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1.1. CONCEITO
A indústria em geral pode ser vista como atividade que se divide em três grupos de
naturezas distintas, conforme apresentamos:
• indústria extrativa
• indústria de transformação
• indústria de fabricação
1.2.1. PLANEJAMENTO
1.2.2. PROGRAMAÇÃO
1.2.3. CONTROLE
O sistema Planejamento/Controle pode ser representado de maneira resumida pelo
ciclo seqüencial de quatro etapas que se repetem:
O Controle tem, então, objetivos claramente definidos, tendo como ponto de partida
o acompanhamento diário da execução dos serviço, com foco na produtividade e nos
custos:
Apuração de prazos e custos, comparando-os com os previstos;
Tomada de decisões em caso de haver desvios de prazos e custos;
Realimentar o sistema com os novos dados obtidos de custo, prazo e
produtividade.
Quanto mais racional e rigoroso o Sistema de Controle, maior segurança e
confiabilidade nas programações física e financeira e maior progresso nos índices de
produtividade e redução das perdas, melhorando os custos reais.
Finalmente, é importante o entendimento de que planejamento, programação e
controle são atividades interligadas e interdependentes e não se desenvolvem
seqüencialmente, mas se sobrepõem no tempo. Não há, portanto, sentido em se pensar no
desenvolvimento de uma só delas sem as outras.
1.3 CONCEITUAÇÕES
1.3.1 PROJETO
Dentro dessa visão Projeto (grafado com inicial maiúscula) é, portanto, sinônimo
de empreendimento e passa por duas fases básicas: concepção e construção.
1.3.2 A OBRA
_______________________________________________________________
Conta Serviços Principais - Etapas construtivas
_______________________________________________________________
01 Projetos
02 Estudos dos solos
03 Análise de custos
04 Cópias e reproduções
05 Instalações provisórias / Serviços preliminares
06 Equipamentos e ferramentas
07 Transportes e carretos
08 Impostos e taxas
09 Manutenção de escritório da obra
10 Movimentos de terra
11 Infra estrutura
12 Super estrutura
13 Alvenaria
14 Instalações elétricas e telefônicas
15 Instalações hidráulicas e sanitárias
16 Instalações mecânicas
17 Coberturas
18 Tratamentos
19 Esquadrias
20 Revestimentos
21 Pavimentações
22 Rodapés
23 Soleiras
24 Peitoris
25 Ferragens
26 Pinturas
27 Vidros
28 Aparelhos
29 Ligações definitivas
30 Urbanização, paisagismo e complementos
31 Limpezas
32 Diversos
_______________________________________________________________
Conta / Sub-conta Serviços
_______________________________________________________________
001 - PROJETOS
1. Arquitetura
2. Estrutural
3. Instalações elétrica e telefônica
4. Instalações hidro-sanitárias e de incêndio
5. Plantas para marketing
6. Maquetes
7. Paisagismo
8. Ar condicionado
9. Complementos
012 - SUPER-ESTRUTURA
1. Armação
2. Formas de madeira
3. Formas metálicas
4. Escoras de madeira
5. Escoras metálicas
6. Concreto preparado na obra
7. Concreto usinado
8. Diversos
013 - ALVENARIAS
1. Lajotas de cerâmica
2. Tijolos cerâmicos maciços
3. Concreto celular (leve)
4. Placas pré-moldadas
5. Tijolos de vidro
6. Elementos vazados
7. Blocos de concreto
8. Alvenarias especiais
014 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E DE TELEFONE
017 - COBERTURAS
1. Madeiramento
2. Estruturas metálicas
3. Telhas cerâmicas coloniais
4. Telhas cerâmicas francesas
5. Telhas de fibro-cimento
6. Telhas metálicas
7. Acessórios de fixação
8. Acessórios de vedação e arremates
018 - TRATAMENTOS
1. Laje impermeabilizante (contra-piso)
2. Impermeabilizações
3. Proteção térmica
4. Proteção acústica
5. Juntas de dilatação
019 - ESQUADRIAS
1. Janelas de madeira
2. Janelas de ferro
3. Janelas de alumínio
4. Janelas de PVC
5. Portas de madeira internas
6. Portas de madeira externas
7. Portas de ferro
8. Portas de alumínio
9. Portas de aço
10. Portas corta-fogo
11. Guarda-corpos e corrimãos
12. Gradis
020 - REVESTIMENTOS
1. Argamassas
2. Azulejos
3. Cerâmicas
4. Lambris
5. Pastilhas
6. Mármores
7. Granitos
8. Pedras decorativas
9. Laminados
10. Papéis de parede
11. Especiais
021 - PAVIMENTAÇÕES
1. Enchimentos e regularizações
2. Cimentações
3. Tacos de madeira
4. Tábuas corridas
5. Cerâmicas
6. Mármores
7. Granitos
8. Pedras
9. Materiais têxteis
10. Vinílicos
11. Laminados
12. Emborrachados
13. Decks de madeira
14. Diversos (marmorites, venezianos, etc)
15. Parquets
022 - RODAPÉS
1. Cimentados / marmorites
2. Madeira
3. Cerâmica
4. Mármore
5. Granito
6. Pedra
7. Especiais
023 - SOLEIRAS
1. Cimentados / marmorite
2. Mármore
3. Granito
4. Madeira
5. Cerâmica
6. Alumínio
7. Pedra
024 - PEITORIS
1. Cimentados /marmorite
2. Mármore
3. Granito
4. Madeira
5. Cerâmica
6. Pedra
025 - FERRAGENS
1. Fechaduras
2. Dobradiças
3. Fechos e trincos
4. Acessórios
026 - PINTURAS
1. Emassamento PVA paredes internas
2. Emassamento acrílico paredes internas
3. Pintura PVA interna
4. Pintura acrílica interna
5. Pintura PVA externa
6. Pintura acrílica externa
7. Emassamento a óleo - esquadrias de madeira
8. Pintura a óleo - esquadrias de madeira
9. Fundo anti-corrosivo - esquadrias de ferro
10. Pintura a óleo - esquadrias de ferro
11. Verniz em esquadrias de madeira
027 - VIDROS
1. Liso cristal
2. Fantasia
3. Aramado
4. Fumê liso
5. Bronze liso
6. Coloridos
7. Temperados
028 - APARELHOS
1. Louças
2. Metais
3. Bancadas
029 - LIGAÇÕES DEFINITIVAS
1. Luz e telefone
2. Água e esgoto
3. Gás
032 - DIVERSOS
1. Piscinas
2. Play graounds
3. Solários
4. Sintekos
5. Luminárias diversas
1. INTRODUÇÃO E CONCEITOS DIVERSOS
Tipos de obras:
ARTESANAL: Utiliza métodos e processos empíricos e intuitivos. Comum nas construções rurais, com
técnicas e arquitetura nativas.
TRADICIONAL: Predomina nas áreas urbanas, utilizando métodos e processos da construção civil
normalizada.
Exemplos:
Alvenaria estrutural.
