riscos durante a realização de práticas corporais de aventura
urbanas e planejar estratégias para sua superação.
(CG.EF67EF20.s). Executar práticas corporais de aventura urbanas, respeitando o patrimônio
público e privado e utilizando alternativas para a prática segura em diversos espaços.
Práticas corporais de aventura urbanas e (CG.EF67EF21.s). Identificar a origem das práticas corporais de aventura e as possibilidades
Práticas corporais
na natureza; de recriá-las, reconhecendo as características (instrumentos, equipamentos de segurança,
de aventura
indumentária, organização) e seus tipos de práticas.
(CG.EF67EF35.n). Compreender a origem das práticas corporais de aventura, suas
indumentárias, equipamentos, medidas de segurança e regras.
(CG.EF67EF36.n). Associar a prática corporal de aventura na natureza e urbanas com a
sustentabilidade, a preservação e a contemplação ambiental.
(CG.EF67EF37.n). Conhecer os riscos durante a realização de práticas corporais de aventura
na natureza e planejar estratégias para sua superação.
Recomendações:
Práticas corporais de aventura urbanas e na natureza são atividades como: Skete, Rapel, Parlour, Base Jumping, Paintball, Buildering, Slackline, entre
outras.
Para o sexto e sétimo ano recomenda-se a escolha de propostas adequadas e possíveis para vivência na escola, resinificando os espaços para sua prática.

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8º e 9º ANOS – EDUCAÇÃO FÍSICA

OBJETOS DE CONHECIMENTO
UNIDADES
(CONHECIMENTOS DA CULTURA HABILIDADES
TEMÁTICAS
CORPORAL)
Brincadeiras e
Jogos de salão; (CG.EF89EF38.n). Conhecer a pluralidade de conhecimentos acerca dos jogos de salão.
jogos
Recomendações:
Os jogos de salão conhecidos também como jogos de mesa, são materiais que podem ser utilizados tanto em ambientes abertos como em sala de aula. Os jogos
de salão são: bozó, baralho, ludo, uno, dama, xadrez, dominó, jogo de vareta, entre outros.
Para o oitavo ano formar grupo explicar as regras dos jogos e deixar os alunos jogarem os jogos que mais interessá-los.
Para o nono ano pode-se fazer um circuito de jogos ou pequenos campeonatos entre os colegas ou entres diferentes salas.
(CG.EF89EF01.s). Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e fruir os
esportes de rede/parede, campo e taco, invasão e combate, valorizando o trabalho coletivo
e o protagonismo.
(CG.EF89EF02.s). Praticar um ou mais esportes de rede/parede, campo e taco, invasão e
combate oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas.
(CG.EF89EF03.s). Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e
táticos, tanto nos esportes de campo e taco, rede/parede, invasão e combate como nas
Esportes de rede/parede;
modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica.
(CG.EF89EF04.s). Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais,
Esportes de campo e taco;
combinações táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas praticadas, bem
Esportes
como diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das
Esportes de invasão;
categorias de esporte: rede/parede, campo e taco, invasão e combate.
(CG.EF89EF05.s). Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo e
Esportes de combate;
discutir alguns de seus problemas (doping, corrupção, violência etc.) e a forma como as
mídias os apresentam.
(CG.EF89EF06.s). Verificar locais disponíveis na comunidade para a prática de esportes e
das demais práticas corporais tematizadas na escola, propondo e produzindo alternativas
para utilizá-los no tempo livre.
(CG.EF89EF39.n). Compreender o sistema músculo-esquelético e sua relação com o
movimento nas práticas esportivas.
Recomendações:
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LINGUAGENS

Esportes de campo e taco são modalidades que tem por finalidade fazer pontos rebatendo uma bola o mais longe possível ou tentar fazer pontos. Exemplos:
beisebol, críquete, tacobol.
Para o oitavo ano é importante atividades que levem os alunos a conhecerem os esportes de campo e taco assim como desenvolver habilidades técnicas para
conseguir realizar os esportes de campo e taco.
Para o ano nono o professor deve ampliar as atividades de conhecimento por meio de diferentes tipos de pesquisa, além de informar sobre as regras do jogo.
Para o nono ano os alunos podem criar e recriar os jogos de campo e taco.
Esportes de rede/parede tem como finalidade lançar, bater ou arremessar a bola ou outro objeto para o campo do adversário, podemos citar alguns exemplos:
vôlei, vôlei de areia, tênis de mesa, tênis, peteca, badminton, entre outros.
Para o oitavo ano deve-se aprimorar habilidades técnicas e táticas dos alunos com o objetivo de que os mesmos possam praticar esses esportes.
No nono ano incentivar os alunos criar novas regras, novas formas de jogar o esporte de rede e parede.
Esporte de invasão: tem como objetivo invadir o campo adversário a fim de fazer pontos. Exemplos: basquete, futebol, handebol, futsal, futebol americano,
pólo aquático, entre outros.
Para o oitavo ano é interessante que os alunos aprimorem habilidades técnicas e táticas, assim como pesquisar sobre a influências desses esportes na cultura
brasileira.
No nono ano incentivar os alunos criar novas regras, novas formas de jogar o esporte de invasão.
Esportes de combate: são também conhecidos como as lutas, que serão mais detalhados na unidade temática de lutas.
(CG.EF89EF07.s). Experimentar e fruir um ou mais programas de exercícios físicos,
identificando as exigências corporais desses diferentes programas e reconhecendo a
Ginástica de condicionamento físico; importância de uma prática individualizada, adequada às características e necessidades de
cada sujeito.
Ginástica de conscientização corporal; (CG.EF89EF08.s). Discutir as transformações históricas dos padrões de desempenho,
saúde e beleza, considerando a forma como são apresentados nos diferentes meios
Ginásticas
(científico, midiático etc.).
(CG.EF89EF09.s). Problematizar a prática excessiva de exercícios físicos e o uso de
medicamentos para a ampliação do rendimento ou potencialização das transformações
corporais.
(CG.EF89EF10.s). Experimentar e fruir um ou mais tipos de ginástica de conscientização
corporal, identificando as exigências corporais dos mesmos. .
Recomendações:
A ginástica de condicionamento físico serve principalmente para melhorar a resistência cardiorrespiratória, tônus muscular, alongamento, flexibilidade,
prepara o corpo para atividades esportivas. Na escola essa atividade deve ser planejada com o objetivo de o aluno conhecer e reconhecer seu corpo durante
uma atividade física sistematizada. Para o oitavo ano pode por exemplo trabalhar um circuito funcional com os alunos.
No nono ano os alunos podem pesquisar sobre algumas modalidades de atividades de condiciomento físico, tais como: ginastica aeróbica, step, ginastica
localizada, entre outras. E os próprios alunos podem ministrar as atividades pesquisadas.

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Ginástica de conscientização corporal: são atividade que quando feitas levam a uma consciência sobre o próprio corpo, colabora para o relaxamento, o
equilíbrio físico e mental.
Para o oitavo ano o professor pode planejar essas aulas como uma forma do aluno se conhecer, perceber os movimentos corporais a respiração, os batimentos
cardíacos. Exemplo: apresentar os alunos alguns movimentos da ioga, e depois da atividade questiona-los de como sentiram os exercícios.
No nono ano mediar atividades que os alunos conheçam o maior número possível de atividade que levem a conscientização corporal, e que os alunos
escolham algumas atividades para ser feitas no final de cada aula.
(CG.EF89EF11.s). Experimentar, fruir e recriar danças de salão, valorizando a diversidade
cultural e respeitando a tradição dessas culturas.
(CG.EF89EF12.s). Planejar e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos
constitutivos (ritmo, espaço, gestos) das danças de salão.
Danças de salão; (CG.EF89EF13.s). Discutir estereótipos e preconceitos relativos às danças de salão e
Danças demais práticas corporais e propor alternativas para sua superação.
(CG.EF89EF14.s). Analisar as características (ritmos, gestos, coreografias e músicas) das
danças de salão, bem como suas transformações históricas e os grupos de origem.
(CG.EF89EF40.n). Vivenciar os conhecimentos sobre as danças, utilizando-as como forma
de expressão.
(CG.EF89EF41.n). Praticar o sentido de cooperação na vivência das danças circulares.
Recomendações:
A dança de salão, é uma forma de socialização, integração de entretenimento e estética. A dança de salão normalmente é praticada por um par de pessoas, são
muitas as modalidades de dança de salão, tais como: valsa, bolero, tango, forró, vanera, chamamé, entre outras.
No oitavo ano o professor pode planejar aulas nos quais os alunos possam se familiarizar com as modalidades de dança de salão, assim como as melodias,
ritmos, condução dos pares. Exemplo: conhecer a origem do forró, tipos de forró, ouvir músicas de forró, ensinar os passos nos quais os alunos possam
aprender os passos individualmente, por último formar os pares para dança forró.
No nono ano os alunos podem montar as coreografias, inventar passo, escolher as muitas, estilos, e ritmos a serem trabalhados.
(CG.EF89EF15.s). Experimentar e fruir a execução dos movimentos pertencentes às lutas
do mundo, adotando procedimentos de segurança e respeitando o oponente.
(CG.EF89EF16.s). Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas experimentadas,
Lutas do mundo; reconhecendo as suas características técnico-táticas.
Lutas
(CG.EF89EF17.s). Discutir as transformações históricas, o processo de esportivização e a
midiatização de uma ou mais lutas, valorizando e respeitando as culturas de origem.
(CG.EF89EF42.n). Problematizar valores, sentidos e significados das lutas do mundo.
(CG.EF89EF43.n). Conhecer os tipos de lutas do mundo, suas influências e origens.
Recomendações:
As lutas tem origens em diferentes países, e cada luta tem suas especificidades e técnicas. Alguns tipos de lutas são: Jiu Jitsu Brasileiro, karatê, kung fu, klav
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manga, boxe, luta greco-romana, judô, entre outras.


Com o oitavo ano identificar as principais lutas, origens e técnicas. Trabalhar alguns movimentos existentes nas lutas e que podem melhorar o
condicionamento físico. Exemplo: treinos de força para melhorar as técnicas de luta.
No nono reconhecer a filosofia que existe em algumas lutas, o respeito pelo adversário, o ganha e perder, além identificar diferentes materiais que se utilizam
nas lutas.
(CG.EF89EF18.s). Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aventura na
natureza, valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais,
respeitando o patrimônio natural e minimizando os impactos de degradação ambiental.
(CG.EF89EF19.s). Identificar riscos, formular estratégias e observar normas de segurança
para superar os desafios na realização de práticas corporais de aventura na natureza.
(CG.EF89EF20.s). Identificar as características (equipamentos de segurança, instrumentos,
indumentária, organização) das práticas corporais de aventura na natureza, bem como suas
transformações históricas.
Práticas corporais Práticas corporais de aventura urbanas e (CG.EF89EF44.n). Compreender a origem e as transformações históricas das práticas
de aventura na natureza; corporais de aventura, as indumentárias, os equipamentos, as regras, as medidas de
segurança e o impacto ao meio ambiente por meio dessas práticas.
(CG.EF89EF45.n). Valorizar e vivenciar de forma cooperativa e com segurança, as
práticas corporais de aventura ao ar livre, bem como em recintos fechados, na escola ou em
outros locais, superando desafios.
(CG.EF89EF46.n). Vivenciar e problematizar as diferentes habilidades motoras e
capacidades físicas nas práticas corporais de aventura no meio urbano e na natureza.
(CG.EF89EF47.n). Conhecer riscos, formular estratégias e observar normas de segurança
para superar os desafios na realização de práticas corporais de aventura no meio urbano.
Recomendações:
Nas práticas corporais de aventura para o oitavo ano estabelecer relações entre seu ensino e o trabalho didático com outras áreas, mediante proposta de
integração curricular, ênfase sobre a valorização e preservação ambiental.
No nono ano os alunos deverão analisar e compreender a importância de realizar a atividade de aventura com segurança, assim como saber quais acessórios e
equipamentos de segurança são usados na modalidade escolhida pelo professor.

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3. Educação Física – Educação de Jovens e Adultos (EJA)

O objetivo deste documento é propiciar aos docentes da área da educação física que
trabalham com a EJA (Educação de jovens e adultos), subsídios didáticos pedagógicos, tendo
como elemento norteador a BNCC (Base Nacional Comum Curricular).
Este documento, fruto de muito estudo e pesquisa envolvendo os professores e suas
experiências na Rede municipal de ensino de Campo Grande-MS, foi elaborado de forma que
os docentes possam ter um elemento norteador de suas práticas pedagógicas, bem como os
conteúdos necessários à uma ação mais eficaz no sentido de explicitar o conhecimento
necessário, visando uma educação pública de qualidade.
A educação física, segundo a BNCC (Base Nacional Comum), é o componente
curricular que tematiza as práticas corporais em suas diversas manifestações - formas de
codificação e significação social, entendidas como manifestações das possibilidades
expressivas do sujeito da ação (BNCC, 2018). Nesse sentido, o documento aproxima-se de
um diálogo mais próximo com o projeto político pedagógico das unidades escolares tendo
como pressuposto teórico e metodológico, ações emancipatórias dos sujeitos em seus
processos formativos (escolarização).
Considerando as especificidades da área, acredita-se que a educação física tenha um
papel fundamental nas ações didático-pedagógicas das unidades escolares que oferecem essa
modalidade de ensino. Um ensino que priorize aspectos educacionais envolvendo o corpo e o
movimento em diferentes contextos sociais de aprendizagem. Cabe à escola então, pensar esse
sujeito da ação educativa como um ser autônomo e participativo na sociedade.
No caso do ensino noturno, essas especificidades aparecem de forma significativa,
pois essa população muitas vezes são sujeitos com defasagem de idade e série/ano, isto é,
alunos que ficaram fora da escola por muitos anos e agora retornam aos bancos escolares.
O documento foi dividido por unidades temáticas de conhecimento, e desenvolvido a
partir da realidade local de cada unidade escolar. Acredita-se que o currículo nessa
modalidade de ensino possa criar espaços de diálogo e construção coletiva, no sentido de
explicitar o pensamento desses sujeitos numa perspectiva crítica e social. O currículo, por sua
vez, surge de contextos específicos, históricos e sociais, uma vez que emerge das
necessidades de construção do conhecimento na aprendizagem de seus atores principais
(alunos).

Fase inicial 1= FI.I


Fase inicial 2= FI.II
Fase Intermediária = FINT
Fase Final = FFIN

Exemplo CG.EF01GE01 CG.EJA.FI.I.EF01GE01.

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3.1. Objetos de conhecimento (conhecimentos da cultura corporal) e habilidades


FASE INICIAL I e II

OBJETOS DE CONHECIMENTO
UNIDADES
(CONHECIMENTOS DA HABILIDADES
TEMÁTICAS
CULTURA CORPORAL)
Atividades Lúdicas e jogos da cultura (CG.EJA.FI.I.I I.EF01EF01.s) Oportunizar e recriar diferentes atividades corporais e
popular jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional, reconhecendo e
Atividades Lúdicas e respeitando as diferenças individuais de desempenho dos colegas.
jogos Jogos cooperativos (CG.EJA.FI.I.II.EF01EF13.n) Dialogar e participar sobre as diferenças entre as
atividades lúdicas, exercícios físicos e o jogo.
Jogos de salão (CG.EJA.FI.I.II.EF01EF15.n) Socializar suas experiências nos diferentes modalidades
dos jogos de salão.
Modalidades Esportivas

Voleibol (CG.EJA.FI.I.II.EF01EF05.s) Conviver com seus pares e participar de diferentes


Basquetebol manifestações esportivas com diferentes atividades corporais.
Esportes Futsal (CG.EJA.FI.I.II.EF01EF06.s) Discutir a importância da observação das normas e das
Futebol regras dos esportes para assegurar a integridade própria e as dos demais participantes.
Basquetebol (CG.EJA.FI.I.II.EF01EF16.n) Dialogar as diferenças dos conceitos de jogo e esporte.
Handebol
ping pong
(CG.EJA.FI.I.II.EF01EF08.s) Estimular a capacidade corporal e estimular hábitos e
possibilidades das atividades físicas para preservação da qualidade de vida.
(CG.EJA.FI.I.II.EF01EF09.s) Participar da ginástica funcional, laboral e natural
identificando as potencialidades e os limites do corpo, e respeitando as diferenças
Ginásticas Atividades de Práticas Corporais individuais e de desempenho corporal.
Laboral – Funcional - Natural (CG.EJA.FI.I.II.EF01EF20.n) Socializar por meio das práticas corporais os
conhecimentos produzidos e respeitar as diferenças entre os pares.
(CG.EJA.FI.I.II.EF01EF21.n) Discutir os conceitos básicos e as contribuições das
práticas corporais no desenvolvimento do corpo em cada faixa etária.

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(CG.EJA.FI.I.II.EF01EF011.s) Vivenciar as diferentes manifestações do ritmo na


cultura corporal por meio das danças dentro do contexto comunitário e regional (rodas
Dança do Contexto Comunitário e cantadas, rítmicas e expressivas), respeitando as diferenças individuais e de
Danças Regional desempenho corporal.
(CG.EJA.FI.I.II.EF01EF012.s) Pontuar sobre os elementos constitutivos (ritmo,
Dança criativa espaço, gestos) das danças do contexto comunitário e regional, valorizando e
respeitando as manifestações de diferentes culturas.
(CG.EJA.FI.I.II.EF01EF25.n) Conhecer e explicar a diferença entre briga (conflito
agressivo) e luta (atividade corporal social/educativa).
Elementos básicos da luta
(CG.EJA.FI.I.II.EF01EF26.n) Dialogar sobre a importância do respeito aos
Lutas
fundamentos, valores e costumes das lutas.
Jogos de oposição
(CG.EJA.FI.I.II.EF01EF27.n) Realizar as aditividades corporais básicas das lutas e
suas contribuições no aspecto corpóreo.
(CG.EJA.FI.I.II.EF01EF28.n) Expressar as possibilidades de movimentos
características básicas das atividades de aventura, acercados da segurança e se
necessário os acessórios para sua prática.
(CG.EJA.FI.I.II.EF01EF29.n) Participar de forma cooperativa e com segurança
Práticas corporais de atividades de aventura urbanas e na natureza.
Práticas corporais de aventura urbanas
aventura (CG.EJA.FI.I.II.EF01EF30.n) Abranger a importância da valorização e da
e na natureza
conservação do meio ambiente nas áreas urbanas e na natureza.
(CG.EJA.FI.I.II.EF01EF31.n) Socializar as atividades de aventura urbanas e na
natureza a situações do cotidiano.
(CG.EJA.FI.I.II.EF01EF32.n) (Re)Conhecer as alterações fisiológicas na relação com
as práticas corporais de aventura.
Recomendações:
As turmas apresentam em seu contexto características específicas, pois a maioria são estudantes em defasagem de idade/ano que estão em fase de
alfabetização. Nesse sentido, os conteúdos de natureza conceitual e atitudinal fazem parte do rol de saberes do currículo nessa etapa de escolarização.
Nas diferentes unidades temáticas, orienta-se o trabalho didática, visando a compreensão sobre a importância da higiene, da hidratação corporal e da
alimentação saudável, sugerimos ainda o conhecimento das alterações fisiológicas na aprendizagem de todas as unidades temáticas.
Nos esportes, o ensino ocorrerá desde a sua lógica interna considerando o prazer em jogar ou praticar esportes, sem repetição de gestos técnicos. Além disso,
sugere-se a vivência e socialização dos pares. Recomenda-se ainda, a adaptação desses esportes possibilitando a inclusão de pessoas com deficiência, bem
como o conhecimento das modalidades paradesportivas e paralímpicas.
O trato pedagógico com o conhecimento da Ginástica parte da premissa de que os movimentos da ginástica geral, têm sentido e significado e propicia o
conhecimento do próprio corpo, suas limitações, alterações fisiológicas e possibilidades de realização dentro e fora da escola.

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LINGUAGENS

Nas Danças, faz-se necessário considerar e compreender o processo de criação dos gestos, com apropriação pelo aluno de sua livre expressão, de movimentos
sentidos e com significados, na criação de movimentos simples e na elaboração de sequências de movimentos complexos.

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LINGUAGENS

FASE INTERMEDIÁRIA

OBJETOS DE CONHECIMENTO
UNIDADES
(CONHECIMENTOS DA HABILIDADES
TEMÁTICAS
CULTURA CORPORAL)
(CG.EJA. FINT.EF02EF01.s) Participar, das possibilidades de jogos eletrônicos diversos.
Jogos eletrônicos (CG.EJA. FINT.EF02EF02.s) Partilhar e socializar as transformações nas características dos
jogos eletrônicos em função dos avanços das tecnologias.
Brincadeiras e (CG.EJA. FINT.EF02EF22.n) Abranger os diversos jogos de tabuleiro e suas contribuições
Jogos Jogos de tabuleiro no aspecto sóciocognitivo e conceituar sua valorização tanto como patrimônio cultural tanto
para sua preservação.
(CG.EJA. FINT.EF02EF23.n) Expressar a capacidade criativa, permitindo novas regras para
os jogos de tabuleiro, bem como a criação ou apresentação de novos jogos de tabuleiro.
(CG.EJA. FINT.EF02EF03.s) Valorizar o trabalho coletivo e as possibilidades do esporte em
todo seu contexto.
(CG.EJA. FINT.EF02EF04.s) Ofertar as práticas esportivas utilizando as contribuições do
mesmo com os aspectos afetivos, sociais, cognitivos e sociais com a inserção do uso das
habilidades técnico-táticas básicas e regras.
Modalidades Esportivas
(CG.EJA. FINT.EF02EF05.s) Abranger as estratégias para solucionar os desafios técnicos e
táticos do jogo esportivo.
Voleibol
(CG.EJA. FINT.EF02EF06.s) Participar das diversas manifestações corporais propiciada
Basquetebol
pela modalidade esportiva, assim como suas contribuições para saúde física e mental.
Futsal
(CG.EJA. FINT.EF02EF07.s) Socializar as alternativas para experimentação dos esportes
Futebol
Esportes não disponíveis e/ou acessíveis na comunidade e das demais práticas corporais tematizadas
Basquetebol
na escola.
Handebol
(CG.EJA. FINT.EF02EF25.n) Vivenciar o esporte com liberdade criativa, distanciada da
ping pong
lógica de rendimento ou resultado.
(CG.EJA. FINT.EF02EF27.n) Discutir e pontuar as experiências sobre a visão esportiva
propagada pela mídia.
(CG.EJA. FINT.EF02EF28.n) Apresentar os contextos históricos do esporte e suas
modalidades.
(CG.EJA. FINT.EF02EF34.n) (Re)conhecer as alterações fisiológicas durante e após a
prática esportiva.

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Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

(CG.EJA. FINT.EF02EF08.s) Participar dos exercícios físicos que solicitem diferentes


capacidades físicas, identificando seus tipos (força, velocidade, resistência, flexibilidade) e as
sensações corporais provocadas pela sua prática.
Ginástica de condicionamento físico
(CG.EJA. FINT.EF02EF09.s) Coletivamente construir os procedimentos e normas de
• Ginástica laboral
convívio que viabilizem a participação de todos na prática de exercícios físicos e atividades
Ginásticas • Ginásticas funcional
corpóreas que promovam a saúde.
• Ginástica natural
(CG.EJA. FINT.EF02EF10. Abranger as possibilidades corporais valorizando e desfrutando
das diferentes manifestações, rítmicas, expressivas e de atividades físicas coordenadas.
(CG.EJA. FINT.EF02EF38.n) Socializar e debater as manifestações da ginásticas construídas
historicamente.
(CG.EJA. FINT.EF02EF39.n) (Re)conhecer as alterações fisiológicas durante e após a
prática das ginásticas.
(CG.EJA. FINT.EF02EF11.s) Exercitar as atividades de consciência corporal (ritmo, espaço,
coordenação motora, motricidade, organização espaço-temporal, lateralidade equilíbrio e
gestos).
(CG.EJA. FINT.EF02EF12.s) Socializar os aspectos constitutivos das danças urbanas (locais,
Danças urbanas regionais e mundiais).
(CG.EJA. FINT.EF02EF13.s) Expressar as danças urbanas e suas manifestações, tal qual,
Danças Danças de matriz indígena e africana valorizar e respeitar os sentidos e significados atribuídos a elas por diferentes grupos sociais.
(CG.EJA. FINT.EF02EF40.n) Praticar a dança como forma de comunicação que expressa
Danças Folclóricas sentidos e valores por meio do corpo.
(CG.EJA. FINT.EF02EF42.n) Abranger o contexto histórico e social em que as diferentes
Danças Regionais danças se constituem.
(CG.EJA. FINT.EF02EF43.n) Compreender e identificar as alterações fisiológicas durante e
após a prática das danças.
(CG.EJA. FINT.EF02EF14.s) Contextualizar e socializar os conhecimentos das lutas do
Brasil, com segurança e integridade física.
(CG.EJA. FINT.EF02EF17.s) Expressar as contribuições das lutas tanto nas questões éticas
Lutas do Brasil como também nos aspectos das atividades corporais.
Lutas
(CG.EJA. FINT.EF02EF47.n) abranger as diferentes habilidades motoras e capacidades
Lutas de matriz indígena e africana físicas na prática das lutas.
(CG.EJA. FINT.EF02EF49.n) (Re)conhecer as alterações fisiológicas durante e após a
prática das lutas.
(CG.EJA. FINT.EF02EF19.s) Expressar estratégias para ampliar as atividades físicas que
Práticas corporais Práticas corporais de aventura urbanas promovam uma melhor qualidade de vida.
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LINGUAGENS

de aventura (CG.EJA. FINT.EF02EF50.n) Participar de práticas corporais e atividades físicas que


estimulem as capacidades físicas, mentais e sociais.
(CG.EJA. FINT.EF02EF51.n) Abranger as práticas corporais de aventura urbanas com a
sustentabilidade, a preservação e a contemplação ambiental.
(CG.EJA. FINT.EF02EF54.n) (Re)conhecer as alterações fisiológicas durante e após as
práticas corporais de aventura.
Recomendações:
As turmas apresentam em seu contexto características específicas, pois a maioria são estudantes em defasagem de idade/ano. Nesse sentido os conteúdos de
natureza conceitual e atitudinal fazem parte do rol de saberes do currículo nessa etapa de escolarização. Essa realidade, por sua vez, deve ser considerada, no
sentido de explicitar um currículo da diversidade.
Nas diferentes unidades temáticas, orienta-se o trabalho para compreensão sobre a importância da higiene, da hidratação corporal e da alimentação saudável.
Para aprofundar a compreensão da realidade social com vistas a sua transformação é necessário introduzir às práticas corporais, discussões acerca de questões
político-ideológicas, como a mercadorização, a espetacularização, a violência, entre outras. Pontua-se que os gestos técnicos não são retirados das aulas,
entretanto faz-se necessário enfatizar a relação do movimento com aspectos sociais e não a busca da aptidão física, a repetição do gesto motor. Isso significa
compreender que as técnicas também fazem parte da cultura da humanidade, por isso não devem ser marginalizadas.
Recomenda-se que o trabalho com as atividades lúdicas e jogos propicie o desenvolvimento da criatividade e compreensão da existência de outras formas de
diversão além das relacionadas às tecnologias digitais de informação e comunicação, que devido à ausência ou minimização de movimentos corporais podem
levar ao sedentarismo e outras doenças decorrentes. Destaca-se que essas práticas corporais sejam trabalhadas em perspectiva dialógica, cooperativa,
distanciadas da competição. Os jogos de tabuleiro e os jogos eletrônicos, a partir de uma abordagem pedagógica, devem propiciar os conhecimentos que
permeiam a cultura desses jogos. Faz-se necessário desmistificar a ideia de que sejam inseridos nos planos de aula, somente como alternativa para dias
chuvosos. Orienta-se que sejam ensinados mediante regras preestabelecidas ou criadas com coerência pelo grupo de alunos. Especificamente sobre os jogos
eletrônicos, como parte da cultura da sociedade, é relevante debater e problematizar também sobre a tecnologia e sua relação com o sedentarismo, a
priorização de diferentes meios eletrônicos no cotidiano. Em relação aos Esportes selecionados para este bloco de anos, isto é, os de marca, os de precisão, os
de invasão e os técnico-combinatórios, agrupados por sua lógica interna, apresentam-se como possibilidade de diversificar as modalidades esportivas no
processo de ensino e aprendizagem, uma vez que há o predomínio de modalidades esportivas convencionais, como o voleibol, o basquetebol, o futebol e o
handebol. Dessa forma orienta-se para não limitar o trabalho pedagógico a essas práticas, com vistas a ampliar os conhecimentos da cultura corporal dos
alunos, sem, no entanto, ter como foco a performance e a repetição dos gestos técnicos nas aulas. Sugere-se a adaptação desses esportes possibilitando a
inclusão de pessoas com deficiência, bem como o conhecimento das modalidades paradesportivas e paralímpicas.
Sugere-se que no trato com o conhecimento das Ginásticas, ampliem-se as reflexões sobre sua origem e desenvolvimento histórico, com vistas a propiciar a
compreensão dos objetivos, das concepções e métodos nos diferentes momentos da história. Orienta-se para as possibilidades de inclusão, trabalhos em grupo,
de criação de movimentos novos e espontâneos. A Ginástica geral como união de vários tipos de ginástica, também conhecida como Ginástica para todos,
deve permitir ao estudante, além da criação e vivência de diversos movimentos corporais em aula, trazer sentido e significado para esses movimentos,
distanciando-os da padronização ou performance. Na Ginástica de condicionamento físico recomenda-se o debate acerca de que sua prática pode ocorrer na
ausência de aparelhos e lugares específicos, isso implica na utilização de diferentes espaços na escola e fora dela. Sobre a Dança orienta-se para o trabalho de

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LINGUAGENS

forma contextualizada, por meio de atividades que possibilitem ao aluno diferentes capacidades, como por exemplo, a observação, a organização dos
movimentos para a criação de coreografias simples e complexas, inserindo temáticas oriundas do seu meio social. Como forma de comunicação, de expressão
corporal, deve propiciar ao estudante, exteriorizar sentidos e valores por meio do corpo e do gesto.
As danças urbanas, regionais, de matriz indígena e africana, folclóricas e regionais, criadas a partir de determinados contextos histórico e cultural possuem
características e movimentos específicos a serem respeitados no processo de ensino e aprendizagem.

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LINGUAGENS

FASE FINAL

OBJETOS DE CONHECIMENTO
UNIDADES
(CONHECIMENTOS DA CULTURA HABILIDADES
TEMÁTICAS
CORPORAL)
(CG.EJA. FFIN.EF02EF19.n) Abranger o contexto dos jogos como fenômenos culturais
suas manifestações, construídas historicamente pela humanidade.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF20.n) Socializar o entendimento das diferenças entre jogos
Jogos cooperativos cooperativos e jogos competitivos.
Atividades Lúdicas (CG.EJA. FFIN.EF02EF21.n) Praticar jogos de forma não competitiva, possibilitando a
e jogos Jogos eletrônicos criação de novas regras.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF22.n) Contextualizar a pluralidade de conhecimentos acerca dos
Jogos de salão e de tabuleiro jogos de salão e de tabuleiro.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF23.n) Perpassar possibilidades vivência e experiência dos jogos
eletrônicos.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF01.s) Participar de diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e
fruir os esportes de rede/parede, campo e taco, invasão e combate, valorizando o trabalho
coletivo e o protagonismo.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF02.s) Praticar um ou mais esportes de rede/parede, oferecidos
pela escola, valendo-se das habilidades técnico-táticas básicas construídas no processo do
desenvolvimento físico-motor de cada um.
Esportes de rede/parede (CG.EJA. FFIN.EF02EF03.s) Abranger estratégias para solucionar os desafios técnicos e
táticos nos esportes de campo, rede/parede e invasão como nas modalidades esportivas
Esportes de campo e taco escolhidas para praticar de forma específica.
Esportes
(CG.EJA. FFIN.EF02EF05.s) Contextualizar os contextos históricas do esporte e discutir
Esportes de invasão alguns de seus problemas (doping, corrupção, violência etc.) e a forma como as mídias os
apresentam esses conjuntos.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF25.n) Expressar os esportes e seus aspectos cognitivos, sociais,
afetivos e motores com liberdade criativa, distanciada da lógica de rendimento e resultado,
de forma a compreender, questionar e criticar regras, técnicas e o emprego do pensamento
tático.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF28.n) Perpassar e vivenciar as alterações fisiológicas durante e
após a prática dos esportes.
Ginásticas (CG.EJA. FFIN.EF02EF07.s) Participar das práticas corporais desses diferentes
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LINGUAGENS

Ginástica de condicionamento físico programas reconhecendo a relevâncias das mesmas nos aspectos individualizados e
adequada às características e necessidades de cada estudante.
 Ginástica laboral (CG.EJA. FFIN.EF02EF08.s) Socializar os conhecimentos das transformações históricas
dos padrões de desempenho, saúde e beleza, considerando a forma como são apresentados
nos diferentes meios (científico, midiático etc.).
Ginástica de conscientização corporal (CG.EJA. FFIN.EF02EF10.s) Praticar tipos de ginástica de expressão corporal e
identificar as necessidades corporais individualizadas.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF11.s) Abranger as diferenças e semelhanças entre a ginástica de
Ginástica Geral conscientização corporal e as de condicionamento físico.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF31.n) Participar de forma livre e criativa das possibilidades da
ginástica, de acordo com as a interação social.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF35.n) (Re)conhecer e vivenciar as alterações fisiológicas durante
e após a prática das ginásticas.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF12.s) Participar e recriar danças de salão, valorizando a
diversidade cultural e respeitando a tradição dessas culturas.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF13.s) Integrar estratégias para se apropriar dos elementos
constitutivos (ritmo, espaço, gestos) das danças de salão.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF15.s) Abranger as características (ritmos, gestos, coreografias e
músicas) das danças de salão, bem como suas transformações históricas e os grupos de
Danças de salão
Danças origem.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF36.n) Apresentar e discutir os contexto e aspectos histórico-
Danças circulares
culturais das danças.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF38.n) Praticar o sentido de cooperação na vivência das danças
circulares.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF39.n) (Re)conhecer e vivenciar as alterações fisiológicas durante
e após a prática das danças.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF41.n) Apresentar e discutir os tipos de lutas do mundo, suas
influências e origens.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF17.s) Perpassar estratégias básicas das lutas experimentadas,
reconhecendo as suas características técnico-táticas.
Lutas (CG.EJA. FFIN.EF02EF18.s) Contextualizar as transformações históricas, da luta como
Lutas do mundo esporte cultural, assim como, valores, sentidos e significados das mesmas.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF42.n) Praticar as diferentes habilidades motoras e capacidades
físicas na prática das lutas.
(CG.EJA. FFIN.EF02EF44.n) (Re)conhecer e vivenciar as alterações fisiológicas durante
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LINGUAGENS

e após a prática das lutas.


Recomendações:
As turmas apresentam em seu contexto características específicas, pois a maioria são estudantes em defasagem de idade/ano. Nesse sentido os conteúdos de
natureza conceitual e atitudinal fazem parte do rol de saberes do currículo nessa etapa de escolarização. Essa realidade, por sua vez, deve ser considerada, no
sentido de explicitar um currículo da diversidade.
Nas diferentes unidades temáticas, orienta-se o trabalho para compreensão sobre a importância da higiene, da hidratação corporal e da alimentação saudável.
Na possibilidade do trabalho com aparelhos tecnológicos, celulares, computadores conectados em rede na sala de informática, pesquisas em ambiente WEB,
criação de produções colaborativas, multimodais na WEB 2.0, insere-se discussões sobre as práticas corporais com foco na influência tecnológica e midiática.
Além disso, nesse bloco de anos recomenda-se relacionar os conhecimentos da cultura corporal com o mundo do trabalho.
Tanto nas atividades lúdicas, como nos jogos, é necessário analisar e vivenciar com ênfase a cooperação ao invés da busca da vitória a qualquer custo.
Nos Esportes, proporcionar o estudo das diversas categorias esportivas, para além das modalidades esportivas convencionais, futebol, voleibol, basquetebol e
handebol, com vistas a ampliar o campo de estudo, sem deixar de estabelecer relações entre aspectos e temáticas sociais. Esportes possibilitando a inclusão de
pessoas com deficiência, bem como o conhecimento das modalidades paradesportivas e paralímpicas.
Nas Ginásticas, com a vivência de atividades físicas atuais, relacionadas a diversas áreas, circo, praças, academias, é importante o estudo desses ambientes
com os elementos dessa prática corporal, a análise histórica, social, econômica, para a reflexão e atuação crítica do aluno na sociedade. Além disso, associar
seus conhecimentos com temas contemporâneos, o uso de recursos estéticos, medicamentos, cirurgias, com vistas à melhora de performances e na busca de
determinados padrões de beleza. Sobre as atividades circenses, distanciadas da performance, orienta-se o trabalho com diferentes elementos oriundos do
circo, a partir da vivência prática e discussões sobre seu conceito.
Nas Danças, analisar sua história, a atuação de grupos sociais, os elementos e aspectos rítmicos, a relação com temáticas sociais, influência midiática e
mercadológica.
Nas Lutas é importante discutir sobre a tendência da ênfase midiática à determinadas modalidades em detrimento de outras, a desigualdade de oportunidades,
a dificuldade na aquisição de patrocínios, o trato e a desvalorização social entre os praticantes de diferentes grupos sociais. Além das disputas, discriminação
de modalidades entre si, a importância dessa prática corporal para as comunidades periféricas mediante trabalhos voluntários de combate a violência e demais
mazelas sociais.

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

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1287-1302, set./dez. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/ scielo.php?pid=S0101-
73302007000400002&script=sci_arttext.>Acesso em 16 de ago. de 2019.

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

LÍNGUA INGLESA

Adriana Assis Silva Nery


Marcia Rozeli Antunes da Silva
Maria das Dores Dias Acosta
Thaissa Moreira Prado

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

1. Localização histórica e teórica do componente curricular Língua Inglesa no Brasil e


na Rede Municipal de Ensino (REME)

“Um povo que não se preocupa em preservar sua memória, perde-se na história e se
aniquila a curto prazo, na sua cultura.”
Paulo José de Oliveira

Considerando a contemporaneidade como um período de constante inovação


tecnológica e intensa globalização, mediar o ensino e a aprendizagem da língua inglesa dos
alunos da Rede Municipal de Ensino (Reme), de maneira satisfatória, é uma tarefa que exige
constante atualização.
A língua inglesa oportuniza acesso a novas possibilidades de conhecimento e
qualificação no campo do trabalho. Nessa perspectiva, esse idioma funciona como um
instrumento que permite ao indivíduo traçar caminhos transformadores no seu próprio
processo de desenvolvimento, tornando essencial esse aprendizado.
Com os adventos tecnológicos e a disseminação de informação, a língua inglesa
tornou-se utilizada em muitos países, mesmo naqueles que não a tem como primeira língua ou
língua oficial. Nesse contexto, esse idioma expandiu-se para o mundo todo, por isso, há
necessidade de se criar meios mais oportunos que possam vir a favorecer o ensino e a
aprendizagem dessa língua.
Além disso, o conhecimento da língua inglesa também promove a integração entre
diferentes culturas e sociedades e proporciona ao aprendiz o desenvolvimento da valorização
do outro e de sua cultura, compreendendo as diferenças e colocando-se como agente de seu
próprio conhecimento.
Partindo dessa reflexão, vale descrever um pouco sobre o percurso histórico de como a
língua inglesa está presente no contexto educacional brasileiro desde a sua implantação oficial
no currículo escolar, que ocorreu com a chegada da família real portuguesa ao Rio de Janeiro
em 1808.
Após a Proclamação da República, em 1889, as Línguas Inglesa e Alemã passaram a
ser ofertadas de forma optativa nos currículos das escolas brasileiras. Posteriormente, no ano
de 1942, Latim, Francês e Inglês eram matérias presentes na grade curricular do antigo
Ginásio.

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Após isso, as LDBs de 1961 e 1971 não contemplaram línguas estrangeiras no


currículo, deixando a cargo dos estados a opção pela inclusão nas últimas quatro séries do
ginásio.
Na Reme, conforme consta no Referencial Curricular da Rede Municipal de Ensino do
3º ao 9º ano do ensino fundamental - Vol. II - Língua Portuguesa, Educação Física, Língua
Estrangeira e Artes (2008, p. 121-128), o componente curricular Língua Inglesa foi ofertado
pela primeira vez no ano de 1965, na 3ª série, e em 1966, foi ampliado para a 4ª série do
ensino fundamental.
Desde sua implementação, o componente curricular Língua Inglesa passou por
diversas mudanças e adequações, mas permaneceu na grade curricular da Rede Municipal de
Ensino de Campo Grande. Em 1987, essa disciplina não foi mais ofertada na 5ª e 6ª séries, e
sim na 7ª e 8ª séries do ensino fundamental, com apenas uma aula semanal.
No ano de 1990, a carga horária de Língua Inglesa foi ampliada para duas aulas
semanais nas escolas da Rede Municipal e, nesse mesmo ano, foi criado o Laboratório de
Currículo da Reme. Somente em 1992, esse laboratório passou a ter uma professora para
assessorar, pedagogicamente, os professores de tal disciplina. Em agosto desse mesmo ano,
foi elaborado o projeto de implantação do Centro de Estudos de Inglês Intensivo, que foi
criado pela Secretaria de Educação e Cultura (Semed).
A partir disso, a Língua Inglesa não foi mais ofertada nas escolas, mas somente nesse
centro, onde os alunos das escolas de 1º e 2º graus da Reme poderiam frequentar. Porém, o
projeto teve curta duração, pois no ano de 1993, esse centro foi desativado.
Com a mudança na LDB de 1996, determinando a obrigatoriedade do ensino de uma
língua, a partir da 5ª série do ensino fundamental, houve mudança na oferta do ensino das
línguas estrangeiras nas escolas da Reme.
Em 1998, foi elaborada a Diretriz Curricular de Língua Estrangeira, em que Língua
Inglesa fazia parte da grade curricular de 5ª a 8ª série e Língua Espanhola de 5ª a 6ª série. As
escolas da Reme poderiam optar por uma dessas disciplinas, conforme disponibilidade de
professores habilitados na área.
A partir do ano 2006, a Lei nº 11.274 alterou o ensino fundamental para nove anos,
portanto mudou-se a nomenclatura de séries para anos. Assim, o componente curricular
Língua Inglesa passou a ser oferecido do 6º ao 9º ano.
No ano de 2017, com a aprovação da BNCC, a língua inglesa é definida como
componente curricular obrigatório a ser ensinado a partir do 6º ano do ensino fundamental –

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

anos finais. Sendo assim, a partir do ano de 2020, com a implantação da BNCC, a língua
inglesa passa a ser o idioma estrangeiro ofertado em todas as unidades escolares da Reme.
Durante esse percurso histórico do ensino de línguas estrangeiras, muitos métodos,
abordagens e técnicas foram desenvolvidos, por exemplo: Método gramática-tradução,
Método direto, Audiolingual, Silent way, Suggestopedia, Community language learning, Total
physical response, Communicative language teaching (LARSEN-FREEMAN, 2000). Cada
um desses buscava aprimorar algo que não foi contemplado no método anterior.
A fim de atingir objetivos pedagógicos, o professor poderia utilizar as atividades
propostas pelo método. O método gramática-tradução, por exemplo, tinha como objetivo
ajudar os alunos a ler e apreciar a literatura em língua estrangeira. Por esse motivo, o
professor valia-se de atividades de tradução de textos clássicos. Já, o Communicative
language teaching buscava desenvolver a competência comunicativa. Dessa forma, o docente
desenvolvia atividades como encenação de diálogos, jogos e atividades para completar
espaços (information gaps).
Atualmente, o ensino de línguas passa por um período denominado pós-método. De
acordo com Kumaravadivelu (1994), a condição do pós-método empodera seus praticantes a
construir teorias baseadas em suas práticas. Assim, oferece autonomia ao professor para que
ele possa criar e observar ações bem-sucedidas em sua sala de aula.
Kumaravadivelu (2006b) ainda acrescenta que é necessário que sejam levadas em
consideração as dimensões políticas, culturais, sociais e linguísticas ao ensinar uma língua.
Tais premissas também se encontram presentes na BNCC pela forma como propõe o ensino
de língua inglesa.
Nessa perspectiva, o ensino da Língua Inglesa na Rede Municipal de Ensino de
Campo Grande passa a ser ofertado de acordo com as proposições recomendadas na BNCC.

1.1. Identificação das concepções de ensino do componente curricular Língua Inglesa e


suas articulações com as teorias da aprendizagem

É possível notar que, com a expansão da língua inglesa (LI) no mundo, muitas
denominações surgiram, dentre as quais temos: inglês como língua franca; inglês como língua
estrangeira; inglês como segunda língua; world englishes; inglês como língua internacional;
e, inglês como língua global. Cada nomenclatura carrega consigo diferentes focos. Seguindo

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

essa perspectiva, a BNCC prioriza a função social e política do inglês e, por isso, passa a
tratá-lo como língua franca. Ao entendê-la dessa forma, devemos observar duas implicações.
A primeira diz respeito a reconhecer que o status de língua franca não é uma variedade
linguística (BERNS, 2011). Considerar essa dimensão da língua inglesa resulta em entender
que não há um padrão de língua a ser seguido e, portanto, não há uma única pronúncia correta
da língua inglesa. Por esse motivo, é preciso repensarmos a ideia de que há apenas duas
variantes de prestígio na língua inglesa.
A segunda implicação é que o conceito de língua franca está relacionado a “qualquer
uso do inglês entre falantes de diferentes línguas maternas” (SEIDLHOFER, 2011). Ou seja,
quando falantes de diversas línguas utilizam o inglês com o propósito de comunicação, estão
usando a língua em seu caráter de língua franca. Em um estudo realizado por Kachru (1985)
foi detectado que a maior parte de usuários de língua inglesa não é falante nativo.
Além disso, a BNCC também considera que, ao adotar o status de língua franca, deve-
se também ampliar a visão de letramentos para a de multiletramentos, já que “saber a língua
inglesa potencializa as possibilidades de participação e circulação (verbal, visual, corporal,
audiovisual), em um contínuo processo de significação contextualizado, dialógico e
ideológico” (BRASIL, 2017).
O conceito de multiletramentos foi pensado por Cope & Kalantzis (2000),
participantes do New London Group, ao discutir as novas demandas da sociedade diante da
pedagogia dos letramentos em uma sociedade que naquela época estava em pleno processo de
mudança.
Para Cope & Kalantzis (2000), a noção de multiletramentos considera a língua e os
modos de produzir significados como dinâmicos e em constante reconstrução. Tal conceito
leva em consideração a multiplicidade de modos de significação que emergiram com o avanço
das tecnologias digitais. Dessa forma, os multiletramentos são assim entendidos, pois
articulam os campos/designs linguístico, sonoro, espacial, gestual e visual.
Para Rojo (2013), as novas mídias e tecnologias permitem usos concomitantes de
linguagens ou semioses diversas, proporcionando, assim, a possibilidade de (re)construção de
sentidos. A notícia em mídia digital, por exemplo, combina a escrita em hipertexto com fotos
e imagens, ou seja, os designs linguísticos, visual e espacial são articulados ao mesmo tempo
para produzir sentidos.
Pensando nisso, a teoria dos multiletramentos, propõe que sejam trabalhados, em sala
de aula, os gêneros que circulam nos meios digitais, e que os alunos já conheçam. Para que o

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

professor seja capaz de trabalhar com a pedagogia dos multiletramentos na escola, faz-se
necessária a escolha, primeiramente, de um texto multimodal.
A esse texto multimodal inicial, damos o nome de available design. Esse termo
representa um texto/fonte disponível para a produção de novos sentidos. Quando os alunos
apropriam-se desse design e transformam-no, temos os processos de designing e, por
conseguinte, the redesigned. O processo de designing diz respeito ao ato de reconstrução a
partir de um modelo já disponível. Já, o The redesigned refere-se ao produto final de todo este
processo (COPE & KALANTZIS, 2000).
Assim, o redesigned não se refere apenas ao ato de reprodução ou de algo totalmente
novo e criativo, mas sim de um processo de transformação tanto do texto/fonte quanto de seu
produtor de sentidos. Por meio desse processo, os aprendizes são capazes de reconstruir e
renegociar suas próprias identidades. Daí dizer que o conceito de multiletramentos não é
apenas um ato de reprodução. Por fim, ao realizar esse processo, o aluno produz, também, um
novo available design.
Dessa forma, é necessário que a escola atente-se às mudanças e necessidades da
sociedade contemporânea para proporcionar o desenvolvimento das habilidades e
competências necessárias no século XXI.

1.2. Avaliação da aprendizagem

O processo avaliativo não deve estar centrado no entendimento imediato pelo aluno
das noções em estudo, ou no entendimento de todos em tempos equivalentes.
Essencialmente, por que não há paradas ou retrocessos nos caminhos da
aprendizagem. Todos os aprendizes estão sempre evoluindo, mas em diferentes
ritmos e por caminhos singulares e únicos. O olhar do professor precisará abranger a
diversidade de traçados, provocando-os a progredir sempre (HOFFMANN, 2001, p.
47).

A concepção de avaliação, anteriormente mencionada é apontada no artigo 24 da Lei


de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) n. 9394/96, ao citar que a verificação
do rendimento escolar deve observar alguns critérios avaliativos, dentre eles, a “avaliação
contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas
finais” (BRASIL, 1996).
Tal conceito de avaliação permanente com a preponderância dos aspectos qualitativos
(que se preocupam com a qualidade do ensino e da aprendizagem), sobre os aspectos

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

quantitativos (voltados para a valorização de uma abordagem classificatória) é salientado na


BNCC ao enfatizar a importância do desenvolvimento das “competências (mobilização de
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida
cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho) nos alunos” (BRASIL,
2017).
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) evidencia a relevância da construção e
aplicação de procedimentos de avaliação formativa de processo ou de resultado que levem em
conta os contextos e as condições de aprendizagem, tomando tais registros como referência
para melhorar o desempenho da escola, dos professores e dos alunos (BRASIL, 2017).
Neste documento, a língua inglesa ganha o status de língua franca, assim como propõe
a ampliação da visão de letramento, ou melhor, dos multiletramentos nas escolas. Esse novo
modo de compreender o ensino e a aprendizagem do idioma resulta, também, em uma nova
concepção de avaliação.
Desse modo, os instrumentos de registro de informação do processo de aprendizagem
a serem utilizados pelo professor de Língua Inglesa devem estar articulados com as
habilidades e competências abordadas pela BNCC. Nesse sentido, Antunes (2009) corrobora
que:
A avaliação serve de referência para orientar as próximas decisões de quem ensina.
Ela confirma as suposições do professor, ou aponta as reformulações que precisam
ser feitas em seus projetos e planos de ensino, tem, portanto, uma função claramente
pedagógica no sentido de que possibilita uma visão de como está ocorrendo o
percurso do ensino. [...] Há, pois, na avaliação, um olhar que é retrospectivo – vê o
que foi feito antes - e outro prospectivo, que aponta para futuros rumos e futuras
opções (ANTUNES, 2009, p.220).

Ademais, a BNCC também aponta a necessidade de promover o desenvolvimento de


crianças e jovens em todas as suas dimensões: intelectual, física, emocional, social e cultural.
Isso quer dizer que além dos conhecimentos acadêmicos, torna-se necessário também
expandir a capacidade dos alunos para lidar com aspectos importantes para o século XXI,
como: autoconhecimento, emoções, empatia, comunicação, diversidade, ética,
responsabilidade, tecnologias, repertório cultural, consciência socioambiental, cidadania,
entre outros.
Esse direcionamento coincide com as características da avaliação formativa, uma vez
que essa avaliação está intrínseca no ato de ensinar, pois é realizada, ao longo de todo o
processo de ensino e de aprendizagem, por meio de diversos instrumentos e critérios
avaliativos com intuito de identificar se os conhecimentos propostos pelo professor foram

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

alcançados pelos estudantes, nas diferentes competências trabalhadas no processo de ensino e


de aprendizagem.
Conclui-se, assim, que as informações obtidas por meio do processo avaliativo, não só
cumprem o papel de efetuar mudança na prática do professor, auxiliando-o na retomada do
seu fazer pedagógico, como também orientam o aluno no seu processo de aquisição de
conhecimentos, pois é a partir dos dados obtidos que ele poderá fazer uma autoavaliação,
identificando seus avanços e necessidades, bem como as possíveis maneiras de superá-las.

1.3. Competências específicas de Língua Inglesa

Conforme definição na BNCC, “competência é a mobilização de conhecimentos


(conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e
valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania
e do mundo do trabalho" (BRASIL, 2017, p.8). Dessa maneira, por meio do componente
curricular Língua Inglesa, busca-se possibilitar ao aluno da Reme o desenvolvimento das
seguintes competências específicas:

1.3.1. Competências específicas de Língua Inglesa para o Ensino Fundamental (BNCC)

1. Identificar o lugar de si e o do outro em um mundo plurilíngue e multicultural,


refletindo, criticamente, sobre como a aprendizagem da língua inglesa contribui para a
inserção dos sujeitos no mundo globalizado, inclusive no que concerne ao mundo do
trabalho.
2. Comunicar-se na língua inglesa, por meio do uso variado de linguagens em mídias
impressas ou digitais, reconhecendo-a como ferramenta de acesso ao conhecimento,
de ampliação das perspectivas e de possibilidades para a compreensão dos valores e
interesses de outras culturas e para o exercício do protagonismo social.
3. Identificar similaridades e diferenças entre a língua inglesa e a língua materna/outras
línguas, articulando-as a aspectos sociais, culturais e identitários, em uma relação
intrínseca entre língua, cultura e identidade.
4. Elaborar repertórios linguístico-discursivos da língua inglesa, usados em diferentes
países e por grupos sociais distintos dentro de um mesmo país, de modo a reconhecer
a diversidade linguística como direito e valorizar os usos heterogêneos, híbridos e
multimodais emergentes nas sociedades contemporâneas.
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

5. Utilizar novas tecnologias, com novas linguagens e modos de interação, para


pesquisar, selecionar, compartilhar, posicionar-se e produzir sentidos em práticas de
letramento na língua inglesa, de forma ética, crítica e responsável.
6. Conhecer diferentes patrimônios culturais, materiais e imateriais, difundidos na língua
inglesa, com vistas ao exercício da fruição e da ampliação de perspectivas no contato
com diferentes manifestações artístico-culturais.

1.4. Estrutura do componente curricular Língua Inglesa

Este componente curricular para o ensino fundamental – anos iniciais e finais, está
organizado em um quadro que contém os seguintes itens: eixos, unidades temáticas, objetos
de conhecimento, habilidades, conhecimentos específicos e recomendações.
Assim, de acordo com a BNCC, a fim de garantir o desenvolvimento das competências
específicas da Língua Inglesa, este componente apresenta habilidades e “Essas habilidades
estão relacionadas a diferentes objetos de conhecimento – aqui entendidos como conteúdos,
conceitos e processos –, que, por sua vez, são organizados em unidades temáticas.” (BRASIL,
2017, p.28).
Também foram acrescentadas, no quadro, as colunas “Conhecimentos Específicos e
Recomendações”, que trazem algumas sugestões para auxiliar o professor em sua prática e no
desenvolvimento das habilidades.
Porém, o professor poderá desenvolver com os alunos outros conhecimentos
específicos que julgar importante, conforme necessidade dos educandos e da realidade de
cada unidade escolar. Entende-se que é nesse ambiente, em consonância com o Plano
Político-Pedagógico (PPP) da escola, que o currículo concretizar-se-á. Quanto às
recomendações, ficará a critério do professor, segui-las ou não as seguir.
Nos quadros de 1º ao 5º ano do ensino fundamental, algumas habilidades provenientes
do Referencial Curricular do Estado de Mato Grosso do Sul foram adotadas (exemplo:
CG.MS.EF01LI00.n.08.s). Portanto, não há uma sequência dos números das habilidades, visto
que, ao adotá-las, utilizou-se a nomenclatura desse referencial. Além disso, outras habilidades
foram criadas, seguindo a sequência numérica (exemplo: CG.EF01LI01.n).

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Por fim, vale ressaltar que a nova perspectiva para o ensino da língua inglesa tem
como foco o desenvolvimento de competências, habilidades, atitudes e valores e não apenas a
transmissão de conteúdos, centrado em tópicos gramaticais.

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

1.5. Habilidades e conhecimentos específicos

1º ANO - LÍNGUA INGLESA

Unidade Objeto do
Eixo Habilidade Conhecimentos específicos
temática conhecimento
(CG.EF01LI01.n) Comunicar-se em língua Saudações; cores; números (0-10); alfabeto;
Interação Vocabulários
inglesa fazendo uso de vocábulos relacionados membros da família; comida (frutas); animais de
discursiva cotidianos
ao cotidiano do aluno. estimação; brinquedos; formas.
Recomendações:
Os vocabulários propostos podem ser abordados de forma conjunta por meio dos objetos dos próprios alunos em atividades lúdicas e
dinâmicas. Assim, os brinquedos podem ser explorados, juntamente com as formas, as cores e os números, por exemplo. Além disso, o
professor também poderá fazer o uso de jogos mediados por tecnologias, games on-line e mini diálogos em vídeos.’
(CG.MS.EF01LI00.n.02.c) Propiciar repertório
Saudações; cores; números (0-10); alfabeto;
Interação Repertório lexical sociocultural por meio do uso de imagens,
membros da família; comida (frutas); animais de
discursiva e sociocultural flashcards ou vídeos, a fim de ampliar o
estimação; brinquedos; formas.
Oralidade vocabulário.
Recomendações:
O uso de imagens, flashcards e vídeos relacionados ao vocabulário proposto poderá ser utilizado a fim de que o aluno amplie seus
conhecimentos lexicais. Nesta etapa de ensino, faz-se importante o uso das imagens e palavras expostas na sala de aula. Além disso, os
jogos, tanto on-line quanto os de tabuleiro podem ser utilizados para fomentar a discussão sobre a escrita das palavras e seus sons em língua
inglesa.

Funções e usos da
(CG.MS.EF01LI00.n.03.c) Compreender as
língua inglesa em
Interação expressões em língua inglesa utilizadas em sala Comandos; ordens; expressões polidas (polite or
sala de aula
discursiva de aula a fim de estimular a comunicação entre not polite expressions).
(Classroom
professor-aluno e aluno-aluno.
language)

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Recomendações:
Os comandos utilizados em sala de aula devem ser pensados como prática social para que o aluno associe as palavras aos seus significados.
Assim, o professor poderá realizar atividades como: Simon says, circuitos motores, mímicas, música, entre outros.’

(CG.MS.EF01LI00.n.05.c) Fazer o uso de


Estratégias de leitura imagética em textos ou histórias
leitura com Compreensão literárias conhecidas na língua portuguesa Gêneros textuais (contos de fada, fábulas, HQs,
mediação do textual buscando relacioná-las à língua inglesa para tirinhas,
professor entendimento, compreensão e conhecimento das
Leitura novas palavras.
Recomendações:
Praticar leitura por meio da inserção de histórias já conhecidas na língua portuguesa, como The little red riding hood, The three little pigs,
The ugly duckling pode ajudar no aprendizado da língua alvo. O uso de fantasias, linguagem corporal e textos multimodais também são
recursos úteis neste processo.
Estratégias de Estratégias de (CG.EF01LI02.n) Reconhecer a grafia e o som
Alfabeto (som das letras).
escrita escrita das letras por meio de atividades lúdicas.

Escrita Recomendações:
Praticar leitura por meio da inserção de histórias já conhecidas na língua portuguesa, como The little red riding hood, The three little pigs,
The ugly duckling pode ajudar no aprendizado da língua alvo. O uso de fantasias, linguagem corporal e textos multimodais também são
recursos úteis neste processo.
(CG.MS.EF01LI00.n.08.s) Utilizar as diferentes
Presença da língua
A língua inglesa linguagens (corporal, musical, plástica, oral e
inglesa como
no cotidiano da escrita) ajustadas às intenções e situações de Cantigas de roda (nursery rhymes).
dimensão
criança comunicação de forma a compreender e ser
Dimensão intercultural
compreendido.
Intercultural
Recomendações:
Utilizar vídeos ou apresentações curtas que mostrem pessoas falando Inglês. Realizar jogos, encenações de diálogos, coreografias de
músicas e brincadeiras para que o aprendizado natural aconteça.

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

2º ANO - LÍNGUA INGLESA

Unidade Objeto do
Eixo Habilidade Conhecimentos específicos
temática conhecimento
(CG.EF02LI01.n) Comunicar-se em língua Saudações; alfabeto (soletrar); objetos escolares;
Interação Vocabulários
inglesa, fazendo uso de sons e vocábulos, de comidas e bebidas; números (0-20); sentimentos
discursiva cotidianos
modo a criar vínculo com a língua em questão. (happy or sad); adjetivos.
Recomendações:
Os vocabulários propostos podem ser trabalhados de forma lúdica e interativa por meio de atividades relacionadas a músicas, mini-
mercado, teatros ou vídeos, levando em consideração o meio em que as crianças convivem.
(CG.MS.EF02LI00.n.03.c) Construir repertório
lexical e sociocultural por meio de vocabulários Saudações; cores; números (0-10); alfabeto;
Interação Repertório lexical
e situações que envolvam interação discursiva membros da família; comida (frutas); animais de
discursiva e sociocultural
com o uso de imagens, flashcards a fim de estimação; brinquedos; formas.
construir novos conhecimentos.

Oralidade Recomendações:
O uso de imagens e flashcards pode estar relacionado a nursery rhymes, canções folclóricas ou jogos valendo-se de situações de
aprendizagem reais. Assim, o professor poderá utilizar, também, objetos e materiais pertencentes ao cotidiano do aluno ou até mesmo
realizar picnics.

Funções e usos da
língua inglesa em (CG.MS.EF02LI00.n.04.c) Compreender as
Interação Comandos; ordens; expressões polidas (polite or
sala de aula expressões em língua inglesa utilizadas em sala
discursiva not polite expressions).
(Classroom de aula a fim de estimular a comunicação.
language)

Recomendações:
Os comandos utilizados em sala de aula devem ser pensados como prática social a fim de que o aluno associe as palavras aos seus
significados. Assim, o professor poderá realizar atividades como: Simon says, circuitos motores, mímicas, música, entre outros.

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

(CG.MS.EF02LI00.n.06.c) Analisar textos ou


histórias literárias conhecidas na língua
Estratégias de Compreensão
portuguesa, buscando relacioná-las à língua Gêneros textuais.
leitura textual
inglesa para entendimento, compreensão e
conhecimento das novas palavras.
Recomendações:
A prática da contação de histórias já conhecidas na língua portuguesa, bem como de histórias de contextos próprios da cultura inglesa
desempenha um papel importante na aquisição da língua inglesa. Assim, realizar a leitura de histórias já conhecidas na língua portuguesa,
como Cinderella, Pinocchio, Snow white e valer-se delas pode ajudar no aprendizado da língua-alvo. Por meio das histórias, os conteúdos
já abordados em sala podem ser revisitados. Desta forma, os professores e os alunos podem criar fantoches e desenvolver a teatralidade,
por exemplo.
(CG.EF02LI02.n) Formular hipóteses sobre a
Leitura Hipótese sobre a
Estratégias de finalidade de um texto em língua inglesa, com
finalidade de um Gêneros textuais.
leitura base em sua estrutura, organização textual e
texto
pistas gráficas com o auxílio do professor.
Recomendações:
Sugere-se que os professores realizem a leitura compartilhada de textos curtos e que apresentem o vocabulário proposto.
Saudações; alfabeto (soletrar); objetos escolares;
Vocábulos (CG.EF02LI03.n) Relacionar as imagens à
Leitura visual comidas e bebidas; números (0-20); sentimentos
cotidianos grafia do vocabulário proposto.
(happy or sad); adjetivos.
Recomendações:
O estudo do vocabulário proposto de forma lúdica, interativa e informal, utilizando recursos visuais, tais como: flashcards, memory games,
picture dictionary, cartazes, desenhos, jogo da forca, stop, entre outros.
(CG.MS.EF02LI00.n.08.c) Vivenciar situações
Estratégias de Uso da linguagem de uso da escrita por meio de atividades lúdicas
Escrita Escrever listas de palavras.
escrita (pré-escrita) e informais além do uso de recursos midiáticos,
associando grafia, imagem e som.

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Recomendações:
O uso da linguagem por meio da escrita é importante para estabelecer conexões entre a grafia, imagem e som às palavras. A fim de
desenvolver a escrita da língua inglesa, sugere-se a utilização do alfabeto móvel, dominó de imagens, atividades de tracejado, editor de
texto, hangman, entre outros.

(CG.MS.EF02LI00.n.09.s) Identificar os
Estudo do léxico Numbers (0 - 20) valores numéricos para utilizá-los em contextos Números (0 - 20).
variados.

Recomendações:
O trabalho em equipe, com o uso de jogos de tabuleiro e jogos/ aplicativos on-line, além de atividades que integrem a matemática, favorece
a identificação e utilização adequada dos valores numéricos, em contextos variados reais e/ou imagéticos, que incluam o uso de dinheiro.
Conhecimentos
Linguísticos
(CG.MS.EF02LI00.n.10.c) Indicar
Adjetivos (good, bad, short, tall, big, small,
Gramática Adjetivos características de colegas, família e objetos em
entre outros).
inglês para descrever as qualidades.

Recomendações:
O estudo de características a respeito dos colegas, famílias e objetos em situações reais é importante para a ampliação de vocabulário. Para
tanto, sugere-se a utilização de pequenas frases relacionadas aos personagens dos textos literários que estão sendo lidos, bem como a
utilização do Show and tell.

A língua inglesa
Presença da (CG.EF02LI04.n) Identificar a presença da
no cotidiano da
língua inglesa no língua inglesa na sociedade brasileira e seus Vocabulário; expressões.
sociedade
cotidiano significados.
Dimensão brasileira
Intercultural
Recomendações:
Utilizar vídeos ou apresentações curtas que apresentem diversas práticas de linguagens. Dessa forma, podem-se trabalhar as quatro
habilidades do idioma por meio de jogos, nursery rhymes, role play e brincadeiras para que o aprendizado natural aconteça.

159
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

3º ANO - LÍNGUA INGLESA

Unidade Objeto do
Eixo Habilidade Conhecimentos específicos
temática conhecimento
Gostos e aversões (likes and dislikes); números
cardinais (0-30); números ordinais (first, second,
(CG.EF03LI01.n) Comunicar-se em língua
Interação Vocabulários third); minha casa (partes da casa e mobília);
inglesa, fazendo uso de sons e vocábulos, de
discursiva cotidianos adjetivos; estações do ano (clima e
modo a criar vínculo com a língua em questão.
temperatura); disciplinas escolares; horário
escolar.
Recomendações:
O docente poderá trabalhar as quatro habilidades do idioma de forma lúdica e interativa a fim de desenvolver o vocabulário proposto.

Days of the week,


Interação Months of the (CG.EF03LI02.n) Utilizar expressões em língua Dias da semana; meses do ano; horário escolar
Oralidade discursiva year, School inglesa que indiquem períodos cronológicos. (school schedule).
schedule

Recomendações:
O professor poderá utilizar o calendário referente ao diário de sala para indicar os days of the week, months of the year e school schedule,
bem como utilizá-lo para informar eventos, datas comemorativas.
Gostos e aversões (likes and dislikes); números
(CG.MS.EF03LI00.n.04.c) Construir repertório cardinais (0-30); números ordinais (first, second,
Interação Repertório lexical lexical e sociocultural por meio de pequenos third); minha casa (partes da casa e mobília);
discursiva e sociocultural diálogos e com uso de imagens, flashcards a adjetivos; estações do ano (clima e
fim de construir novos conhecimentos. temperatura); disciplinas escolares; horário
escolar.

160
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Recomendações:
Utilizar imagens, frases, vídeos ou outros recursos midiáticos que são considerados ferramentas significativas no processo de correlação de
sentido às palavras.

Funções e usos da
língua inglesa em (CG.MS.EF03LI00.n.05.c) Compreender as
Interação
sala de aula expressões em língua inglesa utilizadas em sala Comandos; ordens; expressões.
discursiva
(Classroom de aula a fim de estimular a comunicação.
language)
Recomendações:
Os comandos utilizados em sala de aula devem ser pensados como prática social a fim de que o aluno associe as palavras aos seus
significados. Assim, o professor poderá trabalhar com as expressões: “Can I go to the restroom?”, “How can I say… in English?”, “May I
drink some water?”, entre outras. O professor também poderá estimular o uso das “magic words” (please, thank you, sorry, welcome,
congratulations, entre outras) em sala de aula para desenvolver os valores morais por meio da prática comunicativa diária.
(CG.MS.EF03LI00.n.07.c) Analisar textos ou
histórias literárias conhecidas na língua
Estratégias de Estratégias de
portuguesa buscando relacioná-la à língua Gêneros textuais.
leitura leitura
inglesa para entendimento e conhecimento em
seu sentido global.
Leitura
Recomendações:
A prática de leituras imagéticas de histórias já conhecidas na língua portuguesa, bem como de histórias de contextos próprios da cultura
inglesa desempenha um papel importante na aquisição da língua inglesa. Nesse contexto, realizar a leitura de histórias já conhecidas na
língua portuguesa, como The Wizard of Oz , Snow white, Peter Pan e valer-se dos gêneros já conhecidos pelos alunos pode ajudar no
aprendizado da língua- alvo.
Days of the week,
(CG.MS.EF03LI00.n.08.c) Desenvolver
Práticas de months of the Dias da semana; meses do ano; horário escolar
Escrita calendário diário de sala para contextualizar
escrita year, school (school schedule).
vocábulos e expressões em Inglês.
schedule

161
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Recomendações:
Utilizar calendário para escrever as disciplinas do dia, informar aniversários e datas comemorativas relacionadas ao cotidiano do aluno.

Gostos e aversões (likes and dislikes); números


(CG.MS.EF03LI00.n.09.s) Identificar e utilizar cardinais (0-30); números ordinais (first, second,
Estratégias de corretamente o vocabulário oferecido, third); minha casa (partes da casa e mobília);
Uso da linguagem
escrita aplicando-o em contextos de atividades adjetivos; estações do ano (clima e
escritas. temperatura); disciplinas escolares; horário
escolar.
Recomendações:
Utilizar jogos de palavras móveis, cruzadinhas, scrabble, jogo da memória com palavras e imagens, hangman, The last is the first, entre
outros, para que o aluno possa estabelecer relação entre os sons e a escrita.

(CG.MS.EF03LI00.n.10.s) Identificar e utilizar


Gramática Numbers (0-30) os valores numéricos para aplicá-los em Números (0- 30).
contextos diversos.

Recomendações:
O trabalho em equipe, com o uso de jogos de tabuleiro e jogos/ aplicativos on-line, além de atividades que favoreçam a identificação e
utilização adequada dos valores numéricos em contextos variados reais e/ou imagéticos, que incluam o uso de dinheiro (moedas e notas
Conhecimentos impressas).
Linguísticos
Adjetivos (good, bad, short, tall, big, small,
(CG.EF03LI03.n) Estabelecer características de
Gramática Adjectives beautiful, ugly, nice, boring, clean, dirty entre
acordo com o conteúdo trabalhado.
outros).

Recomendações:
O estudo de características a respeito dos colegas, famílias e objetos em situações reais é importante para a ampliação de vocabulário. Para
tanto, sugere-se a utilização de frases relacionadas aos personagens dos textos literários que estão sendo lidos, bem como a utilização do
Show and tell e I spy.

162
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Verbos que expressam rotinas: get up, get


(CG.EF03LI04.n) Construir repertório lexical
Gramática Routine verbs dressed, wash face, brush teeth, brush hair, eat,
relativo à rotina.
drink, take a shower.

Recomendações:
Sugere-se o uso de aplicativos e jogos on-line, bem como o uso de flashcards, imagens, vídeos e músicas, propondo situações em que os
alunos possam interagir. O professor também poderá mediar a confecção de “schedule” em que os alunos possam apresentar suas
atividades diárias semanais. Nesse sentido, caso seja possível, o estudo do vocabulário relacionado aos horários pode ser praticado e
interligado aos verbos de rotina e aos tópicos lexicais.

(CG.EF03LI05.n) Avaliar, problematizando


A língua inglesa
Repertório lexical elementos/produtos culturais de países de
no cotidiano da Datas comemorativas; feriados.
e sociocultural língua inglesa absorvidos pela sociedade
Dimensão criança
brasileira/comunidade.
Intercultural
Recomendações:
Relacionar as datas comemorativas e feriados com o seu cotidiano por meio de atividades lúdicas e interativas no decorrer do ano letivo.

163
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

4º ANO - LÍNGUA INGLESA

Unidade Objeto do
Eixo Habilidade Conhecimentos específicos
temática conhecimento
Lugares na cidade (around town); meios de
(CG.MS.EF04LI00.n.02.c) Interagir em língua
Interação transporte; corpo humano; roupas e acessórios;
Vocabulário inglesa fazendo uso de sons e vocábulos de
discursiva números (0-50); atividades de lazer (leisure
modo a criar vínculo com a língua em questão.
activities); direções (directions); modal can.
Recomendações:
O docente poderá trabalhar as quatro habilidades do idioma para desenvolver o vocabulário proposto por meio de atividades lúdicas e
interativas a fim de oportunizar o aprendizado significativo dos alunos.
(CG.MS.EF04LI00.n.04.c) Propiciar repertório
Lugares na cidade (around town); meios de
lexical e sociocultural por meio de pequenos
Interação Repertório lexical transporte; corpo humano; roupas e acessórios;
diálogos, imagens, flashcards, textos e filmes
discursiva e sociocultural números (0-50); atividades de lazer (leisure
como processo de aprendizagem a fim de
activities); direções (directions); modal can.
construir novos conhecimentos.
Oralidade
Recomendações:
O trabalho em equipe poderá ser realizado com o intuito de explorar diálogos sobre os locais na cidade, mapas, vídeos, entre outros. A
complexidade do estudo deve ser gradativa, de modo a desenvolver o pensamento crítico.
Funções e usos da
(CG.MS.EF04LI00.n.05.c) Utilizar as
língua inglesa em
Interação expressões em língua inglesa em sala de aula
sala de aula Comandos; ordens; expressões; requisições.
discursiva para conversas formais e informais além de
(Classroom
fazer solicitações de forma polida.
language)

Recomendações:
Trabalho em duplas ou em grupo, associado aos recursos visuais, audiovisuais, multimodais e midiáticos contribui para a assimilação das
funções de uso da língua e de interação, possibilitando conhecer as expressões que denotem pedidos de forma polida, importantes para
motivar a comunicação. Sugerem-se as expressões: “What does _____ mean?” , “Can you repeat, please?” , “Excuse-me” , “Can you
164
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

borrow _________, please?”. Com isso, o professor irá trabalhar as quatro habilidades do idioma, levando em consideração as
especificidades dos estudantes.

(CG.EF04LI01.n) Identificar o assunto de um


Estratégias de Compreensão texto, reconhecendo sua organização textual e Gêneros textuais, skimming, scanning e
leitura textual palavras cognatas a fim de compreender seu estratégias de leitura.
sentido global.
Leitura Recomendações:
A abertura para novas possibilidades de leitura viabiliza o conhecimento de novos vocábulos e maior compreensão da finalidade de textos
diversificados em seu sentido global. Assim, sugere-se que os professores trabalhem por meio de gêneros textuais, como bilhete, histórias
em quadrinhos, tirinhas, receitas, entre outros. Para auxiliar nesse processo, o professor também poderá trabalhar com textos não verbais e
gestos.
(CG.MS.EF04LI00.n.08.s) Identificar e utilizar Lugares na cidade (around town); meios de
Estratégia e corretamente o vocabulário oferecido, transporte; corpo humano; roupas e acessórios;
Uso da linguagem
prática de escrita aplicando-o em contextos de atividades escritas números (0-50); atividades de lazer (leisure
como pequenos diálogos e/ou historinhas. activities); direções (directions); modal can.
Escrita
Recomendações:
Atrelado ao eixo leitura, pode-se desenvolver atividades baseadas nos gêneros lidos e que sejam lúdicas, dinâmicas e diversas em
diferentes suportes, proporcionando assim o uso dos vocábulos adquiridos no decorrer do ano letivo. Os recursos midiáticos são
instrumentos que possibilitam motivação para aprendizagem e para uso dos diversos vocábulos.

(CG.MS.EF04LI00.n.09.s) Propiciar
Gramática Direções lateralidade de modo a nortear o sujeito quanto Direções (directions).
Conhecimentos a sua localização.
Linguísticos
Recomendações:
Essa habilidade pode ser desenvolvida em conjunto com os componentes curriculares de educação física, matemática, história e geografia,
viabilizando a consolidação da aprendizagem de maneira lúdica e dinâmica. Pode-se utilizar mapa tanto físico quanto on-line, guias

165
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

turísticos, maquetes entre outros.

(CG.MS.EF04LI00.n.10.s) Conhecer e aplicar a


Verbos no imperativo: turn right, turn left, walk,
Gramática Forma imperativa forma imperativa para expressar ordens e
go ahead, cross, entre outros.
orientar em relação aos comandos e direções.

Recomendações:
Essa habilidade pode ser desenvolvida utilizando mapas físicos ou on-line e folders que contenham pequenos mapas.
(CG.EF04LI02.n) Utilizar as preposições de
Gramática Prepositions lugar para indicar localização em mapas e Preposições de lugar.
informar direções.
Recomendações:
Essa habilidade pode ser desenvolvida em conjunto com as habilidades anteriores.
(CG.MS.EF04LI00.n.12.s) Identificar e utilizar
Modal can –
Gramática o verbo modal can, de modo a expressar Modal can (ability).
ability
habilidades.
Recomendações:
Essa habilidade pode ser desenvolvida por meio de jogos on-line ou de tabuleiro, músicas vídeos, atividades lúdicas, find someone who
can… viabilizando a construção de situações reais, de forma a expressar habilidades, possibilidades/impossibilidades, voltadas ao
autoconhecimento, respeito, à aceitação e valorização do outro.
(CG.MS.EF04LI00.n.13.s) Identificar e utilizar
Gramática Numbers (0-50) os valores numéricos para aplicá-los em Números (0-50).
contextos diversos.
Recomendações:
O uso de e jogos/aplicativos on-line e atividades que integrem a língua inglesa e a matemática, favorece a identificação e utilização
adequada dos valores numéricos em contextos variados reais e/ou imagéticos. Além disso, o professor também poderá desenvolver

166
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

atividades, como simulação de pagamento de meio de transporte, entradas de locais, compras de objetos, entre outras.

(CG.EF04LI03.n) Identificar a presença da


A língua inglesa língua inglesa na sociedade
Presença da
no cotidiano da brasileira/comunidade (palavras, expressões, Esferas de circulação da língua inglesa.
língua inglesa
criança suportes e esferas de circulação e consumo) e
seu significado.
Recomendações:
Sugere-se que essa habilidade seja desenvolvida por meio de pesquisas e da observação das crianças acerca da presença da língua inglesa
Dimensão no seu cotidiano.
Intercultural
(CG.EF04LI04.n) Avaliar, problematizando
A língua inglesa Produtos culturais provenientes de países
Presença da elementos/produtos culturais de países de
na sociedade falantes da língua inglesa; identificar a presença
língua inglesa língua inglesa absorvidos pela sociedade
brasileira da língua inglesa na sociedade brasileira.
brasileira/comunidade.

Recomendações:
Refletir sobre a presença de bens culturais produzidos por países falantes da língua inglesa é de grande valia para a construção de repertório
sociocultural dos educandos.

167
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

5º ANO - LÍNGUA INGLESA

Unidade Objeto do
Eixo Habilidade Conhecimentos específicos
temática conhecimento
(CG.EF05LI01.n) Aplicar os conhecimentos da Informações pessoais (name, age, likes and
Interação Informações língua inglesa para falar de si, explicitando dislikes, feelings, sports, routine, entre outros);
discursiva pessoais informações pessoais e características expressões de tempo (telling time); verbos que
relacionadas a gostos, preferências e rotinas. expressam rotinas.
Recomendações:
Sugere-se que os professores realizem atividades comunicativas a fim de que os alunos compreendam e forneçam informações pessoais
como, nome, idade, gostos, preferências, entre outros, a fim de promover o autoconhecimento, autoaceitação e empatia. Para tanto,
recomenda-se a realização de atividades que promovam a interação entre os alunos, como entrevistas, atividades em duplas ou grupos,
produção de vídeos, entre outros. Além disso, o professor também poderá realizar brincadeiras, jogos e atividades que simulem perfis de
internet para que os alunos possam interagir com os colegas.

(CG.MS.EF05LI00.n.03.c) Propiciar repertório Hobbies; atividades do final de semana;


Oralidade Interação Repertório lexical lexical e sociocultural por meio de pequenos números (0-100); países e nacionalidades;
discursiva e sociocultural diálogos, imagens, flashcards, textos e filmes a profissões; lugares na escola; disciplinas
fim de construir novos conhecimentos. escolares..

Recomendações:
O uso de imagens, frases, músicas, vídeos ou outros recursos midiáticos são significativos no processo de correlação de sentido às palavras.
Além disso, o professor poderá também realizar atividades dinâmicas, de entrevistas, produção de vídeos, games, entre outros.
Funções e usos da
(CG.EF05LI00.n.04.c) Utilizar as expressões
língua inglesa em
Interação em língua inglesa em sala de aula para Comandos, ordens, expressões, requisições,
sala de aula
discursiva conversas formais e informais além de fazer imperativo.
(Classroom
solicitações de forma polida.
language)

168
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Recomendações:
O trabalho em duplas/coletivo, associado aos recursos visuais, audiovisuais, multimodais e midiáticos, é ferramenta que contribui para a
assimilação das funções de uso da língua e de interação, de modo a conhecer as expressões que denotem pedidos de forma polida,
importantes para motivar a comunicação. Sugerem-se as expressões: “What does _____ mean?”, “Can you repeat, please?”, “Excuse-
me”, “Can you borrow _________, please?” Com isso, o professor irá trabalhar as quatro habilidades do idioma, levando em
consideração as especificidades dos estudantes. A fim de trabalhar com os comandos, o professor poderá valer-se de atividades dinâmicas,
jogos ou situações em que os alunos possam utilizar a língua.

(CG.EF05LI02.n) Reconhecer, com o apoio de Hobbies; atividades do final de semana;


Estratégias de
Compreensão palavras cognatas e pistas do contexto números (0-100); países e nacionalidades;
compreensão de
oral discursivo, o assunto e as informações profissões; lugares na escola; disciplinas
vocabulários
principais em textos orais em sala de aula. escolares.

Recomendações:
O uso do vocabulário desenvolvido em sala de aula auxilia tanto na consolidação da aprendizagem quanto no desenvolvimento da
habilidade de compreensão oral.

(CG.EF05LI03.n) Ler textos de gêneros


Gêneros textuais; estratégias de leitura
Estratégias de Compreensão diversificados em língua inglesa para a
(skimming, scanning, reading for general
leitura textual aquisição de novos vocabulários e
comprehension).
compreensão do sentido global.

