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Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro

COMLURB
Profissional de Operações de Limpeza e Serviços
Urbanos: Gari
A apostila preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Oficial com base no edital anterior,
para que o aluno antecipe seus estudos.

MA090-19
Todos os direitos autorais desta obra são protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/12/1998.
Proibida a reprodução, total ou parcialmente, sem autorização prévia expressa por escrito da editora e do autor. Se você
conhece algum caso de “pirataria” de nossos materiais, denuncie pelo sac@novaconcursos.com.br.

OBRA

Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro- COMLURB

Profissional de Operações de Limpeza e Serviços Urbanos: Gari

Atualizada até 05/2019

AUTORES
Língua Portuguesa - Profª Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco
Matemática - Profº Bruno Chieregatti e João de Sá Brasil

PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO
Elaine Cristina

DIAGRAMAÇÃO
Thais Regis

CAPA
Joel Ferreira dos Santos

www.novaconcursos.com.br

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APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA
Compreensão de texto..................................................................................................................................................................................... 01
Sinônimos. Antônimos..................................................................................................................................................................................... 11
Ortografia.............................................................................................................................................................................................................. 13
Plural e feminino dos substantivos e adjetivos........................................................................................................................................ 19
Emprego dos pronomes pessoais................................................................................................................................................................ 19
Verbos.................................................................................................................................................................................................................... 19
Concordância entre substantivo e adjetivo e entre verbo e substantivo..................................................................................... 19

MATEMÁTICA
Operações com números naturais e fracionários; adição, subtração, multiplicação e divisão;........................................... 01
Sistemas de medidas: tempo, comprimento, capacidade, massa, quantidade......................................................................... 20
ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA

Compreensão de texto................................................................................................................................................................................................... 01
Sinônimos. Antônimos................................................................................................................................................................................................... 11
Ortografia............................................................................................................................................................................................................................ 13
Plural e feminino dos substantivos e adjetivos...................................................................................................................................................... 19
Emprego dos pronomes pessoais............................................................................................................................................................................. 19
Verbos................................................................................................................................................................................................................................... 19
Concordância entre substantivo e adjetivo e entre verbo e substantivo............................................................................................................. 19
O texto diz que...
COMPREENSÃO DE TEXTO É sugerido pelo autor que...
De acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
ção...
Interpretação Textual O narrador afirma...

Texto – é um conjunto de ideias organizadas e rela- Erros de interpretação


cionadas entre si, formando um todo significativo capaz
de produzir interação comunicativa (capacidade de codi-  Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se
ficar e decodificar). sai do contexto, acrescentando ideias que não
estão no texto, quer por conhecimento prévio
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. do tema quer pela imaginação.
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com  Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para atenção apenas a um aspecto (esquecendo que
a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa in- um texto é um conjunto de ideias), o que pode
terligação dá-se o nome de contexto. O relacionamento ser insuficiente para o entendimento do tema
entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada desenvolvido.
de seu contexto original e analisada separadamente, po-  Contradição = às vezes o texto apresenta ideias
derá ter um significado diferente daquele inicial. contrárias às do candidato, fazendo-o tirar con-
clusões equivocadas e, consequentemente, er-
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe- rar a questão.
rências diretas ou indiretas a outros autores através de
citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. Observação: Muitos pensam que existem a ótica do
escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas em
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação uma prova de concurso, o que deve ser levado em consi-
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A deração é o que o autor diz e nada mais.
partir daí, localizam-se as ideias secundárias (ou fun-
damentações), as argumentações (ou explicações), que Coesão e Coerência
levam ao esclarecimento das questões apresentadas na
prova. Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre
Normalmente, em uma prova, o candidato deve: si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de
 Identificar os elementos fundamentais de uma um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um
argumentação, de um processo, de uma época pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, que se vai dizer e o que já foi dito.
os quais definem o tempo). São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre
 Comparar as relações de semelhança ou de dife- eles, está o mau uso do pronome relativo e do prono-
renças entre as situações do texto. me oblíquo átono. Este depende da regência do verbo;
 Comentar/relacionar o conteúdo apresentado aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer tam-
com uma realidade. bém de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
 Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. semântico, por isso a necessidade de adequação ao an-
 Parafrasear = reescrever o texto com outras pa- tecedente.
lavras. Os pronomes relativos são muito importantes na in-
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de
Condições básicas para interpretar coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que
existe um pronome relativo adequado a cada circunstân-
Fazem-se necessários: conhecimento histórico-literá- cia, a saber:
rio (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), lei- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden-
tura e prática; conhecimento gramatical, estilístico (qua- te, mas depende das condições da frase.
lidades do texto) e semântico; capacidade de observação qual (neutro) idem ao anterior.
e de síntese; capacidade de raciocínio. quem (pessoa)
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
Interpretar/Compreender o objeto possuído.
como (modo)
LÍNGUA PORTUGUESA

Interpretar significa: onde (lugar)


Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. quando (tempo)
Através do texto, infere-se que... quanto (montante)
É possível deduzir que... Exemplo:
O autor permite concluir que... Falou tudo QUANTO queria (correto)
Qual é a intenção do autor ao afirmar que... Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
Compreender significa aparecer o demonstrativo O).
Entendimento, atenção ao que realmente está escrito.