MÉTODO CONSTRUTIVO: Conjunto de preceitos que regulam uma série de operações construtivas,
efetuadas segundo determinadas normas.
TÉCNICA CONSTRUTIVA: Operações e artifícios usados para possibilitar e facilitar o andamento dos
processos construtivos, adaptando-os às condições particulares e locais de cada obra através da adoção
de práticas, pequenas máquinas, equipamentos e ferramentas já conhecidas e outras improvisadas
durante a construção.
a) PLANEJAMENTO:
Definição de objetivos.
Projeto Conceitual: Coleta de informações para avaliação das chances de se alcançar o objetivo
definido.
Ex.: Pesquisa de mercado, estudo da legislação - código de obras e lei de uso do solo do
município.
Projeto Básico:
Orçamentos (estimativos).
b) PRODUÇÃO:
Programação de Execução:
Execução: Construção - andamento dos processos com auxílio da técnica construtiva e apoio de
um sistema de suprimento.
c) FUNCIONAMENTO: Uso e obtenção dos benefícios oferecidos pelo produto final pronto - o
edifício.
d) MANUTENÇÃO: Preventiva, com base no Manual do Usuário fornecido pela empresa
construtora e previsão de desgaste das partes do edifício (pintura, esquadrias, etc.) e Corretiva, em caso
de patologias não esperadas.
Uso intensivo de mão-de-obra, pouco qualificada e, quase sempre, com remuneração inferior
à de outros setores (nível de atividade da economia);
Baixo nível de organização nos canteiros para condições de trabalho complexas - grandes
alturas, cavas profundas, trabalhos pesados em terra e rocha, uso de máquinas, materiais
pesados, materiais tóxicos, etc.
Programas de qualidade.
Definições:
Adequação dos processos construtivos aos recursos disponíveis nos locais de cada obra.
Dimensionar o tamanho dos depósitos, alojamentos, escritórios, etc., de acordo com o porte
da obra e número de operários;
Estocar os materiais, quando possível, próximos aos locais de utilização;
Adjudicação ao vencedor;
Homologação;
Contratação.
Figura 1 - Fases para a licitação de obras públicas.
Realização material da área de engenharia e arquitetura, livremente tratada entre duas ou mais
partes da iniciativa privada.
1.6.3 - Contratos
Contrato de construção é todo ajuste para execução de obra certa e determinada, sob direção e
responsabilidade de um construtor, pessoa física ou jurídica legalmente habilitada para construir, que
se incumbe dos trabalhos especificados no projeto, mediante condições combinadas com o proprietário.
O Quadro 1 apresenta uma relação das principais partes constituintes de um contrato de construção.
Quadro 1 – Partes constituintes de um contrato de construção.
Objeto Obra material certa e determinada
Executor Pessoa física ou jurídica habilitada
Beneficiário Proprietário do terreno, usuário ou outro interessado.
Projeto aprovado Plantas e especificações (segundo normas técnicas e legislação)
Condições particulares Prazo, cronogramas
Preço e forma de pagamento Moeda (nacional) e datas de acordo com o tipo de contrato
Serviços profissionais como projeto, fiscalização e consultoria também podem ser objeto de
licitação.
Formas de pagamento:
SÉRIES - preço por partes em que for dividida a obra (fundação, estrutura, etc.).
O construtor poderá subempreitar a obra ou parte dela, sem se isentar das responsabilidades
contratuais e de encargos legais da profissão. O mesmo princípio vale para projetos estruturais e
projetos de instalações, mas não vale para projeto arquitetônico.
Os custos são aqueles necessários para seguir o projeto e suas especificações, sem um preço
global inicial fixo. O administrador não se obriga a executar a obra por um preço certo e determinado.
O custo deverá estar dentro de certos limites conhecidos e previsíveis no meio técnico e no mercado
(custo/m² para determinado padrão de acabamento).
Quadro 2 – Contratos por Empreitada e por Administração.
_________________________________ _______________________________
CONTRATANTE CONTRATADO
_________________________________ _______________________________
Testemunha Testemunha
2. ETAPAS DE OBRA DE EDIFICAÇÃO
Uma lista de etapas de obra pode variar de acordo com cada empreendimento. A lista a seguir
reúne as principais.
a) ESCOLHA DO LOCAL
Inclui análise do Código de Obras e Lei de Uso e Ocupação do Solo do município, para colher
informações sobre as possibilidades de construir determinado tipo de estabelecimento (habitacional,
comercial, etc.) no local escolhido.
b) AQUISIÇÃO DO TERRENO
Seco;
Facilidade de acesso;
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
0
-1
-2
-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
-10
d) SONDAGEM
Número de furos:
A NBR 8036/83 - "Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de
edifícios" - estabelece o número de perfurações a serem feitas, em função do tamanho do edifício, conforme
segue:
• Mínimo uma perfuração para cada 200 m² de área da projeção em planta do edifício, até 1.20 0m² de
área;
• Entre 1.200 m² e 2.400 m²: fazer uma perfuração para cada 400 m² que excederem aos 1.200 m2 iniciais;
• Acima de 2.400 m² o número de sondagens será fixado de acordo com o plano particular da construção.
Em quaisquer circunstâncias o número mínimo de sondagens deve ser de 2 para a área da projeção em planta do
edifício até 200 m², e três para área entre 200 m² e 400 m².
Tabela 1 – Resistência aproximada de cada tipo de solo.
Resistência aproximada
Natureza do Terreno
(kg/cm2)
Aterros de entulho, velhos e consolidados. 0,5
Areia sem possibilidade de fuga, naturalmente úmida. 1,0 – 1,5
Terrenos comuns bons, como argilo-arenosos úmidos. 2,0
Terrenos argilo-arenosos secos, cascalho. 3,5 - 5,0
Rochas - moles e duras 7,0 - 20,0
e) PROJETOS
f) LEGALIZAÇÃO DA OBRA
Objetivo: Atender ao que foi prescrito pela Lei Federal nº 4591 de 16/12/1964 que dispõe sobre
o condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias.
Lei 4591: Define responsabilidades dos diversos participantes e condições técnicas e econômicas
das incorporações. O incorporador somente poderá negociar sobre unidades autônomas de moradia em
condomínio após ter registrado no cartório competente de registro de imóveis:
Cálculo das áreas das edificações (área global, partes comuns, área por unidade);
ANBR 12721/2007 apresenta oito quadros para preenchimento pelo incorporador, com o
objetivo de fornecer, de forma clara e padronizada, informações a respeito de áreas de construção,
especificações e custos.
a) DEMOLIÇÃO
Recomendações gerais:
Cuidados para evitar danos a terceiros - providenciar vistorias nas edificações vizinhas antes
de iniciar a demolição;
Atenção para reaproveitamento dos materiais que saem da demolição, por questões
ambientais e porque podem servir como reuso para outra construção (janelas, portas,
maçanetas, pisos, vidros, calhas, etc.) ou para as instalações provisórias da nova obra.
b) LIMPEZA DO TERRENO
Capina, remoção de rocha, casas de cupim, etc. Corte de árvores: obrigatória a obtenção de
licença ambiental no IEF - Instituto Estadual de Florestas ou no IBAMA.
c) LOCAÇÃO DA OBRA
Procedimento: construir uma "tabeira" (cerca de tábuas em torno da posição da obra no terreno)
com o auxílio de um carpinteiro. Ferramentas e equipamentos: nível de mangueira, nível de mão,
teodolito, trena, esquadro, metro, martelo. Usar pincel ou caneta para escrever informações na tabeira
correspondentes à identificação e posição dos pilares.