Recomendações:
Participar de rodas de leitura, ler histórias sobre tópicos conhecidos e ler textos que contenham figuras, imagens ou ilustrações oportuniza o
Leitura conhecimento de novos vocábulos e uma maior compreensão do sentido global do texto, propiciando o despertar do raciocínio lógico,
inovação, experimentação e desenvoltura na comunicação. Nesse sentido, o professor poderá valer-se de leitura compartilhada, fichas de
leitura, fantoches e histórias em vídeo para auxiliar na aquisição dos novos vocabulários e também na compreensão do sentido global do
texto.
(CG.MS.EF05LI00.n.07.s) Interagir na língua
Estratégias de inglesa por meio de recursos midiáticos (apps,
Mídias sociais Gêneros textuais; games; apps.
leitura games, emoticons) de modo a criar vínculo
com a língua em questão.

169
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Recomendações:
A exploração em ambientes virtuais tais como: redes sociais, jogos, aplicativos diversos favorece uma aprendizagem significativa e lúdica
para construção do conhecimento em língua inglesa. Assim, sites e apps poderão ser utilizados pela turma a fim de estimular a interação
entre o aluno e a língua-alvo.
(CG.MS.EF05LI00.n.09.s) Identificar e utilizar Hobbies; atividades do final de semana;
Estratégias de corretamente o vocabulário oferecido, números (0-100); países e nacionalidades;
Uso da linguagem
escrita aplicando-o em contextos de atividades escritas profissões; lugares na escola; disciplinas
como pequenos diálogos e /ou histórias. escolares.
Recomendações:
Atividades lúdicas e dinâmicas diversas são fundamentais para proporcionar a identificação e utilização dos vocabulários experimentados
Escrita em ambiente escolar. Os recursos multimodais e midiáticos são instrumentos que possibilitam a motivação para a aprendizagem e o uso dos
vocábulos.
Informações pessoais (name, age, likes and
(CG.EF05LI04.n) Escrever orações simples
Práticas de escrita Uso da linguagem dislikes, sports, routine, entre outros); verbo to
descrevendo detalhes pessoais e preferências.
be.
Recomendações:
Proporcionar situações de interação, como pequenos diálogos, bilhetes, panfletos, entre outros.
(CG.MS.EF05LI00.n.10.s) Identificar e utilizar
Gramática Numbers (0-100) os valores numéricos para aplicá-los em Números (0-100).
contextos diversos.
Recomendações:
Conhecimentos O trabalho em equipe, com o uso de jogos de tabuleiro e jogos/ aplicativos on-line, além de atividades que integrem a matemática,
Linguísticos favorecem a identificação e utilização adequada dos valores numéricos em contextos variados reais e/ou imagéticos, que incluam o uso de
dinheiro.
(CG.EF05LI05.n) Assimilar os verbos que Verbos que expressam rotinas: get up, get
denotem rotinas para a construção de um dressed, wash face, brush teeth, brush hair, eat,
Gramática Presente simples
repertório linguístico voltado à utilização de drink, take a shower, go to school, have lunch,
situações reais e habituais. have dinner, walk, play, entre outros.

170
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Recomendações:
Utilizar os verbos para descrever rotinas no tempo verbal do presente simples, promovendo a construção de um repertório linguístico que
permite a utilização de situações reais e habituais. Ressalta-se que para essa habilidade deverá ocorrer um processo gradativo
contextualizado provocando uma complexidade. Para desenvolver esta habilidade, sugere-se utilizar dominó de verbos, realizar games,
construir HQs para expressar situações reais da rotina dos alunos.
(CG.MS.EF05LI00.n.12.s) Conhecer e
Pronomes identificar os diferentes pronomes Pronomes interrogativos (what, who, where,
Gramática
interrogativos interrogativos, para perguntar a respeito de how, when, why).
pessoas, objetos, lugares ou causas.
Recomendações:
Essa habilidade pode ser desenvolvida com o eixo leitura, por meio de atividades de compreensão de histórias curtas. Ressalta-se que para
essa habilidade deverá ocorrer um processo gradativo contextualizado provocando uma complexidade. Sugere-se que esta habilidade seja
desenvolvida por meio das fichas de leitura, atividades interativas, entrevistas, vídeos, games, entre outros.
(CG.EF05LI06.n) Conhecer e identificar os
Pronomes Pronomes pessoais (I, he, she, it, we you, they);
Gramática diferentes pronomes pessoais, para perguntar a
pessoais verbo to be.
respeito de pessoas, objetos, lugares ou causas.
Recomendações:
Essa habilidade pode ser desenvolvida com os conhecimentos específicos das habilidades CG.EF05LI01.n, CG.MS.EF05LI00.n.03.c por
meio de atividades que promovam a interação entre os alunos.

(CG.EF05LI00.n.13.s) Refletir sobre a


A cultura da
influência da língua inglesa nos diversos países A presença da língua inglesa nos diversos
Interculturalidade língua inglesa nos
como forma de valorização da língua em países.
diversos países
questão.
Dimensão
Intercultural Recomendações:
A pesquisa sobre a influência da língua inglesa nos diversos países oportuniza uma visão de globalização da língua e promove a ampliação
e valorização do conhecimento de diversas culturas. Além disso, por meio da pesquisa, o estudante poderá visualizar e compreender as
diversas variantes da língua inglesa, desmistificando a ideia de certo e errado em relação à pronúncia.

171
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

6º ANO - LÍNGUA INGLESA

Objeto do
Eixo Unidade temática Habilidade Conhecimentos específicos
conhecimento
Verbo to be (formas afirmativa, negativa e
interrogativa e abreviações); pronomes
Construção de (CG.EF06LI01.s) Interagir em situações de pessoais; adjetivos possessivos (his, her);
Interação discursiva laços afetivos e intercâmbio oral, demonstrando iniciativa para informação pessoal (nome, idade, apelido, etc);
convívio social utilizar a língua inglesa. vocabulário referente a saudações, família,
numerais cardinais, expressões e pedidos
utilizados em sala de aula.
Recomendações:
Jogos (bingo, crosswords, entre outros), brincadeiras e dinâmicas que proponham situações de interação oral entre os educandos, para o
desenvolvimento de habilidades de comunicação. Utilizar imagens, músicas e vídeos que contemplem o conteúdo a ser trabalhado
(priorizar áudios produzidos por nativos da língua). Nestes momentos, inserir, rotineiramente, palavras e expressões na língua inglesa, que
expressem engajamento, ética, respeito, ajuda mútua.
Oralidade Verbo to be (formas afirmativa, negativa e
interrogativa e abreviações); pronomes
pessoais; adjetivos possessivos (his, her);
Construção de (CG.EF06LI02.s) Coletar informações do
palavras interrogativas; informação pessoal
Interação discursiva laços afetivos e grupo, perguntando e respondendo sobre a
(nome, idade, apelido, etc); vocabulário
convívio social família, os amigos, a escola e a comunidade.
referente a saudações, família, numerais
cardinais, expressões e pedidos utilizados em
sala de aula.
Recomendações:
Sugere-se a realização de atividades que proporcionem a interação oral entre educandos e educadores, como: entrevistas; find someone who.
Funções e usos (CG.EF06LI03.s) Solicitar esclarecimentos Alfabeto (spelling); expressões e pedidos
Interação discursiva da língua em língua inglesa sobre o que não entendeu e utilizados em sala de aula (comandos),
inglesa em sala o significado de palavras ou expressões disciplinas escolares, materiais escolares;

172
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

de aula desconhecidas. palavras interrogativas.


(Classroom
language)
Recomendações:
Atividades orais que estimulem os estudantes a perguntarem, fazendo uso do inglês, sobre o que não entenderam e sobre expressões que
gostariam de entender, fazendo uso de expressões interrogativas como, por exemplo: “How do you spell...?”, “How do you say...?”,
“What… ?”, “Why...?” etc.
Estratégias de
compreensão de
(CG.EF06LI04.s) Reconhecer, com o apoio de
textos orais:
palavras cognatas e pistas do contexto Estratégias de compreensão de textos orais:
palavras
Compreensão oral discursivo, o assunto e as informações palavras cognatas e falsos cognatos, pistas do
cognatas e
principais em textos orais sobre temas contexto discursivo.
pistas do
familiares.
contexto
discursivo
Recomendações:
Realizar atividades nas quais os alunos tenham a chance de ouvir a língua inglesa em tempo real e/ou por meio de material gravado. Usar
textos curtos com temáticas conhecidas pelos alunos, previsíveis e, preferencialmente, autênticos. Se possível, utilizar textos com
ilustrações.
(CG.EF06LI05.s) Aplicar os conhecimentos
Produção de Verb to be; presente simples; adjetivos
da língua inglesa para falar de si e de outras
textos orais, possessivos; vocabulário referente à rotina
Produção oral pessoas, explicitando informações pessoais e
com a mediação diária, família, cores, animais (pets), comidas,
características relacionadas a gostos,
do professor roupas.
preferências e rotinas.
Recomendações:
Demonstrar para os estudantes como fazer apresentação simples, enfatizando gostos, preferências (comida etc.) e situações rotineiras,
estimulando-os a fazer as suas próprias apresentações. Realizar atividades orais, como “talk show”, produções teatrais, entre outras.

Produção oral Produção de (CG.EF06LI06.s) Planejar apresentação sobre Verbo to be; presente simples; adjetivos
textos orais, a família, a comunidade e a escola, possessivos; vocabulário referente a membros

173
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LINGUAGENS

com a mediação compartilhando-a oralmente com o grupo. da família, rotina familiar, cores, animais
do professor (pets), comidas, roupas.
Recomendações:
Propor situações orais simples, para que os estudantes relatem sobre as atividades corriqueiras de suas famílias, sobre sua escola e sobre a
comunidade em que vivem, estimulando reflexões sobre a importância do diálogo entre os familiares, da presença e responsabilidade da
família quanto ao aprendizado escolar e à inserção dos estudantes na sociedade.
(CG.EF06LI07.s) Formular hipóteses sobre a
Hipóteses sobre
finalidade de um texto em língua inglesa, com Reflexão crítica e interpretação de diferentes
Estratégias de leitura a finalidade de
base em sua estrutura, organização textual e gêneros textuais.
um texto
pistas gráficas.
Recomendações:
Atividades, com o auxílio e mediação do professor, que proponham levantar e confirmar hipóteses sobre os objetivos do texto, baseando-se
em seu conhecimento prévio, títulos, subtítulos, tabelas, figuras, cognatos e gênero textual. Podem-se propor atividades que abordem a
finalidade dos gêneros textuais como comic strips e memes.
Conhecimento da estrutura de gêneros textuais
Compreensão curtos, tais como anúncios, avisos, bilhetes,
geral e receitas, propagandas, textos para blogues,
Leitura (CG.EF06LI08.s) Identificar o assunto de um
específica: cartas, poemas, charges, fábulas, letras de
Estratégias de leitura texto, reconhecendo sua organização textual e
leitura rápida música, listas, manuais, mapas, mensagens de
palavras cognatas.
(skimming, textos, notas, notícias, poemas, propagandas;
scanning) cognatos e falsos cognatos; estratégias de
leitura: skimming e scanning.
Recomendações:
Utilização de textos significativos com palavras cognatas para o entendimento dos alunos e, se possível, com fotos ou ilustrações que
ajudam na interpretação. Também podem ser utilizados vídeos com legendas em inglês.
Compreensão
geral e (CG.EF06LI09.s) Localizar informações
Estratégias de leitura Estratégias de leitura: skimming e scanning.
específica: específicas em texto.
leitura rápida

174
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LINGUAGENS

(skimming,
scanning)
Recomendações:
Promover leituras de textos ou recortes simples e curtos, envolvendo diversos gêneros textuais (bilhetes, receitas, letras de músicas, charges
etc.) de ampla circulação social e adequados ao nível dos estudantes, para compreensão de informações sobre temas sociais (etnia, meio
ambiente, saúde, educação etc.) ou outros de interesse dos educandos, a partir da identificação de títulos, imagens, autoria, datas, números
etc. Também podem ser utilizados textos literários para estimular o imaginário dos alunos.
Construção de Estrutura dos diferentes tipos de dicionários
Práticas de leitura e repertório (CG.EF06LI10.s) Conhecer a organização de (impressos e on-line); classificação gramatical;
construção de lexical e um dicionário bilíngue (impresso e/ou on-line) fonética e ordem alfabética.
repertório lexical autonomia para construir repertório lexical.
leitora
Recomendações:
Propor atividades de investigação da estrutura dos diferentes tipos de dicionários (impressos e on-line) e de palavras sobre temáticas
transversais, eleitas previamente em sala de aula, para a ampliação vocabular e compreensão do mundo.
Construção de
Práticas de leitura e repertório (CG.EF06LI11.s) Explorar ambientes virtuais
Estrutura dos diferentes tipos de dicionários
construção de lexical e e/ou aplicativos para construir repertório
(impressos e on-line).
repertório lexical autonomia lexical na língua inglesa.
leitora
Recomendações:
Apresentar aos estudantes sites, fóruns, blogues, aplicativos etc. que possibilitem a ampliação vocabular, por meio da identificação de
palavras referentes a assuntos transversais e contextuais, por exemplo: culinária, música, comportamento, meio ambiente, participação da
família na escola, esporte, vestimenta, entre outros, em diferentes gêneros textuais.
Partilha de
Atitudes e (CG.EF06LI12.s) Interessar-se pelo texto lido,
leitura, com
disposições compartilhando suas ideias sobre o que o texto Estratégias de leitura: skimming e scanning.
mediação do
favoráveis do leitor informa/comunica.
professor

175
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Recomendações:
Discutir (fazendo uso de palavras e expressões em inglês) com os estudantes sobre temas de relevância social ou do interesse deles para, em
seguida, dividi-los em grupos e apresentar-lhes pequenos textos, de um gênero textual específico, para exploração da sua mensagem, por
meio da identificação dos cognatos, das palavras e expressões já conhecidas, do título e das imagens (se houver). Após isso, os estudantes
podem compartilhar oralmente as ideias sobre o texto lido.
Planejamento (CG.EF06LI13.s) Listar ideias para a
Estratégias de escrita: Autobiografia, mensagem de texto, bilhete,
do texto: produção de textos, levando em conta o tema
pré-escrita lista de compras, fanzine, convite, entre outros.
brainstorming e o assunto.
Recomendações:
Propor leitura e discussão de texto curto, de ampla circulação social e linguagem simples, que aborde temáticas transversais. Durante a
leitura, listar as palavras e expressões do texto, observando a forma como se comunicam as principais informações nele contidas. Assim, os
estudantes são orientados a deixar fluir ideias (brainstorm) sobre as informações do texto, associando à problemática dos seus contextos,
para produção de frases significativas, fazendo uso da língua inglesa. Os alunos também podem ser estimulados a produzir páginas em
inglês contendo autobiografia.
Planejamento
(CG.EF06LI14.s) Organizar ideias,
Estratégias de escrita: do texto: Gêneros textuais; linguagem verbal e não
selecionando-as em função da estrutura e do
pré-escrita organização de verbal.
Escrita objetivo do texto.
ideias
Recomendações:
Trabalhar texto de gênero específico (entrevista, bilhete, receita etc.), enfatizando a sua estrutura (parágrafos, imagens, título, autor etc.) e
finalidade, destacando os seus vocábulos e as suas expressões mais significativas. Os estudantes serão orientados a perceber, de forma
crítica, as diferentes formas de organização das ideias, para efetiva comunicação.
(CG.EF06LI15.s) Produzir textos escritos em
Produção de
língua inglesa (histórias em quadrinhos,
textos escritos,
cartazes, chats, blogues, agendas,
em formatos Pronomes pessoais (I, he, she, it, we you,
Práticas de escrita fotolegendas, entre outros), sobre si mesmo,
diversos, com a they); verbo to be.
sua família, seus amigos, gostos, preferências
mediação do
e rotinas, sua comunidade e seu contexto
professor
escolar.

176
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Recomendações:
Produção de autobiografia, mensagem de texto, bilhete, lista de compras, fanzine, convite, entre outros.
Vocabulários sobre expressões e pedidos para
a sala de aula; regras de sala de aula;
Construção de (CG.EF06LI16.s) Construir repertório relativo
expressões de polidez; pronomes
Estudo do léxico repertório às expressões usadas para o convívio social e
interrogativos; rotina diária e escolar;
lexical o uso da língua inglesa em sala de aula.
estabelecimentos da cidade; preposições de
lugares; família, entre outros.
Recomendações:
Fazer uso rotineiro, em sala de aula, de expressões e palavras em língua inglesa, usadas em situações que estimulem o processo de interação
social dos estudantes, dentro da sala de aula. Expressões usadas em situações de convívio podem ser ensinadas: “Thank you so much.”,
“Please, help me.” , “Be careful!” , “Listen to your friend, please.”, “I need you.”, “Let’s go together.”, “Sorry.” , “Thanks.”, “Please.”,
“Excuse me.”, “What does _____ mean?”, “How do you say _____ in English?”, “Can you repeat, please?” , “Can you borrow
_________, please?”, entre outras.
Vocabulários sobre expressões e pedidos para
Conhecimentos (CG.EF06LI17.s) Construir repertório lexical
Construção de a sala de aula; regras de sala de aula; rotina
Linguísticos relativo a temas familiares (escola, família,
Estudo do léxico repertório diária e escolar; lazer e esportes; família, entre
rotina diária, atividades de lazer, esportes,
lexical outros; pronomes interrogativos; preposições
entre outros).
de lugar.
Recomendações:
Revisar o vocabulário por meio de atividades e games em sala, como telefone sem fio, running dictation, words related to... , entre outros.

(CG.EF06LI18.s) Reconhecer semelhanças e Diferentes sotaques existentes no contexto de


diferenças na pronúncia de palavras da língua fala do português no Brasil e fora dele;
Estudo do léxico Pronúncia
inglesa e da língua materna e/ou outras fonemas das letras do alfabeto inglês; pares
línguas conhecidas. mínimos; entonação.

Recomendações:
Apresentar aos estudantes, por meio da própria fala ou por meio de vídeos (atividades com filmes falados em inglês e legendados em
português) e/ou áudios, que a língua inglesa também possui variações linguísticas.

177
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Presente Verbo to be (formas afirmativa, negativa e


simples e interrogativa); pronomes pessoais; presente
contínuo (CG.EF06LI19.s) Utilizar o presente do simples (formas afirmativa, negativa e
Gramática (formas indicativo para identificar pessoas (verbo to interrogativa); verbos que indicam rotinas
afirmativa, be) e descrever rotinas diárias. (wake up, take a shower, run, walk, get
negativa e dressed, read, talk, play, have lunch, entre
interrogativa) outros).
Recomendações:
Utilizar textos, recortes de textos, vídeos, áudios e simulações adequados ao nível de compreensão dos estudantes (cartão-postal, diálogo,
aviso, entrevistas), que abordam possibilidades de uso real do verbo to be, e do presente simples, em frases que promovam a identificação
de si, dos outros e de coisas em situações de rotina diária, preferencialmente em diferentes culturas.
Presente
simples e Verbo to be (formas afirmativa, negativa e
contínuo interrogativa); presente simples e contínuo
(CG.EF06LI20.s) Utilizar o presente contínuo
Gramática (formas (formas afirmativa, negativa e interrogativa);
para descrever ações em progresso.
afirmativa, vocabulário sobre rotina, disciplinas e objetos
negativa e escolares.
interrogativa)
Recomendações:
Montar um painel ilustrado das possíveis ações realizadas no ambiente escolar para produzir as frases e textos com o uso do presente
contínuo. Realizar atividades que utilizem o vocabulário com os nomes das diferentes disciplinas e objetos escolares, assim como de
espaços da escola: cantina, lanchonete, banheiros, quadra, entre outros.
(CG.EF06LI21.s) Reconhecer o uso do Imperativo (formas afirmativa e negativa);
Gramática Imperativo imperativo em enunciados de atividades, comandos e instruções simples, usados no
comandos e instruções. cotidiano de sala de aula.
Recomendações:
Demonstrar, por meio da fala, expressões imperativas e de instruções simples, usadas no cotidiano de sala de aula, por exemplo: “Speak in
English.”, “Open your book.”, “Speak aloud.”, “Copy this.”, “Write on the notebook.”, entre outras. Pode-se solicitar aos estudantes que,
posteriormente, produzam cartazes com frases contendo essas expressões e instruções.

178
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Caso genitivo (CG.EF06LI22.s) Descrever relações por meio Verbo to be; vocabulário referente a objetos
Gramática
(‘s) do uso de apóstrofo (’) + s. escolares, membros da família, entre outros.
Recomendações:
Atividades que demonstram situações de posse que envolvam os estudantes e seus objetos, fazendo uso do genitive case. Fazer isso
demonstrando a importância da ética e do respeito ao que pertence ao outro. Durante as demonstrações, os educandos serão estimulados a
se expressarem, denotando entendimento sobre como dizer que algo pertence a alguém ou esteja associado a algo.

Verbo to be; adjetivos possessivos;


Adjetivos (CG.EF06LI23.s) Empregar, de forma
Gramática vocabulário referente a objetos escolares,
possessivos inteligível, os adjetivos possessivos.
membros da família, entre outros.

Recomendações:
Criar situações de uso dos adjetivos possessivos em sala de aula, a partir de discussões que girem em torno da identificação de posse de
objetos de uso pessoal dos estudantes, respeitando os gostos e as preferências de cada um e compreendendo a importância da ética e do
respeito ao que é do outro.
Países que têm
(CG.EF06LI24.s) Investigar o alcance da
a língua inglesa Países falantes da língua inglesa, como
A língua inglesa no língua inglesa no mundo: como língua
como língua primeira e segunda língua; vocabulário sobre
mundo materna e/ou oficial (primeira ou segunda
materna e/ou países e nacionalidades.
língua).
oficial
Recomendações:
Dimensão Promover pesquisas e discussões sobre aspectos culturais específicos (festas típicas, vestimentas, clima, regime de governo etc.), de países
Intercultural falantes da língua inglesa, como primeira e segunda língua. Orientar os estudantes a apresentarem suas pesquisas por meio de cartazes,
slides e mapas fazendo uso de palavras e expressões em inglês. Realizar discussões que possibilitem a percepção dos estudantes sobre a
importância da língua inglesa como língua franca.

A língua inglesa no Presença da (CG.EF06LI25.s) Identificar a presença da Estrangeirismos/incorporação linguística;


cotidiano da língua inglesa língua inglesa na sociedade palavras universais; presença da língua inglesa
sociedade no cotidiano brasileira/comunidade (palavras, expressões, no cotidiano.
brasileira/comunidad suportes e esferas de circulação e consumo) e

179
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

e seu significado.

Recomendações:
Pesquisar nas ruas, na escola ou em sites brasileiros, buscando identificar palavras e expressões da língua inglesa que circulam na sociedade
brasileira e local.
A língua inglesa no
(CG.EF06LI26.s) Avaliar, problematizando
cotidiano da Presença da Estrangeirismos/incorporação linguística;
elementos/produtos culturais de países de
sociedade língua inglesa palavras universais; presença da língua inglesa
língua inglesa absorvidos pela sociedade
brasileira/comunidad no cotidiano no cotidiano.
brasileira/comunidade.
e
Recomendações:
Orientar os estudantes para que façam pesquisas sobre músicas, filmes, obras de arte e elementos da moda, que representem a cultura de
países falantes da língua inglesa e que circulam na sociedade brasileira. Solicitar que manifestem opiniões sobre a absorção desses
elementos/produtos na sua comunidade.

180
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

7º ANO - LÍNGUA INGLESA

Objeto do
Eixo Unidade temática Habilidade Conhecimentos específicos
conhecimento
Funções e usos Presente simples e contínuo; passado do verbo
(CG.EF07LI01.s) Interagir em situações de
da língua to be (formas afirmativa, negativa e
intercâmbio oral para realizar as atividades
inglesa: interrogativa); advérbios de frequência;
Interação discursiva em sala de aula, de forma respeitosa e
convivência e pronomes interrogativos; vocabulário
colaborativa, trocando ideias e engajando-se
colaboração em referente a expressões e pedidos utilizados em
em brincadeiras e jogos.
sala de aula sala de aula.
Recomendações:
Jogos, brincadeiras e dinâmicas que proponham situações de interação oral entre os estudantes, para o desenvolvimento de habilidades de
comunicação. Nesses momentos, inserir, rotineiramente, palavras e expressões na língua inglesa, que expressem engajamento, ética,
respeito, ajuda mútua.
Passado do verbo to be (formas afirmativa,
Oralidade negativa e interrogativa); passado simples
Práticas (CG.EF07LI02.s) Entrevistar os colegas para
Interação discursiva (formas afirmativa, negativa e interrogativa);
investigativas conhecer suas histórias de vida.
pronomes interrogativos; gênero textual:
entrevista.
Recomendações:
Utilizar atividades em duplas contendo perguntas e respostas, por exemplo: “Where were you born?”, “When did you start school?”, entre
outras, objetivando saber, respeitosamente, um pouco sobre os colegas, fazendo referência as suas histórias de vida.
Estratégias de compreensão textual; pronomes
pessoais; pronomes possessivos; verbo to be;
Práticas (CG.EF07LI03.s) Mobilizar conhecimentos
Compreensão oral presente simples; passado simples (verbos
investigativas prévios para compreender texto oral.
regulares e irregulares); preposições de lugar;
advérbios de frequência; conjunções.

181
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Recomendações:
Realizar perguntas simples e afirmações aos estudantes com o uso de falas e de gestos. Essas perguntas e afirmações deverão estar
relacionadas a atividades e fatos já ocorridos/trabalhados em sala de aula, para compreensão de assunto específico, transversal e/ou de
interesse dos educandos e abordados pelo professor.
Compreensão
(CG.EF07LI04.s) Identificar o contexto, a
de textos orais
finalidade, o assunto e os interlocutores em
Compreensão oral de cunho Estratégias de compreensão textual.
textos orais presentes no cinema, na internet,
descritivo ou
na televisão, entre outros.
narrativo
Recomendações:
Estimular a audição de falas simples e presentes em textos orais, de ampla circulação, sobre assuntos transversais e/ou de interesse dos
estudantes, por meio da fala do professor, filmes, canais na internet, letras de música etc.
Passado do verbo to be (formas afirmativa,
Produção de
(CG.EF07LI05.s) Compor, em língua inglesa, negativa e interrogativa); passado simples dos
textos orais,
Produção oral narrativas orais sobre fatos, acontecimentos e verbos regulares (formas afirmativa, negativa
com mediação
personalidades marcantes do passado. e interrogativa); vocabulários sobre números,
do professor
datas, meses e anos; expressões de quantidade.
Recomendações:
Estimular cada aluno a construir sua própria timeline e depois apresentá-la oralmente. Orientar o aluno a narrar acontecimentos conhecidos
ou pesquisados por eles.
Compreensão
(CG.EF07LI06.s) Antecipar o sentido global
geral e
de textos em língua inglesa por inferências,
específica: Inferências; cognatos e falso cognatos;
Estratégias de leitura com base em leitura rápida, observando
leitura rápida skimming e scanning.
títulos, primeiras e últimas frases de
Leitura (skimming,
parágrafos e palavras-chave repetidas.
scanning)
Recomendações:
Utilizar textos curtos, como: propagandas, tirinhas, pequenas notícias, legendas de fotos.

182
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Compreensão
geral e
(CG.EF07LI07.s) Identificar a(s)
específica: Inferências; cognatos e falso cognatos;
Estratégias de leitura informação(ões)-chave de partes de um texto
leitura rápida skimming e scanning.
em língua inglesa (parágrafos).
(skimming,
scanning)
Recomendações:
Utilizar textos curtos, como: propagandas, tirinhas, pequenas notícias, legendas de fotos, revistas e jornais nacionais e internacionais.
Utilizar aplicativos que formem nuvem de palavras.
Construção do (CG.EF07LI08.s) Relacionar as partes de um
Objetivos de leitura; compreensão textual;
Estratégias de leitura sentido global texto (parágrafos) para construir seu sentido
coesão e coerência; linking words.
do texto global.
Recomendações:
Observar o texto e seu entorno para construir o sentido global.
Estratégias de leitura: scanning; objetivos de
Práticas de leitura e Objetivos de (CG.EF07LI09.s) Selecionar, em um texto, a
leitura; compreensão textual; coesão e
pesquisa leitura informação desejada como objetivo de leitura.
coerência.
Recomendações:
Realizar atividades de interpretação de textos com perguntas, cuja resposta esteja em um parágrafo específico. Utilizar textos que abordam
temas que despertem o interesse dos estudantes.
Compreensão textual de acordo com o gênero
Leitura de (CG.EF07LI10.s) Escolher, em ambientes abordado (cartoon, charge, tirinhas, gráficos,
Práticas de leitura e
textos digitais virtuais, textos em língua inglesa, de fontes artigos de revistas, pôster de campanha
pesquisa
para estudo confiáveis, para estudos/pesquisas escolares. publicitária, tabelas, letras de músicas, mapas,
entre outros).
Recomendações:
Realizar leitura de textos digitais e multimodais ou jogos on-line, em inglês, gratuitos.

183
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

(CG.EF07LI11.s) Participar de troca de


Atitudes e disposições Partilha de Sequência das informações dos parágrafos;
opiniões e informações sobre textos, lidos na
favoráveis do leitor leitura palavras cognatas.
sala de aula ou em outros ambientes.
Recomendações:
Apresentar aos estudantes textos (orais, escritos ou audiovisuais) de linguagem e gênero adequados à faixa etária e que abordem assuntos
cotidianos, provocando-os, por meio de questionamentos (problematizações), a compreenderem a sequência das informações dos
parágrafos, de modo que possam identificar, no texto, palavras cognatas, palavras e frases conhecidas etc. Os educandos deverão ser
estimulados a posicionarem-se criticamente a respeito do texto, sugerindo, inclusive, outras proposições.
Pré-escrita:
planejamento de Estratégias de escrita: prática de pré-escrita,
(CG.EF07LI12.s) Planejar a escrita de textos
Estratégias de escrita: produção organização gráfica, formatação de texto,
em função do contexto (público, finalidade,
pré-escrita e escrita escrita, com produção textual em formatos diversos (físicos
layout e suporte).
mediação do ou digitais).
professor
Recomendações:
Gêneros: biografias, pequenos textos para blogues, timelines, fotorreportagens, campanhas publicitárias, memes, que possam ser
produzidos de forma individual ou colaborativa e compartilhados de forma local ou global.
Escrita:
Escrita (CG.EF07LI13.s) Organizar texto em
organização em Estratégias de escrita: prática de pré-escrita,
unidades de sentido, dividindo-o em
Estratégias de escrita: parágrafos ou organização gráfica, formatação de texto,
parágrafos ou tópicos e subtópicos,
pré-escrita e escrita tópicos, com produção textual em formatos diversos (físicos
explorando as possibilidades de organização
mediação do ou digitais).
gráfica, de suporte e de formato do texto.
professor
Recomendações:
Gêneros: biografias, pequenos textos para blogues, timelines, fotorreportagens, campanhas publicitária, memes, que possam ser produzidos
de forma individual ou colaborativa e compartilhados de forma local ou global.

Produção de (CG.EF07LI14.s) Produzir textos diversos Passado simples (verbos regulares e


Práticas de escrita textos escritos, sobre fatos, acontecimentos e personalidades irregulares).
em formatos do passado (linha do tempo/timelines,
184
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

diversos, com biografias, verbetes de enciclopédias,


mediação do blogues, entre outros).
professor
Recomendações:
Gêneros: biografias, pequenos textos para blogues, timelines, fotorreportagens, campanhas publicitária, memes, que possam ser produzidos
de forma individual ou colaborativa e compartilhados de forma local ou global; internetês.
(CG.EF07LI15.s) Construir repertório lexical
Passado simples (verbos regulares e
Construção de relativo a verbos regulares e irregulares
irregulares); preposições de tempo (in, on, at);
Estudo do léxico repertório (formas no passado), preposições de tempo
conectores (and, but, because, then, so,
lexical (in, on, at) e conectores (and, but, because,
before, after, entre outros).
then, so, before, after, entre outros).
Recomendações:
Apresentação de textos de referência para o educando, explicitando o repertório lexical desejado. Realizar atividades que enfatizem as
funções dos conectores.

(CG.EF07LI16.s) Reconhecer a pronúncia de Uso e pronúncia do “ED” em verbos no


Conhecimentos Estudo do léxico Pronúncia
verbos regulares no passado (-ed). passado; fonética da língua inglesa.
Linguísticos

Recomendações:
Apresentação de lista de verbos regulares enfatizando que há mudança de pronúncia, quando colocado no tempo passado. Essa habilidade
pode ser aprofundada com o estudo e análise de sons surdos e sonoros da língua, pronúncia da terminação “-ed” dos verbos regulares e sua
diferenciação no que diz respeito aos sons de (/id/,/d/,/t/) de acordo com o som que procede. Enfatizar a diferença dessas terminações
também em frases negativas e interrogativas.

(CG.EF07LI17.s) Explorar o caráter Polissemia; (re)conhecimento dos vocábulos


Estudo do léxico Polissemia polissêmico de palavras de acordo com o que possuem múltiplas funções
contexto de uso. (substantivo/verbo).

185
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Recomendações:
Apresentação das palavras em inglês com o maior valor polissêmico. É possível salientar a potencialidade da habilidade para a
identificação de similaridades e diferenças entre a língua portuguesa e a língua inglesa, além de outras línguas, caso seja necessário.
Passado simples
e contínuo (CG.EF07LI18.s) Utilizar o passado simples
Passado simples e contínuo (formas
(formas e o passado contínuo para produzir textos
Gramática afirmativa, negativa e interrogativa); when e
afirmativa, orais e escritos, mostrando relações de
while.
negativa e sequência e causalidade.
interrogativa)
Recomendações:
Leitura de texto enfatizando os verbos no passado simples e contínuo, em situações contextuais significativas. Proporcionar a análise e a
reflexão por meio do uso das expressões when e while nas construções no passado.
Pronomes do (CG.EF07LI19.s) Discriminar sujeito de Pronomes do caso reto (I, you, he, she, it, we,
Gramática caso reto e do objeto utilizando pronomes a eles you they) e pronomes do caso oblíquo (me,
caso oblíquo relacionados. you, him, her, it, us, you, them).
Recomendações:
Demonstração das várias formas de uso e intencionalidade. Articulação com as propostas de produção e compreensão de textos orais e
escritos. Proporcionar a análise e a reflexão por meio do uso.
Verbo modal (CG.EF07LI20.s) Empregar, de forma Verbo can (presente e passado): habilidades e
Gramática can (presente e inteligível, o verbo modal can para descrever permissões; vocabulário referente a
passado) habilidades (no presente e no passado). habilidades e permissões.
Recomendações:
Propor que os estudantes façam e apresentem sentenças com o verbo modal can de forma a falar de suas próprias habilidades e pedir
permissões.

186
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

A língua inglesa
como língua (CG.EF07LI21.s) Analisar o alcance da
A língua inglesa no Principais países falantes da língua inglesa;
global na língua inglesa e os seus contextos de uso no
mundo usos diversos da língua inglesa.
sociedade mundo globalizado.
contemporânea
Recomendações:
Pesquisas sobre países falantes da língua inglesa, buscando entender sobre as suas culturas, dando ênfase a determinado aspecto, como
música, linguagem, alimentação, fazendo comparações com as suas realidades e buscando identificar similaridades e diferenças. Após as
pesquisas, solicitar que os estudantes socializem as informações obtidas com o uso do globo terrestre/mapas/textos escritos, orais ou
audiovisuais, de forma que possam demonstrar o que pesquisaram.

(CG.EF07LI22.s) Explorar modos de falar em Linguagem formal/informal; palavras e


Comunicação Variação língua inglesa, refutando preconceitos e expressões da língua inglesa que são
intercultural linguística reconhecendo a variação linguística como diferentes em diferentes países; diferentes
Dimensão fenômeno natural das línguas. versões do inglês; linguagem da internet.
Intercultural
Recomendações:
Demonstrar, por meio da fala ou de materiais audiovisuais e mapas, palavras e expressões da língua inglesa que são diferentes em
diferentes países, reforçando a existência de variação linguística como algo natural, exemplificando que acontece, também, com a língua
portuguesa.

(CG.EF07LI23.s) Reconhecer a variação


Comunicação Variação Diferenças culturais e linguísticas entre a
linguística como manifestação de formas de
intercultural linguística língua inglesa e a língua portuguesa.
pensar e expressar o mundo.

Recomendações:
Demonstrar aos educandos, em roda de conversa e fazendo uso de recursos audiovisuais, as variações linguísticas, dando destaque a
determinado universo cultural como expressões idiomáticas, enfatizando que são formas de manifestações naturais e próprias de cada povo.
Mapas também poderão ser usados nessa aula.

187
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

188
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

8º ANO - LÍNGUA INGLESA

Objeto do
Eixo Unidade temática Habilidade Conhecimentos específicos
conhecimento

Negociação de sentidos
Interação (mal-entendidos no uso (CG.EF08LI01.s) Fazer uso da língua Marcadores do discurso (and, but, so, or,
discursiva da língua inglesa e inglesa para resolver mal-entendidos, emitir because).
conflito de opiniões) opiniões e esclarecer informações por meio
de paráfrases ou justificativas.
Recomendações:
Atividades que contenham expressões que envolvam emissão de opiniões (“I think…”, “In my opinion...”), esclarecimentos, resolução de
mal-entendidos. Para tanto, poderão ser utilizados sites, vídeos e mídias.
Oferecer ao estudante a oportunidade de vivência oral com o idioma em situações contextualizadas e significativas em sala de aula.

Oralidade (CG.EF08LI02.s) Explorar o uso de Recursos linguísticos.


Usos de recursos
recursos linguísticos (frases incompletas,
Interação linguísticos e
hesitações, entre outros) e paralinguísticos
discursiva paralinguísticos no
(gestos, expressões faciais, entre outros) em
intercâmbio oral
situações de interação oral.
Recomendações:
Trabalhar teatro, dramatizações, mímicas e/ou encenações em vídeos. Conscientizar sobre como outras linguagens articulam-se para
expressar ideias (a corporal, por exemplo), principalmente nas situações de interação oral.
Compreensão de textos
(CG.EF08LI03.s) Construir o sentido global
orais, multimodais, de
Compreensão oral de textos orais, relacionando suas partes, o Textos informativos/jornalísticos autênticos.
cunho
assunto principal e informações relevantes.
informativo/jornalístico

189
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Recomendações:
Essa habilidade requer a compreensão geral das ideias principais de textos orais, de cunho informativo/jornalístico, por meio da
compreensão de suas palavras-chave, da situação de comunicação e das características dos interlocutores, por exemplo.

(CG.EF08LI04.s) Utilizar recursos e


Produção de textos repertório linguísticos apropriados para Interação discursiva; futuro simples (will);
Produção oral
orais com autonomia informar/comunicar/falar do futuro: planos, futuro imediato (be + going to
previsões, possibilidades e probabilidades.
Recomendações:
Essa habilidade pressupõe a construção prévia de conhecimentos linguísticos (lexicais, estruturais) que devem ser aplicados em situações
orais significativas, relativas a diferentes assuntos ou temáticas de planos para o futuro. Podem-se propor situações em sala que discutam a
perspectiva dos alunos sobre seus próprios futuros e ações necessárias para alcançar suas metas de vida. Sugerem-se expressões e
vocábulos que indiquem planos “I will…”, “I’m going to…”, “I hope…”, “I would like to…”, “I intend to…”, entre outras.
Construção de sentidos (CG.EF08LI05.s) Inferir informações e
Estratégias de por meio de inferências relações que não aparecem de modo
Inferência textual (estratégias de leitura).
leitura e reconhecimento de explícito no texto para construção de
implícitos sentidos.
Recomendações:
Propor atividades que envolvam a articulação dos conhecimentos prévios de mundo do leitor e que proporcionem a construção de sentidos,
preenchendo lacunas de informação não explícitas.

Leitura (CG.EF08LI06.s) Apreciar textos narrativos


em língua inglesa (contos, romances, entre
Práticas de leitura
Leitura de textos de outros, em versão original ou simplificada), Dimensão intercultural; interação discursiva.
e fruição
cunho artístico/ literário como forma de valorizar o patrimônio
cultural produzido em língua inglesa.

Recomendações:
Sugerir uma produção literária em inglês, reconhecendo-a como um patrimônio cultural da língua inglesa. Ler clássicos em língua inglesa.

190
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

(CG.EF08LI07.s) Explorar ambientes


Práticas de leitura Leitura de textos de virtuais e/ou aplicativos para acessar e
Dimensão intercultural; interação discursiva.
e fruição cunho artístico/ literário usufruir do patrimônio artístico literário em
língua inglesa.
Recomendações:
Apresentar aos alunos uma produção literária em inglês, reconhecendo-a como um patrimônio cultural da língua inglesa. Os estudantes
também poderão realizar um levantamento/mapeamento de sites, aplicativos que ofereçam textos para a prática da leitura com foco em
textos literários.
(CG.EF08LI08.s) Analisar, criticamente, o Práticas de leitura e fruição (compreensão
Avaliação dos conteúdo de textos, comparando diferentes textual global).
Reflexão pós-leitura
textos lidos perspectivas apresentadas sobre um mesmo
assunto.
Recomendações:
Leitura de dois textos (tirinhas, charges, HQs, entre outros) que abordem o mesmo assunto, mas que apresentam posicionamentos
diferentes.
(CG.EF08LI09.s) Avaliar a própria
produção escrita e a de colegas, com base
Estratégias de Revisão de textos com
no contexto de comunicação (finalidade e Gêneros textuais: características e estruturas;
escrita: escrita e a mediação do
adequação ao público, conteúdo a ser leitura e revisão textual.
pós-escrita professor
comunicado, organização textual,
legibilidade, estrutura de frases).
Recomendações:
Escrita
Produzir tirinhas sobre um tema social relevante discutido previamente, atentando-se aos seguintes critérios: finalidade e adequação ao
público, conteúdo a ser comunicado, organização textual, legibilidade, estrutura de frases. Os estudantes serão ainda estimulados a propor
soluções para o problema discutido nos textos produzidos.
(CG.EF08LI10.s) Reconstruir o texto, com Gêneros textuais: características e estruturas;
Estratégias de Revisão de textos com
cortes, acréscimos, reformulações e leitura e revisão textual.
escrita: escrita e a mediação do
correções, para aprimoramento, edição e
pós-escrita professor
publicação final.

191
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Recomendações:
Produção de texto de gêneros diversos, bem como cartazes e murais em língua inglesa.
(CG.EF08LI11.s) Produzir textos
(comentários em fóruns, relatos pessoais,
mensagens instantâneas, tweets,
Estratégias para produção de textos:
Produção de textos reportagens, histórias de ficção, blogues,
planejamento, produção de rascunho,
Práticas de escrita escritos com mediação entre outros), com o uso de estratégias de
revisão, cortes, acréscimos, aprimoramento e
do professor/colegas escrita (planejamento, produção de
edição final.
rascunho, revisão e edição final), apontando
sonhos e projetos para o futuro (pessoal, da
família, da comunidade ou do planeta).
Recomendações:
Utilizar a língua inglesa de modo multimodal (linguagem verbal/escrita, linguagem visual, ou elementos sonoros combinados), dentro do
recorte temático descrito pela habilidade: sonhos e projetos futuros.
(CG.EF08LI12.s) Construir repertório
Construção de
Estudo do léxico lexical relativo a planos, previsões e Futuro simples.
repertório lexical
expectativas para o futuro.
Recomendações:
Observar diferentes estruturas, modos de expressar determinadas ideias em língua inglesa, listar esse repertório de modo organizado e a ele
Conhecimentos recorrer nas práticas de interação oral, produção e recepção de textos orais, escritos ou multimodais.
Linguísticos (CG.EF08LI13.s) Reconhecer sufixos e
Formação de palavras: Significado de diferentes sufixos e prefixos
Estudo do léxico prefixos comuns utilizados na formação de
prefixos e sufixos na formação de palavras em inglês.
palavras em língua inglesa.
Recomendações:
A partir da leitura de um texto escolhido, selecionar um conjunto de palavras, que deverão ser relacionadas aos afixos, evidenciando, assim,
como as palavras têm seus sentidos alterados a partir da reestruturação morfológica em decorrência da junção de prefixos e sufixos.

192
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

(CG.EF08LI14.s) Utilizar formas verbais


Verbos para indicar o Futuro simples (will); futuro imediato (be +
Gramática do futuro para descrever planos e
futuro going to).
expectativas e fazer previsões.
Recomendações:
Empregar esse conteúdo em textos e interações orais, entendendo seu uso e forma, e comunicando ideias compreensíveis na língua inglesa,
ainda que, do ponto de vista da forma/estrutura, o emprego não seja preciso.

(CG.EF08LI15.s) Utilizar, de modo


Comparativos e superlativos: superioridade,
Comparativos e inteligível, as formas comparativas e
Gramática inferioridade ou igualdade; vocabulário
superlativos superlativas de adjetivos para comparar
referente a adjetivos.
qualidades e quantidades.

Recomendações:
Atividades que estabeleçam relações de comparação entre seres, lugares, tempo, objetos, entre outros, para dar ideia de valor superior,
inferior ou igual ao que lhes for apresentado.
(CG.EF08LI16.s) Utilizar, de modo
Palavras contáveis e incontáveis; pronomes
Gramática Quantificadores inteligível, corretamente, some, any, many,
demonstrativos; numerais.
much.
Recomendações:
Atividades que estimulem indicar e fornecer informações a respeito da quantidade de algo, estabelecendo relações de necessidade,
inexistência, suficiência ou insuficiência.
(CG.EF08LI.s.17) Empregar, de modo
inteligível, os pronomes relativos (who,
Gramática Pronomes relativos Pronomes relativos.
which, that, whose) para construir períodos
compostos por subordinação.
Recomendações:
Trabalhar com texto composto por frases significativas feitas com o uso dos pronomes who, which, that e whose como palavras que fazem
referência a termos anteriores. Auxiliar os estudantes para que identifiquem os usos e sentidos dos pronomes relativos.

193
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

(CG.EF08LI18.s) Construir repertório


cultural por meio do contato com
Construção de manifestações artístico-culturais vinculadas
Manifestações
repertório artístico- à língua inglesa (artes plásticas e visuais, Dimensão intercultural.
culturais
cultural literatura, música, cinema, dança,
festividades, entre outros), valorizando a
diversidade entre culturas.
Recomendações:
Pesquisar aspectos específicos (culturais, geográficos, sociais, econômicos, entre outros) dos países falantes da língua inglesa. Incorporar a
seus conhecimentos de mundo outros conhecimentos sobre aspectos culturais de diferentes povos, potencializando a valorização desse
conhecimento na constituição da própria identidade.

(CG.EF08LI19.s) Investigar de que forma


Impacto de aspectos
Dimensão Comunicação expressões, gestos e comportamentos são Linguagem verbal e corporal; aspectos
culturais na
Intercultural intercultural interpretados em função de aspectos culturais e linguísticos da língua inglesa.
comunicação
culturais.

Recomendações:
. Pesquisar na internet, em sites confiáveis, formas de comunicação gestuais e comportamentais típicas de países falantes da língua inglesa,
listando aspectos que diferem e que se parecem entre si.

(CG.EF08LI20.s) Examinar fatores que


Impacto de aspectos
Comunicação podem impedir o entendimento entre Aspectos culturais e linguísticos da língua
culturais na
intercultural pessoas de culturas diferentes que falam a inglesa.
comunicação
língua inglesa.

Recomendações:
Levantamento, por meio de pesquisa na internet, sobre fatores relacionados a variedades linguísticas que podem impedir que falantes da
língua inglesa comuniquem-se. Fazer um paralelo com a variedade linguística que existe no Brasil.

194
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

9º ANO - LÍNGUA INGLESA

Objeto do
Eixo Unidade temática Habilidade Conhecimentos específicos
conhecimento
(CG.EF09LI01.s) Fazer uso da língua
inglesa para expor pontos de vista,
Funções e usos da
Interação argumentos e contra-argumentos,
língua inglesa: Presente, passado e futuro; presente perfeito.
discursiva considerando o contexto e os recursos
persuasão
linguísticos voltados para a eficácia da
comunicação.
Recomendações:
Atividades que proporcionem conhecer a estrutura de um texto argumentativo, compreender a linguagem que permite argumentar e contra-
argumentar presumindo o desenvolvimento da linguagem oral e escrita. Utilizar os indicadores de opinião/posicionamento, como: “In my
opinion”, “From my standpoint…”, “From my perspective…”, “I agree with…”, “I disagree with…”, “From one hand…”, “From another
Oralidade hand…”, “I believe…”, entre outros.

Compreensão de textos Leitura e compreensão textual multimodal;


(CG.EF09LI02.s) Compilar as ideias-chave
Compreensão oral orais, multimodais, de verbos modais; palavras cognatas; falsos
de textos por meio de tomada de notas.
cunho argumentativo cognatos.

Recomendações:
Tomada de notas é uma estratégia que pode ser utilizada em todos os componentes curriculares.
Compreensão de textos (CG.EF09LI03.s) Analisar posicionamentos Leitura e compreensão textual multimodal;
Compreensão oral orais, multimodais, de defendidos e refutados em textos orais verbos modais; palavras cognatas; falso
cunho argumentativo sobre temas de interesse social e coletivo. cognato.

195
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Recomendações:
Se possível, trazer para a sala de aula vídeos de documentários e telejornais veiculados em países de língua inglesa e disponíveis na
internet. Procurar textos e imagens para produção oral e escrita.

(CG.EF09LI04.s) Expor resultados de


pesquisa ou estudo com o apoio de
Produção de textos recursos, tais como notas, gráficos, tabelas, Gêneros textuais; pronomes relativos (who,
Produção oral
orais com autonomia entre outros, adequando as estratégias de which, that, whose).
construção do texto oral aos objetivos de
comunicação e ao contexto.
Recomendações:
Divulgar os resultados por meio de seminários, podendo ser feitos em parceria com outros componentes curriculares.
(CG.EF09LI05.s) Identificar recursos de
persuasão (escolha e jogo de palavras, uso Gêneros publicitários: características e
Estratégias de de cores e imagens, tamanho de letras), estruturas.
Recursos de persuasão
leitura utilizados nos textos publicitários e de
propaganda, como elementos de
convencimento.
Recomendações:
Interpretar de maneira coerente textos diversos (verbais, verbo-visuais, multimodais). Ter noção básica de como a argumentação pode ser
Leitura utilizada em função de escolhas linguísticas ou visuais; identificar intertextos; localizar informações específicas em anúncios; reconhecer
textos autênticos; trabalhar a compreensão de sentidos; conhecer diversos vocabulários utilizados em textos jornalísticos; conhecer as
ferramentas digitais; conhecer os verbos no modo imperativo.
(CG.EF09LI06.s) Distinguir fatos de Leitura e compreensão de texto
Estratégias de Recursos de
opiniões em textos argumentativos da esfera argumentativo; gêneros publicitários:
leitura argumentação
jornalística. características, estrutura e tipologia.
Recomendações:
Analisar comentários sobre temas controversos, baseados em notícias nas redes sociais, por exemplo.

196
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

(CG.EF09LI07.s) Identificar argumentos Leitura e compreensão de texto


Estratégias de Recursos de
principais e as evidências/exemplos que os argumentativo; gêneros publicitários:
leitura argumentação
sustentam. características, estrutura e tipologia.
Recomendações:
Trabalhar com texto jornalístico escrito que defenda ponto de vista sobre assuntos de relevância social ou de interesse dos educandos. Ao
ouvirem, os estudantes serão levados a identificar as principais impressões/expressões/imagens que sustentam os argumentos usados na
defesa do assunto tratado. Durante as análises, os estudantes deverão fazer anotações das suas impressões.

(CG.EF09LI08.s) Explorar ambientes


Práticas de leitura Linguagem jornalística na internet; gêneros
Informações em virtuais de informação e socialização,
e novas textuais: sinopse, notícia, fórum, diário,
ambientes virtuais analisando a qualidade e a validade das
tecnologias blog/vlog; fake news.
informações veiculadas.
Recomendações:
Refletir acerca do impacto das tecnologias digitais na veiculação de informações em tempo real. Compreender a globalização relacionando
os fatos a experiências do seu cotidiano. Pesquisas na internet sobre assuntos do interesse dos estudantes, reforçando a importância da
qualidade e da validade dos sites e das informações acessadas. Alertá-los sobre a existência das fake news como ação antiética. Estimulá-
los a posicionarem-se de modo crítico sobre informações falsas e verdadeiras. Disponibilizar sites confiáveis para os educandos.

(CG.EF09LI09.s) Compartilhar, com os


Práticas de leitura e fruição (compreensão
Avaliação dos colegas, a leitura dos textos escritos pelo
Reflexão pós-leitura textual global); discurso indireto; tópicos
textos lidos grupo, valorizando os diferentes pontos de
frasais.
vista defendidos, com ética e respeito.
Recomendações:
Discussão, após leitura de texto relevante ou de interesse dos educandos, levando-os a escrever e trocar textos escritos por eles, assim como
opiniões sobre as leituras realizadas, enfatizando a importância do respeito mútuo para a estruturação de uma sociedade mais humana e
fraterna. Propor trabalho em equipe para trocas de impressões sobre temas contemporâneos. Podem-se utilizar meios digitais para serem
feitas tais trocas.

197
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

(CG.EF09LI10.s) Propor potenciais


argumentos para expor e defender ponto de
vista em texto escrito, refletindo sobre o Argumentação: leitura detalhada;
Estratégias de Escrita: construção da
tema proposto e pesquisando dados, compreensão e interpretação crítica de
escrita argumentação
evidências e exemplos para sustentar os gêneros textuais.
argumentos, organizando-os em sequência
lógica.
Recomendações:
Pesquisas na internet sobre assuntos do interesse dos educandos, reforçando a importância da qualidade e da validade dos sites e das
informações acessadas. Alertá-los sobre a existência das fake news como ação antiética; estimulá-los a se posicionarem, por meio de um
texto escrito, de modo crítico sobre informações falsas e verdadeiras. Disponibilizar sites confiáveis para os educandos.
(CG.EF09LI11.s) Utilizar recursos verbais
(Re)construção de repertório lexical;
e não verbais para construção da persuasão
Estratégias de Escrita: construção de linguagem verbal e não verbal; gêneros
em textos da esfera publicitária, de forma
escrita persuasão textuais publicitários: características e
adequada ao contexto de circulação
Escrita tipologia.
(produção e compreensão).
Recomendações:
Momentos de discussão, após leitura de texto relevante ou de interesse dos educandos, levando-os a escrever e trocar textos escritos por
eles, assim como opiniões sobre as leituras realizadas, enfatizando a importância do respeito mútuo para a estruturação de uma sociedade
mais humana e fraterna. (Re)escrever textos da esfera publicitária que retratem elementos do cotidiano em que vivem os alunos e em que
está inserida a escola, atentando para elementos como persuasão, contexto de circulação, produção, compreensão, objetivos etc.
(CG.EF09LI12.s) Produzir textos
(infográficos, fóruns de discussão on-line,
Produção de textos Gêneros textuais publicitários:
fotorreportagens, campanhas publicitárias,
Práticas de escrita escritos, com mediação características e tipologia; linguagem verbal
memes, entre outros) sobre temas de
do professor/colegas e não verbal; texto persuasivo.
interesse coletivo local ou global, que
revelem posicionamento crítico.
Recomendações:
Produzir textos escritos de maneira colaborativa, com professores e colegas, que estejam atrelados às tecnologias digitais e a vivência
social, cultural, econômica, política e cidadã dos alunos, tais como: infográficos, fóruns de discussão, fotorreportagens, campanhas
198
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

publicitárias, documentos colaborativos, memes, entre outros.

(CG.EF09LI13.s) Reconhecer, nos novos


gêneros digitais (blogues, mensagens
instantâneas, tweets, entre outros), novas
Usos de linguagem em Gêneros digitais: características e estruturas;
formas de escrita (abreviação de palavras,
Estudo do léxico meio digital: linguagem formal e informal; linguagem da
palavras com combinação de letras e
“internetês” internet: abreviações, expressões e símbolos.
números, pictogramas, símbolos gráficos,
entre outros) na constituição das
mensagens.
Recomendações:
Pesquisas em diferentes redes sociais com o objetivo de identificar e analisar abreviações, símbolos formais e informais de comunicação
digital, identificando seus respectivos significados. Ressaltar que esse tipo de linguagem existe também em língua portuguesa e que é
considerada uma nova forma de comunicação. Reconhecer os gêneros digitais como novas alternativas de comunicação.
(CG.EF09LI14.s) Utilizar conectores
Conhecimentos indicadores de adição, condição, oposição,
Conectores (linking Conectores (linking words); conjunções;
Linguísticos Estudo do léxico contraste, conclusão e síntese como
words) recursos argumentativos.
auxiliares na construção da argumentação e
intencionalidade discursiva.
Recomendações:
Leitura de textos de apelo social, identificação das funções dos conectivos textuais em língua inglesa como importantes recursos de coesão
textual das mensagens. Conhecer o gênero textual argumentativo; reconhecer os conectores; perceber a importância dos conectores como
elementos articuladores na constituição do texto; estabelecer relações entre partes de um texto.

(CG.EF09LI15.s) Empregar, de modo


Orações condicionais Orações condicionais (tipos 1 e 2); presente
Gramática inteligível, as formas verbais em orações
(tipos 1 e 2) e passado simples.
condicionais dos tipos 1 e 2 (If-clauses).

Recomendações:
Ressaltar situações prováveis e improváveis. Enfatizar o uso dos elementos que tornam essas orações condicionais ou possíveis.
199
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

(CG.EF09LI16.s) Empregar, de modo


Verbos modais: should,
inteligível, os verbos should, must, have to, Verbos modais: should, must, have to, may e
Gramática must, have to, may e
may e might para indicar recomendação, might
might
necessidade ou obrigação e probabilidade.

Recomendações:
Leitura de textos que expressam recomendação, obrigação, necessidade ou probabilidade. Enfatizar os verbos que são utilizados na
construção desses significados. Criar frases envolvendo esses sentidos, estimulando os educandos a elaborarem as próprias frases e fazê-lo
com significado.
(CG.EF09LI17.s) Debater sobre a expansão
Expansão da língua
A Língua inglesa da língua inglesa pelo mundo, em função do Ascensão da língua inglesa; variações da
inglesa: contexto
no mundo processo de colonização nas Américas, língua inglesa; inglês como língua franca.
histórico
África, Ásia e Oceania.
Recomendações:
Demonstrar, em mapas, os países falantes da língua inglesa, expondo o processo geográfico de expansão da língua. Pensar e debater sobre a
expansão da língua inglesa no mundo, em função do processo de colonização e seus impactos na sociedade em que estão inseridos.
(CG.EF09LI18.s) Analisar a importância da
A língua inglesa e seu
língua inglesa para o desenvolvimento das
A língua inglesa papel no intercâmbio Ascensão da língua inglesa; leitura e
Dimensão ciências (produção, divulgação e discussão
no mundo científico, econômico e discussão de pesquisas variadas.
Intercultural de novos conhecimentos), da economia e da
político
política no cenário mundial.
Recomendações:
Promover pesquisas na internet em que os educandos possam analisar a quantidade de informações em várias áreas do conhecimento
disponíveis em língua inglesa. Pesquisar e socializar acerca da importância da língua inglesa para o desenvolvimento das ciências,
economia e política no cenário mundial.

Construção de (CG.EF09LI19.s) Discutir a comunicação Importância da língua inglesa como


Comunicação intercultural por meio da língua inglesa
identidades no mundo instrumento de acesso a diversas culturas e
intercultural como mecanismo de valorização pessoal e
globalizado sua participação no mundo globalizado.
de construção de identidades no mundo

200
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

globalizado.

Recomendações:
Promover pesquisas sobre países que falam a língua inglesa, relacionadas à cultura, à língua, à história, à geografia, pontos turísticos,
política, literatura, economia, entre outros.

201
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Referências

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editorial, 2009.
BERNS, M. English as a lingua franca: a conversation with Margie Berns. In: GIMENEZ,
T; CALVO, L.C. S.; EL KADRI, M. S. (Org.). Inglês como língua franca: Ensino-
Aprendizagem e Formação de Professores. Campinas, SP: Pontes Editora, 2011. p. 293-303.
BRASIL, Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental.
Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2017.
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de
1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
CAMPO GRANDE. Secretaria Municipal de Educação - Semed. Referencial Curricular da
Rede Municipal de Ensino. 3º ao 9º ano do Ensino Fundamental, vol. II. Campo Grande MS,
2008.
COPE, B.; KALANTZIS, M. (Eds.). Multiliteracies: Literacy Learning and the Design of
Social Futures. London: Routledge, 2000.
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre:
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KACHRU, B. (1985). Standards, Codification, and Sociolinguistics realism: the English
language in the outer circle. CUP/British Council.
KUMARAVADIVELU, B. Dangerous Liaison: Globalization, Empire and TESOL. In
Julian Edge (Ed.). (Re)Locating TESOL in an Age of Empire (pp. 1-32). London:
Palgrave/Macmillan, 2006b.
KUMARAVADIVELU, B. The postmethod condition: (E)merging strategies for
Second/foreign language Teaching. TESOL Quartely, vol.28, No.1 (Spring, 1994), pp.27- 48.
LARSEN-FREEMAN, Diane. Techniques and principles in Language Teaching. Oxford
University Press: New York, 2000.
ROJO, Roxane. Escola conectada: os multiletramentos e as TICs. São Paulo: Parábola, 2013.
SEIDLHOFER, B. Understanding English as a Lingua Franca. Oxford: Oxford University
Press, 2011.

202
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

LÍNGUA PORTUGUESA
Esp. Aletéia Inácia Batistella Feitoza
Esp. Célia Silva Lima
Me Francisco Leandro Oliveira Queiroz
Me Gilson Demétrio Ávalos
Esp. Gustavo Aurélio Tomé Azuaga
Esp. Janaína Medeiros da Cunha Garcia
Ma. Janine Azevedo Barthimann Carvalho
Me João Batista Cunha Silveira
Esp. Stiélic Leão Prestes Nobre
Esp. Talita Casagranda Carvalho
Me Thiago Oliveira Souza
Esp. Thiago Teodoro Rupere

203
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

1. Concepções teórico-metodológicas do componente curricular Língua Portuguesa

Pensar e estruturar um referencial curricular que oriente as ações pedagógicas de


professores de Língua Portuguesa significa ampliar a visão a respeito de língua, linguagem e
texto, e também compreender questões sociais contemporâneas relacionadas ao contexto
escolar é condição indispensável para nos questionarmos o que oferecemos aos nossos
estudantes, em termos de conhecimentos necessários ao exercício da cidadania ativa e ao
mundo do trabalho.
Dessa forma, destaca-se a concepção de campos de atuação presente no Referencial
que se apresenta, indicando um caminho de valorização das práticas sociais, nas quais textos
multissemióticos são criados, ressignificados e distribuídos em diversos nichos, gerando um
ciclo que vai de available design, passa por redesigning e resulta em redesigned. Ou seja, um
texto disponível (available design) passa por um processo de ressignificação (redesigning) -
com mudança de linguagem e construção de sentido, tendo em vista a realidade - e resulta em
um texto ressignificado (redesigned), que, por sua vez, pode iniciar o ciclo novamente. Esse
fenômeno cria-se, em grande medida, devido ao uso das “novas” tecnologias digitais
disponíveis para a sociedade, fato que vem descentralizando a forma de produzir e distribuir
conteúdos.
Nesse âmbito, importa consignar que a concepção de texto é ampliada. Diversos
designs (como a imagem em movimento, o áudio, o gestual, o sonoro) são empregados em
textos multissemióticos, que terão seus sentidos construídos socialmente. Cabe ressaltar que o
design linguístico não é abandonado nas práticas escolares concernentes ao ensino e à
aprendizagem de línguas na contemporaneidade. Em vez disso, o design linguístico é
ampliado e fundido com os desenhos citados anteriormente, a serviço da produção de
sentidos.
Quanto à concepção textual abordada nesta proposta, é importante destacar que se
extrapola o entendimento de texto como verbal e não verbal, pois as duas modalidades
confundem-se e vão além, em um momento que as semioses negociam significados amplos,
tornando o ambiente escolar um campo produtivo que considera e estimula a autoria de
estudantes e professores. No entanto, faz-se necessário enfatizar que tais concepções de
língua, linguagem e texto não extinguem o trabalho com as normatizações, a estrutura e as

205
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

outras concepções de língua, pelo contrário, trata-se de uma possibilidade de ampliação e


ressignificação de uma lógica de ensino de línguas pautado apenas na repetição e
memorização de regras e nomenclaturas relativas às estruturas do sistema linguístico.
Dito isso, resgata-se, nesse momento, a noção de competência, na qual é importante o
estudante saber o conteúdo, porém mais importante é que ele possa mobilizar esse
conhecimento no seu uso diário, que ele seja capaz de utilizar em situações reais de
comunicação, de forma escrita ou oral.
Ao tratarmos de situação real e social de comunicação, torna-se indispensável
incorporar a essa discussão a noção de campos de atuação trazida neste Referencial. Partindo
dessa premissa, em que se busca uma estruturação das aulas de Língua Portuguesa que rompa
com a lógica de ensino baseado apenas nos conteúdos (essencialmente gramaticais), sem
considerar as diversas práticas de linguagem, incide sobre o debate como textos são
produzidos e a que demandas essa produção atende.
Nesse sentido, salientamos a relevância dos gêneros textuais no ensino e aprendizagem
de línguas. O texto adquire importância central em uma abordagem que considera a autoria do
estudante e a potência desses textos no ambiente em que circulam. Dessa forma, uma carta de
reclamação, por exemplo, não deve ser solicitada ao aluno apenas para mensurar o
conhecimento e aplicação das convenções da escrita, mas deve circular para surtir o efeito
didático e cumprir sua finalidade social.
Ainda, com a difusão das tecnologias digitais, gêneros textuais são criados e
distribuídos de forma colaborativa e rápida. Nessa direção, pensemos na Wikipédia, na qual
pessoas de diversas partes do país e do mundo podem inserir informações sobre um assunto
ou pessoa, construindo e disponibilizando conteúdo em rede. Tal ação pode fazer parte das
aulas do professor de Língua Portuguesa da Reme, mobilizando, entre outros conhecimentos,
o linguístico, na revisão textual.
Ademais, destacam-se os memes. Esses textos multimodais vêm ressignificando e
oportunizando a autoria dos estudantes, percorrendo um caminho desde uma produção irônica
sobre um fato ou pessoa até uma crítica social. Como exemplo, citamos a produção local de
textos que circulam e cumprem sua função social de entreter e informar, com tom crítico aos
costumes e mazelas de Campo Grande. Nesse contexto, ressalta-se a necessidade de se
trabalhar a dimensão ética da produção e publicação desses textos, tendo o professor, no
ambiente escolar, um papel central no tratamento dessas informações. Em tempos de fake
news, visualizamos ambiente propício para que se abordem assuntos como esses nas aulas de

206
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Língua Portuguesa, tendo em vista o campo de atuação jornalístico-midiático, mas não restrito
a ele.
A propósito dos campos de atuação que estabelecem a lógica do novo Referencial da
Rede Municipal de Ensino de Campo Grande, estão presentes os seguintes campos de
atuação: Campo da vida cotidiana (apenas para os anos iniciais), Campo de atuação na vida
pública, Campo artístico-literário, Campo jornalístico-midiático e Campo das práticas de
estudo e pesquisa. Ressalta-se que o Campo jornalístico-midiático e o Campo de atuação na
vida pública “aparecem fundidos nos anos iniciais do Ensino Fundamental, com a
denominação Campo da vida pública” (BRASIL, 2017, p. 82).
Os campos de atuação indicam, no Referencial Curricular da Reme, uma concepção
teórico-metodológica, na qual os textos produzidos circulam socialmente, considerando a
diversidade de gêneros e suportes, devendo ter significado no contexto escolar. Ainda que os
cinco campos de atuação descritos para atender às demandas do ensino e aprendizagem de
Língua Portuguesa possam não ser suficientes, ofertam possibilidade de imersão em gêneros
textuais que circulam nesses campos da vida do estudante. Além disso, deve-se levar em
conta o contexto de produção textual, oral, escrito ou multimodal, para o docente oportunizar
aos aprendizes “novos” gêneros e não a concentração do ensino apenas em regras gramaticais.
Há que se discutir, aqui, o que teóricos como Bakhtin defendem em termos de língua e
linguagem humana, qual seja, a língua não é fenômeno descolado da realidade dos seus
falantes e necessita, primordialmente, considerar a perspectiva dialógica em sala de aula.
Assim, indaga-se quem define o conhecimento necessário para o desempenho das habilidades
e competências necessárias para o exercício da cidadania e atuação no mundo do trabalho; por
que alguns conhecimentos são considerados mais importantes do que outros no contexto
escolar? Dessa feita, procuramos problematizar o conhecimento linguístico trabalhado,
historicamente, na escola. A quem esse conhecimento atende? As diversas realidades são
consideradas? Da forma que é trabalhado e apresentado, esse conteúdo faz sentido para o
estudante? Com esses questionamentos, não se pretende apagar as experiências de sucesso
desenvolvidas nas escolas da Reme, mas pretendemos oferecer uma alternativa de ensino de
língua materna que se aproxime, definitivamente, da vivência do estudante, para, em
momento oportuno, serem inseridos outros conhecimentos tidos como canônicos.
No Campo de atuação na vida pública, vislumbra-se o trabalho com textos que
circulem e surtam efeitos na vida pública do estudante, quando, por exemplo, o aluno possa
escrever uma carta de reclamação ao poder público sobre alguma demanda em seu bairro.

207
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Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Nesse caso, cabe ressaltar a existência de aplicativos de solicitação de serviços públicos,


disponíveis no site da prefeitura, sendo um canal de diálogo entre o ente municipal e os
cidadãos campo-grandenses.
No que se refere ao Campo de atuação artístico-literário, introduz-se uma ideia de
trabalho com textos e gêneros literários e artísticos variados, desde os clássicos até as obras
contemporâneas. Nesse escopo, os diversos suportes devem ser considerados, inclusive
digital, visto que os estudantes e a sociedade, em geral, têm tido acesso a obras literárias e
artísticas de maneira digital. Além disso, textos clássicos vêm sendo ressignificados,
conforme a necessidade contextual dos estudantes. Nesse âmbito, ressaltam-se obras
contemporâneas, como o livro Multiletramentos na escola, organizado por Roxane Rojo e
Eduardo Moura, da Unicamp. Na obra, estudantes e professores lançam mão de recursos
tecnológicos na releitura de clássicos da literatura infanto-juvenil, oportunizando autoria às
atividades escolares.
Referente ao Campo de atuação jornalístico-midiático, espera-se que textos,
essencialmente do mundo jornalístico e midiático, façam parte do dia a dia da sala de aula,
observando como gêneros variados circulam e constroem sentidos. Ademais, destaca-se, na
contemporaneidade, uma nova forma de criar e propagar fake news, isto é, as redes sociais e
os aplicativos de mensagem em celulares são “terreno fértil” para que notícias de toda sorte
sejam difundidas, verdadeiras ou falsas. Nessa direção, recebe atenção especial a ética na
utilização de recursos digitais e na divulgação de notícias, tratando-se de oportunidade ímpar
para que professores e estudantes reflitam sobre o cenário midiático atual.
É necessário indagar-se sobre a que demandas se pretende atender com as fake news e
quais são seus propósitos. Dessa forma, debater em sala de aula sobre a confiabilidade das
fontes de informações (além de detalhes da postagem e outros aspectos sobrepostos) fortalece
o combate a esse fato que ganhou centralidade na discussão midiática, recentemente. Além
disso, tensionar os meios de comunicação já cristalizados na sociedade fortifica o processo de
ensino da Língua Portuguesa, indagando se esses meios não produzem notícias falsas,
analisando a escolha lexical das matérias, as imagens empregadas, os efeitos sonoros
aplicados e debatendo, com os estudantes, os diferentes matizes envolvidos na produção e
distribuição de notícias locais e nacionais.
No Campo de atuação das práticas de estudo e pesquisa, visualiza-se a maneira pela
qual os textos voltados ao mundo do estudo podem contribuir para que os aprendizes
continuem seus estudos após o ensino fundamental, habituando-se aos textos científicos e seus

208
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

elementos. Aprender a pesquisar permite um trânsito de suma importância para a vida


acadêmica do estudante, potencializando a autonomia econômica e social dos indivíduos.
Assim, enfatiza-se que o campo de atuação em questão, apoiado por uma qualificação textual
que faça sentido para os estudantes, pode ser produtivo para a busca de uma cidadania
atualizada.
Ainda, destacamos que o estudo das normatizações linguísticas não é abandonado no
decorrer do desenvolvimento dos campos de atuação. As reflexões e análises linguísticas da
língua portuguesa estão inseridas nas práticas de linguagem e serão sempre estudadas, de
maneira contextualizada e levando em conta aquilo que o aluno carrega como experiência
linguístico-discursiva, evitando estereótipos e preconceitos linguísticos.
Em que medida a leitura do texto literário perpassa a expressão da sociedade pela arte
da linguagem? Parte-se da premissa de que a leitura do texto literário é capaz de “abrir
janelas” para instantes de reflexão a partir do eu em permanente interação com os objetos a
seu redor, seja no âmbito espacial, seja no âmbito temporal. Logo, questões humanas caras ao
sujeito, e que estão direta ou indiretamente conectadas à sua leitura de mundo, promovem
efeitos de sentido acerca dos mais diversos aspectos da história, da sociedade, da arte, entre
outros. Isso se configura relações variadas em diferentes contextos, a favor de manifestações
de linguagens com liberdade criativa, que transitem ora pela poesia, ora pela prosa, em ondas
que tocam a música, a dança, o teatro, o cinema, as artes visuais, bebendo em fontes que
refletem, por um lado, a cultura erudita e, por outro, a cultura popular.
Faz-se imperativo ressaltar que a tônica plural das manifestações da linguagem
literária apresenta ao leitor valores artísticos que se desdobram em obras de diversos matizes.
Nessa medida, vão-se revelando olhares que convergem para aspectos relacionados à
produção cultural e à recepção pelo público, encontrando ressonâncias que dão relevo aos
processos históricos e sociais que contribuem para a formação humana. O texto literário
permite à arte a elaboração de experimentalismos nos campos da abstração e da materialidade,
utilizando como recurso o protagonismo das linguagens.
Em um breve recuo na história, é possível notar que advém da tradição da oralidade,
assim como da representação corporal (a exemplo da dança e do teatro), um legado deixado
por antigas civilizações, qual seja, os ditirambos e a tragédia grega, por exemplo. A literatura
clássica ocidental, que conta com as obras Ilíada e Odisseia, ambas de Homero, como marcos
dessa literatura, comprova que o acabamento artesanal do texto literário é responsável pelo
encantamento que desperta o sujeito para outras imersões no escopo da leitura do texto

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LINGUAGENS

literário e suas variações. É oportuno destacar que, à luz da teoria, a literatura assume um
papel de relevante auxílio na formação do sujeito leitor. Note-se que, para Antonio Cândido, a
arte “[...] produz sobre os indivíduos um efeito prático, modificando a sua conduta e
concepção do mundo, ou reforçando neles o sentimento dos valores sociais” (CANDIDO,
2000, p. 19).
Assim sendo, diante de um cenário artístico-literário, fazer a imersão na linguagem
literária pode proporcionar ao leitor um meio de experimentar vivências e sentimentos (a dor,
a angústia, a perda, a tristeza, o desejo, a paixão, a traição, a punição, a vingança). Pode,
também, gerar sorrisos e lágrimas; representar a busca do tempo perdido para uns, guerra e
paz para outros; abrir margem para a descoberta de versos íntimos, ou a educação pela pedra;
ser um dito “catatau” de coisas, de caprichos e relaxos. Uma volta ao mundo em 80 dias pode
ser desde um poema sujo nas galáxias até a hora da estrela, enfim, é a ficção e a fantasia feitos
navalha na carne, pessoal e intransferível, em uma língua-viagem... e que seja jamais a última
crônica!

2. A linguagem no processo de alfabetização e letramento

Os caminhos percorridos ao longo do processo de alfabetização e letramento


perpassam pela criança de maneira singular e própria. As relações pessoais e coletivas
influenciam no desenvolvimento e entendimento da criança para a aquisição da linguagem,
uma vez que, segundo Piaget (1945), a linguagem e o pensamento são fatores correlacionados
que resultam no desenvolvimento motor, cognitivo, sensorial, linguístico e físico.
A aquisição da linguagem encontra-se, portanto, como uma prática adquirida pela
criança por intermédio da socialização com seu meio e das relações de organização cognitiva
do pensamento e dos símbolos. Para que a criança possa ter a percepção sistêmica de
organizar o pensamento e códigos linguísticos, é preciso que ela se ouça, ouça o outro e
compartilhe suas impressões.
Neste primeiro momento, refere-se ao desenvolvimento intelectual dessa criança,
partindo apenas da organização do seu próprio pensamento, nesse exercício, ela se
(re)constrói constantemente. À medida que sua estrutura cognitiva amadurece, a percepção da
linguagem também, ou seja, a criança passa a entender as concepções da língua e a relação
com o mundo alfabético e letrado.

210
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LINGUAGENS

As experiências vividas pela criança, que antecedem a vida escolar, são valorizadas
para que possa ser mediado o desenvolvimento contínuo de sua linguagem, proporcionando
um amplo repertório linguístico. Visto que: a linguagem não é intrinsicamente voltada à fala,
mas também à leitura e à escrita. Esse processo é possível, devido aos estímulos e à mediação
oferecida à criança.
Nesse sentido, o processo de ler e escrever não se desenvolve de maneira espontânea,
a alfabetização não é um estado ao qual se chega, mas no qual se constrói (FERREIRO,
1999). Dessa maneira, a escola instiga a evolução das diversas linguagens e as inúmeras
possibilidades de aprendizagem.
Soares (2017, p.20) explica que “o processo de alfabetização ultrapassa o significado
de ‘levar à aquisição do alfabeto’, ou seja, ensinar o código da língua escrita” [sic]. A
alfabetização é um conjunto de habilidades, que envolve muito mais do que apropriar o
sistema de escrita alfabético, mas também a compreensão dos usos sociais das práticas
relacionadas à linguagem escrita.
É fundamental compreender o processo de alfabetização e letramento como parte da
vida cotidiana e social da criança. Outrossim, nos anos iniciais o processo de alfabetização
deve-se constituir nas representações de fonemas em grafemas (escrever) e de grafemas em
fonemas (ler), ou seja, conhecer o alfabeto, codificar e decodificar os sons da língua
(fonemas) em material gráfico (grafema ou letras).
Em uma perspectiva histórico-linguística, a comunicação é um veículo que
proporciona autonomia, aprendizagem e rupturas pragmáticas. Haja vista que as primeiras
aquisições de linguagens e comunicação da criança partem do seu convívio social. Ademais,
as evoluções da língua e a aproximação com a norma padrão da Língua Portuguesa são
processos construídos com o sujeito, desde que direcionadas com o uso dos diversos meios,
tais como: textuais, digital, literário, influenciados sempre pelo seu contexto.
A criança, ao longo de seu desenvolvimento, aprimora sua linguagem, a escrita, os
códigos linguísticos e sua integração ao mundo ledor e leitor. Dessa maneira, a linguagem no
processo de alfabetização e letramento parte do pressuposto da realidade primária da criança,
na qual se aprofunda conforme o seu desenvolvimento cognitivo e linguístico, relacionado à
percepção entre os fonemas-grafemas.