1
Dicas para melhorar a interpretação de textos Sei que a palavra da moda é precocidade, mas eu acre-
dito em conquistas tardias. Elas têm na minha vida um
 Leia todo o texto, procurando ter uma visão ge- gosto especial.
ral do assunto. Se ele for longo, não desista! Há Quando aprendi a guiar, aos 34 anos, tudo se transfor-
muitos candidatos na disputa, portanto, quanto mou. De repente, ganhei mobilidade e autonomia. A ci-
mais informação você absorver com a leitura, mais dade, minha cidade, mudou de tamanho e de fisionomia.
chances terá de resolver as questões. Descer a Avenida Rebouças num táxi, de madrugada, era
 Se encontrar palavras desconhecidas, não inter- diferente – e pior – do que descer a mesma avenida com
rompa a leitura. as mãos ao volante, ouvindo rock and roll no rádio. Pegar
 Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas a estrada com os filhos pequenos revelou-se uma delícia
forem necessárias. insuspeitada.
 Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma Talvez porque eu tenha começado tarde, guiar me pare-
conclusão). ce, ainda hoje, uma experiência incomum. É um ato que,
 Volte ao texto quantas vezes precisar. mesmo repetido de forma diária, nunca se banalizou in-
 Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as teiramente.
do autor. Na véspera do Ano Novo, em Ubatuba, eu fiz outra des-
 Fragmente o texto (parágrafos, partes) para me- coberta temporã.
lhor compreensão. Depois de décadas de tentativas inúteis e frustrantes,
 Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de num final de tarde ensolarado eu conquistei o dom da
cada questão. flutuação. Nas águas cálidas e translúcidas da praia Bra-
 O autor defende ideias e você deve percebê-las. va, sob o olhar risonho da minha mulher, finalmente con-
 Observe as relações interparágrafos. Um parágra- segui boiar.
fo geralmente mantém com outro uma relação de Não riam, por favor. Vocês que fazem isso desde os oito
continuação, conclusão ou falsa oposição. Identifi- anos, vocês que já enjoaram da ausência de peso e esfor-
que muito bem essas relações. ço, vocês que não mais se surpreendem com a sensação
 Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou de balançar ao ritmo da água – sinto dizer, mas vocês se
seja, a ideia mais importante.
esqueceram de como tudo isso é bom.
 Nos enunciados, grife palavras como “correto”
Nadar é uma forma de sobrepujar a água e impor-se a
ou “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na
ela. Boiar é fazer parte dela – assim como do sol e das
hora da resposta – o que vale não somente para
montanhas ao redor, dos sons que chegam filtrados ao
Interpretação de Texto, mas para todas as demais
ouvido submerso, do vento que ergue a onda e lança
questões!
água em nosso rosto. Boiar é ser feliz sem fazer força, e
 Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia prin-
isso, curiosamente, não é fácil.
cipal, leia com atenção a introdução e/ou a con-
clusão. Essa experiência me sugeriu algumas considerações so-
 Olhe com especial atenção os pronomes relativos, bre a vida em geral.
pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, Uma delas, óbvia, é que a gente nunca para de aprender
etc., chamados vocábulos relatores, porque reme- ou de avançar. Intelectualmente e emocionalmente, de
tem a outros vocábulos do texto. um jeito prático ou subjetivo, estamos sempre incorpo-
rando novidades que nos transformam. Somos geneti-
SITES camente elaborados para lidar com o novo, mas não só.
Disponível em: <http://www.tudosobreconcursos. Também somos profundamente modificados por ele. A
com/materiais/portugues/como-interpretar-textos> cada momento da vida, quando achamos que tudo já
Disponível em: <http://portuguesemfoco.com/pf/ aconteceu, novas capacidades irrompem e fazem de nós
09-dicas-para-melhorar-a-interpretacao-de-textos-em- uma pessoa diferente do que éramos. Uma pessoa capaz
-provas> de boiar é diferente daquelas que afundam como pedras.
Disponível em: <http://www.portuguesnarede. Suspeito que isso tenha importância também para os re-
com/2014/03/dicas-para-voce-interpretar-melhor-um.html> lacionamentos.
Disponível em: <http://vestibular.uol.com.br/cursi- Se a gente não congela ou enferruja – e tem gente que já
nho/questoes/questao-117-portugues.htm> está assim aos 30 anos – nosso repertório íntimo tende a
se ampliar, a cada ano que passa e a cada nova relação.
Penso em aprender a escutar e a falar, em olhar o outro,
em tocar o corpo do outro com propriedade e deixar-se
EXERCÍCIOS COMENTADOS tocar sem susto. Penso em conter a nossa própria frustra-
ção e a nossa fúria, em permitir que o parceiro floresça,
1. (EBSERH – Analista Administrativo – Estatística – em dar atenção aos detalhes dele. Penso, sobretudo, em
LÍNGUA PORTUGUESA

AOCP-2015) conquistar, aos poucos, a ansiedade e insegurança que


nos bloqueiam o caminho do prazer, não apenas no sen-
O verão em que aprendi a boiar tido sexual. Penso em estar mais tranquilo na companhia
Quando achamos que tudo já aconteceu, novas ca- do outro e de si mesmo, no mundo.
pacidades fazem de nós pessoas diferentes do que Assim como boiar, essas coisas são simples, mas preci-
éramos sam ser aprendidas.
IVAN MARTINS