Como localizar e marcar o eixo de um pilar no terreno: Esticar dois fios de arame
perpendiculares correspondentes a um determinado pilar, amarrados nos quatro pregos fixados para
aquele pilar na tabeira. Em seguida, achar a projeção do cruzamento dos dois fios, com a ajuda de um
prumo de centro. Posicionar um piquete de madeira no terreno, indicando a posição correta do eixo do
pilar e repetir a operação para os diferentes pilares da obra, de acordo com a planta de locação, cada
vez que for necessária a abertura de cava de fundação, concretagem da fundação e posicionamento de
formas (Figura 11).
Figura 11 – Localização do eixo de pilar no terreno com auxílio de prumo de centro.
Segurança;
Altura mínima;
Alinhamento do terreno.
O tapume deve ser também durável e de bom aspecto. São muito utilizadas chapas de madeira
compensada (espessura 10 mm).
BARRACÕES:
Piso cimentado.
Instalações: Escritório, almoxarifado, vestiário, sanitários, depósitos (cimento, cal, tintas, etc.),
local para refeições refeitório e, conforme o porte e localização da obra, alojamentos.
Torre com guincho para material e pessoal: Transporte somente vertical em um ou mais
pontos da obra;
Guincho de coluna: Indicado para pequenas obras e pequena altura de transporte (máximo
três pavimentos);
Os depósitos de madeira e barras de aço devem estar próximos das bancadas de fabricação
de formas e armaduras, e localizados próximos aos equipamentos de transporte vertical. No
caso de transporte com grua, sua área de serviço deve abranger esses depósitos.
Oficina de armação: bancadas de madeira para retificação, corte e dobra das barras de aço,
com chapas e pinos metálicos; ferramentas e equipamentos elétricos de corte e dobra de
armadura.
Regra geral: os depósitos de agregados e cimento devem estar localizados próximos à central de
produção, onde estão as betoneiras.
Betoneira com capacidade de 300 litros – são as mais comuns, mas de capacidade limitada de
produção (mistura um traço de concreto de um saco de cimento por vez). Muito usadas em
obras menores, como pequenos prédios e residências e para fabricação de argamassa.
Betoneira com capacidade de 500 litros – maior capacidade de produção, com carregador
automático e medidor de água (mistura traço de concreto de dois sacos de cimento por vez).
Essas ligações devem seguir projetos de profissionais especializados, que seguem normas
técnicas e prescrições das concessionárias locais.
Figura 12 – Layout de canteiro de obra.
ARMAÇÃO
E VESTIÁRIO
BANHEIRO
FORMAS
TORRE DO
GUINCHO
ALMOXARIFADO
CIMENTO
BETONEIRA WC
Portão PADRÃO
ÁGUA EN. ELÉTRICA ESCRIT.
AREIA BRITA
DIRETA, se o solo firme estiver a pequena profundidade. Ex.: sapatas contínuas, sapatas
isoladas, blocos.
INDIRETA, se o solo firme estiver a profundidade que elimine a execução de fundação direta.
Ex.: estacas pré-moldadas, tubulões.
2.3.1 - Sapata Isolada
Compactação do fundo;
Concretagem;
Cura do concreto.
Figura 13 – Execução de sapata isolada.
Figura 14 – Execução de sapata isolada – vista superior.
Também chamada de "sapata corrida", é um tipo de fundação de fácil execução e de baixo custo,
usada em construções baixas (2 pavimentos). Pode ser executada com concreto ciclópico (concreto com
pedra marroada) ou com concreto armado lançado em valas rasas escavadas manualmente no terreno
(máx. 50 com de profundidade). A execução segue o projeto arquitetônico, de acordo com a direção
das paredes da edificação. O dimensionamento da sapata contínua- largura e altura (Figura 16) - é feito
conhecendo-se as cargas atuantes nas diferentes seções da construção e da natureza (resistência) do
terreno. O cálculo da carga atuante na edificação é mostrado na Figura 17.
h1 - altura do baldrame
L - largura do baldrame
P1 - carga da edificação até a base da parede + peso próprio do baldrame
P2 - peso próprio da sapata em função de sua largura
P2= x.1,00.h2.γ; onde “γ” é a densidade (massa específica) do material que compõe a sapata.
Telhado
Laje de forro *
Parede 2° pavimento **
Parede 1° pavimento**
Baldrame
Pparede = ( Hp.0,10.1,00).γ
Hp - pé direito
Para dimensionamento da sapata, adotar inicialmente uma altura (50 cm), calcular seu peso
próprio e fazer depois a verificação da altura adotada.
EXEMPLO 1
Calcular a largura da sapata da figura a seguir (Figura 20), considerando uma carga de edificação
de 8000 kg/m (já considerando o peso do baldrame) e um terreno com taxa de resistência igual a 0,9
kg/cm². A sapata será executada em concreto ciclópico, que pesa 1800 kg/m³.
P1 = 8000 Kgf/m
50*
25
adotado
x = 0,98m
EXEMPLO 2
Seção A:
Cargas em Kg/m
Lajes de forro, 2° piso, 1° piso, telhado 6786
Parede 2° pavimento (3,00.1,00.0,15).1600 720
Parede 1° pavimento (3,00.1,00.0,15).1600 720
Baldrame (0,15.0,40.1,00).1800 108
Total 8334
Do projeto:
25 15
40
x x
Adotar: P1 = 8334
- Pé-direito dos dois pavimentos = 3,00 m P2 = 0,50.x.1800 = 900.x
- Espessura das paredes internas = 0,15 m r.x = P1 + P2
- Espessura das paredes externas = 0,25 m r.x = 8334 + 900.x
- γalv= 1600 kg/m³ 12000.x = 8334 + 900.x
Parte superior da estrutura de um edifício que suporta as cargas dos diversos pavimentos e as
transmite à infraestrutura.
Serviços:
Consumo: 12 m²de madeira por m³ de concreto, em média. Este número serve apenas para
cálculo aproximado de quantidades para orçamento.
Aspectos importantes:
"Planta de formas" (Figura 21) - muito usada pelos carpinteiros para o corte das tábuas e
chapas e montagem das formas.
Figura 21 – Exemplo de planta de formas para lajes, vigas e pilares.
Possibilitar resistência suficiente para a não deformação sob ação de cargas - peso próprio,
peso e pressão do concreto fresco, peso das armaduras, cargas acidentais (operários,
equipamentos);
Montar sistema de fácil desforma, com reaproveitamento máximo dos materiais (painéis de
madeira, gastalhos e pregos) - Figura 22.