3. Perspectivas dos multiletramentos e da multimodalidade

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LINGUAGENS

As transformações sociais (de ordem econômica, política, tecnológica, filosófica,


cultural) ocorridas a partir das últimas décadas do século XX proporcionaram expansões nas
formas de comunicação humana e surgimentos de “novos” meios de comunicação, tornando
as sociedades mais diversas, mais complexas e mais dinâmicas.
Nesse contexto, as (re)configurações sociais têm influenciado as distintas maneiras
com as quais a língua/linguagem (TAKAKI, 2017) se manifesta, fazendo com que as
interações humanas se deem sempre em meio às práticas sociais permeadas por recursos
multimodais e multissemióticos. Cabe ressaltar que, aqui, língua é entendida tanto como um
continnuum de linguagem (valando quaisquer recursos que o usuário/falante considere
produtivos para produzir sentidos em seus contextos socioculturais específicos), quanto como
estruturas linguísticas, conjunto de códigos linguístico-semiótico-discursivos e normatizações
que regem a comunicação escrita e oral de uma nação ou comunidade. Também, a linguagem
pode ser entendida como algo mais amplo no campo da comunicação, como linguagem
corporal, visual e multissemiótica, extrapolando as regras e convenções da língua oficial de
uma nação.
Dedicar-se a um processo de construção ou reorientação de propostas curriculares, nas
redes federal, estaduais ou municipais, passa pela consideração e atenção a uma pedagogia
que se origine em meio a uma profunda revolução no que diz respeito a como o conhecimento
é produzido e distribuído no meio social e a como a comunicação humana vem sendo
problematizada. A esse contexto, soma-se a comunicação por meio da língua, mais
especificamente, a língua portuguesa, que, como componente curricular, também recebe os
estímulos dos locais dos estudantes e passa por transformações sócio-históricas.
Com isso, a pedagogia dos multiletramentos destaca-se como possibilidade aos anseios
de estudantes e professores, em tempos de ampliação das redes de comunicação humana, na
qual temos que, praticamente, desconstruir conceitos e estruturar um novo ethos, no que diz
respeito ao ensino e à aprendizagem de uma língua. Referente a isso, cabe ressaltar que é
necessária uma abordagem que considere as diversas realidades linguísticas e sociais trazidas
por estudantes ao âmbito escolar, além da autoria de alunos e professores com o propósito de
ressignificar o acesso às convenções da língua.
Ainda, destaca-se a reunião de um grupo de professores, teóricos e pensadores do
campo da linguagem, na cidade de Nova Londres, Estados Unidos, no ano de 1996, em que se
buscava ampliar as perspectivas e o entendimento do que seja texto. Nesse momento, emerge
um manifesto cujos autores envolvidos tratavam de uma outra concepção para texto,

212
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LINGUAGENS

comunicação humana e como os estudantes estavam apreendendo as questões ligadas à língua


e à linguagem, imersos em uma nova lógica de produção e distribuição de conteúdos.
A partir de então, a pedagogia dos multiletramentos vem sendo debatida nas
academias e recebendo atenção especial na estruturação de referenciais curriculares,
especialmente no que se refere à área de linguagem. Nessa perspectiva, o processo de ensino e
aprendizagem de Língua Portuguesa tem sido problematizado, enquanto componente
curricular, no que diz respeito a sua concepção nas escolas, junto aos professores da rede
pública de ensino.
No escopo dos multiletramentos, como o próprio prefixo pressupõe (multi),
encontramos uma gama de possibilidades, tais como, o letramento digital, o letramento visual,
letramento crítico, a multimodalidade, entre outros. Importa ressaltar que a concepção de
multiletramento extravasa o entendimento de alfabetização e aquisição de código linguístico
para leitura e decodificação dos signos, experiências que não são descartadas devido a outras
concepções de letramento.
Trata-se de ampliar a noção e concepção do que se compreende por texto, no sentido
de atender às demandas contemporâneas que se inserem no contexto escolar, quando o
assunto é o ensino e a aprendizagem de línguas e literatura. Quanto a essa última área do
trabalho com as línguas, destaca-se, novamente, a obra organizada por Roxane Rojo e
Eduardo Moura, intitulada Multiletramentos na escola, na qual professores pesquisadores
demonstram as diversas possibilidades do trabalho com os clássicos da literatura infanto-
juvenil, tendo em vista a cibercultura. Isso envolve a utilização de recursos tecnológicos
disponíveis nas escolas, para que alunos e professores possam elaborar releituras de clássicos,
como Chapeuzinho Vermelho, impingindo uma linguagem própria na configuração,
desenvolvendo a autoria dos estudantes, sem deixar de lado aspectos ligados às estruturas da
língua e respeitando o enredo da história “original”.
Nesse contexto, insta destacar a utilização de ferramentas digitais que os estudantes
estão habituados a lidar, proporcionando maior sentido e envolvimento nas atividades
propostas, percorrendo diversas semioses e oportunizando uma ressignificação contextual.
Assim, um texto clássico é trazido à realidade atual dos estudantes, que aplicam conceitos e
estratégias significativas a eles, com o propósito de construir sentidos situados na cultura dos
discentes.
Nessa direção, o letramento crítico, no contexto escolar, deve ocupar papel de
destaque, considerando a necessidade de os estudantes debaterem as intenções adjacentes a

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LINGUAGENS

diversos textos e discursos que circulam socialmente. Cabe destacar, nesse sentido, a forma
que jovens e adultos consomem informação atualmente. Ferramentas como WhatsApp,
Messenger, entre outros aplicativos, fazem circular notícias e mensagens de cunhos diversos,
cumprindo, muitas vezes, o papel do jornalista que informa a população, porém sem o devido
tratamento da informação. Itens como a fonte, a checagem dos fatos, a atinência às versões
dos dois lados envolvidos na notícia são deixados de lado, promovendo espaço para um
fenômeno social que não pode ser alijado das discussões em sala de aula, a saber: as fake
news.
Dessa forma, abordar os campos de atuação, as práticas de linguagem e as habilidades
do Referencial, em uma perspectiva crítica, auxilia os estudantes a utilizar estratégias
trabalhadas nas discussões em sala de aula, para identificar notícias falsas, fortalecendo a
atuação consciente, em diversos setores da sociedade. Além disso, considerar o que os
estudantes trazem de capital cultural e, nesse caso, bagagem linguística, pode fornecer um
parâmetro para que as ações pedagógicas sejam estruturadas, privilegiando uma relação
dialógica não hierarquizada, multicultural e de descentralização de quem detém o
conhecimento “válido” para a vida dos discentes. Isso não significa abandonar práticas
produtivas já utilizadas em sala de aula, refletindo um processo de ressignificação das
concepções pedagógicas inerentes ao ensino e à aprendizagem de língua portuguesa.
Ademais, abarcar os conceitos da pedagogia dos multiletramentos neste Referencial
Curricular possibilita uma ampliação do que seja o entendimento sobre texto e sobre como
ensinamos e aprendemos a língua materna na Rede Municipal de Ensino de Campo Grande.
As semioses que surgiram nos últimos anos e as que ainda vão surgir fazem e vão fazer parte
da atividade cotidiana dos estudantes e, nesse momento, são práticas situadas. Isto é, em cada
contexto, pode haver um significado, cada palavra ou enunciado configurará uma arena, em
que batalhas são travadas pelos sentidos e os multiletramentos vêm para auxiliar uma
construção de sentidos multissemióticos que sejam plausíveis e aplicáveis por estudantes e
professores.
Ainda, o letramento digital adquire função fundamental para o desenvolvimento das
habilidades previstas no Referencial, tendo em vista os campos de atuação. Nesse sentido,
assevera-se, aqui, que desenvolver competências e habilidades ligadas ao letramento digital
extrapola a utilização de um laboratório de informática, pressupõe-se o uso de tecnologias
digitais disponíveis, como o próprio aparelho celular dos estudantes. Além disso, pretende-se,
também, ressignificar o uso das tecnologias digitais, ampliando a utilização como mero

214
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LINGUAGENS

suporte, no qual o conteúdo é apenas transposto do papel para um projetor ou tela de


computador, com a abordagem continuando sendo a mesma. Diferentemente dessa concepção,
almeja-se que as tecnologias digitais sejam uma ferramenta de produção e divulgação de
conteúdo, servindo à autoria de alunos e professores.
Para tanto, é necessário que professores e estudantes desenvolvam o conhecimento
mínimo do funcionamento de ferramentas diversas, como editores de textos e vídeos,
aplicativos de mensagens e ferramentas diversas da web, que possibilitem a produção autoral,
utilizando os conhecimentos linguísticos inerentes ao ofício dos professores de Língua
Portuguesa. Exemplo disso é o trabalho com gêneros digitais como o documentário, no qual o
professor desenvolve, junto aos alunos, a escrita de um roteiro, de um argumento e uma
sinopse, aplicando as convenções da escrita.
Nessa perspectiva, não há dúvidas de que a pedagogia dos multiletramentos pressupõe
a multimodalidade. As propostas apresentadas no manifesto do New London Group já
focalizavam os designs textuais, como maneiras diferentes, complexas e dinâmicas de
compreender os textos. Estes são sempre multimodais, requerendo recursos diversos para a
construção de sentidos, observando a contextualização, historicidade, complexidade e
dinamicidade dos significados atribuídos.
A partir da semiótica social de Kress (2010), podemos pensar a multimodalidade como
o conjunto de recursos utilizados para a produção de sentidos em situações específicas e por
sujeitos situados, considerando a agência humana, as práticas sociais e as interações humanas
e não humanas (BRAIDOTTI, 2013). Desse modo, quando nos referimos às
(re)configurações pelas quais os textos têm sido forma(ta)dos nas sociedades mediadas pelo
digital, e considerando que somente construímos significados por meio de composições
textuais, compreendemos que a multimodalidade é fundamental para as leituras dos textos.
Cabe salientar que a multimodalidade não é uma prática recente, talvez sempre tenha
estado presente na comunicação humana. Embora não se consiga datar, com exatidão, o
surgimento da multimodalidade, certamente as práticas multimodais são anteriores às
sociedades da escrita, agregando diferentes recursos linguageiros e multissemióticos à
concepção de leitura e de texto. Logo, as práticas multimodais são formas de concepção sobre
processos de leituras desde uma perspectiva ampliada, considerando o texto como um
complexo de significação. Assim, a multimodalidade é uma perspectiva teórica que permite
expandir a concepção de leitura e das diversas formas de textos verbais e não verbais,
sobretudo na sociedade digital.

215
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LINGUAGENS

A partir das pesquisas de Cope e Kalantzis (2000, 2012), compreende-se que a


abordagem multimodal demanda pensar os (re)designs espaciais, gestuais, visuais, sonoros e
linguísticos como diferentes modos de produção de significação, a partir de relações sociais
situadas. Assim sendo, a pluralidade dos usos da linguagem, concretizada em formas textuais
contemporâneas, permeadas pelos “novos” meios de comunicação, requer habilidades
multimodais para a (re)construção dos significados de forma processual e sempre inacabada,
ampliando o potencial comunicativo da linguagem humana e pós-humana (BRAIDOTTI,
2013).
Para fazer uso de abordagens multimodais, deve-se considerar imagens, sons,
animações, gestos e os diversos gêneros em que há combinação de distintos códigos
semióticos mais “evidentes”, como charges, tirinhas, histórias em quadrinhos, memes,
emoticons, infográficos, dentre outros. Há de se levar em consideração, também, os processos
de edição de textos e os distintos modos pelos quais a língua/linguagem pode se manifestar.
Assim, os textos multimodais têm sentidos coconstruídos a partir da relação de diferentes
códigos multissemióticos com as distintas construções de linguagens em meio à dinamicidade
de contextos específicos de produção de significados.
A perspectiva multimodal tira a hegemonia da lógica do tempo e espaço da escrita
ocidental cujas concepções, produções e interpretações estão centradas no escrito linear,
uniforme e homogêneo. Desse modo, na lógica hegemônica ocidental, a escrita é concebida
como sequências de palavras organizadas linearmente da esquerda para a direita, de cima para
baixo, do conhecido para o desconhecido. Ainda, a escrita tem sentidos estáticos e autônomos
em relação aos sujeitos que a produzem e acessam, invalidando outros processos de leituras
fora do paradigma linear.
No contexto multimodal, a escrita adquire outras lógicas e torna-se multiforme,
heterogênea e não linear. Dessa maneira, os sentidos atribuídos aos textos são coconstruídos
de acordo com as necessidades e objetivos do leitor, observando, por exemplo, os diversos
recursos disponíveis, como disposições gráfico-visuais (tamanhos, formatos, localizações,
temporalidades, cores das letras etc.) e os processos de edição.

4. Práticas de Linguagem

As Práticas de Linguagem, propostas pela Base Nacional Comum Curricular-BNCC,


pressupõem que o ensino da Língua Portuguesa deve partir de situações de interação social

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LINGUAGENS

em que os indivíduos façam o uso da língua dentro de um contexto social específico, os


chamados “Campos de Atuação”. Até esse ponto, nada novo, uma vez que a construção
histórica do ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa, pactuada em documentos
curriculares oficiais, já corroborava com essas ideias há décadas, dividindo o ensino da língua
em eixos de aprendizagem: Leitura, Produção de Texto, Análise e Reflexão sobre a Língua e
Oralidade.
Desse modo, as competências e habilidades trazidas pela BNCC devem ser
desenvolvidas por meio da instrumentalidade das Práticas de Linguagem no contexto social
do aluno, entendidas e, outrora, denominadas como “eixos de aprendizagem da língua
portuguesa”. Assim, as Práticas de Linguagem passam a ser qualificadas como: Práticas de
Leitura/Escuta; Prática de Análise Linguística/Semiótica; Prática de Produção de Textos e,
por fim, Prática de Oralidade11.
Apesar da requalificação e renomeação desses termos, cabe, ainda, a ressignificação
dessas práticas pelo profissional de educação em Língua Portuguesa, levando em
consideração as experiências linguísticas contemporâneas do estudante, bem como, os novos
gêneros textuais nos campos multissemióticos e multimodais, além das novas tecnologias e
ferramentas digitais, de forma a possibilitar a participação significativa e nas diversas práticas
sociais.
Nessa vertente digital e tecnológica, os gêneros textuais foram se ampliando, passando
a fazer parte também do ambiente escolar, devendo ser trabalhados em diferentes Campos de
Atuação. Outrossim, é importante observar que somente o estudo textual não cumpre seu
papel social, é preciso contextualizar o conhecimento para além do ambiente escolar a partir
de situações sociais significativas aos estudantes.
A Prática de Leitura/Escuta busca promover o desenvolvimento das competências e
habilidades de leitura, assim como compreensão textual e práticas diversificadas de
letramentos. Nesse passo, deve o texto ser trabalhado em uma perspectiva enunciativo-

11
Considerando esse conjunto de princípios e pressupostos, os eixos de integração considerados na
BNCC de Língua Portuguesa são aqueles já consagrados nos documentos curriculares da Área,
correspondentes às práticas de linguagem: oralidade, leitura/escuta, produção (escrita e
multissemiótica) e análise linguística/semiótica (que envolve conhecimentos linguísticos – sobre o
sistema de escrita, o sistema da língua e a norma-padrão –, textuais, discursivos e sobre os modos de
organização e os elementos de outras semioses). (BRASIL, 2017, p.71).

217
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LINGUAGENS

discursiva, recepcionando os princípios estampados na BNCC12, a partir do uso e finalidade


da linguagem em suas diferentes situações sociais.
Nesse contexto, sempre que possível, deve-se promover estratégias e procedimentos
de leitura e escuta de textos que estimulem a criatividade, a criticidade e a imaginação, com
disposição às múltiplas semioses, contribuindo às novas aprendizagens, principalmente, as
ativas, que contribuam para ampliação do vocabulário, com aquisição da cultura e
desenvolvimento da capacidade cognitiva do aluno.
A Prática de Análise Linguística/Semiótica pressupõe a análise do funcionamento
da língua (fonética, fonologia, sintaxe, semântica, pragmática e estilística) e das linguagens
(verbal, não verbal e multimodal), bem como, os seus efeitos nos discursos, não só de forma
prescritiva, mas de forma crítica e científica.
Desse modo, insere-se, em suas práticas, a análise e estudos das gramáticas da língua
portuguesa (normativa, descritiva, histórica, comparativa, entre outras), aditada pelos estudos
linguísticos, sociolinguísticos, lexicológicos, filológicos e outros capazes de explicar os
fenômenos da linguagem, uma vez que a proposta é possibilitar o estudo da língua portuguesa
de maneira mobilizada, harmônica e contextualizada, proporcionando um aprendizado
baseado no letramento crítico e, sobretudo, científico.
A Prática de Oralidade manifesta-se pelas interações discursivas e as estratégias de
produção de textos orais. Nesse sentido, pressupõe a utilização de estratégias e procedimentos
específicos que estimulem os alunos ao uso da palavra, do discurso, de elementos
argumentativos e enunciativos, do domínio do público e da retórica.
Assim, convém promover a praticabilidade das composições orais em sala de aula, tais
como: o uso de narrações, descrições, exposições, debates regrados, seminários,
comunicações, explanações, amostras, entre outras que estimulem a verbalização.
Anote-se, também, a importância do uso de oralização/vocalização em sala de aula,
por meio de exercícios de recitação, de leitura expressiva ou de leitura em voz alta, de
pronúncia, de dicção, de impostação e de fluência em leitura.
Embora não se confundam, a oralidade e a oralização são fundamentais para a
formação do estudante na aquisição de competências e habilidades dos gêneros orais, devendo
ser sempre estimuladas e mobilizadas em sala de aula.

12
Tal proposta assume a centralidade do texto como unidade de trabalho e as perspectivas
enunciativo-discursivas na abordagem, de forma a sempre relacionar os textos a seus contextos de
produção e o desenvolvimento de habilidades ao uso significativo da linguagem em atividades de
leitura, escuta e produção de textos em várias mídias e semioses. (BRASIL, 2017, p.67)

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LINGUAGENS

A Prática de Produção de Textos refere-se a proposições de competência e


habilidades para produção de diferentes textos, sejam escritos e/ou multimodais. Dessa forma,
“compreende como práticas relacionadas à interação e à autoria (individual ou coletiva) do
texto escrito, oral e multissemiótico, com diferentes finalidades e projetos enunciativos
[…]” (BRASIL, 2017, p. 74). Ademais, a adoção de estratégias que possibilitem desenvolver
o planejamento, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, considerando-se sua
adequação aos contextos em que foram produzidos, ao modo (escrito ou oral; imagem estática
ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semioses apropriadas a esse contexto, os
enunciadores envolvidos, o gênero, o suporte, a esfera/campo de circulação, adequação à
norma-padrão etc. (BRASIL, 2017).
A escrita, ao longo de sua história, estruturou-se, tornando-se um patrimônio cultural,
um bem social carregado da herança linguística de um povo. Assim, a escrita assume o papel
de concretização e descentralização do pensamento e, consequentemente, o prestígio da
língua, que para muitos tornou-se uma porta ao conhecimento.
O papel da escrita tem grande relevância no desenvolvimento intelectual do indivíduo.
A partir da escrita é possível tornar a língua como objeto de estudo sistemático, além de
propiciar novas possibilidades de expressão, contribuindo para a formação básica individual
do aprendiz, que está sujeito a enfrentar as demandas de uma sociedade letrada.
Não obstante, cabe esclarecer que a relação dos fenômenos da língua é compreendida,
por vezes, como um processo de cristalização do código linguístico. No entanto, há quem
compreenda como um processo contínuo, isto é, ora como paralelo direto, ora como
perspectiva que considera a linguagem capaz de perpassar por várias situações de uso da
língua, atingindo, desse modo, a complexidade dos diversos tipos de produção, surgindo
novos tipos e formas textuais (verbal e não verbal).
Nessa vertente, os encaminhamentos deste tópico são pautados a partir da premissa de
que a produção discursiva, em sua totalidade, deve ser vista como uma prática social da vida
cotidiana.
Com o advento da evolução humana e, consequentemente, das tecnologias, destaca-se
a importância de desenvolver habilidades imprescindíveis para compreensão da realidade
transformada pelo avanço tecnológico. Assim, é inviável tratar as práticas de língua e
linguagem sem que haja correlação com a civilização contemporânea. Do mesmo modo, é
pertinente observar a distinção ou semelhança entre as Práticas de Linguagem, considerando o
contexto social.

219
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Nesse entendimento, a intenção não é destacar a prioridade de uma prática ou de outra,


mas salientar o grau de importância que cada uma exerce à sociedade e a sistematização da
comunicação humana. Trata-se, pois, da compreensão de seus papéis e seus contextos de uso.
Assim sendo, cada Prática de Linguagem deve ocupar um lugar específico em sala de aula,
bem como, receber a mesma importância em seu desenvolvimento.
Em suma, o aluno, ao ser exposto às Práticas de Linguagem de maneira igualitária,
tem oportunidade de acesso às modalidades de uso da língua, possibilitando a apropriação do
sistema normativo dessa língua. Assim, é compreendido que cada prática é inerente ao ser
humano e fonte inesgotável de comunicação.
Nessa conjuntura, os professores, orientados por este documento curricular, devem
considerar os contextos e definir os níveis de linguagem, priorizando a formação integral do
indivíduo.
Por fim, é importante compreender que todas as práticas têm uma dimensão social, que
implica na discussão de valores, significados, relações de poder, que devem ser representadas
por sociedades igualitárias e não distintas. Esse é o propósito primordial do ensino das
Práticas de Linguagem contemporâneas, empoderar o indivíduo em sua particularidade e
respeito à diversidade.

5. As práticas linguageiras e os processos de (co)produção, circulação e interpretação do


conhecimento na contemporaneidade

Tópico I: Caminhos e Labirintos

A substância que tem o maior efeito sobre a nossa cultura e em nossas vidas é
completamente invisível. Nós só podemos ver seus efeitos. Esse material é a informação.
[MOORE, Alan]

O que seria, hoje, a biblioteca de Alexandria comparada a um pen drive? Certamente,


um questionamento como esse pode inculcar ousadia, reprovação e/ou, “apenas”,
descompromisso histórico. Todavia, o que se almeja com a pressuposta questão, não é fazer
dela presunçosa ou que desconsidere a História, e sim, com base axiomática, em uma
liberdade necessária ao pensamento, refletir sobre os processos e valores imbricados nas
linguagens e culturas humanas. Ressalvas garantidas, seguem-se alguns vieses cabíveis à
comparação promovida, para que, além de se tornar menos descabida, passe a elucidar,
inclusive, as relações das demandas comunicativas.
220
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Desse modo, um primeiro ponto comparativo elencado ─ sem considerar a ordem de


importância deste sob os seguintes/decorrentes ─ é o que cada um dos elementos da
indagação representa para a cultura humana. Quanto a isso, alega-se que, sobretudo aos
governantes ptolemaicos por volta do séc. II a.C., representava a opulência da erudição da
humanidade; enquanto que, hodiernamente, a qualquer homem/mulher, desde que não
marginalizados dos conhecimentos e tecnologias da Informática ou Ciência da Computação, o
pen drive não é digno de reverenciação... não, ao menos, na qualidade de objeto... talvez, a
quem refletir sobre sua representação e evolução de conhecimento envolvido para produzi-lo,
sim. Com isso, já se percebe que trazer os elementos à comparação revela que há relações
deles com a humanidade, possíveis de serem equiparadas, mas que não refletem,
necessariamente, a um padrão nas definições de valores, pois há que considerar as
perspectivas do que as lentes enfocam. Todavia, ainda, cabe melhor defini-los em sua
materialidade, para empreender-se novas comparações e, consequentemente, chegar a
desdobramento e elucidação da relevância das análises e a relação com o título deste texto.
Então, quanto a uma biblioteca, ao tratar-se de uma edificação física, obviamente, há
um valor arquitetônico atribuído, ainda mais se o considerado transcender do contemplativo
para o funcional, ao propósito que justificou sua construção... Em suma: gerar espaço
oportuno ao cumprimento/promoção de práticas leitoras diversas. Dessa maneira, no caso da
histórica biblioteca de Alexandria, em suposição, voltada a leituras bem menos multimodais
(ou com uma multimodalidade em que se prevalecia o texto verbal linear). Também há que se
considerar que era/é valorizada pelo acervo que dispunha. Em especulação de historiadores,
algo entre trinta a setenta mil volumes literários, acadêmicos e religiosos. Para o período
histórico, uma vastidão de informações acumuladas do repertório dos conhecimentos
humanos.
Concernente ao pen drive, ou uma chave de memória, trata-se de, segundo consta no
dicionário virtual Michaelis13: “Dispositivo portátil, removível, cuja principal função é de
armazenar e transportar dados, arquivos... sendo [esse]de aspecto e tamanho semelhantes a
um isqueiro”. A partir dessa explicação, empreende-se novas tessituras comparativas, como o
fato de que, a considerar a formatação das obras e da memória do pen drive, o dispositivo
permite capacidade de conter, em acervo digital, a equivalência de caracteres que uma grande
biblioteca da Antiguidade dispunha. Não com isso, pela extremidade da
compactação/sustentabilidade, ser sempre o mais oportuno à apreciação humana, nem mesmo

13
http://michaelis.uol.com.br/busca?id=0L8En, com último acesso realizado em 23/10/2019.
221
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

o comparativo de tamanho mencionado haver qualquer indicativo de agouro incendiário, para


elevá-lo a substituinte dos clássicos espaços destinados à leitura, contudo como fagulha a
mais na democratização, pela mais fácil acessibilidade, e na iluminação do fogo do
conhecimento.
Assim, o comparativo visa desencadear reflexão acerca do quanto a
contemporaneidade viabiliza romper com acercamentos seculares dos registros das
conjecturas e engenhos da espécie autodeclarada sapiente. Todavia reconhecer a grandeza de
impacto social, a partir das nanos transformações, é apenas um primeiro passo rumo à
problematização da qualidade impactante nas práticas de linguagem, as quais, inclusive, estão
simbióticas a própria constituição cultural, e por conseguinte/simultaneidade das
comunidades.
Nesse sentido, evidencia-se que, apesar do que talvez se supunham da possibilidade de
compartimentalização dos dados comunicativos a permear favoráveis conjunturas para seus
compartilhamentos, há relatada sensação, por muitos que lidam com contextos educacionais,
que mais se avançou em otimização de processos do que propriamente na formação de
leitores, haja vista que diante das imensas facilidades de apreciação/lida/reconfiguração
textual, essas têm-se propagado sem adensamento dos conteúdos, verificação razoável de
nível, seja de veracidade ou verossimilhança, do que é declarado, e/ou responsabilidade
mensurada/empática daquilo que é compartilhado.
Portanto, em consonância com a ênfase estabelecida pela Área de Linguagens no
documento da Base Nacional Comum Curricular - BNCC referentes aos gêneros textuais
digitais (ou da virtualidade “estabelecidas” pela internet), incube-se, eminentemente, a quem
professa por meio do componente de Língua Portuguesa problematizar as constatações, aqui,
atinentes, bem como outras conectadas às práticas linguageiras para além da ubiquidade do
ciberespaço.
Isso posto, elencam-se algumas constatações dos fenômenos comunicativos vinculados
ao que se denominou NTICs (Novas Tecnologias da Informação e Comunicação), a fim de
trazer consciência dos instáveis estabelecimentos conjunturais, de liame textual e
(des)favorecimento de mutualidade relacional, que os alunos lidam ou é pertinente que devam
lidar.
Dessarte, para os fins reflexivos deste escrito, traz-se à tona que, ainda, é vivenciada
uma transição da web social (ou 2.0), em vias de exploração crescente, para as webs:
semântica (ou 3.0), ubíqua (ou 4.0), e até, como já espiculada por alguns, sensorial-emotiva

222
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

(ou 5.0). A evidência disso é quando se reconhece/percebe/tem-se a sensação de que, apesar


das configurações nas hipermídias14 da World Wide Web15 possibilitar uma amplidão das
práxis comunicativas, a avalanche informacional que se tem acumulado nos servidores
computacionais16 são, sobremaneira, de cunho replicante e de entretenimento, do que autoral e
com viés crítico pró-cidadão. Em vista disso, é concernente ao professor preocupar-se em
promover mais a cogitação, a partir das realizações virtuais, sobre os abalos na/configuração
da sociedade do que a ‘simples’ promoção de práticas de produção de textos multimodais, ou
seja: pensar mais sobre o que implica estar ‘on-line’, do que, propriamente, permanecer/agir
por intermédio de uma virtualização, na suposição de ser o que basta para cumprimento de
uma demanda inclusiva.
Derradeiramente, há que se conscientizar que as práticas, na web, não se devem
restringir a imanência da internet, pois, assim como os aprendizados que as escolas
promovem devem vislumbrar a transcendência dos muros escolares, os empreendimentos
cibernéticos repercutem, em alguma medida, na vivência “off-line”.

Tópico II: Conhecimento na sociedade digital e perspectivas de letramentos

A partir, sobretudo, da década de 1980, com uma gama de estudos (Estudos Culturais,
Estudos Pós-coloniais, Estudos Subalternos, Estudos Decoloniais) que vêm sendo feitos por
diferentes teóricos em distintas partes do mundo, a concepção de conhecimento vem passando
por transformações ontológicas, principalmente quanto à sua natureza. Nessa perspectiva, o
conhecimento passa a ser concebido como sendo sempre social, histórico, cultural, local e
contextual, para os diferentes sujeitos em situações específicas.
De fato, a ideia de conhecimento estático e de significado construído previamente ao
contato com os sujeitos não se sustenta mais nos tempos atuais. Por isso, concebemos uma
educação crítica (TAKAKI, 2012, 2011) para a promoção da cidadania crítica (MONTE
MOR, 2013), buscando formar agências que incorporem os processos de (co)autoria na
(co)construção de conhecimento e que possam ser e ter impacto local e global. Portanto, é
14
Trata-se da reunião de várias mídias num ambiente computacional, suportada por sistemas
eletrônicos de comunicação. Hipermídia, diferentemente de multimídia, não é a mera reunião dos
meios existentes, e sim a fusão desses meios a partir de elementos não lineares. [adaptado de
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hiperm%C3%ADdia].
15
Significa em português ‘Rede de Alcance Mundial’, também conhecida como Web ou WWW. É um
sistema de documentos em hipermídia que são interligados e executados na internet [adaptado de
https://www.significados.com.br/world-wide-web/].
16
Diz-se dos computadores vinculados a uma rede de internet, com vistas armazenar e disponibilizar
dados de mídias virtuais para diversos usuários (‘navegantes’).
223
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

necessário incluir perspectivas críticas (FREIRE, 2018) nos estudos da língua/linguagem,


mormente em sociedades permeadas pelo digital (TAKAKI, 2012).
De acordo com as pesquisas de Takaki (2017, 2015, 2012, 2011), deve-se criar
interpretações alternativas das produções e difusões do conhecimento, de maneira a expandir
os horizontes interpretativos das construções de significação em meio às múltiplas tecnologias
e aos “novos” meios de comunicação. Além disso, é necessário buscar a expansão dos
sistemas de aprendizagem de linguagens de forma rizomática (DELEUZE e GUATTARI,
1995), relacionada com outras formas de produção de saberes, sempre de natureza dialógica.
Pois é em meio à relação dialógica que se dá a produção, circulação e interpretação do
conhecimento, articuladas a constantes práticas sociais de linguagens.
Em perspectiva decolonial (MIGNOLO, 2010; WALSH, 213), a compreensão do
termo pedagogia deve ser ampliada para muito além do uso tradicional de transmissão de
conhecimento. Conforme Walsh (2013), as pedagogias devem ser compreendidas como
práticas que possibilitem a decolonialidade do saber e permitam lutar constantemente contra a
colonialidade do poder (QUIJANO, 2000). Nesse sentido, as lógicas locais de produção e
interpretação do saber podem fazer (mais) sentido para os aprendizes, de modo a propiciar
agência em prol da cidadania crítica atualizada.
Nesse contexto, considerando o processo de transição dos modelos interpretativos de
letramento (STREET, 2014) e a perspectiva decolonial (WALSH, 2013) para se pensá-los,
devemos recorrer a pedagogias outras, que permitam aprender a desaprender para reaprender
de outro modo (WALSH, 2013). Com isso, concordamos com os estudos de Brian Street,
quando afirma que a noção de letramento deve ser baseada no que realmente as pessoas
fazem. Além disso, noções como desobediência epistêmica e pensamento fronteiriço
(MIGNOLO, 2010), interculturalidade (WALSH, 2008), epistemologias do Sul e tradução
intercultural (SANTOS e MENESES, 2010) podem ser bastante produtivas para pensarmos
em letramentos críticos (TAKAKI, 2012) nas sociedades atuais.
De fato, o status do letramento se encontra em processo de transição. Inicialmente,
incorpora-se a ele a perspectiva sociolinguística, indo além da compreensão psicolinguística.
Na perspectiva sociolinguística, os letramentos não são apenas capacidades cognitivas ou
conjuntos de práticas sustentadas na cultura escrita que podem ser aferidos nos sujeitos. Já
década de 1980, as pesquisas de Brian Street nos mostram que os letramentos devem ser
concebidos (sempre) em meio às relações de poder e de ideologias.

224
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Nessa visão, os letramentos devem ser compreendidos como práticas locais, históricas,
sociais e culturais concretas, em que diversas questões (como identidade, gênero, ideologias,
discursos, poder e suas relações com os grupos sociais) influenciam nos modos como os
sujeitos agem nos diferentes contextos específicos. Assim sendo, o letramento assume sua
natureza social e cultural, sendo concebido para muito além das práticas das culturas escritas.
E na sociedade digital, como lidar com os letramentos? Contemplar os letramentos
digitais é uma necessidade. O trabalho com os letramentos digitais faz-se necessário devido às
“novas” linguagens e aos “novos” gêneros textuais que emergem em decorrência das NTICs.
Nesse sentido, as mudanças tecnológicas contemporâneas requerem olhares e pedagogias
diferentes. Assim, a atualização das necessidades contemporâneas de coconstrução de
significados no meio digital gera “novas” demandas de cidadania, que por sua vez requerem
atualização de perspectivas críticas e de metodologias para lidarem com elas.
Nos espaços digitais, as formas como os textos se manifestam tendem a ser mais
diversas, dinâmicas, criativas e colaborativas, reconfigurando a própria arquitetura e
concepção textual. Em decorrência, destaca-se a realização hipertextual, em que entendemos
o hipertexto, muitas vezes, como um exemplo de conversão do texto do ambiente
tradicionalmente impresso para o digital. Para ler um hipertexto, é necessário um hiperleitor.
Nesse momento, podemos nos questionar o que é um hipertexto, um hiperlink e que
características necessita ter um hiperleitor. Isso para citarmos apenas alguns exemplos da
complexidade que envolve os letramentos digitais, que por sua vez não estão alijados de
outras formas ou perspectivas de letramentos, mormente os visuais e os críticos.
De acordo com Takaki (2012, p. 54), “o hipertexto é um texto digital que ocupa uma
tela e é dotado de propriedade maleável sujeito às intervenções de seu hiperleitor”. Nesse
formato de texto, a tendência é haver mais informações não verbais do que nos textos
impressos tradicionalmente. Já um hiperlink“ é formado por galáxias de links, por assim dizer.
Tais links nunca se fecham, pelo contrário, eles se multiplicam de forma multissequencial”
(TAKAKI, 2012, p. 55). Como se nota, no hiperlink, existe a multiplicidade de códigos
semióticos conectados a outras multiplicidades de códigos, incrementando a dinamicidade e a
complexidade do digital.
Nos textos digitais, a interatividade hipertexto-hiperleitor, mediada por uma tela e um
cursor, requer capacidades do leitor digital diferentes das que são exigidas na interação do
leitor tradicional com o texto impresso, demandando do hiperleitor, por exemplo, outros
critérios de autonomia para escolher e interpretar as informações. Ainda, de acordo com

225
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Takaki (2012, p. 55), “palavras e imagens digitais tomam a forma de códigos semióticos e
são: fluidos, adaptáveis, abertos sem fronteiras, processáveis, duplicáveis, [e] podem ser
relocados para infinitas redes conexão com rapidez [...]”. Portanto, essas questões precisam
ser trabalhadas com os aprendizes, em conjunto com os diversos dados que produzem
informações e as práticas que produzem saberes.

6. Campos de Atuação

6.1. Campo da Vida Cotidiana

A instituição de ensino desenvolve no sujeito a capacidade de evoluir e recriar-se.


Partindo desse pressuposto, compreende-se que o aluno inicia sua vida escolar com
experiências e bagagens de conhecimentos singulares que nortearam o seu saber.
Na visão de Vygotsky (1896-1934) em uma perspectiva histórico-cultural, essas
experiências são fundamentais para aquisição e aprofundamento do conhecimento, para que o
seu desenvolvimento tenha contextualização e sentido na vida da criança. A partir dessas
vivências trazidas pela criança, a escola é possível proporcionar a articulação e consolidação
ao uso social da língua.
Em vista disso, a Base Nacional Comum Curricular - BNCC, traz os campos de
atuação como um segmento que contempla o movimento de interface entre os conhecimentos
atribuídos à escola e às dimensões da linguagem e comunicação que perpassa pelo cotidiano
dos alunos.
O uso desse campo de atuação, no cotidiano de sala de aula, impulsiona o discente à
integração das práticas linguísticas com a valorização da diversidade comunicativa, seja essa
por especificidades de pessoas e/ou grupos sociais com o uso da língua. Também parte da
proposta de utilizar textos e situações didáticas que estejam presentes no contexto escolar e
social.
Ademais, o segmento campo da vida cotidiana, propõe ao professor incluir, nas
práticas pedagógicas, a contextualização das situações cotidianas vividas pelo aluno. Dessa
maneira, o professor irá compreender que, a todo momento, o aluno aprende e ensina aqueles
que fazem parte do seu dia a dia, pois a premissa do conhecimento parte do senso comum
para a progressão do saber.

226
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

6.2. Campo de Atuação na Vida Pública

O Campo de Atuação da Vida Pública pressupõe a contextualização do


conhecimento escolar às situações da vida social e política dos alunos, de modo que as
Práticas de Linguagem (Leitura/Escuta; Produção de Textos; Análise Linguística/Semiótica e
Oralidade), no ensino de Língua Portuguesa, favoreçam a criticidade, a reflexão, a autonomia
e a consciência dos direitos, deveres e garantias individuais e coletivos, possibilitando a
compreensão da realidade econômica, cultural e política da sociedade em que estão inseridos.
Dessa forma, destacam-se o estudo, a reflexão e a consciência dos direitos básicos
como, por exemplo: os direitos civis (Código Civil), os direitos dos trabalhadores (CLT), os
direitos e deveres dos consumidores (Código de Defesa do Consumidor), Estatuto da Criança
e do Adolescente (ECA), as regras de trânsito (Código Nacional de Trânsito), direitos e
garantias fundamentais, os direitos sociais (Constituição Federal), Direitos Humanos e outros,
com a finalidade de promover o pleno desenvolvimento do indivíduo como cidadão, por meio
do conhecimento e debate de normas e valores que orientam e preparam o sujeito para viver
coletivamente.
Cabe ressaltar que o estudo desses textos normativos não pretende focar a perspectiva
de aprendizado jurídico, mas no sentido de reflexão e análise da linguagem, do discurso, dos
gêneros e estruturas textuais em que estão inseridos, e da conscientização dos diplomas legais
básicos.
Trata-se, então, de ampliar e qualificar a participação dos indivíduos nas práticas
relativas ao debate de ideias e à atuação política e social, por meio da compreensão dos
interesses que movem a esfera política em seus diferentes níveis e instâncias, das formas e
canais de participação institucionalizados, incluindo os digitais, e das formas de participação
não institucionalizadas, incluindo aqui manifestações artísticas e intervenções urbanas;
reconhecimento da importância de se envolver com questões de interesse público e coletivo e
compreensão do contexto de promulgação dos direitos humanos, das políticas afirmativas, e
das leis de uma forma geral em um estado democrático, como forma de propiciar a vivência
democrática em várias instâncias e uma atuação pautada pela ética da responsabilidade (o
outro tem direito a uma vida digna tanto quanto eu tenho); desenvolvimento de habilidades e
aprendizagem de procedimentos envolvidos na Leitura/Escuta e Produção de Textos
pertencentes a gêneros relacionados à discussão e implementação de propostas, à defesa de
direitos e a projetos culturais e de interesse público de diferentes naturezas. (BRASIL, 2017).

227
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Além disso, os estudos relacionados ao campo em questão envolvem o domínio de


gêneros legais e o conhecimento dos canais competentes para questionamentos, reclamação
de direitos e denúncias de desrespeitos a legislações e regulamentações; de discussão de
propostas e programas de interesse público no contexto de agremiações, coletivos,
movimentos e outras instâncias e fóruns de discussão da escola, da comunidade e da cidade
(BRASIL, 2017).

6.3. Campo Jornalístico/Midiático

Em retomada a lógica de que textos circulam socialmente e produzem efeitos nas


interações humanas, o Campo em epígrafe trata de como os textos orais, escritos, multimodais
e multimidiáticos são produzidos e distribuídos, tendo como suporte as mídias digitais e
analógicas. Nesse sentido, atinente à forma de comunicação e informação contemporânea,
percebe-se uma mudança profunda, na qual os meios de comunicação tidos como
hegemônicos passam a ser tensionados, dando espaço para plataformas alternativas e até
mesmo informais.
Tal fato incide no surgimento de outras vozes sociais, muitas vezes, suprimidas por
interesses diversos. Nessa direção, as mídias digitais vêm proporcionando espaço para
diversos nichos da sociedade demonstrarem suas necessidades, problemas e soluções, em
atendimento a uma demanda mais localizada em termos de consumo, linguagens, artes e
formas de receber e distribuir notícias e informações. Nessa esteira, além dos benefícios de se
descentralizar a produção e circulação de informações, formas obscuras de informação são
ressignificadas devido ao movimento inerente ao mundo multimidiático, a saber: as fake
news. Esse fenômeno não surge só, ele é acompanhado de outras manifestações humanas que
não tinham alcance expressivo na era analógica de comunicação, pois os veículos impressos
tinham contextos de circulação mais limitantes, e até mesmo os digitais, que se despontavam
constituíam-se de um filtro maior em sua produção, haja vista que as autorias eram mais ao
âmbito institucional (ou seja: restritas) do que individual (ou seja: com maior diversificação
autoral e com possibilidades de anonimato).
Assim, o discurso de ódio, o efeito bolha e a pós-verdade ganham notoriedade,
precisando a escola debater e problematizar esses acontecimentos sociais. Não se trata de
suprimir as opiniões divergentes, nem prescrever o que é “bom” ou “ruim” na vida dos
estudantes, trata-se, de abordar tais assuntos munidos de estratégias que possam balizar as

228
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LINGUAGENS

discussões em direção de uma sociedade mais equânime, na qual todos são iguais, ressalvadas
suas diferenças.
Por fim, ressalte-se o importante papel da instituição escola, com destaque à figura do
professor. Esse, por sua vez, verifica que os conhecimentos acumulados ao longo de uma
trajetória de trabalho, bem como sua experiência prático-metodológica passam a ser
desestabilizadas a partir da inserção dessas novas vivências. No entanto, isso não significa que
todo o trabalho feito até o momento deva ser simplesmente descartado, mas ressignificado,
dando espaço aos novos letramentos, essencialmente os digitais.

6.4. Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa

“...a interação social por intermédio da língua caracteriza-


se, fundamentalmente, pela argumentatividade…”
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça

O aprendizado escolar não se trata de uma perspectiva contemplativa e assimilatória,


ainda que abranja essas prospectivas, é sobretudo de fortalecimento da capacidade
compreensiva e crítica dos sujeitos, doravante as suas potencialidades argumentativas. Desse
modo, salvas as peculiaridades de enfoque em conteúdos, todos componentes curriculares
estão inclinados a esse fim. Assim, a partir dessas prerrogativas, destaca-se que: com os
aprendizados em Língua Portuguesa, almeja-se viabilizar um alicerce de arguição capaz de
dar motricidade expressiva aos aprendizados escolares; em complementar/inter-relacional
sintonia o amadurecimento do que pode ser concebido como letramento científico.
Em vista disso, o ‘Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa’ contempla como escopo,
justamente, cumprir com esses objetivos para formação e desenvolvimento dos jovens, desde
a condição infantil até as configuração da adolescência, em proveito de estarem
circunstanciados como estudantes, logo de quem se dedica ao estudo, à pesquisa, à
investigação, à problematização, além da dedicação a compreender, analisar, conjecturar,
explanar e posicionar a respeito dos conhecimentos, humanamente, consolidados e/ou em
consolidação.
Para tanto, “destaca-se que, no campo das práticas investigativas, há uma ênfase nos
gêneros didático-expositivos, impressos ou digitais, do 6º ao 9º ano, sendo a progressão dos
conhecimentos marcada pela indicação do que se operacionaliza na leitura, escrita, oralidade.
Nesse processo, procedimentos e gêneros de apoio à compreensão são propostos em todos os
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LINGUAGENS

anos. Esses textos servirão de base para a reelaboração de conhecimentos, a partir da


elaboração de textos-síntese, como quadros sinópticos, esquemas, gráficos, infográficos,
tabelas, resumos, entre outros, que permitem o processamento e a organização de
conhecimentos em práticas de estudo e de dados levantados em diferentes fontes de pesquisa.
Será dada ênfase especial a procedimentos de busca, tratamento e análise de dados e
informações e a formas variadas de registro e socialização de estudos e pesquisas, que
envolvem não só os gêneros já consagrados, como apresentação oral e ensaio escolar, como
também outros gêneros da cultura digital – relatos multimidiáticos, verbetes de enciclopédias
colaborativas, vídeos-minuto etc. Trata-se de fomentar uma formação que possibilite o trato
crítico e criterioso das informações e dados” (BRASIL, 2017, p. 135-136).
Ainda com o fito de estabelecer um dilucidamento pragmático, é apontado sobre o
Campo que esse visa “ampliar e qualificar a participação dos jovens nas práticas relativas ao
estudo e à pesquisa, por meio de:
- compreensão dos interesses, atividades e procedimentos que movem as esferas
científica, de divulgação científica e escolar;
- reconhecimento da importância do domínio dessas práticas para a compreensão do
mundo físico e da realidade social, para o prosseguimento dos estudos e para formação para o
trabalho;
- desenvolvimento de habilidades e aprendizagens de procedimentos envolvidos na
leitura/escuta e produção de textos pertencentes a gêneros relacionados ao estudo, à pesquisa
e à divulgação científica; e” (BRASIL, 2017, p. 148)
- estabelecimento de objetivo/práxis relacionado/relacionada à sustentabilidade
ambiental e das relações humanas, mediante conscientização do impacto das manifestações
comunicativas, em promoção de uma linguagem, igualmente, mais sustentável, pela
manifestação diplomática, não no sentido de um pacifismo em todas circunstâncias, e sim no
sentido de manifestação/atuação/intervenção respeitosamente, capaz de, por via de
argumentação fundamentada e polida, refletir o que é uma discordância ideológica de uma
reprovação irrestrita do indivíduo que pensa diferente.
As “habilidades mais gerais envolvem o domínio contextualizado de gêneros como
apresentação oral, palestra, mesa-redonda, debate, artigo de divulgação científica, artigo
científico, artigo de opinião, ensaio, reportagem de divulgação científica, texto didático,
infográfico, esquemas, relatório, relato (multimidiático) de campo, documentário, cartografia
animada, podcasts e vídeos diversos de divulgação científica, que supõem o reconhecimento

230
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Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

de sua função social, a análise da forma como se organizam e dos recursos e elementos
linguísticos das demais semioses (ou recursos e elementos multimodais) envolvidos na
tessitura de textos pertencentes a esses gêneros.
Trata-se, também, de aprender, de forma significativa, na articulação com outras áreas
e com os projetos e escolhas pessoais dos jovens, procedimentos de investigação e pesquisa.
Para além da leitura/escuta de textos/produções pertencentes aos gêneros já mencionados,
cabe diversificar, em cada ano e ao longo dos anos, os gêneros/produções escolhidos para
apresentar e socializar resultados de pesquisa, de forma a contemplar a apresentação oral,
gêneros mais típicos dos letramentos da letra e do impresso, gêneros multissemióticos, textos
hipermidiáticos, que suponham colaboração, próprios da cultura digital e das culturas juvenis”
(BRASIL, 2017, p. 149).
Quanto aos cuidados específicos com o tratamento da informação, salienta-se que é
mister desconstruir qualquer visão de que a parte redacional de uma pesquisa deve ser a mais
difícil. É válido que o estudante reconheça que a escrita de um texto científico pode-lhe exigir
um esforço comunicativo não natural17, todavia é com a prática constante, ainda que a partir
do fomento escolar, que ao aluno naturalizar-se-á a formalização de comunicar
cientificamente. Nesse sentido, cabe superar o receio, do estudante em se expor/ser avaliado,
para cumprir explanações orais a respeito das pesquisas empreendidas, muito menos com a
insistência, em uma eventualidade, a pender para configuração de notas, e muito mais com a
oportunização de momentos regulares de valorização do que foi pesquisado e a visão do
pesquisador. Vislumbra-se que haja uma conscientização de que qualquer rigor redacional ou
de discurso oral, em âmbito científico, não é mero capricho/elitismo linguístico, e sim uma
necessidade de clareza e objetividade comunicativa que pode ser dominada apreciada e
aplicada em outros objetivos/contextos de enunciação, tendo em vista o potencial elucidativo
de ampla utilidade, sejam para as relações pessoal-familiares ou de comunitário-sociais
(intersecção com outros ‘Campos de Atuação’).
Cabe-se salientar, outrossim, que o desenvolvimento dos estudantes no ‘Campo das
Práticas de Estudo e Pesquisa’ não almeja a formação de uma comunidade de cientistas
permanentes, como ocupação principal e de maior constância na vida dos alunos/indivíduos,
todavia aspira que os sujeitos escolarizados sejam capazes de exercitar uma postura e um

17
Por mais que possamos considerar que haja processos naturais de linguagem humana, para o caso, o
máximo que se pode supor é uma ‘naturalização’ dos discursos científicos, pois a fala, eminentemente,
não surge/desenvolve-se ‘presa’, exclusivamente, aos padrões adotados pelas comunidades de
cientistas, para expressarem suas hipóteses/conclusões.
231
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

domínio de linguagem, ambos científicos quando a inclinação contextual favorecer/exigir,


para que a retórica e o status de pesquisador façam-se emancipadores sem oprimir outras
óticas do conhecimento (mítico-místico, empírico-popular, filosófico…), bem como os
objetivos, esforços, reconhecimentos e benefícios das pesquisas rumem para além do reduto
individual a alcançar a esfera da coletividade.

6.5. Campo Artístico-Literário

Diante de um cenário social e educacional marcado pelas contradições do mundo


contemporâneo, de avanços e inovações no campo das tecnologias digitais por um lado, e
carências humanas e materiais, por outro lado, a escola ainda é o ambiente que, minimamente,
garante e assegura o conhecimento de mundo e a reflexão crítica pelo contato com a leitura
dos textos literários, pois, já não há bancas de jornais para encher os olhos das crianças com
gibis e almanaques e, as livrarias, sejam de qualquer tamanho têm sido extintas uma a uma.
Será possível, ainda, formar sujeitos leitores?
Segundo apregoa a Base Nacional Comum Curricular “[...] depois de ler um livro de
literatura ou assistir a um filme, pode-se postar comentários em redes sociais específicas [...]”
(BRASIL, 2017, p. 66). Ou seja, ela aponta na direção de movimentos distintos e
independentes, quais sejam, a natureza de dois acessos. O primeiro acesso trata-se da leitura
do texto literário que, guardadas as devidas proporções, todas as escolas públicas, em linhas
gerais, possuem acervos, uns mais sofisticados, outros menos, mas enfim, que contemplam
desde a literatura brasileira até a pluralidade de obras da literatura estrangeira. Trata-se do
ponto de partida para uma abordagem que diz respeito ao Campo de Atuação Artístico-
Literário, pois, ainda que se reconheça a existência de outros meios de transmissão para os
textos literários, como o cinema, o streaming, o teatro, a dança, etc., a obra literária na
essência do livro não deve ser substituída, em contrário, urge continuar estimulando essa
prática. O texto literário permite aos alunos vivenciar a sagacidade de uma prosa ou de uma
poesia de modo individual ou coletivo.
Contudo, é notório que a linguagem literária, por ser ampla e irrestrita, exige
conhecimento e habilidade de manuseio pelo docente para que possa orientar os trabalhos
com os recortes escolhidos, para que caiba em medida e interesse da proposta didático-
pedagógica de determinado público estudantil.
A leitura do texto literário nos anos do Ensino Fundamental deve ser um continuum
processo leitor que deve permear a formação do aluno no decorrer de sua vida escolar em
232
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

contato com textos da cultura erudita e da cultura de massa. Trata-se de um processo de


leitura-deleite relacionado ao Campo de Atuação Artístico-Literário e que visa subsidiar o
contato com a pluralidade das manifestações de linguagem artístico-literária.
E, portanto, espera-se que os aprendizados relacionados ao campo supracitado que os
alunos possam fazer a relação entre textos, desenvolvam estratégias de leitura, coloquem em
prática a réplica em virtude da apreciação, ressignifiquem efeitos de sentido como resultados
dos usos de recursos linguísticos e multissemióticos, etc.

7. Aprendizagem e avaliação

O percurso seguido pelo aluno ao longo de sua trajetória escolar propicia a construção
de sua identidade acadêmica, que está relacionada às vivências cotidianas no âmbito social e
escolar. Pode-se entender a aprendizagem como um processo contínuo, no qual é alcançado
pelo aluno, mediante suas experiências e as várias situações de ensino desenvolvidas nos
espaços educativos. Enquanto que a avaliação seria a consolidação dessas competências
adquiridas pelo aluno. Assim, esse desenvolvimento da aprendizagem resulta, também, das
avaliações realizadas durante o período escolar.
A prática de avaliar é um processo conquistado pelo docente durante sua vida
profissional, esse processo é pautado na intencionalidade, no planejamento e no
direcionamento do que se espera do aluno e de si mesmo. É fundamental que o professor
entenda que a avaliação se baseia no que esse professor espera que seja alcançado pelo aluno,
desde a perspectiva relacionada ao conteúdo estudado até as habilidades (a serem) adquiridas.
A avaliação configura-se a partir de instrumentos utilizados em sala de aula para que
se possa acompanhar o desenvolvimento dos educandos, ou seja, fornecer informações acerca
das ações de aprendizagem e, portanto, não pode ser realizada apenas ao final do processo,
sob risco de perder seu propósito.
Nesse sentido, a avaliação perpassa por duas definições: formais e informais. Os
estudantes avaliados, de maneira formal, em provas, por exemplo, refletem em resultados
imediatos, no entanto esses resultados não devem ser o único ponto orientador do professor. O
complemento de sua avalição, também, pode ser realizado em outros momentos, de modo
informal, por meio de conversas com os estudantes no dia a dia da sala de aula, bem como em
projetos e demais ações desenvolvidas no âmbito escolar.

233
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

As diversas observações realizadas pelo professor no cotidiano de sala de aula


proporcionam o acompanhamento da produtividade desempenhada na escola pelos estudantes.
Além disso, é imprescindível compreender as demais relações que implicam no êxito escolar,
alguns desses fatores são: a relação entre o aluno e o professor, o envolvimento e a
participação da família no processo de desenvolvimento escolar do aluno, além das situações
didáticas vividas na escola.
Destarte, é fundamental compreender o processo de avaliação do estudante, bem
como, o ciclo vivido nesse percurso. Dessa maneira, pode-se perceber que a consolidação
dessa compreensão depende não apenas dos objetivos traçados pelo professor em seu
processo de avaliar, mas também do alinhamento entre os demais agentes educacionais, com
vistas a uma escola mais democrática.

8. Células de Recomendações

Em consideração ao fato da adoção, pela BNCC (2017), de uma proposição curricular


por competências, em que, a fim do preparo para implementar os objetivos de aprendizagens,
esmiúça, no componente curricular de Língua Portuguesa, uma gama de habilitações, bem
como a discriminação dos respectivos objetos do conhecimento relacionados a essas,
ponderou-se, a partir de discussões promovidas entre/com os professores da Reme, de que, em
virtude da extensão documental, e o risco de comprometer com o cumprimento das ações,
explicitamente, listadas, não fomentar a escrita de redações para novas habilidades.
Desse modo, contribuições complementares dar-se-ão, para além dos textos
introdutórios do componente curricular, por meio da inserção de algumas células intituladas
‘Recomendações’, entre o conceito de ‘Campos de Atuação’, que, além de trazerem
elucidações a respeito da integralidade das ‘Práticas de Linguagem’, estabelecem divisão na
tabela da matriz.
Essas ‘Recomendações’ consistem em comentar, orientar e sugerir práticas que,
independente de serem as mais assertivas ou tangíveis — até mesmo porque isso depende das
concepções de cada profissional, ademais das articulações que cada unidade escolar consegue
empreender — podem favorecer o desenvolvimento das habilidades e partem de um rearranjo
textual do que os docentes, em formação específica para construção do presente referencial
curricular, pontuaram coletivamente.
Salienta-se que as recomendações, assim como os textos introdutórios respeitam
caracterizações particulares a depender dos discursos empreendidos, igualmente, não se
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Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

consolidam com uma exatidão de padrão textual, haja vista que depreendem, além das
especificidades dos anos escolares, as relações concernentes a cada Campo de Atuação.

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
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LINGUAGENS

Campos de atuação e habilidades

Campo da Vida Cotidiana


Habilidades comuns aos 1º, 2º, 3º, 4º e 5º anos18
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Leitura de imagens em narrativas visuais (CG.EF15LP14.s) Construir o sentido de histórias em quadrinhos e tirinhas,
(compartilhada e relacionando imagens e palavras e interpretando recursos gráficos (tipos de
autônoma) balões, de letras, onomatopeias).
Recomendações:
Em consideração às competências e habilidades a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de se desenvolver as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com todas
as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.
Trata-se de uma habilidade que precisa considerar tanto o trabalho com leitura, quanto as características dos gêneros em estudo, como por exemplo, quadrinhos e
tirinhas (organização interna, marcas linguísticas, conteúdo temático) dos textos a serem lidos. Valorizar a leitura como fonte de informação, via de acesso aos
mundos criados pela literatura e possibilidade de fruição estética, de modo que o aluno seja capaz de recorrer aos materiais escritos em função de diferentes
objetivos. Esses comportamentos leitores demonstram a compreensão dos textos lidos ou ouvidos, utilizando procedimentos e estratégias de leitura.
A Prática de Leitura/Escuta (compartilhada e autônoma) está prevista na habilidade(CG.EF15LP14.s), na qual orienta-se ao professor desenvolver proposta de
atividade permanente para trabalhar rodas de leitura. O objetivo é enfatizar atividades que busquem os efeitos de sentido dos textos multissemióticos, da
brincadeira com a palavra e a imagem, que, ainda, podem ser desenvolvidas na Prática de Oralidade; Prática de Análise Linguística/Semiótica e Produção
de Texto.
Campo da Vida Cotidiana
Habilidades relativas ao 1º e 2º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/escuta Compreensão em leitura. (CG.EF12LP04.s) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a
(compartilhada e ajuda do professor ou já com certa autonomia, listas, agendas, calendários, avisos,
autônoma) convites, receitas, instruções de montagem (digitais ou impressos), dentre outros
gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto, relacionando sua forma de organização à sua finalidade.
Oralidade Produção de texto oral. (CG.EF12LP06.s) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a
ajuda do professor, recados, avisos, convites, receitas, instruções de montagem,

18
Orienta-se que as habilidades de Língua Portuguesa de 1º ao 5º ano sejam desenvolvidas de maneira diferenciada em suas práticas pedagógicas, de forma
que não estejam repetidas nos anos posteriores.
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LINGUAGENS

dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, que possam ser repassados
oralmente por meio de ferramentas digitais, em áudio ou vídeo, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
Análise Forma de composição do texto. (CG.EF12LP07.s) Identificar e (re)produzir, em cantiga, quadras, quadrinhas,
Linguística/Semiótica parlendas, trava-línguas e canções, rimas, aliterações, assonâncias, o ritmo de fala
(alfabetização) relacionado ao ritmo e à melodia das músicas e seus efeitos de sentido.
Recomendações:
Para o desenvolvimento e compreensão da Prática de Leitura/Escuta (compartilhada e autônoma), na habilidade (CG.EF12LP04.s), deve-se considerar além da
decodificação, a compreensão das características de cada um dos gêneros trabalhados dentro do Campo da vida cotidiana (organização interna, marcas
linguísticas, conteúdos temáticos) e dos textos específicos a serem lidos. Sendo que, a progressão de leitor se passa pelo grau de autonomia do aluno (leitura em
colaboração e leitura autônoma).
Ao desenvolver a Prática da Oralidade, com a habilidade (CG.EF12LP06.s) o professor poderá propor momentos de planejamento e produção coletiva ou
individual, utilizando ferramentas digitais que viabilizem textos discursivos dos gêneros previstos, de modo que seja possível reproduzi-los em atividades de
escrita e reescrita, assim como de criá-los em atividades de produção de textos, além de refletir sobre o sistema de escrita, observando as rimas, encontradas em
diversos gêneros textuais, na produção dos textos (em áudio e/ou vídeo).
No que se refere ao desenvolvimento da Prática de Análise Linguística/Semiótica, na habilidade (CG.EF12LP07.s),o aluno deverá ser capaz de reconhecer, no
processo de leitura, recursos linguísticos e deste campo de atuação.
Campo da Vida Cotidiana
Habilidades relativas ao 2º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/escuta Compreensão em leitura. (CG.EF02LP12.s) Ler e compreender com certa autonomia cantigas, letras de
(compartilhada e canção, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a
autônoma) situação comunicativa e o tema/assunto do texto e relacionando sua forma de
organização à sua finalidade.
Escrita (compartilhada e Escrita autônoma e compartilhada. (CG.EF02LP13.s) Planejar e produzir bilhetes e cartas, em meio impresso e/ou
autônoma) digital, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
Escrita (compartilhada e Escrita autônoma e compartilhada. (CG.EF02LP14.s) Planejar e produzir pequenos relatos de observação de
autônoma) processos, de fatos, de experiências pessoais, mantendo as características do
gênero, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Oralidade Produção de texto oral. (CG.EF02LP15.s) Cantar cantigas e canções, obedecendo ao ritmo e à melodia.
Análise Forma de composição do texto (CG.EF02LP16.s) Identificar e reproduzir, em bilhetes, recados, avisos, cartas, e-
linguística/semiótica mails, receitas (modo de fazer), relatos (digitais ou impressos), a formatação e
(Alfabetização) diagramação específica de cada um desses gêneros.

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LINGUAGENS

Análise Forma de composição do texto (CG.EF02LP17.s) Identificar e reproduzir, em relatos de experiências pessoais, a
linguística/semiótica sequência dos fatos, utilizando expressões que marquem a passagem do tempo
(Alfabetização) (“antes”, “depois”, “ontem”, “hoje”, “amanhã”, “outro dia”, “antigamente”, “há
muito tempo” etc.), e o nível de informatividade necessário.
Recomendações:
Neste campo, contempla-se o movimento cotidiano em que a circulação de gêneros orais é maior, compreende-se que as práticas contextualizadas podem
contemplar a reflexão e o desenvolvimento da escrita e da leitura em direção às práticas dos demais campos, haja vista que existe intercessão entre eles.
Na Prática da Oralidade textos de tradição oral podem envolver canções, parlendas, trava-línguas, adivinhas, quadrinhas, relatos e poemas, além de auxiliar o
trabalho com a leitura autônoma e compartilhada, permitindo a reflexão e observação entre as palavras faladas e a escrita, criando, assim, possibilidades de
ajustes na escrita e na leitura com certa autonomia. A Prática da Leitura/Escuta e a Prática de Escrita promovem o estabelecimento das relações entre si, para
isso é importante que o professor possibilite ao aluno um repertório de estratégias para desenvolver alunos produtores de textos a partir de avisos, como orienta a
habilidade (CG.EF02LP16.s), podem considerar o assunto com base em informações do calendário escolar, avisos no trânsito, avisos no ambiente escolar, dentre
outros, considerando a quem se destina a informação, o responsável pelo aviso e a mensagem, cartas, e-mails, bilhetes e relatos também devem ser considerados
como uma forma de comunicação, assim como os avisos impressos ou digitais. As receitas podem ser percebidas como um guia para a produção de alimentos,
pinturas especiais, papel reciclado, etc, reconhecendo o que será feito, os ingredientes e o tempo necessários para o preparo.
A sequência temporal marcada pela passagem do tempo na habilidade (CG.EF02LP17.s) pode ser aprimorada e desenvolvida por meio da exploração das
vivências oriundas de experiências pessoais organizadas e pensadas de forma ordenada e relatadas com coerência. As leituras colaborativas são oportunidades de
observação das marcas e da progressão do tempo nos recursos linguísticos e na vida, salientando-se que nas práticas de linguagem, que envolvam a leitura, a
decodificação é necessária para tornar o leitor autônomo, mas não suficiente para ler, decodificar não esgota o objetivo da alfabetização que é compreender o que
lê. Na Prática Análise Linguística/Semiótica, identificar e reproduzir, nas habilidades (CG.EF02LP16.s) e (CG.EF02LP17.s), requer-se a interação frequente
para o desenvolvimento da familiarização com as características de cada gênero do que se pede, reconhecendo os recursos linguísticos e discursivos que
constituem os diferentes gêneros, podendo assim, serem empregados na produção escrita, tais como: propostas envolvendo a elaboração e troca de cartas,
construção de um livro de receitas variadas e/ou regionais (com degustação), são sugestões para o desenvolvimento das habilidades, sendo possível a passagem
do tempo ser observada nas produções.
Campo da Vida Cotidiana
Habilidades relativas ao 3º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/escuta Compreensão em leitura. (CG.EF03LP11.s) Ler e compreender, com autonomia, textos injuntivos
(compartilhada e instrucionais (receitas, instruções de montagem etc.), com a estrutura própria
autônoma) desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a serem seguidos) e
mesclando palavras, imagens e recursos gráfico-visuais, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.
Leitura/escuta Compreensão em leitura. (CG.EF03LP12.s) Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais e diários,
(compartilhada e com expressão de sentimentos e opiniões, dentre outros gêneros do campo da vida
autônoma) cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação
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LINGUAGENS

comunicativa e o tema/assunto do texto.


Produção de textos Compreensão em leitura. (CG.EF03LP13.s) Planejar e produzir cartas pessoais e diários, com expressão de
(compartilhada e sentimentos e opiniões, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de
autônoma) acordo com as convenções dos gêneros carta e diário e considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.
Escrita (compartilhada e Escrita colaborativa. (CG.EF03LP14.s) Planejar e produzir textos injuntivos instrucionais, com a
autônoma) estrutura própria desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a serem
seguidos) e mesclando palavras, imagens e recursos gráfico-visuais, considerando
a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto.
Oralidade Produção de texto oral. (CG.EF03LP15.s) Assistir em vídeo digital, a programa de culinária infantil e, a
partir dele, planejar e produzir receitas em áudio ou vídeo.
Análise Forma de composição do texto. (CG.EF03LP16.s) Identificar e reproduzir, em textos injuntivos instrucionais
linguística/semiótica (receitas, instruções de montagem, digitais ou impressos), a formatação própria
(Ortografização) desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a serem seguidos) e a
diagramação específica dos textos desses gêneros (lista de ingredientes ou
materiais e instruções de execução – "modo de fazer").
Análise Forma de composição do texto. (CG.EF03LP17.s) Identificar e reproduzir, em gêneros epistolares e diários, a
linguística/semiótica formatação própria desses textos (relatos de acontecimentos, expressão de
(Ortografização) vivências, emoções, opiniões ou críticas) e a diagramação específica dos textos
desses gêneros (data, saudação, corpo do texto, despedida, assinatura).
Recomendações:
Para a construção e desenvolvimento deste campo de atuação, é necessário que o aluno já tenha consolidado a linguagem alfabética. O objetivo de produzir
textos publicitários e de propagandas possibilita ao aluno o poder de resolver situações do dia a dia por meio da argumentação, esse exercício leva o aluno a
utilizar o poder da língua como fonte de convencimento e de tomada de decisões.
Na Prática de Leitura/Escuta, a proposição das habilidades (CG.EF03LP11.s), (CG.EF03LP12.s), (CG.EF03LP13.s) e (CG.EF03LP14.s), é pertinente que
contemplem as características dos textos selecionados para leitura dos gêneros previstos. Neste sentido, cabem instruções de montagem textual (Oralidade e/ou
Produção de Textos), sendo organizadas pela presença de apresentação e nomeação de todas as peças, esquema gráfico de montagem e instruções. Em
continuidade, é oportuno envolver o planejar, o produzir e o revisar, que significam organizar as ideias para depois colocá-las no papel. É necessário reler o que
está escrito para continuar, consultar o que foi planejado para tomar decisões no momento da escrita e revisar ao longo do processo e ao final, para que a
progressão horizontal possa acontecer partindo de dois critérios: o nível de autonomia do aluno para realizar as atividades propostas e o nível de complexidade
do texto a ser elaborado.
Na Oralidade, no que se refere às habilidades (CG.EF03LP15.s) e (CG.EF03LP16.s), é necessário a recepção atenta e a análise de receitas transmitidas em
mídia digital, além de duas outras operações complexas e articuladas entre si: planejar e produzir textos do mesmo gênero. Nessa elaboração, é previsto
habilidades que envolvam procedimentos de utilização das ferramentas digitais que oportunizam a produção de textos orais em ambientes digitais. Além disso,
propõe-se a análise de textos, no gênero receita, para extrair as suas características, de acordo com a situação comunicativa, o planejamento do texto a ser
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LINGUAGENS

produzido, considerando a situação em que irá circular, bem como as orientações da produção/textualização.
Na Análise Linguística/Semiótica da habilidade (CG.EF03LP17.s), no processo de leitura, reconhecem-se os recursos linguísticos e discursivos que constituem
os gêneros previstos, de modo que seja possível empregá-los, adequadamente, nos textos a serem produzidos. Para o 3º ano, o aprofundamento realiza-se por
sequências didáticas, a fim de perceber seus elementos constitutivos. Ao relacionar a elaboração de atividades que envolvam esse procedimento, desperta-se, no
aluno, o aperfeiçoamento das Práticas de Linguagens: Oralidade, Leitura/Escuta e Análise Linguística/Semiótica, na medida em que se utiliza essas
ferramentas é proposto ao aluno o crescimento progressivo e autônomo. Para o trabalho com a produção de textos orais, é recomendado fazer uso de recursos
multimidiáticos que possibilitem a produção de conteúdo em áudio e vídeo.
Campo da Vida Cotidiana
Habilidades relativas ao 4º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/escuta Compreensão em leitura (CG.EF04LP09.s) Ler e compreender, com autonomia, boletos, faturas e carnês,
(compartilhada e dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções
autônoma) do gênero (campos, itens elencados, medidas de consumo, código de barras) e
considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.
Leitura/escuta Compreensão em leitura (CG.EF04LP10.s) Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais de
(compartilhada e reclamação, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as
autônoma) convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
Produção de textos Escrita colaborativa (CG.EF04LP11.s) Planejar e produzir, com autonomia, cartas pessoais de
(escrita compartilhada e reclamação, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as
autônoma) convenções do gênero carta e com a estrutura própria desses textos (problema,
opinião, argumentos), considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
Oralidade Produção de texto oral (CG.EF04LP12.s) Assistir em vídeo digital, a programa infantil com instruções de
montagem, de jogos e brincadeiras e, a partir dele, planejar e produzir tutoriais em
áudio ou vídeo.
Análise Forma de composição do texto (CG.EF04LP13.s) Identificar e reproduzir, em textos injuntivos instrucionais
linguística/semiótica (instruções de jogos digitais ou impressos), a formatação própria desses textos
(Ortografização) (verbos imperativos, indicação de passos a serem seguidos) e formato específico
dos textos orais ou escritos desses gêneros (lista/apresentação de materiais e
instruções/passos de jogo).
Recomendações:
No desenvolvimento deste campo de atuação, as habilidades propostas podem prever análises fonológicas de palavras e partes delas, a partir de textos conhecidos
— no caso da reflexão sobre as características do sistema alfabético —, culminando com a análise da relação fonema-grafema, em situações de reflexão sobre a

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LINGUAGENS

grafia correta, desde que os estudantes já tenham compreendido o sistema alfabético.


Nessa perspectiva, recomenda-se explorar a Prática de Leitura/Escuta (compartilhada e autônoma) associada às habilidades (CG.EF04LP09.s) e
(CG.EF04LP10.s) com a compreensão global de textos. Esse procedimento é importante para o entendimento da base alfabética do sistema de escrita, assim
como das questões ortográficas, não sendo indicado que aconteça de modo desarticulado do trabalho com a prática de leitura e de escrita. Sugere-se que, além
dos textos estruturais, sejam desenvolvidos projetos com blog, vlog ou revista temática de jogos, jornais, etc.
Ao desenvolver a Prática de Produção de Textos (escrita compartilhada e autônoma), associada à habilidade (CG.EF04LP11.s), também pode-se relacionar à
Prática de Oralidade, referendada na habilidade(CG.EF04LP12.s). Ambas as habilidades citadas podem estar articuladas à compreensão de planejar, produzir e
revisar não apenas com a escrita, mas também com a organização do pensamento e do raciocínio. Essa organização reflete na produção de textos escritos, coesos
e coerentes, ajustados aos objetivos e ao contexto, influenciando na utilização das convenções de escrita maiúscula em início de frases e parágrafos; na escrita de
textos diversos em situações comunicativas específicas e compreender as suas funções sociais; bem como na ampliação da capacidade de realizar atividades
conjuntas de oralidade e escrita, percebendo que não se escreve da mesma forma que se fala. Além disso, criar, em sala de aula, simulação de vídeos, programas
infantis, entre outras situações que possibilitem ao aluno vivenciar essas formas de produção de texto.
A Prática de Análise Linguística/Semiótica, atribuída na habilidade (CG.EF04LP13.s), tem como proposta instruir e proporcionar ao aluno a compreensão das
diversas formas de textos, além de desenvolver a compreensão do uso da norma padrão em qualquer tipo de texto. Pode-se, também, desenvolver situações
didáticas que proporcionem compreensão referente à forma de composição, formatação e reprodução de texto relativo ao Campo da Vida Cotidiana, bem como
desenvolver, no aluno em sala de aula, momento de construção de jogos e suas regras.
Campo da Vida Cotidiana
Habilidades relativas ao 5º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/escuta Compreensão em leitura. (CG.EF05LP09.s) Ler e compreender, com autonomia, textos instrucionais de
(compartilhada e regras de jogo, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com
autônoma) as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade
do texto.
Leitura/escuta Compreensão em leitura. (CG.EF05LP10.s) Ler e compreender, com autonomia, anedotas, piadas e cartuns,
(compartilhada e dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções
autônoma) do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.
Produção de textos Escrita colaborativa. (CG.EF05LP11.s) Registrar, com autonomia, anedotas, piadas e cartuns, dentre
(escrita compartilhada e outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do
autônoma) gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.

Escrita (compartilhada e Escrita colaborativa. CG.EF05LP12.s) Planejar e produzir, com autonomia, textos instrucionais de
autônoma) regras de jogo, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com
as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade
do texto.
Oralidade Produção de texto oral (CG.EF05LP13.s) Assistir, em vídeo digital, a postagem de vlog infantil de
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LINGUAGENS

críticas de brinquedos e livros de literatura infantil e, a partir dele, planejar e


produzir resenhas digitais em áudio ou vídeo.
Análise Forma de composição do texto (CG.EF05LP14.s) Identificar e reproduzir, em textos de resenha crítica de
linguística/semiótica brinquedos ou livros de literatura infantil, a formatação própria desses textos
(Ortografização) (apresentação e avaliação do produto).
Recomendações:
O trabalho com a leitura precisa considerar as características de cada um dos gêneros do Campo da Vida Cotidiana (organização interna, suas marcas linguísticas
e conteúdo temático). A Prática de Leitura/Escuta pode ser trabalhada nas habilidades(CG.EF05LP09.s) e (CG.EF05LP10.s) associadas à Prática Produção
de Texto, à Prática de Oralidade e à Prática de Escrita (compartilhada e autônoma)prescritas nas habilidades(CG.EF05LP11.s), (CG.EF05LP12.s) e
(CG.EF05LP13.s), que podem ser desenvolvidas por meio de situações pedagógicas com instruções de jogos. Por exemplo, organizam-se pela presença de:
título, jogadores, material para jogar, objetivo e regras. Esse tipo de texto adequa-se ao portador e ao espaço de circulação, alterando a linguagem e apresentando
imagens. Se for um jogo digital, haverá referências específicas desse espaço, pode-se indicar, ainda, o grau de dificuldade, como identificar as diferentes
finalidades da leitura (prazer, informação, estudo entre outras). São textos em que a compreensão depende da articulação entre linguagem verbal e gráfico-visual.
A Prática de Análise Linguística/Semiótica atribuída na habilidade(CG.EF05LP014.s), trabalhando com ações voltadas para a identificação e uso de pronomes
pessoais, possessivos e demonstrativos na coesão de textos, tempos verbais do modo indicativo, concordância dos verbos com pronomes, uso das conjunções em
textos, derivação de palavras por afixos, pode ser encontrada em textos de anedotas; sendo a inferenciação habilidade indispensável para a construção do sentido
em cartuns (cartum é um desenho humorístico, animado ou não, de caráter extremamente crítico, que retrata, muito sinteticamente, algo que envolve o dia a dia
de uma sociedade).
Para o trabalho com essa atividade, é fundamental o registro escrito de textos de gêneros orais lúdicos e/ou humorísticos da vida cotidiana. O aluno precisa
considerar: a) articulação e produção desses gêneros a sua prévia escuta atenta; b) estudo desses gêneros como pré-requisito para o registro de piadas e cartuns,
entre outros. O desenvolvimento das atividades requer a participação direta e sistemática do aluno em práticas orais e escritas, nas quais esses gêneros: a) estejam
envolvidos; b) sejam discutidos e analisados do ponto de vista dos objetivos textuais, das situações a que estejam associados e das convenções discursivas que os
configuram. Portanto, é mister escrever textos diversos em situações comunicativas específicas e compreensão de suas funções sociais.
Campo da Atuação na Vida Pública
Habilidades relativas ao 1º e 2º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/escuta Compreensão em leitura. (CG.EF12LP08.s) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a
(compartilhada e ajuda do professor, fotolegendas em notícias, manchetes e lides em notícias,
autônoma) álbum de fotos digital noticioso e notícias curtas para público infantil, dentre
outros gêneros do campo jornalístico, considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
Leitura/escuta Compreensão em leitura. (CG.EF12LP09.s) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a
(compartilhada e ajuda do professor, slogans, anúncios publicitários e textos de campanhas de
autônoma) conscientização destinados ao público infantil, dentre outros gêneros do campo

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

publicitário, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto


Leitura/escuta Compreensão em leitura. (CG.EF12LP10.s) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a
(compartilhada e ajuda do professor, cartazes, avisos, folhetos, regras e regulamentos que
autônoma) organizam a vida na comunidade escolar, dentre outros gêneros do campo da
atuação cidadã, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Escrita Escrita compartilhada. (CG.EF12LP11.s) Escrever, em colaboração com os colegas e com a ajuda do
(compartilhada e professor, fotolegendas em notícias, manchetes e lides em notícias, álbum de
autônoma) fotos digital noticioso e notícias curtas para público infantil, digitais ou impressos,
dentre outros gêneros do campo jornalístico, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.
Escrita Escrita compartilhada. (CG.EF12LP12.s) Escrever, em colaboração com os colegas e com a ajuda do
(compartilhada e professor, slogans, anúncios publicitários e textos de campanhas de
autônoma) conscientização destinados ao público infantil, dentre outros gêneros do campo
publicitário, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto/finalidade
do texto.
Oralidade Produção de texto oral. (CG.EF12LP13.s) Planejar, em colaboração com os colegas e com a ajuda do
professor, slogans e peça de campanha de conscientização destinada ao público
infantil que possam ser repassados oralmente por meio de ferramentas digitais,
em áudio ou vídeo, considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
Análise Forma de composição do texto. (CG.EF12LP14.s). Identificar e reproduzir, em fotolegendas de notícias, álbum de
linguística/semiótica fotos digital noticioso, cartas de leitor (revista infantil), digitais ou impressos, a
(Alfabetização) formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive em
suas versões orais.
Análise Forma de composição do texto. (CG.EF12LP15.s) Identificar a forma de composição de slogans publicitários.
linguística/semiótica
(Alfabetização)
Análise Forma de composição do texto. (CG.EF12LP16.s) Identificar e reproduzir, em anúncios publicitários e textos de
linguística/semiótica campanhas de conscientização destinados ao público infantil (orais e escritos,
(Alfabetização) digitais ou impressos), a formatação e diagramação específica de cada um desses
gêneros, inclusive o uso de imagens.
Recomendações:
Em consideração às competências e habilidades a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de se desenvolver as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com todas

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.


Em relação às habilidades (CG.EF12LP08.s), (CG.EF12LP09.s) e (CG.EF12LP10.s), que enfocam a Prática de Linguagem de Leitura/Escuta, é importante
que o aluno ouça a leitura de textos para estudar temas tratados, em diferentes fontes do Campo da Vida Pública (slogans, campanhas publicitárias, cartazes,
folhetos, enciclopédias impressas/eletrônicas, sites de pesquisas, revistas ou jornais), além de assistir a documentários e reportagens relevantes. Faz-se necessário
promover situações comunicativas na sala de aula, como rodas de notícias, para que as crianças desenvolvam sua capacidade argumentativa, comunicativa, o
vocabulário e a fala de modo geral.
Na Prática de Linguagem da Escrita, que envolve as habilidades (CG.EF12LP11.s) e (CG.EF12LP12.s), podem-se destacar alguns gêneros específicos. No 1º
ano, as atividades com fotolegendas, por apresentarem uma estrutura simples e texto curto, são ótimas para trabalhar o conhecimento das letras e a relação dos
fonemas e grafemas, por meio de escritas espontâneas, em duplas, individual ou cópias. A partir do 2º ano, o professor pode, gradativamente, desafiar os alunos
em relação às propostas de escrita com atividades coletivas e/ou autônoma, utilizando gêneros como: manchetes, slogans, textos de campanhas publicitárias,
dentre outros.
Já na Prática da Linguagem Oral, as Tecnologias de Comunicação e Informação (TICs), poderão ser utilizadas para garantir efetividade da habilidade
(CG.EF12LP13.s), por meio de gravação de áudio ou vídeo, utilizando-se de aparelhos celulares, máquinas fotográficas, projetor multimídia, dentre outros.
Os gêneros trabalhados dentro do campo em questão são compreendidos com diferentes formas de linguagens empregadas neles, cada um possui seu estilo
próprio e podem ser diferenciados dos demais por meio de suas características. Para tanto, no desenvolvimento das habilidades (CG.EF12LP14.s) e
(CG.EF12LP15.s), é importante trabalhar a identificação e a reprodução da formatação e diagramação específica de cada um, inclusive o uso de imagens, para
apropriar-se, gradativamente, da forma de organização dos textos.
Campo de Atuação na Vida Pública
Habilidades relativas ao 3º, 4º e 5º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Produção de Escrita colaborativa (CG.EF35LP15.s) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico
Textos(escrita relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou na comunidade, utilizando
compartilhada e registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a situação
autônoma) comunicativa e o tema/assunto do texto.
Análise Forma de composição dos textos (CG.EF35LP16.s) Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo
Linguística/Semiótica de notícias simples para público infantil e cartas de reclamação (revista infantil),
(Ortografização) digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um desses
gêneros, inclusive em suas versões orais.
Recomendações:
Neste bloco de habilidades, é importante salientar que se articule a produção de textos opinativos ao processo de escrita (situação/tema ou assunto) e ao uso
adequado do registro formal e dos recursos de argumentação.
Nesse contexto, na Prática de Produção de Textos (escrita compartilhada e autônoma), na habilidade (CG.EF35LP15.s), convém considerar que a análise de
diferentes pontos de vista sobre temas/questões polêmicas precede a emissão de opinião, e é relevante possibilitar aos alunos a oportunidade, orientada pelo
professor, de validação e checagem das informações em relação ao tema selecionado, com o foco necessário ao reconhecimento, no processo de leitura, recursos
linguísticos e discursivos que constituem alguns gêneros jornalísticos, de modo que seja possível empregá-los, adequadamente, nos textos a serem produzidos. A
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

atividade de leitura colaborativa, a revisão processual e final da escrita possibilitam estudar os recursos e analisar a adequação dos textos produzidos com a
progressão curricular, apoiando-se no foco a ser dado em cada etapa do trabalho, como: pesquisa sobre tema polêmico, produção de textos opinativos, na
complexidade do gênero visado (comentário/carta do leitor etc.) e no grau de autonomia do aluno a cada etapa.
Na Prática de Análise Linguística/Semiótica (Ortografização), na habilidade (CG.EF35LP16.s) é possível prever a elaboração de cartas de reclamação (de
serviços, de produtos, etc.) para serem publicadas em revistas ou jornais impressos ou em sites específicos. A atividade de leitura colaborativa e a de revisão
processual e final da escrita possibilitam estudar os recursos e analisar a adequação dos textos produzidos com a progressão. Tal ação se desenvolverá pela
complexidade dos textos lidos e pelo nível de autonomia que se pretende levar o aluno a alcançar em cada etapa.
Campo de Atuação na Vida Pública
Habilidades relativas ao 3º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/escrita Compreensão em leitura. (CG.EF03LP18.s) Ler e compreender, com autonomia, cartas dirigidas a veículos
(compartilhada e da mídia impressa ou digital (cartas de leitor e de reclamação a jornais, revistas) e
autônoma) notícias, dentre outros gêneros do campo jornalístico, de acordo com as
convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
Leitura/escrita Compreensão em leitura. (CG.EF03LP19.s) Identificar e discutir o propósito do uso de recursos de
(compartilhada e persuasão (cores, imagens, escolha de palavras, jogo de palavras, tamanho de
autônoma) letras) em textos publicitários e de propaganda, como elementos de
convencimento.
Produção de textos Escrita colaborativa. (CG.EF03LP20.s) Produzir cartas dirigidas a veículos da mídia impressa ou
(escrita compartilhada e digital (cartas do leitor ou de reclamação a jornais ou revistas), dentre outros
autônoma) gêneros do campo político-cidadão, com opiniões e críticas, de acordo com as
convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
Produção de textos Escrita colaborativa. (CG.EF03LP21.s) Produzir anúncios publicitários, textos de campanhas de
(escrita compartilhada e conscientização destinados ao público infantil, observando os recursos de
autônoma) persuasão utilizados nos textos publicitários e de propaganda (cores, imagens,
slogan, escolha de palavras, jogo de palavras, tamanho e tipo de letras,
diagramação).
Oralidade Planejamento e produção de texto. (CG.EF03LP22.s) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas, telejornal
para público infantil com algumas notícias e textos de campanhas que possam ser
repassados oralmente ou em meio digital, em áudio ou vídeo, considerando a
situação comunicativa, a organização específica da fala nesses gêneros e o
tema/assunto/ finalidade dos textos.

