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AULA 8– 19 E 21.10.

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I - HERMENÊUTICA: INTERPRETAÇÃO, INTEGRAÇÃO E APLICAÇÃO

(...)

4 -TIPOS DE INTERPRETAÇÃO

A interpretação pode ser classificada quanto a sua extensão, levando-se em conta se as


decodificações utilizaram um código forte, reforçando o rigor da denotação e da
conotação dos símbolos, ou conforme um código fraco, deixando espaço para
ambigüidade e para a vaguidade, nesta escala, temos, então, a interpretação
especificador, restritiva e extensiva.

I- INTERPRETAÇÃO ESPECIFICADORA

► Também chamada de declarativa.


► É aquela em que o intérprete se limita a declarar o sentido da norma jurídica
interpretada, sem amplia-la nem restringi-la. Parte do pressuposto de que o sentido da
norma cabe na letra de seu enunciado.
► Ex. Art. 930 do C.C., a expressão “Culpa de terceiro”

II. INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA

► É a que restringe o sentido e o alcance apresentado pela expressão literal da norma


jurídica.Toda vez que o sentido da norma é limitado pelo interprete, não obstante a
amplitude da sua expressão literal.
► Ex. Normas que reduzem os direitos e garantias fundamentais, Leis fiscais e normas
de exceção.

III. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA

►Amplia o sentido e o alcance apresentado pelo que dispõe literalmente o texto da


norma jurídica.
A NORMA DISSE MENOS DO QUE QUERIA.
► Ex. Estender os direitos do Art. 5º. As pessoas jurídicas.

5- INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DO DIREITO

“… a grande diferença entre interpretação e integração, portanto, está em que, na


primeira, o intérprete visa a estabelecer as premissas para o processo de aplicação
através do recurso à argumentação retórica, aos dados históricos e às valorizações
éticas e políticas, tudo dentro do sentido possível do texto; já na integração o aplicador
se vale dos argumentos de ordem lógica, como a analogia e o argumento a contrario,
operando fora da possibilidade expressiva do texto da norma.” (Ricardo Lobo Torres)
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A QUESTÃO DOS MODOS DE INTEGRAÇÃO DIZ RESPEITO AOS


INSTRUMENTOS TÉCNICOS Á DISPOSIÇÃO DO INTÉRPRETE PARA
EFETUAR O PREENCHIMENTO ( OU COLMATAÇÃO) E A CONSTATAÇÃO DA
LACUNA.

A QUESTÃO DA LACUNA E DA CONSEQUENTE INTEGRAÇÃO APARECE EM


RAZÃO DE :
Desde que se postule uma distinção entre atividade legislativa, executiva e judiciária;

b) O intérprete encara o direito como norma posta indispensável;

c) As necessidades sociais de uma sociedade em mudança exigem rompimento da


atitude acrítica;
( Tércio Sampaio Ferraz)

5.1- MODOS DE INTEGRAÇÃO DO DIREITO

5.1.1- – INSTRUMENTOS QUASE-LÓGICOS:

São aqueles que exigem alguma forma de procedimento analítico.

“quase porque não obedecem estritamente ao rigor da lógica formal”

a)ANALOGIA: quando uma norma, estabelecida com e para determinada facti species,
é aplicável a conduta para a qual não há norma, havendo entre ambos os supostos
fáticos uma semelhança.

Fases: 1 – Constatação de que o caso em exame não tenha sido de nenhum modo
previsto pela lei e nem tenha pretendido regular negativamente o caso.
2 – Deve-se verificar se entre a situação prevista em lei e a ser regulamentada há
relações essenciais ou de semelhança entre os supostos fáticos.

Espelha-se nos brocados Romanos: “Ubi eadem ratio ibi idem jus” e “ Ubi eadem legis
ratio ibi eadem dispositio”

Art. 4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de


acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de
direito. (LICC)

Art. 126(CPC). O juiz não se exime de sentenciar ou


despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No
julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não
as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos
princípios gerais de direito.

LEMBRE-SE: Indução amplificadora e Interpretação Extensiva não se confundem.

B – INDUÇÃO AMPLIFICADORA: sugere um processo mais amplo, porque não


encontrando regra jurídica que regulamente caso semelhante, ao julgador se permite
extrair filosoficamente (por dedução ou indução) o axioma predominantemente de um
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conjunto de regras ou de um instituto, ou disciplinadoras de um instituto semelhante.


V.g. Estatutos sociais – Princípio da maioria.

C) – INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: partimos de uma norma e a estendemos a


casos que estão compreendidos implicitamente em sua letra ou explicitamente em seu
espírito. Entre as três modalidades é a que possuiu a decodificação mais presa a
codificação que acompanha a norma.

5.1.2- INSTRUMENTOS INSTITUCIONAIS

São aqueles que buscam apoio na concepção de instituição.

Emanam da concepção de certa instituição: normas consuetudinárias, justiça e


ordenamento jurídico

A)COSTUMES : É a reiteração sistemática, intensa e regular, de um modo de ser ou


conduta social, aceita e posteriormente, de forma gradual, incorporada pelo Direito
positivo, com força de obrigatoriedade, tornando-se um modo pelo qual o direito se
expressa. ( Maria Helena Diniz)

B)PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO: São pressupostos que articulam, ampla e


genericamente, a ciência do Direito e o ordenamento jurídico, e que servem para
orientar racionalmente a compreensão do ordenamento, fundamentando o aparecimento
de novas normas e a validade de outras já existentes. (Fábio Silva Costa)

C)EQUIDADE : É o elemento de integração que se caracteriza como um julgamento


racional sobre o caso posto em questão individualmente, atentando-se para a lógica do
bom senso, da ponderação, da razoabilidade, em harmonia com as circunstâncias da
dinâmica do caso concreto.

“ Interpretar uma expressão de Direito não é simplesmente tornar claro o respectivo


dizer, abstratamente falando; é, sobretudo, revelar o sentido apropriado para a vida real,
e conduzente a uma decisão reta.”

Bibliografia

BOBBIO, Norberto, A Era dos Direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho – Rio de
Janeiro: Campus, 1992.

BARROSO, Luís Roberto, Interpretação e Aplicação da Constituição, 4ªed., São


Paulo:Saraiva, 2002.

COSTA, Fábio Silva Costa, Hermenêutica Jurídica e Direito Contemporâneo. São


Paulo: Juarez de Oliveira, 2004.

DINIZ, Maria Helena. Compêndio de Introdução ao Estudo do Direito. São Paulo:


Saraiva, 1997.

FERRAZ Jr., Tércio Sampaio, Introdução ao Estudo do Direito – Técnica, Decisão e


Dominação. São Paulo: Editora Atlas, 2007.
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