Fazer limpeza interna das formas antes da concretagem pela "janela" na base de pilares
(Figura 23);
Pilares altos (> 3,0 metros): "janelas" intermediárias para lançamento do concreto (Figura24).
Escoramento de madeira: atenção com os apoios no terreno, emendas (se necessárias) e escoras
maiores que 3,0 m(fazer travamento horizontal);
“Janela”
Considerações gerais:
Chapas de madeira compensada são mais usadas, em lugar de tábuas. Vantagens: maior
reaproveitamento, fácil desforma, menor número de juntas, menor consumo de pregos e maior
produtividade da mão-de-obra. As chapas de acabamento plastificado são indicadas para
concreto aparente e edifícios altos (maior reaproveitamento). Dimensões: 1,10 x 2,20 (m), com
6, 10, 12, 14, 17 e 20 mm de espessura.
Com base nos projetos de instalações elétricas, hidráulicas, telefônicas, de interfone, de antenas
e Internet, posicionar e prever a passagem de tubulação, pontos de luz e caixas de passagem por vigas,
lajes, escadas, etc., antes da concretagem. No caso de estruturas de concreto armado e laje maciça,
fazer perfurações nas formas antes da concretagem para passagem da tubulação.
2.4.3 - Armaduras
Consumo: 80 kg por m³ de concreto (média). Este número serve apenas para cálculo aproximado
de quantidades para orçamento.
Corte - feito de acordo com as plantas de projeto estrutural, com o auxílio de serra manual,
tesoura ou máquina de corte;
Fechamento das "bocas" na base das formas dos pilares após a limpeza;
Preparação dos caminhos (tábuas) sobre a laje para transporte de concreto por carrinho ou
caçamba, para não haver deslocamento de armaduras e dano na tubulação de eletricidade;
ETAPA ÚNICA
I)
Pilares, vigas e lajes.
1ª etapa 2ª etapa
II)
Pilares Vigas e lajes
Laje
Viga
Pilar
Atenção para o posicionamento de aberturas nas lajes para alçapões e passagem de tubos e
para o posicionamento de peças para elevadores;
Cura: manter o concreto endurecido úmido por 7 dias, no mínimo (ABNT), para hidratação do
cimento e obtenção da resistência de projeto;
Para a produção de um bom concreto devem ser muito bem executadas as seis operações básicas
de obtenção deste material: DOSAGEM, MISTURA, TRANSPORTE, LANÇAMENTO, ADENSAMENTO e
CURA.
a) DOSAGEM:
É o estudo e indicação das proporções relativas dos materiais constituintes do concreto, para
obtenção de propriedades pré-determinadas em projeto.
fcd: resistência de cálculo. fcd = fck/c, sendo "c" um coeficiente de minoração (observar
normas técnicas de projeto e cálculo de estruturas).
fcj = fck + 1,65 Sd, onde "Sd" é o desvio-padrão da dosagem (4,0 - 5,5 - 7,0 MPa).
Medição em volume: tipo de medição da areia, da brita e da água usado nas obras por meio de
enchimento de padiolas de madeira (ou latas) em número e tamanho de acordo com a composição
("traço") do concreto em volume. Em geral, para cada traço a ser "virado" na betoneira, calcula-se a
quantidade de materiais correspondente ao volume de um saco de cimento (aproximadamente 40
litros). Algumas tabelas fornecem medidas práticas e números de padiolas a serem usadas para vários
traços diferentes. Certos cuidados devem ser observados neste tipo de medição, como verificação
periódica da massa unitária dos agregados, correção das quantidades de areia de acordo a umidade
apresentada em canteiro, e enchimento correto das padiolas para que não haja falta ou excesso de
material em cada traço.
Medição em massa: é o procedimento mais preciso e recomendável, usado nas usinas dosadoras
e laboratórios de pesquisa. Toma-se por base o traço expresso em massa dos materiais por metro cúbico
de concreto.
b) MISTURA:
É a operação que visa dar homogeneidade ao concreto. A melhor mistura é a mecânica, com o
uso de betoneiras (Figura 29e Figura 30). As betoneiras mais comuns são as de queda livre, de eixo
inclinado, que fazem o material tombar em seu interior com o giro.
Figura 29 – Betoneira
A mistura manual é pouco eficiente e somente deve ser empregada para volumes muito
pequenos ou em serviços de menor importância (Figura 31).
O que determina o tempo ideal é o resultado da mistura, que deve ser homogênea.
O ritmo de uma concretagem, em m³ de concreto por hora, depende da duração do ciclo de
produção e da capacidade dos equipamentos. O ciclo de produção é a soma dos tempos de carga,
mistura e descarga dos materiais da betoneira.
b.2) Ordem recomendável de carregamento dos materiais na betoneira:
Sempre devem ser trocadas peças desgastadas das betoneiras, como suas pás internas.
c) TRANSPORTE:
Figura 33.
Transporte por bombeamento: através de tubulações montadas pelas usinas que fornecem o
concreto usinado. Para este tipo de transporte, o concreto deve ter características adequadas como:
Com o bombeamento pode-se conseguir a produção, em concretagens, de 100, 200, e até 300
m³ por dia, conforme as distâncias verticais e horizontais de transporte interno.
d) LANÇAMENTO:
Recomendações gerais:
Para maiores alturas de queda, usar tubos ou calhas para evitar a segregação;
Em superfícies inclinadas, lançar o concreto da parte mais baixa para a mais alta;
Evitar que o concreto seja "coado" pelas armaduras, principalmente em pilares. Como
prevenção usa-se lançar pequena quantidade de argamassa de cimento e areia para
"lubrificação", minutos antes do lançamento do concreto.
e) ADENSAMENTO:
Importante operação que objetiva eliminar os vazios do interior do concreto fresco. O meio mais
eficiente e comum é por vibração mecânica (energia elétrica), com equipamento de agulha de imersão.
O adensamento com vibrador de agulha de imersão tem efeito até uma determinada distância
(raio de ação). Deve-se trabalhar sempre com o vibrador na posição vertical e nunca com a agulha
deitada. Evitar, em concretagem de lajes, arrastar a agulha pelo concreto lançado. A Figura 35 mostra o
vibrador e a Tabela 2 apresenta uma relação dos raios de ação alcançados.
Figura 35 – Uso de vibrador para adensamento do concreto fresco.
A altura de adensamento não deve ser maior que o comprimento da agulha (Figura 36);
O tempo de imersão da agulha no concreto é controlado até que se visualize que não saem
mais bolhas de ar do concreto (vibração excessiva é prejudicial);
Não se deve vibrar também as armaduras e formas, pois isto pode afastar o concreto das
superfícies onde ele deve aderir, como as barras de aço.