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Análise Forma de composição dos textos. (CG.EF03LP23.s) Analisar o uso de adjetivos em cartas dirigidas a veículos da
linguística/semiótica mídia impressa ou digital (cartas do leitor ou de reclamação a jornais ou revistas),
(Ortografização) digitais ou impressas.
Recomendações:
Para a construção e desenvolvimento deste campo de atuação, é necessário que o aluno já tenha consolidado da linguagem alfabética. O objetivo de produzir
textos publicitários e de propagandas possibilita ao aluno o poder de resolver situações do dia a dia por meio da argumentação, este exercício leva o aluno a
utilizar o poder da língua como fonte de convencimento e de tomada de decisões.
Na Prática de Leitura/Escrita requer-se a participação direta e sistemática em práticas de leitura e produção de textos do campo jornalístico/midiático, sendo
importante indicar os procedimentos a serem adotados. Nas habilidades (CG.EF03LP18.s) e (CG.EF03LP19.s) orienta-se o amplo acesso às mídias impressas e
digitais, realizando a leitura do que foi escrito, além de consultar e verificar o planejamento da produção para tomar decisões, no momento da escrita, e revisar
durante o processo e ao seu final.
Na Prática de Produção de Textos é relevante o acesso e a utilização de ferramentas digitais que viabilizem a produção de textos em áudio ou vídeo, nas
habilidades (CG.EF03LP20.s) e (CG.EF03LP21.s), por exemplo, visando, dessa forma, identificar e analisar, no processo de leitura, o papel dos adjetivos na
(re)construção de sentidos de cartas do leitor ou de reclamação, de modo que seja possível empregá-los, adequadamente, nos textos a serem produzidos. Dessa
forma, faz-se necessário um trabalho contextualizado em projetos interdisciplinares que abordem temáticas relevantes para a comunidade local, como:
conservação do patrimônio público, preservação de recursos naturais, conscientização sobre a necessidade de consumo sustentável, repúdio ao preconceito,
valorização da cultura local, entre outras sugestões, propondo atividades em que a produção aconteça em colaboração, de modo mais autônomo.
Na Prática de Oralidade é essencial que o aluno organize o conteúdo textual, estruturando os períodos para a produção de textos de diferentes gêneros,
atendendo a diferentes finalidades, bem como usar recursos coesivos para articular ideias e fatos. Na habilidade (CG.EF03LP22.s), é necessário considerar a
produção oral e a oralização de textos escritos a serem gravados em vídeo. Essa situação coloca as seguintes condições básicas para a adequação do texto:
produzir escrita e/ou organizar esquema do texto a ser produzido oralmente, o que requer trabalho coletivo, com análise crítica, estudando os recursos a serem
empregados e considerando a especificidade de cada mídia. Essa progressão horizontal pode apoiar-se no grau de complexidade dos gêneros jornalísticos
envolvidos, focando no ensino (organização geral do texto, ferramentas e recursos, planejamento e elaboração) e no grau de autonomia a ser alcançada pelo
aluno em cada etapa.
Na Prática de Análise Linguística/Semiótica, a habilidade a seguir está associada a diferentes práticas de leitura e escrita, como cartas dirigidas a mídias
impressas ou digitais. Assim, a habilidade (CG.EF03LP23.s) propõe a contextualização de experiências, fornecendo ao aluno conhecimentos variados para a
observação e a reflexão sobre o conceito de semiótica. Nessa direção, o papel dos adjetivos é propor a (re)construção de sentidos, em cartas do leitor ou de
reclamação, por exemplo, de modo que seja possível empregá-los adequadamente nos textos a serem produzidos.
Campo de Atuação na Vida Pública
Habilidades relativas ao 4º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EF04LP14.s) Identificar, em notícias, fatos, participantes, local e
(compartilhada e momento/tempo da ocorrência do fato noticiado.
autônoma)
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EF04LP15.s) Distinguir fatos de opiniões/sugestões em textos (informativos,
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

(compartilhada e jornalísticos, publicitários etc.).


autônoma)
Produção de Textos Escrita colaborativa. (CG.EF04LP16.s) Produzir notícias sobre fatos ocorridos no universo escolar,
(escrita compartilhada e digitais ou impressas, para o jornal da escola, noticiando os fatos e seus atores e
autônoma) comentando decorrências, de acordo com as convenções do gênero notícia e
considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Oralidade Planejamento e produção de texto. (CG.EF04LP17.s) Produzir jornais radiofônicos ou televisivos e entrevistas
veiculadas em rádio, TV e na internet, orientando-se por roteiro ou texto e
demonstrando conhecimento dos gêneros jornal falado/televisivo e entrevista.
Análise Forma de composição dos textos. (CG.EF04LP18.s) Analisar o padrão entonacional e a expressão facial e corporal
Linguística/Semiótica de âncoras de jornais radiofônicos ou televisivos e de
(Ortografização) entrevistadores/entrevistados.
Recomendações:
Neste campo de atuação, situações didáticas que levam o aluno a compreender a função de textos jornalístico e publicitários podem ser desenvolvidas para
identificar e produzir sua própria escrita a partir desses gêneros, associado aos conhecimentos linguísticos, tais como: a norma padrão, escrita formal e informal e
os tipos de linguagem: oral e escrita. Desse modo, o objetivo é propor ao aluno as percepções da língua como um processo indissociável do contexto cultural. O
êxito desse conhecimento será possível com situações reais, ou seja, com o uso de vídeos jornalísticos e propagandas, além de textos publicitários (analisados e
reproduzidos) para que o aluno seja impulsionado a observar, elaborar e reelaborar sua própria produção.
Dessa maneira, a Prática de Linguagem Leitura/Escuta pode ser desenvolvida nas habilidades (CG.EF04LP14.s) e (CG.EF04LP15.s), nas quais recomenda-se
ao professor realizar a seleção de diversos textos e orientar o aluno na identificação de textos relacionados ao campo de atuação jornalístico/midiático,
observando as características textuais singulares desses gêneros, bem como o tema/título em que esteja relacionada a linguagem textual e o conteúdo pertencente
ao campo de atuação. Este exercício poder ser feito por meio da identificação do texto e da leitura realizada pelo aluno e/ou professor.
Levando em consideração a peculiaridade gênero mencionado, é interessante desenvolver a Prática de Produção de Textos, instigando os estudantes a produzir
textos tendo como base uma notícia e/ou propaganda que perpassa sua realidade cotidiana, utilizando a linguagem multissemiótica, como por exemplo: outdoor,
anúncios, etc. Associado às habilidades (CG.EF04LP16.s) e (CG.EF04LP17.s), orienta-se que o aluno desenvolva, durante sua produção textual, a seleção de
dados e argumentos que promovam relevância em sua escrita, a reflexão das situações sociais, desenvolvendo estratégias de planejamento e de revisão,
articuladas à escrita e à organização das informações, adquirindo conhecimento referente a regência e concordância nominal. Pode-se relacionar esses
conhecimentos a outros conteúdos, como artigo, substantivo, adjetivo, flexões do gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), concordância
verbal (flexões do verbo) e emprego de tempos verbais.
Ao considerar que o Campo de Atuação da Vida Pública promove a compreensão das notícias e informações que o aluno recebe, seja através de material
impresso ou digital, é fundamental incluir a Prática de Oralidade, com o objetivo de ampliar repertório linguístico dos estudantes para a construção de uma fala
coesa, organizando não apenas sua oralização, mas a variedade de gêneros orais, articulando uma linguagem concisa e argumentativa. Essa prática de linguagem
está relacionada à habilidade (CG.EF04LP17.s) e pode ser desenvolvida por meio de reportagem simuladas e entrevistas com os colegas e/ou professores.
Para efeito de compreensão da habilidade (CG.EF04LP18.s), situada na Prática de Análise Linguística/Semiótica, sugerimos ao professor desenvolver os
conhecimentos voltados à postura e linguagem atribuída aos jornalistas, relacionando suas expressões faciais e corporais. Os alunos podem realizar uma pesquisa
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
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LINGUAGENS

nessa temática, para compreender os pronomes de tratamento utilizados nas diversas esferas públicas, o emprego das palavras mal – bem/ mau – bom e das letras
G e J (ge/je; gi/ji). Além disso, pode-se proporcionar ao aluno a compreensão do padrão entonacional, ou seja, as expressões características do jornalistas e
repórteres.
Campo de Atuação na Vida Pública
Habilidades relativas ao 5º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EF05LP15.s) Ler/assistir e compreender, com autonomia, notícias,
(compartilhada e reportagens, vídeos em vlogs argumentativos, dentre outros gêneros do campo
autônoma) político-cidadão, de acordo com as convenções dos gêneros e considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EF05LP16.s) Comparar informações sobre um mesmo fato veiculadas em
(compartilhada e diferentes mídias e concluir sobre qual é mais confiável e por quê.
autônoma)
Produção de Textos Escrita colaborativa. (CG.EF05LP17.s) Produzir roteiro para edição de uma reportagem digital sobre
(escrita compartilhada e temas de interesse da turma, a partir de buscas de informações, imagens, áudios e
autônoma) vídeos na internet, de acordo com as convenções do gênero e considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Oralidade Planejamento e produção de texto. (CG.EF05LP18.s) Roteirizar, produzir e editar vídeo para vlogs argumentativos
sobre produtos de mídia para público infantil (filmes, desenhos animados, HQs,
games etc.), com base em conhecimentos sobre os mesmos, de acordo com as
convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e o tema/
assunto/finalidade do texto.
Oralidade Produção de texto. (CG.EF05LP19.s) Argumentar oralmente sobre acontecimentos de interesse
social, com base em conhecimentos sobre fatos divulgados em TV, rádio, mídia
impressa e digital, respeitando pontos de vista diferentes.
Análise Forma de composição dos textos. (CG.EF05LP20.s) Analisar a validade e força de argumentos em argumentações
Linguístico/Semiótica sobre produtos de mídia para público infantil (filmes, desenhos animados, HQs,
(Ortografização) gamesetc.), com base em conhecimentos sobre os mesmos.
Análise Forma de composição dos textos. (CG.EF05LP21.s) Analisar o padrão entonacional, a expressão facial e corporal e
Linguístico/Semiótica as escolhas de variedade e registro linguísticos de vloggers de vlogs opinativos ou
(Ortografização) argumentativos.
Recomendações:

Na Prática de Linguagem Leitura/Escuta sugere-se trabalhar as habilidades (CG.EF05LP15.s) e (CG.EF05LP16.s) propondo situações comunicativas de

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Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

análise entre o tema e o assunto do texto, para desenvolver comportamentos leitores e estratégias de leitura, tais como: seleção, antecipação, inferência e
checagem de hipóteses. Orienta-se valorizar a leitura como fonte de informação, via de acesso aos mundos criados pela literatura e possibilidade de fruição
estética, de modo que o aluno seja capaz de recorrer aos materiais escritos para alcançar diferentes objetivos.
Ao relacionar a Prática de Produção de Textos à habilidade (CG.EF05LP17.s), é importante a elaboração de atividades que prevejam o acesso e a utilização de
ferramentas digitais que viabilizem a produção dos textos em áudio ou vídeo. Sugere-se desenvolver atividades por meio da análise de vlogs, identificando os
gêneros que nele circulam, seleção do gênero mais indicado para a apresentação de críticas do tipo de produto a ser comentado, critérios de análise dos produtos
focalizados, estudo de recursos da mídia utilizada, bem como os elementos paratextuais que compõem a performance do locutor. Ainda assim, algumas
atividades requerem pesquisa de conteúdo temático e definição de situações comunicativas que envolvam o gênero a ser utilizado para argumentar (debate,
discussão em roda, etc.), de modo a proporem-se situações de ensino-aprendizagem desses textos e gêneros. Propõe-se abordar questões controversas sobre
temas de interesse da região e/ou de temas recorrentes da realidade brasileira, como: demarcação de terras indígenas e uso sustentável de recursos naturais,
fomentando relatos orais para construir a coerência e a sequência dos fatos.
Para o desenvolvimento da Prática de Oralidade, descrita nas habilidades (CG.EF05LP18.s) e (CG.EF05LP19.s), o professor pode realizar atividades com
seminários e debates em sala de aula que levem o aluno a compreender o seguinte questionamento: qual informação é mais confiável? É preciso definir critérios
que possam abranger diferentes aspectos, como: indicação completa de fonte da matéria, autoria reconhecida em sua área de atuação, credibilidade do veículo
(qual jornal, qual blog, qual revista), endereço do site, disponibilização de recursos de comunicação com leitores e planejar roteiro para edição de uma
reportagem digital sobre temas de interesse da turma. Para isso, o professor pode trabalhar com uma seleção de textos específicos ao campo de atuação,
conversando e mostrando aos alunos as diversas fontes de busca e pesquisa em que podem ser encontradas as notícias, os jornais e as propagandas.
Na Prática de Análise Linguística/Semiótica, relacionadas às habilidades (CG.EF05LP20.s) e (CG.EF05LP21.s), recomenda-se ao professor, levar o aluno a
compreender, refletir e analisar os textos midiáticos, com o objetivo de reconhecer os argumentos e seu poder de persuasão. Sugere-se estruturar as
características linguísticas referentes à pronúncia e suas especificidades, podendo trabalhar argumentação oral e os produtos de mídia para público infantil
(filmes, desenhos animados, HQs, games, etc.). Na medida em que se prevê o estudo de aspectos relativos à comunicação oral (entrevistas e vídeos de vloggers)
ou oralizadas (fala de âncora ou locutor de notícias, por exemplo), seu desenvolvimento permite ao aluno perceber e avaliar o papel persuasivo do padrão
entonacional, da expressão corporal e da variedade linguística selecionada no discurso.
Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa
Habilidades relativas ao 1º e 2º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EF12LP17.s) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a
(compartilhada e ajuda do professor, enunciados de tarefas escolares, diagramas, curiosidades,
autônoma) pequenos relatos de experimentos, entrevistas, verbetes de enciclopédia infantil,
entre outros gêneros do campo investigativo, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.
Recomendações:
Em consideração às competências e habilidades a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de se desenvolver as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com todas
as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Para contextualizar o desenvolvimento da Prática de Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) na habilidade (CG.EF12LP17.s), é importante considerar o
nível de aprofundamento conforme os anos de ensino (1º e 2º ano). Este campo de atuação trabalha com a proposta de desenvolver nos alunos um olhar
investigador, no sentido de compreender a mensagem passada por meio da leitura compartilhada e autônoma, focando nas características de cada texto, no que se
refere a este campo e sua finalidade. Por exemplo, ao se trabalhar com enunciados escolares, o aluno deverá ser capaz de reconhecer a situação comunicativa em
contexto real de uso, bem como os atores envolvidos (interlocutores), contexto de circulação (espaço) e objetivos comunicativos da situação na Prática de
Oralidade.
Relacionando a leitura com a Prática de Análise Linguística/Semiótica, ao se trabalhar com textos específicos deste campo, o professor poderá realizar,
simultaneamente, propostas de comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais, além de relacionar
elementos sonoros (sílabas, fonemas e partes de palavras) com sua representação escrita.
Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa
Habilidades relativas ao 3º, 4º e 5º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Pesquisa. (CG.EF35LP17.s) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de
(compartilhada e interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam em meios
autônoma) impressos ou digitais.
Oralidade Escuta de textos orais. (CG.EF35LP18.s) Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizadas
por colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando
esclarecimentos sempre que necessário.
Oralidade Compreensão de textos orais. (CG.EF35LP19.s) Recuperar as ideias principais em situações formais de escuta
de exposições, apresentações e palestras.
Oralidade Planejamento de texto oral (CG.EF35LP20.s) Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com
Exposição oral apoio de recursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.), orientando-
se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a linguagem à
situação comunicativa.
Recomendações:
Na Prática de Leitura/Escuta (compartilhada e autônoma), relacionada à habilidade (CG.EF35LP17.s), propõe-se situações didáticas que levam o aluno a
realizar pesquisas com o apoio do professor, em informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam em suportes impressos ou
digitais. O foco desse trabalho busca a seleção de textos em meios digitais e impressos, desenvolvendo no aluno um olhar investigativo e crítico sobre as fontes
de pesquisa. Isso pressupõe a discussão de procedimentos e de critérios de seleção dos textos nos diferentes ambientes, sempre com auxílio do professor,
considerando tanto a especificidade de salas de leitura, bibliotecas escolares, públicas e pessoais quanto ambientes digitais, com o objetivo de desenvolver
estratégias de localização de informações no texto (implícitas e explícitas).
Ademais, no desenvolvimento da Prática de Oralidade, citada nas habilidades (CG.EF35LP18.s), (CG.EF35LP19.s) e (CG.EF35LP20.s), orienta-se o trabalho,
em sala de aula, com a escuta por meio de apresentações orais, dando suporte tanto à formulação de perguntas para esclarecimentos, por exemplo, quanto à
construção de respostas/explicações, considerando o uso progressivo de justificativas para a emissão de opinião. As atividades necessitam de articulação entre

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LINGUAGENS

o(s) assunto(s)/tema(s) tratados em textos de diferentes gêneros, lidos pelo professor ou pelos colegas de sala, respeitando os turnos de fala, aprendendo a
desenvolver a escuta e considerando o interlocutor. Essas propostas de atividades orais podem ser realizadas por meio de situações reais para o desenvolvimento
da competência comunicativa, isso vai ampliar a capacidade de comentar os textos lidos. O desenvolvimento de atividades de exposição oral e de pesquisas no
contexto escolar requer o estudo de textos desse gênero, de modo a permitir ao aluno reconhecer a articulação entre a fala, o uso de roteiro escrito e os recursos
multissemióticos próprios ou compatíveis com o gênero previsto.
Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa
Habilidades relativas ao 2º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Imagens analíticas em textos. (CG.EF02LP20.s) Reconhecer a função de textos utilizados para apresentar
(compartilhada e informações coletadas em atividades de pesquisa (enquetes, pequenas entrevistas,
autônoma) registros de experimentações).
Leitura/Escuta Pesquisa. (CG.EF02LP21.s) Explorar, com a mediação do professor, textos informativos de
(compartilhada e diferentes ambientes digitais de pesquisa, conhecendo suas possibilidades.
autônoma)
Escrita(compartilhada e Produção de textos (CG.EF02LP22.s) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a
autônoma) ajuda do professor, pequenos relatos de experimentos, entrevistas, verbetes de
enciclopédia infantil, dentre outros gêneros do campo investigativo, digitais ou
impressos, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do
texto.
Escrita(compartilhada e Escrita autônoma (CG.EF02LP23.s) Planejar e produzir, com certa autonomia, pequenos registros
autônoma) de observação de resultados de pesquisa, coerentes com um tema investigado.
Oralidade Planejamento de texto oral Exposição oral (CG.EF02LP24.s) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a
ajuda do professor, relatos de experimentos, registros de observação, entrevistas,
dentre outros gêneros do campo investigativo, que possam ser repassados
oralmente por meio de ferramentas digitais, em áudio ou vídeo, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto/ finalidade do texto.
Análise Forma de composição dos textos/Adequação (CG.EF02LP25.s) Identificar e reproduzir, em relatos de experimentos,
Linguística/Semiótica do texto às normas de escrita entrevistas, verbetes de enciclopédia infantil, digitais ou impressos, a formatação
(alfabetização) e diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive em suas versões
orais.
Recomendações:
O Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa explora a investigação e a pesquisa, de forma que se recomenda ao professor contextualizar as práticas de ensino
com notícias, depoimentos, verbetes, registros, experimentos, relatos de experiências, jornais e revistas (podendo ser digitais) e matérias de blogs e sites
confiáveis, estruturando as atividades para o desenvolvimento das Práticas de Leitura/Escuta. Na habilidade (CG.EF02LP20.s) a situação didática deve levar o

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
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LINGUAGENS

aluno a reconhecer o texto de acordo com o gênero escolhido como possibilidade de organização e registro do trabalho de pesquisa e estudo, conforme o tema
abordado.
Na Prática de Leitura/Escuta, que envolve a habilidade (CG.EF02LP21.s), a exploração deve considerar além dos elementos constitutivos do gênero estudado,
valorizando a busca, de forma sistemática, pelas possibilidades de informações presentes, considerando a multissemiótica dos ambientes digitais de pesquisa.
Metodologias investigativas embasadas nos gêneros sugeridos podem contribuir para novos termos do vocabulário e contemplar a Prática da Oralidade, pois
não basta a definição da palavra, é preciso que por diversas vezes ela seja usada em diferentes contextos, o professor deve envolver o aluno na busca da
explicação e compreensão do sentido das palavras e suas possibilidades de uso, essas ações devem ser elaboradas em parceria com os colegas e o auxilio do
professor, considerando textos orais e escritos de maneira progressiva e autônoma.
O envolvimento frequente com os gêneros da pesquisa e investigação pode proporcionar aos alunos, por meio da medição, a reflexão sobre a veracidade das
informações, considerando o tema/assunto/finalidade do texto nas diferentes práticas de linguagem. Planejar para produzir nas Práticas de Escrita e Análise
Linguística/Semiótica, nas habilidades (CG.EF02LP22.s), (CG.EF02LP23.s) e (CG.EF02LP24.s), depende da exposição prévia às estratégias, da possibilidade
de como e em que sequência as ações nas atividades podem ser sistematizadas e efetivadas, uma vez que o planejamento antecede a produção, seja na Prática da
Oralidade ou na Prática da Escrita, podendo ser de maneira autônoma ou compartilhada.
Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa
Habilidades relativas ao 3º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EF03LP24.s) Ler/ouvir e compreender, com autonomia, relatos de
(compartilhada e observações e de pesquisas em fontes de informações, considerando a situação
autônoma) comunicativa e o tema/assunto do texto.
Produção de Textos Produção de textos. (CG.EF03LP25.s) Planejar e produzir textos para apresentar resultados de
(escrita compartilhada e observações e de pesquisas em fontes de informações, incluindo, quando
autônoma) pertinente, imagens, diagramas e gráficos ou tabelas simples, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Análise Forma de composição dos textos. (CG.EF03LP26.s) Identificar e reproduzir, em relatórios de observação e
Linguística/Semiótica Adequação do texto às normas de escrita. pesquisa, a formatação e diagramação específica desses gêneros (passos ou listas
(Ortografização) de itens, tabelas, ilustrações, gráficos, resumo dos resultados), inclusive em suas
versões orais.
Recomendações:
Na Prática de Leitura/Escuta (compartilhada e autônoma) na habilidade (CG.EF03LP24.s) é preciso considerar tanto o trabalho com as habilidades de leitura
quanto as características de cada um dos gêneros com uma organização interna, marcas linguísticas e conteúdo temático, bem como os textos de relatos e
pesquisas a serem lidos. Atentar-se para o fato de que o trabalho previsto é realizado com autonomia, convém focar as características que forem importantes para
a compreensão do texto, articulando essas características à finalidade textual. Ademais, sugere-se um trabalho dialógico e reflexivo, assim como a comparação
entre textos por semelhanças e diferenças.
Na Prática de Produção de Textos (escrita compartilhada e autônoma), na habilidade (CG.EF03LP25.s), articula-se a produção textual com o gênero de
apresentação de resultados de observações e pesquisas e dois vetores do processo de escrita (situação/tema ou assunto). É necessário o envolvimento de, ao
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LINGUAGENS

menos, duas operações distintas, que podem ser tratadas em separado: planejar e produzir, que significam organizar as ideias para depois colocá-las no papel. É
possível propor atividades que definam o gênero a ser produzido nos resultados de observações e pesquisas apresentados, além de analisar textos para explicitar
suas características, construindo registros que possam repertoriar a produção; fatores que orientem o uso de procedimentos escritores, como: reler o que está
escrito para continuar, consultar o planejamento para tomar decisões na escrita e revisar durante o processo e ao final.
Na Prática de Análise Linguística/Semiótica (Ortografização) a habilidade (CG.EF03LP26.s) refere-se a reconhecer, no processo de leitura, recursos
linguísticos e discursivos que constituem os gêneros previstos, de modo que seja possível empregá-los, adequadamente, nos textos a serem produzidos. A
atividade de leitura colaborativa e a de revisão processual e final possibilitam estudar os recursos e analisar a adequação dos textos produzidos, sendo primordiais
que os currículos prevejam habilidades que indiquem o trabalho com essas atividades, projetos que envolvam pesquisas sobre questões sociais relevantes a serem
divulgadas em seminários. A progressão curricular pode se dar pela complexidade dos textos e pelo nível de autonomia do aluno, o que se traduz em um trabalho
a princípio colaborativo e, posteriormente, mais autônomo.
No Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa, pode-se orientar a busca por textos na internet para montar registros, organizando-os em um projeto de leitura e
escrita. Para a efetivação dessa atividade espera-se que o aluno conheça e faça uso de diferentes suportes textuais, tendo em vista suas características, tais como:
finalidades, esfera de circulação, tema, forma de composição, estilo, fontes de informações, imagens, diagramas e gráficos ou tabelas simples, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto do texto. É essencial ao aluno conhecer e usar diferentes palavras ou expressões que retomam, coesivamente, o que já foi
escrito (pronomes pessoais, sinônimos e equivalentes). Conhecer e usar palavras ou expressões que estabelecem a coesão como: progressão do tempo, marcação
do espaço e relações de causalidades, concordância nominal e verbal, e fazer uso das grafias de palavras.
Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa
Habilidades relativas ao 4º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Compreensão em leitura (CG.EF04LP19.s) Ler e compreender textos expositivos de divulgação científica
(compartilhada e para crianças, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto.
autônoma)
Leitura/Escuta Imagens analíticas em textos (CG.EF04LP20.s) Reconhecer a função de gráficos, diagramas e tabelas em
(compartilhada e textos, como forma de apresentação de dados e informações.
autônoma
Leitura/Escuta Produção de textos (CG.EF04LP21.s) Planejar e produzir textos sobre temas de interesse, com base
(compartilhada e em resultados de observações e pesquisas em fontes de informações impressas ou
autônoma eletrônicas, incluindo, quando pertinente, imagens e gráficos ou tabelas simples,
considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Leitura/Escuta Escrita autônoma (CG.EF04LP22.s) Planejar e produzir, com certa autonomia, verbetes de
(compartilhada e enciclopédia infantil, digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa
autônoma) e o tema/ assunto/finalidade do texto.
Leitura/Escuta Escrita compartilhada (CG.EF04LP25.s) Planejar e produzir, com certa autonomia, verbetes de
(compartilhada e dicionário, digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa e o
autônoma) tema/assunto/finalidade do texto.
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LINGUAGENS

Análise Forma de composição dos textos (CG.EF04LP23.s) Identificar e reproduzir, em verbetes de enciclopédia infantil,
Linguística/Semiótica Coesão e articuladores digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica desse gênero (título
(Ortografização) do verbete, definição, detalhamento, curiosidades), considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
Análise Forma de composição dos textos (CG.EF04LP24.s) Identificar e reproduzir, em seu formato, tabelas, diagramas e
Linguística/Semiótica Adequação do texto às normas de escrita gráficos em relatórios de observação e pesquisa, como forma de apresentação de
(Ortografização) dados e informações.
Recomendações:
Este campo está relacionado à participação dos estudantes em situações de leitura e escrita que os levem a conhecer as maneiras de produzir e compreender
textos argumentativos, científicos, linguagens e práticas voltadas ao estudo e pesquisa, tanto com temas da atualidade e regionais, quanto com temas relacionados
aos conteúdos e áreas do conhecimento. Aos alunos do 4º ano é preciso rigor e critérios ao desenvolver essas situações didáticas, com o propósito de levá-los a
um aprofundamento reflexivo, crítico e argumentativo.
A Prática de Leitura/Escuta, associada às habilidades (CG.EF04LP19.s) e (CG.EF04LP20.s), tem como objetivo desenvolver a leitura, a compreensão e a
interpretação de textos de diferentes gêneros, em mídia impressa e digital, que circulam no Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa (enunciados de tarefas
escolares, relatos de experimentos, quadros, gráficos, tabelas, infográficos, diagramas, entrevistas, notas de divulgação científica, verbetes de enciclopédia, entre
outros), identificando suas diferentes estruturas e tipologias. O professor pode trabalhar a habilidade (CG.EF04LP20.s), levando para a sala textos de informação
que contenham gráficos e tabelas para que sejam interpretadas, junto aos alunos, ou até mesmo a construção desses gráficos e tabelas pode ser realizada em sala
de aula, explorando o cotidiano dos alunos, como por exemplo: realizar pesquisas na sala com os próprios colegas e/ou pela escola. Após a coleta desses dados,
transformar em gráficos e/ou tabelas, associando conhecimentos de maneira interdisciplinar.
Em consonância com o desenvolvimento contínuo, pode-se articular a Prática de Produção de Textos, relacionada nas habilidades (CG.EF04LP21.s),
(CG.EF04LP22.s) e (CG.EF04LP25.s), com momentos de produção de textos de diferentes gêneros, em mídia impressa e digital, com uso de dicionários, como
uma fonte de pesquisa, associando a compreensão às diferentes estruturas e tipologias textuais. O professor também pode confeccionar jornal na escola, com
informações que perpassam o contexto escolar e social dos alunos. Esse exercício possibilita, também, a aquisição da linguagem verbal e não verbal, articulando-
se à construção de sentido em diferentes gêneros deste campo.
Ao desenvolver a Prática de Oralidade, pode-se relacionar, também, a Prática de Análise Linguística/Semiótica, referenciada nas habilidades
(CG.EF04LP23.s) e (CG.EF04LP24.s), com o objetivo de compreender aspectos morfossintáticos e semânticos da língua e utilizá-los, proporcionando a
compreensão da linguagem oral, respeitando as diferentes variedades linguísticas.
Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa
Habilidades relativas ao 5º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EF05LP22.s) Ler e compreender verbetes de dicionário, identificando a
(compartilhada e estrutura, as informações gramaticais (significado de abreviaturas) e as
autônoma) informações semânticas

Leitura/Escuta Imagens analíticas em textos. (CG.EF05LP23.s) Comparar informações apresentadas em gráficos ou tabelas.
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LINGUAGENS

(compartilhada e
autônoma)
Produção de Textos (CG.EF05LP24.s) Planejar e produzir texto sobre tema de interesse, organizando
(escrita compartilhada e Produção de textos. resultados de pesquisa em fontes de informação impressas ou digitais, incluindo
autônoma) imagens e gráficos ou tabelas, considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
Produção de Textos (CG.EF05LP25.s) Planejar e produzir, com certa autonomia, verbetes de
(escrita compartilhada e Escrita autônoma. dicionário, digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa e o
autônoma) tema/assunto/finalidade do texto.
Análise Forma de composição dos textos. (CG.EF05LP26.s) Utilizar, ao produzir o texto, conhecimentos linguísticos e
Linguística/Semiótica Adequação do texto às normas de escrita. gramaticais: regras sintáticas de concordância nominal e verbal, convenções de
(Ortografização) escrita de citações, pontuação (ponto final, dois-pontos, vírgulas em
enumerações) e regras ortográficas.
Análise Forma de composição dos textos. (CG.EF05LP27.s) Utilizar, ao produzir o texto, recursos de coesão pronominal
Linguística/Semiótica Coesão e articuladores. (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa,
(Ortografização) oposição, conclusão, comparação), com nível adequado de informatividade.
Recomendações:
A Prática de Leitura/Escuta está citada nas habilidades (CG.EF05LP22.s) e (CG.EF05LP23.s), nas quais considera-se o trabalho com a de leitura para se
estabelecer as características de cada um dos gêneros (organização interna, marcas linguísticas e conteúdo temático) e dos verbetes específicos a serem lidos. O
aluno precisa saber que, no dicionário, as palavras são organizadas por ordem alfabética, os verbos são apresentados no infinitivo, o singular e o masculino são a
forma padrão de apresentação de substantivos e adjetivos. É preciso saber também o contexto da palavra para poder selecionar o significado adequado. Ainda, no
contexto das habilidades mencionadas, é fundamental ler e interpretar dados de gráficos e tabelas, compreendendo as diferenças e semelhanças de apresentação
correspondentes a cada um. Pressupõe-se a leitura e interpretação dos dados de cada um dos gêneros mencionados, para, depois, realizar a comparação entre
ambos. É importante orientá-los para ler, por exemplo, o título dos gráficos, pois indicam o que representam os dados, as legendas, pois esclarecem quais são os
dados apresentados, os eixos para verificar qual será a articulação e comparar as sínteses que as colunas/fatias representam.
A Prática de Produção de Textos, referente à habilidade (CG.EF05LP24.s), orienta o trabalho com a produção textual, com o tema de interesse do aluno,
organizando resultados de pesquisa e dos vetores do processo de produção escrita (situação/tema ou assunto). Além disso, envolve-se, ao menos, duas operações
distintas, que podem ser tratadas em separado, quais sejam: planejar e produzir, que significam organizar as ideias para depois colocá-las no papel. É possível
definir o gênero a ser estudado (verbete de curiosidade, texto expositivo) e propor atividades que: a) envolvam análise de textos dos gêneros em questão para
explicitar as suas características; b) orientem o uso de procedimentos escritores, como: reler o que está escrito para continuar, consultar o planejamento para
tomar decisões e revisar durante o processo e ao final.
É importante utilizar conhecimentos linguísticos e gramaticais, gerais e específicos, de gêneros que envolvem o uso tanto da norma quanto de citações
padronizadas, como relatórios de experimentos, de observação e pesquisa, entrevistas etc. Seu desenvolvimento envolve o engajamento do aluno em práticas de
leitura e/ou produção dos gêneros textuais mencionados.
A Prática de Produção de Textos e a Prática de Oralidade podem ser relacionadas, para a aquisição do conhecimento e elaboração do trabalho com atividade
256
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LINGUAGENS

de produção escrita. Convém considerar que os alunos possam: a) utilizar conhecimentos linguísticos e gramaticais como ferramentas para garantir a coesão e a
coerência e b) aprender e utilizar as convenções relativas à escrita de citações. Reconhecer e aplicar os sinais de pontuação na produção textual, atribuindo-lhes
significado; organizar a estrutura textual por meio do uso correto da paragrafação; utilizar os mecanismos básicos de concordância nominal e verbal para o
aprimoramento da produção oral e escrita; reconhecer e utilizar os pronomes possessivos, demonstrativos e indefinidos nas diferentes situações de uso. Para
tanto, é necessário estudá-los, o que pode ser feito por meio das leituras colaborativas de estudo de texto. Na revisão coletiva processual e final, analisa-se a
adequação do uso dos recursos, de modo a garantir a coerência e legibilidade do texto.
A Prática de Análise Linguística/Semiótica, proposta nas habilidades (CG.EF05LP26.s) e (CG.EF05LP27.s), visa a reconhecer e a utilizar os pronomes
possessivos, demonstrativos e indefinidos nas diferentes situações de uso; reconhecer e aplicar os sinais de pontuação na produção textual, atribuindo-lhes
significado; organizar a estrutura textual por meio do uso correto da paragrafação; produzir e revisar textos escritos, coesos e coerentes, a partir do gênero em
estudo, ajustados a objetivos e ao contexto de circulação; estruturar textos com unidade de sentido, de acordo com os princípios de coerência e coesão estudados
e visualizados nos gêneros; escrever textos com domínio da separação em palavras, estabilidade de palavras de ortografia regular e de irregulares mais frequentes
na escrita e utilização de recursos do sistema de pontuação para dividir o texto em parágrafos; além de utilizar vocabulário diversificado e adequado ao gênero e
às finalidades propostas.
Campo Artístico-Literário
Habilidades comuns aos 1º, 2º, 3º, 4º e 5º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Formação do leitor literário. (CG.EF15LP15.s) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do
(compartilhada e imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os,
autônoma) em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
Leitura/Escuta Leitura colaborativa e autônoma. (CG.EF15LP16.s) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a
(compartilhada e ajuda do professor e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior
autônoma) porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e
crônicas.
Leitura/Escuta Apreciação estética/Estilo. (CG.EF15LP17.s) Apreciar poemas visuais e concretos, observando efeitos de
(compartilhada e sentido criados pelo formato do texto na página, distribuição e diagramação das
autônoma) letras, pelas ilustrações e por outros efeitos visuais.
Leitura/Escuta Formação do leitor literário/Leitura (CG.EF15LP18.s) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos.
(compartilhada e multissemiótica.
autônoma)
Oralidade Contagem de histórias. (CG.EF15LP19.s) Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos
literários lidos pelo professor.
Recomendações:
Em consideração às competências e habilidades a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de se desenvolver as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com todas

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LINGUAGENS

as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.


A proposta deste campo de atuação é valorizar a leitura como fonte de informação, via de acesso aos mundos criados pela literatura e possibilidade de fruição
estética, de modo que o aluno seja capaz de recorrer aos materiais escritos para alcançar diferentes objetivos.
Estas habilidades, relacionadas à Prática de Leitura/Escuta (compartilhada e autônoma), a saber: (CG.EF15LP15.s), (CG.EF15LP16.s), (CG.EF15LP17.s) e
(CG.EF15LP18.s), proporcionam a leitura colaborativa e desenvolvem a compreensão para estudos dos textos, procedimentos, e comportamento leitor. A roda de
leitura e o diário de leitura podem ser organizados em saraus e em slams (campeonato de poesia), criando espaços para a socialização dos gêneros do Campo
Artístico-Literário.
A Prática de Oralidade, citada na habilidade (CG.EF15LP19.s), pode estar voltada a momentos de situações de oralidade de textos de diferentes gêneros, com
propósitos diversos (debate, entrevista, exposição, notícia, propaganda, relato de experiências orais, dentre outros), inclusive com ou sem o apoio de imagens e
de textos literários lidos pelo professor ou pelos colegas de sala.
Campo Artístico-Literário
Habilidades relativas ao 1º e 2º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Escrita (compartilhada e Escrita compartilhada. (CG.EF12LP05.s) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a
autônoma) ajuda do professor, (re)contagens de histórias, poemas e outros textos versificados
(letras de canção, quadrinhas, cordel), poemas visuais, tiras e histórias em
quadrinhos, dentre outros gêneros do campo artístico-literário, considerando a
situação comunicativa e a finalidade do texto
Leitura/Escuta Apreciação estética/Estilo. (CG.EF12LP18.s) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando
(compartilhada e rimas, sonoridades, jogos de palavras, reconhecendo seu pertencimento ao mundo
autônoma) imaginário e sua dimensão de encantamento, jogo e fruição.
Análise Formas de composição de textos poéticos. (CG.EF12LP19.s) Reconhecer, em textos versificados, rimas, sonoridades, jogos
Linguística/Semiótica de palavras, palavras, expressões, comparações, relacionando-as com sensações e
(alfabetização) associações.
Recomendações:
Na Prática de Escrita, referente à habilidade (CG.EF12LP05.s), a proposta está relacionada com a construção da textualidade e finalidade, articulada à produção
do texto com o gênero do Campo Artístico-Literário, trabalhando com duas etapas, o planejamento e a escrita, que significam organizar as ideias para depois
colocá-las no papel, a fim de que, gradativamente, os estudantes apropriem-se dos elementos constitutivos do gênero trabalhado.
No desenvolvimento da Prática de Leitura/Escuta (compartilhada e autônoma), na habilidade (CG.EF12LP18.s), os professores poderão proporcionar
momentos de leitura para a apreciação de textos do Campo Artístico-Literário como poemas e outros textos versificados, enfatizando a entonação, ritmo e
musicalidade. Ao apreciar os poemas, os alunos poderão observar os sentidos criados pelo formato do texto, pela distribuição e diagramação das letras e
ilustrações, além das rimas, aliterações e diferentes modos de divisão dos versos, estrofes e refrãos, e seus efeitos de sentido. Espera-se que os alunos sejam
capazes de identificar os recursos linguísticos e discursivos dos gêneros poéticos, além de desenvolver a leitura que contribua com a formação do repertório
poético, bem como apreciar poemas e outros gêneros versificados presentes neste campo, a fim de desenvolver a sensibilidade própria desses gêneros e o
comportamento leitor por meio de materiais impressos ou digitais.
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LINGUAGENS

A participação dos alunos na criação de saraus tende a aprimorar a Prática de Oralidade e cria um espaço de socialização de poemas selecionados, de acordo
com os critérios trabalhados no decorrer dos primeiros anos do ensino fundamental. Quando, se trabalhar com a Prática de Análise Linguística/Semiótica,
referindo-se à habilidade (CG.EF12LP19.s), espera-se que os alunos sejam capazes de, ao final do segundo ano, identificar o quantitativo de versos e estrofes em
um poema; identificar recursos linguísticos e discursivos que constituem os gêneros poéticos; como também reconhecer o ritmo e a sonoridade dos textos neste
campo.
Campo Artístico-Literário
Habilidades relativas ao 3º, 4º e 5º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Formação do leitor literário. (CG.EF35LP21.s) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de
(compartilhada e diferentes gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo
autônoma) preferências por gêneros, temas, autores.
Leitura/Escuta Formação do leitor literário/ Leitura (CG.EF35LP22.s) Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de
(compartilhada e multissemiótica. sentido de verbos de enunciação e, se for o caso, o uso de variedades linguísticas
autônoma) no discurso direto.

Leitura/Escuta Apreciação estética/Estilo. (CG.EF35LP23.s) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando
(compartilhada e rimas, aliterações e diferentes modos de divisão dos versos, estrofes e refrões e
autônoma) seu efeito de sentido.

Leitura/Escuta Textos dramáticos. (CG.EF35LP24.s) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser
(compartilhada e encenado) e sua organização por meio de diálogos entre personagens e
autônoma) marcadores das falas das personagens e de cena.

Produção de Escrita autônoma e compartilhada. (CG.EF35LP25.s) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando
Textos(escrita detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas para sustentar o
compartilhada) sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de personagens.
Produção de Escrita autônoma e compartilhada. (CG.EF35LP26.s) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais
Textos(escrita que apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura
compartilhada) narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do
discurso indireto e discurso direto.
Produção de Escrita autônoma. (CG.EF35LP27.s) Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos,
Textos(escrita explorando rimas, sons e jogos de palavras, imagens poéticas (sentidos figurados)
compartilhada) e recursos visuais e sonoros.
Oralidade Declamação. (CG.EF35LP28.s) Declamar poemas, com entonação, postura e interpretação

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Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

adequadas.
Análise Formas de composição de narrativas. (CG.EF35LP29.s) Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito
Linguística/Semiótica gerador, resolução e o ponto de vista com base no qual histórias são narradas,
(ortografização) diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.
Análise Discurso direto e indireto. (CG.EF35LP30.s) Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o
Linguística/Semiótica efeito de sentido de verbos de enunciação e explicando o uso de variedades
(ortografização) linguísticas no discurso direto, quando for o caso.
Análise Forma de composição de textos poéticos. (CG.EF35LP31.s) Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido
Linguística/Semiótica decorrentes do uso de recursos rítmicos e sonoros e de metáforas.
(ortografização)
Recomendações:
Por considerar a Prática de Leitura/escuta (compartilhada e autônoma), nas habilidades (CG.EF35LP21.s), (CG.EF35LP22.s), (CG.EF35LP23) e
(CG.EF35LP24.s),é fundamental o trabalho com a leitura e compreensão dos textos selecionados, para que o estudante, conhecendo os efeitos de sentido em
jogo, possa ler/recitar/cantar com fluência, ritmo e entonação adequados.
Quanto à Prática de Oralidade, na habilidade (CG.EF35LP28.s), reproduzir, oralmente, textos com gêneros em estudo, fazendo uso dos recursos linguísticos,
como: sonoridade e entonação, sobretudo ao declamar poemas, além de postura e interpretação adequadas. É fundamental observar, nos diversos gêneros, as
regularidades linguísticas e ortográficas (tempos verbais nas sequências de ações, uso dos conectivos nas relações lógico-temporais, uso dos pronomes nas
reduções e repetições, concordância verbal e nominal), reconhecendo-as na análise de textos bem escritos. Pode-se considerar: a) o trabalho com leitura; b) o
caráter não utilitário (lúdico/estético) dos textos literários e c) as características de gêneros literários diversos, inclusive dramáticos e poéticos. Três atividades
potencializam esse trabalho: a roda de leitores (na qual os alunos comentam livros de escolha pessoal); o diário pessoal de leitura (no qual os alunos registram as
impressões que vão tendo sobre o que leem e que socializam com os colegas) e a leitura programada (na qual livros de maior extensão são lidos e estudados,
coletivamente, com mediação do professor).
A progressão da aprendizagem pode apoiar-se no grau de complexidade dos gêneros e textos previstos (assim como dos seus respectivos temas), nos autores
selecionados e no grau de autonomia que se pretende atingir a cada etapa do ensino. É importante identificar o locutor e o interlocutor a partir de marcas
linguísticas presentes em um texto, o que caracteriza o nível de registro empregado, formal ou informal, considerando a relação entre os interlocutores.
Estabelecer a relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial ou conjunção comparativa. Observar, nos diversos gêneros, as regularidades linguísticas e
ortográficas (tempos verbais nas sequências de ações, uso dos conectivos nas relações lógico-temporais, uso dos pronomes nas reduções e repetições, além de
concordância verbal e nominal), reconhecendo-as na análise de textos bem escritos.
A atividade de leitura como fonte de informação, viabiliza o acesso aos mundos criados pela literatura e possibilita a fruição estética, de modo que o aluno seja
capaz de recorrer aos materiais escritos em função de diferentes objetivos, previstos e emergentes. As diferentes finalidades da leitura (prazer, informação,
estudo, entre outras), possibilitam a identificação dos elementos constitutivos do gênero em estudo.
A Prática de Produção de Textos, referente às habilidades (CG.EF35LP25.s), (CG.EF35LP26.s) e (CG.EF35LP27.s), prevê o desenvolvimento, na produção
coletiva, seguida de trabalho em duplas/grupos para chegar à produção autônoma. Assim como, estruturar textos com unidade de sentido, de acordo com os
princípios de coerência e coesão estudados e visualizados nos gêneros contos de mistério e resumo. Faz parte desse processo o uso das convenções de escrita
maiúscula em início de frases e parágrafos, sinais de pontuação e grafia de palavras mais conhecidas. Para o trabalho com a produção escrita compreende – se
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LINGUAGENS

que: a) articulam a produção de gêneros narrativos a sua leitura e análise prévias e b) tomam o estudo e/ou análise desses gêneros como pré-requisito para a
escrita de textos narrativos, em que estão sempre associados a práticas articuladas e sequenciadas de leitura, análise e produção de gêneros narrativos, com ênfase
em sua organização discursiva e textual. É importante ter como foco nas atividades a apreensão da leitura compreensiva, de recursos expressivos – inclusive
visuais e sonoros – próprios de gêneros poéticos. Essa análise pode acontecer com: a) articulação à produção de gêneros poéticos a sua leitura e análise prévias e
b) tomar o estudo e/ou análise desses gêneros como pré-requisitos para a escrita de textos narrativos.
Nessa mesma perspectiva, a Prática de Análise Linguística/Semiótica, citadas nas habilidades (CG.EF35LP29.s), (CG.EF35LP30.s) e (CG.EF35LP31.s), tem o
foco em atividades que estejam relacionadas ao reconhecimento global da organização da narrativa e, em particular, do ponto de vista em que os textos
lidos/escutados foram narrados, assim como na identificação da pessoa do discurso que os sustenta. É fundamental o uso dos mecanismos básicos de
concordância nominal e verbal para o aprimoramento da produção oral e escrita, reconhecer e aplicar os sinais de pontuação na produção textual, atribuindo-lhes
significado, conhecer e compreender as regras de acentuação, aprimorando o uso da escrita padrão. É importante estabelecer as diferenças e semelhanças entre
discurso direto e indireto, focalizando não apenas a pontuação, mas o uso dos verbos em cada caso. Isso implica compreender que a presença de variedades
linguísticas, de personagens, no texto em que é narrado, produz efeitos de sentido relevantes. É relevante que o desenvolvimento dessas atividades venha
associado de leitura, oralização e análise. Convém, portanto, que a mediação do professor e o envolvimento sistemático do aluno em práticas de leitura e escrita
sejam contemplados nos dois primeiros anos. A progressão pode apoiar-se no grau de complexidade dos gêneros e/ou textos poéticos programados para o estudo
e pelo nível de autonomia a ser atingido pelo estudante a cada etapa do trabalho.
Campo Artístico-Literário
Habilidades relativas ao 2º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Formação do leitor literário. (CG.EF02LP26.s) Ler e compreender, com certa autonomia, textos literários, de
(compartilhada e gêneros variados, desenvolvendo o gosto pela leitura.
autônoma)
Leitura/Escuta Escrita autônoma e compartilhada. (CG.EF02LP27.s) Reescrever textos narrativos literários lidos pelo professor.
(compartilhada e
autônoma)
Análise Formas de composição de narrativas. (CG.EF02LP28.s) Reconhecer o conflito gerador de uma narrativa ficcional e sua
Linguística/Semiótica resolução, além de palavras, expressões e frases que caracterizam personagens e
(alfabetização) ambientes.
Análise Formas de composição de textos poéticos (CG.EF02LP29.s) Observar, em poemas visuais, o formato do texto na página, as
Linguística/Semiótica visuais. ilustrações e outros efeitos visuais.
(alfabetização)
Recomendações:
Para a prática do ensino no processo de alfabetização no Campo Artístico-Literário, recomenda-se que as habilidades acima sejam contempladas com propostas
contextualizadas pela diversidade de textos de gêneros como contos, fábulas, narrativas e poemas.
A exposição frequente aos gêneros sugeridos, de forma orientada pelo professor, pode envolver a Prática da Leitura/Escuta em busca do aprimoramento da

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LINGUAGENS

formação leitora, conforme habilidade (CG.EF02LP26.s), com propostas que contemplem o resumo e reconto de uma história, usando diversos recursos,
identificando e comparando as características de diferentes gêneros, como por exemplo, tipos de personagens, leitura planejada de diferentes textos, formulação e
resposta a perguntas sobre um texto, antes, durante e depois de uma leitura, além de escrever a história de memória e analisar a estrutura de um texto. Cabe
oportunizar recontagem de histórias e produções textuais, já conhecidas e exploradas previamente, a fim de que auxiliem no planejamento de situações
comunicativas por parte do aluno e permitam o aprofundamento na compreensão da habilidade (CG.EF02LP28.s). Ademais, por meio da Prática de Análise
Linguística/Semiótica, de maneira coletiva, com apoio do professor, pode-se, também, contemplar o objeto de conhecimento quanto às formas de composição
de narrativas para reescrevê-las (Prática da Escrita), como, por exemplo, na habilidade (CG.EF02LP27.s). Na habilidade (CG.EF02LP29.s) requer-se: a
valorização dos textos multissemióticos no gênero poema, quanto às diversas possibilidades de registro, verbal e não verbal; a dedicação na observação dos
detalhes dos efeitos visuais na compreensão orientada da mensagem, como foco principal dessa habilidade, podendo promover a interpretação da informação
explícita e implícita.
Campo Artístico-Literário
Habilidades relativas ao 3º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Oralidade Performances orais. (CG.EF03LP27.s) Recitar cordel e cantar repentes e emboladas, observando as
rimas e obedecendo ao ritmo e à melodia.
Recomendações
A Prática de Oralidade, na habilidade (CG.EF03LP27.s), envolve a leitura e compreensão do texto a ser recitado, para que o aluno, conhecendo os efeitos de
sentido em jogo, possa ler/recitar/cantar com maior fluência, ritmo e entonação adequados, conforme o contexto. Podem ser realizadas atividades que indiquem o
trabalho em colaboração, de modo a favorecer o desenvolvimento da fluência leitora. Escutar, com atenção, textos/trechos de diferentes cordéis, inclusive os
informais, comuns em situações públicas, analisando-os criticamente. Na elaboração desse trabalho, pode-se orientar, para além dos gêneros mencionados,
estudos de textos poéticos da cultura local ou nacional, assim como aqueles referentes às culturas periféricas, especialmente, os mais relevantes para as culturas
locais.
Podem ser previstas, também, atividades que indiquem o trabalho em colaboração, de modo a favorecer o desenvolvimento da fluência e observação do ritmo
entre os estudantes nas diversas culturas (indígenas, quilombolas e estrangeiras). É fundamental a interpretação de palavras, frases e expressões em textos de
diferentes gêneros, bem como compreender textos lidos por outras pessoas, com diferentes propósitos, reconhecendo essas finalidades de textos lidos.
Campo Artístico-Literário
Habilidades relativas ao 4º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Análise Forma de composição de textos poéticos (CG.EF04LP26.s) Observar, em poemas concretos, o formato, a distribuição e a
Linguística/Semiótica visuais diagramação das letras do texto na página.
(ortografização)
Análise Forma de composição de textos dramáticos (CG.EF04LP27.s) Identificar, em textos dramáticos, marcadores das falas das
Linguística/Semiótica personagens e de cena.
(ortografização)

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LINGUAGENS

Recomendações:
O foco desse campo de atuação é despertar no aluno um olhar nas expressões em que a leitura e a escrita possibilitam ao leitor/escritor, com ênfase nas relações
que se podem estabelecer entre a escrita e a fala, desenvolver a participação com a prática na leitura e análise de textos por meio da dramaturgia, poesia, romance
e cinema. Dessa forma, impulsiona o estudante ao aprofundamento nas expressões artísticas como parte da construção da linguagem oral, leitura/escuta, escrita e
interpretativa, despertando autonomia, trabalho colaborativo, além de favorecer a fluência da língua, a improvisação, a composição e a sonorização de histórias e
a exploração do repertório linguístico.
Ao desenvolver as habilidades (CG.EF04LP26.s) e (CG.EF04LP27.s), pode-se vincular as Práticas de Análise Linguística/Semiótica, de Oralidade e
Produção de Textos ao fazer pedagógico voltado à formação de composição de texto poético visual e/ou poemas concretos (no que tange a formato, distribuição
e diagramação das letras do texto na página).
Ainda, sugere-se relacionar situações didáticas que envolvam momento de composição de texto dramático, com falas das personagens e de cena em textos
dramáticos. As atividades podem, também, estar relacionadas a situações didáticas que desenvolvam a classificação das palavras quanto ao número de sílabas
(monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas), relacionando o uso da rima, como instrumento de decodificação da palavra e som.
Campo Artístico-Literário
Habilidades relativas ao 5º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Oralidade Declamação; (CG.EF05LP25.s) Representar cenas de textos dramáticos, reproduzindo as falas
Performances orais das personagens, de acordo com as rubricas de interpretação e movimento
indicadas pelo autor.
Análise Forma de composição de textos poéticos (CG.EF05LP28.s) Observar, em ciberpoemas e minicontos infantis em mídia
linguística/semiótica visuais. digital, os recursos multissemióticos presentes nesses textos digitais.
(ortografização)
Recomendações:
Para considerar o uso deste campo de atuação, no cotidiano escolar, o professor pode desenvolver a elaboração de atividade que contribua na aquisição de
conhecimento que prevê: a) o uso de procedimentos de consulta a suportes dos gêneros impressos e/ou eletrônicos, com análise de textos de verbetes de
dicionário para explicitar suas características, construindo registros que possam repertoriar a produção; b) pesquisas do conteúdo temático para os verbetes em
fontes impressas e digitais com tomada de notas, coletiva ou individual, para uso posterior na produção; c) o estudo de ambientes digitais que recebem verbetes e
d) temáticas significativas para a produção de verbetes. É possível, ainda, propor habilidades que orientem o uso de procedimentos escritores, como: reler o que
está escrito para continuar, consultar o planejamento da produção para tomar decisões no momento da escrita e revisar durante o processo e ao final.
A Prática de Oralidade, descrita na habilidade (CG.EF05LP25.s), no Campo Artístico-Literário, tem por objetivo desenvolver e proporcionar ao aluno vivência
na declamação e performances orais, interpretando-os por meio da dramatização, além de relatar fatos observando a coerência e a sequência dos fatos principais
da narração. Para tanto, há que selecionar e explicitar, com clareza e objetividade, a partir de critérios definidos, as ideias essenciais de um texto lido e
reproduzir, oralmente, textos poéticos, fazendo uso dos recursos da linguagem poética, como sonoridade, expressão corporal e facial e entonação, por meio de
situações reais de uso para o desenvolvimento da competência comunicativa.
Ao desenvolver o uso de texto nas atividades com poemas, o processo de leitura e estudo visa a identificar de que modo o espaço é ocupado por ciberpoemas e
minicontos, disponibilizados nas mídias digitais infantis, bem como recursos multissemióticos constituem os efeitos de sentido por eles provocados. Na
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LINGUAGENS

elaboração dessa atividade, deve-se considerar a leitura e o estudo com o propósito de desenvolver os conhecimentos voltados à Prática de Análise
Linguística/Semiótica, referida na habilidade (CG.EF05LP28.s) com o uso de ciberpoemas e minicontos digitais, para que as suas características fundamentais
sejam identificadas, tais como: o modo de ocupação do espaço que pode não ser estático, a presença de recursos de áudio e movimento e o emprego de recursos
de interação entre leitor e texto para definição ou não dos rumos do poema. É importante que o aluno compreenda as diferenças entre as linguagens em vários
contextos e reconheça os vocabulários diversificados e adequados aos gêneros e às finalidades propostas.
Todos os Campos de Atuação
Habilidades comuns ao1º, 2º, 3º, 4º e 5º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Reconstrução das condições de produção e (CG.EF15LP01.s) Identificar a função social de textos que circulam em campos
(compartilhada e recepção de textos. da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a
autônoma) escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram
produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Leitura/Escuta Estratégia de leitura. (CG.EF15LP02.s) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler
(compartilhada e (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto),
autônoma) apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e
recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre
saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice,
prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a
leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
Leitura/Escuta Estratégia de leitura. (CG.EF15LP03.s). Localizar informações explícitas em textos.
(compartilhada e
autônoma)
Leitura/Escuta Estratégia de leitura. (CG.EF15LP04.s) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos
(compartilhada e expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos.
autônoma)
Produção de Textos Planejamento de texto. (CG.EF15LP05.s) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido,
(escrita compartilhada e considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem
autônoma) escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o
texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem,
organização e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou
digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto,
organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
Produção de Textos Revisão de texto. (CG.EF15LP06.s) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a
(escrita compartilhada e colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes,

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LINGUAGENS

autônoma) acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.


Produção de Textos Edição de textos. (CG.EF15LP07.s) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e
(escrita compartilhada e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado,
autônoma) manual ou digital.
Produção de Textos Utilização de tecnologia digital. (CG.EF15LP08.s) Utilizar software, inclusive programas de edição de texto, para
(escrita compartilhada e editar e publicar os textos produzidos, explorando os recursos multissemióticos
autônoma) disponíveis.
Oralidade Oralidade pública/Intercâmbio conversacional (CG.EF15LP09.s) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza,
em sala de aula. preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com
tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.
Oralidade Escuta Atenta. (CG.EF15LP10.s) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas,
formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre
que necessário.
Oralidade Características da conversação espontânea. (CG.EF15LP11.s) Reconhecer características da conversação espontânea
presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a
conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a
posição do interlocutor.
Oralidade Aspectos não linguísticos (paralinguísticos) no (CG.EF15LP12.s). Atribuir significado a aspectos não linguísticos
ato da fala. (paralinguísticos) observados na fala, como direção do olhar, riso, gestos,
movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal,
tom de voz.
Oralidade Relato oral/Registro formal e informal. (CG.EF15LP13.s). Identificar finalidades da interação oral em diferentes
contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar,
relatar experiências etc.).
Recomendações:
Estas habilidades podem ser trabalhadas de maneiras distintas, a depender do ano em que o professor esteja atuando. Essa diferença consiste no quanto o docente
irá aprofundar o desenvolvimento das ações a serem trabalhadas. É importante que os alunos reconheçam que os textos possuem funções sociais e circulam em
diferentes mídias, com diversos assuntos/finalidades, identificando o autor, bem como o gênero em estudo. Para isto, o desenvolvimento de comportamentos
leitores ocorre por meio: das estratégias de leitura, seleção, antecipação, checagem de hipóteses. São inferências que os alunos precisam utilizar quando fazem
leitura compreensiva do texto. Recomenda-se desenvolver as habilidades supracitadas nestes campos de atuação de maneira sequencial, conforme as etapas da
educação básica, de acordo com o nível de aprendizagem de cada aluno e sua maturidade cognitiva.
A Prática de Leitura/Escuta (compartilhada e autônoma) está relacionada às habilidades (CG.EF15LP01.s), (CG.EF15LP02.s), (CG.EF15LP03.s) e
(CG.EF15LP04.s). Trata-se, portanto, de ações específicas nas quais se estudam os textos para procurar características dos gêneros e para estabelecer relações
entre eles, os campos de atuação e sua organização interna. As informações explícitas em um texto são aquelas que estão, literalmente, expressas no texto, seja

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LINGUAGENS

ele oral ou escrito. Localizá-las, portanto, no caso do texto escrito, requer que aluno leia o enunciado e a identifique; planejar, produzir e revisar a escrita de
textos, considerando a situação comunicativa dos interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade do propósito (escrever para quê); a circulação
(onde o texto vai circular); o suporte (qual o portador do texto); a linguagem, organização, forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou
digitais. Utilizar os conhecimentos prescritos nestas habilidades, proporciona para o aluno, observar suas dificuldades de leitura de textos escritos e
compreensão da finalidade dos textos disponibilizados.
Para as habilidades (CG.EF15LP05.s), (CG.EF15LP06.s), (CG.EF15LP07.s) e (CG.EF15LP08.s) relacionadas à Prática de Produção de Textos, sugere-se que
sejam trabalhadas situações didáticas que proporcionem a compreensão da estrutura composicional, de diversos tipos de produção, como por exemplo: Título
(apresenta a ideia principal); Subtítulo (apresenta uma ideia complementar ao título), logomarca (junção do símbolo da empresa e seu nome); logotipo
(representação gráfica que representa o nome de uma empresa, instituição, marca); slogan (frase curta, de fácil memorização).
Considerando a Prática de Oralidade, trazida nas habilidades (CG.EF15LP09.s), (CG.EF15LP10.s), (CG.EF15LP11.s), (CG.EF15LP12.s) e (CG.EF15LP13.s),
pode-se utilizar a linguagem oral para expressar ideias e opiniões, argumentando e defendendo pontos de vista. Para que ocorra a progressão, ao longo dos cinco
anos iniciais, pode apoiar-se no grau de complexidade do gênero oral em estudo, com foco no planejamento e no grau de autonomia a ser conquistado pelo aluno
em cada etapa. Quanto à escuta, podemos dar ênfase à atenção as falas do professor e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando
esclarecimentos sempre que necessário, de modo a compreender que a escuta atenta contribui para o aprendizado, selecionando e explicitando, com clareza e
objetividade, a partir de critérios definidos, as ideias essenciais de um texto lido. Para isso, também é necessário respeitar os turnos de fala, aprender a
desenvolver a escuta, considerando o interlocutor.
Todos os Campos de Atuação
Habilidades relativas ao 1º e 2º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Decodificação/Fluência de leitura (CG.EF12LP01.s) Ler palavras novas com precisão na decodificação, no caso de
(compartilhada e palavras de uso frequente, ler globalmente, por memorização.
autônoma)
Leitura/Escuta Formação de leitor (CG.EF12LP02.s) Buscar, selecionar e ler, com a mediação do professor (leitura
(compartilhada e compartilhada), textos que circulam em meios impressos ou digitais, de acordo
autônoma) com as necessidades e interesses.
Escrita (compartilhada e Construção do sistema alfabético/ (CG.EF12LP03.s) Copiar textos breves, mantendo suas características e voltando
autônoma) Estabelecimento de relações anafóricas na para o texto sempre que tiver dúvidas sobre sua distribuição gráfica, espaçamento
referenciação e construção da coesão entre as palavras, escrita das palavras e pontuação.
Recomendações:
No final do segundo ano, é esperado que o aluno adquira a fluência na leitura. Para tanto, faz-se necessário proporcionar atividades de Prática de
Leitura/Escuta (compartilhada e autônoma) referentes às habilidades (CG.EF12LP01.s), (CG.EF12LP02.s), com a ajuda do professor e com autonomia na
leitura. Os textos conhecidos de memória como: cantigas regionais e nacionais, poemas, letras de músicas, podem ser trabalhados realizando o acompanhamento
da leitura do texto falado ao seu registro gráfico. O trabalho com rimas, leituras colaborativas, apresentações de saraus, também podem estar relacionados à
Prática de Oralidade.
O intuito de desenvolver os diversos campos de atuação, está voltado no trabalho de ensinar procedimentos e comportamentos leitores, com a leitura em voz alta
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LINGUAGENS

e/ou a leitura compartilhada de textos de gêneros diversificados impressos e digitais, coletiva e individualmente, valorizando a mensagem do texto e extraindo
informação. Esse modelo de atividade potencializa o trabalho, pois explicita como agem os leitores proficientes. O aprimoramento na leitura com foco na
decodificação, desenvolve a Prática de Análise Linguístico/Semiótica, ou seja, orientar o aluno primeiramente com palavras de uso frequente, como nome
próprio, nomes de colegas, de parentes e palavras conhecidas, com auxílio do professor, enfatizando os sons iniciais e finais, estabelecendo a relação gráfico-
sonora. A Prática de Escrita (CG.EF12LP03.s) está relacionada ao ato de observar e reproduzir pequenos textos de memória (textos curtos ou trechos
significativos ou até mesmo textos mais longos indicados para os alunos do 2º ano), mobilizando a atenção do aluno para todas as características gráficas do
texto como; pontuação medial e final, paragrafação, acentuação, presença de letras maiúsculas.
Todos os Campos de Atuação
Habilidades relativas ao 3º, 4º e 5º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Decodificação/Fluência de leitura (CG.EF35LP01.s) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz
(compartilhada e alta, com autonomia e fluência, textos curtos com nível de textualidade adequado.
autônoma)
Leitura/Escuta Formação de leitor. (CG.EF35LP02.s) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da
(compartilhada e sala de aula e/ou disponíveis em meios digitais para leitura individual,
autônoma) justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após a
leitura.
Leitura/Escuta Compreensão. (CG.EF35LP03.s) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão
(compartilhada e global.
autônoma)
Leitura/Escuta Compreensão. (CG.EF35LP04.s) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
(compartilhada e
autônoma)
Leitura/Escuta Estratégia de leitura. (CG. EF35LP05.s) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em
(compartilhada e textos, com base no contexto da frase ou do texto.
autônoma)
Leitura/Escuta Estratégia de leitura (CG.EF35LP06.s) Recuperar relações entre partes de um texto, identificando
(compartilhada e substituições lexicais (de substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de
autônoma) pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem
para a continuidade do texto.
Produção de Construção do sistema alfabético/ Convenções (CG.EF35LP07.s) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e
textos(escrita da escrita. gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de concordância nominal e
compartilhada e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação,
autônoma) vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.

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LINGUAGENS

Produção de Construção do sistema alfabético/ Convenções (CG.EF35LP08.s) Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por
textos(escrita da escrita. substituição lexical ou por pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos),
compartilhada e vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes
autônoma) anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição,
conclusão, comparação), com nível suficiente de informatividade.
Produção de textos Planejamento de texto/Progressão temática e (EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos
(escrita compartilhada e paragrafação. segundo as normas gráficas e de acordo com as características do gênero textual.
autônoma)
Oralidade Forma de composição de gêneros orais. (CG.EF35LP10.s) Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes
situações e contextos comunicativos, e suas características linguístico-expressivas
e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica, entrevistas
pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração
de jogos esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).
Oralidade Variação linguística. (CG.EF35LP11.s) Ouvir gravações, canções, textos falados em diferentes
variedades linguísticas, identificando características regionais, urbanas e rurais da
fala e respeitando as diversas variedades linguísticas como características do uso
da língua por diferentes grupos regionais ou diferentes culturas locais, rejeitando
preconceitos linguísticos.
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF35LP12.s) Recorrer ao dicionário para esclarecer dúvida sobre a escrita de
linguística/semiótica ortografia palavras, especialmente no caso de palavras com relações irregulares fonema-
(Ortografização) grafema.
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF35LP13.s) Memorizar a grafia de palavras de uso frequente nas quais as
linguística/semiótica ortografia relações fonema-grafema são irregulares e com h inicial que não representa
(Ortografização) fonema.
Análise Morfologia. (CG.EF35LP14.s) Identificar em textos e usar na produção textual pronomes
linguística/semiótica pessoais, possessivos e demonstrativos, como recurso coesivo anafórico.
(Ortografização)
Recomendações:
As atividades que mais potencializam o desenvolvimento da fluência leitora são aquelas em que o leitor estuda textos que lerá em voz alta, em colaboração com
outro leitor mais proficiente. A leitura precisa ser contextualizada em uma situação comunicativa genuína, como uma leitura dramática (situação em que atores
fazem a leitura de um texto teatral para uma audiência, interpretando os personagens).
Para o desenvolvimento, Prática de Leitura/Escuta (compartilhada e autônoma), citadas nas habilidades (CG.EF35LP01.s), (CG.EF35LP02.s),
(CG.EF35LP03.s), (CG.EF35LP04), (CG.EF35LP05.s) e (CG.EF35LP06.s), é fundamental a frequência em espaços destinados à leitura (biblioteca) e à
participação em atividades como a roda de leitores. É importante identificar a leitura como fonte de informação, via de acesso aos mundos criados pela literatura
e possibilidade de fruição estética, de modo que o aluno seja capaz de recorrer aos materiais escritos em função. Desenvolver comportamentos leitores e por
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
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LINGUAGENS

meio das estratégias de leitura: seleção, antecipação, inferência, checagem de hipóteses. Realizar uma inferência é estabelecer, no processo de leitura, uma
ligação entre uma ideia expressa no texto e outra que o leitor pode ativar com base em conhecimentos prévios ou no contexto.
A leitura colaborativa permite a criação de um espaço de circulação de informações no qual pistas textuais e conhecimentos prévios podem ser articulados,
coletivamente, pelos alunos, o que possibilita a apropriação desses procedimentos e a ampliação da competência leitora. É fundamental o desenvolvimento da
competência lexical, ou seja, do domínio do aluno sobre os sentidos, a forma, as funções e os usos das palavras. Essa organização servirá tanto para a oralidade
quanto para a escrita, seja do ponto de vista da compreensão, seja em termos de produção. A utilização dos conhecimentos gramaticais e textuais já
internalizados para, em situações epilinguísticas (de uso), auxilia constituir os sentidos do texto escrito, consolidá-los e/ou resolver problemas de compreensão.
Considerando o desenvolvimento contínuo do aluno, é importante atribuir a Prática de Produção de Textos, prescritas nas habilidades (CG.EF35LP07.s),
(CG.EF35LP08.s) e (CG.EF35LP09.s), proporcionando a aquisição de conhecimentos relacionados: em planejar, produzir e revisar textos escritos, coesos e
coerentes, a partir do gênero em estudo, ajustados a objetivos e ao contexto de circulação, esquematizar a situação comunicativa considerando: quem escreve,
para quê e para quem escreve. O trabalho pode ser previsto tanto em colaboração quanto com autonomia, progressivamente, a partir do momento em que os
alunos compreendam as regras do sistema de escrita. É importante o planejamento com ajuda do professor e a utilização de software como editor de texto, para a
produção de textos de acordo com gênero em estudo.
Prática de Oralidade (CG.EF35LP10.s) e (CG.EF35LP11.s), é importante à compreensão da lógica e da dinâmica dos intercâmbios orais, para a efetivação de
situações como seminários, mesas-redondas, rodas de conversa, programas de TV etc., que envolvam gêneros como: exposição oral, discussão argumentativa
e/ou debate, entrevista oral etc.; articular a linguagem oral por meio de situações reais de uso para o desenvolvimento da competência comunicativa. O trabalho
com essas atividades pode prever: a) o estudo da situação comunicativa (como assistir a entrevistas); b) o planejamento e análise do gênero e suas marcas
linguísticas (identificar o recurso de considerar a resposta e reelaborar a próxima pergunta, por exemplo). Pode haver impregnação com a escrita, com o ouvir
canções com legendas, participar de saraus lendo e oralizando textos, etc.
Tais situações devem contemplar diferentes produções, inclusive locais, favorecendo o convívio respeitoso com a diversidade linguística, de modo a legitimar os
diferentes falares do Brasil, uma variedade sobrepor outra. O trabalho com esse tipo de atividade em conjunto de oralidade e escrita, propicia percebe-se que não
se escreve da mesma forma que se fala, permitindo estruturar textos com unidade de sentido, de acordo com os princípios de coerência e coesão estudados e
visualizados nos gêneros em estudo. Esse trabalho implica o uso do dicionário para resolver problemas de ortografia, o que pode ou não envolver a identificação
da definição correspondente ao uso que gerou a busca. Utilizar o dicionário requer a familiarização com procedimentos de busca. A habilidade diz respeito a
reconhecer e lembrar dos registros corretos das grafias de algumas das ocorrências irregulares presentes na língua.
O tratamento pela memorização permite aos estudantes reterem imagens visuais das palavras; compreender a ortografia como um conjunto de normas que
estabelece a grafia correta das palavras, possibilitando a comunicação por escrito de acordo com a forma padrão vigente. É fundamental reconhecer e relacionar
pronomes pessoais do caso reto e oblíquo, aplicando-os, adequadamente, na oralidade e na escrita assim como, estabelecer relações entre termos de um texto, a
partir de um processo de repetição, sinonímia ou retomada pronominal.
Para Prática de Análise Linguística/Semiótica, prevista nas habilidades (CG.EF35LP12.s), (CG.EF35LP13.s) e (CG.EF35LP14.s), é fundamental um trabalho
de análise linguística (ortográfica, morfossintática, sintática e semântica) e de conhecimentos específicos a elas associados, para serem, adequadamente,
colocadas em produções textuais dos alunos; escrever textos com domínio da separação em palavras, estabilidade de palavras de ortografia regular e de
irregulares mais frequentes na escrita e utilização de recursos do sistema de pontuação para dividir o texto em parágrafos. É essencial conhecer as características
do gênero para organizar o texto em unidades de sentido de modo coeso e coerente, ou seja, dividir o texto em parágrafos, respeitando as normas da pontuação, o
encadeamento das ideias e a hierarquia das informações presentes, de acordo com as características do gênero e a finalidade comunicativa.
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LINGUAGENS

Todos os Campos de Atuação


Habilidades relativas ao 1º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Protocolos de leitura. (CG.EF01LP01.s) Reconhecer que textos são lidos e escritos da esquerda para a
(compartilhada e direita e de cima para baixo da página
autônoma
Escrita (compartilhada e Correspondência fonema-grafema. (CG.EF01LP02.s) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de
autônoma forma alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas
Escrita (compartilhada e Construção do sistema alfabético/ Convenções (CG.EF01LP03.s) Observar escritas convencionais, comparando-as às suas
autônoma da escrita. produções escritas, percebendo semelhanças e diferenças.
Análise Conhecimento do alfabeto do português do (CG.EF01LP04.s) Distinguir as letras do alfabeto de outros sinais gráficos
Linguística/Semiótica Brasil.
(alfabetização)
Análise Construção do sistema alfabético. (CG.EF01LP05.s) Reconhecer o sistema de escrita alfabética como representação
Linguística/Semiótica dos sons da fala
(alfabetização)
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF01LP06.s) Segmentar oralmente palavras em sílabas.
Linguística/Semiótica ortografia.
(alfabetização)
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF01LP07.s) Identificar fonemas e sua representação por letras
Linguística/Semiótica ortografia.
(alfabetização)
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF01LP08.s) Relacionar elementos sonoros (sílabas, fonemas, partes de
Linguística/Semiótica ortografia. palavras) com sua representação escrita.
(alfabetização)
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF01LP09.s) Comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças
Linguística/Semiótica ortografia. entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais
(alfabetização)
Análise Conhecimento do alfabeto do português do (CG.EF01LP10.s) Nomear as letras do alfabeto e recitá-lo na ordem das letras.
Linguística/Semiótica Brasil.
(alfabetização)
Análise Conhecimento das diversas grafias do (CG.EF01LP11.s) Conhecer, diferenciar e relacionar letras em formato imprensa
Linguística/Semiótica alfabeto/ Acentuação. e cursiva, maiúsculas e minúsculas
(alfabetização)

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Análise Segmentação de palavras/Classificação de (CG.EF01LP12.s) Reconhecer a separação das palavras, na escrita, por espaços
Linguística/Semiótica palavras por número de sílabas. em branco
(alfabetização)
Análise Construção do sistema alfabético. (CG.EF01LP13.s) Comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças
Linguística/Semiótica entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais
(alfabetização)
Análise Pontuação. (CG.EF01LP14.s). Identificar outros sinais no texto além das letras, como pontos
Linguística/Semiótica finais, de interrogação e exclamação e seus efeitos na entonação
(alfabetização)
Análise Sinonímia e antonímia/Morfologia/Pontuação. (CG.EF01LP15.s) Agrupar palavras pelo critério de aproximação de significado
Linguística/Semiótica (sinonímia) e separar palavras pelo critério de oposição de significado
(alfabetização) (antonímia).
Recomendações:
As Práticas de Linguagem estão presentes na vida social e podem ser levadas à escola em situações reais em que se fazem necessários seus usos, em todos os
campos de atuação (vida cotidiana, artístico-literário, práticas de estudo e pesquisa e vida pública). O importante é que o professor selecione gêneros para a
oralidade e a escrita que proporcionem aos alunos experiências diversificadas nos quatro campo s de atuação e nas práticas de linguagens. Ao pensarmos na
alfabetização, alguns gêneros são mais adequados para os anos iniciais no Ensino Fundamental; os gêneros para serem trabalhados na sala de aula tanto para
leitura e escuta, produção oral e escrita, são mais simples. Os textos do dia a dia, como as listas (compras, chamada) bilhetes e convites, são indicados
principalmente pelo foco na grafia. Conforme o processo de alfabetização progrida, as cantigas de rodas, receitas, parlendas, regras de jogos, são recomendadas,
pois além de aprimorar os conhecimentos da escrita, esses gêneros familiares ao aluno aumentam a compreensão deles quanto à importância de saber ler e
escrever.
A escrita espontânea deve acontecer no início com nome próprio, partindo para palavras, frases e pequenos textos, a partir de textos significativos desde o início
do 1º ano de modo permanente. Escrevendo e analisando suas produções, pensando como grafar determinadas palavras tendo escritas convencionais como
referências, os alunos vão, progressivamente, utilizando as letras que representam os fonemas. Essa prática de escrita, podem contemplar situações de análise em
grupos, em duplas ou individualmente, de acordo com o nível de aprendizagem de cada aluno.
Na Prática de Leitura, a seleção e leitura de diferentes textos do campo da vida cotidiana com a mediação do professor, será constante, para que o aluno
observe as características e organização dos textos/gêneros selecionados, assim como compreenda os sentidos do texto e os aspectos estruturantes, interiorizando
a habilidade (CG.EF01LP01.s). Ao desenvolver a Prática da Oralidade, o aluno irá aprimorar a escuta atenta e interação com o grupo. O professor poderá
realizar atividades de recitar, parlendas, quadras, quadrinhas, trava-línguas, trabalhando com entonação adequada, observando as rimas, em sala de aula ou
realizando apresentações públicas.
Neste campo, a Prática de Linguagem de Análise Linguística e Semiótica, ao se trabalhar com o desenvolvimento da habilidade (CG.EF01LP04.s)
(CG.EF01LP11.s) e (CG.EF01LP10.s) as atividades que irão desenvolver são propostas com o objetivo de: distinguir as letras do alfabeto de outros sinais
gráficos, conhecer as letras do alfabeto, tipos de fontes, vogais e consoantes, expondo os alunos em contato com material impresso e/ou digital, que apareçam as
letras impressas e cursivas maiúsculas e minúsculas (em cartazes, jogos como: bingo das letras, dominó, jogo da memória), para desenvolver as habilidades
(CG.EF01LP07.s) (CG.EF01LP08.s) e (CG.EF01LP09.s) o aluno deverá ser capaz de relacionar elementos sonoros (sílabas, fonemas, partes de palavras) com
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LINGUAGENS

sua representação escrita, segmentar palavras escritas em sílabas, contando-as e comparando palavras quanto ao número de sílabas, reconhecer que toda sílaba
contém uma vogal como núcleo silábico, como também, reconhecer sílabas simples e complexas em palavras, as letras que representam sons, além de identificar
os sinais de pontuação (ponto final, exclamação e interrogação) nos textos e de seus efeitos na entonação. Recomenda-se, inicialmente, que a prática de
alfabetização seja orientada com o uso da letra maiúscula de imprensa, tanto em atividades de leituras como de escrita.
Ao desenvolver a Prática da Escrita, o aluno deverá compreender, em situações de leitura e escrita de textos diversos, iniciando com a construção do nome
próprio, partindo para palavras estáveis e/ ou palavras retiradas de textos significativos, relacionando as letras e sons na articulação da fala e elementos sonoros
(sílabas, fonemas, partes de palavras) com sua representação escrita.
Todos os Campos de Atuação
Habilidades relativas ao 2º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Escrita(compartilhada e Construção do sistema alfabético/Convenções (CG.EF02LP01.s) Utilizar, ao produzir o texto, grafia correta de palavras
autônoma) da escrita. conhecidas ou com estruturas silábicas já dominadas, letras maiúsculas em início
de frases e em substantivos próprios, segmentação entre as palavras, ponto final,
ponto de interrogação e ponto de exclamação.
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF02LP02.s) Segmentar palavras em sílabas e remover e substituir sílabas
Linguística/Semiótica ortografia. iniciais, mediais ou finais para criar novas palavras.
(alfabetização)
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF02LP03.s) Ler e escrever palavras com correspondências regulares diretas
Linguística/Semiótica ortografia. entre letras e fonemas (f, v, t, d, p, b) e correspondências regulares contextuais (c
(alfabetização) e q; e e o, em posição átona em final de palavra).
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF02LP04.s) Ler e escrever corretamente palavras com sílabas CV, V, CVC,
Linguística/Semiótica ortografia. CCV, identificando que existem vogais em todas as sílabas.
(alfabetização)
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF02LP05.s) Ler e escrever corretamente palavras com marcas de nasalidade
Linguística/Semiótica ortografia. (til, m, n).
(alfabetização)
Análise Conhecimento do alfabeto do português do (CG.EF02LP06.s) Perceber o princípio acrofônico que opera nos nomes das letras
Linguística/Semiótica Brasil. do alfabeto.
(alfabetização)
Análise Conhecimento das diversas grafias do (CG.EF02LP07.s) Escrever palavras, frases, textos curtos nas formas imprensa e
Linguística/Semiótica alfabeto/ Acentuação. cursiva.
(alfabetização)
Análise Segmentação de palavras/Classificação de (CG.EF02LP08.s) Segmentar corretamente as palavras ao escrever frases e textos.
Linguística/Semiótica palavras por número de sílabas.