2
Estar no interior de uma relação verdadeira é como estar Em “c”: haver sempre tempo para aprender a ser mais
na água do mar. Às vezes você nada, outras vezes você criterioso com seus relacionamentos, a fim de que eles
boia, de vez em quando, morto de medo, sente que pode sejam vividos intensamente = incorreta – ser menos
afundar. É uma experiência que exige, ao mesmo tem- objetivo nos relacionamentos.
po, relaxamento e atenção, e nem sempre essas coisas Em “d”: haver sempre tempo para aprender coisas no-
se combinam. Se a gente se põe muito tenso e cerebral, vas, inclusive agir com o raciocínio nas relações amo-
a relação perde a espontaneidade. Afunda. Mas, largada rosas = incorreta – ser mais emoção.
apenas ao sabor das ondas, sem atenção ao equilíbrio, a Em “e”: ser necessário aprender nos relacionamentos,
relação também naufraga. Há uma ciência sem cálculos porém sempre estando alerta para aquilo de ruim que
que tem de ser assimilada a cada novo amor, por cada pode acontecer = incorreta – estar sempre cuidando,
um de nós. Ela fornece a combinação exata de atenção e não pensando em algo ruim.
relaxamento que permite boiar. Quer dizer, viver de for-
ma relaxada e consciente um grande amor. 2. (BACEN – TÉCNICO – CONHECIMENTOS BÁSICOS –
Na minha experiência, esse aprendizado não se fez ra- ÁREA 1 e 2 – CESPE-2013)
pidamente. Demorou anos e ainda se faz. Talvez porque
eu seja homem, talvez porque seja obtuso para as coi- Uma crise bancária pode ser comparada a um vendaval.
sas do afeto. Provavelmente, porque sofro das limitações Suas consequências sobre a economia das famílias e das
emocionais que muitos sofrem e que tornam as relações empresas são imprevisíveis. Os agentes econômicos rela-
afetivas mais tensas e trabalhosas do que deveriam ser. cionam-se em suas operações de compra, venda e troca
Sabemos nadar, mas nos custa relaxar e ser felizes nas de mercadorias e serviços de modo que cada fato econô-
águas do amor e do sexo. Nos custa boiar. mico, seja ele de simples circulação, de transformação ou
A boa notícia, que eu redescobri na praia, é que tudo se de consumo, corresponde à realização de ao menos uma
aprende, mesmo as coisas simples que pareciam impos- operação de natureza monetária junto a um intermediá-
síveis. rio financeiro, em regra, um banco comercial que recebe
Enquanto se está vivo e relação existe, há chance de me- um depósito, paga um cheque, desconta um título ou
lhorar. Mesmo se ela acabou, é certo que haverá outra antecipa a realização de um crédito futuro. A estabilida-
no futuro, no qual faremos melhor: com mais calma, com de do sistema que intermedeia as operações monetárias,
mais prazer, com mais intensidade e menos medo. portanto, é fundamental para a própria segurança e esta-
O verão, afinal, está apenas começando. Todos os dias se bilidade das relações entre os agentes econômicos.
pode tentar boiar. A iminência de uma crise bancária é capaz de afetar e
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-mar- contaminar todo o sistema econômico, fazendo que os
tins/noticia/2014/01/overao-em-que-aprendi-boiar.html titulares de ativos financeiros fujam do sistema financeiro
e se refugiem, para preservar o valor do seu patrimônio,
De acordo com o texto, quando o autor afirma que “To- em ativos móveis ou imóveis e, em casos extremos, em
dos os dias se pode tentar boiar.”, ele refere-se ao fato de estoques crescentes de moeda estrangeira. Para se evitar
esse tipo de distorção, é fundamental a manutenção da
a) haver sempre tempo para aprender, para tentar relaxar credibilidade no sistema financeiro. A experiência bra-
e ser feliz nas águas do amor, agindo com mais cal- sileira com o Plano Real é singular entre os países que
ma, com mais prazer, com mais intensidade e menos adotaram políticas de estabilização monetária, uma vez
medo. que a reversão das taxas inflacionárias não resultou na
b) ser necessário agir com mais cautela nos relaciona- fuga de capitais líquidos do sistema financeiro para os
mentos amorosos para que eles não se desfaçam. ativos reais.
c) haver sempre tempo para aprender a ser mais criterio- Pode-se afirmar que a estabilidade do Sistema Financei-
so com seus relacionamentos, a fim de que eles sejam ro Nacional é a garantia de sucesso do Plano Real. Não
vividos intensamente. existe moeda forte sem um sistema bancário igualmente
d) haver sempre tempo para aprender coisas novas, in- forte. Não é por outra razão que a Lei n.º 4.595/1964, que
clusive agir com o raciocínio nas relações amorosas. criou o Banco Central do Brasil (BACEN), atribuiu-lhe si-
e) ser necessário aprender nos relacionamentos, porém multaneamente as funções de zelar pela estabilidade da
sempre estando alerta para aquilo de ruim que pode moeda e pela liquidez e solvência do sistema financeiro.
acontecer. Atuação do Banco Central na sua função de zelar pela
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional. Internet: <
Resposta: Letra A. Ao texto: (...) tudo se aprende, www.bcb.gov.br > (com adaptações).
mesmo as coisas simples que pareciam impossíveis. /
Enquanto se está vivo e relação existe, há chance de Conclui-se da leitura do texto que a comparação entre
LÍNGUA PORTUGUESA

melhorar = sempre há tempo para boiar (aprender). “crise bancária” e “vendaval” embasa-se na impossibi-
Em “a”: haver sempre tempo para aprender, para ten- lidade de se preverem as consequências de ambos os
tar relaxar e ser feliz nas águas do amor, agindo com fenômenos.
mais calma, com mais prazer, com mais intensidade e
menos medo = correta. ( ) CERTO ( ) ERRADO
Em “b”: ser necessário agir com mais cautela nos rela-
cionamentos amorosos para que eles não se desfaçam
= incorreta – o autor propõe viver intensamente.