Figura 36 – Uso de vibrador de agulha para adensamento de concreto em pilar.
f) CURA:
Operação para evitar a perda de água do concreto necessária à reação com o cimento nos
primeiros dias de idade e, também, para evitar excessiva retração por secagem. Consiste em manter o
concreto úmido por molhagem direta (meio mais comum), ou por proteção com tecidos umedecidos,
ou por aplicação de emulsões que formam uma película impermeável sobre a superfície do concreto.
Deve-se promover a cura durante, no mínimo, sete dias (NBR 6118, ABNT).
Opção para lajes bastante consagrada e de custo menor, em comparação com laje maciça.
Cuidados importantes:
Escolher uma boa empresa fornecedora do sistema, com engenheiro responsável técnico. O
funcionamento do sistema depende da resistência mecânica das vigotas de concreto, de
acordo com os vãos a vencer e a finalidade das lajes - forro ou piso.
Observar apoio correto das extremidades das vigotas, com a última fiada de tijolos cheia de
concreto.
2.5 - Alvenaria
Classificação:
Finalidades:
Vedação, divisão e proteção - Paredes externas e internas de casas e prédios, muros de divisa de
propriedade;
Estrutural - as paredes recebem esforços verticais (de lajes e telhados em construções não
estruturadas) e horizontais (por exemplo, empuxo de terra e vento).
Figura 41).
Bloco cerâmico de vedação (bloco vazado ou "lajota furada"): também se deve procurar a
modulação dos vãos, apesar de ser mais fácil o corte neste tipo de bloco. Dimensões mais encontradas
(cm): 9 x 19 x 19 e 9 x 19 x 29 (Figura 42).
Tijolo cerâmico maciço: empregado em alvenaria aparente, de vedação ou estrutural em casas
térreas e em áreas comuns dos prédios onde sejam necessários cuidados especiais contra propagação
do fogo (escadas, por exemplo). Devido às suas dimensões, a produtividade da mão-de-obra na
execução dos serviços é mais baixa. Dimensões mais comuns (cm): 5 x 10 x 20 (Figura 42).
Facilidade no corte;
Execução de alvenaria:
1º) Efetuar a "marcação" das paredes com base na planta baixa (arquitetônica) da edificação,
executando os cantos com uma lajota e, logo após, a primeira fiada com argamassa e com o auxílio de
linha, esquadro, prumo e nível (Figura 43);
2º) Nas extremidades das paredes, executar "prumadas" que servem de guia, controlando o
serviço com o prumo e assentando os tijolos em sistema “mata-junta" (junta vertical desencontrada) -
Figura 44 e Figura 45.
3º) Executar todas as fiadas, seguindo uma linha nivelada para cada uma e presa entre duas
prumadas-guia.
Existe ainda a técnica, muito usada, de deixar um espaço de 2,0 cm entre a última fiada de
alvenaria e a viga de concreto, para preenchimento com argamassa que contém aditivo expansivo.
Observar ainda:
Emendas em degraus;
Controle de altura das fiadas, principalmente visando o nível da última, em caso de lajes
apoiadas diretamente sobre paredes;
Argamassas mais usadas: cimento, cal e areia nas proporções 1:1:6 ou 1:2:9 (volume) e
cimento e areia de britagem nas proporção 1:8 a 1:10 (volume).
Modulação - Os cômodos devem ter dimensões múltiplas dos blocos, já que não se admitem
cortes para acabamento. Ou seja: o arquiteto deve ter conhecimento prévio de que o edifício será
construído em alvenaria estrutural.
Resistência mecânica dos blocos e da argamassa - Deve haver controle de qualidade rigoroso
desde a compra até o recebimento em obra, conferindo especificações do calculista com ensaios de
laboratório.
Instalações - Não são admitidos cortes (nem verticais, nem horizontais) para passagem de
tubulação. Alguns tubos (instalação elétrica) passam pelo furo vertical dos blocos. Outros (água e esgoto)
passam por parede falsa ("Shaft") ou parede sem função estrutural, posicionadas estrategicamente nos
projetos arquitetônico e estrutural.
http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/177/veja-o-que-considerar-para-a-execucao-das-instalacoes-
prediais-369750-1.aspx
Assentamento com argamassa - É muito usada a bisnaga para espalhar a argamassa nos blocos,
mantendo um padrão de quantidade controlada - Figura 52. Na Alvenaria estrutural a argamassa tem
função de ligação entre os blocos, uniformizando os apoios entre eles. A argamassa de cimento, cal e
areia atende muito bem a maioria dos projetos. Argamassas muito fortes (só de cimento e areia)
costumam ser rígidas e têm baixa capacidade de absorver deformações. Argamassas muito fracas têm
resistência à compressão e aderência baixas e prejudicam a resistência da parede. A resistência à
compressão da argamassa deve ter aproximadamente 70% da resistência do bloco.
NBR 15961-2:2011. Alvenaria estrutural — Blocos de concreto. Parte 2: Execução e controle de obras
NBR 15812-2:2010. Alvenaria estrutural — Blocos cerâmicos. Parte 2: Execução e controle de obras
NBR 15270-1:2017. Componentes cerâmicos – Blocos e tijolos para alvenaria. Parte 1: Requisitos.
NBR 15270-2:2017. Componentes cerâmicos – Blocos e tijolos para alvenaria. Parte 2: Métodos de ensaios.
2.6 - Cobertura
Etapa da obra cuja finalidade principal é proteger a edificação das intempéries. Além disso, uma
cobertura (ou telhado) pode compor arquitetonicamente o aspecto de uma construção e também
proporcionar conforto térmico no seu interior.
Entre os materiais mais comuns aplicados em coberturas estão as pedras naturais (ex.: ardósia),
o metal (alumínio, zinco), a cerâmica e o fibrocimento.
Impermeabilidade e estanqueidade;
Leveza;
Colonial 25
Plan 24
Francesa
16
Tesoura de telhado com telha cerâmica (Figura 56 e Tabela 4).
Telhas metálicas (alumínio): peso reduzido, fácil execução, condutoras de calor, desconforto térmico.
Algumas telhas têm dupla camada metálica, com enchimento de material isolante térmico. A Figura 59
mostra um exemplo de telha termoisolante.
Balanços máximos;
Custos.
Tabela 5 – Inclinação necessária e peso por m² de cada tipo de telha
Tipo de telha Inclinação (%) kg/m2
Francesa 35 50 a 55
Colonial 25 60 a 70
"Ondulada" 9 24
"Canalete 90" 3 24
Alumínio 5 2
Figura 60 – Telhado de fibrocimento embutido.
CAIXA D'ÁGUA
HIDRÔMETRO HIDRÔMETRO
RESERVATÓRIO INFERIOR
Atenção para o posicionamento correto, nas paredes, da tubulação, conexões para torneiras,
registros, chuveiros, etc. (alturas e distâncias horizontais) - cortes na alvenaria baseados em
PROJETO;
Água quente: a) passagem por tubos e conexões de cobre ou PVC especial; b) requer o dobro
de torneiras; c) requer aquecedor (elétrico, gás, energia solar) - Figura 64.