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

(alfabetização)
Análise Pontuação. (CG.EF02LP09.s) Usar adequadamente ponto final, ponto de interrogação e ponto
Linguística/Semiótica de exclamação.
(alfabetização)
Análise Sinonímia e antonímia/Morfologia/Pontuação. (CG.EF02LP10.s) Identificar sinônimos de palavras de texto lido, determinando a
Linguística/Semiótica diferença de sentido entre eles, e formar antônimos de palavras encontradas em
(alfabetização) texto lido pelo acréscimo do prefixo de negação in-/im-.
Análise Morfologia. (CG.EF02LP11.s) Formar o aumentativo e o diminutivo de palavras com os
Linguística/Semiótica sufixos -ão e -inho/-zinho.
(alfabetização)
Recomendações:
Em consideração às competências e habilidades a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de desenvolverem-se as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com as
práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.
Nesse sentido, todos os campos de atuação organizam a contextualização do conhecimento escolar e que as práticas derivam de situações da vida social, é
importante que o contexto seja significativo para os estudantes no processo de alfabetização, e que a escolha dos textos para a práticas letradas tenha como foco a
alfabetização na ação pedagógica.
Recomenda-se que os professores realizem contextualizações que contemplem todos os campos de atuação, a fim de desenvolver o trabalho com as habilidades
previstas, integrando procedimentos e estratégias (meta) cognitivas nos processos de relação entre fala, escrita, oralidade, produção de textos, compreensão de
textos e seus efeitos de sentidos referentes às suas formas de construção, constituindo a metacognição do sistema linguístico.
As práticas podem envolver reflexões quanto ao uso da letra maiúscula em substantivos próprios, análise coerente em leituras feitas e também orientada pelo
professor, observação quanto ao uso de pontuação, revisão de produções, envolvimento com ações de juntar e separar palavras, silabas e letras compreendendo
que palavras podem compartilham certas letras, e que essas representam os sons da língua, bem como as formas de representa-las. Cantigas, rimas, listas de
palavras dentre outros gêneros textuais presentes nos campos de atuação auxiliam a manipulação, identificação, analise, ensino e desenvolvimento das
habilidades promovendo e reforçando de forma consciente, o processo de alfabetização.
A Prática de Escrita (compartilhada e autônoma) está na habilidade (CG.EF02LP01.s), com situações didáticas em que o professor ajudará o aluno a justificar
suas respostas e, progressivamente, atribuindo maior autonomia aos alunos. Os gêneros descritivos como de um objeto, animal, pessoa etc., podem auxiliar no
desenvolvimento da habilidade (CG.EF02LP07.s) na escrita de frases, palavras e pequenos textos. Nas habilidades que contemplam as Práticas de escrita, o
auxílio do professor deve favorecer a percepção e o monitoramento das estratégias em busca dos objetivos no processo de alfabetização.
Os diferentes tipos de textos são sugeridos para que o professor alfabetizador sistematize e promova a reflexão com os alunos sobre elementos constitutivos da
língua padrão e suas formas de uso. Sendo assim, para o desenvolvimento das práticas de linguagem que envolvam a Prática de Análise Linguística/Semiótica
e Prática de Escrita na alfabetização os textos poéticos (parlendas, quadrinhas, poemas, cantigas, trava-línguas), textos narrativos (contos, histórias, histórias em
quadrinhos, lendas e fábulas), textos epistolares (bilhetes, convites, avisos e recados), textos jornalísticos (notícias, entrevistas, classificados), textos publicitários
(cartazes, folhetos), textos informativos (gráficos e tabelas), textos instrucionais (receitas culinárias e demais receitas, regras de jogo) e textos descritivos
(imagens, lugares, objetos, pessoas, animais) tornam-se necessários, por meio da sua relevância social, para o trabalho justificado e fundamentados pelos objetos
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
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LINGUAGENS

de conhecimento (construção do sistema alfabético/ convenções da escrita, construção do sistema alfabético e da ortografia, conhecimento do alfabeto do
português do Brasil, conhecimento das diversas grafias do alfabeto, acentuação, segmentação de palavras/classificação de palavras por número de sílabas,
pontuação, sinonímia e antonímia/morfologia/pontuação e morfologia. É importante a reconstrução das produções orientadas pelo professor, fazendo, deste
momento, a oportunidade para que os alunos vivenciem e percebam que a escrita não é meramente um amontoado de letras, e sim uma organização de diversos
elementos.
Todos os Campos de Atuação
Habilidades relativas ao 3º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF03LP01.s) Ler e escrever palavras com correspondências regulares
Linguística/Semiótica ortografia. contextuais entre grafemas e fonemas – c/qu; g/gu; r/rr; s/ss; o (e não u) e e (e não
(ortografização) i) em sílaba átona em final de palavra – e com marcas de nasalidade (til, m, n).
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF03LP02.s) Ler e escrever corretamente palavras com sílabas CV, V, CVC,
Linguística/Semiótica ortografia. CCV, VC, VV, CVV, identificando que existem vogais em todas as sílabas.
(ortografização)
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF03LP03.s) Ler e escrever corretamente palavras com os dígrafos lh, nh,
Linguística/Semiótica ortografia. ch.
(ortografização)
Análise Conhecimento das diversas grafias do (CG.EF03LP04.s) Usar acento gráfico (agudo ou circunflexo) em monossílabos
Linguística/Semiótica alfabeto/Acentuação. tônicos terminados em a, e, o e em palavras oxítonas terminadas em a, e, o,
(ortografização) seguidas ou não de s.
Análise Segmentação de palavras/Classificação de (CG.EF03LP05.s) Identificar o número de sílabas de palavras, classificando-as
Linguística/Semiótica palavras por número de sílabas. em monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas.
(ortografização)
Análise Construção do sistema alfabético. (CG.EF03LP06.s) Identificar a sílaba tônica em palavras, classificando-as em
Linguística/Semiótica oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
(ortografização)
Análise Pontuação. (CG.EF03LP07.s) Identificar a função na leitura e usar na escrita ponto final,
Linguística/Semiótica ponto de interrogação, ponto de exclamação e, em diálogos (discurso direto),
(ortografização) dois-pontos e travessão.
Análise Morfologia. (CG.EF03LP08.s) Identificar e diferenciar, em textos, substantivos e verbos e
Linguística/Semiótica suas funções na oração: agente, ação, objeto da ação.
(ortografização)
Análise Morfossintaxe. (CG.EF03LP09.s) Identificar, em textos, adjetivos e sua função de atribuição de
Linguística/Semiótica propriedades aos substantivos.

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LINGUAGENS

(ortografização)
Análise Morfologia. (CG.EF03LP10.s) Reconhecer prefixos e sufixos produtivos na formação de
Linguística/Semiótica palavras derivadas de substantivos, de adjetivos e de verbos, utilizando-os para
(ortografização) compreender palavras e para formar novas palavras.
Recomendações:
Para a construção e desenvolvimento deste campo de atuação, é necessário que o aluno já tenha consolidado da linguagem alfabética. O objetivo de produzir
textos publicitários e de propagandas possibilita ao aluno o poder de resolver situações do dia a dia por meio da argumentação. Este exercício leva o aluno a
utilizar o poder da língua como fonte de convencimento e de tomada de decisões.
Nas habilidades (CG.EF03LP01.s), (CG.EF03LP02.s) e (CG.EF03LP03.s), que tratam sobre o conhecimento das diversas grafias do alfabeto e acentuação, para
que sejam desenvolvidas estas habilidades, que diz respeito a reconhecer, compreender e registrar palavras com diferentes esquemas silábicos em que poderá
prever, no primeiro semestre, a escrita convencional de palavras de uso frequente e, no segundo, sem essa observação, o que permite uma progressão na
aprendizagem, é necessário ressaltar que o uso torna a linguagem mais econômica, podendo facilitar a reflexão e com habilidades que prevejam a colaboração.
Na habilidade (CG.EF03LP04.s), o conhecimento das diversas grafias do alfabeto e a acentuação quando envolvidos em práticas com base na oralidade, na
compreensão fonética e tendo como suporte textos que levem o aluno neste processo de observação de uso da linguagem, proporcionam clareza em sua
pronúncia, desenvolvendo memória fonética para a criança, identificando as sílabas das palavras; reconhecendo qual sílaba é tônica. No que diz respeito à
habilidade (CG.EF03LP05.s), trabalhando a Segmentação de palavras e Classificação de palavras por número de sílabas, requer ao aluno reconhecer e dividir as
sílabas das palavras, classificando-as, conforme orientação, ressaltando que o uso da metalinguagem torna a linguagem mais econômica, podendo facilitar sua
reflexão.
Na habilidade (CG.EF03LP06.s) de Construção do sistema alfabético, é necessário proceder a uma classificação das palavras que é fundamental para a
compreensão de algumas das regras da acentuação gráfica, esse trabalho pode ser realizado sem o uso da metalinguagem. Neste campo de atuação, podem ser
trabalhadas a reflexão linguística, a observação do uso da língua tanto na escrita, como também na fala, a análise, a comparação das classes de palavras,
desenvolvidas ao longo do ano letivo. Na habilidade (CG.EF03LP07.s), em se tratando de pontuação, convém que o estudo da pontuação aconteça de duas
maneiras: na leitura, ao analisar os efeitos de sentido produzidos pelo uso no texto; na escrita, ao discutir possibilidades e analisar os efeitos de sentido
produzidos, elaborando um discurso direto ou indireto e selecionar a mais adequada às intenções de significação, prevendo identificar os sinais gráficos que estão
sendo incluídos; reconhecer na leitura a sua função; usá-los no texto para apresentar expressividade, legibilidade e provocar os efeitos de sentido desejados,
levando em consideração o nível de autonomia do aluno a cada etapa do processo.
Nas habilidades (CG.EF03LP08.s), (CG.EF03LP09.s) e (CG.EF03LP010.s) em que se trata de morfologia, morfossintaxe e morfologia, respectivamente,
preveem o aprendizado as classes gramaticais das palavras indicadas (substantivos e verbos) e identificar as funções sintáticas que elas podem assumir nos
enunciados, usar os saberes gramaticais como ferramentas de constituição da legibilidade do texto, identificando o significado de uma palavra derivada se a
primitiva e o afixo forem conhecidos. É interessante prever um trabalho reflexivo de observação, análise, comparação e derivação de regularidades no trabalho
com as classes de palavras; e usar os saberes gramaticais como ferramentas de constituição da legibilidade, garantindo sempre o trabalho em colaboração seja ele
coletivo ou em duplas, pensando na ampliação de recursos possíveis para a qualificação de processos, de personagens e de locais em que as ações de histórias
acontecem nos textos, tanto ao longo dos anos quanto no interior de um mesmo ano, quanto à progressão, considera-se, o nível de autonomia do aluno.
Todos os Campos de Atuação

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LINGUAGENS

Habilidades relativas ao 4º ano


Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF04LP01.s) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema--
Linguística/Semiótica ortografia. grafema regulares diretas e contextuais.
(ortografização)
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF04LP02.s) Ler e escrever, corretamente, palavras com sílabas VV e CVV
Linguística/Semiótica ortografia. em casos nos quais a combinação VV (ditongo) é reduzida na língua oral (ai, ei,
(ortografização) ou).
Análise Conhecimento do alfabeto do português do (CG.EF04LP03.s) Localizar palavras no dicionário para esclarecer significados,
Linguística/Semiótica Brasil/Ordem alfabética/Polissemia. reconhecendo o significado mais plausível para o contexto que deu origem à
(ortografização) consulta.
Análise Conhecimento das diversas grafias do (CG.EF04LP04.s) Usar acento gráfico (agudo ou circunflexo) em paroxítonas
Linguística/Semiótica alfabeto/ Acentuação. terminadas em -i(s), -l, -r, -ão(s).
(ortografização)
Análise Pontuação. (CG.EF04LP05.s) Identificar a função na leitura e usar, adequadamente, na
Linguística/Semiótica escrita ponto final, de interrogação, de exclamação, dois-pontos e travessão em
(ortografização) diálogos (discurso direto), vírgula em enumerações e em separação de vocativo e
de aposto.
Análise Morfologia. (CG.EF04LP06.s) Identificar em textos e usar na produção textual a concordância
Linguística/Semiótica entre substantivo ou pronome pessoal e verbo (concordância verbal).
(ortografização)
Análise Morfossintaxe. (CG.EF04LP07.s) Identificar em textos e usar na produção textual a concordância
Linguística/Semiótica entre artigo, substantivo e adjetivo (concordância no grupo nominal).
(ortografização)
Análise Morfologia. (CG.EF04LP08.s) Reconhecer e grafar, corretamente, palavras derivadas com os
Linguística/Semiótica sufixos -agem, -oso, -eza, -izar/-isar (regulares morfológicas).
(ortografização)
Recomendações:
Em consideração às competências e habilidades a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de desenvolverem-se as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com as
práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.
Este bloco de habilidades refere-se ao Campo de Atuação: Todos os Campos de Atuação, em consideração que as habilidades supracitadas, são voltadas à
aprendizagem. Especificamente à Prática de Análise Linguística/Semiótica, recomenda-se contextualizar o desenvolvimento dessas habilidades, por meio de
práticas pedagógicas que podem ser originadas com o uso da leitura, desenvolvidas em qualquer Campo de Atuação previsto neste documento, quais sejam: Vida

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LINGUAGENS

Cotidiana; Artístico-Literário, Práticas de Estudo e Pesquisa e Vida Pública. Essas situações didáticas levam o estudante ao ato de refletir sobre as características
do sistema de escrita e nas características dos gêneros textuais. Introduzir textos no cotidiano de sala de aula orienta a prática docente e facilita o processo de
aprendizagem.
Pode-se relacionar a Prática de Leitura/Escuta com a Prática de Oralidade, para trabalhar as habilidades (CG.EF04LP01.s), (CG.EF04LP02.s),
(CG.EF04LP03.s), (CG.EF04LP04.s) e (CG.EF04LP08.s) atribuindo nas situações didáticas: consulta ao dicionário e/ou material de apoio (internet) durante o
momento de leitura, relacionar a relação fonema-grafema irregulares com a memorização de palavras regulares, a exemplo disso, são palavras com o emprego do
s e z: som /z/ (zê); representação do fonema /s/: c, ç, s, ss, sc, sç, xc.
Ao desenvolver a continuidade da função social do texto, espera-se que seja desenvolvida a Prática de Produção de Texto; a Prática de Escrita e Prática de
Análise Linguística/Semiótica, relacionando as habilidades (CG.EF04LP05.s), (CG.EF04LP06.s) e (CG.EF04LP07.s), em aula, o professor pode acrescentar
conhecimento como: o uso do por que, porque, por quê, porquê; pronomes pessoais do caso reto e oblíquo; concordância entre artigo. Essas habilidades têm
como objetivo a compreensão gramatical da Língua Portuguesa, recomenda-se trabalhar com a compreensão da gramática por meio do uso de texto, de maneira
contextualizada, para que a aprendizagem não seja segmentada, relacionando os conteúdos, articulado ao domínio da ortografia, associado a práticas de leitura e
escrita e, que envolva a observação, reflexão e apropriação da língua. Associar o uso dos textos possibilita desenvolver o uso adequado do emprego da vírgula
em enumerações, utilizando e vírgula, para separar vocativo e aposto (oração que explica ou esclarece algo), que também pode ser delimitado por travessões ou
indicado por dois pontos e selecionar a que mais se adequar às intenções de significação. Este processo pode ser desenvolvido por meio do uso de texto que
possibilite o aluno na compreensão do sentido do uso desta regra gramatical, de forma contextual, e desenvolvendo a compreensão do uso correto da
paragrafação.
Todos os Campos de Atuação
Habilidades relativas ao 5º ano
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF05LP01.s) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-
Linguística/Semiótica ortografia grafema regulares, contextuais e morfológicas e palavras de uso frequente com
(ortografização) correspondências irregulares
Análise Conhecimento do alfabeto do português do (CG.EF05LP02.s) Identificar o caráter polissêmico das palavras (uma mesma
Linguística/Semiótica Brasil/Ordem alfabética/Polissemia palavra com diferentes significados, de acordo com o contexto de uso),
(ortografização) comparando o significado de determinados termos utilizados nas áreas científicas
com esses mesmos termos utilizados na linguagem usual
Análise Conhecimento das diversas grafias do (CG.EF05LP03.s) Acentuar corretamente palavras oxítonas, paroxítonas e
Linguística/Semiótica alfabeto/Acentuação proparoxítonas
(ortografização)
Análise Pontuação (CG.EF05LP04.s) Diferenciar, na leitura de textos, vírgula, ponto e vírgula, dois-
Linguística/Semiótica pontos e reconhecer, na leitura de textos, o efeito de sentido que decorre do uso de
(ortografização) reticências, aspas, parênteses
Análise Morfologia. (CG.EF05LP05.s) Identificar a expressão de presente, passado e futuro em
Linguística/Semiótica tempos verbais do modo indicativo
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(ortografização)
Análise Morfologia. (CG.EF05LP06.s) Flexionar, adequadamente, na escrita e na oralidade, os verbos
Linguística/Semiótica em concordância com pronomes pessoais/nomes sujeitos da oração
(ortografização)
Análise Morfologia. (CG.EF05LP07.s) Identificar, em textos, o uso de conjunções e a relação que
Linguística/Semiótica estabelecem entre partes do texto: adição, oposição, tempo, causa, condição,
(ortografização) finalidade
Análise Morfologia. (CG.EF05LP08.s) Diferenciar palavras primitivas, derivadas e compostas, e
Linguística/Semiótica derivadas por adição de prefixo e de sufixo
(ortografização)
Recomendações:
Em consideração às competências e habilidade a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de desenvolverem-se as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com
todas as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.
Para Prática de Oralidade e a Prática de Análise Linguística/Semiótica, relacionadas nas habilidades (CG.EF05LP01.s), (CG.EF05LP02.s),
(CG.EF05LP03.s) e (CG.EF05LP05.s) é importante compreender e registrar, corretamente, os casos das palavras previstas. As palavras escolhidas são aquelas
em que o contexto interno é que determina que letra usar, sendo necessário a análise de ocorrências para a construção da regra. As morfológicas são aquelas em
que o conhecimento de determinado aspecto gramatical contribui para saber como grafar a palavra. Ex.: adjetivos como: manhoso/guloso e outros são grafados
com S, entre outras. As palavras de uso frequente com correspondências irregulares devem ser memorizadas. É fundamental compreender a ortografia como um
conjunto de normas que estabelece a grafia correta das palavras, possibilitando a comunicação por escrito de acordo com a forma padrão vigente. O trabalho com
essa atividade implica saber que uma palavra pode ter vários significados, em função de vários aspectos relacionados com o contexto de uso: gíria, tempo,
registro linguístico — literário, usual, acadêmico, científico, etc. Sendo assim, é fundamental considerar essas variáveis, seja na leitura de um texto
(reconhecendo o sentido correspondente ao contexto), seja na elaboração de um texto (empregando-a de acordo com as intenções de significação).
Considerando a Prática de Leitura/Escuta, prevista nas habilidades (CG.EF05LP04.s) e (CG.EF05LP07.s), é importante que o aluno identifique as sílabas das
palavras; reconheça qual sílaba é tônica; identifique quais têm vogais abertas e quais têm vogais fechadas; reconheça sinais gráficos como o acento agudo e o
circunflexo; relacione o primeiro com vogais abertas e o segundo, com as fechadas. Depois disso, requer que os alunos identifiquem as regularidades da
acentuação apontadas na habilidade, acentuar corretamente palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas. Reconhecer, na leitura, a sua função; usá-los no
texto para garantir legibilidade e para provocar os efeitos de sentido desejados, contemplando o estudo de novos usos da vírgula, dos dois pontos, ponto e
vírgula, reticências, aspas e parênteses. Da mesma forma, prevê: identificar os novos sinais gráficos.
Em continuidade com o desenvolvimento, é possível propor por meio da Prática Produção de Textos, a produção de escrita, para que o estudante utilize esse
saber para garantir a manutenção do tempo verbal predominante, o que confere coesão e coerência ao texto. É interessante prever um trabalho reflexivo de
observação, análise, comparação e derivação de regularidades no trabalho com os tempos verbais e usar tais saberes como ferramentas de constituição da
legibilidade do texto.
Já, a Prática de Escrita precisa estar relacionada à Prática de Análise Linguística/Semiótica voltada na habilidade (CG.EF05LP06.s) e (CG.EF05LP08.s),
também sendo possível propor que, na produção escrita, o estudante utilize esse saber para garantir a manutenção do tempo verbal predominante, o que confere
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coesão e coerência ao texto. Reconhecer e relacionar pronomes pessoais do caso reto e oblíquo, aplicando-os, adequadamente, na oralidade e na escrita.
Campo Jornalístico/Midiático
Habilidades comuns aos 6º, 7º, 8º e 9º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Apreciação e réplica. (CG.EF69LP01.s) Diferenciar liberdade de expressão de discursos de ódio,
Relação entre gêneros e mídias. posicionando-se contrariamente a esse tipo de discurso e vislumbrando
possibilidades de denúncia quando for o caso.
Leitura/Escuta Apreciação e réplica. (CG.EF69LP02.s) Analisar e comparar peças publicitárias variadas (cartazes,
Relação entre gêneros e mídias. folhetos, outdoor, anúncios e propagandas em diferentes mídias, spots, jingle,
vídeos etc.), de forma a perceber a articulação entre elas em campanhas, as
especificidades das várias semioses e mídias, a adequação dessas peças ao
público-alvo, aos objetivos do anunciante e/ou da campanha e à construção
composicional e estilo dos gêneros em questão, como forma de ampliar suas
possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses
gêneros.
Leitura/Escuta Estratégia de leitura: apreender os sentidos (CG.EF69LP03.s) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais
globais do texto. circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato
ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais
temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a
esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente.
Leitura/Escuta Efeitos de sentido. (CG.EF69LP04.s) Identificar e analisar os efeitos de sentido que fortalecem a
persuasão nos textos publicitários, relacionando as estratégias de persuasão e
apelo ao consumo com os recursos linguístico-discursivos utilizados, como
imagens, tempo verbal, jogos de palavras, figuras de linguagem etc., com vistas a
fomentar práticas de consumo conscientes.
Leitura/Escuta Efeitos de sentido. (CG.EF69LP05.s) Inferir e justificar, em textos multissemióticos – tirinhas,
charges, memes, gifsetc. –, o efeito de humor, ironia e/ou crítica pelo uso
ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, de clichês, de recursos
iconográficos, de pontuação etc.
Produção de textos Relação do texto com o contexto de produção (CG.EF69LP06.s) Produzir e publicar notícias, fotodenúncias, fotorreportagens,
e experimentação de papéis sociais. reportagens, reportagens multimidiáticas, infográficos, podcasts noticiosos,
entrevistas, cartas de leitor, comentários, artigos de opinião de interesse local ou
global, textos de apresentação e apreciação de produção cultural – resenhas e
outros próprios das formas de expressão das culturas juvenis, tais como vlogs e

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podcasts culturais, gameplay, detonado etc.– e cartazes, anúncios, propagandas,


spots, jingles de campanhas sociais, dentre outros em várias mídias, vivenciando
de forma significativa o papel de repórter, de comentador, de analista, de crítico,
de editor ou articulista, de booktuber, de vlogger (vlogueiro) etc., como forma de
compreender as condições de produção que envolvem a circulação desses textos e
poder participar e vislumbrar possibilidades de participação nas práticas de
linguagem do campo jornalístico e do campo midiático de forma ética e
responsável, levando-se em consideração o contexto da Web 2.0, que amplia a
possibilidade de circulação desses textos e “funde” os papéis de leitor e autor, de
consumidor e produtor.
Produção de textos Textualização. (CG.EF69LP07.s) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua
adequação ao contexto produção e circulação – os enunciadores envolvidos, os
objetivos, o gênero, o suporte, a circulação -, ao modo (escrito ou oral; imagem
estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica apropriada
a esse contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais
e do gênero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição,
reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a
colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo
cortes, acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia,
pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes,
acréscimos, ajustes, acrescentando/alterando efeitos, ordenamentos etc.
Produção de Textos Revisão/edição de texto informativo e (CG.EF69LP08.s) Revisar/editar o texto produzido – notícia, reportagem,
opinativo. resenha, artigo de opinião, dentre outros –, tendo em vista sua adequação ao
contexto de produção, a mídia em questão, características do gênero, aspectos
relativos à textualidade, a relação entre as diferentes semioses, a formatação e uso
adequado das ferramentas de edição (de texto, foto, áudio e vídeo, dependendo do
caso) e adequação à norma culta.
Produção de textos Planejamento de textos de peças publicitárias (CG.EF69LP09.s) Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas,
de campanhas sociais. temas, causas significativas para a escola e/ou comunidade, a partir de um
levantamento de material sobre o tema ou evento, da definição do público-alvo,
do texto ou peça a ser produzido – cartaz, banner, folheto, panfleto, anúncio
impresso e para internet, spot, propaganda de rádio, TV etc. –, da ferramenta de
edição de texto, áudio ou vídeo que será utilizada, do recorte e enfoque a ser
dado, das estratégias de persuasão que serão utilizadas etc.
Oralidade Produção de textos jornalísticos orais. (CG.EF69LP10.s) Produzir notícias para rádios, TV ou vídeos, podcasts
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[*Considerar todas as noticiosos e de opinião, entrevistas, comentários, vlogs, jornais radiofônicos e


habilidades dos eixos televisivos, dentre outros possíveis, relativos a fato e temas de interesse pessoal,
leitura e produção que local ou global e textos orais de apreciação e opinião – podcasts e vlogs
se referem a textos ou noticiosos, culturais e de opinião, orientando-se por roteiro ou texto, considerando
produções orais, em o contexto de produção e demonstrando domínio dos gêneros.
áudio ou vídeo]
Oralidade Produção de textos jornalísticos orais. (CG.EF69LP11.s) Identificar e analisar posicionamentos defendidos e refutados
[*Considerar todas as na escuta de interações polêmicas em entrevistas, discussões e debates (televisivo,
habilidades dos eixos em sala de aula, em redes sociais etc.), entre outros, e se posicionar frente a eles
leitura e produção que
se referem a textos ou
produções orais, em
áudio ou vídeo]
Oralidade Planejamento e produção de textos (CG.EF69LP12.s) Desenvolver estratégias de planejamento, elaboração, revisão,
[*Considerar todas as jornalísticos orais. edição, reescrita/redesign (esses três últimos quando não for situação ao vivo) e
habilidades dos eixos avaliação de textos orais, áudio e/ou vídeo, considerando sua adequação aos
leitura e produção que contextos em que foram produzidos, à forma composicional e estilo de gêneros, a
se referem a textos ou clareza, progressão temática e variedade linguística empregada, os elementos
produções orais, em relacionados à fala, tais como modulação de voz, entonação, ritmo, altura e
áudio ou vídeo] intensidade, respiração etc., os elementos cinésicos, tais como postura corporal,
movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato de olho com
plateia etc.
Oralidade Participação em discussões orais de temas (CG.EF69LP13.s) Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns
controversos de interesse da turma e/ou de relativas a problemas, temas ou questões polêmicas de interesse da turma e/ou de
relevância social. relevância social.
Oralidade Participação em discussões orais de temas (CG.EF69LP14.s) Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas e dos
controversos de interesse da turma e/ou de professores, tema/questão polêmica, explicações e ou argumentos relativos ao
relevância social. objeto de discussão para análise mais minuciosa e buscar em fontes diversas
informações ou dados que permitam analisar partes da questão e compartilhá-los
com a turma.
Oralidade Participação em discussões orais de temas (CG.EF69LP15.s) Apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes,
controversos de interesse da turma e/ou de respeitando os turnos de fala, na participação em discussões sobre temas
relevância social. controversos e/ou polêmicos.
Análise Construção composicional. (CG.EF69LP16.s) Analisar e utilizar as formas de composição dos gêneros
linguística/semiótica jornalísticos da ordem do relatar, tais como notícias (pirâmide invertida no
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LINGUAGENS

impresso X blocos noticiosos hipertextuais e hipermidiáticos no digital, que


também pode contar com imagens de vários tipos, vídeos, gravações de áudio
etc.), da ordem do argumentar, tais como artigos de opinião e editorial
(contextualização, defesa de tese/opinião e uso de argumentos) e das entrevistas:
apresentação e contextualização do entrevistado e do tema, estrutura pergunta e
resposta etc.
Análise Estilo. (CG.EF69LP17.s) Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos
linguística/semiótica gêneros jornalísticos e publicitários, os aspectos relativos ao tratamento da
informação em notícias, como a ordenação dos eventos, as escolhas lexicais, o
efeito de imparcialidade do relato, a morfologia do verbo, em textos noticiosos e
argumentativos, reconhecendo marcas de pessoa, número, tempo, modo, a
distribuição dos verbos nos gêneros textuais (por exemplo, as formas de pretérito
em relatos; as formas de presente e futuro em gêneros argumentativos; as formas
de imperativo em gêneros publicitários), o uso de recursos persuasivos em textos
argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais,
construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e
as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-
discursivos utilizados (tempo verbal, jogos de palavras, metáforas, imagens).
Análise Estilo. (CG.EF69LP18.s) Utilizar, na escrita/reescrita de textos argumentativos, recursos
linguística/semiótica linguísticos que marquem as relações de sentido entre parágrafos e enunciados do
texto e operadores de conexão adequados aos tipos de argumento e à forma de
composição de textos argumentativos, de maneira a garantir a coesão, a coerência
e a progressão temática nesses textos (“primeiramente, mas, no entanto, em
primeiro/segundo/terceiro lugar, finalmente, em conclusão” etc.).
Análise Efeito de sentido. (CG.EF69LP19.s) Analisar, em gêneros orais que envolvam argumentação, os
linguística/semiótica efeitos de sentido de elementos típicos da modalidade falada, como a pausa, a
entonação, o ritmo, a gestualidade e expressão facial, as hesitações etc.
Recomendações:
O Campo de Atuação Jornalístico-Midiático, com abrangência do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, propõe um trabalho com os gêneros textuais diversos que
circulam socialmente no âmbito jornalístico e nas mídias que fazem parte da dinâmica da comunicação de jovens e adultos, na atualidade. Assim, revistas,
jornais, informativos e folhetos impressos devem fazer parte do desenvolvimento das aulas de Língua Portuguesa, porém os meios de comunicação digitais, as
produções multissemióticas e os textos multimodais também ganham espaço de destaque no ensino e aprendizagem desse componente curricular. Ademais, em
consideração às competências e habilidades a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de se desenvolver as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com todas
as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.
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Nesse sentido, concernente à Prática de Linguagem de Leitura/Escuta orienta-se o trabalho com sites de notícias locais, jornais impressos, revistas, peças
publicitárias, entre outros, abordando a escolha lexical, estratégias de persuasão, o emprego de textos multimodais visando à produção de sentido no leitor.
Desenvolver, também, a escuta de podcasts (arquivos em áudio, geralmente noticiosos, que têm como suporte a internet) elaborados por mídias locais e
nacionais, promovendo o contato com essa forma de acesso ao noticiário. Pretende-se, ademais, contemplar o estudo de um fenômeno da comunicação ligado ao
advento e popularização das tecnologias digitais, qual seja, as fake news, debatendo, com os estudantes, estratégias para a identificação de notícias falsas, como a
fonte da informação, possíveis montagens nas imagens e como os elementos linguísticos estão estruturados e organizados nas postagens. Sugere-se, ainda, que os
estudantes possam buscar e trazer, à sala de aula, notícias e textos jornalísticos (impressos ou multimidiáticos) que chamem a atenção para que sejam
organizados grupos de leitura e socialização.
Propõe-se, além disso, na Prática de Linguagem de Produção de Textos o uso das tecnologias digitais para produzir e distribuir informativos sobre o contexto
escolar e da região, tais como blogs, podcasts, além de informativos impressos e documentários, demandando a produção da sinopse, do argumento e do roteiro.
Ademais, produções escritas recebem atenção quanto à construção de matérias, reportagens, entrevistas, crônicas e artigos de opinião sobre temas polêmicos,
mormente, locais, tais como o assoreamento do lago do Parque das Nações Indígenas e lago do Amor; acessibilidade no transporte coletivo e violência contra a
mulher em Campo Grande, buscando informações na Casa da Mulher Brasileira. Além disso, pode-se solicitar a produção de notícias, em diferentes suportes,
tais como jornais, revistas, folhetos (impressos ou multimidiáticos), estruturando os elementos próprios desse gênero e tendo como base o seguinte
questionamento: “O que vocês gostariam que fosse notícia?”. A partir daí, organizar uma publicação em jornais escolares e outros suportes, impressos ou
digitais. Ainda, sugere-se a formalização do uso das redes sociais da escola, em parceria com os técnicos das salas de informática, incentivando a produção de
textos escritos e multimodais, com vistas a desenvolver consciência crítica e a dimensão ética na propagação de informações por meio das mídias digitais.
No que se refere à Prática de Linguagem de Oralidade, sugere-se o trabalho com gêneros orais como debate regrado a respeito de temas locais e nacionais, com
o objetivo de aprimorar a impostação, o respeito aos turnos de fala e a argumentação dos estudantes, contribuindo para a diferenciação entre opinião e discurso
de ódio. Ainda, gêneros orais como seminário e entrevista oportunizam aos estudantes aprimorar as estratégias de comunicação, tendo em vista o estudo de
notícias e matérias de tema variado, locais e regionais. Além disso, sugere-se a estruturação de debates regrados, abordando temas como drogas, bullying,
pedofilia, violência contra os povos indígenas, disputa de terras, entre outros, buscando informações em textos jornalísticos locais e regionais, objetivando,
também, elucidar questões ligadas à escolha lexical e intencionalidade subjacente às matérias lidas, em mídias impressas ou digitais. Salienta-se, nesse sentido, a
habilidade (CG.EF69LP19.s), na qual estratégias utilizadas em gêneros orais como debate, discurso, editorial, seminários, entre outros, são desenvolvidos com o
propósito de ampliar a formação crítica, tendo em vista técnicas como impostação, hesitação, pausa, entonação, linguagem corporal, contato visual com o
público, além da argumentação e das modalizações que carregam intencionalidades nos textos apresentados.
Nesse contexto, ao abordar os gêneros citados, trabalha-se, concomitantemente, a Prática de Linguagem de Análise Linguística e Semiótica, observando classe
de palavras, ortografia, acentuação, pontuação, separação silábica, tempos verbais (futuro do pretérito), indicando condição, recursos de modalização discursiva
(adjetivos, locuções adjetivas, advérbios e locuções adverbiais), fonética, pronúncia, impostação, dicção, linguagem corporal, disposição de cores e vetores nas
imagens para gerar diferentes efeitos de sentido, análise de imagens, efeitos sonoros, vídeos, áudios, gifs, elementos composicionais de reportagens, peças
publicitárias e suas características, dentre outros, sustentando um estudo voltado, também, a analisar e entender as multissemioses produzidas e distribuídas na
escola e fora dela.
Campo Jornalístico/Midiático
Habilidades comuns aos 6º e 7º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
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LINGUAGENS

Leitura/Escuta Reconstrução do contexto de produção, (CG.EF06LP01.s) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no
circulação e recepção de textos. relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade/imparcialidade dados
Caracterização do campo jornalístico e relação pelo recorte feito e pelos efeitos de sentido advindos de escolhas feitas pelo autor,
entre os gêneros em circulação, mídias e de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos e
práticas da cultura digital. tornar-se consciente das escolhas feitas enquanto produtor de textos.
Leitura/Escuta Reconstrução do contexto de produção, (CG.EF06LP02.s) Estabelecer relação entre os diferentes gêneros jornalísticos,
circulação e recepção de textos. compreendendo a centralidade da notícia.
Caracterização do campo jornalístico e relação
entre os gêneros em circulação, mídias e
práticas da cultura digital.
Leitura/Escuta Reconstrução do contexto de produção, (CG.EF67LP01.s) Analisar a estrutura e funcionamento dos hiperlinks em textos
circulação e recepção de textos. noticiosos publicados na Web e vislumbrar possibilidades de uma escrita
Caracterização do campo jornalístico e relação hipertextual.
entre os gêneros em circulação, mídias e
práticas da cultura digital.
Leitura/Escuta Reconstrução do contexto de produção, (CG.EF07LP01.s) Distinguir diferentes propostas editoriais – sensacionalismo,
circulação e recepção de textos. jornalismo investigativo etc. –, de forma a identificar os recursos utilizados para
Caracterização do campo jornalístico e relação impactar/chocar o leitor que podem comprometer uma análise crítica da notícia e
entre os gêneros em circulação, mídias e do fato noticiado.
práticas da cultura digital.
Leitura/Escuta Reconstrução do contexto de produção, (CG.EF07LP02.s) Comparar notícias e reportagens sobre um mesmo fato
circulação e recepção de textos. divulgadas em diferentes mídias, analisando as especificidades das mídias, os
Caracterização do campo jornalístico e relação processos de (re)elaboração dos textos e a convergência das mídias em notícias ou
entre os gêneros em circulação, mídias e reportagens multissemióticas.
práticas da cultura digital.
Leitura/Escuta Apreciação e réplica. (CG.EF67LP02.s) Explorar o espaço reservado ao leitor nos jornais, revistas,
impressos e on-line, sites noticiosos etc., destacando notícias, fotorreportagens,
entrevistas, charges, assuntos, temas, debates em foco, posicionando-se de
maneira ética e respeitosa frente a esses textos e opiniões a eles relacionadas, e
publicar notícias, notas jornalísticas, fotorreportagem de interesse geral nesses
espaços do leitor.
Leitura/Escuta Relação entre textos. (CG.EF67LP03.s) Comparar informações sobre um mesmo fato divulgadas em
diferentes veículos e mídias, analisando e avaliando a confiabilidade.
Leitura/Escuta Estratégia de leitura. (CG.EF67LP04.s) Distinguir, em segmentos descontínuos de textos, fato da
Distinção de fato e opinião. opinião enunciada em relação a esse mesmo fato.
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Leitura/Escuta Estratégia de leitura: identificação de teses e (CG.EF67LP05.s) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos
argumentos. e argumentos em textos argumentativos (carta de leitor, comentário, artigo de
Apreciação e réplica. opinião, resenha crítica etc.), manifestando concordância ou discordância.
Leitura/Escuta Efeitos de sentido. (CG.EF67LP06.s) Identificar os efeitos de sentido provocados pela seleção
lexical, topicalização de elementos e seleção e hierarquização de informações, uso
de 3ª pessoa etc.
Leitura/Escuta Efeitos de sentido. (CG.EF67LP07.s) Identificar o uso de recursos persuasivos em textos
argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais,
construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e
perceber seus efeitos de sentido.
Leitura/Escuta Efeitos de sentido. (CG.EF67LP08.s) Identificar os efeitos de sentido devidos à escolha de imagens
Exploração da multissemiose. estáticas, sequenciação ou sobreposição de imagens, definição de figura/fundo,
ângulo, profundidade e foco, cores/tonalidades, relação com o escrito (relações de
reiteração, complementação ou oposição) etc. em notícias, reportagens,
fotorreportagens, foto-denúncias, memes, gifs, anúncios publicitários e
propagandas publicados em jornais, revistas, sites na internet etc.
Produção de textos Estratégias de produção: planejamento de (CG.EF67LP09.s) Planejar notícia impressa e para circulação em outras mídias
textos informativos. (rádio ou TV/vídeo), tendo em vista as condições de produção, do texto –
objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da
escolha do fato a ser noticiado (de relevância para a turma, escola ou
comunidade), do levantamento de dados e informações sobre o fato – que pode
envolver entrevistas com envolvidos ou com especialistas, consultas a fontes,
análise de documentos, cobertura de eventos etc.–, do registro dessas informações
e dados, da escolha de fotos ou imagens a produzir ou a utilizar etc. e a previsão
de uma estrutura hipertextual (no caso de publicação em sites ou blogs
noticiosos).
Produção de textos Textualização, tendo em vista suas condições (CG.EF67LP10.s) Produzir notícia impressa tendo em vista características do
de produção, as características do gênero em gênero – título ou manchete com verbo no tempo presente, linha fina (opcional),
questão, o estabelecimento de coesão, lide, progressão dada pela ordem decrescente de importância dos fatos, uso de 3ª
adequação à norma-padrão e o uso adequado pessoa, de palavras que indicam precisão –, e o estabelecimento adequado de
de ferramentas de edição coesão e produzir notícia para TV, rádio e internet, tendo em vista, além das
características do gênero, os recursos de mídias disponíveis e o manejo de
recursos de captação e edição de áudio e imagem.
Produção de textos Estratégias de produção: planejamento de (CG.EF67LP11.s) Planejar resenhas, vlogs, vídeos e podcasts variados, e textos e
textos argumentativos e apreciativos. vídeos de apresentação e apreciação próprios das culturas juvenis (algumas
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LINGUAGENS

possibilidades: fanzines, fanclipes, e-zines, gameplay, detonado etc.), dentre


outros, tendo em vista as condições de produção do texto – objetivo,
leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha de
uma produção ou evento cultural para analisar – livro, filme, série, game, canção,
videoclipe, fanclipe, show, saraus, slamsetc. – da busca de informação sobre a
produção ou evento escolhido, da síntese de informações sobre a obra/evento e do
elenco/seleção de aspectos, elementos ou recursos que possam ser destacados
positiva ou negativamente ou da roteirização do passo a passo do game para
posterior gravação dos vídeos.
Produção de textos Textualização de textos argumentativos e (CG.EF67LP12.s) Produzir resenhas críticas, vlogs, vídeos, podcasts variados e
apreciativo. produções e gêneros próprios das culturas juvenis (algumas possibilidades:
fanzines, fanclipes, e-zines, gameplay, detonado etc.), que apresentem/descrevam
e/ou avaliem produções culturais (livro, filme, série, game, canção, disco,
videoclipe etc.) ou evento (show, sarau, slametc.), tendo em vista o contexto de
produção dado, as características do gênero, os recursos das mídias envolvidas e a
textualização adequada dos textos e/ou produções.
Produção de textos Produção e edição de textos publicitários. (CG.EF67LP13.s) Produzir, revisar e editar textos publicitários, levando em conta
o contexto de produção dado, explorando recursos multissemióticos, relacionando
elementos verbais e visuais, utilizando adequadamente estratégias discursivas de
persuasão e/ou convencimento e criando título ou slogan que façam o leitor
motivar-se a interagir com o texto produzido e se sinta atraído pelo serviço, ideia
ou produto em questão.
Oralidade Planejamento e produção de entrevistas orais. (CG.EF67LP14.s) Definir o contexto de produção da entrevista (objetivos, o que
se pretende conseguir, porque aquele entrevistado etc.), levantar informações
sobre o entrevistado e sobre o acontecimento ou tema em questão, preparar o
roteiro de perguntar e realizar entrevista oral com envolvidos ou especialistas
relacionados com o fato noticiado ou com o tema em pauta, usando roteiro
previamente elaborado e formulando outras perguntas a partir das respostas dadas
e, quando for o caso, selecionar partes, transcrever e proceder a uma edição
escrita do texto, adequando-o a seu contexto de publicação, à construção
composicional do gênero e garantindo a relevância das informações mantidas e a
continuidade temática.
Recomendações:
Atinente ao Campo de Atuação Jornalístico-Midiático, no 6º e 7º ano, pretende-se produzir, ler, ouvir e analisar textos escritos e orais, além de textos
multimidiáticos que circulam socialmente, considerando o contexto cultural dos estudantes, com vistas a possibilitar uma coconstrução do aparato linguístico e
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LINGUAGENS

cultural de discentes e docentes, proporcionando acesso aos diversos letramentos. Ademais, em consideração às competências e habilidades a serem
desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a
importância de se desenvolver as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com todas as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e
habilidades pertencentes a esse campo de atuação. Para tanto, referente à Prática de Linguagem de Leitura e Escuta, orienta-se o trabalho com textos
multissemióticos presentes em sites de notícias, blogs, youtube, além de revistas, jornais e informativos impressos, mormente locais, objetivando diferenciar
notícias falsas (fake news) e notícias de fontes confiáveis. Possibilitar a análise de uma mesma notícia em veículos de mídias diferentes, instruindo sobre a
escolha lexical, o uso de imagens e vídeos como elementos de produção de sentido, distinção entre fato e opinião, identificação de tese e argumentos, além do
uso de tempos verbais específicos, adjetivação e outros modalizadores discursivos (adjetivos e advérbios) presentes em cada meio de comunicação. Além disso, a
leitura e análise dos comentários nas reportagens devem proporcionar a habilidade de diferenciar discurso de ódio e opinião. Possibilitar, também o contato dos
estudantes com podcasts noticiosos e não-noticiosos, com canais do youtube de assuntos relacionados à faixa etária dos alunos, com o objetivo de ampliar a
percepção quanto à intencionalidade presente nesses veículos, explorando, por exemplo, as peças publicitárias e suas características em vídeos, áudios e imagens
que circulam no meio virtual.
Na Prática de Linguagem de Produção de Textos, sugere-se a construção autoral dos estudantes, visando a desenvolver os gêneros típicos do meio digital, como
memes, blogs noticiosos e podcasts com temas como a prevenção ao suicídio (setembro amarelo), empenhando técnicas de edição de textos escritos e
multimodais. Levando em conta a habilidade (CG.EF67LP10.s), sugere-se produzir informativos impressos por meio do levantamento e checagem de fatos
ocorridos no contexto escolar e no entorno, aplicando recursos próprios da produção escrita jornalística, tais como manchete, linha fina e lide, possibilitando,
assim, o emprego das convenções da escrita. Referente à habilidade (CG.EF67LP11.s), orienta-se o desenvolvimento da produção de textos multimodais, com
vistas a informar, fazer refletir e entreter, com produção de charges, gifs, vídeos, memes, além de vlogs, fanzines, e-zines, entre outros gêneros que tenham como
suporte os meios digitais.
No que se refere à Prática de Linguagem da Oralidade, salienta-se a importância de se trabalhar os gêneros orais estruturados, já no 6º ano, solicitar entrevistas,
relatos orais de fatos ocorridos na escola e na cercania, desenvolver roteiro e objetivos a serem alcançados com a entrevista, bem como divulgar em suporte
digital (blogs, podcasts) e analógico (jornais, revistas, folhetos e cartazes). Demais, orienta-se a produção de seminários, debates regrados, exposição oral das
diferentes abordagens e opiniões contidas em veículos de mídia diversos, encenação de noticiários com o objetivo de ampliar a capacidade de argumentação,
impostação da voz, linguagem corporal, respeito aos turnos de fala e pesquisa de fatos ligados ao tema da exposição oral. Concernente à Prática de Linguagem de
Análise Linguística e Semiótica, ao desenvolver as práticas anteriores, envolvendo os gêneros citados, propicia-se o trabalho com a norma-padrão da Língua
Portuguesa, atendendo a aspectos como notações léxicas (acento agudo, circunflexo e crase), pontuação (vírgula, ponto de interrogação, ponto de exclamação,
ponto final, dois pontos, ponto e vírgula e reticências), concordância nominal e verbal, análise sintática (sujeito e predicado), classe de palavras (substantivo,
pronome, verbo e advérbio), bem como a análise da gramática imagética (disposição das imagens, recursos sonoros, utilizados de forma intencional para gerar
efeitos de sentido), cores e vetores.
Campo Jornalístico/Midiático
Habilidades comuns aos 8º e 9º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Reconstrução do contexto de produção, (CG.EF08LP01.s) Identificar e comparar as várias editorias de jornais impressos e
circulação e recepção de textos. digitais e de sites noticiosos, de forma a refletir sobre os tipos de fato que são
Caracterização do campo jornalístico e relação noticiados e comentados, as escolhas sobre o que noticiar e o que não noticiar e o
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entre os gêneros em circulação, mídias e destaque/enfoque dado e a fidedignidade da informação.


práticas da cultura digital.
Leitura/Escuta Reconstrução do contexto de produção, (CG.EF89LP01.s) Analisar os interesses que movem o campo jornalístico, os
circulação e recepção de textos. efeitos das novas tecnologias no campo e as condições que fazem da informação
Caracterização do campo jornalístico e relação uma mercadoria, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos
entre os gêneros em circulação, mídias e textos jornalísticos.
práticas da cultura digital.
Leitura/Escuta Reconstrução do contexto de produção, (CG.EF89LP02.s) Analisar diferentes práticas (curtir, compartilhar, comentar,
circulação e recepção de textos. curar etc.) e textos pertencentes a diferentes gêneros da cultura digital (meme, gif,
Caracterização do campo jornalístico e relação comentário, charge digital etc.) envolvidos no trato com a informação e opinião,
entre os gêneros em circulação, mídias e de forma a possibilitar uma presença mais crítica e ética nas redes
práticas da cultura digital.
Leitura/Escuta Reconstrução do contexto de produção, (CG.EF09LP01.s) Analisar o fenômeno da disseminação de notícias falsas nas
circulação e recepção de textos. redes sociais e desenvolver estratégias para reconhecê-las, a partir da
Caracterização do campo jornalístico e relação verificação/avaliação do veículo, fonte, data e local da publicação, autoria, URL,
entre os gêneros em circulação, mídias e da análise da formatação, da comparação de diferentes fontes, da consulta a sites
práticas da cultura digital. de curadoria que atestam a fidedignidade do relato dos fatos e denunciam boatos
etc.
Leitura/Escuta Estratégia de leitura: apreender os sentidos (CG.EF89LP03.s) Analisar textos de opinião (artigos de opinião, editoriais, cartas
globais do texto. de leitores, comentários, posts de blog e de redes sociais, charges, memes,
Apreciação e réplica. gifsetc.) e posicionar-se de forma crítica e fundamentada, ética e respeitosa frente
a fatos e opiniões relacionados a esses textos.
Leitura/Escuta Relação entre textos. (CG.EF08LP02.s) Justificar diferenças ou semelhanças no tratamento dado a uma
mesma informação veiculada em textos diferentes, consultando sites e serviços de
checadores de fatos.
Leitura/Escuta Relação entre textos. (CG.EF09LP02.s) Analisar e comentar a cobertura da imprensa sobre fatos de
relevância social, comparando diferentes enfoques por meio do uso de
ferramentas de curadoria.
Leitura/Escuta Estratégia de leitura: apreender os sentidos (CG.EF89LP04.s) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos
globais do texto. e implícitos, argumentos e contra-argumentos em textos argumentativos do
Apreciação e réplica. campo (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha crítica etc.),
posicionando-se frente à questão controversa de forma sustentada.
Leitura/Escuta Efeitos de sentido. (CG.EF89LP05.s) Analisar o efeito de sentido produzido pelo uso, em textos, de
recurso a formas de apropriação textual (paráfrases, citações, discurso direto,
indireto ou indireto livre).
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Leitura/Escuta Efeitos de sentido. (CG.EF89LP06.s) Analisar o uso de recursos persuasivos em textos


argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais,
construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e
seus efeitos de sentido.
Leitura/Escuta Efeitos de sentido. (CG.EF89LP07.s) Analisar, em notícias, reportagens e peças publicitárias em
Exploração da multissemiose. várias mídias, os efeitos de sentido devidos ao tratamento e à composição dos
elementos nas imagens em movimento, à performance, à montagem feita (ritmo,
duração e sincronização entre as linguagens – complementaridades, interferências
etc.) e ao ritmo, melodia, instrumentos e “sampleamentos” das músicas e efeitos
sonoros.
Produção de textos Estratégia de produção: planejamento de (CG.EF89LP08.s) Planejar reportagem impressa e em outras mídias (rádio ou
textos informativos. TV/vídeo, sites), tendo em vista as condições de produção do texto – objetivo,
leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. – a partir da escolha do
fato a ser aprofundado ou do tema a ser focado (de relevância para a turma, escola
ou comunidade), do levantamento de dados e informações sobre o fato ou tema –
que pode envolver entrevistas com envolvidos ou com especialistas, consultas a
fontes diversas, análise de documentos, cobertura de eventos etc. -, do registro
dessas informações e dados, da escolha de fotos ou imagens a produzir ou a
utilizar etc., da produção de infográficos, quando for o caso, e da organização
hipertextual (no caso a publicação em sites ou blogs noticiosos ou mesmo de
jornais impressos, por meio de boxes variados).
Produção de textos Estratégia de produção: textualização de textos (CG.EF89LP09.s) Produzir reportagem impressa, com título, linha fina (optativa),
informativos. organização composicional (expositiva, interpretativa e/ou opinativa), progressão
temática e uso de recursos linguísticos compatíveis com as escolhas feitas e
reportagens multimidiáticas, tendo em vista as condições de produção, as
características do gênero, os recursos e mídias disponíveis, sua organização
hipertextual e o manejo adequado de recursos de captação e edição de áudio e
imagem e adequação à norma-padrão.
Produção de textos Estratégia de produção: planejamento de (CG.EF89LP10.s) Planejar artigos de opinião, tendo em vista as condições de
textos argumentativos e apreciativos. produção do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação
etc. –, a partir da escolha do tema ou questão a ser discutido(a), da relevância para
a turma, escola ou comunidade, do levantamento de dados e informações sobre a
questão, de argumentos relacionados a diferentes posicionamentos em jogo, da
definição – o que pode envolver consultas a fontes diversas, entrevistas com
especialistas, análise de textos, organização esquemática das informações e
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argumentos – dos (tipos de) argumentos e estratégias que pretende utilizar para
convencer os leitores.
Produção de textos Textualização de textos argumentativos e (CG.EF08LP03.s) Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de
apreciativos. produção dado, a defesa de um ponto de vista, utilizando argumentos e contra-
argumentos e articuladores de coesão que marquem relações de oposição,
contraste, exemplificação, ênfase.
Produção de textos Textualização de textos argumentativos e (CG.EF09LP03.s) Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de
apreciativos. produção dado, assumindo posição diante de tema polêmico, argumentando de
acordo com a estrutura própria desse tipo de texto e utilizando diferentes tipos de
argumentos – de autoridade, comprovação, exemplificação princípio etc.
Produção de textos Estratégias de produção: planejamento, (CG.EF89LP11.s) Produzir, revisar e editar peças e campanhas publicitárias,
textualização, revisão e edição de textos envolvendo o uso articulado e complementar de diferentes peças publicitárias:
publicitários. cartaz, banner, indoor, folheto, panfleto, anúncio de jornal/revista, para internet,
spot, propaganda de rádio, TV, a partir da escolha da questão/problema/causa
significativa para a escola e/ou a comunidade escolar, da definição do público-
alvo, das peças que serão produzidas, das estratégias de persuasão e
convencimento que serão utilizadas.
Oralidade Estratégias de produção: planejamento e (CG.EF89LP12.s) Planejar coletivamente a realização de um debate sobre tema
participação em debates regrados. previamente definido, de interesse coletivo, com regras acordadas e planejar, em
grupo, participação em debate a partir do levantamento de informações e
argumentos que possam sustentar o posicionamento a ser defendido (o que pode
envolver entrevistas com especialistas, consultas a fontes diversas, o registro das
informações e dados obtidos etc.), tendo em vista as condições de produção do
debate – perfil dos ouvintes e demais participantes, objetivos do debate,
motivações para sua realização, argumentos e estratégias de convencimento mais
eficazes etc. e participar de debates regrados, na condição de membro de uma
equipe de debatedor, apresentador/mediador, espectador (com ou sem direito a
perguntas), e/ou de juiz/avaliador, como forma de compreender o funcionamento
do debate, e poder participar de forma convincente, ética, respeitosa e crítica e
desenvolver uma atitude de respeito e diálogo para com as ideias divergentes.
Oralidade Estratégias de produção: planejamento, (CG.EF89LP13.s) Planejar entrevistas orais com pessoas ligadas ao fato
realização e edição de entrevistas orais. noticiado, especialistas etc., como forma de obter dados e informações sobre os
fatos cobertos sobre o tema ou questão discutida ou temáticas em estudo, levando
em conta o gênero e seu contexto de produção, partindo do levantamento de
informações sobre o entrevistado e sobre a temática e da elaboração de um roteiro
290
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LINGUAGENS

de perguntas, garantindo a relevância das informações mantidas e a continuidade


temática, realizar entrevista e fazer edição em áudio ou vídeo, incluindo uma
contextualização inicial e uma fala de encerramento para publicação da entrevista
isoladamente ou como parte integrante de reportagem multimidiática, adequando-
a a seu contexto de publicação e garantindo a relevância das informações
mantidas e a continuidade temática.
Análise Argumentação: movimentos argumentativos, (CG.EF89LP14.s) Analisar, em textos argumentativos e propositivos, os
linguística/semiótica tipos de argumento e força argumentativa. movimentos argumentativos de sustentação, refutação e negociação e os tipos de
argumentos, avaliando a força/tipo dos argumentos utilizados.
Análise Estilo. (CG.EF89LP15.s) Utilizar, nos debates, operadores argumentativos que marcam a
linguística/semiótica defesa de ideia e de diálogo com a tese do outro: ‘concordo’, ‘discordo’,
‘concordo parcialmente’, ‘do meu ponto de vista’, ‘na perspectiva aqui assumida’
etc.
Análise Modalização. (CG.EF89LP16.s) Analisar a modalização realizada em textos noticiosos e
linguística/semiótica argumentativos, por meio das modalidades apreciativas, viabilizadas por classes e
estruturas gramaticais como adjetivos, locuções adjetivas, advérbios, locuções
adverbiais, orações adjetivas e adverbiais, orações relativas restritivas e
explicativas etc., de maneira a perceber a apreciação ideológica sobre os fatos
noticiados ou as posições implícitas ou assumidas.
Recomendações:
O Campo de Atuação Jornalístico/Midiático, no 8º e 9º ano, propõe uma abordagem que considere os gêneros digitais e analógicos que circulam socialmente,
referentes ao mundo do jornalismo e das mídias sociais diversas, que atuam como veículos de comunicação e informação. Nesse âmbito, é necessário
compreender a dinâmica contemporânea de produção e distribuição de conteúdos por meios analógicos, mas, também, entender que os meios digitais ocupam
espaço considerável entre jovens e adultos quando o assunto é a divulgação de informações, cabendo à escola o debate e o trabalho qualificado com esses temas
e suportes. Ademais, em consideração às competências e habilidade a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e
procedimentos de forma a instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de se desenvolver as recomendações de forma integrada,
garantindo o trabalho com todas as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação. Assim, concernente à
Prática de Linguagem de Leitura e Escuta, orienta-se o trabalho com sites de notícias locais e nacionais, canais noticiosos do youtube, audição de podcasts,
jornais impressos, revistas, folhetos, informativos diversos, dentre outros, com vistas a desenvolver as estratégias de leitura, como identificação e interpretação
da manchete, linha fina, lide, recurso de pirâmide invertida, escolha lexical, recursos de persuasão, posicionamento de imagens, vetores, cores, recursos de áudio
e vídeo, objetivando despertar nos estudantes consciência crítica sobre as informações e notícias que consomem. Ademais, pode-se analisar os comentários feitos
pelos leitores de sites de notícias locais, aprofundando o debate sobre a diferença entre opinião, discurso de ódio e desrespeito aos direitos humanos, bem como
analisar a mesma notícia em veículos de mídia diferentes, percebendo intencionalidade e parcialidade. Ainda, referente à habilidade (CG.EF89LP02.s), sugere-se
a análise dos significados e efeitos de sentido produzidos pela utilização de emoticons, comunicação, geralmente, ligada às práticas digitais contemporâneas,
visando ao debate sobre o uso adequado e intencionalidades subjacentes aos textos multimodais empregados em mídias digitais. Para tal, indica-se o site
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(emoticonsignificado.com.br), observando as faixas etárias dos estudantes.


Analisar, também, peças publicitárias nos comércios locais, orientando os estudantes fotografarem e analisarem variantes regionais presentes nas peças para
posterior exposição. Referente à Prática de Linguagem de Produção de Textos, recomenda-se o trabalho com jornal escolar, folhetos informativos, cartazes,
banners, além de blog, podcasts noticiosos, memes, gifs, emoticons, charges, tirinhas, propaganda em vídeo, crônica, peças publicitárias (digital e analógico),
documentários sobre acontecimentos locais, desenvolvendo argumento, roteiro e sinopse. Além disso, gêneros como artigo de opinião, resenha, resenha crítica,
editorial e notícias devem fazer parte da produção textual no campo jornalístico-midiático. Ressalte-se que os gêneros escritos detêm importante papel no
desenvolvimento das habilidades no 8º e 9º ano, porém os gêneros que têm como suporte os meios digitais também devem ocupar espaço de destaque na prática
de linguagem em questão, com o propósito de aprimorar os conhecimentos a respeito de edição de textos, vídeos e áudio.
Na Prática de Linguagem da Oralidade incentiva-se o trabalho com gêneros orais ligados ao mundo das comunicações, tais como debate regrado, seminários,
entrevistas com líderes locais sobre as mazelas da comunidade, júri simulado com notícias locais e nacionais, aula, jogral, palestra, discurso, mesa redonda,
exposição de banners e cartazes, podcasts, dramatizações, encenação de telejornais com notícias locais e nacionais com formatos diversos como o “Roda Viva”,
por exemplo, dentre outros, com temas variados (violência na escola, ética nas redes sociais, violência contra a mulher, intolerância religiosa, entre outros).
Destaca-se, nesse sentido, a necessidade de se ampliar o conhecimento e utilização de estratégias de comunicação oral como impostação, linguagem corporal,
respeito aos turnos de fala, respeito a pontos de vista divergentes, diferenciação entre opinião e discurso de ódio, argumentação, organização das ideias, busca
por informações e fontes confiáveis, segurança ao falar em público, entre outros. Referente à Prática de Linguagem de Análise Linguística e Semiótica, destaca-
se o trabalho analítico com gêneros e suportes típicos do mundo jornalístico, impressos e digitais, tais como sites de notícias, blogs noticiosos, memes, jornais,
folhetos e revistas impressas, observando a escolha lexical, os argumentos, os recursos de persuasão (argumento de autoridade ou de comprovação), organização
das imagens, os efeitos sonoros em peças publicitárias multimidiáticas, bem como cores, vetores e recursos linguísticos em geral, empregados nos gêneros
textuais citados.
Pretende-se oportunizar, ainda, o desenvolvimento de elementos coesivos como conjunções (adversativas, aditivas, explicativas, alternativas, entre outras),
conhecimento sobre frase, período e oração (coordenada e subordinada: restritiva e explicativa), voz passiva como recurso linguístico de construção de sentidos,
adjetivação como estratégia modalizadora no discurso jornalístico, bem como tempos verbais utilizados como recurso de convencimento do leitor, tais como o
futuro do pretérito, além de regência (verbal e nominal), ortografia, concordância, pontuação e formação de palavras, essa última, lançando mão, por exemplo, de
músicas como “Carnavália” dos Tribalistas.
Campo de Atuação na Vida Pública
Habilidades comuns aos 6º, 7º, 8º e 9º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta. Reconstrução das condições de produção e (CG.EF69LP20.s) Identificar, tendo em vista o contexto de produção, a forma de
circulação e adequação do texto à construção organização dos textos normativos e legais, a lógica de hierarquização de seus
composicional e ao estilo de gênero (Lei, itens e subitens e suas partes: parte inicial (título – nome e data – e ementa),
código, estatuto, código, regimento etc.). blocos de artigos (parte, livro, capítulo, seção, subseção), artigos (caput e
parágrafos e incisos) e parte final (disposições pertinentes à sua implementação) e
analisar efeitos de sentido causados pelo uso de vocabulário técnico, pelo uso do
imperativo, de palavras e expressões que indicam circunstâncias, como advérbios
e locuções adverbiais, de palavras que indicam generalidade, como alguns
292
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pronomes indefinidos, de forma a poder compreender o caráter imperativo,


coercitivo e generalista das leis e de outras formas de regulamentação.
Leitura/Escuta. Apreciação e réplica. (CG.EF69LP21.s) Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em práticas
não institucionalizadas de participação social, sobretudo àquelas vinculadas a
manifestações artísticas, produções culturais, intervenções urbanas e práticas
próprias das culturas juvenis que pretendam denunciar, expor uma problemática
ou “convocar” para uma reflexão/ação, relacionando esse texto/produção com seu
contexto de produção e relacionando as partes e semioses presentes para a
construção de sentidos.
Produção de textos. Textualização, revisão e edição. (CG.EF69LP22.s) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou
propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade,
justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa,
objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as
características dos gêneros em questão.
Produção de textos. Textualização, revisão e edição. (CG.EF69LP23.s) Contribuir com a escrita de textos normativos, quando houver
esse tipo de demanda na escola – regimentos e estatutos de organizações da
sociedade civil do âmbito da atuação das crianças e jovens (grêmio livre, clubes
de leitura, associações culturais etc.) – e de regras e regulamentos nos vários
âmbitos da escola – campeonatos, festivais, regras de convivência etc., levando
em conta o contexto de produção e as características dos gêneros em questão.
Oralidade. Discussão oral. (CG.EF69LP24.s) Discutir casos, reais ou simulações, submetidos a juízo, que
envolvam (supostos) desrespeitos a artigos, do ECA, do Código de Defesa do
Consumidor, do Código Nacional de Trânsito, de regulamentações do mercado
publicitário etc., como forma de criar familiaridade com textos legais – seu
vocabulário, formas de organização, marcas de estilo etc. -, de maneira a facilitar
a compreensão de leis, fortalecer a defesa de direitos, fomentar a escrita de textos
normativos (se e quando isso for necessário) e possibilitar a compreensão do
caráter interpretativo das leis e as várias perspectivas que podem estar em jogo.
Oralidade. Discussão oral. (CG.EF69LP25.s) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma
discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e outras
situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as
opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus
posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas
claras e justificadas.
Oralidade. Registro (CG.EF69LP26.s) Tomar nota em discussões, debates, palestras, apresentação de
293
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propostas, reuniões, como forma de documentar o evento e apoiar a própria fala


(que pode se dar no momento do evento ou posteriormente, quando, por exemplo,
for necessária a retomada dos assuntos tratados em outros contextos públicos,
como diante dos representados).
Análise Análise de textos legais/normativos, (CG.EF69LP27.s) Analisar a forma composicional de textos pertencentes a
Linguística/Semiótica. propositivos e reivindicatórios. gêneros normativos/ jurídicos e a gêneros da esfera política, tais como propostas,
programas políticos (posicionamento quanto a diferentes ações a serem propostas,
objetivos, ações previstas etc.), propaganda política (propostas e sua sustentação,
posicionamento quanto a temas em discussão) e textos reivindicatórios: cartas de
reclamação, petição (proposta, suas justificativas e ações a serem adotadas) e suas
marcas linguísticas, de forma a incrementar a compreensão de textos pertencentes
a esses gêneros e a possibilitar a produção de textos mais adequados e/ou
fundamentados quando isso for requerido.
Análise Modalização. (CG.EF69LP28.s) Observar os mecanismos de modalização adequados aos textos
Linguística/Semiótica. jurídicos, as modalidades deônticas, que se referem ao eixo da conduta
(obrigatoriedade/permissibilidade) como, por exemplo: Proibição: “Não se deve
fumar em recintos fechados.”; Obrigatoriedade: “A vida tem que valer a pena.”;
Possibilidade: “É permitido a entrada de menores acompanhados de adultos
responsáveis”, e os mecanismos de modalização adequados aos textos políticos e
propositivos, as modalidades apreciativas, em que o locutor exprime um juízo de
valor (positivo ou negativo) acerca do que enuncia. Por exemplo: “Que belo
discurso!”, “Discordo das escolhas de Antônio.” “Felizmente, o buraco ainda não
causou acidentes mais graves.”
Recomendações:
Em consideração às competências e habilidade a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de se desenvolver as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com todas
as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.
Portanto, em prosseguimento às recomendações, no que tange às competências e habilidades a serem desenvolvidas nas etapas de ensino do 6o ao 9o ano, sugere-
se a promoção de Práticas de Leitura e Escuta com gêneros legais e normativos, que regulam a vida em sociedade, utilizando técnicas e procedimentos que
auxiliem na compreensão leitora como, por exemplo: seleção cognitiva dos elementos textuais; estratégias de antecipação, de inferências, de verificação, entre
outras técnicas, aditados a atividades e exercícios específicos de interpretação textual. Somado a isso, pode-se fomentar, também, a Prática de Produção de
Produção de Textos, por meio do desenvolvimento dos gêneros reivindicatórios e propositivos que mobilizem o dever cívico dos indivíduos mediante a
elaboração de estruturas textuais e a construção de arcabouços argumentativos pelos quais se busquem a melhoria da qualidade de vida e/ou dos serviços
públicos ou privados, como produção de abaixo-assinados, denúncias, requerimentos, ofícios, entre outros.
Além disso, deve-se promover a elaboração de textos normativos como regimentos internos e estatutos da escola, de grêmios e diretórios estudantis, de uso dos
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
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LINGUAGENS

laboratórios, dos bens públicos, espaços escolares, entre outros. Nessa perspectiva, ao analisar esses documentos normativos, aconselha-se explorar, também, a
Prática de Análise Linguística e Semiótica de seus excertos, tais como os tipos de linguagem empregados, os recursos linguísticos disponíveis, os tipos de
discursos utilizados, as marcas textuais e os aspectos gramaticais e ortográficos inseridos. Ademais, acrescentam-se a isso, atividades que propiciam a Prática de
Oralidade, por meio de debates, exposições, amostras, comunicações e seminários sobre documentos que orientam a vida em sociedade. Pode-se, inclusive,
trabalhar com resolução de situações-problema, com o uso de procedimentos e estratégias de metodologias ativas como o PBL (Aprendizado Baseado em
Problemas ou Projetos), ou o TBL (Aprendizagem em equipe - Team-Based Learning), ou, até, Estudos de Casos (teaching case), ou, ainda, a Sala de Aula
Invertida (Flipped Classroom), uma vez que em todos esses procedimentos o professor pode fomentar a resolução de conflitos sociais, civis, de consumo e outras
relações jurídicas fáticas, que levem em consideração casos reais do cotidiano dos alunos; ou até mesmo, valer-se das simulações como: júri simulado, tribunal
de argumentação, parlamento simulado, jornal e reportagem simulados, teatros e simulações de outros ambientes/cenários sociais. Do mesmo modo, torna-se
pertinente a promoção de palestras e colóquios em parceria com profissionais e instituições especializados (juízes, promotores, advogados, políticos, agentes e
servidores públicos). Tudo isso, com o intuito de favorecer as competências e habilidades argumentativas de convencimento e persuadimento.
Destaca-se, outrossim, em relação às Práticas de Análise Linguística e Semiótica que é pertinente trabalhar os verbos no imperativo, para que os alunos
compreendam esse mecanismo linguístico na elaboração de textos de lei, de forma que atenda às especificidades do gênero textual estudado. Em
complementação, para maior compreensão das circunstâncias de aplicação dos direitos e deveres, o estudo dos advérbios é uma prerrogativa, bem como o
entendimento acerca dos pronomes generalizados.
Sugere-se enquanto estratégia de abordagem de gêneros textuais legais/normativos, apresentá-los aos alunos, por meio de filmes ou documentários (a citar “30
anos da Constituição”, da TV Justiça Oficial; “O poder do Parlamento”, produzido pela TV Câmara; “10 anos da Lei Maria da Penha: O que esperar da próxima
década?”, do Instituto Maria da Penha), contextualizando com o que os estudantes vivenciam. Nesse sentido, à medida que uma base de noções de direitos e
deveres se consolida, é oportuno particularizar as reflexões para que se atinja, também, estudo sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bem como o
Regimento Escolar, a fim de debater (Oralidade) sobre as funcionalidades/impacto desses textos, logo esforços compreensivos e interpretativos
(Leitura/Escuta).
Com relação às habilidades (CG.EF69LP24.s e CG.EF69LP27.s), outros documentários/audiovisuais (a citar: “Entre-parentes”, do cineasta Tiago de Aragão,
produzido com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC); “Cartografias sociais: entrevista com Henri Acselrad do ETTERN/IPPUR/UFRJ”; “500 almas”,
dirigido por Joel Pizzini; “Terra Vermelha”, dirigido por Marcos Bechis; “Encontro com Milton Santos – ou o mundo global visto do lado de cá”, de Silvio
Tendler) são oportunos, tanto pela relevância dos contextos das relações étnicas/éticas relacionáveis à Campo Grande e o estado que a circunscreve, quanto para
promover análises e performances discursivas (Oralidade), de como a seleção lexical, por vezes tecnocrata e/ou empolada, associada a termos que sugerem
práticas/condutas/posturas pejorativas ora louváveis a depender dos interesses e grupos dos interlocutores, além de, discursos demagógicos, tergiversações ou até
dificuldade expressiva que impactam, por vezes intencionalmente ou acidentalmente, no pendor das decisões antropológicas, jurídicas e judiciais. Além disso,
essas Práticas de Análise Linguística e Semiótica contribuem para articular estudos (Leitura/Escuta) que favorecem refinar a criticidade de
compreensão/análise de demandas judiciais,e a realização de produções redacionais(Produção de Textos), sejam de manifestos ou mobilizações sociais, abaixo-
assinados, ofícios, requerimentos, boletins informativos, relatórios, atas, mapas (no sentido de cartografia social), inclusive de outros documentários inspirados
nos apreciados, todavia buscando estabelecer os contornos analíticos da localidade (ou relacionáveis às realidades) dos alunos autores. A partir disso ou para
isso, cabe a realização de projetos vinculados ao exercício da cidadania e/ou práticas sustentáveis.
No tocante à habilidade CG.EF69LP22.s, além da produção textual (de convenção escrita linear) é bastante interessante a gravação de vídeos que relatem as
reivindicações dos alunos e, dependendo do tema, os audiovisuais poderão ser encaminhados para as emissoras televisivas ou plataformas virtuais na internet.
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
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LINGUAGENS

No que tange às habilidades (CG.EF69LP24.s e CG.EF69LP25.s), o professor pode iniciar o estudo, por meio de produção de vídeos e relatos de situações
problemas na escola e no próprio bairro. Depois da produção dos vídeos, os alunos apresentarão, na sala de aula, para os outros grupos e, a partir disso, iniciar os
debates para possível solução dos problemas apresentados. Em continuidade, pode ser trabalhada, ainda, a habilidade CG.EF69LP26.s, em que os alunos, ao
assistirem os vídeos, façam registros para futuros debates.
Campo de Atuação na Vida Pública
Habilidades comuns aos 6º e 7º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta. Estratégias e procedimentos de leitura em (CG.EF67LP15.s) Identificar a proibição imposta ou o direito garantido, bem
textos legais e normativos. como as circunstâncias de sua aplicação, em artigos relativos a normas,
regimentos escolares, regimentos e estatutos da sociedade civil, regulamentações
para o mercado publicitário, Código de Defesa do Consumidor, Código Nacional
de Trânsito, ECA, Constituição, dentre outros.
Leitura/Escuta. Contexto de produção, circulação e recepção (CG.EF67LP16.s) Explorar e analisar espaços de reclamação de direitos e de
de textos e práticas relacionadas à defesa de envio de solicitações (tais como ouvidorias, SAC, canais ligados a órgãos
direitos e à participação social. públicos, plataformas do consumidor, plataformas de reclamação), bem como de
textos pertencentes a gêneros que circulam nesses espaços, reclamação ou carta
de reclamação, solicitação ou carta de solicitação, como forma de ampliar as
possibilidades de produção desses textos em casos que remetam a reivindicações
que envolvam a escola, a comunidade ou algum de seus membros como forma de
se engajar na busca de solução de problemas pessoais, dos outros e coletivos.
Leitura/Escuta. Relação entre contexto de produção e (CG.EF67LP17.s) Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de
características composicionais e estilísticas dos organização das cartas de solicitação e de reclamação (datação, forma de início,
gêneros (carta de solicitação, carta de apresentação contextualizada do pedido ou da reclamação, em geral,
reclamação, petição on-line, carta aberta, acompanhada de explicações, argumentos e/ou relatos do problema, fórmula de
abaixo-assinado, proposta etc.) finalização mais ou menos cordata, dependendo do tipo de carta e subscrição) e
Apreciação e réplica. algumas das marcas linguísticas relacionadas à argumentação, explicação ou
relato de fatos, como forma de possibilitar a escrita fundamentada de cartas como
essas ou de postagens em canais próprios de reclamações e solicitações em
situações que envolvam questões relativas à escola, à comunidade ou a algum dos
seus membros.
Leitura/Escuta. Estratégias, procedimentos de leitura em textos (CG.EF67LP18.s) Identificar o objeto da reclamação e/ou da solicitação e sua
reivindicatórios ou propositivos. sustentação, explicação ou justificativa, de forma a poder analisar a pertinência da
solicitação ou justificação.
Produção de textos. Estratégia de produção: planejamento de (CG.EF67LP19.s) Realizar levantamento de questões, problemas que requeiram a
textos reivindicatórios ou propositivos. denúncia de desrespeito a direitos, reivindicações, reclamações, solicitações que
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LINGUAGENS

contemplem a comunidade escolar ou algum de seus membros e examinar normas


e legislações.
Recomendações:
Em consideração às competências e habilidade a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de se desenvolver as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com todas
as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.
Dessa feita, na Prática de Leitura e Escuta sugere-se ao professor a seleção de textos (reportagens, notícias, artigos, projetos de leis, legislação, pareceres, entre
outros), que reportem temáticas da consciência dos direitos básicos e fundamentais dos indivíduos. Neste momento, pode-se ler e interpretar textos dos mais
variados temas, entre eles: violência contra a mulher (Lei Maria da Penha), direitos e deveres dos consumidores (CDC), reforma trabalhista e previdenciária,
projetos de lei de legalização das drogas e aborto, pena de morte, trabalho escravo e/ou análogo à escravidão, direitos das crianças e adolescentes (ECA), tudo
quanto fomente o senso crítico, reflexivo, autônomo e a consciência dos direitos, deveres e garantias individuais e coletivos. Orienta-se a adoção de técnicas e
procedimentos que auxiliem na compreensão de leitura como: seleção cognitiva; estratégias de antecipação, de inferências, de verificação; entre outros, aditados
a atividades e exercícios específicos de interpretação textual.
Ao passo que, na Prática de Produção de Textos recomenda-se, entre outras possibilidades, a produção de textos reivindicatórios e propositivos como cartas/e-
mails de reclamação a órgãos públicos ou de caráter público responsáveis pelos serviços comuns e coletivos, tais como a acessibilidade em ônibus coletivos
solicitando, às agências reguladoras municipais e estaduais (Agetran/Detran), a recuperação dos elevadores instalados para cadeirantes, elucidando características
inerentes aos textos epistolares como identificação do autor, do local, data, saudação e elementos de conclusão. Quanto à produção de e-mail de reclamação,
replicar os elementos anteriores, adicionando endereço do destinatário, assunto e anexos, como fotos e vídeos relacionados ao problema identificado. Além disso,
instruir a utilização de canais comunicativos entre cidadãos e órgãos públicos, como o “Fala Campo Grande”, no site da Prefeitura da capital para solicitar trocas
de lâmpadas, tapa buracos, limpeza de bueiros, dentre outros serviços, além de registrar sugestões e elogios.
Nesse mesmo sentido, pode-se, também, produzir abaixo-assinados, reclamações, carta-repúdio, moções, entre outros documentos que externem o
posicionamento coletivo de determinada temática, lançando mão das Práticas de Análise Linguística e Semiótica e dos conhecimentos das convenções da
escrita, como pontuação, ortografia, conjugação verbal, além de concordância nominal e verbal, empregados na produção de textos escritos e textos multimodais,
propiciando contato com a construção de imagens, imagens em movimento, memes, emoticons, charges e gifs no sentido do desenvolvimento da autoria dos
estudantes, além de elementos próprios desses gêneros como cores, vetores, sinais gráficos e também o desenho linguístico empregado em textos variados que
abordem direitos e deveres dos estudantes.
Em tempo, pode-se, ainda, utilizar procedimentos de Prática de Oralidade, haja vista que o Campo de Atuação na Vida Pública demanda competências e
habilidades específicas da oralidade como, por exemplo, o uso da palavra, da retórica, de técnicas de argumentação, do domínio do discurso e da fala em público.
Assim, faz-se necessária a praticabilidade da composição oral, utilizando narrações, descrições, exposições, debates regrados, defesa e sustentação de tese,
seminários, comunicações, explanações, amostras, entre outros, além de exercícios de recitação, de leitura expressiva ou de leitura em voz alta, buscando
desenvolver, também, impostação, dicção, contato visual, posicionamento, argumentação e linguagem corporal em geral.
Na habilidade CG.EF67LP16.s recomenda-se o trabalho com textos reivindicatórios, explorando coesão e coerência textual, modos e tempos verbais, pronomes
de tratamento, entre outros, objetivando desenvolver todas as práticas de linguagem neste campo de atuação.
Campo de Atuação na Vida Pública

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LINGUAGENS

Habilidades comuns aos 8º e 9º anos


Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta. Reconstrução do contexto de produção, (CG.EF89LP17.s) Relacionar textos e documentos legais e normativos de
circulação e recepção de textos legais e importância universal, nacional ou local que envolvam direitos, em especial, de
normativos. crianças, adolescentes e jovens – tais como a Declaração dos Direitos Humanos, a
Constituição Brasileira, o ECA -, e a regulamentação da organização escolar – por
exemplo, regimento escolar -, a seus contextos de produção, reconhecendo e
analisando possíveis motivações, finalidades e sua vinculação com experiências
humanas e fatos históricos e sociais, como forma de ampliar a compreensão dos
direitos e deveres, de fomentar os princípios democráticos e uma atuação pautada
pela ética da responsabilidade (o outro tem direito a uma vida digna tanto quanto
eu tenho).
Leitura/Escuta. Contexto de produção, circulação e recepção (CG.EF89LP18.s) Explorar e analisar instâncias e canais de participação
de textos e práticas relacionadas à defesa de disponíveis na escola (conselho de escola, outros colegiados, grêmio livre), na
direitos e à participação social. comunidade (associações, coletivos, movimentos, etc.), no município ou no país,
incluindo formas de participação digital, como canais e plataformas de
participação (como portal e-cidadania), serviços, portais e ferramentas de
acompanhamentos do trabalho de políticos e de tramitação de leis, canais de
educação política, bem como de propostas e proposições que circulam nesses
canais, de forma a participar do debate de ideias e propostas na esfera social e a
engajar-se com a busca de soluções para problemas ou questões que envolvam a
vida da escola e da comunidade.
Leitura/Escuta. Relação entre contexto de produção e (CG.EF89LP19.s) Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de
características composicionais e estilísticas dos organização das cartas abertas, abaixo-assinados e petições on-line (identificação
gêneros dos signatários, explicitação da reivindicação feita, acompanhada ou não de uma
Apreciação e réplica. breve apresentação da problemática e/ou de justificativas que visam sustentar a
reivindicação) e a proposição, discussão e aprovação de propostas políticas ou de
soluções para problemas de interesse público, apresentadas ou lidas nos canais
digitais de participação, identificando suas marcas linguísticas, como forma de
possibilitar a escrita ou subscrição consciente de abaixo-assinados e textos dessa
natureza e poder se posicionar de forma crítica e fundamentada frente às
propostas.
Leitura/Escuta. Estratégias e procedimentos de leitura em (CG.EF89LP20.s) Comparar propostas políticas e de solução de problemas,
textos reivindicatórios ou propositivos. identificando o que se pretende fazer/implementar, por que (motivações,
justificativas), para que (objetivos, benefícios e consequências esperados), como
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LINGUAGENS