3
Resposta: Certo. Conclui-se da leitura do texto que a De acordo com o autor do texto Lastro e o sistema bancá-
comparação entre “crise bancária” e “vendaval” emba- rio, a reserva fracional foi criada com o objetivo de
sa-se na impossibilidade de se preverem as consequ-
ências de ambos os fenômenos. a) tornar ilimitada a produção de dinheiro.
Voltemos ao texto: Uma crise bancária pode ser com- b) proteger os bens dos clientes de bancos.
parada a um vendaval. Suas consequências sobre a eco- c) impedir que os bancos fossem à falência.
nomia das famílias e das empresas são imprevisíveis. d) permitir o empréstimo de mais dinheiro
e) preservar as economias das pessoas.
3. (BANPARÁ – ASSISTENTE SOCIAL – FADESP-2018)
Resposta: Letra D. Ao texto: (...) Com o tempo, os
Lastro e o Sistema Bancário banqueiros se deram conta de que ninguém estava
interessado em trocar dinheiro por ouro e criaram ma-
[...] nobras, como a reserva fracional, para emprestar mui-
Até os anos 60, o papel-moeda e o dinheiro deposita- to mais dinheiro do que realmente tinham em ouro
do nos bancos deviam estar ligados a uma quantidade nos cofres.
de ouro num sistema chamado lastro-ouro. Como esse Em “a”, tornar ilimitada a produção de dinheiro = in-
metal é limitado, isso garantia que a produção de dinhei- correta
ro fosse também limitada. Com o tempo, os banqueiros Em “b”, proteger os bens dos clientes de bancos = in-
se deram conta de que ninguém estava interessado em correta
trocar dinheiro por ouro e criaram manobras, como a re- Em “c”, impedir que os bancos fossem à falência =
serva fracional, para emprestar muito mais dinheiro do incorreta
que realmente tinham em ouro nos cofres. Nas crises, Em “d”, permitir o empréstimo de mais dinheiro =
como em 1929, todos queriam sacar dinheiro para pagar correta
suas contas e os bancos quebravam por falta de fundos, Em “e”, preservar as economias das pessoas = incor-
deixando sem nada as pessoas que acreditavam ter suas reta
economias seguramente guardadas.
Em 1971, o presidente dos EUA acabou com o padrão- 4. (BANPARÁ – ASSISTENTE SOCIAL – FADESP-2018)
-ouro. Desde então, o dinheiro, na forma de cédulas e A leitura do texto permite a compreensão de que
principalmente de valores em contas bancárias, já não
tendo nenhuma riqueza material para representar, é cria-
a) as dívidas dos clientes são o que sustenta os bancos.
do a partir de empréstimos. Quando alguém vai até o
b) todo o dinheiro que os bancos emprestam é imagi-
banco e recebe um empréstimo, o valor colocado em sua
nário.
conta é gerado naquele instante, criado a partir de uma
c) quem pede um empréstimo deve a outros clientes.
decisão administrativa, e assim entra na economia. Essa
d) o pagamento de dívidas depende do “livre-mercado”.
explicação permaneceu controversa e escondida por
e) os bancos confiscam os bens dos clientes endividados.
muito tempo, mas hoje está clara em um relatório do
Bank of England de 2014.
Praticamente todo o dinheiro que existe no mundo é Resposta: Letra A.
criado assim, inventado em canetaços a partir da conces- Em “a”, as dívidas dos clientes são o que sustenta os
são de empréstimos. O que torna tudo mais estranho e bancos = correta
perverso é que, sobre esse empréstimo, é cobrada uma Em “b”, todo o dinheiro que os bancos emprestam é
dívida. Então, se eu peço dinheiro ao banco, ele inventa imaginário = nem todo
números em uma tabela com meu nome e pede que eu Em “c”, quem pede um empréstimo deve a outros
devolva uma quantidade maior do que essa. Para pagar a clientes = deve ao banco, este paga/empresta a ou-
dívida, preciso ir até o dito “livre-mercado” e trabalhar, lu- tros clientes
tar, talvez trapacear, para conseguir o dinheiro que o banco Em “d”, o pagamento de dívidas depende do “livre-
inventou na conta de outras pessoas. Esse é o dinheiro que -mercado” = não só: (...) preciso ir até o dito “livre-
vai ser usado para pagar a dívida, já que a única fonte de -mercado” e trabalhar, lutar, talvez trapacear.
moeda é o empréstimo bancário. No fim, os bancos aca- Em “e”, os bancos confiscam os bens dos clientes endi-
bam com todo o dinheiro que foi inventado e ainda con- vidados = desde que não paguem a dívida
fiscam os bens da pessoa endividada cujo dinheiro tomei.
Assim, o sistema monetário atual funciona com uma 5. (BANESTES – ANALISTA ECONÔMICO FINANCEI-
moeda que é ao mesmo tempo escassa e abundante. Es- RO GESTÃO CONTÁBIL – FGV-2018) Observe a charge
cassa porque só banqueiros podem criá-la, e abundante abaixo, publicada no momento da intervenção nas ati-
porque é gerada pela simples manipulação de bancos de vidades de segurança do Rio de Janeiro, em março de
dados. O resultado é uma acumulação de riqueza e po- 2018.
LÍNGUA PORTUGUESA

der sem precedentes: um mundo onde o patrimônio de


80 pessoas é maior do que o de 3,6 bilhões, e onde o 1%
mais rico tem mais do que os outros 99% juntos.
[...]
Disponível em https://fagulha.org/artigos/inventan-
do-dinheiro/
Acessado em 20/03/2018

4
Embora a evolução dos tempos tenha levado à substi-
tuição do ouro e da prata por metais menos raros ou
suas ligas, preservou-se, com o passar dos séculos, a as-
sociação dos atributos de beleza e expressão cultural ao
valor monetário das moedas, que quase sempre, na atua-
lidade, apresentam figuras representativas da história, da
cultura, das riquezas e do poder das sociedades.
A necessidade de guardar as moedas em segurança le-
vou ao surgimento dos bancos. Os negociantes de ouro
e prata, por terem cofres e guardas a seu serviço, passa-
ram a aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de
Há uma série de informações implícitas na charge; NÃO seus clientes e a dar recibos escritos das quantias guar-
pode, no entanto, ser inferida da imagem e das frases a dadas. Esses recibos passaram, com o tempo, a servir
seguinte informação: como meio de pagamento por seus possuidores, por ser
mais seguro portá-los do que portar dinheiro vivo. Assim
a) a classe social mais alta está envolvida nos crimes co- surgiram as primeiras cédulas de “papel moeda”, ou cé-
metidos no Rio; dulas de banco; concomitantemente ao surgimento das
b) a tarefa da investigação criminal não está sendo bem- cédulas, a guarda dos valores em espécie dava origem a
-feita; instituições bancárias.
c) a linguagem do personagem mostra intimidade com Casa da Moeda do Brasil: 290 anos de História,
o interlocutor; 1694/1984.
d) a presença do orelhão indica o atraso do local da char-
ge; Depreende-se do texto que duas características das
e) as imagens dos tanques de guerra denunciam a pre- moedas se mantiveram ao longo do tempo: a veiculação
sença do Exército. de formas em sua superfície e a associação de seu valor
monetário a atributos como beleza.
Resposta: Letra D.
( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Errado. Depreende-se do texto que duas