Execução dos trechos horizontais da tubulação de esgoto com caimento suficiente e caixas de
inspeção (concreto ou PVC) nas mudanças de direção e trechos longos;
Teste das instalações antes do revestimento das paredes: tampar todas as saídas com
conexões (tampão) e encher a caixa d'água e a tubulação.
Figura 64 – Tubulação distinta para a passagem de água fria e água quente.
(Ver anexos: Figura 98, Figura 99, Figura 100, Figura 101, Figura 102)
Execução:
Eletrodutos
Utilizar tubos flexíveis com os devidos cuidados para que não ocorra o seu amassamento
durante as concretagens.
Figura 66 – Eletroduto - trechos horizontais embutidos na laje e trechos verticais embutidos em vigas e
paredes.
Caixas
Observar as alturas em relação ao piso acabado das caixas embutidas em paredes: 1,10 a 1,40
m para interruptores e campainhas; 0,30 m para tomadas baixas e 1,90 a 2,10 m para
arandelas e chuveiros.
Fiação
Portas:
Um serviço de qualidade caracteriza-se pelo perfeito abrir e fechar da porta, com encaixe perfeito
dos trincos na guarnição. Possíveis larguras para guarnições estão representadas na Figura 71.
Rodapés:
Fixação - pregar em pequenos tacos de madeira pré-fixados na alvenaria, ou por meio de bucha
e parafuso diretamente na argamassa de revestimento (Figura 73).
Figura 73 – Fixação de rodapé de madeira com parafuso e bucha.
2.10 - Esquadrias
A escolha do tipo de esquadria a instalar nos vãos de portas e, principalmente, janelas recai sobre
os seguintes materiais disponíveis no mercado: madeira, alumínio, aço e PVC. Os principais critérios para
optar por um destes materiais são ESTÉTICA, FUNCIONALIDADE, DURABILIDADE, MANUTENÇÃO E
PREÇO. As esquadrias também possuem uma sequência para sua colocação, objetivando uma maior
facilidade na hora da montagem e cuidados para a prevenção de problemas futuros, como infiltrações.
(Figura 75)
Esquadrias de alumínio: fabricadas por serralheiro, são de alta durabilidade e não exigem
manutenção. São, porém, de preço elevado (Figura 74).
Esquadrias de aço: feitas também por serralheiro, são de aspecto popular e exigem manutenção
com pintura para evitar corrosão.
Esquadrias de PVC: são as mais novas no mercado e oferecem perfis prontos para uso de
diferentes cores e boa durabilidade.
Figura 74 – Esquadria de alumínio.
I) XT
NT
II)
III)
Seja qual for o tipo de esquadria escolhida, adotar medidas para evitar infiltração de água de
chuva como o caimento, para o lado externo do edifício, da pedra que compõe o peitoril, além da
calafetação de frestas entre a esquadria e a fachada com uso de massa flexível (mastique) ou silicone
(Figura 76 e Figura 77).
Figura 76 – Medidas a serem adotadas para evitar a infiltração de água em janelas.
2.11.1 - Argamassa
ENCHIMENTO:
Necessário somente em casos especiais, como paredes muito fora de prumo ou alvenaria de
pedras irregulares;
Se necessária espessura maior que 2,5 cm, aplicar a argamassa em mais de uma camada
esperando a anterior ficar endurecida, ou "encascar" com pedaços de tijolo e pedra;
Camada de acabamento áspero, obtida com argamassa de grãos grossos. No caso de ser
necessária mais de uma camada, esperar que a anterior esteja totalmente endurecida.
Camada finíssima de argamassa forte de cimento e areia grossa lavada 1:4 (volume), para
aumentar a aderência da camada posterior (emboço) na parede. Aplicada com colher de
pedreiro (através de uma peneira ou não), lançando a argamassa de forma a ficar bem
espalhada.
Dosagem da argamassa: deve ser estudada para se obter trabalhabilidade, baixa retração na
secagem, resistência mecânica, elasticidade adequada e aderência suficiente à base depois
de endurecida. Agregado médio (máximo 2,0 mm).
Traços mais comuns (em volume): 1:1:6 e 1:2:9 de cimento, cal e areia; 1:7 de cimento e areia
de britagem (de acordo com a granulometria da areia);
2.11.2 - Azulejo
Fabricados em grandes variedades de tamanho e cor, lisos e decorados, os azulejos mais comuns
são os de dimensões 15 x 15 (cm) e 20 x 20 (cm).
Sobre emboço endurecido. No caso de emboço mais antigo e seco, usa-se molhar um pouco
a superfície antes da aplicação do azulejo;
Os azulejos devem ser colocados no sentido do piso para o teto dos cômodos, calculando-se
a altura das fiadas de modo a se obter peças inteiras na última de cima;
A primeira fiada, mais próxima do piso, é colocada depois que o piso estiver pronto, o que
permitirá o corte adequado dos azulejos;
Corte dos azulejos: bem executado, permite a utilização dos dois pedaços;
Juntas: Com cerca de 2,0 mm de largura, são executadas colocando-se um espaçador entre
as fiadas, formando a junta horizontal e afastando-se os azulejos para formar a junta vertical.
O espaçador só é retirado após a pega da argamassa de assentamento. As juntas são
recomendadas para melhor acabamento da parede azulejada e para prevenção de
descolamento de azulejos por dilatação térmica das peças;
Rejuntamento: Operação de enchimento das juntas com pasta de cimento branco. O serviço
é bem executado quando se toma anteriormente o cuidado de se deixar limpo o espaço entre
os azulejos logo após sua colocação;
Argamassa: Usa-se argamassa colante industrializada, ensacada - mistura pronta que recebe
apenas a adição de água momentos antes do uso. Excepcionalmente, pode-se fabricar na obra
(cimento, cal e areia fina - 1:1:6 em volume) e colocada com colher de pedreiro em cada
azulejo que vai ser levado à parede.
REJUNTE
RÉGUA
CONTRA-PISO
~ 20
PISO CERÂMICO
O emboço deve estar semiúmido antes da colagem das peças (para argamassa de
assentamento fabricada em obra);
Usar areia limpa, cimento novo ou argamassa colante dentro do prazo de validade;
Após a aplicação dos azulejos, evitar qualquer tipo de esforço na parede durante o
endurecimento da argamassa.
ARGAMASSA COLANTE
Argamassa colante industrializada é formulada com cimento, agregado miúdo e aditivos
químicos que garantem aderência. Com adição de água, forma uma pasta adesiva elástica.
Existem três tipos de argamassa colante: ACI, ACII, ACIII. O que as difere é a quantidade de
aditivo, que confere mais ou menos capacidade de aderência ao produto. Para especificar o tipo de
argamassa colante a utilizar, deve-se levar em consideração o ambiente de aplicação e o tipo de
revestimento.
ACI - assentamento de revestimento e peças cerâmicas em ambientes internos, tanto secos
quanto molháveis (banheiro, cozinha e área de serviço);
ACII - áreas que exigem revestimentos especiais como saunas, churrasqueiras e estufas;
revestimentos e pisos e paredes internos ou externos que estejam sujeitos a ciclos de variação da
temperatura e da umidade e ainda sob ação do vento, como paredes e fachadas externas, piscinas de
água fria, áreas públicas ou industriais.