(ações e passos), quando etc. e a forma de avaliar a eficácia da proposta/solução,


contrastando dados e informações de diferentes fontes, identificando
coincidências, complementaridades e contradições, de forma a poder
compreender e posicionar-se criticamente sobre os dados e informações usados
em fundamentação de propostas e analisar a coerência entre os elementos, de
forma a tomar decisões fundamentadas.
Produção de textos. Estratégia de produção: planejamento de (CG.EF89LP21.s) Realizar enquetes e pesquisas de opinião, de forma a levantar
textos reivindicatórios ou propositivos. prioridades, problemas a resolver ou propostas que possam contribuir para
melhoria da escola ou da comunidade, caracterizar demanda/necessidade,
documentando-a de diferentes maneiras por meio de diferentes procedimentos,
gêneros e mídias e, quando for o caso, selecionar informações e dados relevantes
de fontes pertinentes diversas (sites, impressos, vídeos etc.), avaliando a
qualidade e a utilidade dessas fontes, que possam servir de contextualização e
fundamentação de propostas, de forma a justificar a proposição de propostas,
projetos culturais e ações de intervenção.
Oralidade. Escuta. (CG.EF89LP22.s) Compreender e comparar as diferentes posições e interesses em
Apreender o sentido geral dos textos. jogo em uma discussão ou apresentação de propostas, avaliando a validade e força
Apreciação e réplica. dos argumentos e as consequências do que está sendo proposto e, quando for o
Produção/Proposta. caso, formular e negociar propostas de diferentes naturezas relativas a interesses
coletivos envolvendo a escola ou comunidade escolar.
Análise Movimentos argumentativos e força dos (CG.EF89LP23.s) Analisar, em textos argumentativos, reivindicatórios e
linguística/semiótica. argumentos. propositivos, os movimentos argumentativos utilizados (sustentação, refutação e
negociação), avaliando a força dos argumentos utilizados.
Leitura. Curadoria de informação. (CG.EF89LP24.s) Realizar pesquisa, estabelecendo o recorte das questões,
usando fontes abertas e confiáveis.
Produção de textos. Estratégias de escrita: textualização, revisão e (CG.EF89LP25.s) Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações
edição. orais, verbetes de enciclopédias colaborativas, reportagens de divulgação
científica, vlogs científicos, vídeos de diferentes tipos etc.
Produção de textos. Estratégias de escrita: textualização, revisão e (CG.EF89LP26.s) Produzir resenhas, a partir das notas e/ou esquemas feitos, com
edição. o manejo adequado das vozes envolvidas (do resenhador, do autor da obra e, se
for o caso, também dos autores citados na obra resenhada), por meio do uso de
paráfrases, marcas do discurso reportado e citações.
Oralidade. Conversação espontânea. (CG.EF89LP27.s) Tecer considerações e formular problematizações pertinentes,
em momentos oportunos, em situações de aulas, apresentação oral, seminário etc.
Oralidade. Procedimentos de apoio à compreensão (CG.EF89LP28.s) Tomar nota de videoaulas, aulas digitais, apresentações
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LINGUAGENS

Tomada de nota. multimídias, vídeos de divulgação científica, documentários e afins,


identificando, em função dos objetivos, informações principais para apoio ao
estudo e realizando, quando necessário, uma síntese final que destaque e
reorganize os pontos ou conceitos centrais e suas relações e que, em alguns casos,
seja acompanhada de reflexões pessoais, que podem conter dúvidas,
questionamentos, considerações etc.
Análise Textualização. (CG.EF89LP29.s) Utilizar e perceber mecanismos de progressão temática, tais
linguística/semiótica. Progressão temática. como retomadas anafóricas (“que, cujo, onde”, pronomes do caso reto e oblíquos,
pronomes demonstrativos, nomes correferentes etc.), catáforas (remetendo para
adiante ao invés de retomar o já dito), uso de organizadores textuais, de coesivos
etc., e analisar os mecanismos de reformulação e paráfrase utilizados nos textos
de divulgação do conhecimento.
Análise Textualização. (CG.EF89LP30.s) Analisar a estrutura de hipertexto e hiperlinks em textos de
Linguística/Semiótica. divulgação científica que circulam na Web e proceder à remissão a conceitos e
relações por meio de links.
Análise Modalização. (CG.EF89LP31.s) Analisar e utilizar modalização epistêmica, isto é, modos de
Linguística/Semiótica. indicar uma avaliação sobre o valor de verdade e as condições de verdade de uma
proposição, tais como os asseverativos – quando se concorda com (“realmente,
evidentemente, naturalmente, efetivamente, claro, certo, lógico, sem dúvida” etc.)
ou discorda de (“de jeito nenhum, de forma alguma”) uma ideia; e os quase-
asseverativos, que indicam que se considera o conteúdo como quase certo
(“talvez, assim, possivelmente, provavelmente, eventualmente”).
Recomendações:
Em relação às habilidades a serem desenvolvidas nesta esfera, orienta-se adoção de estratégias e procedimentos de forma a operacionalizar significativa e
reflexivamente as práticas de linguagem em relação aos diversos meios e objetivos de atuação na vida pública, de maneira a visar à formação de cidadania crítica
atualizada. Nessa perspectiva, em Prática de Leitura/Escuta, pode-se recorrer ao estudo de textos legais e normativos de importância universal, nacional e
local, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, convenções e recomendações da Organização Mundial do Trabalho e da Organização Mundial da
Saúde, a Constituição Federal, o Código Civil, o Código do Consumidor, a Constituição de Mato Grosso do Sul e a Lei Orgânica do Município de Campo
Grande. Nesse momento, podem ser adotadas metodologias que auxiliem na compreensão de leitura, como seleção cognitiva, estratégias de antecipação, de
inferências, de verificação, aditados a atividades e exercícios específicos de compreensão e interpretação textual, com a finalidade de fomentar as capacidades
críticas, reflexivas, autônomas e a consciência dos direitos, deveres e garantias individuais e coletivas.
Em Práticas deProdução de textos, podem-se fomentar as práticas da escrita por meio de gêneros que enfoquem meios de atuação cidadã em prol da
coletividade, visando à eficácia e à melhoria dos serviços públicos essenciais. Com isso, pode ser bastante produtivo para os aprendizes quando se trabalha com
elaboração de ofícios, requerimentos, solicitações, petições, e-mails e outros documentos reivindicatórios e propositivos a instituições públicas e privadas,
responsáveis pelos serviços comuns e coletivos. Um exemplo que pode ser sobre tais gêneros seria a elaboração de documentos que cobrem das concessionárias
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LINGUAGENS

de serviços públicos a melhoria de serviços por elas prestados ou a solução para problemática identificada pelos alunos em seu bairro.
Em Prática de Análise Linguística/Semiótica, há possibilidades de se trabalharem conhecimentos das convenções da escrita, como pontuação, ortografia,
conjugação verbal, concordância nominal e verbal, regências, dentre outros. Assim, sugere-se o trabalho com textos de caráter normativo, levando em
consideração a tipologia e as técnicas dos gêneros, a exemplo de regulamentos escolares, regimentos internos (grêmios e diretórios estudantis), recomendações,
estatutos escolares, norma de uso dos espaços da escola e convívio social.
Em relação à Prática de Oralidade, salienta-se que o Campo de Atuação na Vida Pública demanda competências e habilidades específicas dessas práticas, tais
como o uso de retórica, de técnicas de argumentação, do domínio do discurso e da fala em ambientes públicos. Desse modo, recomendam-se, além da prática
de composição oral (exposições, debates, seminários, comunicações, explanações, dentre outros), exercícios de recitação, de leitura expressiva ou de leitura em
voz alta.
Recomenda-se, ainda, utilizar estratégias de simulações, como júri simulado, debates regrados, tribunal de argumentação, parlamento simulado, jornal e
reportagem simulados, teatros e simulações de outros ambientes sociais. Somado a isso, pode-se, inclusive, valer-se da resolução de situações-problema com o
uso de procedimentos e estratégias das metodologias ativas, como o PBL (Aprendizado Baseado em Problemas ou Projetos), ou o TBL (Aprendizagem em equipe
- Team-Based Learning), os Estudos de Casos (Teaching Case) ou a Sala de Aula Invertida (Flipped Classroom). Isso é possível uma vez que, em todos esses
procedimentos, o professor pode fomentar a resolução de conflitos sociais, civis, de consumo e outras relações jurídicas fáticas.
Em consideração, as habilidades deste Campo de Atuação, a exemplo das habilidades CG.EF89LP17.se CG.EF89LP18.s, uma opção para ressignificar o trabalho
com gêneros textuais de caráter legal, normativo ou de ampla atuação na vida pública é inserir no contexto de aprendizagem textos que façam parte da realidade
dos aprendizes, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), regimentos escolares, cartas abertas, abaixo-assinados, petições on-line e outros canais de
participação popular. Tais gêneros podem ser abordados tanto por meio do acesso direto aos textos, quanto por meio de filmes e documentários que explorem a
temática, com posteriores discussões acerca de tais questões.
Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa
Habilidades comuns aos 6º, 7º, 8º e 9º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Reconstrução das condições de produção e (CG.EF69LP29.s) Refletir sobre a relação entre os contextos de produção dos
recepção dos textos e adequação do texto à gêneros de divulgação científica – texto didático, artigo de divulgação científica,
construção composicional e ao estilo de reportagem de divulgação científica, verbete de enciclopédia (impressa e digital),
gênero. esquema, infográfico (estático e animado), relatório, relato multimidiático de
campo, podcasts e vídeos variados de divulgação científica etc. – e os aspectos
relativos à construção composicional e às marcas linguística características desses
gêneros, de forma a ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de
textos pertencentes a esses gêneros.
Leitura/Escuta Relação entre textos. (CG.EF69LP30.s) Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e
informações de diferentes fontes, levando em conta seus contextos de produção e
referências, identificando coincidências, complementaridades e contradições, de
forma a poder identificar erros/imprecisões conceituais, compreender e
posicionar-se criticamente sobre os conteúdos e informações em questão.
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LINGUAGENS

Leitura/Escuta Apreciação e réplica. (CG.EF69LP31.s) Utilizar pistas linguísticas – tais como “em
primeiro/segundo/terceiro lugar”, “por outro lado”, “dito de outro modo”, “isto
é”, “por exemplo” – para compreender a hierarquização das proposições,
sintetizando o conteúdo dos textos.
Leitura/Escuta Estratégias e procedimentos de leitura. (CG.EF69LP32.s) Selecionar informações e dados relevantes de fontes diversas
Relação do verbal com outras semioses. (impressas, digitais, orais etc.), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, e
Procedimentos e gêneros de apoio à organizar, esquematicamente, com ajuda do professor, as informações necessárias
compreensão. (sem excedê-las) com ou sem apoio de ferramentas digitais, em quadros, tabelas
ou gráficos.
Leitura/Escuta Estratégias e procedimentos de leitura. (CG.EF69LP33.s) Articular o verbal com os esquemas, infográficos, imagens
Relação do verbal com outras semioses. variadas etc. na (re)construção dos sentidos dos textos de divulgação científica e
Procedimentos e gêneros de apoio à retextualizar do discursivo para o esquemático – infográfico, esquema, tabela,
compreensão. gráfico, ilustração etc. – e, ao contrário, transformar o conteúdo das tabelas,
esquemas, infográficos, ilustrações etc. em texto discursivo, como forma de
ampliar as possibilidades de compreensão desses textos e analisar as
características das multissemioses e dos gêneros em questão.
Leitura/Escuta Estratégias e procedimentos de leitura. (CG.EF69LP34.s) Grifar as partes essenciais do texto, tendo em vista os objetivos
Relação do verbal com outras semioses. de leitura, produzir marginálias (ou tomar notas em outro suporte), sínteses
Procedimentos e gêneros de apoio à organizadas em itens, quadro sinóptico, quadro comparativo, esquema, resumo ou
compreensão. resenha do texto lido (com ou sem comentário/análise), mapa conceitual,
dependendo do que for mais adequado, como forma de possibilitar uma maior
compreensão do texto, a sistematização de conteúdos e informações e um
posicionamento frente aos textos, se esse for o caso.
Produção de textos Consideração das condições de produção de (CG.EF69LP35.s) Planejar textos de divulgação científica, a partir da elaboração
textos de divulgação científica. de esquema que considere as pesquisas feitas anteriormente, de notas e sínteses de
Estratégias de escrita. leituras ou de registros de experimentos ou de estudo de campo, produzir, revisar
e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e
resultados de pesquisas, tais como artigo de divulgação científica, artigo de
opinião, reportagem científica, verbete de enciclopédia, verbete de enciclopédia
digital colaborativa , infográfico, relatório, relato de experimento científico, relato
(multimidiático) de campo, tendo em vista seus contextos de produção, que
podem envolver a disponibilização de informações e conhecimentos em
circulação em um formato mais acessível para um público específico ou a
divulgação de conhecimentos advindos de pesquisas bibliográficas, experimentos
científicos e estudos de campo realizados.
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LINGUAGENS

Produção de textos Estratégias de escrita: textualização, revisão e (CG.EF69LP36.s) Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do
edição. conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigos de
divulgação científica, verbete de enciclopédia, infográfico, infográfico animado,
podcast ou vlogcientífico, relato de experimento, relatório, relatório
multimidiático de campo, dentre outros, considerando o contexto de produção e as
regularidades dos gêneros em termos de suas construções composicionais e
estilos.
Produção de textos Estratégias de produção. (CG.EF69LP37.s) Produzir roteiros para elaboração de vídeos de diferentes tipos
(vlog científico, vídeo-minuto, programa de rádio, podcasts) para divulgação de
conhecimentos científicos e resultados de pesquisa, tendo em vista seu contexto
de produção, os elementos e a construção composicional dos roteiros.
Oralidade Estratégias de produção: planejamento e (CG.EF69LP38.s) Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou
produção de apresentações orais. slides de apresentação, levando em conta o contexto de produção, o tempo
disponível, as características do gênero apresentação oral, a multissemiose, as
mídias e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação, considerando
também elementos paralinguísticos e cinésicos e proceder à exposição oral de
resultados de estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do
planejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala – memorizada,
com apoio da leitura ou fala espontânea.
Oralidade Estratégias de produção. (CG.EF69LP39.s) Definir o recorte temático da entrevista e o entrevistado,
levantar informações sobre o entrevistado e sobre o tema da entrevista, elaborar
roteiro de perguntas, realizar entrevista, a partir do roteiro, abrindo possibilidades
para fazer perguntas a partir da resposta, se o contexto permitir, tomar nota,
gravar ou salvar a entrevista e usar adequadamente as informações obtidas, de
acordo com os objetivos estabelecidos.
Análise Construção composicional. (CG.EF69LP40.s) Analisar, em gravações de seminários, conferências rápidas,
linguística/semiótica Elementos paralinguísticos e cinésicos. trechos de palestras, dentre outros, a construção composicional dos gêneros de
Apresentações orais. apresentação – abertura/saudação, introdução ao tema, apresentação do plano de
exposição, desenvolvimento dos conteúdos, por meio do encadeamento de temas
e subtemas (coesão temática), síntese final e/ou conclusão, encerramento –, os
elementos paralinguísticos (tais como: tom e volume da voz, pausas e hesitações –
que, em geral, devem ser minimizadas –, modulação de voz e entonação, ritmo,
respiração etc.) e cinésicos (tais como: postura corporal, movimentos e
gestualidade significativa, expressão facial, contato de olho com plateia,
modulação de voz e entonação, sincronia da fala com ferramenta de apoio etc.),
303
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

para melhor performar apresentações orais no campo da divulgação do


conhecimento.
Análise Usar adequadamente ferramentas de apoio a (CG.EF69LP41.s) Usar adequadamente ferramentas de apoio a apresentações
linguística/semiótica apresentações orais. orais, escolhendo e usando tipos e tamanhos de fontes que permitam boa
visualização, topicalizando e/ou organizando o conteúdo em itens, inserindo de
forma adequada imagens, gráficos, tabelas, formas e elementos gráficos,
dimensionando a quantidade de texto (e imagem) por slide, usando
progressivamente e de forma harmônica recursos mais sofisticados como efeitos
de transição, slides mestres, layouts personalizados etc.
Análise Construção composicional e estilo. (CG.EF69LP42.s) Analisar a construção composicional dos textos pertencentes a
linguística/semiótica Gêneros de divulgação científica. gêneros relacionados à divulgação de conhecimentos: título, (olho), introdução,
divisão do texto em subtítulos, imagens ilustrativas de conceitos, relações, ou
resultados complexos (fotos, ilustrações, esquemas, gráficos, infográficos,
diagramas, figuras, tabelas, mapas) etc., exposição, contendo definições,
descrições, comparações, enumerações, exemplificações e remissões a conceitos e
relações por meio de notas de rodapé, boxes ou links; ou título, contextualização
do campo, ordenação temporal ou temática por tema ou subtema, intercalação de
trechos verbais com fotos, ilustrações, áudios, vídeos etc. e reconhecer traços da
linguagem dos textos de divulgação científica, fazendo uso consciente das
estratégias de impessoalização da linguagem (ou de pessoalização, se o tipo de
publicação e objetivos assim o demandarem, como em alguns podcasts e vídeos
de divulgação científica), 3ª pessoa, presente atemporal, recurso à citação, uso de
vocabulário técnico/especializado etc., como forma de ampliar suas capacidades
de compreensão e produção de textos nesses gêneros.
Análise Marcas linguísticas. (CG.EF69LP43.s) Identificar e utilizar os modos de introdução de outras vozes no
linguística/semiótica Intertextualidade. texto – citação literal e sua formatação e paráfrase –, as pistas linguísticas
responsáveis por introduzir no texto a posição do autor e dos outros autores
citados (“Segundo X; De acordo com Y; De minha/nossa parte, penso/amos
que”...) e os elementos de normatização (tais como as regras de inclusão e
formatação de citações e paráfrases, de organização de referências bibliográficas)
em textos científicos, desenvolvendo reflexão sobre o modo como a
intertextualidade e a retextualização ocorrem nesses textos.
Recomendações:
Em consideração às competências e habilidades a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de se desenvolver as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com todas
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a este campo de atuação.


Quanto à necessidade e aos processos de alfabetização científica, entende-se a movimentação iniciada nas séries iniciais da Educação Básica, quanto a perceber
(Leitura/Escuta) a existência de critérios e linguagens específicas para as construções de conhecimentos, podendo repercutir em uma postura mais ponderada
dos sujeitos ao tecer afirmativas e se fixar em constatações/julgamentos (Oralidade). Isso se manter a constância dessas reflexões, ponderações (Análise
Linguística/Semiótica), metodologias performances discursivas (Produção de Textos) vinculadas ao proceder científico nos anos finais da mesma etapa de
escolaridade.
Convém, inclusive, como forma de favorecer as apresentações orais (Oralidade), promover aos estudantes assistir/participar de comunicações de trabalhos
acadêmicos, a fim de perceber as variações de informalidade discursiva e, até, inserções ponderadas de falas (ou intervenções) humorísticas, como forma de
propiciar um intimismo e interesse do público quanto ao que é apresentado, todavia, sem perder a seriedade e o rigor formal das definições científicas.
Outro ponto plausível de se estabelecer reflexões com os estudantes é em relação aos conceitos imbricados nas metodologias, como as concepções de método:
(hipotético-)dedutivo, indutivo (a contrapor ao princípio de falseabilidade19), dialético... Essas conceituações fazem-se importantes, pois estabelecem os critérios
(em práticas de Leitura/Escuta) de observação, constatação, comprovação e conclusão a respeito dos objetos e fenômenos pesquisados.
Assim, recomenda-se estabelecer a cultura de colaboração nas revisões textuais (Análise Linguística/Semiótica), a fim que, após reflexões, discussões e
estabelecimentos de critérios para produções científicas, possam os próprios alunos realizar os apontamentos dos textos um dos outros para que se atinjam,
refinem ou superem conscientemente com os preceitos de rigor científico que assimilaram/estabeleceram, com vistas a melhor empregar clareza e, até,
sensibilização, a depender do gênero textual envolvido e/ou da relevância do que foi explanado.
Ainda, haja vista que, desde a BNCC, não foram estabelecidas habilidades restritas apenas ao 8º e 9º anos de escolaridade, logo sem célula exclusiva para
lançamento de alguma respectiva sugestão, cumpre-se aqui, por considerar ser oportuno tanto a seção quanto a necessidade de recomendar algo, de maior
maturidade/potencialidade às turmas relacionadas a esses anos finais do ensino fundamental. Nesse ínterim, ressalvas e delimitações empreendidas, com os
respectivos alunos, propõe-se explorar, estabelecer crítica (Oralidade) e produzir (Produção de Textos), também, na perspectiva da ciência aberta (open
science20).
De modo geral, sugere-se que haja promoção e manipulação do conhecimento, por meio de “projetos”, que têm por essência um processo que abranja a maioria
das habilidades a serem desenvolvidas no “Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa”, pois à escola cabe propiciar e até ultrapassar, inclusive, processos de
aprendizagens interdisciplinares, logo com uma gama de habilidades bem diversas envolvidas.
Em relação ao destaque de contribuição com algumas habilidades específicas, sugere-se:
 Quanto à habilidade CG.EF69LP30.s, em articulação ao “Campo Jornalístico-Midiático”, apreciar e avaliar notícias/reportagens de cunho científico, que
tratem de um mesmo assunto/tema, entretanto de diferentes emissoras/corpos editoriais, de modo que os alunos percebam o tratamento, possíveis juízos
(explícitos/implícitos) e o foco dados às informações divulgadas, a considerar o perfil (de interesse político-econômico-ideológico) individual/empresarial de
quem publica/propaga. Nesse sentido, cabe comparar como que os gêneros reportagens científicas são construídas e divulgadas em diferentes estados brasileiros

19
Proposto pelo professor e filósofo Karl Raimund Popper, que tanto problematiza o método destacado como favorece uma concepção de ciência.
20
“A expressão... faz referência a um modelo de prática científica que, em consonância com o desenvolvimento da cultura digital, visa a disponibilização das
informações em rede de forma oposta à pesquisa fechada dos laboratórios. Tem como característica a participação de uma ampla base de contribuidores
potenciais e insumos, como dados ou algoritmos de resolução de problemas.” [in: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_aberta, conforme último
acesso em 27/10/2019]
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
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LINGUAGENS

e, inclusive, em âmbito internacional, uma vez que as relações de comprometimento oscilam conforme as redes de conveniências conjunturais.
 Quanto à habilidade CG.EF69LP31.s, realizar rodas de conversa, visando ao compartilhamento de ideias, de pontos de vista acerca de assuntos de que os
alunos tenham interesse de discussão, todavia sugerindo/estimulando-os a relacionarem com conceitos científicos imbricados, para que sejam incorporados a
performances discursivas permeadas de terminologia científica.
 Quanto à habilidade CG.EF69LP38.s, unir áreas/componentes curriculares, tais como: Matemática, Língua Portuguesa, Arte, Ciências, para a
construção/montagem de apresentações, por meio de eslaides/painéis que possam esclarecer ou ampliar um tema do conhecimento, que seja oportuno para
alunos, pais professores e funcionários. A “plateia” será convidada assistir à/participar da produção dos alunos.
Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa
Habilidades comuns aos 6º e 7º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Curadoria de informação. (CG.EF67LP20.s) Realizar pesquisa, a partir de recortes e questões definidos
previamente, usando fontes indicadas e abertas.
Produção de textos Estratégias de escrita: textualização, revisão e (CG.EF67LP21.s) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações
edição. orais, painéis, artigos de divulgação científica, verbetes de enciclopédia, podcasts
científicos etc.
Produção de textos Estratégias de escrita: textualização, revisão e (CG.EF67LP22.s) Produzir resumos, a partir das notas e/ou esquemas feitos, com
edição. o uso adequado de paráfrases e citações.
Oralidade Conversação espontânea. (CG.EF67LP23.s) Respeitar os turnos de fala, na participação em conversações e
em discussões ou atividades coletivas, na sala de aula e na escola e formular
perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos em situações de aulas,
apresentação oral, seminário etc.
Oralidade Procedimentos de apoio à compreensão. (CG.EF67LP24.s) Tomar nota de aulas, apresentações orais, entrevistas (ao vivo,
Tomada de nota. áudio, TV, vídeo), identificando e hierarquizando as informações principais,
tendo em vista apoiar o estudo e a produção de sínteses e reflexões pessoais ou
outros objetivos em questão.
Análise Textualização. (CG.EF67LP25.s) Reconhecer e utilizar os critérios de organização tópica (do
linguística/semiótica Progressão temática. geral para o específico, do específico para o geral etc.), as marcas linguísticas
dessa organização (marcadores de ordenação e enumeração, de explicação,
definição e exemplificação, por exemplo) e os mecanismos de paráfrase, de
maneira a organizar mais adequadamente a coesão e a progressão temática de
seus textos.
Análise Textualização. (CG.EF67LP26.s) Reconhecer a estrutura de hipertexto em textos de divulgação
linguística/semiótica científica e proceder à remissão a conceitos e relações por meio de notas de
rodapés ou boxes.

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
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LINGUAGENS

Recomendações:
Em consideração às competências e habilidade a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de se desenvolver as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com todas
as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.
Para além do recomendado em célula anterior para todos anos finais do ensino fundamental, doravante a se desenvolver, mais especificamente, com estudantes
de 6º e 7º, recomenda-se como algo de crível pertinência: discorrer sobre a necessidade de se estabelecer foco (Leitura/Escuta) quando se tratar de pesquisa
virtual, justamente, em virtude dos meandros dos hiperlinks existentes nos consórcios de web, que propiciam e distam a navegação pelo oceano informacional de
internet, ainda que os objetos/propósitos sejam passíveis de reconfiguração, posto que o processo investigativo deve favorecer, além de uma visão específica do
que é pesquisado, uma percepção panorâmica do que se pretendia pesquisar.
Quanto a algumas habilidades específicas, a citar a estabelecida pelo código alfanumérico CG.EF67LP24.s, que se efetivem com a promoção de discussão
(Oralidade) do planejado e/ou coletado em dupla ou pequenos grupos, para que entre colegas verifiquem a clareza dos textos produzidos (Análise
Linguística/Semiótica), se as perguntas estão sendo entendidas como são almejadas, e se as sínteses refletem os pontos mais relevantes e concatenados ao
escopo e ponto de vista conclusivo do que se pesquisou. Assim cabe a realização de pré-testagem das entrevistas e a promoção das refacções textuais
colaborativas (Produção de Textos), tão pertinentes ao preparo para os afazeres acadêmicos.
Ainda relacionado a essa orientação sugestiva, salienta-se que, por mais que haja estabelecimento de parcerias produtivas (Produção de Textos) em grupo, há
que se garantir as iniciativas e aperfeiçoamentos textuais (Análise Linguística/Semiótica) de maneira individualizada, condizentes ao esforço particular/pessoal
nos aprendizados em pauta.
Em relação à habilidade CG.EF67LP21.s, pontua-se que: é interessante realizar seminários (Oralidade), a partir de pesquisas (Leitura/Escuta) in loco. Com
divulgação dos resultados (Produção de Textos), por meio de gráficos diversos.
Em relação à habilidade CG.EF67LP22.s, pontua-se que: é interessante propiciar a conversão de mapas mentais em esquemas, por artifício de escrita sintetizada
(Produção de Textos).
Em relação às habilidades, de uma maneira geral, pontua-se que: a partir de diferentes mídias, é interessante selecionar temas contemporâneos para
estudo/pesquisa, bem como, decorrentemente, para produção textual, de qualidade argumentativa, na perspectiva de servir de base para uma extensão
explanatória em formato de simpósios (Oralidade).
Campo Artístico-Literário
Habilidades comuns aos 6º, 7º, 8º e 9º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Reconstrução das condições de produção, (CG.EF69LP44.s) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de
circulação e recepção. diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos
Apreciação e réplica. formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e
culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
Leitura/Escuta Reconstrução das condições de produção, (CG.EF69LP45.s) Posicionar-se criticamente em relação a textos pertencentes a
circulação e recepção. gêneros como quarta-capa, programa (de teatro, dança, exposição etc.), sinopse,
Apreciação e réplica. resenha crítica, comentário em blog/vlog cultural etc., para selecionar obras
literárias e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, exposições,
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LINGUAGENS

espetáculos, CD´s, DVD´setc.), diferenciando as sequências descritivas e


avaliativas e reconhecendo-os como gêneros que apoiam a escolha do livro ou
produção cultural e consultando-os no momento de fazer escolhas, quando for o
caso
Leitura/Escuta Reconstrução das condições de produção, (CG.EF69LP46.s) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção
circulação e recepção. de obras literárias/ manifestações artísticas, como rodas de leitura, clubes de
Apreciação e réplica. leitura, eventos de contação de histórias, de leituras dramáticas, de apresentações
teatrais, musicais e de filmes, cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, canais
de booktubers, redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.),
dentre outros, tecendo, quando possível, comentários de ordem estética e afetiva e
justificando suas apreciações, escrevendo comentários e resenhas para jornais,
blogs e redes sociais e utilizando formas de expressão das culturas juvenis, tais
como, vlogs e podcasts culturais (literatura, cinema, teatro, música), playlists
comentadas, fanfics, fanzines, e-zines, fanvídeos, fanclipes, posts em fanpages,
trailer honesto, vídeo-minuto, dentre outras possibilidades de práticas de
apreciação e de manifestação da cultura de fãs.
Leitura/Escuta Reconstrução da textualidade e compreensão (CG.EF69LP47.s) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas
dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a
de recursos linguísticos e multissemióticos. passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada
gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de
sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de
enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver)
empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se
estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do
foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e
psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto
(do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação
expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de
recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo.
Leitura/Escuta Reconstrução da textualidade e compreensão (CG.EF69LP48.s) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de
dos efeitos de sentidos provocados pelos usos recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc), semânticos
de recursos linguísticos e multissemióticos. (figuras de linguagem, por exemplo), gráficoespacial (distribuição da mancha
gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal.
Leitura/Escuta Adesão às práticas de leitura. (CG.EF69LP49.s) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de
literatura e por outras produções culturais do campo e receptivo a textos que
308
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LINGUAGENS

rompam com seu universo de expectativas, que representem um desafio em


relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura,
apoiando-se nas marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a
temática e nas orientações dadas pelo professor.
Produção de textos Relação entre textos. (CG.EF69LP50.s) Elaborar texto teatral, a partir da adaptação de romances,
contos, mitos, narrativas de enigma e de aventura, novelas, biografias
romanceadas, crônicas, dentre outros, indicando as rubricas para caracterização
do cenário, do espaço, do tempo; explicitando a caracterização física e psicológica
dos personagens e dos seus modos de ação; reconfigurando a inserção do discurso
direto e dos tipos de narrador; explicitando as marcas de variação linguística
(dialetos, registros e jargões) e retextualizando o tratamento da temática.
Produção de textos Consideração das condições de produção. (CG.EF69LP51.s) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento,
Estratégias de produção: planejamento, textualização, revisão/edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas,
textualização e revisão/edição. composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as configurações da situação
de produção – o leitor pretendido, o suporte, o contexto de circulação do texto, as
finalidades etc. – e considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança
próprias ao texto literário.
Oralidade Produção de textos orais. (CG.EF69LP52.s) Representar cenas ou textos dramáticos, considerando, na
caracterização dos personagens, os aspectos linguísticos e paralinguísticos das
falas (timbre e tom de voz, pausas e hesitações, entonação e expressividade,
variedades e registros linguísticos), os gestos e os deslocamentos no espaço
cênico, o figurino e a maquiagem e elaborando as rubricas indicadas pelo autor
por meio do cenário, da trilha sonora e da exploração dos modos de interpretação.
Oralidade Produção de textos orais. (CG.EF69LP53.s) Ler em voz alta textos literários diversos – como contos de
Oralização. amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas;
bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não com o professor) de
livros de maior extensão, como romances, narrativas de enigma, narrativas de
aventura, literatura infanto-juvenil, – contar/recontar histórias tanto da tradição
oral (causos, contos de esperteza, contos de animais, contos de amor, contos de
encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição literária escrita,
expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou
fala expressiva e fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as hesitações, a
entonação indicados tanto pela pontuação quanto por outros recursos gráfico-
editoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa
leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de
309
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LINGUAGENS

audiobooks de textos literários diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com


ou sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas diversos, tanto de forma livre
quanto de forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando os
recursos linguísticos, paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de
sentido pretendidos, como o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e
prolongamentos, o tom e o timbre vocais, bem como eventuais recursos de
gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à situação de
compartilhamento em questão.
Análise Recursos linguísticos e semióticos que operam (CG.EF69LP54.s) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os
linguística/semiótica nos textos pertencentes aos gêneros literários. elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e cinésicos, como as
variações no ritmo, as modulações no tom de voz, as pausas, as manipulações do
estrato sonoro da linguagem, obtidos por meio da estrofação, das rimas e de
figuras de linguagem como as aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre
outras, a postura corporal e a gestualidade, na declamação de poemas,
apresentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa quanto nos gêneros
poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de linguagem,
tais como comparação, metáfora, personificação, metonímia, hipérbole,
eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos de sentido decorrentes do
emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções
adjetivas, orações subordinadas adjetivas etc.), que funcionam como
modificadores, percebendo sua função na caracterização dos espaços, tempos,
personagens e ações próprios de cada gênero narrativo.
Recomendações:
A leitura do texto literário permite aos leitores vivenciarem a sagacidade que permeia a prosa e a poesia “através” da linguagem. Note-se que, relacionada à
Prática de Leitura/Escuta no contexto do espaço escolar, as obras literárias podem favorecer a imersão do leitor em aspectos da vida cotidiana, a partir do viés
artístico-literário em face aos efeitos de sentidos advindos da Análise Linguística/Semiótica. Deve-se, ainda, destacar o valor subsidiário que a leitura literária
agrega como objeto de conhecimento, espécie de espelho/reflexo das ciências humanas e sociais, auxiliando na Produção de Textos. No que tange à Oralidade,
deve-se realçar a importância de se oportunizar o compartilhamento e a socialização da obra lida, garantindo que as impressões subjetivas de leitura deleite dos
alunos seja explanada junto ao grupo estudantil e que essa prática seja naturalizada, imprescindivelmente, como, após o contato com o texto literário. Em vista
disso, estimular a produção de textos orais pelo mote da valorização dos recursos linguísticos e semióticos que operam nos textos pertencentes aos gêneros
literários, sob as condições e estratégias de sua produção como: planejamento, textualização e revisão/edição. Desse modo, a leitura das obras literárias permite
aos alunos aperfeiçoar sua capacidade criativa de fazer relações com outras obras lidas (intertextualidade), de reestruturar o texto lido, bem como dramatizá-lo.
Assim sendo, leitura, produção de texto e oralidade, caminham lado a lado.
Com relação à habilidade CG.EF69LP46.s, propõe-se individual e/ou coletiva o estudo da obra “A Metamorfose”, de Franz Kafka, que está ligada, diretamente,
à vida cotidiana de muitos alunos. Debater a narrativa do livro supracitado e assistir ao filme “A mosca”, que é baseado na obra. Propor aos alunos a releitura e
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representar, cenicamente, para o grupo escolar.


Destaque-se, também, a habilidade CG.EF69LP49.s, que apregoa que se proponha aos alunos a leitura de uma obra literária (escolhida pelo professor/ou sugerida
pelos alunos). Os estudantes podem recontar (Oralidade) por meio de ilustrações produzidas em caixas de pizza. Poderão apresentar para a sala de aula e,
depois, para as demais turmas da escola.
Campo Artístico-Literário
Habilidades comuns ao 6º e 7º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Relação entre texto. (CG.EF67LP27.s) Analisar, entre os textos literários e entre estes e outras
manifestações artísticas (como cinema, teatro, música, artes visuais e midiáticas),
referências explícitas ou implícitas a outros textos, quanto aos temas, personagens
e recursos literários e semióticos.
Leitura/Escuta Estratégias de leitura. (CG.EF67LP28.s) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando
Apreciação e réplica. procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando
em conta características dos gêneros e suportes –, romances infanto-juvenis,
contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas,
narrativas de aventuras, narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias,
histórias em quadrinhos, mangás, poemas de forma livre e fixa (como sonetos e
cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação
sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
Leitura/Escuta Reconstrução da textualidade. (CG.EF67LP29.s) Identificar, em texto dramático, personagem, ato, cena, fala e
Efeitos de sentidos provocados pelos usos de indicações cênicas e a organização do texto: enredo, conflitos, ideias principais,
recursos linguísticos e multissemióticos. pontos de vista, universos de referência.
Produção de textos Construção da textualidade. (CG.EF67LP30.s) Criar narrativas ficcionais, tais como contos populares, contos
Relação entre textos. de suspense, mistério, terror, humor, narrativas de enigma, crônicas, histórias em
quadrinhos, dentre outros, que utilizem cenários e personagens realistas ou de
fantasia, observando os elementos da estrutura narrativa próprios ao gênero
pretendido, tais como enredo, personagens, tempo, espaço e narrador, utilizando
tempos verbais adequados à narração de fatos passados, empregando
conhecimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma história e de inserir os
discursos direto e indireto.
Produção de textos Construção da textualidade. (CG.EF67LP31.s) Criar poemas compostos por versos livres e de forma fixa
Relação entre textos. (como quadras e sonetos), utilizando recursos visuais, semânticos e sonoros, tais
como cadências, ritmos e rimas, e poemas visuais e vídeo-poemas, explorando as
relações entre imagem e texto verbal, a distribuição da mancha gráfica (poema
visual) e outros recursos visuais e sonoros.
311
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LINGUAGENS

Recomendações:
Para os 6º e 7º anos, recomenda-se que a leitura fomente a relação entre textos, com base em estratégias de leitura, apreciação e réplica, a reconstrução da
textualidade, a partir dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos e, na produção de textos, a construção da
textualidade. Concluir o ano letivo com cerca de três ou quatro livros literários lidos.
Desenvolver os ditados populares no sentido literal e figurado. Em relação à leitura, ela precisa se atentar ao contexto de produção das obras em questão,
expectativas e marcas de época sócio-histórica.
Observe-se que, dentre as habilidades da Língua Portuguesa apresentadas, é possível destacar, a título de exemplo, que a habilidade (CG.EF67LP30.s) traz como
premissa a criatividade ficcional como uma das práticas que deve ser estimulada pelos professores em sala de aula, o que reforça mais uma vez, a necessidade do
texto literário no contexto escolar, sejam os clássicos e os não clássicos.
Campo Artístico-Literário
Habilidades comuns 8º e 9º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Relação entre textos. (CG.EF89LP32.s) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de
mecanismos de intertextualidade (referências, alusões, retomadas) entre os textos
literários, entre esses textos literários e outras manifestações artísticas (cinema,
teatro, artes visuais e midiáticas, música), quanto aos temas, personagens, estilos,
autores etc., e entre o texto original e paródias, paráfrases, pastiches, trailer
honesto, vídeos-minuto, vidding, dentre outros.
Leitura/Escuta Estratégias de leitura. (CG.EF89LP33.s) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando
Apreciação e réplica. procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando
em conta características dos gêneros e suportes – romances, contos
contemporâneos, minicontos, fábulas contemporâneas, romances juvenis,
biografias romanceadas, novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica,
narrativas de suspense, poemas de forma livre e fixa (como haicai), poema
concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e
estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
Leitura/Escuta Reconstrução da textualidade e compreensão (CG.EF89LP34.s) Analisar a organização de texto dramático apresentado em
dos efeitos de sentidos provocados pelos usos teatro, televisão, cinema, identificando e percebendo os sentidos decorrentes dos
de recursos linguísticos e multissemióticos. recursos linguísticos e semióticos que sustentam sua realização como peça teatral,
novela, filme etc.
Produção de textos Construção da textualidade. (CG.EF89LP35.s) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais,
minicontos, narrativas de aventura e de ficção científica, dentre outros, com
temáticas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os constituintes
estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos, e, no
caso de produção em grupo, ferramentas de escrita colaborativa.
312
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Produção de textos Relação entre textos. (CG.EF89LP36.s) Parodiar poemas conhecidos da literatura e criar textos em
versos (como poemas concretos, ciberpoemas, haicais, liras, microrroteiros,
lambe-lambes e outros tipos de poemas), explorando o uso de recursos sonoros e
semânticos (como figuras de linguagem e jogos de palavras) e visuais (como
relações entre imagem e texto verbal e distribuição da mancha gráfica), de forma
a propiciar diferentes efeitos de sentido.
Recomendações:
Em relação aos 8º e 9º anos, recomenda-se que a Prática de Leitura/Escuta subsidie a relação entre textos, estratégias de leitura, apreciação e réplica, assim
como a reconstrução da textualidade, a partir dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos. Quanto à produção de
texto, destaca-se a construção da textualidade e a relação entre textos.
Sugere-se que as leituras realizadas contemplem aspectos que possibilitem a percepção dos sentidos originados nos gêneros textuais. Já em relação à Oralidade,
pode-se utilizar estratégias diversificadas que possibilitem a ressignificação dos efeitos de sentido.
No que tange a Produção Textual, deve-se promover a análise das manifestações artísticas constantes nos textos apreciados, a fim de possibilitar uma plural e
abrangente leitura de mundo.
Com relação à habilidade CG.EF89LP32.s, sugere-se apresentar aos alunos o soneto de camoniano que diz que “o amor é fogo que arde sem se ver” e, depois,
ouvir a música Monte Castelo, de Renato Russo, promovendo, assim, a intertextualidade entre os textos.
Todos os Campos de Atuação
Habilidades comuns aos 6º, 7º, 8º e 9º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Análise Variação linguística. (CG.EF69LP55.s) Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito de
linguística/semiótica norma-padrão e o de preconceito linguístico.

(CG.EF69LP56.s) Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da norma-


padrão em situações de fala e escrita nas quais ela deve ser usada.
Recomendações:
Para as habilidades (CG.EF69LP55.s e CG.EF69LP56.s) é prudente o professor propiciar análise, por meio diferentes gêneros textuais, para exploração das
variedades linguísticas e posterior produção de texto com revisão de acordo com a linguagem padrão. Especificamente ao preconceito linguístico, pode-se
trabalhar com o poema de Oswald de Andrade “vício da fala”.
Todos os Campos de Atuação
Habilidades comuns aos 6º e 7º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Análise Fono-ortografia. (CG.EF67LP32.s) Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo às
linguística/semiótica convenções da língua escrita.
Análise Elementos notacionais da escrita. (CG.EF67LP33.s) Pontuar textos adequadamente.

313
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

linguística/semiótica
Análise Léxico/morfologia. (CG.EF06LP03.s) Analisar diferenças de sentido entre palavras de uma série
linguística/semiótica sinonímica.
Análise Léxico/morfologia. (CG.EF07LP03.s) Formar, com base em palavras primitivas, palavras derivadas
linguística/semiótica com os prefixos e sufixos mais produtivos no português.
Análise Léxico/morfologia. (CG.EF67LP34.s) Formar antônimos com acréscimo de prefixos que expressam
linguística/semiótica noção de negação.
Análise Léxico/morfologia. (CG.EF67LP35.s) Distinguir palavras derivadas por acréscimo de afixos e
linguística/semiótica palavras compostas.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF06LP04.s) Analisar a função e as flexões de substantivos e adjetivos e de
linguística/semiótica verbos nos modos Indicativo, Subjuntivo e Imperativo: afirmativo e negativo.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF07LP04.s) Reconhecer, em textos, o verbo como o núcleo das orações.
linguística/semiótica
Análise Morfossintaxe. (CG.EF06LP05.s) Identificar os efeitos de sentido dos modos verbais,
linguística/semiótica considerando o gênero textual e a intenção comunicativa.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF07LP05.s) Identificar, em orações de textos lidos ou de produção própria,
linguística/semiótica verbos de predicação completa e incompleta: intransitivos e transitivos.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF06LP06.s) Empregar, adequadamente, as regras de concordância nominal
linguística/semiótica (relações entre os substantivos e seus determinantes) e as regras de concordância
verbal (relações entre o verbo e o sujeito simples e composto).
Análise Morfossintaxe. (CG.EF07LP06.s) Empregar as regras básicas de concordância nominal e verbal
linguística/semiótica em situações comunicativas e na produção de textos.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF07LP07.s) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, a estrutura
linguística/semiótica básica da oração: sujeito, predicado, complemento (objetos direto e indireto).
Análise Morfossintaxe. (CG.EF07LP08.s) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, adjetivos
linguística/semiótica que ampliam o sentido do substantivo sujeito ou complemento verbal.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF07LP09.s) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, advérbios e
linguística/semiótica locuções adverbiais que ampliam o sentido do verbo núcleo da oração.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF06LP07.s) Identificar, em textos, períodos compostos por orações
linguística/semiótica separadas por vírgula sem a utilização de conectivos, nomeando-os como
períodos compostos por coordenação.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF06LP08.s) Identificar, em texto ou sequência textual, orações como
linguística/semiótica unidades constituídas em torno de um núcleo verbal e períodos como conjunto de
orações conectadas.

314
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Análise Morfossintaxe. (CG.EF07LP10.s) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e


linguística/semiótica gramaticais: modos e tempos verbais, concordância nominal e verbal, pontuação
etc.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF06LP09.s) Classificar, em texto ou sequência textual, os períodos simples
linguística/semiótica compostos.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF07LP11.s) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, períodos
linguística/semiótica compostos nos quais duas orações são conectadas por vírgula, ou por conjunções
que expressem soma de sentido (conjunção “e”) ou oposição de sentidos
(conjunções “mas”, “porém”).
Análise Sintaxe. (CG.EF06LP10.s) Identificar sintagmas nominais e verbais como constituintes
linguística/semiótica imediatos da oração.
Análise Elementos notacionais da (CG.EF06LP11.s) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e
linguística/semiótica escrita/morfossintaxe. gramaticais: tempos verbais, concordância nominal e verbal, regras ortográficas,
pontuação etc.
Análise Semântica. (CG.EF06LP12.s) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial
linguística/semiótica Coesão. (nome e pronomes), recursos semânticos de sinonímia, antonímia e homonímia e
mecanismos de representação de diferentes vozes (discurso direto e indireto).
Análise Semântica. (CG.EF07LP12.s) Reconhecer recursos de coesão referencial: substituições
linguística/semiótica Coesão. lexicais (de substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes
anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos).
Análise Coesão. (CG.EF67LP36.s) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial
linguística/semiótica (léxica e pronominal) e sequencial e outros recursos expressivos adequados ao
gênero textual.
Análise Coesão. (CG.EF07LP13.s) Estabelecer relações entre partes do texto, identificando
linguística/semiótica substituições lexicais (de substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de
pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos), que contribuem
para a continuidade do texto.
Análise Sequências textuais. (CG.EF67LP37.s) Analisar, em diferentes textos, os efeitos de sentido decorrentes
linguística/semiótica do uso de recursos linguístico-discursivos de prescrição, causalidade, sequências
descritivas e expositivas e ordenação de eventos.
Análise Modalização. (CG.EF07LP14.s) Identificar, em textos, os efeitos de sentido do uso de
linguística/semiótica estratégias de modalização e argumentatividade.
Análise Figuras de linguagem. (CG.EF67LP38.s) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem,
linguística/semiótica como comparação, metáfora, metonímia, personificação, hipérbole, dentre outras.

315
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Recomendações:
Em relação à habilidade CG.EF06LP09.s, sugere-se a ampliação dos conhecimentos morfológicos, tais como classe de palavras, verbo, diferenças entre frase
oração e período. Sugere-se, ainda, o conhecimento sobre advérbio em contexto sintático e semântico.
De maneira a integrar as habilidades desta seção às outras habilidades dos outros campos, sugere-se:
Cumprir com a habilidade CG.EF06LP30.s na perspectiva de que essa pode proporcionar um campo amplo ao abordar a produção escrita, observando os
elementos essenciais de sua estrutura, próprio dos gêneros trabalhados. Amplia-se, também, o estudo de poemas diversos com versos brancos ou rimas, canções,
poemas narrativos, reflexões, diversos tema.
Quanto à habilidade CG.EF67LP38.s, orienta-se a ampliação do conhecimento do sentido real e do sentido figurado (denotação e conotação). A partir desse
entendimento, trabalhar o conceito de figuras de linguagem, usando vários gêneros textuais e intertextualidade, além do trabalho com diversos textos que
abordem o preconceito linguístico.
Concernente à habilidade CG.EF07LP08.s, recomenda-se conhecer o conceito de advérbio no âmbito morfológico, sintático e semântico, além do conhecimento
das funções morfológicas e análise e reflexão da língua, reconhecendo as características dos gêneros textuais.
Na habilidade CG.EF07LP11.s, o estudo das conjunções, morfologia, sintaxe, semântica (relações de sentido estabelecidas nos diferentes casos) faz-se
necessário. O conhecimento dessa habilidade subsidia a produção coesa e coerente de textos, proporcionando ao aluno autonomia para refletir sobre os
problemas semânticos criados pela inadequação à regra.
Todos os Campos de Atuação
Habilidades comuns aos 8º e 9º anos
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Análise Fono-ortografia. (CG.EF08LP04.s) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e
linguística/semiótica gramaticais: ortografia, regências e concordâncias nominal e verbal, modos e
tempos verbais, pontuação etc.
Análise Fono-ortografia. (CG.EF09LP04.s) Escrever textos corretamente, de acordo com a norma-padrão,
linguística/semiótica com estruturas sintáticas complexas no nível da oração e do período.
Análise Léxico/morfologia. (CG.EF08LP05.s) Analisar processos de formação de palavras por composição
linguística/semiótica (aglutinação e justaposição), apropriando-se de regras básicas de uso do hífen em
palavras compostas.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF08LP06.s) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, os termos
linguística/semiótica constitutivos da oração (sujeito e seus modificadores, verbo e seus complementos
e modificadores).
Análise Morfossintaxe. (CG.EF08LP07.s) Diferenciar, em textos lidos ou de produção própria,
linguística/semiótica complementos diretos e indiretos de verbos transitivos, apropriando-se da
regência de verbos de uso frequente.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF08LP08.s) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, verbos na
linguística/semiótica voz ativa e na voz passiva, interpretando os efeitos de sentido de sujeito ativo e

316
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

passivo (agente da passiva).


Análise Morfossintaxe. (CG.EF08LP09.s) Interpretar efeitos de sentido de modificadores (adjuntos
linguística/semiótica adnominais – artigos definido ou indefinido, adjetivos, expressões adjetivas) em
substantivos com função de sujeito ou de complemento verbal, usando-os para
enriquecer seus próprios textos.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF08LP10.s) Interpretar, em textos lidos ou de produção própria, efeitos de
linguística/semiótica sentido de modificadores do verbo (adjuntos adverbiais – advérbios e expressões
adverbiais), usando-os para enriquecer seus próprios textos.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF08LP11.s) Identificar, em textos lidos ou de produção própria,
linguística/semiótica agrupamento de orações em períodos, diferenciando coordenação de
subordinação.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF08LP12.s) Identificar, em textos lidos, orações subordinadas com
linguística/semiótica conjunções de uso frequente, incorporando-as às suas próprias produções.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF08LP13.s) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de
linguística/semiótica coesão sequencial: conjunções e articuladores textuais.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF09LP05.s) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, orações
linguística/semiótica com a estrutura sujeito-verbo de ligação-predicativo.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF09LP06.s) Diferenciar, em textos lidos e em produções próprias, o efeito
linguística/semiótica de sentido do uso dos verbos de ligação “ser”, “estar”, “ficar”, “parecer” e
“permanecer”.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF09LP07.s) Comparar o uso de regência verbal e regência nominal na
linguística/semiótica norma-padrão com seu uso no português brasileiro coloquial oral.
Análise Morfossintaxe. (CG.EF09LP08.s) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, a relação
linguística/semiótica que conjunções (e locuções conjuntivas) coordenativas e subordinativas
estabelecem entre as orações que conectam.
Análise Elementos notacionais da (CG.EF09LP09.s) Identificar efeitos de sentido do uso de orações adjetivas
linguística/semiótica escrita/morfossintaxe. restritivas e explicativas em um período composto.
Análise Semântica. (CG.EF08LP14.s) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão sequencial
linguística/semiótica (articuladores) e referencial (léxica e pronominal), construções passivas e
impessoais, discurso direto e indireto e outros recursos expressivos adequados ao
gênero textual.
Análise Coesão. (CG.EF08LP15.s) Estabelecer relações entre partes do texto, identificando o
linguística/semiótica antecedente de um pronome relativo ou o referente comum de uma cadeia de
substituições lexicais.

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LINGUAGENS

Análise Coesão. (CG.EF09LP10.s) Comparar as regras de colocação pronominal na norma-padrão


linguística/semiótica com o seu uso no português brasileiro coloquial.
Análise Coesão. (CG.EF09LP11.s) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de
linguística/semiótica coesão sequencial (conjunções e articuladores textuais).
Análise Modalização. (CG.EF08LP16.s) Explicar os efeitos de sentido do uso, em textos, de estratégias
linguística/semiótica de modalização e argumentatividade (sinais de pontuação, adjetivos, substantivos,
expressões de grau, verbos e perífrases verbais, advérbios etc.).
Análise Figuras de linguagem. (CG.EF89LP37.s) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem
linguística/semiótica como ironia, eufemismo, antítese, aliteração, assonância, dentre outras.
Análise Variação linguística. (CG.EF09LP12.s) Identificar estrangeirismos, caracterizando-os segundo a
linguística/semiótica conservação, ou não, de sua forma gráfica de origem, avaliando a pertinência, ou
não, de seu uso.
Recomendações:
Nesta seção, sugere-se um trabalho com análise e reflexão da língua, em que se considerem os elementos morfossintáticos e semântico-pragmáticos produtores
de significados, buscando compreender como se articulam as diferentes categorias linguísticas e os diversos recursos disponíveis na língua para construir
sentidos.
Atinente à habilidade CG.EF08LP04.s, o professor pode solicitar uma Produção de Texto por meio da qual se identifiquem problemas linguísticos e gramaticais
da turma, sobre os quais ministrará sua aula e, depois disso, solicitará a reestruturação/reescrita textual com foco nas dificuldades da classe. Quanto à habilidade
CG.EF08LP05.s, recomenda-se analisar, em letras de músicas, processos de formação de palavras por composição, bem como as regras básicas do emprego do
hífen. Além disso, sugere-se apresentar a música “Carnavália”, do conjunto ‘Tribalistas’, reproduzindo-a em projetor de mídias, em seguida debater (Oralidade)
o tema e as palavras formadas por justaposição e aglutinação.
Recomenda-se observar, também, a coesão e a coerência textual em produções escritas formais, com alguns de seus elementos característicos, a exemplo das
conjunções e locuções conjuntivas, das preposições e locuções prepositivas, dos articuladores textuais, conectivos lógicos e marcadores discursivos. Desse modo,
as produções escritas podem ser abordadas enfocando determinados elementos morfossintáticos e semânticos que produzem os efeitos de coesão e coerência
textuais. Pode-se citar como exemplo a habilidade CG.EF08LP15.s, que objetiva estabelecer relações entres partes constitutivas dos textos por meio de
antecedentes de pronomes relativos ou de referentes comuns de cadeias de substituições lexicais. Ou seja, busca-se compreender como a língua opera por meio
da recuperação de elementos que compõem as sequências linguísticas produtoras de sentidos coesos e coerentes (Análise Linguística/Semiótica).
Salienta-se que essas análises e reflexões são, justamente, compreender os efeitos de sentidos causados pelo instrumental linguístico disponível, para ser
acessado a cada evento comunicativo específico. Além disso, no aspecto semântico, as figuras de linguagem podem ser abordadas nos diferentes gêneros
textuais, literários e não literários, de modo a compreender os enunciados denotativos e conotativos. Portanto, os efeitos estilísticos devem percebidos
(Leitura/Escuta) em quaisquer textos, e não somente nos textos literários.

318
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LINGUAGENS

EJA – Campos de atuação e habilidades de Língua Portuguesa

Campo da Vida Cotidiana


Habilidades comuns às Fases Iniciais I e II da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Leitura de imagens em narrativas visuais. (CG.EJA.FI.I.II.EF15LP14.c) Construir o sentido de histórias contos de ação, de
(compartilhada e enigmas entre outros, fotonovelas, charge, poemas, textos dramáticos e cordel,
autônoma) relacionando imagens e palavras e interpretando recursos gráficos (tipos de
balões, de letras, onomatopeias).
Campo da Vida Cotidiana
Habilidades relativas à Fase Inicial I da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EJA.FI.I.EF12LP04.s) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e
(compartilhada e com a ajuda do professor ou já com certa autonomia, listas, agendas, calendários,
autônoma) avisos, convites, receitas, instruções de montagem (digitais ou impressos), dentre
outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa
e o tema/assunto do texto e relacionando sua forma de organização à sua
finalidade.
Oralidade Produção de texto oral. (CG.EJA.FI.I.EF12LP06.s) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e
com a ajuda do professor, recados, avisos, convites, receitas, instruções de
montagem, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, que possam ser
repassados oralmente por meio de ferramentas digitais, em áudio ou vídeo,
considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
Análise Forma de composição do texto. (CG.EJA.FI.I.EF12LP07.c) Identificar e (re)produzir, em quadras, quadrinhas,
Linguística/Semiótica parlendas, trava-línguas e canções, rimas, aliterações, assonâncias, o ritmo de fala
(Alfabetização) relacionado ao ritmo e à melodia das músicas e seus efeitos de sentido.
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EJA.FI.I.EF02LP12.c) Ler e compreender com certa autonomia, letras de
(compartilhada e canção, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a
autônoma) situação comunicativa e o tema/assunto do texto e relacionando sua forma de
organização à sua finalidade.
Escrita (compartilhada e Escrita autônoma e compartilhada. (CG.EJA.FI.I.EF02LP13.s) Planejar e produzir bilhetes e cartas, em meio
autônoma) impresso e/ou digital, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana,
considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
319
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LINGUAGENS

Escrita (compartilhada e Escrita autônoma e compartilhada. (CG.EJA.FI.I.EF02LP14.s) Planejar e produzir pequenos relatos de observação de
autônoma) processos, de fatos, de experiências pessoais, mantendo as características do
gênero, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Oralidade Produção de texto oral. (CG.EJA.FI.I.EF02LP15.c) Cantar canções, obedecendo ao ritmo e à melodia.
Análise Forma de composição do texto (CG.EJA.FI.I.EF02LP16.s) Identificar e reproduzir, em bilhetes, recados, avisos,
Linguística/Semiótica cartas, e-mails, receitas (modo de fazer), relatos (digitais ou impressos), a
(Alfabetização) formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros.
Análise Forma de composição do texto (CG.EJA.FI.I.EF02LP17.s) Identificar e reproduzir, em relatos de experiências
Linguística/Semiótica pessoais, a sequência dos fatos, utilizando expressões que marquem a passagem
(Alfabetização) do tempo (“antes”, “depois”, “ontem”, “hoje”, “amanhã”, “outro dia”,
“antigamente”, “há muito tempo” etc.), e o nível de informatividade necessário.
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EJA.FI.I.EF03LP11.s) Ler e compreender, com autonomia, textos injuntivos
(compartilhada e instrucionais (receitas, instruções de montagem etc.), com a estrutura própria
autônoma) desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a ser seguidos) e
mesclando palavras, imagens e recursos gráfico-visuais, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EJA.FI.I.EF03LP12.s) Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais e
(compartilhada e diários, com expressão de sentimentos e opiniões, dentre outros gêneros do campo
autônoma) da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Produção de textos Compreensão em leitura. (CG.EJA.FI.I.EF03LP13.s) Planejar e produzir cartas pessoais e diários, com
(compartilhada e expressão de sentimentos e opiniões, dentre outros gêneros do campo da vida
autônoma) cotidiana, de acordo com as convenções dos gêneros carta e diário e considerando
a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Escrita (compartilhada e Escrita colaborativa. (CG.EJA.FI.I.EF03LP14.s) Planejar e produzir textos injuntivos instrucionais,
autônoma) com a estrutura própria desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a
serem seguidos) e mesclando palavras, imagens e recursos gráfico-visuais,
considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto.
Oralidade Produção de texto oral. (CG.EJA.FI.I.EF03LP15.c) Assistir, em vídeo digital, a programa de culinária e, a
partir dele, planejar e produzir receitas em áudio ou vídeo.
Análise Forma de composição do texto. (CG.EJA.FI.I.EF03LP16.s) Identificar e reproduzir, em textos injuntivos
Linguística/Semiótica instrucionais (receitas, instruções de montagem, digitais ou impressos), a
(Ortografização) formatação própria desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a
serem seguidos) e a diagramação específica dos textos desses gêneros (lista de

320
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LINGUAGENS

ingredientes ou materiais e instruções de execução – "modo de fazer").


Análise Forma de composição do texto. (CG.EJA.FI.I.EF03LP17.s) Identificar e reproduzir, em gêneros epistolares e
Linguística/Semiótica diários, a formatação própria desses textos (relatos de acontecimentos, expressão
(Ortografização) de vivências, emoções, opiniões ou críticas) e a diagramação específica dos textos
desses gêneros (data, saudação, corpo do texto, despedida, assinatura).
Campo da Vida Cotidiana
Habilidades relativas à Fase Inicial II da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Compreensão em leitura (CG.EJA.FI.II.EF04LP09.s) Ler e compreender, com autonomia, boletos, faturas
(compartilhada e e carnês, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as
autônoma) convenções do gênero (campos, itens elencados, medidas de consumo, código de
barras) e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.
Leitura/Escuta Compreensão em leitura (CG.EJA.FI.II.EF04LP10.s) Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais
(compartilhada e de reclamação, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com
autônoma) as convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
Produção de textos Escrita colaborativa (CG.EJA.FI.II.EF04LP11.s) Planejar e produzir, com autonomia, cartas pessoais
(escrita compartilhada e de reclamação, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com
autônoma) as convenções do gênero carta e com a estrutura própria desses textos (problema,
opinião, argumentos), considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
Oralidade Produção de texto oral (CG.EJA.FI.II.EF04LP12.s) Assistir, em vídeo digital, a programa infantil com
instruções de montagem, de jogos e brincadeiras e, a partir dele, planejar e
produzir tutoriais em áudio ou vídeo.
Análise Forma de composição do texto (CG.EJA.FI.II.EF04LP13.s) Identificar e reproduzir, em textos injuntivos
Linguística/Semiótica instrucionais (instruções de jogos digitais ou impressos), a formatação própria
(Ortografização) desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a serem seguidos) e
formato específico dos textos orais ou escritos desses gêneros (lista/ apresentação
de materiais e instruções/passos de jogo).
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EJA.FI.II.EF05LP09.s) Ler e compreender, com autonomia, textos
(compartilhada e instrucional de regras de jogo, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana,
autônoma) de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e
a finalidade do texto.
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EJA.FI.II.EF05LP10.s) Ler e compreender, com autonomia, anedotas, piadas

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

(compartilhada e e cartuns, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as
autônoma) convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do
texto.
Produção de textos Escrita colaborativa. (CG.EJA.FI.II.EF05LP11.s) Registrar, com autonomia, anedotas, piadas e
(escrita compartilhada e cartuns, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as
autônoma) convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do
texto.
Escrita (compartilhada e Escrita colaborativa. (CG.EJA.FI.II.EF05LP12.s) Planejar e produzir, com autonomia, textos
autônoma) instrucionais de regras de jogos, dentre outros gêneros do campo da vida
cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação
comunicativa e a finalidade do texto.
Oralidade Produção de texto oral (CG.EJA.FI.II.EF05LP13.c) Assistir, em vídeo digital, a postagem de vlog de
críticas de jogos educativos e livros de literatura infantil e, a partir dele, planejar e
produzir resenhas digitais em áudio ou vídeo.
Análise Forma de composição do texto (CG.EJA.FI.II.EF05LP14.c) Identificar e reproduzir, em textos de resenha crítica
Linguística/Semiótica de jogos educativos ou livros de literatura, a formatação própria desses textos
(Ortografização) (apresentação e avaliação do produto).
Recomendações:
Em consideração às competências e habilidade a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de desenvolverem-se as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com
todas as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.
Trata-se de uma habilidade que precisa considerar tanto o trabalho com leitura, quanto às características dos gêneros em estudo, como por exemplo, quadrinhos e
tirinha (organização interna, marcas linguísticas, conteúdo temático) dos textos a serem lidos. Valorizar a leitura como fonte de informação, via de acesso aos
mundos criados pela literatura e possibilidade de fruição estética, de modo que o aluno seja capaz de recorrer aos materiais escritos em função de diferentes
objetivos. Esses comportamentos leitores demonstram a compreensão dos textos lidos ou ouvidos, utilizando procedimentos e as estratégias de leitura.
Na Prática de Leitura/Escuta (compartilhada e autônoma), orienta-se ao professor desenvolver proposta de atividade permanente para trabalhar rodas de
leitura. O objetivo é enfatizar atividades que busquem os efeitos de sentido dos textos multissemióticos, da brincadeira com a palavra e a imagem, podem ser
desenvolvidas na Prática de Oralidade; Prática de Análise Linguística/Semiótica e Produção de Texto.
Para o desenvolvimento e compreensão da Prática de Leitura/Escuta (compartilhada e autônoma), deve-se considerar, além da decodificação, a compreensão
das características de cada um dos gêneros trabalhados dentro do Campo da vida cotidiana (organização interna, marcas linguísticas, conteúdos temáticos) e dos
textos específicos a serem lidos. Ainda, a progressão de leitor passa-se pelo grau de autonomia do aluno (leitura em colaboração; leitura autônoma).
Ao desenvolver a Prática da Oralidade, o professor poderá propor momentos de planejamento e produção coletiva ou individual, utilizando de ferramentas
digitais que viabilizem discursivos que constituem os gêneros previstos, de modo que seja possível reproduzi-los em atividades de escrita e reescrita, assim como
de criá-los em atividades de produção de textos, como também refletir sobre o sistema de escrita, observando as rimas, encontradas em diversos gêneros textuais,
na produção dos textos (em áudio ou vídeo). No que se refere ao desenvolvimento da Prática de Análise Linguística/Semiótica, o aluno deverá ser capaz de
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LINGUAGENS

reconhecer, no processo de leitura, recursos linguísticos e este campo de atuação.


Em consideração às competências e habilidades a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de desenvolverem-se as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com as
práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação. Nesse sentido, o Campo da vida cotidiana contempla o
movimento cotidiano em que a circulação de gêneros orais é maior, compreendesse que as práticas contextualizadas com base neste campo podem contemplar a
reflexão e desenvolvimento da escrita e leitura em direção as práticas dos demais campos, haja vista que existe intercessão entre os campos.
Na Prática da Oralidade, textos de tradição oral podendo envolver canções, parlendas, trava-línguas, adivinhas, quadrinhas, relatos e poemas podem auxiliar o
trabalho com a leitura autônoma e compartilhada, permitindo a reflexão e observação entre as palavras faladas e a escrita, criando, assim, possibilidades de
ajustes na escrita e leitura com certa autonomia à Prática da Leitura/Escuta, como também, à Prática de Escrita, promovendo o estabelecimento das relações
entre si. Para isso, é importante que o professor possibilite ao aluno um repertório de estratégias. Propostas para a prática de formação dos alunos produtores de
textos a partir de avisos podem considerar o assunto com base em informações do calendário escolar, avisos no trânsito, avisos no ambiente escolar dentre
outros, considerando a quem se destina a informação, o responsável pelo aviso e a mensagem, cartas, e-mails, bilhetes e relatos também devem ser considerados
como uma forma de comunicação assim como os avisos impressos ou digitais. As receitas podem ser percebidas como um guia para a produção de alimentos,
pinturas especiais, papel reciclado etc., reconhecendo o que será feito, os ingredientes necessários, o tempo necessário para o preparo, variações da receita,
rendimento etc.
A sequência temporal marcada pela passagem do tempo pode ser aprimorada e desenvolvida, por meio da exploração das vivencias oriundas de experiências
pessoais organizadas e pensadas de forma ordenada e relatadas com coerência. As leituras colaborativas são oportunidades de observação das marcas e da
progressão do tempo nos recursos linguísticos e na vida. É importante salientar que, nas práticas de linguagem que envolvam a leitura, a decodificação é
necessária para tornar o leitor autônomo, mas não suficiente para ler, decodificar, não esgota o objetivo da alfabetização que é compreender o que lê. Na Prática
Análise Linguística/Semiótica, identificar e reproduzir requer a interação frequente para o desenvolvimento da familiarização com as características de cada
gênero do que se pede, reconhecendo os recursos linguísticos e discursivos que constituem os diferentes gêneros, podendo, assim, serem empregados na
produção escrita, propostas envolvendo a troca de cartas, construção de um livro de receitas, apreciação de receitas típicas, são sugestões para o
desenvolvimento das habilidades, sendo possível a passagem do tempo ser observada nas produções.
Para a construção e desenvolvimento deste campo de atuação, é necessário que o aluno já tenha consolidado da linguagem alfabética. O objetivo de produzir
textos publicitários e de propagandas possibilita ao aluno o poder de resolver situações do dia a dia por meio da argumentação. Esse exercício leva o aluno a
utilizar o poder da língua como fonte de convencimento e de tomada de decisões.
Na Leitura/Escuta, na proposição das habilidades, as características dos textos selecionados para leitura e dos gêneros previstos, são habilidades complexas, que
precisam considerar tanto o trabalho com as habilidades de leitura quanto às características de cada um dos gêneros. As instruções de montagem sendo
organizados pela presença de: apresentação e nomeação de todas as peças; esquema gráfico de montagem; instruções, propriamente. Envolvendo abordagem em
separado: planejar e produzir, que significam organizar as ideias para depois colocá-las no papel. É necessário reler o que está escrito para continuar, consultar o
que foi planejado para tomar decisões no momento da escrita e revisar ao longo do processo e ao final, para que a progressão horizontal possa acontecer partindo
de dois critérios: o nível de autonomia do aluno para realizar as atividades propostas ou a complexidade do texto a ser elaborado.
Na Oralidade, é necessário a recepção atenta e a análise de receitas transmitidas em mídia digital, além de duas outras operações complexas e articuladas entre
si: planejar e produzir textos do mesmo gênero. Nessa elaboração, são previstas habilidades que envolvam procedimentos de utilização das ferramentas digitais a
serem utilizadas na produção de textos orais em ambientes digitais. Além disso, propor a análise de textos, no gênero receita, para extrair as suas características,
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LINGUAGENS

de acordo com a situação comunicativa; o planejamento do texto a ser produzido, considerando a situação em que irá circular; e as orientações da
produção/textualização do mesmo.
Na Análise Linguística/Semiótica, o processo de leitura, reconhece os recursos linguísticos e discursivos que constituem os gêneros previstos, de modo que seja
possível empregá-los, adequadamente, nos textos a serem produzidos. Na Fase Inicial I, o aprofundamento realiza-se por sequências didáticas, a fim de perceber
seus elementos constitutivos. Ao relacionar a elaboração de atividades que envolvam este procedimento, desperte no aluno o aperfeiçoamento das linguagens:
oral, Leitura/Escuta e análise linguística, na medida em que se utiliza dessas ferramentas é proposto ao aluno o crescimento progressivo e autônomo. Para o
trabalho com a produção de textos orais, é interessante fazer uso das multimídias que possibilitem a produção de conteúdo em áudio e vídeo.
No desenvolvimento deste campo de atuação, as habilidades propostas podem prever análises fonológicas de palavras e partes delas, a partir de textos conhecidos
— no caso da reflexão sobre as características do sistema alfabético — culminando com a análise da relação fonema-grafema, em situações de reflexão sobre a
grafia correta, desde que os estudantes já tenham compreendido o sistema alfabético.
Nessa perspectiva, aconselha-se explorar a Prática de Leitura/Escuta (compartilhada e autônoma) em que se pode trabalhar com a compreensão global de
textos. Esse procedimento é importante para a compreensão da base alfabética do sistema de escrita, assim como das questões ortográficas, não sendo indicado
que aconteça de modo desarticulado do trabalho com a prática de leitura e de escrita. Sugere-se que, além dos textos estruturais, sejam desenvolvidos projetos
com blog, vlog ou revista temática de jogos, jornais, etc.
Ao desenvolver a Prática de Produção de Textos (escrita compartilhada e autônoma), associada também pode relacionar à Prática de Oralidade que pode
estar articulada a compreensão de planejar, produzir e revisar, não apenas com a escrita, mas também com a organização do pensamento e do raciocínio. Essa
organização reflete na produção de textos escritos, coesos e coerentes, ajustados a objetivos e ao contexto, influenciando na utilização das convenções de escrita
maiúscula em início de frases e parágrafos; escrever textos diversos em situações comunicativas específicas e compreender as suas funções sociais; ampliar a
capacidade de realizar atividades conjuntas de oralidade e escrita, percebendo que não se escreve da mesma forma que se fala. Além dê criar, em sala de aula,
momento de simulação de vídeos, programas de TV, entre outras situações que possibilitem ao aluno vivenciar estas formas de produção de texto.
A Prática de Análise Linguística/Semiótica tem como proposta instruir e proporcionar ao aluno a compreender as diversas formas de textos, além de,
desenvolver a compreensão do uso da norma culta em qualquer tipo de textos, pode-se também desenvolver situações didática que proporcione compreensão
referente a forma de composição do texto; formatação e reprodução de texto do Campo de Atuação Vida Cotidiana, a desenvolver no aluno, em sala de aula,
momento de construção de jogos e/ou de regras de jogos.
Em consideração às competências e habilidade a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de desenvolverem-se as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com
todas as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.
Ademais, o trabalho com a leitura precisa considerar as características de cada um dos gêneros do campo da vida cotidiana (organização interna, suas marcas
linguísticas; conteúdo temático) e dos textos instrucionais de regras de jogo a serem lidos. A Prática de Leitura/Escuta pode ser trabalhada associada à Prática
Produção de Texto, à Prática de Oralidade e Prática de Escrita, que pode ser desenvolvida por meio de situações pedagógicas desenvolvendo instruções de
jogos, por exemplo, que organizam-se pela presença de: título, jogadores, material para jogar, objetivo, regras. Esse tipo de texto adequa-se ao portador e ao
espaço de circulação, alterando a linguagem, apresentando imagens. Se for um jogo digital, haverá referências específicas desse espaço. Pode-se indicar, ainda, o
grau de dificuldade, assim como, identificar as diferentes finalidades da leitura (prazer, informação, estudo entre outras). São textos em que a compreensão
depende da articulação entre linguagem verbal e gráfico-visual.
A Prática de Análise Linguística/Semiótica, pode ser trabalhada com ações voltadas na identificação e uso de pronomes pessoais, possessivos e
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LINGUAGENS

demonstrativos, na coesão de textos, tempos verbais do modo indicativo, concordância dos verbos, pronomes, uso das conjunções em textos, derivação de
palavras por afixos. Sugere-se texto de anedotas, a inferenciação que é habilidade indispensável para a construção do sentido em cartuns - (Cartum é um desenho
humorístico, animado ou não, de caráter extremamente crítico, que retrata, muito sinteticamente, algo que envolve o dia a dia de uma sociedade.).
Para o trabalho com essa atividade, é fundamental o registro escrito de textos de gêneros orais lúdicos e/ou humorísticos da vida cotidiana. O aluno precisa
considerar: a) articulação e a produção desses gêneros, a sua prévia escuta atenta; b) o estudo desses gêneros como pré-requisito para o registro escrito de piadas
e cartuns, entre outros. Seu desenvolvimento requer a participação direta e sistemática do aluno em práticas orais e escritas nas quais esses gêneros: a) estejam
envolvidos; b) sejam discutidos e analisados do ponto de vista dos objetivos em jogo nos textos, das situações a que estejam associados e das convenções
discursivas e textuais que os configuram. Escrever textos diversos em situações comunicativas específicas e compreensão de suas funções sociais.
Campo de Atuação na Vida Pública
Habilidades relativas às Fases Iniciais I e II da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Produção de Textos Escrita colaborativa. (CG.EJA.FI.I.II.EF35LP15.s) Opinar e defender ponto de vista sobre tema
(escrita compartilhada e polêmico relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou na comunidade,
autônoma) utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Análise Forma de composição dos textos. (CG.EJA.FI.I.II.EF35LP16.s) Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes,
Linguística/Semiótica lides e corpo de notícias simples para público infantil e cartas de reclamação
(Ortografização) (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de
cada um desses gêneros, inclusive em suas versões orais.
Campo de Atuação na Vida Pública
Habilidades relativas à Fase Inicial I da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EJA.FI.I.EF12LP08.c) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e
(compartilhada e com a ajuda do professor, fotolegendas em notícias, manchetes e lides em
autônoma) notícias, álbum de fotos digital noticioso e notícias curtas para público jovem e
adulto, dentre outros gêneros do campo jornalístico, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EJA.FI.I.EF12LP09.c) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e
(compartilhada e com a ajuda do professor, slogans, anúncios publicitários e textos de campanhas
autônoma) de conscientização destinados ao jovem e adulto, dentre outros gêneros do campo
publicitário, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EJA.FI.I.EF12LP10.s) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e
(compartilhada e com a ajuda do professor, cartazes, avisos, folhetos, regras e regulamentos que
autônoma) organizam a vida na comunidade escolar, dentre outros gêneros do campo da

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
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LINGUAGENS

atuação cidadã, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.


Escrita Escrita compartilhada. (CG.EJA.FI.I.EF12LP11.c) Escrever, em colaboração com os colegas e com a
(compartilhada e ajuda do professor, fotolegendas em notícias, manchetes e lides em notícias,
autônoma) álbum de fotos digital noticioso e notícias curtas para público jovem e adulto,
digitais ou impressos, dentre outros gêneros do campo jornalístico, considerando
a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Escrita Escrita compartilhada. (CG.EJA.FI.I.EF12LP12.c) Escrever, em colaboração com os colegas e com a
(compartilhada e ajuda do professor, slogans, anúncios publicitários e textos de campanhas de
autônoma) conscientização destinados ao jovem e adulto, dentre outros gêneros do campo
publicitário, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto/finalidade
do texto.
Oralidade Produção de texto oral. (CG.EJA.FI.I.EF12LP13.c) Planejar, em colaboração com os colegas e com a
ajuda do professor, slogans e peça de campanha de conscientização destinada ao
público jovem e adulto que possam ser repassados oralmente por meio de
ferramentas digitais, em áudio ou vídeo, considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
Análise Forma de composição do texto. (CG.EJA.FI.I.EF12LP14.c). Identificar e reproduzir, em fotolegendas de notícias,
Linguística/Semiótica álbum de fotos digital noticioso, cartas de leitor (revista), digitais ou impressos, a
(Alfabetização) formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive em
suas versões orais.
Análise Forma de composição do texto. (CG.EJA.FI.I.EF12LP15.s). Identificar a forma de composição de slogans
Linguística/Semiótica publicitários.
(Alfabetização)
Análise Forma de composição do texto. (CG.EJA.FI.I.EF12LP16.c) Identificar e reproduzir, em anúncios publicitários e
Linguística/Semiótica textos de campanhas de conscientização destinados ao público jovem e adulto
(Alfabetização) (orais e escritos, digitais ou impressos), a formatação e diagramação específica de
cada um desses gêneros, inclusive o uso de imagens.
Leitura/escrita Compreensão em leitura. (CG.EJA.FI.I.EF03LP18.s) Ler e compreender, com autonomia, cartas dirigidas a
(compartilhada e veículos da mídia impressa ou digital (cartas de leitor e de reclamação a jornais,
autônoma) revistas) e notícias, dentre outros gêneros do campo jornalístico, de acordo com as
convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
Leitura/escrita Compreensão em leitura. (CG.EJA.FI.I.EF03LP19.s) Identificar e discutir o propósito do uso de recursos de
(compartilhada e persuasão (cores, imagens, escolha de palavras, jogo de palavras, tamanho de
autônoma) letras) em textos publicitários e de propaganda, como elementos de
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
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LINGUAGENS

convencimento.
Produção de textos Escrita colaborativa. (CG.EJA.FI.I.EF03LP20.s) Produzir cartas dirigidas a veículos da mídia impressa
(escrita compartilhada e ou digital (cartas do leitor ou de reclamação a jornais ou revistas), dentre outros
autônoma) gêneros do campo político-cidadão, com opiniões e críticas, de acordo com as
convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
Produção de textos Escrita colaborativa. (CG.EJA.FI.I.EF03LP21.s) Produzir anúncios publicitários, textos de campanhas
(escrita compartilhada e de conscientização destinados ao público infantil, observando os recursos de
autônoma) persuasão utilizados nos textos publicitários e de propaganda (cores, imagens,
slogan, escolha de palavras, jogo de palavras, tamanho e tipo de letras,
diagramação).
Oralidade Planejamento e produção de texto. (CG.EJA.FI.I.EF03LP22.s) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas,
telejornal para público infantil com algumas notícias e textos de campanhas que
possam ser repassados oralmente ou em meio digital, em áudio ou vídeo,
considerando a situação comunicativa, a organização específica da fala nesses
gêneros e o tema/assunto/ finalidade dos textos.
Análise Forma de composição dos textos. (CG.EJA.FI.I.EF03LP23.s) Analisar o uso de adjetivos em cartas dirigidas a
Linguística/Semiótica veículos da mídia impressa ou digital (cartas do leitor ou de reclamação a jornais
(Ortografização) ou revistas), digitais ou impressas.
Campo de Atuação na Vida Pública
Habilidades relativas à Fase Inicial II da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EJA.FI.II.EF04LP14.s) Identificar, em notícias, fatos, participantes, local e
(compartilhada e momento/tempo da ocorrência do fato noticiado.
autônoma)
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EJA.FI.II.EF04LP15.s) Distinguir fatos de opiniões/sugestões em textos
(compartilhada e (informativos, jornalísticos, publicitários etc.).
autônoma)
Produção de Textos Escrita colaborativa. (CG.EJA.FI.II.EF04LP16.s) Produzir notícias sobre fatos ocorridos no universo
(escrita compartilhada e escolar, digitais ou impressas, para o jornal da escola, noticiando os fatos e seus
autônoma) atores e comentando decorrências, de acordo com as convenções do gênero
notícia e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Oralidade Planejamento e produção de texto. (CG.EJA.FI.II.EF04LP17.s) Produzir jornais radiofônicos ou televisivos e
entrevistas veiculadas em rádio, TV e na internet, orientando-se por roteiro ou

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LINGUAGENS

texto e demonstrando conhecimento dos gêneros jornal falado/televisivo e


entrevista.
Análise Forma de composição dos textos. (CG.EJA.FI.II.EF04LP18.s) Analisar o padrão entonacional e a expressão facial e
Linguística/Semiótica corporal de âncoras de jornais radiofônicos ou televisivos e de
(Ortografização) entrevistadores/entrevistados.
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EJA.FI.II.EF05LP15.s) Ler/assistir e compreender, com autonomia, notícias,
(compartilhada e reportagens, vídeos em vlogs argumentativos, dentre outros gêneros do campo
autônoma) político-cidadão, de acordo com as convenções dos gêneros e considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EJA.FI.II.EF05LP16.s) Comparar informações sobre um mesmo fato
(compartilhada e veiculadas em diferentes mídias e concluir sobre qual é mais confiável e por quê.
autônoma)
Produção de Textos Escrita colaborativa. (CG.EJA.FI.II.EF05LP17.s) Produzir roteiro para edição de uma reportagem
(escrita compartilhada e digital sobre temas de interesse da turma, a partir de buscas de informações,
autônoma) imagens, áudios e vídeos na internet, de acordo com as convenções do gênero e
considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Oralidade Planejamento e produção de texto. (CG.EJA.FI.II.EF05LP18.c) Roteirizar, produzir e editar vídeo para vlogs
argumentativos sobre produtos de mídia para público jovem e adulto (filmes,
games etc.), com base em conhecimentos sobre os mesmos, de acordo com as
convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e o tema/
assunto/finalidade do texto.
Oralidade Produção de texto. (CG.EJA.FI.II.EF05LP19.s) Argumentar oralmente sobre acontecimentos de
interesse social, com base em conhecimentos sobre fatos divulgados em TV,
rádio, mídia impressa e digital, respeitando pontos de vista diferentes.
Análise Forma de composição dos textos. (CG.EJA.FI.II.EF05LP20.c) Analisar a validade e força de argumentos em
Linguístico/Semiótica argumentações sobre produtos de mídia para público jovem e adulto (filmes,
(Ortografização) games etc.), com base em conhecimentos sobre os mesmos.
Análise Forma de composição dos textos. (CG.EJA.FI.II.EF05LP21.s) Analisar o padrão entonacional, a expressão facial e
Linguístico/Semiótica corporal e as escolhas de variedade e registro linguísticos de vloggers de vlogs
(Ortografização) opinativos ou argumentativos.
Recomendações:
Em consideração às competências e habilidade a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de desenvolverem-se as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com
todas as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.