características das moedas se mantiveram ao longo do
tempo: a veiculação de formas em sua superfície e a
associação de seu valor monetário a atributos como
beleza = errado (é o inverso).
Texto: (...) a associação dos atributos de beleza e ex-
pressão cultural ao valor monetário das moedas, que
NÃO pode ser inferida da imagem e das frases a se- quase sempre, na atualidade, apresentam figuras re-
guinte informação: presentativas da história, da cultura, das riquezas e do
Em “a”, a classe social mais alta está envolvida nos cri- poder das sociedades.
mes cometidos no Rio = inferência correta
Em “b”, a tarefa da investigação criminal não está sen- 7. (Câmara de Salvador-BA – Assistente Legislativo
do bem-feita = inferência correta Municipal – FGV-2018-adaptada) “Hoje, esse termo
Em “c”, a linguagem do personagem mostra intimida- denota, além da agressão física, diversos tipos de impo-
de com o interlocutor = inferência correta sição sobre a vida civil, como a repressão política, familiar
Em “d”, a presença do orelhão indica o atraso do local ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de
da charge = incorreta determinados indivíduos e, ainda, o desgaste causado
Em “e”, as imagens dos tanques de guerra denunciam pelas condições de trabalho e condições econômicas”. A
a presença do Exército = inferência correta manchete jornalística abaixo que NÃO se enquadra em
nenhum tipo de violência citado nesse segmento é:
6. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – NÍVEL SUPERIOR –
CONHECIMENTOS BÁSICOS – CESPE-2014) a) Presa por mensagem racista na internet;
b) Vinte pessoas são vítimas da ditadura venezuelana;
As primeiras moedas, peças representando valores, ge- c) Apanhou de policiais por destruir caixa eletrônico;
ralmente em metal, surgiram na Lídia (atual Turquia), no d) Homossexuais são perseguidos e presos na Rússia;
LÍNGUA PORTUGUESA

século VII a.C. As características que se desejava ressaltar e) Quatro funcionários ficaram livres do trabalho escravo.
eram transportadas para as peças por meio da panca-
da de um objeto pesado, em primitivos cunhos. Com o Resposta: Letra C. Em “a”: Presa por mensagem ra-
surgimento da cunhagem a martelo e o uso de metais cista na internet = como a repressão política, familiar
nobres, como o ouro e a prata, os signos monetários pas- ou de gênero
saram a ser valorizados também pela nobreza dos metais Em “b”: Vinte pessoas são vítimas da ditadura vene-
neles empregados. zuelana = como a repressão política, familiar ou de gê-
nero

5
Em “c”: Apanhou de policiais por destruir caixa eletrô- Ao texto: (...) há sempre o risco de excessos, a serem
nico = não consta na Manchete acima devidamente contidos e seus responsáveis, punidos,
Em “d”: Homossexuais são perseguidos e presos na conforme estabelecido na legislação. / É o que precisa
Rússia = como a repressão política, familiar ou de gê- acontecer... = precisa acontecer a punição dos exces-
nero sos.
Em “e”: Quatro funcionários ficaram livres do trabalho
escravo = o desgaste causado pelas condições de tra- 9. (PC-MA – DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – CES-
balho PE-2018)

8. (MPE-AL – ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO – A paz não pode ser garantida apenas pelos acordos
ÁREA JURÍDICA – FGV-2018) políticos, econômicos ou militares. Cada um de nós, in-
Oportunismo à Direita e à Esquerda dependentemente de idade, sexo, estrato social, crença
religiosa etc. é chamado à criação de um mundo pacifica-
Numa democracia, é livre a expressão, estão garantidos do, um mundo sob a égide de uma cultura da paz.
o direito de reunião e de greve, entre outros, obedecidas Mas, o que significa “cultura da paz”?
leis e regras, lastreadas na Constituição. Em um regime Construir uma cultura da paz envolve dotar as crianças
de liberdades, há sempre o risco de excessos, a serem e os adultos da compreensão de princípios como liber-
devidamente contidos e seus responsáveis, punidos, dade, justiça, democracia, direitos humanos, tolerância,
conforme estabelecido na legislação. igualdade e solidariedade. Implica uma rejeição, indivi-
É o que precisa acontecer no rescaldo da greve dos cami- dual e coletiva, da violência que tem sido percebida na
nhoneiros, concluídas as investigações, por exemplo, da sociedade, em seus mais variados contextos. A cultura da
ajuda ilegal de patrões ao movimento, interessados em paz tem de procurar soluções que advenham de dentro
se beneficiar do barateamento do combustível. da(s) sociedade(s), que não sejam impostas do exterior.
Sempre há, também, o oportunismo político-ideológico Cabe ressaltar que o conceito de paz pode ser abordado
para se aproveitar da crise. Inclusive, neste ano de elei- em sentido negativo, quando se traduz em um estado
ção, com o objetivo de obter apoio a candidatos. Não de não guerra, em ausência de conflito, em passividade
faltam, também, os arautos do quanto pior, melhor, para e permissividade, sem dinamismo próprio; em síntese,
desgastar governantes e reforçar seus projetos de po- condenada a um vazio, a uma não existência palpável,
der, por mais delirantes que sejam. Também aqui vale o difícil de se concretizar e de se precisar. Em sua concep-
que está delimitado pelo estado democrático de direito, ção positiva, a paz não é o contrário da guerra, mas a
defendido pelos diversos instrumentos institucionais de prática da não violência para resolver conflitos, a prática
que conta o Estado – Polícia, Justiça, Ministério Público, do diálogo na relação entre pessoas, a postura democrá-
Forças Armadas etc. tica frente à vida, que pressupõe a dinâmica da coope-
A greve atravessou vários sinais ao estrangular as vias de ração planejada e o movimento constante da instalação
suprimento que mantêm o sistema produtivo funcionan- de justiça.
do, do qual depende a sobrevivência física da população. Uma cultura de paz exige esforço para modificar o pen-
Isso não pode ser esquecido e serve de alerta para que as samento e a ação das pessoas para que se promova a
autoridades desenvolvam planos de contingência. paz. Falar de violência e de como ela nos assola deixa
O Globo, 31/05/2018. de ser, então, a temática principal. Não que ela vá ser
esquecida ou abafada; ela pertence ao nosso dia a dia e
“É o que precisa acontecer no rescaldo da greve dos ca- temos consciência disso. Porém, o sentido do discurso, a
minhoneiros, concluídas as investigações, por exemplo, ideologia que o alimenta, precisa impregná-lo de pala-
da ajuda ilegal de patrões ao movimento, interessados vras e conceitos que anunciem os valores humanos que
em se beneficiar do barateamento do combustível.” Se- decantam a paz, que lhe proclamam e promovem. A vio-
gundo esse parágrafo do texto, o que “precisa acontecer” lência já é bastante denunciada, e quanto mais falamos
é dela, mais lembramos de sua existência em nosso meio
social. É hora de começarmos a convocar a presença da
a) manter-se o direito de livre expressão do pensamento. paz em nós, entre nós, entre nações, entre povos.
b) garantir-se o direito de reunião e de greve. Um dos primeiros passos nesse sentido refere-se à ges-
c) lastrear leis e regras na Constituição. tão de conflitos. Ou seja, prevenir os conflitos potencial-
d) punirem-se os responsáveis por excessos. mente violentos e reconstruir a paz e a confiança en-
e) concluírem-se as investigações sobre a greve. tre pessoas originárias de situação de guerra é um dos
exemplos mais comuns a serem considerados. Tal missão
Resposta: Letra D. Em “a”: manter-se o direito de livre estende-se às escolas, instituições públicas e outros lo-
expressão do pensamento. = incorreto cais de trabalho por todo o mundo, bem como aos par-
LÍNGUA PORTUGUESA

