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Com a distribuição de renda que passou a concentrar -se ainda mais, a alteração quase
nula do per capita e a dívida externa esgotando as reservas nacionais, o movimento de
reconceituação deve ser visto como um processo contraditório com mudanças internas no
Serviço Social latino-americano. Essa ruptura com o Serviço Social tradicional é lida como um
rompimento das amarras imperialistas, visando a libertação nacional e a transformação na
estrutura capitalista que concentra renda, excluí e explora.
Metodologia
Foram utilizados textos publicados e divulgados nesse período de 25 anos pelas editoras:
ECRO e Humanitas, de Buenos Aires, CELATS, de Lima e Cortez, de São Paulo.
A reconceituação: visões
Vicente destaca que não podemos abordar sobre o movimento de reconceituação do
Serviço Social na América Latina sem fazer referência ao marxismo e às divergências internas
dos próprios marxistas.
Diego Palma (1977) ressalta, em seu livro, o surgimento da reconceituação nos países
onde os movimentos sociais estão mais presentes e ativos. O livro se direciona para uma espécie
de sociologia da reconceituação.
Barreix (Ander-Egg, 1975) segue a linha de que houve uma mudança do “ajustamento”
para a “transformação” através da análise de três concepções:
Para ele, o Serviço Social nasceu com a criação de Escolas (1925), e o Trabalho Social é
a recusa do tradicional.
Boris Lima (1974) ressalta a polarização técnica-ciência, discorre através de quatro fases
do Serviço Social:
1. Pré-técnica;
2. Técnica;
3. Pré-científica;
4. Científica.
A crise do indivíduo-ator
A proposta cientificista para o Serviço Social se casa com essa visão humanista, porém
esse caráter humanista e militante não se constitui num bloco uniforme.
Esse cooperar se refere a ter uma visão maior e compreender além do problema,
abrangendo o cotidiano daquele oprimido, com a intenção de, não só descobrir e estudar o
problema, mas mudar o mundo, e essa mudança seria feita de forma coletiva e concretizadora,
para que eles possam ser os protagonistas.
E foi exatamente este fato que influenciou o Serviço Social reconceituado, que buscou
retomar a questão da transformação do sujeito e do mundo. Onde a mudança já não partiria do
problema, mas dos agentes que são afetados.
O autor Zabala vai dizer quanto a isso que o trabalhador não tem que ser um ser
epistemológico, mas que ele pode aprender tudo e conhecer através da ação.
Receita eclética
Boris Lima e Maria Angélica Gallardo elaboraram uma proposta extremamente eclética,
tentando vincular o processo de planejamento ao método de conhecimento inspirado em
Mao/Zabala.
Totalitarismo e História
A relação da teoria com a pratica se desdobra na própria luta de classe, mas ao que diz
respeito a essa reconceituação, o capitalismo tem como objetivo de reflexão, não de forma
mecânica, traz à baila a questão do valor e a relação do Serviço Social com a teoria do valor.
Maguinã chega a ver o Serviço Social como produtivo, pois reduz os custos de produção
da força de trabalho ao oferecer serviços de consumo, enquanto outros vêem o Serviço Social
como improdutivo por não valorizar diretamente o capital.