ACIII - revestimentos cerâmicos em fachadas onde o risco de acidentes por queda de peças é
maior, assentamento de placas grandes (maiores que 60 x 60cm), piscinas e churrasqueiras.
O tipo de desempenadeira adequado para o serviço de assentamento varia de acordo com o
tamanho das peças (Tabela 6 e Figura 87):
Critérios de localização
Segundo a norma brasileira NBR 13755: 1996 da ABNT, é imprescindível haver juntas
horizontais a cada pavimento, localizadas no encunhamento da alvenaria e espaçadas no máximo em
três metros. Por outro lado, as juntas verticais podem estar espaçadas em até seis metros. As juntas
devem possuir largura entre 8 mm e 30 mm, sendo o selante com fator de acomodação mínimo de 25%;
a profundidade pode ser toda a espessura do emboço, embora seja também muito utilizado o corte
parcial desta camada.
Execução
Marcação do posicionamento.
Abertura da junta, que consiste em um corte no emboço ainda fresco com auxílio de
régua dupla (afastamento correspondente à espessura da junta) e frisador (corte na
argamassa e compactação da região da junta).
Instalação da membrana impermeabilizante, que deve ser feita após a secagem do
emboço e limpeza da junta.
Assentamento das placas cerâmicas, preservando a cavidade da junta.
Preparo do substrato da junta, que consiste em limpar a cavidade com escova macia,
proteger as bordas (fita crepe) e aplicar primer (melhora a adesão entre selante e
substrato). Insere-se então o limitador de profundidade para posteriormente colocar o
selante, através de uma pistola aplicadora.
Acabamento da junta com utilização de espátulas ou tubos de PVC.
Para a escolha adequada do tipo de revestimento de piso das edificações deve ser considerada a
finalidade do cômodo ou da área onde vai ser aplicado.
Características essenciais:
2.12.1 - Lastro
Camada de concreto executada diretamente sobre o solo com as finalidades de formar uma base
resistente e apropriada à execução de outras camadas de acabamento para os pisos e evitar penetração
de umidade nas edificações por capilaridade.
É constituído, na maioria dos casos, de concreto simples sem armação. A espessura e o tipo
(composição do concreto) de lastro dependem, no entanto, da sobrecarga prevista para o piso e da
qualidade do solo sobre o qual se executa o serviço. Em indústrias, oficinas, armazéns e lugares que
serão submetidos a cargas pesadas, inclusive por aglomeração de pessoas, o lastro pode ser de concreto
armado.
Espessuras para casos comuns de concreto não estrutural:
Garagens - 12 a 15 cm.
Execução:
Execução:
Traços mais usados de argamassa de cimento e areia: 1:4, 1:5 e 1:6 (em volume), conforme a
finalidade do contrapiso ou do cimentado e a textura superficial desejada.
Serviço executado depois do revestimento de tetos e paredes, é feito com peças dos mais
variados tamanhos e cores oferecidas pelo mercado de materiais de construção.
Com argamassa fresca fabricada na obra, espalhada sobre lastro ou sobre laje;
Com argamassa industrializada, espalhada em pequena espessura para assentamento da cerâmica sobre
contrapiso seco.
Alguns tipos de peças cerâmicas devem ser previamente umedecidas, assim como também o
lastro ou a laje;
Tomar o ponto de nível da superfície acabada do piso com a colocação de taliscas espalhadas
pela área a revestir;
Antes de começar o assentamento, planejar o corte das peças cerâmicas junto às paredes,
escolhendo-se o local do cômodo onde se deseja o melhor aspecto, ou seja, cerâmicas
inteiras;
Tacos simples
Execução: assentados com argamassa de cimento e areia 1:4, espalhada sobre o lastro/ laje.
Molhar a base (lastro ou laje) e espalhar a argamassa, nivelada com a ajuda de taliscas;
Colocar os tacos um a um, acertando o nivelamento com batidas leves e depois com a ajuda
de uma tábua deitada sobre os tacos;
Preparo dos tacos: para melhor aderência à argamassa, os tacos devem ser revestidos na face
inferior com pedrisco, colado com asfalto, além de receberem alguns pregos tipo "L".
Processo antigo e demorado.
Tacos de Encaixe
Execução: sobre contrapiso nivelado e seco, o assentamento é feito com cola especial espalhada
com desempenadeira de aço (lado reto). Colocar os tacos um a um sobre a cola espalhada por trechos
e bater vigorosamente com martelo de borracha.
Em nenhum taco devem ser toleradas: manchas de podridão, quinas mortas, rachaduras,
cores contrastadas e nós grandes soltos ou podres;
Parquete
É apresentado em placas (40 x 40) cm constituídas por pequenas peças de madeira agrupadas
sobre uma tela plástica aderida na face de colagem. As placas são assentadas com cola e martelo de
borracha sobre contrapiso seco de cimento e areia. A Figura 91 ilustra diferentes maneiras para o
assentamento de pisos de madeira.
Tábua Corrida
O revestimento é executado com tábuas de encaixe tipo macho e fêmea, fixadas por meio de
pregos a barrotes (peças compridas de madeira de seção trapezoidal). Esse tipo de encaixe está
detalhado na Figura 93.
Dimensões das tábuas: largura variável de 0,10 a 0,25 m, comprimento 2,5 m aprox. e espessura
0,025 m.
Execução:
Colocação dos barrotes - Fixados à laje ou lastro de concreto com argamassa forte de cimento
e areia, perpendicularmente à direção em que serão fixadas as tábuas, com espaçamento
máximo de 50 cm entre uma e outra peça e nivelados (Figura 92);
Se o cômodo é maior que o comprimento das tábuas, serão necessárias emendas de topo - a
distribuição dos barrotes deve ser tal que sempre haja um deles sob as emendas;
As tábuas são fixadas aos barrotes com pequenos pregos no encaixe e com cola no contrapiso.
Figura 92 – Revestimento de piso de tábua corrida.
2.13 - Pintura
Uma das últimas etapas de acabamento da obra, a pintura é também uma das mais caras.
Entrega-se geralmente este serviço a empreiteiro especializado, cujo preço pode incluir materiais, mão-
de-obra e equipamentos ou somente mão-de-obra e pequenas ferramentas, ficando os materiais por
conta do proprietário da obra (Quadro 6).
2.13.1 - Tintas
Material de revestimento de consistência líquida ou pastosa que serve para cobertura, proteção,
coloração das superfícies dos objetos, materiais, paredes, etc. Na construção civil as superfícies para
pintura mais comuns são a madeira, a alvenaria, o concreto e os metais.
A execução da pintura em qualquer tipo de superfície deve passar pelas seguintes etapas:
Preparação da superfície;
Toda superfície, após ter sido preparada para receber a pintura, deve se apresentar:
Seca;
O preparo da superfície é feito por processo mecânico ou químico, com o auxílio de lixas,
solventes, jato de areia, etc., dependendo da sujeira a ser removida.