Em “b”: garantir-se o direito de reunião e de greve. = lamentos e centros de comunicação e associações.


incorreto Outro passo é tentar erradicar a pobreza e reduzir as de-
Em “c”: lastrear leis e regras na Constituição. = incor- sigualdades, lutando para atingir um desenvolvimento
reto sustentado e o respeito pelos direitos humanos, refor-
Em “d”: punirem-se os responsáveis por excessos. çando as instituições democráticas, promovendo a liber-
Em “e”: concluírem-se as investigações sobre a greve. dade de expressão, preservando a diversidade cultural e
= incorreto o ambiente.

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É, então, no entrelaçamento “paz — desenvolvimento — direitos humanos — democracia” que podemos vislumbrar a
educação para a paz.
Leila Dupret. Cultura de paz e ações sócio-educativas: desafios para a escola contemporânea. In: Psicol. Esc. Educ.
(Impr.) v. 6, n.º 1. Campinas, jun./2002 (com adaptações).

De acordo com o texto CG1A1AAA, os elementos “gestão de conflitos” e “erradicar a pobreza” devem ser concebidos
como

a) obstáculos para a construção da cultura da paz.


b) dispensáveis para a construção da cultura da paz.
c) irrelevantes na construção da cultura da paz.
d) etapas para a construção da cultura da paz.
e) consequências da construção da cultura da paz.

Resposta: Letra D. Em “a”: obstáculos para a construção da cultura da paz. = incorreto


Em “b”: dispensáveis para a construção da cultura da paz. = incorreto
Em “c”: irrelevantes na construção da cultura da paz. = incorreto
Em “d”: etapas para a construção da cultura da paz.
Em “e”: consequências da construção da cultura da paz. = incorreto
Ao texto: Um dos primeiros passos nesse sentido refere-se à gestão de conflitos. (...) Outro passo é tentar erradicar a
pobreza e reduzir as desigualdades = etapas para construção da paz.

10. (PC-SP - PAPILOSCOPISTA POLICIAL – VUNESP-2013) Leia o cartum de Jean Galvão

(https://www.facebook.com/jeangalvao.cartunista)

Considerando a relação entre a fala do personagem e a imagem visual, pode-se concluir que o que o leva a pular a
onda é a necessidade de

a) demonstrar respeito às religiões.


b) realizar um ritual místico.
c) divertir-se com os amigos.
d) preservar uma tradição familiar.
e) esquivar-se da sujeira da água.

Resposta: Letra E. Em “a”: demonstrar respeito às religiões. = incorreto


LÍNGUA PORTUGUESA

Em “b”: realizar um ritual místico. = incorreto


Em “c”: divertir-se com os amigos. = incorreto
Em “d”: preservar uma tradição familiar. = incorreto
Em “e”: esquivar-se da sujeira da água.
O personagem pula a onda para que não seja atingido pelo lixo que se encontra no mar.

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11. (PM-SP - SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP-2015) Leia a tira.

(Folha de S.Paulo, 02.10.2015. Adaptado)


Com sua fala, a personagem revela que

a) a violência era comum no passado.


b) as pessoas lutam contra a violência.
c) a violência está banalizada.
d) o preço que pagou pela violência foi alto.

Resposta: Letra C. Em “a”: a violência era comum no passado. = incorreto


Em “b”: as pessoas lutam contra a violência. = incorreto
Em “c”: a violência está banalizada.
Em “d”: o preço que pagou pela violência foi alto. = incorreto
Infelizmente, a personagem revela que a violência está banalizada, nem há mais “punições” para os agressivos.

12. (PM-SP - ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP-2017) Leia a charge.

(Pancho. www.gazetadopovo.com.br)

É correto associar o humor da charge ao fato de que

a) os personagens têm uma autoestima elevada e são otimistas, mesmo vivendo em uma situação de completo confi-
namento.
b) os dois personagens estão muito bem informados sobre a economia, o que não condiz com a imagem de criminosos.
c) o valor dos cosméticos afetará diretamente a vida dos personagens, pois eles demonstram preocupação com a
aparência.
d) o aumento dos preços de cosméticos não surpreende os personagens, que estão acostumados a pagar caro por eles
nos presídios.
e) os preços de cosméticos não deveriam ser relevantes para os personagens, dada a condição em que se encontram.

Resposta: Letra E. Em “a”: os personagens têm uma autoestima elevada e são otimistas, mesmo vivendo em uma
situação de completo confinamento. = incorreto
Em “b”: os dois personagens estão muito bem informados sobre a economia, o que não condiz com a imagem de
LÍNGUA PORTUGUESA

criminosos. = incorreto
Em “c”: o valor dos cosméticos afetará diretamente a vida dos personagens, pois eles demonstram preocupação com
a aparência. = incorreto
Em “d”: o aumento dos preços de cosméticos não surpreende os personagens, que estão acostumados a pagar caro
por eles nos presídios. = incorreto
Em “e”: os preços de cosméticos não deveriam ser relevantes para os personagens, dada a condição em que se
encontram.
Pela condição em que as personagens se encontram, o aumento no preço dos cosméticos não os afeta.