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LINGUAGENS

É importante salientar que se articule a produção de textos opinativos ao processo de escrita (situação/tema ou assunto) e ao uso adequado do registro formal e
dos recursos de argumentação.
Na Produção de Textos (escrita compartilhada e autônoma), convém considerar que a análise de diferentes pontos de vista sobre temas/questões polêmicas
precede a emissão de opinião, e é relevante possibilitar aos alunos a oportunidade orientada pelo professor de validação e checagem das informações em relação
ao tema selecionado, com o foco necessário ao reconhecimento, no processo de leitura, recursos linguísticos e discursivos que constituem alguns gêneros
jornalísticos, de modo que seja possível empregá-los, adequadamente, nos textos a serem produzidos. A atividade de leitura colaborativa de estudo e a de revisão
processual e final da escrita possibilitam estudar os recursos e analisar a adequação dos textos produzidos com a progressão curricular apoiando-se no foco a ser
dado, em cada etapa do trabalho, como: pesquisa sobre tema polêmico/produção de textos opinativos, na complexidade do gênero visado (comentário/carta do
leitor etc.) e no grau de autonomia do aluno a cada etapa.
Na Análise Linguística/Semiótica (Ortografização), é possível prever a elaboração de cartas de reclamação (de serviços, de produtos etc.) para serem publicadas
em revistas ou jornais impressos ou em sites específicos, viabilizam o desenvolvimento da habilidade. A atividade de leitura colaborativa de estudo e a de revisão
processual e final da escrita possibilitam estudar os recursos e analisar a adequação dos textos produzidos com a progressão pode dar-se pela complexidade dos
textos lidos e pelo nível de autonomia que se pretende levar o aluno a conquistar em cada etapa.
Em consideração às competências e habilidade a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de desenvolverem-se as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com
todas as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação. É importante salientar que se articule a produção de
textos opinativos ao processo de escrita (situação/tema ou assunto) e ao uso adequado do registro formal e dos recursos de argumentação.
Nessa perspectiva, na Prática de Leitura/Escuta (compartilhada e autônoma), há situações didáticas que levam o aluno a realizar pesquisas com o apoio do
professor, em informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais. O foco deste trabalho de
busca e seleção de textos em meios digitais e impressos, é desenvolver no aluno o olhar investigativo e crítico sobre as fontes de pesquisa. Isso supõe a discussão
de procedimentos e de critérios de seleção dos textos nos diferentes ambientes, sempre com auxílio do professor, considerando, tanto a especificidade de salas de
leitura, bibliotecas escolares, públicas e pessoais, quanto ambientes digitais, assim como, localizar informações no texto (implícita e explícita).
Ademais, pode ser desenvolvida a Prática de Oralidade, em trabalhos em sala de aula com a escuta por meio de apresentações orais, sua finalidade está prevista
na compreensão do texto oral — dá suporte, tanto à formulação de perguntas para esclarecimentos, como por exemplo, quanto à construção de
respostas/explicações, considerando o uso progressivo de justificativas para a emissão de opinião. A articulação entre o(s) assunto(s)/tema(s) tratados em textos
de diferentes gêneros, lidos pelo professor ou pelos colegas de sala. Respeitando os turnos de fala, aprendendo a desenvolver a escuta, considerando o
interlocutor. Estas propostas de atividades orais podem ser realizadas, por meio de situações reais para o desenvolvimento da competência comunicativa, isto vai
ampliar a capacidade de comentar os textos lidos. O desenvolvimento com atividades de exposição oral e de pesquisas no contexto escolar requer o estudo de
textos desse gênero, de modo a permitir ao aluno reconhecer a articulação entre a fala e o uso de roteiro escrito e recursos multissemióticos próprios ou
compatíveis com o gênero previsto.
Em consideração às competências e habilidade a serem desenvolvidas, nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de desenvolverem-se as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com
todas as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.
Enfocar a Prática de Linguagem de Leitura/Escuta, é importante que o aluno ouça a leitura de textos para estudar temas tratados, em diferentes fontes do
Campo da Vida Pública (slogans, campanhas publicitárias, cartazes, folhetos, enciclopédias impressas/eletrônicas, sites de pesquisas, revistas ou jornais), além
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de assistir a documentários e reportagens relevantes. Fazem-se necessário promover situações comunicativas na sala de aula, como rodas de notícias, para que as
crianças desenvolvam sua capacidade argumentativa, comunicativa, o vocabulário e fala de modo geral.
Na Prática de Linguagem da Escrita, podem-se destacar alguns gêneros específicos. Na Fase Inicial I, as atividades com fotolegendas, por apresentarem uma
estrutura simples e texto curto, é um ótimo gênero para ser desenvolvido, para trabalhar com conhecimento das letras, a relação dos fonemas e grafemas, por
meio de escritas espontâneas, em duplas, individual ou cópias. O professor pode, gradativamente, desafiar os alunos em relação às propostas de escrita com
atividades coletivas e/ou autônoma, utilizando gêneros como: manchetes, slogans, textos de campanhas publicitárias, dentre outros.
Já, na Prática da Linguagem Oral, o uso das Tecnologias de Comunicação e Informação (TICs), poderá utilizar-se para garantir efetividade, por meio de
gravação de áudio ou vídeo, utilizando-se de aparelhos celulares, máquinas fotográficas, projetor multimídia, dentre outros.
Os gêneros trabalhados, dentro do campo em questão, são compreendidos com diferentes formas de linguagens empregadas neles, cada um possui seu estilo
próprio e podem ser diferenciados dos demais por meio de suas características. Para tanto, no desenvolvimento, é importante trabalhar a identificação de suas
formatações e diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive o uso de imagens, para apropriar-se, gradativamente, da forma de organização dos
textos.
Para a construção e desenvolvimento deste campo de atuação, é necessário que o aluno já tenha consolidado da linguagem alfabética. O objetivo de produzir
textos publicitários e de propagandas possibilita ao aluno o poder de resolver situações do dia a dia por meio da argumentação, este exercício leva o aluno a
utilizar o poder da língua como fonte de convencimento e de tomada de decisões.
A Prática de Leitura/Escrita requer a participação direta e sistemática em práticas de leitura e produção de textos do campo jornalístico/midiático, sendo
importante indicar os procedimentos a serem adotados. É necessário que os currículos orientem as escolas a respeito de como garantir ao aluno amplo acesso à
mídia impressa e digital, realizando a releitura do que foi e está escrito para continuar o processo, consultar e verificar o planejamento da produção para tomar
decisões no momento da escrita e revisar no processo e ao seu final.
Na Prática de Produção de Textos, é relevante o acesso e a utilização de ferramentas digitais que viabilizem a produção dos textos em áudio ou vídeo, visando
desta forma, identificar e analisar, no processo de leitura, o papel dos adjetivos na (re) construção de sentidos de cartas do leitor ou de reclamação, de modo que
seja possível empregá-los, adequadamente, nos textos a serem produzidos. É necessário, ainda, um trabalho contextualizado em projetos interdisciplinares que
abordem temáticas relevantes para a comunidade local, como: conservação do patrimônio público, a preservação de recursos naturais, conscientização sobre a
necessidade de consumo sustentável, o repúdio ao preconceito, a valorização da cultura local, entre outras sugestões; propondo atividades em que a produção
aconteça em colaboração e de modo mais autônomo, prevendo, desse modo, uma progressão vertical no ano.
Na Prática de Oralidade, é essencial que o aluno organize o conteúdo textual, estruturando os períodos para a produção de textos de diferentes gêneros,
atendendo a diferentes finalidades e usar recursos coesivos para articular ideias e fatos, considerar que a habilidade pode referir-se tanto à produção oral quanto à
oralização de textos escritos a serem gravados em vídeo. Essa situação coloca condições básicas para a adequação do textual, produzindo a escrita do texto a ser
lido; e/ou organizando esquema do texto a ser produzido oralmente, o que requer trabalho coletivo, com análise crítica; estudando e analisando os recursos a
serem empregados no material, considerando a especificidade de cada mídia a ser utilizada e ambiente no qual será veiculado. Essa progressão horizontal pode
apoiar-se no grau de complexidade dos gêneros jornalísticos envolvidos, focando do ensino (a organização geral do texto; as ferramentas e recursos a serem
mobilizados; o planejamento; a elaboração) e no grau de autonomia a ser conquistada pelo aluno a cada etapa.
Na Prática de Análise Linguística/Semiótica, para o desenvolvimento desta habilidade, convém que venha associado a diferentes práticas de leitura e escrita de
cartas dirigidas a mídias impressas ou digitais. Nessas práticas, que permitem a contextualização da habilidade, fornecendo ao aluno experiências e materiais
variados para a observação e a reflexão, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola consolidando, assim, o conceito de semiótica. Visando identificar e
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Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

analisar, no processo de leitura, o papel dos adjetivos na (re) construção de sentidos de cartas do leitor ou de reclamação, de modo que seja possível empregá-los,
adequadamente, nos textos a serem produzidos. A progressão horizontal pode dar-se pela complexidade dos textos lidos e pelo nível de autonomia que se
pretende levar o aluno a conquistar em cada etapa.
Em consideração às competências e habilidade a serem desenvolvidas, nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de desenvolverem-se as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com
todas as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.
Neste campo de atuação, podem ser desenvolvidas situações didáticas que levam o aluno a compreender a função de textos jornalístico, publicitários, como
também, identificar e produzir sua própria escrita a partir desses gêneros textuais, associando seus conhecimentos linguísticos, que compete: a norma culta,
escrita formal e informal e o valor dos tipos de linguagem: oral, escuta/escrita, e assim proporcionando ao aluno as percepções da língua como um processo
indissociável. O êxito desse conhecimento será possível com situações reais, ou seja, com o uso de vídeo jornalísticos/propagandas e textos publicitários
(analisados e reproduzidos) para que o aluno seja impulsionado em observar, elaborar e reelaborar sua própria produção.
Dessa maneira, na Prática de Linguagem Leitura/Escuta, recomenda-se ao professor realizar a seleção de diversos textos e orientar o aluno na identificação de
textos relacionados ao campo de atuação (Jornalístico/Midiático), observando as características textuais singulares desse gênero, o tema/título em que esteja
relacionada a linguagem textual, o conteúdo pertencente ao campo de atuação. Este exercício poder ser feito, tanto por meio da identificação do texto, como
também na leitura realizada pelo aluno e/ou professor.
Levando em consideração a peculiaridade do gênero, é interessante desenvolver a Prática de Produção de Textos instigando os alunos a produzir textos com
base em uma notícia e/ou propaganda que perpassa sua realidade cotidiana, utilizando a linguagem multissemiótica como por exemplo: (outdoor, anúncios, etc),
instruindo o estudante a desenvolver, durante sua produção textual, a seleção de dados e argumentos que promovam relevância em sua escrita, a reflexão das
situações sociais a serem consideradas, desenvolvendo estratégias de planejamento e de revisão, articulando sua escrita com a organização das informações,
adquirindo conhecimento referente à regência concordância nominal (artigo, substantivo e adjetivo) , flexões do gênero (masculino e feminino) e número
(singular e plural); concordância verbal (flexões do verbo) e emprego de tempos verbais.
Em considerar que o campo de atuação da vida pública promove a compreensão das notícias e informações em que o aluno recebe, seja por meio de material
impresso ou digital, é fundamental atribuir a Prática de Oralidade com o objetivo de ampliar seu repertório linguístico para a construção da fala coesa,
organizando não apenas sua oralização, mas as variedades de linguagens que se expressam por meio da fala; seja uma fala: concisa, argumentativa e expressões.
Esta prática de linguagem pode ser desenvolvida por meio de reportagens simuladas, entrevista com os colegas e/ou professores.
Para efeito de compreensão situada na Prática de Análise Linguístico/Semiótica, sugerimos ao professor desenvolver os conhecimentos voltados à postura,
linguagem atribuída aos jornalistas, relacionando suas expressões faciais e corporais. Os alunos podem realizar uma pesquisa nesta temática, a compreender os
pronomes de tratamento utilizados nas diversas esferas públicas, ao emprego das palavras mal – bem/ mau – bom; emprego das letras G e J (ge/je; gi/ji). E
também proporcionar ao aluno a compreensão do padrão entonacional, ou seja, as expressões características do jornalista/repórter.
Em consideração às competências e habilidade a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de desenvolverem-se as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com
todas as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.
Nessa perspectiva, à Prática de Linguagem Leitura/Escuta sugere-se propor situações comunicativa de análise entre o tema/assunto do texto, para desenvolver
comportamentos leitores e por meio das estratégias de leitura: seleção, antecipação, inferência, checagem de hipóteses. Pode- se valorizar a leitura como fonte de
informação, via de acesso aos mundos criados pela literatura e possibilidade de fruição estética, de modo que o aluno seja capaz de recorrer aos materiais escritos
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LINGUAGENS

em função de diferentes objetivos.


Ao relacionar a Prática de Produção de Textos, recomenda-se a elaboração de atividades que prevejam o acesso e a utilização de ferramentas digitais que
viabilizem a produção dos textos em áudio e/ou vídeo. O desenvolvimento dessa atividade pode ser trabalhado em: análise de vlogs, identificando os gêneros que
nele circulam; seleção do gênero mais indicado para a apresentação de críticas do tipo de produto a ser comentado; critérios de análise dos produtos focalizados;
estudo de recursos da mídia utilizada, assim como os paratextuais que compõem a performance do locutor. Ainda assim, algumas atividades requerem pesquisa
de conteúdo temático e definição de situações comunicativas que envolvam o gênero a ser utilizado para argumentar (debate, discussão em roda etc.), de modo a
proporem-se situações de ensino e de aprendizagem desses textos e gêneros. Abordem questões controversas sobre temas de interesse da região e/ou de temas
recorrentes da realidade brasileira, como: demarcação de terras indígenas, uso sustentável de recursos naturais. A pesquisa de conteúdo temático e definição de
situações comunicativas que envolvam o gênero a ser utilizado para argumentar (debate, discussão em roda etc.), de modo a proporem-se situações de ensino e
de aprendizagem desses textos e gêneros. Relatar, oralmente, fatos observando a coerência e a sequência dos fatos principais da narração.
Para que também possa ser desenvolvida a Prática de Oralidade, o professor pode desenvolver atividade com seminários e debates em sala de aula que levem o
aluno a compreender e dialogar os seguintes questionamentos: qual informação é mais confiável, é preciso definir critérios que podem abranger diferentes
aspectos, como: indicação completa de fonte da matéria; autoria reconhecida em sua área de atuação; credibilidade do veículo (qual jornal, qual blog, qual
revista); endereço idôneo do site; disponibilização de recursos de comunicação com leitores, planejar roteiro para edição de uma reportagem digital sobre temas
de interesse da turma. Para isso, o professor pode trabalhar com uma seletiva de textos específico ao campo de atuação, conversando e mostrando aos alunos as
diversas fontes de busca / pesquisa em que pode ser encontrado as notícias, jornais, propaganda.
Na Prática de Linguagem Análise Linguística/Semiótica, recomenda-se ao professor, levar o aluno a compreender, refletir e analisar os textos midiáticos, com
o objetivo de reconhecer a força dos argumentos e seu poder de persuasão na apresentação de tais produtos. Valorizando as características linguísticas referente à
pronúncia e suas especificidades, pode-se trabalhar, argumentação oralidade e validar os produtos de mídia para público infantil (filmes, games etc.). Na medida
em que prevê o estudo de aspectos relativos a comunicações orais (algumas entrevistas, vídeos de vloggers) ou oralizadas (fala de âncora ou locutor de notícias,
por exemplo). Seu desenvolvimento permite ao aluno perceber e avaliar o papel persuasivo do padrão entonacional, da expressão corporal e da variedade
linguística selecionada no discurso argumentativo de vloggers.
Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa
Habilidades relativas às Fases Iniciais I e II da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Pesquisa. (CG.EJA.FI.I.II.EF35LP17.s) Buscar e selecionar, com o apoio do professor,
(compartilhada e informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que
autônoma) circulam em meios impressos ou digitais.
Oralidade Escuta de textos orais. (CG.EJA.FI.I.II.EF35LP18.s) Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos
realizadas por colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando
esclarecimentos sempre que necessário.
Oralidade Compreensão de textos orais. (CG.EJA.FI.I.II.EF35LP19.s) Recuperar as ideias principais em situações formais
de escuta de exposições, apresentações e palestras.
Oralidade Planejamento de texto oral (CG.EJA.FI.I.II.EF35LP20.s) Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de
Exposição oral aula, com apoio de recursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.),
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LINGUAGENS

orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a


linguagem à situação comunicativa.
Leitura/Escuta Pesquisa. (CG.EJA.FI.I.II.EF35LP17.s) Buscar e selecionar, com o apoio do professor,
(compartilhada e informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que
autônoma) circulam em meios impressos ou digitais.
Oralidade Escuta de textos orais. (CG.EJA.FI.I.II.EF35LP18.s) Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos
realizadas por colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando
esclarecimentos sempre que necessário.
Oralidade Compreensão de textos orais. (CG.EJA.FI.I.II.EF35LP19.s) Recuperar as ideias principais em situações formais
de escuta de exposições, apresentações e palestras.
Oralidade Planejamento de texto oral (CG.EJA.FI.I.II.EF35LP20.s) Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de
Exposição oral aula, com apoio de recursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.),
orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a
linguagem à situação comunicativa.
Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa
Habilidades relativas à Fase Inicial I da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EJA.FI.I.EF12LP17.c) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e
(compartilhada e com a ajuda do professor, enunciados, diagramas, curiosidades, pequenos relatos
autônoma) de experimentos, entrevistas, verbetes de enciclopédia, entre outros gêneros do
campo investigativo, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do
texto.
Leitura/Escuta Imagens analíticas em textos. (CG.EJA.FI.I.EF02LP20.s) Reconhecer a função de textos utilizados para
(compartilhada e apresentar informações coletadas em atividades de pesquisa (enquetes, pequenas
autônoma) entrevistas, registros de experimentações).
Leitura/Escuta Pesquisa. (CG.EJA.FI.I.EF02LP21.s) Explorar, com a mediação do professor, textos
(compartilhada e informativos de diferentes ambientes digitais de pesquisa, conhecendo suas
autônoma) possibilidades.
Escrita (compartilhada e Produção de textos (CG.EJA.FI.I.EF02LP22.s) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e
autônoma) com a ajuda do professor, pequenos relatos de experimentos, entrevistas, verbetes
de enciclopédia infantil, dentre outros gêneros do campo investigativo, digitais ou
impressos, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do
texto.
Escrita (compartilhada e Escrita autônoma (CG.EF02LP23.s) Planejar e produzir, com certa autonomia, pequenos registros

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LINGUAGENS

autônoma) de observação de resultados de pesquisa, coerentes com um tema investigado.


Oralidade Planejamento de texto oral Exposição oral (CG.EF02LP24.s) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a
ajuda do professor, relatos de experimentos, registros de observação, entrevistas,
dentre outros gêneros do campo investigativo, que possam ser repassados
oralmente por meio de ferramentas digitais, em áudio ou vídeo, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto/ finalidade do texto.
Análise Forma de composição dos textos/Adequação (CG.EF02LP25.s) Identificar e reproduzir, em relatos de experimentos,
Linguística/Semiótica do texto às normas de escrita entrevistas, verbetes de enciclopédia infantil, digitais ou impressos, a formatação
(alfabetização) e diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive em suas versões
orais.
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EF03LP24.s) Ler/ouvir e compreender, com autonomia, relatos de
(compartilhada e observações e de pesquisas em fontes de informações, considerando a situação
autônoma) comunicativa e o tema/assunto do texto.
Produção de Textos Produção de textos. (CG.EF03LP25.s) Planejar e produzir textos para apresentar resultados de
(escrita compartilhada e observações e de pesquisas em fontes de informações, incluindo, quando
autônoma) pertinente, imagens, diagramas e gráficos ou tabelas simples, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Análise Forma de composição dos textos. (CG.EF03LP26.s) Identificar e reproduzir, em relatórios de observação e
Linguística/Semiótica Adequação do texto às normas de escrita. pesquisa, a formatação e diagramação específica desses gêneros (passos ou listas
(Ortografização) de itens, tabelas, ilustrações, gráficos, resumo dos resultados), inclusive em suas
versões orais.
Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa
Habilidades relativas à Fase Inicial II da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EF04LP19.s) Ler e compreender textos expositivos de divulgação científica
(compartilhada e para crianças, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto.
autônoma)
Leitura/Escuta Imagens analíticas em textos. (CG.EF04LP20.s) Reconhecer a função de gráficos, diagramas e tabelas em
(compartilhada e textos, como forma de apresentação de dados e informações.
autônoma
Leitura/Escuta Produção de textos. (CG.EF04LP21.s) Planejar e produzir textos sobre temas de interesse, com base
(compartilhada e em resultados de observações e pesquisas em fontes de informações impressas ou
autônoma eletrônicas, incluindo, quando pertinente, imagens e gráficos ou tabelas simples,
considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

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LINGUAGENS

Leitura/Escuta Escrita autônoma. (CG.EF04LP22.s) Planejar e produzir, com certa autonomia, verbetes de
(compartilhada e enciclopédia infantil, digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa
autônoma) e o tema/ assunto/finalidade do texto.
Leitura/Escuta Escrita compartilhada. (CG.EF04LP25.s) Planejar e produzir, com certa autonomia, verbetes de
(compartilhada e dicionário, digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa e o
autônoma) tema/assunto/finalidade do texto.
Análise Forma de composição dos textos (CG.EF04LP23.s) Identificar e reproduzir, em verbetes de enciclopédia infantil,
Linguística/Semiótica Coesão e articuladores. digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica desse gênero (título
(Ortografização) do verbete, definição, detalhamento, curiosidades), considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
Análise Forma de composição dos textos (CG.EF04LP24.s) Identificar e reproduzir, em seu formato, tabelas, diagramas e
Linguística/Semiótica Adequação do texto às normas de escrita. gráficos em relatórios de observação e pesquisa, como forma de apresentação de
(Ortografização) dados e informações.
Leitura/Escuta Compreensão em leitura. (CG.EF05LP22.s) Ler e compreender verbetes de dicionário, identificando a
(compartilhada e estrutura, as informações gramaticais (significado de abreviaturas) e as
autônoma) informações semânticas
Leitura/Escuta Imagens analíticas em textos. (CG.EF05LP23.s) Comparar informações apresentadas em gráficos ou tabelas.
(compartilhada e
autônoma)
Produção de Textos (CG.EF05LP24.s) Planejar e produzir texto sobre tema de interesse, organizando
(escrita compartilhada e Produção de textos. resultados de pesquisa em fontes de informação impressas ou digitais, incluindo
autônoma) imagens e gráficos ou tabelas, considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
Produção de Textos (CG.EF05LP25.s) Planejar e produzir, com certa autonomia, verbetes de
(escrita compartilhada e Escrita autônoma. dicionário, digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa e o
autônoma) tema/assunto/finalidade do texto.
Análise Forma de composição dos textos. (CG.EF05LP26.s) Utilizar, ao produzir o texto, conhecimentos linguísticos e
Linguística/Semiótica Adequação do texto às normas de escrita. gramaticais: regras sintáticas de concordância nominal e verbal, convenções de
(Ortografização) escrita de citações, pontuação (ponto final, dois-pontos, vírgulas em
enumerações) e regras ortográficas.
Análise Forma de composição dos textos. (CG.EF05LP27.s) Utilizar, ao produzir o texto, recursos de coesão pronominal
Linguística/Semiótica Coesão e articuladores. (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa,
(Ortografização) oposição, conclusão, comparação), com nível adequado de informatividade.
Recomendações:

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LINGUAGENS

Em consideração às competências e habilidade a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de desenvolver-se as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com todas
as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação. É importante salientar que se articule a produção de
textos opinativos ao processo de escrita (situação/tema ou assunto) e ao uso adequado do registro formal e dos recursos de argumentação.
Nessa perspectiva, na Prática de Leitura/Escuta (compartilhada e autônoma), há situações didáticas que levam o aluno a realizar pesquisas com o apoio do
professor, em informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais. O foco deste trabalho de
busca e seleção de textos em meios digitais e impressos, é desenvolver no aluno o olhar investigativo e crítico sobre as fontes de pesquisa. Isso supõe a discussão
de procedimentos e de critérios de seleção dos textos nos diferentes ambientes, sempre com auxílio do professor, considerando tanto a especificidade de salas de
leitura, bibliotecas escolares, públicas e pessoais, quanto ambientes digitais, assim como, localizar informações no texto (implícita e explícita).
Ademais, pode ser desenvolvida a Prática de Oralidade, com trabalhos em sala de aula com a escuta, por meio de apresentações orais, sua finalidade está
prevista na compreensão do texto oral — dá suporte tanto à formulação de perguntas para esclarecimentos, como por exemplo, quanto à construção de
respostas/explicações, considerando o uso progressivo de justificativas para a emissão de opinião. A articulação entre o(s) assunto(s)/tema(s) tratados em textos
de diferentes gêneros, lidos pelo professor ou pelos colegas de sala. Respeitando os turnos de fala, aprendendo a desenvolver a escuta, considerando o
interlocutor. Estas propostas de atividades orais podem ser realizadas, por meio de situações reais para o desenvolvimento da competência comunicativa, isto vai
ampliar a capacidade de comentar os textos lidos. O desenvolvimento com atividades de exposição oral e de pesquisas no contexto escolar requer o estudo de
textos desse gênero, de modo a permitir ao aluno reconhecer a articulação entre a fala e o uso de roteiro escrito e recursos multissemióticos próprios ou
compatíveis com o gênero previsto.
Para contextualizar o desenvolvimento da Prática de Leitura/Escuta (compartilhada e autônoma), é importante considerar o nível de aprofundamento,
conforme a fase de ensino (Fase Inicial I). Este campo de atuação trabalha com a proposta de desenvolver nos alunos um olhar investigador, com objetivo de
compreender a mensagem passada, por meio da leitura compartilhada e autônoma, focando nas características de cada texto, no que se refere a este campo e sua
finalidade. Por exemplo, ao trabalhar-se com enunciados escolares, o aluno deverá ser capaz de reconhecer a situação comunicativa em contexto real de uso, bem
como os atores envolvidos (interlocutores), contexto de circulação (espaço) e objetivos comunicativos envolvidos na situação da Prática de Oralidade.
Relacionando a leitura com a Prática de Análise Linguística/Semiótica, ao trabalhar-se com textos específicos deste campo, o professor poderá realizar,
simultaneamente, propostas de comparar palavras identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais, e relacionar elementos
sonoros (sílabas, fonemas, partes de palavras) com sua representação escrita.
Em consideração às competências e habilidades a serem desenvolvidas, nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de desenvolverem-se as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com as
práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação. Nesse sentido, o campo das práticas de estudo e pesquisa
exploram a investigação e pesquisas, recomenda-se que o professor contextualize as práticas de ensino com notícias, depoimentos, verbetes, registros,
experimentos, relatos de experiências, jornais e revistas (podendo ser digitais) e matérias de blogs e sites confiáveis, estruturando as atividades para o
desenvolvimento das Práticas de Leitura e Escuta. A situação didática deve levar o aluno a reconhecer o texto de acordo com o gênero escolhido, como
possibilidade de organização e registro do trabalho de pesquisa e estudo, conforme o tema abordado.
Na Prática de Leitura, a exploração deve considerar, além dos elementos constitutivos do gênero estudado, valorizando a busca de forma sistemática pelas
possibilidades de informações presentes, considerando multisemiótica dos ambientes digitais de pesquisa. Metodologias investigativas embasadas nos gêneros
sugeridos, podem contribuir para novos termos do vocabulário e contemplar a Prática da Oralidade, pois não basta a definição da palavra, é preciso que, por
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LINGUAGENS

diversas vezes, ela seja usada em diferentes contextos. O professor deve envolver o aluno na busca da explicação e compreensão do sentido das palavras, e suas
possibilidades de uso, nas ações devem ser previstas a parceria com os colegas em auxilio do professor, considerando textos orais e escritos em colaboração e,
progressivamente, com autonomia.
O envolvimento frequente com gêneros da pesquisa e investigação podem proporcionar aos alunos, por meio da medição intencional a reflexão sobre a
veracidade das informações, considerando o tema/assunto/finalidade do texto nas diferentes Práticas de linguagem. Planejar para produzir, nas Práticas de
Escrita e Análise Linguística/Semiótica, dependem da exposição previa a estratégias e possibilidade de como, e em que sequência, as ações nas atividades
podem ser sistematizadas e efetivadas, uma vez que o planejamento antecede a produção seja na Prática da oralidade, ou na Prática da Escrita podendo ser de
maneira autônoma ou compartilhada.
Em consideração às competências e habilidades a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de desenvolverem-se as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com as
práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação. Nesse sentido o Campo das Práticas de estudo e pesquisa
exploram a investigação e pesquisas, recomenda-se que o professor contextualize as práticas de ensino com notícias, depoimentos, verbetes, registros,
experimentos, relatos de experiências, blogs confiáveis, jornais, revistas e sites, estruturando as atividades para o desenvolvimento das competências de escrita,
leitura e oralização.
As práticas investigativas podem contribuir para novos termos do vocabulário, pois não basta a definição da palavra, é preciso que, por diversas vezes, ela seja
usada em diferentes contextos. O professor deve envolver o aluno na busca de explicação do sentido, nas ações devem ser previstas a parceria com os colegas em
auxilio do professor, considerando textos orais e escritos em colaboração e, progressivamente, com autonomia. O envolvimento frequente com gêneros da
pesquisa e investigação podem proporcionar aos alunos, por meio da medição intencional, a reflexão sobre a veracidade das informações, considerando o
tema/assunto/finalidade do texto na prática da oralidade, planejar para produzir nas práticas de linguagem que envolvem as Práticas de Escrita e Oralidade ,
dependem da exposição previa a estratégias e possibilidade de como, e em que sequência, as ações nas atividades podem ser sistematizadas e efetivadas.
Para a construção e desenvolvimento deste campo de atuação, é necessário que o aluno já tenha consolidado da linguagem alfabética. O objetivo de produzir
textos publicitários e de propagandas possibilita ao aluno o poder de resolver situações do dia a dia, por meio da argumentação. Esse exercício leva o aluno a
utilizar o poder da língua como fonte de convencimento e de tomada de decisões.
Na Prática de Leitura/Escuta (compartilhada e autônoma), é preciso considerar tanto o trabalho com as habilidades de leitura quanto as características de cada
um dos gêneros com uma organização interna; marcas linguísticas e conteúdo temático, e dos textos de relatos e pesquisas a serem lidos. Atentar para o fato de
que o trabalho previsto é com autônomo, convém focar as características que forem importantes para a compreensão do texto, articular essas características à
finalidade do texto, prever um trabalho dialógico e reflexivo, assim como a comparação entre textos por semelhanças e diferenças.
Na Prática de Produção de Textos (escrita compartilhada e autônoma), articular a produção textual com o gênero de apresentação de resultados de observações
e pesquisas e dois vetores do processo de escrita (situação/tema ou assunto), envolvendo ao menos duas operações distintas, que podem ser tratadas em separado:
planejar e produzir, que significam organizar as ideias para depois colocá-las no papel. É possível, também, propor habilidades que definam o gênero a ser
produzido nos resultados de observações e pesquisas apresentados e proponham análise de textos para explicitar suas características, construindo registros que
possam repertoriar a produção; fatores que orientem o uso de procedimentos escritores, como: reler o que está escrito para continuar, consultar o planejamento
para tomar decisões na escrita e revisar no processo e ao final.
A Prática de Análise Linguística/Semiótica (Ortografização) refere-se a reconhecer, no processo de leitura, recursos linguísticos e discursivos que constituem
os gêneros previstos, de modo que seja possível empregá-los, adequadamente, nos textos a serem produzidos. A atividade de leitura colaborativa e a de revisão
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LINGUAGENS

processual e final possibilitam estudar os recursos e analisar a adequação dos textos produzidos, sendo primordiais que os currículos prevejam habilidades que
indiquem o trabalho com essas atividades, projetos que elaborem pesquisas sobre questões sociais relevantes a serem divulgadas em seminários viabilizam o
trabalho. A progressão curricular pode dar-se pela complexidade dos textos e pelo nível de autonomia do aluno, o que se traduz em um trabalho a priori
colaborativo e, posteriormente, mais autônomo.
No Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa, pode-se orientar a busca por textos na internet para montar registros, organizada em um projeto de leitura e escrita.
É fundamental evidenciar as características que forem importantes para a compreensão do texto, articulando essas características à finalidade do texto, prevendo
um trabalho dialógico e reflexivo, assim como a comparação entre textos por semelhanças e diferenças. É possível propor atividades que definam o gênero a ser
produzido nos resultados de observações e pesquisas apresentados e proponham análise de textos para explicitar suas características, construindo registros que
possam repertoriar a produção e orientem o uso de procedimentos escritores, como: reler o que está escrito para continuar, consultar o planejamento para tomar
decisões na escrita e revisar no processo e ao final. É importante considerar que o desenvolvimento desta atividade pode acontecer, por meio de uma rotina dos
estudantes, com textos organizados nos gêneros previstos ou em estudo. Para a efetivação dessa atividade, espera-se que o aluno conheça e faça uso de diferentes
suportes textuais, tendo em vista suas características: finalidades, esfera de circulação, tema, forma de composição, estilo, fontes de informações, imagens,
diagramas e gráficos ou tabelas simples, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
A atividade de leitura colaborativa e a de revisão processual e final possibilitam estudar os recursos e analisar a adequação dos textos produzidos, considerando-
se fundamental esse trabalho com essas atividades. É essencial a elaboração de pesquisas sobre questões sociais relevantes a serem divulgadas em seminários.
Esse trabalho visa à progressão do aluno que poderá acontecer pela complexidade dos textos e pelo nível de sua autonomia, o que se traduz, inicialmente, em
uma atividade colaborativa e, progressivamente, mais autônoma, estabelecendo relações lógicas entre partes de textos de diferentes gêneros e temáticas. É
essencial ao aluno conhecer e usar diferentes palavras ou expressões que retomam, coesivamente, o que já foi escrito (pronomes pessoais, sinônimos e
equivalentes). Conhecer e usar palavras ou expressões que estabelecem a coesão como: progressão do tempo, marcação do espaço e relações de causalidades,
concordância nominal e verbal, e fazer uso das grafias de palavras.
Por considerar que o campo das práticas de estudo e pesquisa possibilite ao aluno a compreensão dos diversos critérios que a linguagem possui, assim também, a
importância de perpassar por todos os campos de atuação. Este campo, está relacionado à participação dos estudantes em situações de leitura/escrita que os
levem a conhecer as maneiras de produzir e compreender textos argumentativos, científicos, linguagens e práticas voltadas ao estudo e pesquisa, tanto com temas
da atualidade, regionais, quanto com temas relacionados aos conteúdos e áreas do conhecimento. Aos alunos do 4º, é preciso rigor e critérios ao desenvolver
essas situações didáticas, com o propósito de levarmos a um aprofundamento reflexivo, crítico e argumentativos.
A Prática de Leitura/Escuta tem como objetivo desenvolver a leitura, compreensão e interpretação de textos de diferentes gêneros, em mídia impressa e digital,
que circulam no campo das práticas de estudo e pesquisa, (enunciados de tarefas escolares, relatos de experimentos, quadros, gráficos, tabelas, infográficos,
diagramas, entrevistas, notas de divulgação científica, verbetes de enciclopédia, entre outros), identificando suas diferentes estruturas e tipologias. O professor
pode trabalhar a habilidade levando em sala textos de informação que contenham gráficos e tabelas para que sejam interpretadas com os alunos, ou até mesmo a
construção desses gráficos e tabelas podem ser realizadas em sala de aula, explorando o cotidiano dos alunos, como por exemplo: realizar pesquisas na sala com
os próprios colegas e/ou pela escola e após a coleta desses dados, transformar em gráficos e/ou tabelas, associando conhecimentos de maneira interdisciplinar.
Em consonância com o desenvolvimento contínuo, pode-se articular a Prática de Produção de Textos, em momentos de produção, textos de diferentes gêneros,
em mídia impressa e digital, com uso de dicionários, como sendo uma fonte de pesquisa, associando a compreensão às diferentes estruturas e tipologias. O
professor também pode confeccionar jornal na escola, com informações que perpassam o contexto escolar e social dos alunos. Este exercício possibilita, também,
a aquisição da linguagem verbal e não verbal e articulam-se na construção de sentido em diferentes gêneros do campo das práticas de estudo e pesquisa.
338
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Ao desenvolver a Prática de Oralidade, também, se relaciona a Prática de Análise Linguístico/Semiótica, referenciada nas habilidades, com o objetivo de
compreender aspectos morfossintáticos e semânticos da língua e utilizá-los, proporcionando a compreensão da linguagem oral, respeitando as diferentes
variedades linguísticas.
Há que considerar o trabalho com a leitura para estabelecerem-se as características de cada um dos gêneros (organização interna; marcas linguísticas; conteúdo
temático) e dos verbetes específicos a serem lidos. O aluno precisa saber que, no dicionário, as palavras são organizadas por ordem alfabética, os verbos são
apresentados no infinitivo, o singular e o masculino são a forma padrão de apresentação de substantivos e adjetivos. É preciso saber também o contexto da
palavra para poder selecionar o significado adequado. Nessa atividade, é fundamental ler e interpretar dados de gráficos e tabelas, compreendendo as diferenças e
semelhanças de apresentação correspondentes a cada um. Pressupõe-se a leitura e interpretação dos dados de cada um dos gêneros mencionados, para, depois,
realizar a comparação entre ambos. É importante orientá-los para ler, por exemplo, o título dos gráficos (pois indicam o que representam os dados), as legendas
(que esclarecem quais são os dados apresentados), os eixos (para verificar qual será a articulação) e comparar as sínteses que as colunas/fatias representam.
O trabalho com a produção textual com o tema de interesse do aluno organiza resultados de pesquisa e dois vetores do processo de produção escrita
(situação/tema ou assunto). Envolve ao menos duas operações distintas, que podem ser tratadas em separado: planejar e produzir, que significam organizar as
ideias para depois colocá-las no papel. É possível definir o gênero a ser estudado (verbete de curiosidade, texto expositivo) e propor habilidades que: a)
envolvam análise de textos dos gêneros em questão para explicitar as suas características; b) orientem o uso de procedimentos escritores, como: reler o que está
escrito para continuar, consultar o planejamento para tomar decisões e revisar no processo e ao final.
É importante utilizar conhecimentos linguísticos e gramaticais, gerais e específicos, de gêneros que envolvem o uso tanto da norma quanto de citações
padronizadas, como relatórios de experimentos, de observação e pesquisa, entrevistas etc. Seu desenvolvimento envolve o engajamento do aluno em práticas de
leitura e/ou produção dos gêneros e textos mencionados, podem ser relacionadas, para a aquisição do conhecimento para a elaboração do trabalho com atividade
de produção escrita.
Convém considerar que os alunos possam: a) utilizar conhecimentos linguísticos e gramaticais como ferramentas para garantir a coesão e a coerência; b)
aprender e utilizar as convenções relativas à escrita de citações. Reconhecer e aplicar os sinais de pontuação na produção textual, atribuindo-lhes significado,
organizar a estrutura textual por meio do uso correto da paragrafação, utilizar os mecanismos básicos de concordância nominal e verbal para o aprimoramento da
produção oral e escrita, reconhecer e utilizar os pronomes possessivos, demonstrativos e indefinidos nas diferentes situações de uso, também, são importantes
para a construção de sentido. Para tanto, é necessário estudá-los, o que pode ser feito por meio das leituras colaborativas de estudo de texto. Na revisão coletiva
processual e final, analisa-se a adequação do uso dos recursos, de modo a garantir a coerência e legibilidade do texto.
Reforçando-se o que foi dito no parágrafo anterior, reconhecer e utilizar os pronomes possessivos, demonstrativos e indefinidos nas diferentes situações de uso,
reconhecer e aplicar os sinais de pontuação na produção textual, atribuindo-lhes significado, organizar a estrutura textual por meio do uso correto da
paragrafação, produzir e revisar textos escritos, coesos e coerentes, a partir do gênero em estudo, ajustados a objetivos e ao contexto de circulação, estruturar
textos com unidade de sentido, de acordo com os princípios de coerência e coesão estudados e visualizados nos gêneros, escrever textos com domínio da
separação em palavras, estabilidade de palavras de ortografia regular e de irregulares mais frequentes na escrita e utilização de recursos do sistema de pontuação
para dividir o texto em parágrafos, utilizar vocabulário diversificado e adequado ao gênero e às finalidades propostas, proporcionam melhor construção e
entendimento textual.
Campo Artístico-Literário
Habilidades comuns às Fases Iniciais I e II da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
339
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Leitura/Escuta Formação do leitor literário. (CG.EF15LP15.s) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do
(compartilhada e imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os,
autônoma) em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
Leitura/Escuta Leitura colaborativa e autônoma. (CG.EF15LP16.s) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a
(compartilhada e ajuda do professor e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior
autônoma) porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e
crônicas.
Leitura/Escuta Apreciação estética/Estilo. (CG.EF15LP17.s) Apreciar poemas visuais e concretos, observando efeitos de
(compartilhada e sentido criados pelo formato do texto na página, distribuição e diagramação das
autônoma) letras, pelas ilustrações e por outros efeitos visuais.
Leitura/Escuta Formação do leitor literário/Leitura (CG.EF15LP18.s) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos.
(compartilhada e multissemiótica.
autônoma)
Oralidade Contagem de histórias. (CG.EF15LP19.s) Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos
literários lidos pelo professor.
Leitura/Escuta Formação do leitor literário. (CG.EF35LP21.s) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de
(compartilhada e diferentes gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo
autônoma) preferências por gêneros, temas, autores.
Leitura/Escuta Formação do leitor literário/ Leitura (CG.EF35LP22.s) Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de
(compartilhada e multissemiótica. sentido de verbos de enunciação e, se for o caso, o uso de variedades linguísticas
autônoma) no discurso direto.
Leitura/Escuta Apreciação estética/Estilo. (CG.EF35LP23.s) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando
(compartilhada e rimas, aliterações e diferentes modos de divisão dos versos, estrofes e refrões e
autônoma) seu efeito de sentido.
Leitura/Escuta Textos dramáticos. (CG.EF35LP24.s) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser
(compartilhada e encenado) e sua organização por meio de diálogos entre personagens e
autônoma) marcadores das falas das personagens e de cena.
Produção de Textos Escrita autônoma e compartilhada. (CG.EF35LP25.s) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando
(escrita compartilhada) detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas para sustentar o
sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de personagens.
Produção de Textos Escrita autônoma e compartilhada. (CG.EF35LP26.s) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais
(escrita compartilhada) que apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura
narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do
discurso indireto e discurso direto.

340
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Produção de Textos Escrita autônoma. (CG.EF35LP27.s) Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos,
(escrita compartilhada) explorando rimas, sons e jogos de palavras, imagens poéticas (sentidos figurados)
e recursos visuais e sonoros.
Oralidade Declamação. (CG.EF35LP28.s) Declamar poemas, com entonação, postura e interpretação
adequadas.
Análise Formas de composição de narrativas. (CG.EF35LP29.s) Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito
Linguística/Semiótica gerador, resolução e o ponto de vista com base no qual histórias são narradas,
(ortografização) diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.
Análise Discurso direto e indireto. (CG.EF35LP30.s) Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o
Linguística/Semiótica efeito de sentido de verbos de enunciação e explicando o uso de variedades
(ortografização) linguísticas no discurso direto, quando for o caso.
Análise Forma de composição de textos poéticos. (CG.EF35LP31.s) Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido
Linguística/Semiótica decorrentes do uso de recursos rítmicos e sonoros e de metáforas.
(ortografização)
Leitura/Escuta Formação do leitor literário. (CG.EF35LP21.s) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de
(compartilhada e diferentes gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo
autônoma) preferências por gêneros, temas, autores.
Leitura/Escuta Formação do leitor literário/ Leitura (CG.EF35LP22.s) Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de
(compartilhada e multissemiótica. sentido de verbos de enunciação e, se for o caso, o uso de variedades linguísticas
autônoma) no discurso direto.
Leitura/Escuta Apreciação estética/Estilo. (CG.EF35LP23.s) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando
(compartilhada e rimas, aliterações e diferentes modos de divisão dos versos, estrofes e refrões e
autônoma) seu efeito de sentido.
Leitura/Escuta Textos dramáticos. (CG.EF35LP24.s) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser
(compartilhada e encenado) e sua organização por meio de diálogos entre personagens e
autônoma) marcadores das falas das personagens e de cena.
Produção de Textos Escrita autônoma e compartilhada. (CG.EF35LP25.s) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando
(escrita compartilhada) detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas para sustentar o
sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de personagens.
Produção de Textos Escrita autônoma e compartilhada. (CG.EF35LP26.s) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais
(escrita compartilhada) que apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura
narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do
discurso indireto e discurso direto.
Produção de Textos Escrita autônoma. (CG.EF35LP27.s) Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos,

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

(escrita compartilhada) explorando rimas, sons e jogos de palavras, imagens poéticas (sentidos figurados)
e recursos visuais e sonoros.
Oralidade Declamação. (CG.EF35LP28.s) Declamar poemas, com entonação, postura e interpretação
adequadas.
Análise Formas de composição de narrativas. (CG.EF35LP29.s) Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito
Linguística/Semiótica gerador, resolução e o ponto de vista com base no qual histórias são narradas,
(ortografização) diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.
Análise Discurso direto e indireto. (CG.EF35LP30.s) Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o
Linguística/Semiótica efeito de sentido de verbos de enunciação e explicando o uso de variedades
(ortografização) linguísticas no discurso direto, quando for o caso.
Análise Forma de composição de textos poéticos. (CG.EF35LP31.s) Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido
Linguística/Semiótica decorrentes do uso de recursos rítmicos e sonoros e de metáforas.
(ortografização)
Campo Artístico-Literário
Habilidades relativas à Fase Inicial I da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Escrita (compartilhada e Escrita compartilhada. (CG.EF12LP05.s) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a
autônoma) ajuda do professor, (re)contagens de histórias, poemas e outros textos versificados
(letras de canção, quadrinhas, cordel), poemas visuais, tiras e histórias em
quadrinhos, dentre outros gêneros do campo artístico-literário, considerando a
situação comunicativa e a finalidade do texto
Leitura/Escuta Apreciação estética/Estilo. (CG.EF12LP18.s) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando
(compartilhada e rimas, sonoridades, jogos de palavras, reconhecendo seu pertencimento ao mundo
autônoma) imaginário e sua dimensão de encantamento, jogo e fruição.
Análise Formas de composição de textos poéticos. (CG.EF12LP19.s) Reconhecer, em textos versificados, rimas, sonoridades, jogos
Linguística/Semiótica de palavras, palavras, expressões, comparações, relacionando-as com sensações e
(alfabetização) associações.
Leitura/Escuta Formação do leitor literário. (CG.EF02LP26.s) Ler e compreender, com certa autonomia, textos literários, de
(compartilhada e gêneros variados, desenvolvendo o gosto pela leitura.
autônoma)
Leitura/Escuta Escrita autônoma e compartilhada. (CG.EF02LP27.s) Reescrever textos narrativos literários lidos pelo professor.
(compartilhada e
autônoma)
Análise Formas de composição de narrativas. (CG.EF02LP28.s) Reconhecer o conflito gerador de uma narrativa ficcional e sua

342
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Linguística/Semiótica resolução, além de palavras, expressões e frases que caracterizam personagens e


(alfabetização) ambientes.
Análise Formas de composição de textos poéticos (CG.EF02LP29.s) Observar, em poemas visuais, o formato do texto na página, as
Linguística/Semiótica visuais. ilustrações e outros efeitos visuais.
(alfabetização)
Oralidade Performances orais. (CG.EF03LP27.s) Recitar cordel e cantar repentes e emboladas, observando as
rimas e obedecendo ao ritmo e à melodia.
Campo Artístico-Literário
Habilidades relativas à Fase Inicial II da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Análise Forma de composição de textos poéticos (CG.EF04LP26.s) Observar, em poemas concretos, o formato, a distribuição e a
Linguística/Semiótica visuais diagramação das letras do texto na página.
(ortografização)
Análise Forma de composição de textos dramáticos (CG.EF04LP27.s) Identificar, em textos dramáticos, marcadores das falas das
Linguística/Semiótica personagens e de cena.
(ortografização)
Oralidade Declamação; (CG.EF05LP25.s) Representar cenas de textos dramáticos, reproduzindo as falas
Performances orais das personagens, de acordo com as rubricas de interpretação e movimento
indicadas pelo autor.
Análise Forma de composição de textos poéticos (CG.EF05LP28.s) Observar, em ciberpoemas e minicontos infantis em mídia
Linguística/Semiótica visuais. digital, os recursos multissemióticos presentes nesses textos digitais.
(ortografização)
Recomendações:
A proposta deste campo de atuação é valorizar a leitura como fonte de informação, via de acesso aos mundos criados pela literatura e possibilidade de fruição
estética, de modo que o aluno seja capaz de recorrer aos materiais escritos em função de diferentes objetivos.
A leitura colaborativa desenvolve a compreensão para estudos dos textos, procedimentos, comportamento leitores. A roda de leitura e o diário de leitura, podem
ser organizados em saraus e em slams (campeonato de poesia) criando espaços para a socialização dos gêneros do campo literário.
Pode ser voltada para momentos de situações de oralidade de textos de diferentes gêneros, com diferentes propósitos (debate, entrevista, exposição, notícia,
propaganda, relato de experiências orais, dentre outros), com ou sem apoio de imagens textos literários lidos pelo professor ou pelos colegas de sala.
O trabalho com a leitura e compreensão dos textos selecionados ajuda o estudante conhecer os efeitos de sentido em jogo, possa ler/recitar/cantar com fluência,
ritmo e entonação adequados.
Reproduzir oralmente textos com gêneros em estudo, fazendo uso dos recursos linguísticos, como sonoridade e entonação, declamar poemas, com entonação,
postura e interpretação adequadas são recursos válidos para a produção do conhecimento. Dessa maneira, é fundamental observar-nos diversos gêneros as
regularidades linguísticas e ortográficas (tempos verbais nas sequências de ações; uso dos conectivos nas relações lógicos temporais; uso dos pronomes nas

343
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

reduções e repetições; concordância verbal e nominal), reconhecendo-as na análise de textos bem escritos. Pode -se considerar: a) o trabalho com leitura; b) o
caráter não utilitário (lúdico/estético) dos textos literários; c) as características de gêneros literários diversos, inclusive dramáticos e poéticos. Três atividades
potencializam esse trabalho: a roda de leitores (na qual os alunos comentam livros de escolha pessoal lidos); o diário pessoal de leitura (na qual os alunos
registram as impressões que vão tendo sobre o que leem e que socializam com os colegas); a leitura programada (na qual livros de maior extensão são lidos e
estudados coletivamente, com mediação do professor).
A progressão da aprendizagem pode apoiar-se no grau de complexidade dos gêneros e textos previstos (assim como dos seus respectivos temas), nos autores
selecionados e no grau de autonomia que se pretende atingir a cada etapa do ensino. É importante identificar o locutor e interlocutor a partir de marcas
linguísticas presentes em um texto, o que caracteriza o nível de registro empregado, formal ou informal, considerando a relação entre os interlocutores.
Estabelecer a relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial ou conjunção comparativa. Observar nos diversos gêneros as regularidades linguísticas e
ortográficas (tempos verbais nas sequências de ações; uso dos conectivos nas relações lógicos temporais; uso dos pronomes nas reduções e repetições;
concordância verbal e nominal) reconhecendo-as na análise de textos bem escritos.
Todos esses fatores cocoboram a atividade de leitura como fonte de informação, via de acesso aos mundos criados pela literatura e possibilidade de fruição
estética, de modo que o aluno seja capaz de recorrer aos materiais escritos em função de diferentes objetivos. As diferentes finalidades da leitura (prazer,
informação, estudo entre outras), identificam os elementos constitutivos do gênero em estudo.
Beneficia-se, assim, o desenvolvimento na produção coletiva, seguida de trabalho em duplas/grupos para chegar à produção autônoma, assim como, estruturar
textos com unidade de sentido, de acordo com os princípios de coerência e coesão estudados e visualizados nos gêneros contos de mistério e resumo. Faz parte
desse processo o uso das convenções de escrita maiúscula em início de frases e parágrafos, sinais de pontuação, grafia de palavras mais conhecidas. Para o
trabalho com a produção escrita compreende-se que: a) articulam a produção de gêneros narrativos a sua leitura e análise prévias; b) tomam o estudo e/ou análise
desses gêneros como pré-requisito para a escrita de textos narrativos, em que estão sempre associados a práticas articuladas e sequenciadas de leitura/análise e
produção de gêneros narrativos, com ênfase sobre sua organização discursiva e textual. É importante ter como foco dessa atividade a apreensão da leitura
compreensiva, de recursos expressivos – inclusive visuais e sonoros – próprios de gêneros poéticos. Essa análise pode acontecer com: a) articulação a produção
de gêneros poéticos a sua leitura e análise prévias; b) tomar o estudo e/ou análise desses gêneros como pré-requisito para a escrita de textos narrativos.
É fundamental o uso dos mecanismos básicos de concordância nominal e verbal para o aprimoramento da produção oral e escrita, reconhecer e aplicar os sinais
de pontuação na produção textual, atribuindo-lhe significado, conhecer e compreender as regras de acentuação aprimorando o uso da escrita padrão. Estabelecem
as diferenças e semelhanças entre discurso direto e indireto, focalizando não apenas a pontuação, mas o uso dos verbos em cada caso; e implica compreender que
a presença, na fala de personagens, de variedades linguísticas diferentes daquela em que o texto é narrado produz efeitos de sentido relevantes. Importante é que
o desenvolvimento dessas atividades venha associado de leitura, oralização e análise. Convém, portanto, que a mediação do professor e o envolvimento
sistemático do aluno em práticas de leitura e escrita sejam contemplados na Fase Inicial I e II. A progressão pode apoiar-se no grau de complexidade dos gêneros
e/ou textos poéticos programados para o estudo e pelo nível de autonomia a ser atingido pelo estudante a cada etapa do trabalho. Percebe-se, assim, o foco em
atividades relacionadas ao reconhecimento global da organização da narrativa e, em particular, do ponto de vista em que os textos lidos/escutados foram
narrados, assim como na identificação da pessoa do discurso que os sustenta.
A proposta está relacionada com a construção da textualidade e finalidade, articula a produção do texto com o gênero do campo artístico literário, trabalhando
com duas etapas, o planejamento e a escrita, que significam organizar as ideias para depois colocá-las no papel, a fim de, gradativamente, apropriar-se dos
elementos constitutivos do gênero trabalhado.
O professor deverá proporcionar momentos de leitura para a apreciação de textos do campo artístico-literário como poemas e outros textos versificados,
344
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

enfatizando a entonação, ritmo e musicalidade. Ao apreciar os poemas, os alunos poderão observar, os sentidos criados pelo formato do texto, pela distribuição e
diagramação das letras e ilustração como também, as rimas, aliterações e diferentes modos de divisão dos versos, estrofes e refrãos, e seus efeitos de sentido.
Espera-se que os alunos sejam capazes de identificar os recursos linguísticos e discursivos dos gêneros poéticos além de desenvolver habilidades de leitura em
contribuição com a formação do repertório poético, apreciar poemas e outros gêneros versificados presentes neste campo, a fim de desenvolver a sensibilidade
própria desses gêneros e o comportamento leitor por meio de materiais impressos ou digitais.
Cria um espaço de socialização de poemas selecionados de acordo com os critérios trabalhados no decorrer da Fase Inicial I. Espera-se que os alunos sejam
capazes, ao final da Fase Inicial I, identificar o quantitativo de versos e estrofes em um poema, identificar recursos linguísticos e discursivos que constituem os
gêneros poéticos como também reconhecer o ritmo e a sonoridade ou dos textos relacionados nesse campo.
Em consideração às competências e habilidades a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de desenvolverem-se as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com as
práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação. Nesse sentido, na prática do ensino no processo de
alfabetização no campo artístico-literário, recomenda-se que as habilidades acima sejam contempladas com propostas contextualizadas pela diversidade de textos
de gêneros variados como contos, fábulas, narrativas e poemas.
A exposição frequente aos gêneros sugeridos de forma orientada pelo professor, podem envolver a Prática da Leitura/Escuta em busca do aprimoramento da
formação leitora, com propostas que contemplem o resumo e reconto de uma história usando diversos recursos, identificando e comparando as características de
diferentes gêneros, como por exemplo, tipos de personagens, leitura planejada de diferentes textos, formular e responder perguntas sobre um texto antes, durante
e depois de uma leitura, escrever a história de memória e analisar a estrutura de um texto. Situações que oportunizem recontagem de histórias e produções
textuais já conhecidas e exploradas previamente, podem auxiliar no planejamento de situações comunicativas por parte do aluno e permitem o aprofundamento
na compreensão da habilidade de maneira coletiva com apoio do professor, pode-se, também, contemplar o objeto de conhecimento quanto às formas de
composição de narrativas para reescrevê-las. Na habilidade requer a valorização dos textos multisemióticos no gênero poema, quanto às diversas possibilidades
de registro, verbal e não verbal, a dedicação na observação dos detalhes dos efeitos visuais na compreensão orientada da mensagem, são o foco principal desta
habilidade, podendo promover a interpretação da informação explicita e implícita.
Para a construção e desenvolvimento deste campo de atuação, é necessário que o aluno já tenha consolidado da linguagem alfabética. O objetivo de produzir
textos publicitários e de propagandas possibilita ao aluno o poder de resolver situações do dia a dia, por meio da argumentação. Este exercício leva o aluno a
utilizar o poder da língua como fonte de convencimento e de tomada de decisões.
Envolver a leitura e compreensão do texto a ser recitado é vislumbrado para que o aluno, conhecendo os efeitos de sentido em jogo, possa ler/recitar/cantar com
maior fluência, ritmo e entonação adequada. Podem ser previstas atividades que indiquem o trabalho em colaboração, de modo a favorecer o desenvolvimento da
fluência e observação do ritmo entre os estudantes, envolvendo a leitura e compreensão do texto a ser recitado, a fim que o aluno, conhecendo os efeitos de
sentido em jogo, possa ler/recitar/cantar com maior fluência, ritmo e entonação adequada, propiciar a escuta com atenção textos de diferentes gêneros, sobretudo
os mais formais comuns em situações públicas, analisando-os criticamente. Na elaboração desse trabalho, pode-se orientar, para além dos gêneros mencionados,
estudos de textos poéticos da cultura local ou nacional, assim como aqueles referentes às culturas periféricas, especialmente os mais relevantes para as culturas
locais.
Podem ser previstas, também, habilidades que indiquem o trabalho em colaboração, de modo a favorecer o desenvolvimento da fluência e observação do ritmo
entre os estudantes nas diversas culturas (indígenas, quilombolas, estrangeiras). É fundamental a interpretação de palavras, frases e expressões em textos de
diferentes gêneros, escutar com atenção textos de diferentes gêneros, sobretudo os mais formais comuns em situações públicas, analisando-os criticamente.
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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Compreender textos lidos por outras pessoas, de diferentes gêneros e com diferentes propósitos, reconhecendo as finalidades de textos lidos.
Em consideração às competências e habilidade a serem desenvolvidas, nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de desenvolverem-se as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com
todas as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.
Para considerar o uso deste campo de atuação no cotidiano escolar, o professor pode desenvolver a elaboração de atividade que contribua na aquisição de
conhecimento que prever: a) o uso de procedimentos de consulta a portadores do gênero impressos e eletrônicos, com análise de textos de verbetes de dicionário
para explicitar suas características, construindo registros que possam repertoriar a produção; b) pesquisas do conteúdo temático para os verbetes em fontes
impressas e digitais com tomada de notas coletiva ou em grupos para uso posterior na produção; c) o estudo de ambientes digitais que recebem verbetes; d)
temáticas significativas para a produção dos verbetes. É possível, ainda, propor habilidades que orientem o uso de procedimentos escritores, como: reler o que
está escrito para continuar, consultar o planejamento da produção para tomar decisões no momento da escrita e revisar no processo e ao final.
O campo de atuação Artístico-Literário, tem por objetivo desenvolver e proporcionar ao aluno vivência na declamação e performances orais, com sentido aos
textos e interpretá-los, por meio da dramatização, relatar fatos observando a coerência e a sequência dos fatos principais da narração, selecionar e explicitar, com
clareza e objetividade, a partir de critérios definidos, as ideias essenciais de um texto lido, reproduzir oralmente textos poéticos, fazendo uso dos recursos da
linguagem poética, como sonoridade, expressão corporal e facial e entonação, ampliar a linguagem oral por meio de situações reais de uso para o
desenvolvimento da competência comunicativa.
Ao desenvolver o uso de texto nas atividades com poemas, refere-se ao processo de leitura e estudo de textos e identificar de que modo o espaço é ocupado por
ciberpoemas e minicontos disponibilizados nas mídias digitais infantis, quais recursos multissemióticos os constituem e que efeitos de sentido foram por eles
provocados. Na elaboração dessa atividade, deve-se considerar a leitura e estudo com o propósito de desenvolver os conhecimentos voltados para o uso de texto
ciberpoemas e minicontos digitais, a fim de que as suas características fundamentais sejam identificadas: o modo de ocupação do espaço que pode não ser
estático, a presença de recursos de áudio e movimento, o emprego de recursos de interação entre leitor e texto para definição ou não dos rumos do poema. É
importante que o aluno compreenda as diferenças entre as linguagens em vários contextos e reconheça os vocabulários diversificados e adequados aos gêneros e
as finalidades propostas.
Todos os Campos de Atuação
Habilidades comuns às Fases Iniciais I e II da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Reconstrução das condições de produção e (CG.EF15LP01.s) Identificar a função social de textos que circulam em campos
(compartilhada e recepção de textos. da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a
autônoma) escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram
produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Leitura/Escuta Estratégia de leitura. (CG.EF15LP02.s) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler
(compartilhada e (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto),
autônoma) apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e
recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre
saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice,
prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a
346
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.


Leitura/Escuta Estratégia de leitura. (CG.EF15LP03.s). Localizar informações explícitas em textos.
(compartilhada e
autônoma)
Leitura/Escuta Estratégia de leitura. (CG.EF15LP04.s) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos
(compartilhada e expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos.
autônoma)
Produção de Textos Planejamento de texto. (CG.EF15LP05.s) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido,
(escrita compartilhada e considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem
autônoma) escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o
texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem,
organização e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou
digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto,
organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
Produção de Textos Revisão de texto. (CG.EF15LP06.s) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a
(escrita compartilhada e colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes,
autônoma) acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.
Produção de Textos Edição de textos. (CG.EF15LP07.s) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e
(escrita compartilhada e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado,
autônoma) manual ou digital.
Produção de Textos Utilização de tecnologia digital. (CG.EF15LP08.s) Utilizar software, inclusive programas de edição de texto, para
(escrita compartilhada e editar e publicar os textos produzidos, explorando os recursos multissemióticos
autônoma) disponíveis.
Oralidade Oralidade pública/Intercâmbio conversacional (CG.EF15LP09.s) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza,
em sala de aula. preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com
tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.
Oralidade Escuta Atenta. (CG.EF15LP10.s) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas,
formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre
que necessário.
Oralidade Características da conversação espontânea. (CG.EF15LP11.s) Reconhecer características da conversação espontânea
presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a
conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a
posição do interlocutor.
Oralidade Aspectos não linguísticos (paralinguísticos) no (CG.EF15LP12.s). Atribuir significado a aspectos não linguísticos

347
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

ato da fala. (paralinguísticos) observados na fala, como direção do olhar, riso, gestos,
movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal,
tom de voz.
Oralidade Relato oral/Registro formal e informal. (CG.EF15LP13.s). Identificar finalidades da interação oral em diferentes
contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar,
relatar experiências etc.).
Leitura/Escuta Decodificação/Fluência de leitura (CG.EF35LP01.s) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz
(compartilhada e alta, com autonomia e fluência, textos curtos com nível de textualidade adequado.
autônoma)
Leitura/Escuta Formação de leitor. (CG.EF35LP02.s) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da
(compartilhada e sala de aula e/ou disponíveis em meios digitais para leitura individual,
autônoma) justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após a
leitura.
Leitura/Escuta Compreensão. (CG.EF35LP03.s) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão
(compartilhada e global.
autônoma)
Leitura/Escuta Compreensão. (CG.EF35LP04.s) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
(compartilhada e
autônoma)
Leitura/Escuta Estratégia de leitura. (CG. EF35LP05.s) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em
(compartilhada e textos, com base no contexto da frase ou do texto.
autônoma)
Leitura/Escuta Estratégia de leitura. (CG.EF35LP06.s) Recuperar relações entre partes de um texto, identificando
(compartilhada e substituições lexicais (de substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de
autônoma) pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem
para a continuidade do texto.
Produção de textos Construção do sistema alfabético/ Convenções (CG.EF35LP07.s) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e
(escrita compartilhada e da escrita. gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de concordância nominal e
autônoma) verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação,
vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.
Produção de textos Construção do sistema alfabético/ Convenções (CG.EF35LP08.s) Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por
(escrita compartilhada e da escrita. substituição lexical ou por pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos),
autônoma) vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes
anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição,

348
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

conclusão, comparação), com nível suficiente de informatividade.


Produção de textos Planejamento de texto/Progressão temática e (EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos
(escrita compartilhada e paragrafação. segundo as normas gráficas e de acordo com as características do gênero textual.
autônoma)
Oralidade Forma de composição de gêneros orais. (CG.EF35LP10.s) Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes
situações e contextos comunicativos, e suas características linguístico-expressivas
e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica, entrevistas
pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração
de jogos esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).
Oralidade Variação linguística. (CG.EF35LP11.s) Ouvir gravações, canções, textos falados em diferentes
variedades linguísticas, identificando características regionais, urbanas e rurais da
fala e respeitando as diversas variedades linguísticas como características do uso
da língua por diferentes grupos regionais ou diferentes culturas locais, rejeitando
preconceitos linguísticos.
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF35LP12.s) Recorrer ao dicionário para esclarecer dúvida sobre a escrita de
Linguística/Semiótica ortografia. palavras, especialmente no caso de palavras com relações irregulares fonema-
(Ortografização) grafema.
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF35LP13.s) Memorizar a grafia de palavras de uso frequente nas quais as
Linguística/Semiótica ortografia. relações fonema-grafema são irregulares e com h inicial que não representa
(Ortografização) fonema.
Análise Morfologia. (CG.EF35LP14.s) Identificar em textos e usar na produção textual pronomes
Linguística/Semiótica pessoais, possessivos e demonstrativos, como recurso coesivo anafórico.
(Ortografização)
Todos os Campos de Atuação
Habilidades relativas à Fase Inicial I da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Decodificação/Fluência de leitura. (CG.EF12LP01.s) Ler palavras novas com precisão na decodificação, no caso de
(compartilhada e palavras de uso frequente, ler globalmente, por memorização.
autônoma)
Leitura/Escuta Formação de leitor. (CG.EF12LP02.s) Buscar, selecionar e ler, com a mediação do professor (leitura
(compartilhada e compartilhada), textos que circulam em meios impressos ou digitais, de acordo
autônoma) com as necessidades e interesses.
Escrita (compartilhada e Construção do sistema alfabético/ (CG.EF12LP03.s) Copiar textos breves, mantendo suas características e voltando
autônoma) Estabelecimento de relações anafóricas na para o texto sempre que tiver dúvidas sobre sua distribuição gráfica, espaçamento

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

referenciação e construção da coesão. entre as palavras, escrita das palavras e pontuação.


Leitura/Escuta Protocolos de leitura. (CG.EF01LP01.s) Reconhecer que textos são lidos e escritos da esquerda para a
(compartilhada e direita e de cima para baixo da página.
autônoma
Escrita (compartilhada e Correspondência fonema-grafema. (CG.EF01LP02.s) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de
autônoma forma alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas.
Escrita (compartilhada e Construção do sistema alfabético/ Convenções (CG.EF01LP03.s) Observar escritas convencionais, comparando-as às suas
autônoma da escrita. produções escritas, percebendo semelhanças e diferenças.
Análise Conhecimento do alfabeto do português do (CG.EF01LP04.s) Distinguir as letras do alfabeto de outros sinais gráficos.
Linguística/Semiótica Brasil.
(alfabetização)
Análise Construção do sistema alfabético. (CG.EF01LP05.s) Reconhecer o sistema de escrita alfabética como representação
Linguística/Semiótica dos sons da fala.
(alfabetização)
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF01LP06.s) Segmentar oralmente palavras em sílabas.
Linguística/Semiótica ortografia.
(alfabetização)
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF01LP07.s) Identificar fonemas e sua representação por letras.
Linguística/Semiótica ortografia.
(alfabetização)
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF01LP08.s) Relacionar elementos sonoros (sílabas, fonemas, partes de
Linguística/Semiótica ortografia. palavras) com sua representação escrita.
(alfabetização)
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF01LP09.s) Comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças
Linguística/Semiótica ortografia. entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais.
(alfabetização)
Análise Conhecimento do alfabeto do português do (CG.EF01LP10.s) Nomear as letras do alfabeto e recitá-lo na ordem das letras.
Linguística/Semiótica Brasil.
(alfabetização)
Análise Conhecimento das diversas grafias do (CG.EF01LP11.s) Conhecer, diferenciar e relacionar letras em formato imprensa
Linguística/Semiótica alfabeto/ Acentuação. e cursiva, maiúsculas e minúsculas.
(alfabetização)
Análise Segmentação de palavras/Classificação de (CG.EF01LP12.s) Reconhecer a separação das palavras, na escrita, por espaços
Linguística/Semiótica palavras por número de sílabas. em branco.