Toda tinta é composta por uma suspensão de partículas opacas sólidas (pigmentos) em um
veículo fluido. A função das partículas é cobrir e colorir. A função do veículo é aglutinar as partículas para
formar uma película de proteção.
O veículo da tinta é formado por uma parte VOLÁTIL (solventes que evaporam) e outra NÃO
VOLÁTIL que, ao secar, constitui a película protetora.
Eventualmente adicionam-se cargas à tinta, que são pós minerais brancos ou incolores cuja
finalidade é melhorar a consistência e durabilidade (ex.: talco, gesso, carbonato de cálcio).
APLICAÇÃO
Para escolha da tinta a aplicar é necessário conhecer o tipo de superfície que vai receber a
pintura, as condições ambientais que esta tinta vai suportar e qual a finalidade de aplicação do produto
(colorir, evitar ferrugens, isolar contra umidade, etc.). Uma vez feito este tipo de análise, o processo de
aplicação também deve ser adotado de acordo com o tipo de serviço a executar. Dentre os mais usados:
PINCEL: processo lento, porém prático. Indicado para pequenos serviços, "recortes" de cantos
e quinas e superfícies irregulares. Exige profissional experiente.
ROLO: processo um pouco mais rápido, indicado para superfícies planas.
TINTA A ÓLEO: na sua composição, parte do veículo é um óleo que endurece quando exposto ao
ar formando uma película sólida, relativamente flexível, resistente e aderente à superfície de aplicação.
A viscosidade deste óleo pode ser diminuída pela mistura com um solvente (gasolina, aguarrás) já
presente na tinta ou adicionado conforme o uso a que se destina o material. Solvente mal escolhido ou
adicionado em quantidade não adequada pode causar defeito de acabamento na pintura.
TINTA PARA CAIAÇÃO: muito difundidas e econômicas, têm como componente principal a cal
extinta e são indicadas para muros e paredes, principalmente externas. Hoje, ao invés de se "queimar"
a cal virgem nas obras pode-se comprá-la extinta (em pó), pronta para a simples mistura com água e
aplicação direta.
TINTAS LÁTEX, EPÓXI: recebem estes e outros nomes conforme seu veículo seja constituído em
parte por uma resina de látex ou epóxi. Algumas dessas tintas são emulsões (dois líquidos dispersos um
no outro sob forma de gotículas), indicadas para paredes exteriores e/ou interiores, conforme instruções
do fabricante. O látex PVA tem este nome retirado da sigla inglesa de poliacetato de vinil, uma substância
sintética. O látex acrílico tem como componente básico uma resina acrílica. Os dois tipos de látex têm
quase as mesmas características e a mesma aplicabilidade. O látex acrílico é mais durável (indicado para
exteriores), porém mais caro.
TINTAS ESPECIAIS:
Produtos de consistência líquida utilizados antes da aplicação das tintas sobre as superfícies, com
as finalidades de: melhorar a aderência da tinta, isolar a superfície a ser pintada da tinta de
acabamento, proporcionando economia ou proteção contra umidade externa em paredes; proteger
contra a ferrugem em materiais metálicos (ex.: zarcão, cromato de zinco, primer).
MASSAS
Constituídas por grande quantidade de carga, também são aplicadas antes da tinta de
acabamento final, em fina camada regularizadora da superfície. Corrigem defeitos e tornam as
superfícies lisas e pouco porosas.
VERNIZES
Podem ser provenientes: da tinta, da aplicação ou da superfície mal preparada. Algumas causas
e efeitos estão relacionados na tabela a seguir (Quadro 5).
Quadro 5 - Principais defeitos em pinturas
Causa Efeito
Tinta não é bem mexida na lata antes da Pintura sem pigmentação, semelhante a um
aplicação verniz ou manchada.
Diluição em demasia A tinta, com baixa viscosidade, escorre
proporcionando pouca cobertura.
Tinta muito grossa (pouco diluída) Mau acabamento na pintura, demora na
secagem e pouca aderência.
Aplicada demão de tinta sobre demão anterior Enrugamento
ainda não seca e com solvente por evaporar
Pintura sobre superfície muito porosa que Perda prematura de brilho
absorve o veículo da tinta
pintura sobre graxa, óleo ou resina ou Falta de aderência
qualquer superfície mal preparada.
Lugares úmidos, sombrios e quentes ao Mofo
mesmo tempo.
Tinta de veículo pouco elástico ou aplicação de Gretamento ou fendilhamento
filme menos elástico sobre outro mais elástico
Pinturas velhas, após o gretamento. Descascamento
Aplicação de tinta sobre superfície úmida. Bolhas
Quadro 6 – Pintura: serviços mais comuns
PAREDES E TETOS
Estado de
Superfície Tinta Etapas do serviço(número de demãos)
conservação
Lixa
Novo ou
Reboco externo Látex Selador (1 ou 2)
conservado
Tinta (2 ou 3)
Remoção de lodo com escova de aço
Reparos no reboco com argamassa
Reboco externo Deteriorado Látex
Selador (1 ou 2)
Tinta (2 ou 3)
Lixa
Selador (1 ou 2)
Reboco interno Novo Látex Massa PVA (1 ou 2), lixando cada demão
depois de seca e removendo o pó
Tinta (2)
Limpeza do lodo com escova ou lixa
Reboco externo pintado Velho, não
Látex Lixa em toda a superfície, se necessário.
com látex deteriorado
Tinta (1 ou 2)
Limpeza do lodo com escova ou lixa
Remoção da tinta velha com espátula
Reboco externo pintado
Deteriorado Látex Reparos no reboco com argamassa
com látex
Selador (1)
Tinta (2 ou 3)
Reparos na massa PVA
Reboco interno pintado com Velho, não
Látex Lixa em toda a superfície, se necessário.
látex sobre massa PVA deteriorado
Tinta (1)
Partes deterioradas: remoção da pintura e da
massa PVA com espátula
Reparos no reboco com argamassa
Reboco interno pintado com Lixa
Deteriorado Látex
látex sobre massa PVA Selador (1)
Massa PVA (1 ou 2)
Lixa
Tinta (2)
VERNIZ SOBRE MADEIRA
Lixa - Selador para madeira - Verniz - Lixa (?) – Verniz
Tinta óleo sobre madeira (pintura nova)
Lixa - Selador - Massa óleo - Lixa - Tinta (2)
TINTA ÓLEO SOBRE MADEIRA JÁ PINTADA (PORTAS, JANELAS, RODAPÉS)
Remoção das partes soltas com espátula ou lixa - Massa óleo - Lixa - Tinta (1 ou 2)
TINTA ÓLEO SOBRE METAIS
Superfícies novas: fundo antióxido, seguido de pintura.
Superfícies já pintadas: limpeza (lixa) ou remoção da tinta velha com solventes, fundo anti-óxido, tinta.