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13. (TJ-AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUS- O humor da tira é conseguido através de uma quebra de
TIÇA AVALIADOR – FGV-2018) expectativa, que é:

Texto 1 – Além do celular e da carteira, cuidado com a) o fato de um adulto colecionar figurinhas;
as figurinhas da Copa b) as figurinhas serem de temas sociais e não esportivos;
Gilberto Porcidônio – O Globo, 12/04/2018 c) a falta de muitas figurinhas no álbum;
d) a reclamação ser apresentada pelo pai e não pelo filho;
A febre do troca-troca de figurinhas pode estar atingindo e) uma criança ajudar a um adulto e não o contrário.
uma temperatura muito alta. Preocupados que os mais
afoitos pelos cromos possam até roubá-los, muitos jor- Resposta: Letra B. Em “a”: o fato de um adulto colecio-
naleiros estão levando seus estoques para casa quando nar figurinhas; = incorreto
termina o expediente. Pode parecer piada, mas há até Em “b”: as figurinhas serem de temas sociais e não es-
boatos sobre quadrilhas de roubo de figurinha espalha- portivos;
dos por mensagens de celular. Em “c”: a falta de muitas figurinhas no álbum; = incorreto
Sobre a estrutura do título dado ao texto 1, a afirmativa Em “d”: a reclamação ser apresentada pelo pai e não pelo
adequada é: filho; = incorreto
Em “e”: uma criança ajudar a um adulto e não o contrário.
a) as figurinhas da Copa passaram a ocupar o lugar do = incorreto
celular e da carteira nos roubos urbanos; O humor está no fato de o álbum ser sobre um tema
b) as figurinhas da Copa se somaram ao celular e à cartei- incomum: assuntos sociais.
ra como alvo de desejo dos assaltantes;
c) o alerta dado no título se dirige aos jornaleiros que 15. (TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FGV-2018) Obser-
vendem as figurinhas da Copa; ve a charge abaixo.
d) os ladrões passaram a roubar as figurinhas da Copa
nas bancas de jornais;
e) as figurinhas da Copa se transformaram no alvo prin-
cipal dos ladrões.

Resposta: Letra B. Em “a”: as figurinhas da Copa passa-


ram a ocupar o lugar do celular e da carteira nos roubos
urbanos; = incorreto
Em “b”: as figurinhas da Copa se somaram ao celular e à
carteira como alvo de desejo dos assaltantes;
Em “c”: o alerta dado no título se dirige aos jornaleiros
que vendem as figurinhas da Copa; = incorreto
Em “d”: os ladrões passaram a roubar as figurinhas da
Copa nas bancas de jornais; = incorreto
Em “e”: as figurinhas da Copa se transformaram no alvo No caso da charge, a crítica feita à internet é:
principal dos ladrões. = incorreto
O título do texto já nos dá a resposta: além do celular e a) a criação de uma dependência tecnológica excessiva;
da carteira, ou seja, as figurinhas da Copa também pas- b) a falta de exercícios físicos nas crianças;
saram a ser alvo dos assaltantes. c) o risco de contatos perigosos;
d) o abandono dos estudos regulares;
14. (TJ-AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUS- e) a falta de contato entre membros da família.
TIÇA AVALIADOR – FGV-2018)
16. (TJ-SC – ANALISTA ADMINISTRATIVO – FGV-
2018) Observe a charge a seguir:
LÍNGUA PORTUGUESA

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A charge acima é uma homenagem a Stephen Hawking, A produção da obra acima, Os Retirantes (1944), foi rea-
destacando o fato de o cientista: lizada seis anos depois da publicação do romance Vidas
Secas. Nessa obra, ao abordar a miséria e a seca clara-
a) ter alcançado o céu após sua morte; mente vistas através da representação de uma família de
b) mostrar determinação no combate à doença; retirantes, Cândido Portinari
c) ser comparado a cientistas famosos;
d) ser reconhecido como uma mente brilhante; a) apresenta uma temática, assim como a descrição dos
e) localizar seus interesses nos estudos de Física. personagens e do ambiente, de forma sutil e dinâmica.
b) permite visualizar a degradação da figura humana e
Resposta: Letra D. Em “a”: ter alcançado o céu após o retrato da figura da morte afugentada pelos perso-
sua morte; = incorreto nagens.
Em “b”: mostrar determinação no combate à doença; c) apresenta elementos físicos presentes no cotidiano
= incorreto dos retirantes vítimas da seca e aspectos relacionados
Em “c”: ser comparado a cientistas famosos; = incorreto à desigualdade social.
Em “d”: ser reconhecido como uma mente brilhante; d) utiliza a linguagem não verbal com o objetivo de cons-
Em “e”: localizar seus interesses nos estudos de Física. = incorreto truir uma imagem cuja ênfase mística se opõe aos fa-
Usemos a fala de Einstein: “a mente brilhante que es- tos da realidade observável.
távamos esperando”.
Resposta: Letra C. Em “a”: apresenta uma temática,
17. (TJ-PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – FUNÇÃO ADMI- assim como a descrição dos personagens e do am-
NISTRATIVA – IBFC-2017) biente, de forma sutil e dinâmica.
Em “b”: permite visualizar a degradação da figura hu-
Texto II mana e o retrato da figura da morte afugentada pelos
personagens.
Em “c”: apresenta elementos físicos presentes no co-
tidiano dos retirantes vítimas da seca e aspectos rela-
cionados à desigualdade social.
Em “d”: utiliza a linguagem não verbal com o objetivo
de construir uma imagem cuja ênfase mística se opõe
aos fatos da realidade observável.
A obra retrata, de forma nada sutil, os elementos físi-
cos de uma família vítima da seca.
A observação dos elementos não verbais do texto é res-
ponsável pelo entendimento do humor sugerido. Nesse
sentido, a evolução do homem e do computador, através Linguagem Verbal e Não Verbal
de tais elementos, deve ser entendida como:
O que é linguagem? É o uso da língua como forma de
a) complementar. expressão e comunicação entre as pessoas. A linguagem
b) semelhante. não é somente um conjunto de palavras faladas ou es-
c) conflitante. critas, mas também de gestos e imagens. Afinal, não nos
d) antitética. comunicamos apenas pela fala ou escrita, não é verdade?
e) idealizada. Então, a linguagem pode ser verbalizada, e daí vem
a analogia ao verbo. Você já tentou se pronunciar sem
Resposta: Letra D. As imagens mostram um con- utilizar o verbo? Se não, tente, e verá que é impossível se
traste entre o desenvolvimento do computador e do ter algo fundamentado e coerente! Assim, a linguagem
homem; enquanto aquele vai se tornando mais “fino, verbal é a que utiliza palavras quando se fala ou quando
elegante”, este fica sedentário, engorda. A palavra se escreve.
“antitética” significa “oposta, oposição”. A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da ver-
bal, não utiliza vocábulo, palavras para se comunicar. O
18. (TRF-2.ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA objetivo, neste caso, não é de expor verbalmente o que
ADMINISTRATIVA – CONSULPLAN-2017) se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar
de outros meios comunicativos, como: placas, figuras,
gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais.
Vejamos: um texto narrativo, uma carta, o diálogo,
uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou tele-
LÍNGUA PORTUGUESA

visionado, um bilhete? = Linguagem verbal!