350
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

(alfabetização)
Análise Construção do sistema alfabético. (CG.EF01LP13.s) Comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças
Linguística/Semiótica entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais.
(alfabetização)
Análise Pontuação. (CG.EF01LP14.s). Identificar outros sinais no texto além das letras, como pontos
Linguística/Semiótica finais, de interrogação e exclamação e seus efeitos na entonação.
(alfabetização)
Análise Sinonímia e antonímia/Morfologia/Pontuação. (CG.EF01LP15.s) Agrupar palavras pelo critério de aproximação de significado
Linguística/Semiótica (sinonímia) e separar palavras pelo critério de oposição de significado
(alfabetização) (antonímia).
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF03LP01.s) Ler e escrever palavras com correspondências regulares
Linguística/Semiótica ortografia. contextuais entre grafemas e fonemas – c/qu; g/gu; r/rr; s/ss; o (e não u) e e (e não
(ortografização) i) em sílaba átona em final de palavra – e com marcas de nasalidade (til, m, n).
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF03LP02.s) Ler e escrever corretamente palavras com sílabas CV, V, CVC,
Linguística/Semiótica ortografia. CCV, VC, VV, CVV, identificando que existem vogais em todas as sílabas.
(ortografização)
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF03LP03.s) Ler e escrever corretamente palavras com os dígrafos lh, nh,
Linguística/Semiótica ortografia. ch.
(ortografização)
Análise Conhecimento das diversas grafias do (CG.EF03LP04.s) Usar acento gráfico (agudo ou circunflexo) em monossílabos
Linguística/Semiótica alfabeto/Acentuação. tônicos terminados em a, e, o e em palavras oxítonas terminadas em a, e, o,
(ortografização) seguidas ou não de s.
Análise Segmentação de palavras/Classificação de (CG.EF03LP05.s) Identificar o número de sílabas de palavras, classificando-as
Linguística/Semiótica palavras por número de sílabas. em monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas.
(ortografização)
Análise Construção do sistema alfabético. (CG.EF03LP06.s) Identificar a sílaba tônica em palavras, classificando-as em
Linguística/Semiótica oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
(ortografização)
Análise Pontuação. (CG.EF03LP07.s) Identificar a função na leitura e usar na escrita ponto final,
Linguística/Semiótica ponto de interrogação, ponto de exclamação e, em diálogos (discurso direto),
(ortografização) dois-pontos e travessão.
Análise Morfologia. (CG.EF03LP08.s) Identificar e diferenciar, em textos, substantivos e verbos e
Linguística/Semiótica suas funções na oração: agente, ação, objeto da ação.
(ortografização)

351
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Análise Morfossintaxe. (CG.EF03LP09.s) Identificar, em textos, adjetivos e sua função de atribuição de


Linguística/Semiótica propriedades aos substantivos.
(ortografização)
Análise Morfologia. (CG.EF03LP10.s) Reconhecer prefixos e sufixos produtivos na formação de
Linguística/Semiótica palavras derivadas de substantivos, de adjetivos e de verbos, utilizando-os para
(ortografização) compreender palavras e para formar novas palavras.
Todos os Campos de Atuação
Habilidades relativas à Fase Inicial II da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Escrita (compartilhada e Construção do sistema alfabético/Convenções (CG.EF02LP01.s) Utilizar, ao produzir o texto, grafia correta de palavras
autônoma) da escrita. conhecidas ou com estruturas silábicas já dominadas, letras maiúsculas em início
de frases e em substantivos próprios, segmentação entre as palavras, ponto final,
ponto de interrogação e ponto de exclamação.
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF02LP02.s) Segmentar palavras em sílabas e remover e substituir sílabas
Linguística/Semiótica ortografia. iniciais, mediais ou finais para criar novas palavras.
(alfabetização)
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF02LP03.s) Ler e escrever palavras com correspondências regulares diretas
Linguística/Semiótica ortografia. entre letras e fonemas (f, v, t, d, p, b) e correspondências regulares contextuais (c
(alfabetização) e q; e e o, em posição átona em final de palavra).
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF02LP04.s) Ler e escrever corretamente palavras com sílabas CV, V, CVC,
Linguística/Semiótica ortografia. CCV, identificando que existem vogais em todas as sílabas.
(alfabetização)
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF02LP05.s) Ler e escrever corretamente palavras com marcas de nasalidade
Linguística/Semiótica ortografia. (til, m, n).
(alfabetização)
Análise Conhecimento do alfabeto do português do (CG.EF02LP06.s) Perceber o princípio acrofônico que opera nos nomes das letras
Linguística/Semiótica Brasil. do alfabeto.
(alfabetização)
Análise Conhecimento das diversas grafias do (CG.EF02LP07.s) Escrever palavras, frases, textos curtos nas formas imprensa e
Linguística/Semiótica alfabeto/ Acentuação. cursiva.
(alfabetização)
Análise Segmentação de palavras/Classificação de (CG.EF02LP08.s) Segmentar corretamente as palavras ao escrever frases e textos.
Linguística/Semiótica palavras por número de sílabas.
(alfabetização)

352
Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Análise Pontuação. (CG.EF02LP09.s) Usar adequadamente ponto final, ponto de interrogação e ponto
Linguística/Semiótica de exclamação.
(alfabetização)
Análise Sinonímia e antonímia/Morfologia/Pontuação. (CG.EF02LP10.s) Identificar sinônimos de palavras de texto lido, determinando a
Linguística/Semiótica diferença de sentido entre eles, e formar antônimos de palavras encontradas em
(alfabetização) texto lido pelo acréscimo do prefixo de negação in/im.
Análise Morfologia. (CG.EF02LP11.s) Formar o aumentativo e o diminutivo de palavras com os
Linguística/Semiótica sufixos -ão e -inho/zinho.
(alfabetização)
Análise Construção do sistema alfabético e da (CG.EF05LP01.s) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-
Linguística/Semiótica ortografia. grafema regulares, contextuais e morfológicas e palavras de uso frequente com
(ortografização) correspondências irregulares.
Análise Conhecimento do alfabeto do português do (CG.EF05LP02.s) Identificar o caráter polissêmico das palavras (uma mesma
Linguística/Semiótica Brasil/Ordem alfabética/Polissemia. palavra com diferentes significados, de acordo com o contexto de uso),
(ortografização) comparando o significado de determinados termos utilizados nas áreas científicas
com esses mesmos termos utilizados na linguagem usual.
Análise Conhecimento das diversas grafias do (CG.EF05LP03.s) Acentuar corretamente palavras oxítonas, paroxítonas e
Linguística/Semiótica alfabeto/Acentuação proparoxítonas.
(ortografização)
Análise Pontuação. (CG.EF05LP04.s) Diferenciar, na leitura de textos, vírgula, ponto e vírgula, dois-
Linguística/Semiótica pontos e reconhecer, na leitura de textos, o efeito de sentido que decorre do uso de
(ortografização) reticências, aspas, parênteses.
Análise Morfologia. (CG.EF05LP05.s) Identificar a expressão de presente, passado e futuro em
Linguística/Semiótica tempos verbais do modo indicativo.
(ortografização)
Análise Morfologia. (CG.EF05LP06.s) Flexionar, adequadamente, na escrita e na oralidade, os verbos
Linguística/Semiótica em concordância com pronomes pessoais/nomes sujeitos da oração.
(ortografização)
Análise Morfologia. (CG.EF05LP07.s) Identificar, em textos, o uso de conjunções e a relação que
Linguística/Semiótica estabelecem entre partes do texto: adição, oposição, tempo, causa, condição,
(ortografização) finalidade.
Análise Morfologia. (CG.EF05LP08.s) Diferenciar palavras primitivas, derivadas e compostas, e
Linguística/Semiótica derivadas por adição de prefixo e de sufixo.
(ortografização)

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Versão Preliminar – Em processo de revisão
Referencial Curricular – REME
LINGUAGENS

Recomendações:
Para a construção e desenvolvimento deste campo de atuação, é necessário que o aluno já tenha consolidado da linguagem alfabética. O objetivo de produzir
textos publicitários e de propagandas possibilita ao aluno o poder de resolver situações do dia a dia por meio da argumentação. Este exercício leva o aluno a
utilizar o poder da língua como fonte de convencimento e de tomada de decisões.
Sobre o conhecimento das diversas grafias do alfabeto e acentuação, para que sejam desenvolvidas estas habilidades, que diz respeito a reconhecer, compreender
e registrar palavras com diferentes esquemas silábicos em que poderá prever, no primeiro semestre, a escrita convencional de palavras de uso frequente e, no
segundo, sem essa observação, o que permite uma progressão na aprendizagem, é necessário ressaltar que o uso torna a linguagem mais econômica, podendo
facilitar a reflexão e com habilidades que prevejam a colaboração. O conhecimento das diversas grafias do alfabeto e a Acentuação quando envolvidas com
práticas com base na oralidade, na compreensão fonética e tendo como suporte textos que levem o aluno neste processo de observação de uso da linguagem,
proporcionam clareza em sua pronúncia, desenvolvendo memória fonética para a criança, identificando as sílabas das palavras; reconhecendo qual sílaba é
tônica. Trabalhando a segmentação de palavras e classificação de palavras por número de sílabas, requer ao aluno reconhecer e dividir as sílabas das palavras,
classificando-as conforme orientação, ressaltando que o uso da metalinguagem torna a linguagem mais econômica, podendo facilitar sua reflexão.
Na Construção do sistema alfabético é necessário proceder a uma classificação das palavras que é fundamental para a compreensão de algumas das regras da
acentuação gráfica, podendo esse trabalho pode ser realizado sem o uso da metalinguagem. Neste campo de atuação, pode ser trabalhada a reflexão linguística, a
observação do uso da língua tanto na escrita, como também na fala, a análise, a comparação das classes de palavras, desenvolvidas, ao longo do ano letivo.
Tratando de pontuação, convém que seu estudo aconteça de duas maneiras: na leitura, ao analisar os efeitos de sentido produzidos pelo uso no texto; e na escrita,
ao discutir possibilidades e analisar os efeitos de sentido produzidos, elaborando um discurso direto ou indireto e selecionar a mais adequada às intenções de
significação. Dessa forma, é possível prever, identificar os sinais gráficos que estão sendo incluídos; reconhecer na leitura a sua função; usá-los no texto para
apresentar expressividade, legibilidade e provocar os efeitos de sentido desejados, levando em consideração o nível de autonomia do aluno a cada etapa do
processo.
Nas habilidades em que se trata de morfologia e morfossintaxe, respectivamente, preveem o aprendizado as classes gramaticais das palavras indicadas
(substantivos e verbos) e identificar as funções sintáticas que elas podem assumir nos enunciados, usar os saberes gramaticais como ferramentas de constituição
da legibilidade do texto, identificando o significado de uma palavra derivada se a primitiva e o afixo forem conhecidos. É interessante prever um trabalho
reflexivo de observação, análise, comparação e derivação de regularidades no trabalho com as classes de palavras; e usar os saberes gramaticais como
ferramentas de constituição da legibilidade, garantindo sempre o trabalho em colaboração seja ele coletivo e em duplas, pensando na ampliação de recursos
possíveis para a qualificação de processos, de personagens e de locais em que as ações de histórias acontecem nos textos, tanto ao longo dos anos quanto no
interior de um mesmo ano. Quanto à progressão, considera-se, o nível de autonomia do aluno.
Estas habilidades podem ser trabalhadas de maneiras distintas, a depender da fase em que o professor esteja atuando. Essa diferença consiste no quanto o docente
irá aprofundar o desenvolvimento das ações a serem desenvolvidas. É importante que os alunos reconheçam que os textos possuem funções sociais e circulam
em diferentes mídias, com diversos assuntos/finalidades, identificando o autor, bem como o gênero em estudo. Para isto, o desenvolvimento de comportamentos
leitores ocorre por meio: das estratégias de leitura, seleção, antecipação, checagem de hipóteses. São inferências que os alunos precisam utilizar quando fazem
leitura compreensiva do texto. Recomenda-se desenvolver as habilidades supracitadas nestes campos de atuação de maneira sequencial, conforme as etapas da
educação básica, de acordo com o nível de aprendizagem de cada aluno e sua maturidade cognitiva.
Trata-se, portanto, de ações específicas nas quais se estudam os textos para procurar características dos gêneros e para estabelecer relações entre eles, os campos
de atuação e sua organização interna. As informações explícitas em um texto são aquelas que estão, literalmente, expressas no texto, seja ele oral ou escrito.
354
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LINGUAGENS

Localizá-las, portanto, no caso do texto escrito requer do aluno que leia o enunciado e a identifique. Planejar, produzir e revisar a escrita de textos, considerando
a situação comunicativa dos interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade do propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai
circular); o suporte (qual o portador do texto); a linguagem, organização, forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais. Utilizar os
conhecimentos prescritos nessas habilidades proporciona para o aluno, observar suas dificuldades de leitura de textos escritos e compreensão da finalidade dos
textos disponibilizados.
As habilidades sugerem que sejam trabalhadas situações didáticas que proporcionem a compreensão da estrutura composicional, de diversos tipos de produção,
como por exemplo: Título (apresenta a ideia principal); Subtítulo (apresenta uma ideia complementar ao título), logomarca (junção do símbolo da empresa e seu
nome); logotipo (representação gráfica que representa o nome de uma empresa, instituição, marca); slogan (frase curta, de fácil memorização), pode-se utilizar a
linguagem oral para expressar ideias e opiniões, argumentando e defendendo pontos de vista. Para que ocorra a progressão, ao longo das fases iniciais, pode
apoiar-se no grau de complexidade do gênero oral em estudo, com foco no planejamento e no grau de autonomia a ser conquistado pelo aluno em cada etapa.
Quanto à escuta, podemos dar ênfase à atenção, às falas do professor e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre
que necessário, de modo a compreender que a escuta atenta contribui para o aprendizado, selecionando e explicitando, com clareza e objetividade, a partir de
critérios definidos, as ideias essenciais de um texto lido. Para isso, também é necessário respeitar os turnos de fala, aprender a desenvolver a escuta, considerando
o interlocutor.
As atividades que mais potencializam o desenvolvimento da fluência leitora são aquelas em que o leitor estuda textos que lerá em voz alta, em colaboração com
outro leitor mais proficiente. A leitura precisa ser contextualizada em uma situação comunicativa genuína, como uma leitura dramática (situação em que atores
fazem a leitura de um texto teatral para uma audiência, interpretando os personagens).
Para o desenvolvimento, é fundamental a frequência em espaços destinados à leitura (biblioteca) e a participação em atividades como a roda de leitores. É
importante identificar a leitura como fonte de informação, via de acesso aos mundos criados pela literatura e possibilidade de fruição estética, de modo que o
aluno seja capaz de recorrer aos materiais escritos em função. Desenvolver comportamentos leitores e por meio das estratégias de leitura: seleção, antecipação,
inferência, checagem de hipóteses. Inferência é estabelecer, no processo de leitura, uma ligação entre uma ideia expressa no texto e outra que o leitor pode ativar
com base em conhecimentos prévios ou no contexto.
A leitura colaborativa permite a criação de um espaço de circulação de informações no qual pistas textuais e conhecimentos prévios podem ser articulados,
coletivamente, pelos alunos, o que possibilita a apropriação desses procedimentos e a ampliação da competência leitora. É fundamental o desenvolvimento da
competência lexical, ou seja, do domínio do aluno sobre os sentidos, a forma, as funções e os usos das palavras. Essa organização servirá tanto para a oralidade
quanto para a escrita, seja do ponto de vista da compreensão, seja em termos de produção; a utilização dos conhecimentos gramaticais e textuais já internalizados
para, em situações epilinguísticas (de uso), constituir os sentidos do texto escrito, consolidá-los e/ou resolver problemas de compreensão.
Considerando o desenvolvimento contínuo do aluno, é importante atribuir a Prática de Produção de Textos, prescritas nas habilidades, proporcionando a
aquisição de conhecimentos relacionados: em planejar, produzir e revisar textos escritos, coesos e coerentes, a partir do gênero em estudo, ajustados a objetivos e
ao contexto de circulação, esquematizar a situação comunicativa considerando: quem escreve, para quê e para quem escreve. O trabalho pode ser previsto tanto
em colaboração quanto com autonomia, progressivamente, a partir do momento em que os alunos compreendam as regras do sistema de escrita. É importante o
planejamento com ajuda do professor e a utilização de software como editor de texto, para a produção de textos de acordo com gênero em estudo.
Prática de Oralidade é importante à compreensão da lógica e da dinâmica dos intercâmbios orais, para a efetivação de situações como seminários, mesas-
redondas, rodas de conversa, programas de TV etc., que envolvam gêneros como: exposição oral, discussão argumentativa e/ou debate, entrevista oral etc.;
articular a linguagem oral, por meio de situações reais de uso, para o desenvolvimento da competência comunicativa; o trabalho com essas atividades pode
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prever: a) o estudo da situação comunicativa (como assistir a entrevistas); b) o planejamento e análise do gênero e suas marcas linguísticas (identificar o recurso
de considerar a resposta e reelaborar a próxima pergunta, por exemplo). Pode haver impregnação com a escrita, como ouvir canções com legendas, participar de
saraus lendo e oralizando textos, etc.
Tais situações devem contemplar diferentes produções inclusive locais, favorecendo o convívio respeitoso com a diversidade linguística, de modo a legitimar os
diferentes falares do Brasil, sem uma variedade sobrepor outra. O trabalho com esse tipo de atividade, em conjunto de oralidade e escrita, permite perceber que
não se escreve da mesma forma que se fala, permitindo estruturar textos com unidade de sentido, de acordo com os princípios de coerência e coesão estudados e
visualizados nos gêneros em estudo. Esse trabalho implica o uso do dicionário para resolver problemas de ortografia, o que pode ou não envolver a identificação
da definição correspondente ao uso que gerou a busca. Utilizar o dicionário requer a familiarização com procedimentos de busca. A habilidade diz respeito a
reconhecer e lembrar dos registros corretos das grafias de algumas das ocorrências irregulares presentes na língua.
O tratamento pela memorização permite aos estudantes reter imagens visuais das palavras. Compreender a ortografia como um conjunto de normas que
estabelece a grafia correta das palavras, possibilita a comunicação, por escrito, de acordo com a forma padrão vigente. É fundamental reconhecer e relacionar
pronomes pessoais do caso reto e oblíquo, aplicando-os, adequadamente, na oralidade e na escrita assim como, estabelecer relações entre termos de um texto, a
partir de um processo de repetição, sinonímia ou retomada pronominal.
Na Prática de Análise Linguística/Semiótica, é fundamental um trabalho de análise linguística (ortográfica, morfossintática, sintática e semântica) e de
conhecimentos específicos a elas associados, para serem, adequadamente, colocadas em produções textuais dos alunos. Escrever textos com domínio da
separação em palavras, estabilidade de palavras de ortografia regular e de irregulares mais frequentes na escrita e utilização de recursos do sistema de pontuação
para dividir o texto em parágrafos. É essencial conhecer as características do gênero para organizar o texto em unidades de sentido de modo coeso e coerente, ou
seja, dividir o texto em parágrafos, respeitando as normas da pontuação, o encadeamento das ideias e a hierarquia das informações presentes, de acordo com as
características do gênero e a finalidade comunicativa.
No final da Fase Inicial I, é esperado que o aluno adquira a fluência na leitura. Para tanto, faz-se necessário proporcionar atividades com a ajuda do professor e
com autonomia na leitura. Os textos conhecidos de memória como: cantigas regionais e nacionais, poemas, letras de músicas, podem ser trabalhados realizando o
acompanhamento da leitura do texto falado ao seu registro gráfico. O trabalho com rimas, leituras colaborativas, apresentações de saraus, também pode estar
relacionado à Prática de Oralidade.
O intuito de desenvolver os diversos campos de atuação está voltado no trabalho de ensinar procedimentos e comportamentos leitores, com a leitura em voz alta
e/ou a leitura compartilhada de textos de gêneros diversificados impressos e digitais, coletiva e individualmente, valorizando a mensagem do texto e extraindo
informação. Esse modelo de atividade potencializa o trabalho, pois explicita como agem os leitores proficientes. O aprimoramento na leitura com foco na
decodificação desenvolve a Prática de Análise Linguístico/Semiótica, ou seja, orientar o aluno, primeiramente, com palavras de uso frequente, como nome
próprio, nomes de colegas, de parentes e palavras conhecidas, com auxílio do professor enfatizando os sons iniciais e finais, estabelecendo a relação gráfica
sonora, está relacionada ao ato de observar e reproduzir pequenos textos de memória (textos curtos ou trechos significativos ou até mesmo textos mais longos
indicados para os alunos da Fase Inicial I), mobilizando a atenção do aluno para todas as características gráficas do texto como pontuação medial e final,
paragrafação, acentuação, presença de letras maiúsculas.
As Práticas de Linguagem estão presentes na vida social e pode ser levada à escola em situações reais em que se fazem necessários seus usos, em todos os
campos de atuação (vida cotidiana, artístico-literário, práticas de estudo e pesquisa e vida pública). O importante é que o professor selecione gêneros para a
oralidade e a escrita que proporcionem aos alunos experiências diversificadas nos quatro campos de atuação e nas práticas de linguagens. Ao pensarmos na
alfabetização, alguns gêneros são mais adequados para as fases iniciais, os gêneros para serem trabalhados na sala de aula tanto para leitura e escuta produção
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oral e escrita, são mais simples. Os textos do dia a dia, como as listas (compras, chamada) bilhetes e convites, são indicados principalmente pelo foco na grafia.
Conforme o processo de alfabetização progrida, as cantigas de rodas, receitas, parlendas, regras de jogos, são recomendadas, pois além de aprimorar os
conhecimentos da escrita, esses gêneros familiares ao aluno aumentam a compreensão deles quanto à importância de saber ler e escrever.
A escrita espontânea deve acontecer no início com nome próprio, partindo para palavras, frases e pequenos textos, a partir de textos significativos desde o início
da Fase Inicial I de modo permanente. Escrevendo e analisando suas produções, pensando como grafar determinadas palavras tendo escritas convencionais como
referências, os alunos vão, progressivamente, utilizando as letras que representam os fonemas. Essa prática de escrita podem contemplar situações de análise em
grupos, em duplas ou, individualmente, de acordo com o nível de aprendizagem de cada aluno.
Na Prática de Leitura, a seleção e leitura de diferentes textos do campo da vida cotidiana com a mediação do professor, será constante, para que, o aluno esteja
observando as características e organização dos textos/gêneros selecionados, assim como compreender os sentidos do texto e os aspectos estruturantes,
interiorizando a habilidade. Ao desenvolver a Prática da Oralidade, o aluno irá aprimorar a escuta atenta e interação com o grupo. O professor poderá realizar
atividades de recitar, parlendas, quadras, quadrinhas, trava-línguas, trabalhando com entonação adequada, observando as rimas, em sala de aula ou realizando
apresentações públicas.
Neste campo, a Prática de Linguagem de Análise Linguística e Semiótica, ao se trabalhar com o desenvolvimento da habilidade, as atividades que irão
desenvolver são propostas com o objetivo de: distinguir as letras do alfabeto de outros sinais gráficos, conhecer as letras do alfabeto, tipos de fontes, vogais e
consoantes, expondo os alunos a contato com material impresso e/ou digital, que apareçam as letras impressas e cursivas maiúsculas e minúsculas (em cartazes,
jogos como: bingo das letras, dominó, jogo da memória). Para desenvolver as habilidades, o aluno deverá ser capaz de relacionar elementos sonoros (sílabas,
fonemas, partes de palavras) com sua representação escrita, segmentar palavras escritas em sílabas, contando-as e comparando palavras quanto ao número de
sílabas, reconhecer que toda sílaba contém uma vogal como núcleo silábico, como também, reconhecer sílabas simples e complexas em palavras, as letras que
representam sons, além de identificar os sinais de pontuação(ponto final, exclamação e interrogação) nos textos e de seus efeitos na entonação. Recomenda-se,
inicialmente, a prática de alfabetização seja orientada com o uso da letra maiúscula de imprensa, tanto em atividades de leituras como de escrita.
Ao desenvolver a Prática da Escrita, o aluno deverá compreender, em situações de leitura e escrita de textos diversos, iniciando com a construção do nome
próprio, partindo para palavras estáveis e/ou palavras retiradas de textos significativos, relacionando as letras e sons na articulação da fala e elementos sonoros
(sílabas, fonemas, partes de palavras) com sua representação escrita.
Em consideração às competências e habilidades a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de desenvolverem-se as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com as
práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.
Nesse sentido, todos os campos de atuação organizam a contextualização do conhecimento escolar e como as práticas derivam de situações da vida social, é
importante que o contexto seja significativo para os estudantes no processo de alfabetização, e que a escolha dos textos para as práticas letradas tenha como foco
a alfabetização na ação pedagógica.
Recomenda-se que os professores realizem contextualizações que contemplem todos os campos de atuação, a fim de desenvolver o trabalho com as habilidades
previstas integrando procedimentos e estratégias (meta) cognitivas nos processos de relação entre fala, escrita, oralidade, produção de textos, compreensão de
textos e seus efeitos de sentidos referente as suas formas de construção, constituindo a metacognição do sistema linguístico.
As práticas podem envolver reflexões quanto ao uso da letra maiúscula em substantivos próprios, análise coerente em leituras feitas e também orientada pelo
professor, observação quanto ao uso de pontuação, revisão de produções, envolvimento com ações de juntar e separar palavras, silabas e letras compreendendo
que palavras podem compartilham certas letras, e que essas representam os sons da língua, bem como as formas de representa-las. Cantigas, rimas, listas de
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palavras dentre outros gêneros textuais presentes, nos campos de atuação, auxiliam a manipulação, identificação, analise, ensino e desenvolvimento das
habilidades promovendo e reforçando de forma consciente o processo de alfabetização.
Na Prática de Escrita (compartilhada e autônoma), com situações didáticas, o professor ajudará o aluno a justificar suas respostas e, progressivamente,
atribuindo maior autonomia aos alunos. Os gêneros descritivos como de um objeto, animal, pessoa etc, podem auxiliar no desenvolvimento da habilidade na
escrita de frases, palavras e pequenos textos. Nas habilidades que contemplam as Práticas de escrita, o auxílio do professor deve favorecer a percepção e o
monitoramento das estratégias em busca dos objetivos no processo de alfabetização.
Os diferentes tipos de textos são sugeridos para que o professor alfabetizador sistematize e promova a reflexão com os alunos sobre elementos constitutivos da
língua padrão e suas formas de uso. Sendo assim, para o desenvolvimento das práticas de linguagem que envolva a Prática de Análise Linguística/Semiótica e
Prática de Escrita na alfabetização os textos poéticos (parlendas, quadrinhas, poemas, cantigas, trava-línguas), textos narrativos (contos, histórias, lendas e
fábulas), textos epistolares (bilhetes, convites, avisos e recados), textos jornalísticos (notícias, entrevistas, classificados), textos publicitários (cartazes, folhetos),
textos informativos (gráficos e tabelas), textos instrucionais (receitas culinárias e demais receitas, regras de jogo) e textos descritivos (imagens, lugares, objetos,
pessoas, animais) torna-se necessário, por meio da sua relevância social, para o trabalho justificado e fundamentados pelos objetos de conhecimento (construção
do sistema alfabético/convenções da escrita, construção do sistema alfabético e da ortografia, conhecimento do alfabeto do português do Brasil, conhecimento
das diversas grafias do alfabeto/acentuação, segmentação de palavras/classificação de palavras por número de sílabas, pontuação, sinonímia e
antonímia/morfologia/pontuação e morfologia. É importante a reconstrução das produções orientadas pelo professor, fazendo deste momento a oportunidade para
que os alunos vivenciem e percebam que a escrita não é meramente um amontoado de letras, e sim uma organização de diversos elementos.
Em consideração às competências e habilidade a serem desenvolvidas nesta etapa de ensino, orienta-se a adoção de estratégias e procedimentos de forma a
instrumentalizar as práticas de linguagem, ressaltando-se a importância de desenvolverem-se as recomendações de forma integrada, garantindo o trabalho com
todas as práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades pertencentes a esse campo de atuação.
Para a Prática de Oralidade e a Prática de Análise Linguística/Semiótica relacionada nas habilidades, é importante compreender e registrar, corretamente, os
casos das palavras previstas. As palavras escolhidas são aquelas em que o contexto interno é que determina que letra usar, sendo necessária a análise de
ocorrências para a construção da regra. As morfológicas são aquelas em que o conhecimento de determinado aspecto gramatical contribui para saber como grafar
a palavra. Ex.: adjetivos como: manhoso/guloso e outros são grafados com S, entre outras. As palavras de uso frequente com correspondências irregulares devem
ser memorizadas. É fundamental compreender a ortografia como um conjunto de normas que estabelece a grafia correta das palavras, possibilitando a
comunicação por escrito de acordo com a forma padrão vigente. O trabalho com essa atividade implica saber que uma palavra pode ter vários significados, em
função de vários aspectos relacionados com o contexto de uso: gíria, tempo, registro linguístico — literário, usual, acadêmico, científico, etc. Sendo assim, é
fundamental considerar essas variáveis, seja na leitura de um texto (reconhecendo o sentido correspondente ao contexto), seja na elaboração de um texto
(empregando-a de acordo com as intenções de significação).
Considerando a Prática de Leitura/Escuta, prevista nas habilidades, é importante que o aluno identifique as sílabas das palavras; reconheça qual sílaba é tônica;
identifique quais têm vogais abertas e quais têm vogais fechadas; reconheça sinais gráficos como o acento agudo e o circunflexo; relacione o primeiro com
vogais abertas e o segundo, com as fechadas. Depois disso, requer que os alunos identifiquem as regularidades da acentuação apontadas na habilidade, acentuar
corretamente palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas. Reconhecer, na leitura, a sua função; usá-los no texto para garantir legibilidade e para provocar os
efeitos de sentido desejados, contemplando o estudo de novos usos da vírgula, dos dois pontos, ponto e vírgula, reticências, aspas e parênteses. Da mesma forma,
prevê: identificar os novos sinais gráficos.
Em continuidade com o desenvolvimento, é possível propor por meio da Prática Produção de Textos, a produção de escrita, para que o estudante utilize esse
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saber para garantir a manutenção do tempo verbal predominante, o que confere coesão e coerência ao texto. É interessante prever um trabalho reflexivo de
observação, análise, comparação e derivação de regularidades no trabalho com os tempos verbais e usar tais saberes como ferramentas de constituição da
legibilidade do texto.
Já, a Prática de Escrita precisa estar relacionada à Prática de Análise Linguística/Semiótica voltada para a produção escrita, que o estudante utilize esse saber
para garantir a manutenção do tempo verbal predominante, o que confere coesão e coerência ao texto. Reconhecer e relacionar pronomes pessoais do caso reto e
oblíquo, aplicando-os, adequadamente, na oralidade e na escrita.
Campo Jornalístico-Midiático
Habilidades relativas à fase intermediária da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Apreciação e réplica. (CG.EJA.FINT.EF69LP01.s) Diferenciar liberdade de expressão de discursos de
Relação entre gêneros e mídias. ódio, posicionando-se contrariamente a esse tipo de discurso e vislumbrando
possibilidades de denúncia quando for o caso.
Leitura/Escuta Apreciação e réplica. (CG.EJA.FINT.EF69LP02.s) Analisar e comparar peças publicitárias variadas
Relação entre gêneros e mídias. (cartazes, folhetos, outdoor, anúncios e propagandas em diferentes mídias, spots,
jingle, vídeos etc.), de forma a perceber a articulação entre elas em campanhas, as
especificidades das várias semioses e mídias, a adequação dessas peças ao
público-alvo, aos objetivos do anunciante e/ou da campanha e à construção
composicional e estilo dos gêneros em questão, como forma de ampliar suas
possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses
gêneros.
Produção de textos Textualização. (CG.EJA.FINT.EF69LP07.s) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando
sua adequação ao contexto produção e circulação – os enunciadores envolvidos,
os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação -, ao modo (escrito ou oral; imagem
estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica apropriada
a esse contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais
e do gênero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição,
reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a
colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo
cortes, acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia,
pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes,
acréscimos, ajustes, acrescentando/alterando efeitos, ordenamentos etc.
Produção de Textos Revisão/edição de texto informativo e (CG.EJA.FINT.EF69LP08.s) Revisar/editar o texto produzido – notícia,
opinativo. reportagem, resenha, artigo de opinião, dentre outros –, tendo em vista sua
adequação ao contexto de produção, a mídia em questão, características do
gênero, aspectos relativos à textualidade, a relação entre as diferentes semioses, a
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formatação e uso adequado das ferramentas de edição (de texto, foto, áudio e
vídeo, dependendo do caso) e adequação à norma culta.
Oralidade Produção de textos jornalísticos orais. (CG.EJA.FINT.EF69LP11.s) Identificar e analisar posicionamentos defendidos e
[*Considerar todas as refutados na escuta de interações polêmicas em entrevistas, discussões e debates
habilidades dos eixos (televisivo, em sala de aula, em redes sociais etc.), entre outros, e se posicionar
leitura e produção que frente a eles.
se referem a textos ou
produções orais, em
áudio ou vídeo]
Oralidade Participação em discussões orais de temas (CG.EJA.FINT.EF69LP14.s) Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos
controversos de interesse da turma e/ou de colegas e dos professores, tema/questão polêmica, explicações e ou argumentos
relevância social. relativos ao objeto de discussão para análise mais minuciosa e buscar em fontes
diversas informações ou dados que permitam analisar partes da questão e
compartilhá-los com a turma.
Oralidade Participação em discussões orais de temas (CG.EJA.FINT.EF69LP15.s) Apresentar argumentos e contra-argumentos
controversos de interesse da turma e/ou de coerentes, respeitando os turnos de fala, na participação em discussões sobre
relevância social. temas controversos e/ou polêmicos.
Análise Estilo. (CG.EJA.FINT.EF69LP17.s) Perceber e analisar os recursos estilísticos e
linguística/semiótica semióticos dos gêneros jornalísticos e publicitários, os aspectos relativos ao
tratamento da informação em notícias, como a ordenação dos eventos, as escolhas
lexicais, o efeito de imparcialidade do relato, a morfologia do verbo, em textos
noticiosos e argumentativos, reconhecendo marcas de pessoa, número, tempo,
modo, a distribuição dos verbos nos gêneros textuais (por exemplo, as formas de
pretérito em relatos; as formas de presente e futuro em gêneros argumentativos; as
formas de imperativo em gêneros publicitários), o uso de recursos persuasivos em
textos argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais,
construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e
as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-
discursivos utilizados (tempo verbal, jogos de palavras, metáforas, imagens).
Leitura/Escuta Reconstrução do contexto de produção, (CG.EJA.FINT.EF07LP01.s) Distinguir diferentes propostas editoriais –
circulação e recepção de textos. sensacionalismo, jornalismo investigativo etc. –, de forma a identificar os
Caracterização do campo jornalístico e relação recursos utilizados para impactar/chocar o leitor que podem comprometer uma
entre os gêneros em circulação, mídias e análise crítica da notícia e do fato noticiado.
práticas da cultura digital.
Leitura/Escuta Estratégia de leitura. (CG.EJA.FINT.EF67LP04.s) Distinguir, em segmentos descontínuos de textos,
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Distinção de fato e opinião. fato da opinião enunciada em relação a esse mesmo fato.
Produção de textos Produção e edição de textos publicitários. (CG.EJA.FINT.EF67LP13.s) Produzir, revisar e editar textos publicitários,
levando em conta o contexto de produção dado, explorando recursos
multissemióticos, relacionando elementos verbais e visuais, utilizando
adequadamente estratégias discursivas de persuasão e/ou convencimento e
criando título ou slogan que façam o leitor motivar-se a interagir com o texto
produzido e se sinta atraído pelo serviço, ideia ou produto em questão.
Recomendações:
Em relação à habilidade CG.EJA.FINT.EF69LP02.s, é pertinente discorrer sobre a função conativa da linguagem, além de esclarecer que
panfletos/folhetos/outdoors estão, conceitualmente, mais vinculados a lógica de suportes textuais do que de gêneros. Em proveito desse esclarecimento, cabe,
também, discorrer sobre a intencionalidade (ou não aleatoriedade) dos elementos visuais aos textos verbais. Desse modo, refletirem como (em promoção de
práticas de Oralidade), muitas vezes um produto parece mais apetitoso, ou que a suposição de comprar um pacote maior nem sempre implique em uma relação
de custo benefício; o que exige, muitas vezes uma postura de leitor (práticas de Leitura) para além do que a diagramação das embalagens quer evidenciar. Há
que se explorar todo rótulo, o que cabe articulação com conhecimentos de outros componentes curriculares para melhor compreensão leitora, seja de consciência
nutricional, medicamentosa ou até operacional (a considerar indicativos de questões energéticas, cuidados de conservação e/ou manipulação do produto em
questão).
Em relação à habilidade CG.EJA.FINT.EF69LP11.s, cabe associar após as práticas de Leitura/Escuta e Oralidade, envolvidas na identificação, análise e
discussão em sala a respeito de como os autores/pessoas mencionadas nas manifestações noticiosas em apreço se posicionam, considerar se respondem além do
que foi questionado, estritamente a indagação, ou tergiversam. Cabe estender a uma proposta de Produção de Textos e pensar como registrariam uma pergunta
que retomasse ao que se desviou da discussão, ou analisar/revisar os questionamentos, a fim de que fiquem mais condizentes com o interesse do que se almeja
inquirir para noticiar. Nesse sentido, a partir de entrevistas, cabe a produção de, em alguns casos, releases, ou até mesmo transtextualizar para outros gêneros
noticiosos, como matérias jornalísticas.
Além do que foi pontuado nesta célula, sugere-se, ainda que demande adaptação, apreciar as recomendações deste Campo de Atuação relativas aos anos finais do
ensino fundamental, uma vez que essas foram construídas, também, com a contribuição dos professores atuantes na EJA.
Campo de Atuação na Vida Pública
Habilidades relativas à fase intermediária da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta. Reconstrução das condições de produção e (CG.EJA.FINT.EF69LP20.s) Identificar, tendo em vista o contexto de produção,
circulação e adequação do texto à construção a forma de organização dos textos normativos e legais, a lógica de hierarquização
composicional e ao estilo de gênero (Lei, de seus itens e subitens e suas partes: parte inicial (título – nome e data – e
código, estatuto, código, regimento etc.). ementa), blocos de artigos (parte, livro, capítulo, seção, subseção), artigos (caput
e parágrafos e incisos) e parte final (disposições pertinentes à sua implementação)
e analisar efeitos de sentido causados pelo uso de vocabulário técnico, pelo uso do
imperativo, de palavras e expressões que indicam circunstâncias, como advérbios
e locuções adverbiais, de palavras que indicam generalidade, como alguns
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pronomes indefinidos, de forma a poder compreender o caráter imperativo,


coercitivo e generalista das leis e de outras formas de regulamentação.
Oralidade. Discussão oral. (CG.EJA.FINT.EF69LP24.s) Discutir casos, reais ou simulações, submetidos a
juízo, que envolvam (supostos) desrespeitos a artigos, do ECA, do Código de
Defesa do Consumidor, do Código Nacional de Trânsito, de regulamentações do
mercado publicitário etc., como forma de criar familiaridade com textos legais –
seu vocabulário, formas de organização, marcas de estilo etc. -, de maneira a
facilitar a compreensão de leis, fortalecer a defesa de direitos, fomentar a escrita
de textos normativos (se e quando isso for necessário) e possibilitar a
compreensão do caráter interpretativo das leis e as várias perspectivas que podem
estar em jogo.
Oralidade. Discussão oral. (CG.EJA.FINT.EF69LP25.s) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em
uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e
outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando
as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus
posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas
claras e justificadas.
Produção de textos. Estratégia de produção: planejamento de (CG.EJA.FINT.EF67LP19.s) Realizar levantamento de questões, problemas que
textos reivindicatórios ou propositivos. requeiram a denúncia de desrespeito a direitos, reivindicações, reclamações,
solicitações que contemplem a comunidade escolar ou algum de seus membros e
examinar normas e legislações.
Produção de textos. Textualização, revisão e edição. (CG.EJA.FINT.EF69LP22.s) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou
propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade,
justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa,
objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as
características dos gêneros em questão.
Recomendações:
Em relação ao cumprimento da habilidade CG.EJA.FINT.EF67LP19.s, cabe articulá-la, previa e processualmente, a outras habilidades
(CG.EJA.FINT.EF69LP24.s e CG.EJA.FINT.EF69LP22.s). Nisso, inicialmente, convém discutir (Oralidade) com os estudantes quais problemas comunitários
e/ou escolares eles sentem/percebem mais intensamente, e então, a partir disso, propor que pensem em como é possível articular uma solução. Assim, uma
pesquisa (Leitura/Escuta) para saber quais órgãos governamentais competentes (ou de gestão escolar) podem ser mobilizados a atuarem/colaborarem na
resolução da problemática. Nesse intento, cabe destacar que o interessante ao desenvolvimento do componente curricular Língua Portuguesa não se cumpre,
exatamente, por solucionar as demandas sociais, todavia pelo exercício da retórica e da escrita (Produção de Textos) envolvidas, sejam em petições, ofícios,
abaixo-assinados, entrevistas, laudos, denúncias, e/ou elaboração de projetos, pertinentes ao que se foi pesquisado e vinculado com a lógica de estudo/vivência
de gêneros textuais, a qual pressupõe aplicabilidade nas esferas de interesses da/atuação em sociedade.
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Além do que foi pontuado nesta célula, sugere-se, ainda que demande adaptação, apreciar as recomendações deste Campo de Atuação relativas aos anos finais do
ensino fundamental, uma vez que essas foram construídas, também, com a contribuição dos professores atuantes na EJA.
Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa
Habilidades relativas à fase intermediária da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Reconstrução das condições de produção e (CG.EJA.FINT.EF69LP29.s) Refletir sobre a relação entre os contextos de
recepção dos textos e adequação do texto à produção dos gêneros de divulgação científica – texto didático, artigo de
construção composicional e ao estilo de divulgação científica, reportagem de divulgação científica, verbete de
gênero. enciclopédia (impressa e digital), esquema, infográfico (estático e animado),
relatório, relato multimidiático de campo, podcasts e vídeos variados de
divulgação científica etc. – e os aspectos relativos à construção composicional e
às marcas linguística características desses gêneros, de forma a ampliar suas
possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses
gêneros.
Leitura/Escuta Relação entre textos. (CG.EJA.FINT.EF69LP30.s) Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos,
dados e informações de diferentes fontes, levando em conta seus contextos de
produção e referências, identificando coincidências, complementaridades e
contradições, de forma a poder identificar erros/imprecisões conceituais,
compreender e posicionar-se criticamente sobre os conteúdos e informações em
questão.
Leitura/Escuta Estratégias e procedimentos de leitura. (CG.EJA.FINT.EF69LP33.s) Articular o verbal com os esquemas, infográficos,
Relação do verbal com outras semioses. imagens variadas etc. na (re)construção dos sentidos dos textos de divulgação
Procedimentos e gêneros de apoio à científica e retextualizar do discursivo para o esquemático – infográfico, esquema,
compreensão. tabela, gráfico, ilustração etc. – e, ao contrário, transformar o conteúdo das
tabelas, esquemas, infográficos, ilustrações etc. em texto discursivo, como forma
de ampliar as possibilidades de compreensão desses textos e analisar as
características das multissemioses e dos gêneros em questão.
Produção de textos Consideração das condições de produção de (CG.EJA.FINT.EF69LP35.s) Planejar textos de divulgação científica, a partir da
textos de divulgação científica. elaboração de esquema que considere as pesquisas feitas anteriormente, de notas e
Estratégias de escrita. sínteses de leituras ou de registros de experimentos ou de estudo de campo,
produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de
dados e resultados de pesquisas, tais como artigo de divulgação científica, artigo
de opinião, reportagem científica, verbete de enciclopédia, verbete de
enciclopédia digital colaborativa , infográfico, relatório, relato de experimento
científico, relato (multimidiático) de campo, tendo em vista seus contextos de
363
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LINGUAGENS

produção, que podem envolver a disponibilização de informações e


conhecimentos em circulação em um formato mais acessível para um público
específico ou a divulgação de conhecimentos advindos de pesquisas
bibliográficas, experimentos científicos e estudos de campo realizados.
Oralidade Estratégias de produção: planejamento e (CG.EJA.FINT.EF69LP38.s) Organizar os dados e informações pesquisados em
produção de apresentações orais. painéis ou slides de apresentação, levando em conta o contexto de produção, o
tempo disponível, as características do gênero apresentação oral, a multissemiose,
as mídias e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação, considerando
também elementos paralinguísticos e cinésicos e proceder à exposição oral de
resultados de estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do
planejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala – memorizada,
com apoio da leitura ou fala espontânea.
Análise Construção composicional. (CG.EJA.FINT.EF69LP40.s) Analisar, em gravações de seminários, conferências
linguística/semiótica Elementos paralinguísticos e cinésicos. rápidas, trechos de palestras, dentre outros, a construção composicional dos
Apresentações orais. gêneros de apresentação – abertura/saudação, introdução ao tema, apresentação
do plano de exposição, desenvolvimento dos conteúdos, por meio do
encadeamento de temas e subtemas (coesão temática), síntese final e/ou
conclusão, encerramento –, os elementos paralinguísticos (tais como: tom e
volume da voz, pausas e hesitações – que, em geral, devem ser minimizadas –,
modulação de voz e entonação, ritmo, respiração etc.) e cinésicos (tais como:
postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão facial,
contato de olho com plateia, modulação de voz e entonação, sincronia da fala com
ferramenta de apoio etc.), para melhor performar apresentações orais no campo da
divulgação do conhecimento.
Análise Marcas linguísticas. (CG.EJA.FINT.EF69LP43.s) Identificar e utilizar os modos de introdução de
linguística/semiótica Intertextualidade. outras vozes no texto – citação literal e sua formatação e paráfrase –, as pistas
linguísticas responsáveis por introduzir no texto a posição do autor e dos outros
autores citados (“Segundo X; De acordo com Y; De minha/nossa parte,
penso/amos que”...) e os elementos de normatização (tais como as regras de
inclusão e formatação de citações e paráfrases, de organização de referências
bibliográficas) em textos científicos, desenvolvendo reflexão sobre o modo como
a intertextualidade e a retextualização ocorrem nesses textos.
Análise Textualização. (CG.EJA.FINT.EF67LP25.s) Reconhecer e utilizar os critérios de organização
linguística/semiótica Progressão temática. tópica (do geral para o específico, do específico para o geral etc.), as marcas
linguísticas dessa organização (marcadores de ordenação e enumeração, de
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LINGUAGENS

explicação, definição e exemplificação, por exemplo) e os mecanismos de


paráfrase, de maneira a organizar mais adequadamente a coesão e a progressão
temática de seus textos.
Análise Textualização. (CG.EJA.FINT.EF67LP26.s) Reconhecer a estrutura de hipertexto em textos de
linguística/semiótica divulgação científica e proceder à remissão a conceitos e relações por meio de
notas de rodapés ou boxes.
Oralidade Conversação espontânea. (CG.EJA.FINT.EF67LP23.s) Respeitar os turnos de fala, na participação em
conversações e em discussões ou atividades coletivas, na sala de aula e na escola
e formular perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos em
situações de aulas, apresentação oral, seminário etc.
Recomendações:
É oportuno recomendar a compreensão e a vivência de práticas de debates, antecedidos ou não de mesas redondas, a fim de que os estudantes tenham
oportunidade para se desenvolverem ao que apregoa a habilidade CG.EJA.FINT.EF67LP23.s. Desse modo, a prática da Oralidade ocorre em simultaneidade à
percepção do que são critérios para construção dos discursos científicos, partindo do conhecimento/sabedoria popular, até se lapidar as declarações carentes de
investigação e fechadas à visões contraditórias, até, por conseguinte, também, implicar em uma seleção de vocábulos e expressões mais condizentes ao rigor
formal/técnico/objetivo da ciência. Assim, cabe-se promover, para esta etapa, o delineamento de Produção de Textos, foco maior na consolidação de uma
imprescindível concepção do que é ciência, e as implicações do fazer científico, e como reconhecer a cientificidade nos textos, tanto pela criticidade investigativa
e de impacto sócio-político-econômico quanto pela Análise Linguística/Semiótica, sem que signifique sobrepujar os demais conhecimentos, entretanto trazendo
à tona a relevância/potencial para configuração da sociedade, mais ou menos desenvolvida, diplomática e/ou sustentável. Outrossim, as práticas de Leitura de
quadros, tabelas e/ou gráficos devem ser estimuladas a serem confrontadas com as fontes e o próprio texto que estiverem vinculadas.
Além do que foi pontuado nesta célula, sugere-se, ainda que demande adaptação, apreciar as recomendações deste Campo de Atuação relativas aos anos finais do
ensino fundamental, uma vez que essas foram construídas, também, com a contribuição dos professores atuantes na EJA.
Campo Artístico-Literário
Habilidades relativas à fase intermediária da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Reconstrução das condições de produção, (CG.EJA.FINT.EF69LP44.s) Inferir a presença de valores sociais, culturais e
circulação e recepção. humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo
Apreciação e réplica. nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades,
sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de
sua produção.
Leitura/Escuta Reconstrução da textualidade e compreensão (CG.EJA.FINT.EF69LP47.s) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as
dos efeitos de sentidos provocados pelos usos diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos
de recursos linguísticos e multissemióticos. que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical
típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os

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LINGUAGENS

efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos
verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver)
empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se
estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do
foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e
psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto
(do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação
expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de
recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo.
Leitura/Escuta Reconstrução da textualidade e compreensão (CG.EJA.FINT.EF69LP48.s) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso
dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc), semânticos
de recursos linguísticos e multissemióticos. (figuras de linguagem, por exemplo), gráficoespacial (distribuição da mancha
gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal.
Produção de textos Consideração das condições de produção. (CG.EJA.FINT.EF69LP51.s) Engajar-se ativamente nos processos de
Estratégias de produção: planejamento, planejamento, textualização, revisão/edição e reescrita, tendo em vista as
textualização e revisão/edição. restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as
configurações da situação de produção – o leitor pretendido, o suporte, o contexto
de circulação do texto, as finalidades etc. – e considerando a imaginação, a estesia
e a verossimilhança próprias ao texto literário.
Análise Recursos linguísticos e semióticos que operam (CG.EJA.FINT.EF69LP54.s) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da
Linguística/Semiótica nos textos pertencentes aos gêneros literários. interação entre os elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e
cinésicos, como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz, as pausas,
as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos por meio da estrofação,
das rimas e de figuras de linguagem como as aliterações, as assonâncias, as
onomatopeias, dentre outras, a postura corporal e a gestualidade, na declamação
de poemas, apresentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa quanto
nos gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de
linguagem, tais como comparação, metáfora, personificação, metonímia,
hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos de sentido
decorrentes do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas
(adjetivos, locuções adjetivas, orações subordinadas adjetivas etc.), que
funcionam como modificadores, percebendo sua função na caracterização dos
espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo.
Recomendações:
O foco recomendado para esta fase da EJA em relação ao Campo Artístico-Literário é promover a formação de leitores de literatura, portanto as habilidades de
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LINGUAGENS

Leitura/Escuta devem ser as mais estimuladas em primazia. E por se tratar em formar, sensibilizar é preciso, o que, em muitos casos, parte-se da vivência da
oralização de textos, sejam como declamações pelos alunos ou professor, ou até a leitura em voz audível de fragmentos em prosa, a fim de que prévia ou a
posteriori conversas (Oralidade) sobre impressões/expectativas em relação à obra sejam postas em perspectiva, e instiguem a continuidade da leitura de forma
autônoma, para além das cobranças, espaços e momentos escolares.
Em relação às práticas de Análise Linguística/Semiótica cabe chamar atenção dos estudantes para o que compõem a literacidade dos textos, que passam sobre
as questões explícitas de estrutura e da plasticidade linguísticas, bem evidenciadas pelas figuras de linguagem (CG.EJA.FINT.EF69LP54.s), porém que alcançam
fatores mais implícitos, ou seja: às vezes com menores destaques estruturais e sim maiores apelos imagéticos/reflexivos, como à popular leitura de entrelinhas,
vinculada a pressupostos/inferências, intertextualidade, interpretação e coautoria a partir da prática leitura construtora de sentidos, para além do que almejava o
autor do texto inicialmente materializado.
Além do que foi pontuado nesta célula, sugere-se, ainda, que demande adaptação, apreciar as recomendações deste Campo de Atuação relativas aos anos finais
do ensino fundamental, uma vez que essas foram construídas, também, com a contribuição dos professores atuantes na EJA.
Todos os Campos de Atuação
Habilidades relativas à fase intermediária da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Análise Variação linguística. (CG.EJA.FINT.EF69LP55.s) Reconhecer as variedades da língua falada, o
linguística/semiótica conceito de norma-padrão e o de preconceito linguístico.
Análise Variação linguística. (CG.EJA.FINT.EF69LP56.s) Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas
linguística/semiótica da norma-padrão em situações de fala e escrita nas quais ela deve ser usada.
Análise Elementos notacionais da escrita. (CG.EJA.FINT.EF67LP33.s) Pontuar textos adequadamente.
linguística/semiótica
Análise Léxico/morfologia. (CG.EJA.FINT.EF06LP03.s) Analisar diferenças de sentido entre palavras de
linguística/semiótica uma série sinonímica.
Análise Léxico/morfologia. (CG.EJA.FINT.EF67LP35.s) Distinguir palavras derivadas por acréscimo de
linguística/semiótica afixos e palavras compostas.
Análise Morfossintaxe. (CG.EJA.FINT.EF06LP04.s) Analisar a função e as flexões de substantivos e
linguística/semiótica adjetivos e de verbos nos modos Indicativo, Subjuntivo e Imperativo: afirmativo e
negativo.
Análise Morfossintaxe. (CG.EJA.FINT.EF07LP04.s) Reconhecer, em textos, o verbo como o núcleo das
linguística/semiótica orações.
Análise Morfossintaxe. (CG.EJA.FINT.EF06LP05.s) Identificar os efeitos de sentido dos modos verbais,
linguística/semiótica considerando o gênero textual e a intenção comunicativa.
Análise Morfossintaxe. (CG.EJA.FINT.EF07LP05.s) Identificar, em orações de textos lidos ou de
linguística/semiótica produção própria, verbos de predicação completa e incompleta: intransitivos e
transitivos.

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LINGUAGENS

Análise Morfossintaxe. (CG.EJA.FINT.EF06LP06.s) Empregar, adequadamente, as regras de


linguística/semiótica concordância nominal (relações entre os substantivos e seus determinantes) e as
regras de concordância verbal (relações entre o verbo e o sujeito simples e
composto).
Análise Sintaxe. (CG.EJA.FINT.EF06LP10.s) Identificar sintagmas nominais e verbais como
linguística/semiótica constituintes imediatos da oração.
Análise Elementos notacionais da (CG.EJA.FINT.EF06LP11.s) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos
linguística/semiótica escrita/morfossintaxe. linguísticos e gramaticais: tempos verbais, concordância nominal e verbal, regras
ortográficas, pontuação etc.
Análise Semântica. (CG.EJA.FINT.EF06LP12.s) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão
linguística/semiótica Coesão. referencial (nome e pronomes), recursos semânticos de sinonímia, antonímia e
homonímia e mecanismos de representação de diferentes vozes (discurso direto e
indireto).
Análise Coesão. (CG.EJA.FINT.EF07LP13.s) Estabelecer relações entre partes do texto,
linguística/semiótica identificando substituições lexicais (de substantivos por sinônimos) ou
pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos,
demonstrativos), que contribuem para a continuidade do texto.
Análise Sequências textuais. (CG.EJA.FINT.EF67LP37.s) Analisar, em diferentes textos, os efeitos de sentido
Linguística/Semiótica decorrentes do uso de recursos linguístico-discursivos de prescrição, causalidade,
sequências descritivas e expositivas e ordenação de eventos.
Análise Modalização. (CG.EJA.FINT.EF07LP14.s) Identificar, em textos, os efeitos de sentido do uso
Linguística/Semiótica de estratégias de modalização e argumentatividade.
Análise Figuras de linguagem. (CG.EJA.FINT.EF67LP38.s) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de
Linguística/Semiótica linguagem, como comparação, metáfora, metonímia, personificação, hipérbole,
dentre outras.
Recomendações:
Sugere-se, ainda que demande adaptação, apreciar as recomendações deste Campo de Atuação relativas aos anos finais do ensino fundamental, uma vez que
essas foram construídas, também, com a contribuição dos professores atuantes na EJA.
Campo Jornalístico-Midiático
Habilidades relativas à fase final da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Apreciação e réplica. (CG.EJA.FFIN.EF69LP01.s) Diferenciar liberdade de expressão de discursos de
Relação entre gêneros e mídias. ódio, posicionando-se contrariamente a esse tipo de discurso e vislumbrando
possibilidades de denúncia quando for o caso.

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LINGUAGENS

Leitura/Escuta Apreciação e réplica. (CG.EJA.FFIN.EF69LP02.s) Analisar e comparar peças publicitárias variadas


Relação entre gêneros e mídias. (cartazes, folhetos, outdoor, anúncios e propagandas em diferentes mídias, spots,
jingle, vídeos etc.), de forma a perceber a articulação entre elas em campanhas, as
especificidades das várias semioses e mídias, a adequação dessas peças ao
público-alvo, aos objetivos do anunciante e/ou da campanha e à construção
composicional e estilo dos gêneros em questão, como forma de ampliar suas
possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses
gêneros.
Produção de textos Textualização. (CG.EJA.FFIN.EF69LP07.s) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando
sua adequação ao contexto produção e circulação – os enunciadores envolvidos,
os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação -, ao modo (escrito ou oral; imagem
estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica apropriada
a esse contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais
e do gênero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição,
reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a
colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo
cortes, acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia,
pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes,
acréscimos, ajustes, acrescentando/alterando efeitos, ordenamentos etc.
Produção de Textos Revisão/edição de texto informativo e (CG.EJA.FFIN.EF69LP08.s) Revisar/editar o texto produzido – notícia,
opinativo. reportagem, resenha, artigo de opinião, dentre outros –, tendo em vista sua
adequação ao contexto de produção, a mídia em questão, características do
gênero, aspectos relativos à textualidade, a relação entre as diferentes semioses, a
formatação e uso adequado das ferramentas de edição (de texto, foto, áudio e
vídeo, dependendo do caso) e adequação à norma culta.
Oralidade Produção de textos jornalísticos orais. (CG.EJA.FFIN.EF69LP11.s) Identificar e analisar posicionamentos defendidos e
[*Considerar todas as refutados na escuta de interações polêmicas em entrevistas, discussões e debates
habilidades dos eixos (televisivo, em sala de aula, em redes sociais etc.), entre outros, e se posicionar
leitura e produção que frente a eles
se referem a textos ou
produções orais, em
áudio ou vídeo]
Oralidade Participação em discussões orais de temas (CG.EJA.FFIN.EF69LP14.s) Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos
controversos de interesse da turma e/ou de colegas e dos professores, tema/questão polêmica, explicações e ou argumentos
relevância social. relativos ao objeto de discussão para análise mais minuciosa e buscar em fontes
369
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LINGUAGENS

diversas informações ou dados que permitam analisar partes da questão e


compartilhá-los com a turma.
Oralidade Participação em discussões orais de temas (CG.EJA.FFIN.EF69LP15.s) Apresentar argumentos e contra-argumentos
controversos de interesse da turma e/ou de coerentes, respeitando os turnos de fala, na participação em discussões sobre
relevância social. temas controversos e/ou polêmicos.
Análise Estilo. (CG.EJA.FFIN.EF69LP17.s) Perceber e analisar os recursos estilísticos e
Linguística/Semiótica semióticos dos gêneros jornalísticos e publicitários, os aspectos relativos ao
tratamento da informação em notícias, como a ordenação dos eventos, as escolhas
lexicais, o efeito de imparcialidade do relato, a morfologia do verbo, em textos
noticiosos e argumentativos, reconhecendo marcas de pessoa, número, tempo,
modo, a distribuição dos verbos nos gêneros textuais (por exemplo, as formas de
pretérito em relatos; as formas de presente e futuro em gêneros argumentativos; as
formas de imperativo em gêneros publicitários), o uso de recursos persuasivos em
textos argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais,
construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e
as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-
discursivos utilizados (tempo verbal, jogos de palavras, metáforas, imagens).
Leitura/Escuta Reconstrução do contexto de produção, (CG.EJA.FFIN.EF07LP01.s) Distinguir diferentes propostas editoriais –
circulação e recepção de textos. sensacionalismo, jornalismo investigativo etc. –, de forma a identificar os
Caracterização do campo jornalístico e relação recursos utilizados para impactar/chocar o leitor que podem comprometer uma
entre os gêneros em circulação, mídias e análise crítica da notícia e do fato noticiado.
práticas da cultura digital.
Leitura/Escuta Reconstrução do contexto de produção, (CG.EJA.FFIN.EF08LP01.s) Identificar e comparar as várias editorias de jornais
circulação e recepção de textos. impressos e digitais e de sites noticiosos, de forma a refletir sobre os tipos de fato
Caracterização do campo jornalístico e relação que são noticiados e comentados, as escolhas sobre o que noticiar e o que não
entre os gêneros em circulação, mídias e noticiar e o destaque/enfoque dado e a fidedignidade da informação.
práticas da cultura digital.
Leitura/Escuta Estratégia de leitura. (CG. EJA.FFIN.EF67LP04.s) Distinguir, em segmentos descontínuos de textos,
Distinção de fato e opinião. fato da opinião enunciada em relação a esse mesmo fato.
Produção de textos Produção e edição de textos publicitários. (CG.EJA.FFIN.EF67LP13.s) Produzir, revisar e editar textos publicitários,
levando em conta o contexto de produção dado, explorando recursos
multissemióticos, relacionando elementos verbais e visuais, utilizando
adequadamente estratégias discursivas de persuasão e/ou convencimento e
criando título ou slogan que façam o leitor motivar-se a interagir com o texto
produzido e se sinta atraído pelo serviço, ideia ou produto em questão.
370
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LINGUAGENS

Leitura/Escuta Reconstrução do contexto de produção, (CG.EJA.FFIN.EF89LP01.s) Analisar os interesses que movem o campo
circulação e recepção de textos. jornalístico, os efeitos das novas tecnologias no campo e as condições que fazem
Caracterização do campo jornalístico e relação da informação uma mercadoria, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica
entre os gêneros em circulação, mídias e frente aos textos jornalísticos.
práticas da cultura digital.
Leitura/Escuta Reconstrução do contexto de produção, (CG.EJA.FFIN.EF09LP01.s) Analisar o fenômeno da disseminação de notícias
circulação e recepção de textos. falsas nas redes sociais e desenvolver estratégias para reconhecê-las, a partir da
Caracterização do campo jornalístico e relação verificação/avaliação do veículo, fonte, data e local da publicação, autoria, URL,
entre os gêneros em circulação, mídias e da análise da formatação, da comparação de diferentes fontes, da consulta a sites
práticas da cultura digital. de curadoria que atestam a fidedignidade do relato dos fatos e denunciam boatos
etc.
Análise Modalização. (CG.EJA.FFIN.EF89LP16.s) Analisar a modalização realizada em textos
Linguística/Semiótica noticiosos e argumentativos, por meio das modalidades apreciativas, viabilizadas
por classes e estruturas gramaticais como adjetivos, locuções adjetivas, advérbios,
locuções adverbiais, orações adjetivas e adverbiais, orações relativas restritivas e
explicativas etc., de maneira a perceber a apreciação ideológica sobre os fatos
noticiados ou as posições implícitas ou assumidas.
Recomendações:
Em relação à habilidade CG.EJA.FFIN.EF89LP16.s, recomenda-se, após um processo mais fluido (sem muitos truncamentos para se debater sobre o que se está
a compreender) de Leitura de um texto selecionado, chamar atenção para as impressões que os leitores tiveram a respeito do posicionamento que o autor da
notícia tem em relação ao fato, haja vista que, por mais imparcial/ético que se tente buscar ao noticiar algo, é possível perceber certas inclinações de
aprovação/reprovação sobre o que é comentado. Desse modo, pratica-se a Análise Linguística/Semiótica com uma retomada de leitura de fragmentos
destacados, coletivamente (Oralidade), para empreender uma crítica quanto aos comprometimentos sociais, políticos, econômicos e/ou ambientais que a
maneira como o texto foi escrito estabelece. Cabe, posteriormente ou simultaneamente às analises coletivas, vislumbrar opções de reescrita (Produção de
Textos) dos modalizadores apreciativos/argumentativos, de forma hipotética, caso o autor tivesse uma intencionalidade/inclinação contrária ao que está
noticiando e/ou veementemente/veladamente apoiando/refutando.
No tocante à habilidade CG.EJA.FFIN.EF09LP01.s, é recomendado promover diálogo (Oralidade) sobre elementos e leituras de mundo imbricados na
construção textual, até mesmo para se compreender/considerar o texto em apreço. Nesse sentido, não basta só evidenciar/desmascarar a condição de fake news
dos textos, mas o porquê se construir uma dada notícia falsa, a quem ela serve, e o quanto esses propósitos podem impactar em amplos cotidianos (?), isto é:
como pode/é almejado interferir na vida do público leitor em geral (?). Com esse escopo, é oportuno buscar sítios com corpos editoriais especializados/focados
em validar as notícias de maior polêmica/circulação, a fim de conferir algumas sob análise, bem como se instrumentalizar para reconhecer/desconfiar
(Leitura/Escuta) daquilo que é noticiado de maneira equivocada/deturpada, seja por descuido ou inescrupulosamente. A citar um pretenso website, para esses
propósitos, sugere-se apreciar: https://aosfatos.org/, o qual, inclusive, além de indicar as fontes e critérios de validação, oferece atualização via WhatsApp e
permite o indicativo de matérias para serem analisadas. Em continuidade, uma vez empreendida pesquisa sobre dada notícia, indica-se a reescrita corrigindo-a,
ou criação de textos que explicam quais circunstâncias que fazem dela uma fake news, com vistas a serem reportados como manifestação social, sobretudo em
371
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LINGUAGENS

âmbito virtual.
Além do que foi pontuado nesta célula, sugere-se, ainda que demande adaptação, apreciar as recomendações deste Campo de Atuação relativas aos anos finais do
ensino fundamental, uma vez que essas foram construídas, também, com a contribuição dos professores atuantes na EJA.
Campo de Atuação na Vida Pública
Habilidades relativas à fase final da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta. Reconstrução das condições de produção e (CG.EJA.FFIN.EF69LP20.s) Identificar, tendo em vista o contexto de produção, a
circulação e adequação do texto à construção forma de organização dos textos normativos e legais, a lógica de hierarquização
composicional e ao estilo de gênero (Lei, de seus itens e subitens e suas partes: parte inicial (título – nome e data – e
código, estatuto, código, regimento etc.). ementa), blocos de artigos (parte, livro, capítulo, seção, subseção), artigos (caput
e parágrafos e incisos) e parte final (disposições pertinentes à sua implementação)
e analisar efeitos de sentido causados pelo uso de vocabulário técnico, pelo uso do
imperativo, de palavras e expressões que indicam circunstâncias, como advérbios
e locuções adverbiais, de palavras que indicam generalidade, como alguns
pronomes indefinidos, de forma a poder compreender o caráter imperativo,
coercitivo e generalista das leis e de outras formas de regulamentação.
Oralidade. Discussão oral. (CG.EJA.FFIN.EF69LP24.s) Discutir casos, reais ou simulações, submetidos a
juízo, que envolvam (supostos) desrespeitos a artigos, do ECA, do Código de
Defesa do Consumidor, do Código Nacional de Trânsito, de regulamentações do
mercado publicitário etc., como forma de criar familiaridade com textos legais –
seu vocabulário, formas de organização, marcas de estilo etc. -, de maneira a
facilitar a compreensão de leis, fortalecer a defesa de direitos, fomentar a escrita
de textos normativos (se e quando isso for necessário) e possibilitar a
compreensão do caráter interpretativo das leis e as várias perspectivas que podem
estar em jogo.
Oralidade. Discussão oral. (CG.EJA.FFIN.EF69LP25.s) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em
uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e
outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando
as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus
posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas
claras e justificadas.
Leitura/Escuta. Contexto de produção, circulação e recepção (CG.EJA.FFIN.EF89LP18.s) Explorar e analisar instâncias e canais de
de textos e práticas relacionadas à defesa de participação disponíveis na escola (conselho de escola, outros colegiados, grêmio
direitos e à participação social. livre), na comunidade (associações, coletivos, movimentos, etc.), no município ou
no país, incluindo formas de participação digital, como canais e plataformas de
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participação (como portal e-cidadania), serviços, portais e ferramentas de


acompanhamentos do trabalho de políticos e de tramitação de leis, canais de
educação política, bem como de propostas e proposições que circulam nesses
canais, de forma a participar do debate de ideias e propostas na esfera social e a
engajar-se com a busca de soluções para problemas ou questões que envolvam a
vida da escola e da comunidade.
Leitura/Escuta. Estratégias e procedimentos de leitura em (CG.EJA.FFIN.EF89LP20.s) Comparar propostas políticas e de solução de
textos reivindicatórios ou propositivos. problemas, identificando o que se pretende fazer/implementar, por que
(motivações, justificativas), para que (objetivos, benefícios e consequências
esperados), como (ações e passos), quando etc. e a forma de avaliar a eficácia da
proposta/solução, contrastando dados e informações de diferentes fontes,
identificando coincidências, complementaridades e contradições, de forma a
poder compreender e posicionar-se criticamente sobre os dados e informações
usados em fundamentação de propostas e analisar a coerência entre os elementos,
de forma a tomar decisões fundamentadas.
Análise Movimentos argumentativos e força dos (CG.EJA.FFIN.EF89LP23.s) Analisar, em textos argumentativos, reivindicatórios
Linguística/Semiótica. argumentos. e propositivos, os movimentos argumentativos utilizados (sustentação, refutação e
negociação), avaliando a força dos argumentos utilizados.
Análise Textualização. (CG.EJA.FFIN.EF89LP29.s) Utilizar e perceber mecanismos de progressão
Linguística/Semiótica. Progressão temática. temática, tais como retomadas anafóricas (“que, cujo, onde”, pronomes do caso
reto e oblíquos, pronomes demonstrativos, nomes correferentes etc.), catáforas
(remetendo para adiante ao invés de retomar o já dito), uso de organizadores
textuais, de coesivos etc., e analisar os mecanismos de reformulação e paráfrase
utilizados nos textos de divulgação do conhecimento.
Análise Textualização. (CG.EJA.FFIN.EF89LP30.s) Analisar a estrutura de hipertexto e hiperlinks em
Linguística/Semiótica. textos de divulgação científica que circulam na Web e proceder à remissão a
conceitos e relações por meio de links.
Análise Modalização. (CG.EJA.FFIN.EF89LP31.s) Analisar e utilizar modalização epistêmica, isto é,
Linguística/Semiótica. modos de indicar uma avaliação sobre o valor de verdade e as condições de
verdade de uma proposição, tais como os asseverativos – quando se concorda com
(“realmente, evidentemente, naturalmente, efetivamente, claro, certo, lógico, sem
dúvida” etc.) ou discorda de (“de jeito nenhum, de forma alguma”) uma ideia; e
os quase-asseverativos, que indicam que se considera o conteúdo como quase
certo (“talvez, assim, possivelmente, provavelmente, eventualmente”).
Produção de textos. Estratégia de produção: planejamento de (CG.EJA.FFIN.EF67LP19.s) Realizar levantamento de questões, problemas que
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textos reivindicatórios ou propositivos. requeiram a denúncia de desrespeito a direitos, reivindicações, reclamações,


solicitações que contemplem a comunidade escolar ou algum de seus membros e
examinar normas e legislações.
Produção de textos. Estratégia de produção: planejamento de (CG.EJA.FFIN.EF89LP21.s) Realizar enquetes e pesquisas de opinião, de forma
textos reivindicatórios ou propositivos. a levantar prioridades, problemas a resolver ou propostas que possam contribuir
para melhoria da escola ou da comunidade, caracterizar demanda/necessidade,
documentando-a de diferentes maneiras por meio de diferentes procedimentos,
gêneros e mídias e, quando for o caso, selecionar informações e dados relevantes
de fontes pertinentes diversas (sites, impressos, vídeos etc.), avaliando a
qualidade e a utilidade dessas fontes, que possam servir de contextualização e
fundamentação de propostas, de forma a justificar a proposição de propostas,
projetos culturais e ações de intervenção.
Produção de textos. Textualização, revisão e edição. (CG.EJA.FFIN.EF69LP22.s) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou
propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade,
justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa,
objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as
características dos gêneros em questão.
Recomendações:
No tocante à Produção de Textos, é oportuno, em integração, inclusive, ao Campo Jornalístico-Midiático e com habilidades de outras práticas de linguagem
(CG.EJA.FFIN.EF89LP23.s), promover, após o exercício de Leitura/Escuta crítica dos textos, a participação em seções de jornais e revistas (sejam esses de
tiragem física ou publicação virtual), costumeiramente, denominados como: “espaço do leitor”. Nesse sentido, cabe após relevante discussão (Oralidade) em
sala, sobre um determinado assunto, apurar o senso crítico dos estudantes quanto às matérias de cunho político para alcançar a Leitura/Escuta de mundo a partir
do texto (e de outros textos que os pressupostos intertextuais exigirem), em favorecimento da conscientização e exercício da linguagem escrita como
manifestação social, sobretudo para defesa de interesses coletivos e/ou evitar que considerações equivocadas oprimam a legitimidade democrática de
manifestação das ditas minorias ou dos trabalhadores, assim favorece o desenvolvimento cidadão concernente ao Campo de Atuação na Vida Pública, sobretudo,
na esfera campo-grandense.
Estimular a Leitura/Escuta de diários oficiais (da União, do Estado de Mato Grosso do Sul, e do Município de Campo Grande) por estudantes da classe, em um
regime de escala mensal, a fim de a cada encontro da turma com o professor de Língua Portuguesa, possa haver um momento de debate (Oralidade) sobre os
destaques trazidos pelos estudantes. A depender da qualidade das discussões e relevância dos temas, desencadear temas geradores para o fomento a pesquisas e
posteriores Produções de Textos, até mesmo, como: projetos, cartazes, memes (menos debochados e mais engajados), cartilhas, prospectos (com destaques aos
virtuais para compartilhamento via aplicativos multiplataforma de mensagens de celulares), que contribuam para elucidar questões políticas/sustentáveis à
população mais leiga, até mesmo sensibilizá-la da relevância de que o viver em sociedade poderá ser mais profícuo se compreender a relevância do suporte
educacional às leituras contextuais, e que para agir é imprescindível compreender, tanto para as buscas das melhores estratégias de melhoria social/ambiental
quanto para manutenção do que é concernente ser mudado/aperfeiçoado. Ao longo das leituras e produções de textos o professor promove as Análises
Linguísticas/Semióticas relacionáveis, chamando atenção para os recursos estilísticos, discursivos e temáticos relacionados aos gêneros textuais em
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apreço/elaboração.
Indica-se, ainda, que a o estudo de estatutos como o dos idosos, de pessoas com deficiência, além de demais documentos que valorizem as culturas indígenas e
quilombolas são de pertinente relevo social e discursivo para os aprendizados dentro do Campo de Atuação na Vida Pública.
Além do que foi pontuado nesta célula, sugere-se, ainda que demande adaptação, apreciar as recomendações deste Campo de Atuação relativas aos anos finais do
ensino fundamental, uma vez que essas foram construídas, também, com a contribuição dos professores atuantes na EJA.
Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa
Habilidades relativas à fase final da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Reconstrução das condições de produção e (CG.EJA.FFIN.EF69LP29.s) Refletir sobre a relação entre os contextos de
recepção dos textos e adequação do texto à produção dos gêneros de divulgação científica – texto didático, artigo de
construção composicional e ao estilo de divulgação científica, reportagem de divulgação científica, verbete de
gênero. enciclopédia (impressa e digital), esquema, infográfico (estático e animado),
relatório, relato multimidiático de campo, podcasts e vídeos variados de
divulgação científica etc. – e os aspectos relativos à construção composicional e
às marcas linguística características desses gêneros, de forma a ampliar suas
possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses
gêneros.
Leitura/Escuta Relação entre textos. (CG.EJA.FFIN.EF69LP30.s) Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos,
dados e informações de diferentes fontes, levando em conta seus contextos de
produção e referências, identificando coincidências, complementaridades e
contradições, de forma a poder identificar erros/imprecisões conceituais,
compreender e posicionar-se criticamente sobre os conteúdos e informações em
questão.
Leitura/Escuta Estratégias e procedimentos de leitura. (CG.EJA.FFIN.EF69LP33.s) Articular o verbal com os esquemas, infográficos,
Relação do verbal com outras semioses. imagens variadas etc. na (re)construção dos sentidos dos textos de divulgação
Procedimentos e gêneros de apoio à científica e retextualizar do discursivo para o esquemático – infográfico, esquema,
compreensão. tabela, gráfico, ilustração etc. – e, ao contrário, transformar o conteúdo das
tabelas, esquemas, infográficos, ilustrações etc. em texto discursivo, como forma
de ampliar as possibilidades de compreensão desses textos e analisar as
características das multissemioses e dos gêneros em questão.
Produção de textos Consideração das condições de produção de (CG.EJA.FFIN.EF69LP35.s) Planejar textos de divulgação científica, a partir da
textos de divulgação científica. elaboração de esquema que considere as pesquisas feitas anteriormente, de notas e
Estratégias de escrita. sínteses de leituras ou de registros de experimentos ou de estudo de campo,
produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de
dados e resultados de pesquisas, tais como artigo de divulgação científica, artigo
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de opinião, reportagem científica, verbete de enciclopédia, verbete de


enciclopédia digital colaborativa , infográfico, relatório, relato de experimento
científico, relato (multimidiático) de campo, tendo em vista seus contextos de
produção, que podem envolver a disponibilização de informações e
conhecimentos em circulação em um formato mais acessível para um público
específico ou a divulgação de conhecimentos advindos de pesquisas
bibliográficas, experimentos científicos e estudos de campo realizados.
Oralidade Estratégias de produção: planejamento e (CG.EJA.FFIN.EF69LP38.s) Organizar os dados e informações pesquisados em
produção de apresentações orais. painéis ou slides de apresentação, levando em conta o contexto de produção, o
tempo disponível, as características do gênero apresentação oral, a multissemiose,
as mídias e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação, considerando
também elementos paralinguísticos e cinésicos e proceder à exposição oral de
resultados de estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do
planejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala – memorizada,
com apoio da leitura ou fala espontânea.
Análise Construção composicional. (CG.EJA.FFIN.EF69LP40.s) Analisar, em gravações de seminários, conferências
Linguística/Semiótica Elementos paralinguísticos e cinésicos. rápidas, trechos de palestras, dentre outros, a construção composicional dos
Apresentações orais. gêneros de apresentação – abertura/saudação, introdução ao tema, apresentação
do plano de exposição, desenvolvimento dos conteúdos, por meio do
encadeamento de temas e subtemas (coesão temática), síntese final e/ou
conclusão, encerramento –, os elementos paralinguísticos (tais como: tom e
volume da voz, pausas e hesitações – que, em geral, devem ser minimizadas –,
modulação de voz e entonação, ritmo, respiração etc.) e cinésicos (tais como:
postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão facial,
contato de olho com plateia, modulação de voz e entonação, sincronia da fala com
ferramenta de apoio etc.), para melhor performar apresentações orais no campo da
divulgação do conhecimento.
Análise Marcas linguísticas. (CG.EJA.FFIN.EF69LP43.s) Identificar e utilizar os modos de introdução de
Linguística/Semiótica Intertextualidade. outras vozes no texto – citação literal e sua formatação e paráfrase –, as pistas
linguísticas responsáveis por introduzir no texto a posição do autor e dos outros
autores citados (“Segundo X; De acordo com Y; De minha/nossa parte,
penso/amos que”...) e os elementos de normatização (tais como as regras de
inclusão e formatação de citações e paráfrases, de organização de referências
bibliográficas) em textos científicos, desenvolvendo reflexão sobre o modo como
a intertextualidade e a retextualização ocorrem nesses textos.
376
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Análise Textualização. (CG.EJA.FFIN.EF67LP25.s) Reconhecer e utilizar os critérios de organização


Linguística/Semiótica Progressão temática. tópica (do geral para o específico, do específico para o geral etc.), as marcas
linguísticas dessa organização (marcadores de ordenação e enumeração, de
explicação, definição e exemplificação, por exemplo) e os mecanismos de
paráfrase, de maneira a organizar mais adequadamente a coesão e a progressão
temática de seus textos.
Análise Textualização. (CG.EJA.FFIN.EF67LP26.s) Reconhecer a estrutura de hipertexto em textos de
Linguística/Semiótica divulgação científica e proceder à remissão a conceitos e relações por meio de
notas de rodapés ou boxes.
Oralidade Conversação espontânea. (CG.EJA.FFIN.EF67LP23.s) Respeitar os turnos de fala, na participação em
conversações e em discussões ou atividades coletivas, na sala de aula e na escola
e formular perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos em
situações de aulas, apresentação oral, seminário etc.
Recomendações:
Em consideração à exigência de maturidade quanto a posturas científicas dos estudantes nesta fase, cabe o desafio aos estudantes de promoverem uma feira de
ciências específica da EJA (Oralidade). Para tanto, eles podem desenvolver aprendizados em Língua Portuguesa desde as pesquisas sobre o que é preciso para
organizar um evento dessa natureza, pois implica na elaboração (Produção de Textos) e envio de ofícios, inclusive com aprendizado bem favorável em virtude
de implicar em uma prática social real. Ainda, ao longo de tudo que for pesquisado (Leitura/Escuta) haverá um cuidado (Análise Linguística/Semiótica) para
selecionar quais e como as informações são pertinentes constarem em banners, resumos, fôlderes de divulgação/publicização.
Em relação à habilidade (CG.EJA.FFIN.EF69LP43.s), considerar, também, a impessoalização/indeterminação do sujeito discursivo, por meio da conjugação
verbal em terceira pessoa, e uso de construções sintáticas em voz passiva.
Indica-se, ainda, o tratamento do gênero relatório como conteúdo a ser apreendido, pois faz-se muito oportuno às contribuições de aprendizagens dentro do
Campo de Práticas de Estudo e Pesquisa.
Além do que foi pontuado nesta célula, sugere-se, ainda que demande adaptação, apreciar as recomendações deste Campo de Atuação relativas aos anos finais do
ensino fundamental, uma vez que essas foram construídas, também, com a contribuição dos professores atuantes na EJA.
Campo Artístico-Literário
Habilidades relativas à fase final da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Leitura/Escuta Reconstrução das condições de produção, (CG.EJA.FFIN.EF69LP44.s) Inferir a presença de valores sociais, culturais e
circulação e recepção. humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo
Apreciação e réplica. nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades,
sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de
sua produção.
Leitura/Escuta Reconstrução da textualidade e compreensão (CG.EJA.FFIN.EF69LP47.s) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as

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dos efeitos de sentidos provocados pelos usos diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos
de recursos linguísticos e multissemióticos. que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical
típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os
efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos
verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver)
empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se
estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do
foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e
psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto
(do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação
expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de
recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo.
Leitura/Escuta Reconstrução da textualidade e compreensão (CG.EJA.FFIN.EF69LP48.s) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso
dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc), semânticos
de recursos linguísticos e multissemióticos. (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico espacial (distribuição da mancha
gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal.
Produção de textos Consideração das condições de produção. (CG.EJA.FFIN.EF69LP51.s) Engajar-se ativamente nos processos de
Estratégias de produção: planejamento, planejamento, textualização, revisão/edição e reescrita, tendo em vista as
textualização e revisão/edição. restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as
configurações da situação de produção – o leitor pretendido, o suporte, o contexto
de circulação do texto, as finalidades etc. – e considerando a imaginação, a estesia
e a verossimilhança próprias ao texto literário.
Análise Recursos linguísticos e semióticos que operam (CG.EJA.FFIN.EF69LP54.s) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da
Linguística/Semiótica nos textos pertencentes aos gêneros literários. interação entre os elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e
cinésicos, como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz, as pausas,
as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos por meio da estrofação,
das rimas e de figuras de linguagem como as aliterações, as assonâncias, as
onomatopeias, dentre outras, a postura corporal e a gestualidade, na declamação
de poemas, apresentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa quanto
nos gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de
linguagem, tais como comparação, metáfora, personificação, metonímia,
hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos de sentido
decorrentes do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas
(adjetivos, locuções adjetivas, orações subordinadas adjetivas etc.), que
funcionam como modificadores, percebendo sua função na caracterização dos
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espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo.


Leitura/Escuta Relação entre textos. (CG.EJA.FFIN.EF89LP32.s) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de
mecanismos de intertextualidade (referências, alusões, retomadas) entre os textos
literários, entre esses textos literários e outras manifestações artísticas (cinema,
teatro, artes visuais e midiáticas, música), quanto aos temas, personagens, estilos,
autores etc., e entre o texto original e paródias, paráfrases, pastiches, trailer
honesto, vídeos-minuto, vidding, dentre outros.
Leitura/Escuta Estratégias de leitura. (CG.EJA.FFIN.EF89LP33.s) Ler, de forma autônoma, e compreender –
Apreciação e réplica. selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes
objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes – romances,
contos contemporâneos, minicontos, fábulas contemporâneas, romances juvenis,
biografias romanceadas, novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica,
narrativas de suspense, poemas de forma livre e fixa (como haicai), poema
concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e
estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
Produção de textos Construção da textualidade. (CG.EJA.FFIN.EF89LP35.s) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas),
crônicas visuais, minicontos, narrativas de aventura e de ficção científica, dentre
outros, com temáticas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os
constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos
pretendidos, e, no caso de produção em grupo, ferramentas de escrita
colaborativa.
Recomendações:
Recomenda-se, ao desenvolver a habilidade (CG.EJA.FFIN.EF69LP47.s), considerar como prática de linguagem, fortemente, relacionada: Análise
Linguística/Semiótica.
As promoções de Feiras Literárias, em similaridade ao cumprimento de etapas de estudo e organização da Feira Científica mencionada na célula de
recomendações do Campo Prática de Estudo e Pesquisa da fase final da EJA, são muito oportunas para os aprendizados significativos dos estudantes, vinculados
a vivências artísticas e de articulações sociais. O destaque é envolver/permitir os estudantes trazerem e refinarem temáticas próximas aos seus focos de interesse,
como pressupõe ─ vide habilidade (CG.EJA.FFIN.EF89LP33.s) ─ esse tipo de capacidade em apreciar, esteticamente, conforme objetivos pessoais, sabendo
falar/explanar sobre os elementos de interesse, e como eles dialogam/refletem as demandas existenciais humanas.
Em simultâneo a isso, para esta etapa de ensino, em cumprimento ao que é apregoado na habilidade (CG.EJA.FFIN.EF89LP35.s), e em consideração ao escopo
que se almeja ter alcançado uma formação leitora razoável, no sentido de perceber/valorizar/apreciar a relevância da literatura, é pertinente o professor fomentar
a produção literária autoral para além das situações experienciadas/observadas pelos autores, a atingir tanto o que se pressupõe de certos contextos (sem,
necessariamente, desconsiderar o investimento em verossimilhança) quanto do que é possível configurar/“inusitar” de universos (“in”)comparáveis com as
conjunturas humanas de maneira mais óbvia ou complexa, para que, também, se amplie o poder imagético e a capacidade de se metaforizar a vida. Entretanto, o
fito não é converter os estudantes em escritores por função profissional, porém, assim como no exercício da fruição estética leitora (Leitura/Escuta), lhes
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permitir usufruir e serem capazes de exercitarem peculiaridades de escrita (canônica ou até de configuração multimodal menos convencional/acessível de
Produção de Textos) por se configurarem em um âmbito linguístico de moldável expressividade (haja vista as Análises Linguísticas/Semióticas
empreendidas).
Além do que foi pontuado nesta célula, sugere-se, ainda que demande adaptação, apreciar as recomendações deste Campo de Atuação relativas aos anos finais do
ensino fundamental, uma vez que essas foram construídas, também, com a contribuição dos professores atuantes na EJA.
Todos os Campos de Atuação
Habilidades relativas à fase final da EJA
Práticas de Linguagem Objetos do Conhecimento Habilidades
Análise Variação linguística. (CG.EJA.FFIN.EF69LP55.s) Reconhecer as variedades da língua falada, o
Linguística/Semiótica conceito de norma-padrão e o de preconceito linguístico.
Análise Variação linguística. (CG.EJA.FFIN.EF69LP56.s) Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas
Linguística/Semiótica da norma-padrão em situações de fala e escrita nas quais ela deve ser usada.
Análise Elementos notacionais da escrita. (CG.EJA.FFIN.EF67LP33.s) Pontuar textos adequadamente.
Linguística/Semiótica
Análise Léxico/morfologia. (CG.EJA.FFIN.EF06LP03.s) Analisar diferenças de sentido entre palavras de
Linguística/Semiótica uma série sinonímica.
Análise Léxico/morfologia. (CG.EJA.FFIN.EF67LP35.s) Distinguir palavras derivadas por acréscimo de
Linguística/Semiótica afixos e palavras compostas.
Análise Morfossintaxe. (CG.EJA.FFIN.EF06LP04.s) Analisar a função e as flexões de substantivos e
Linguística/Semiótica adjetivos e de verbos nos modos Indicativo, Subjuntivo e Imperativo: afirmativo e
negativo.
Análise Morfossintaxe. (CG.EJA.FFIN.EF07LP04.s) Reconhecer, em textos, o verbo como o núcleo das
Linguística/Semiótica orações.
Análise Morfossintaxe. (CG.EJA.FFIN.EF06LP05.s) Identificar os efeitos de sentido dos modos verbais,
Linguística/Semiótica considerando o gênero textual e a intenção comunicativa.
Análise Morfossintaxe. (CG.EJA.FFIN.EF07LP05.s) Identificar, em orações de textos lidos ou de
Linguística/Semiótica produção própria, verbos de predicação completa e incompleta: intransitivos e
transitivos.
Análise Morfossintaxe. (CG.EJA.FFIN.EF06LP06.s) Empregar, adequadamente, as regras de
Linguística/Semiótica concordância nominal (relações entre os substantivos e seus determinantes) e as
regras de concordância verbal (relações entre o verbo e o sujeito simples e
composto).
Análise Sintaxe. (CG.EJA.FFIN.EF06LP10.s) Identificar sintagmas nominais e verbais como
Linguística/Semiótica constituintes imediatos da oração.

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Análise Elementos notacionais da (CG.EJA.FFIN.EF06LP11.s) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos


Linguística/Semiótica escrita/morfossintaxe. linguísticos e gramaticais: tempos verbais, concordância nominal e verbal, regras
ortográficas, pontuação etc.
Análise Semântica. (CG.EJA.FFIN.EF06LP12.s) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão
Linguística/Semiótica Coesão. referencial (nome e pronomes), recursos semânticos de sinonímia, antonímia e
homonímia e mecanismos de representação de diferentes vozes (discurso direto e
indireto).
Análise Coesão. (CG.EJA.FFIN.EF07LP13.s) Estabelecer relações entre partes do texto,
Linguística/Semiótica identificando substituições lexicais (de substantivos por sinônimos) ou
pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos,
demonstrativos), que contribuem para a continuidade do texto.
Análise Sequências textuais. (CG.EJA.FFIN.EF67LP37.s) Analisar, em diferentes textos, os efeitos de sentido
Linguística/Semiótica decorrentes do uso de recursos linguístico-discursivos de prescrição, causalidade,
sequências descritivas e expositivas e ordenação de eventos.
Análise Modalização. (CG.EJA.FFIN.EF07LP14.s) Identificar, em textos, os efeitos de sentido do uso
Linguística/Semiótica de estratégias de modalização e argumentatividade.
Análise Figuras de linguagem. (CG.EJA.FFIN.EF67LP38.s) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de
Linguística/Semiótica linguagem, como comparação, metáfora, metonímia, personificação, hipérbole,
dentre outras.
Análise Morfossintaxe. (CG.EJA.FFIN.EF08LP07.s) Diferenciar, em textos lidos ou de produção própria,
Linguística/Semiótica complementos diretos e indiretos de verbos transitivos, apropriando-se da
regência de verbos de uso frequente.
Análise Morfossintaxe. (CG.EJA.FFIN.EF08LP08.s) Identificar, em textos lidos ou de produção própria,
Linguística/Semiótica verbos na voz ativa e na voz passiva, interpretando os efeitos de sentido de sujeito
ativo e passivo (agente da passiva).
Análise Morfossintaxe. (CG.EJA.FFIN.EF09LP07.s) Comparar o uso de regência verbal e regência
Linguística/Semiótica nominal na norma-padrão com seu uso no português brasileiro coloquial oral.
Análise Elementos notacionais da (CG.EJA.FFIN.EF09LP09.s) Identificar efeitos de sentido do uso de orações
Linguística/Semiótica escrita/morfossintaxe. adjetivas restritivas e explicativas em um período composto.
Análise Coesão. (CG.EJA.FFIN.EF09LP10.s) Comparar as regras de colocação pronominal na
Linguística/Semiótica norma-padrão com o seu uso no português brasileiro coloquial.
Análise Variação linguística. (CG.EJA.FFIN.EF09LP12.s) Identificar estrangeirismos, caracterizando-os
Linguística/Semiótica segundo a conservação, ou não, de sua forma gráfica de origem, avaliando a
pertinência, ou não, de seu uso.

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Recomendações:
Sugere-se, ainda, que demande adaptação, apreciar as recomendações deste Campo de Atuação relativas aos anos finais do ensino fundamental, uma vez que
essas foram construídas, também, com a contribuição dos professores atuantes na EJA.

382
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Referências

BRAIDOTTI, Rosi. The Posthuman. Cambridge: Polity Press, 2013.

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http://p.php.uol.com.br/tropico/html/textos/2674,1.shl [Libertando-se da prisão da Internet]

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