_____________________________, brasileira, viúva, do lar, RG xxxxx, CPF
xxxxx, residente e domiciliada na Rua Gonçalves dias, nº 69, Sítio Boa Vista, Igarassu- PE por seu advogado que esta subscreve, vem mui respeitosamente à pr esença de Vossa Excelência propor REC URSO em face da decisão de INDEFERIMENTO PENSÃO POR MORTE, no processo administrativo nº XXX, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. DA TEMPESTIVIDADE Destacamos que todo ritual exigido para a apresentação do recurso administrativo, ora proposto, foram seguidos. O requisito essencial de 30 dias para apresentar o recurso, está devidamente respeitado, uma vez que, a decisão do INSS que n egou a concessão de pensão por morte à requerente, foi publicada no dia xxxx . Isto posto, o Recurso, protocolizado na presente data, é absolutamente tempestivo. DOS FATOS A recorrente firmou matr imonio com o de cujus em 03 de julho de 1964, pelo regime de comunhão universal de bens. Trata -se, evidentemente, de uma vida juntos, conforme se verifica provas em anexo. Apos a morte do esposo da recorrente, a mesma s e cadastrou junto ao INSS para receber o beneficio de pensão por morte, direito seu adquirido por lei. Ocorre que conforme as fotocopias do processo junto ao INSS, em anexo, a concessão do beneficio foi negada sob o argumento de que não havia sido cumprido o período de carência até a data de óbito, sendo com essa afirmativa, negado o pedido do beneficio. A juntada de toda a prova documental não traz duvida do direito à concessão do beneficio, não havendo qualquer argumento plausível para o indeferimento da pensão por morte junto ao INSS, motivo pelo qual a recorrente possa fazer valer o sentimento de mais lidima e salutar justiça sem que tenha que ingressar na via judicial, valendo lembrar que a mesma precisa do beneficio para o custeio de sua substancia. DO DIREITO PENSÃO POR MORTE – DEFERIMENTO DO BENEFÍCIO AO DEPENDENTE. Com amparo legal no a rtigo 74 e seguintes d a Lei 8.213/91, a pensão por morte é benefício previdenciário concedido aos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não. Tr ata-se de pr estação continuada, substit uidora da remuneração que o segurado falecido recebia em vida. A pensão por morte poderá ser concedida provis oriamente em caso de morte presumida do segurado, assim declarada pela autoridad e judicial competente depois de seis meses de ausência, conforme artigo 78 da Lei 8.213/91. O artigo 16 da Lei de Planos e Benefícios da Previdência Social (Lei 8.213/91) define aqueles que são considerados dependentes do segurado: I) o cônjuge, a compan heira, o companheiro e o filho não eman cipado, de qualquer condição, menor d e 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiên cia intelectual ou mental ou deficiência grave; Destaque-se, Ilustríssimo Presidente, que de acordo com a redação do § 4º do artigo 16, a dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida, devendo a das demais ser comprovada. Pelo exposto, é claro o direito ao benefício da pensão por morte pela Requerente, haja vista o óbito do segurado. O esboço legal dos artigos 74, caput e 16 da Lei nº 8.213/91, dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data. Analisando as provas carreadas nesta petição, verifica-se o preenchimento cabal de tais requisitos. Assim, faz jus a Recorrente ao beneficio da p ensão por morte. No caso em tela, o de cujus mantin ha a qualidade de segurado por ocasião do óbito. A controvérsia, portanto, falta do período de carência até a data do óbito não deve prosperar, pois, sob a Inteligência do parágrafo 13º do art. 40 da C F/88, mantém-se a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, até 12 (doze) meses após a cessação d as contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência S ocial ou es tiver suspenso ou li cenciado sem remuneração. C orroborando com tais argumentos, citamos o art. 15 , II , da Lei nº 8.213 /91. A inexistência de dependência econômica como fundamento denegatória do ben efício de pensão por morte não deve ser rechaçada peremptoriamente. O artigo. 16 , inciso I e o parágrafo 4º d a Lei nº 8.213 /91, diz que a d ependência econômica de cônjuge e filhos de segurado é presumida, não precisando ser comprovada O contexto probatório dos autos é su ficiente para a comprovação da alegada dependência econômica da autora em relação a seu companheiro falecido. Sendo a recorrente beneficiária e dependente legal e comprovado do falecido companheiro, postulou pela concessão do benefício previdenciário, na modalidade de pensão por morte, o qual foi negado. III - DOS PEDIDOS Pelos fatos e direitos expostos requer que s eja apreciado o p edido de pensão por morte para a S ra. x xxxx por ela te comprovando a con dição dependente financeiramente de
segurado falecido, seu marido, conforme todo o explanado anteriormente .