Agora: o semáforo, o apito do juiz numa partida de
futebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dança,
o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identi-
ficação de “feminino” e “masculino” através de figuras na
porta do banheiro, as placas de trânsito? = Linguagem
não verbal!

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A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao rego (subst.) e rego (verbo); colher (verbo) e colher
mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons e (subst.); jogo (subst.) e jogo (verbo); denúncia (subst.)
anúncios publicitários. e denuncia (verbo); providência (subst.) e providen-
Alguns exemplos: cia (verbo).
Cartão vermelho – denúncia de falta grave no futebol. B) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e
Placas de trânsito. diferentes na escrita:
Imagem indicativa de “silêncio”. acender (atear) e ascender (subir); concertar (harmo-
Semáforo com sinal amarelo advertindo “atenção”. nizar) e consertar (reparar); cela (compartimento) e
sela (arreio); censo (recenseamento) e senso ( juízo);
SITE paço (palácio) e passo (andar).
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/reda-
cao/linguagem.htm> C) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou
perfeitas): São palavras iguais na escrita e na pro-
núncia:
SINÔNIMOS. ANTÔNIMOS caminho (subst.) e caminho (verbo); cedo (verbo) e
cedo (adv.); livre (adj.) e livre (verbo).
 Parônimos = palavras com sentidos diferentes,
Semântica é o estudo da significação das palavras e porém de formas relativamente próximas. São pa-
das suas mudanças de significação através do tempo ou lavras parecidas na escrita e na pronúncia: cesta
em determinada época. A maior importância está em dis- (receptáculo de vime; cesta de basquete/esporte) e
tinguir sinônimos e antônimos (sinonímia / antonímia) e sesta (descanso após o almoço), eminente (ilustre)
homônimos e parônimos (homonímia / paronímia). e iminente (que está para ocorrer), osso (substan-
tivo) e ouço (verbo), sede (substantivo e/ou verbo
1. Sinônimos “ser” no imperativo) e cede (verbo), comprimen-
to (medida) e cumprimento (saudação), autuar
São palavras de sentido igual ou aproximado: alfa- (processar) e atuar (agir), infligir (aplicar pena) e
beto - abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar infringir (violar), deferir (atender a) e diferir (diver-
- abolir. gir), suar (transpirar) e soar (emitir som), aprender
Duas palavras são totalmente sinônimas quando são (conhecer) e apreender (assimilar; apropriar-se de),
substituíveis, uma pela outra, em qualquer contexto (cara tráfico (comércio ilegal) e tráfego (relativo a movi-
e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas quan- mento, trânsito), mandato (procuração) e manda-
do, ocasionalmente, podem ser substituídas, uma pela do (ordem), emergir (subir à superfície) e imergir
outra, em determinado enunciado (aguadar e esperar). (mergulhar, afundar).

Observação: 4. Hiperonímia e Hiponímia


A contribuição greco-latina é responsável pela exis-
tência de numerosos pares de sinônimos: adversário e Hipônimos e hiperônimos são palavras que perten-
antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemici- cem a um mesmo campo semântico (de sentido), sendo
clo; contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e diá- o hipônimo uma palavra de sentido mais específico; o
logo; transformação e metamorfose; oposição e antítese. hiperônimo, mais abrangente.
O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipô-
2. Antônimos nimo, criando, assim, uma relação de dependência se-
mântica. Por exemplo: Veículos está numa relação de hi-
São palavras que se opõem através de seu significa- peronímia com carros, já que veículos é uma palavra de
do: ordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - cen- significado genérico, incluindo motos, ônibus, caminhões.
surar; mal - bem. Veículos é um hiperônimo de carros.
Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em
Observação: quaisquer contextos, mas o oposto não é possível. A utili-
A antonímia pode se originar de um prefixo de sen- zação correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, evita
tido oposto ou negativo: bendizer e maldizer; simpático a repetição desnecessária de termos.
e antipático; progredir e regredir; concórdia e discórdia;
ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista e antico- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
munista; simétrico e assimétrico. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
LÍNGUA PORTUGUESA

3. Homônimos e Parônimos Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-


reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
 Homônimos = palavras que possuem a mesma Paulo: Saraiva, 2010.
grafia ou a mesma pronúncia, mas significados di- Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ferentes. Podem ser ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Lìngua
A) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e dife- Portuguesa – 2.ª ed. reform. – São Paulo: Ediouro, 2000.
rentes na pronúncia:

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SITE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
-antonimos,-homonimos-e-paronimos Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Exemplos de variação no significado das palavras: Paulo: Saraiva, 2010.
Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido
literal) SITE
Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido http://www.normaculta.com.br/conotacao-e-denota-
figurado) cao/
Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado)
As variações nos significados das palavras ocasionam POLISSEMIA
o sentido denotativo (denotação) e o sentido conotativo
(conotação) das palavras. Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir
multiplicidade de sentidos, que só se explicam dentro de
A) Denotação um contexto. Trata-se, realmente, de uma única palavra,
Uma palavra é usada no sentido denotativo quando mas que abarca um grande número de significados den-
apresenta seu significado original, independentemente tro de seu próprio campo semântico.
do contexto em que aparece. Refere-se ao seu significa- Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per-
do mais objetivo e comum, aquele imediatamente reco- cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de
nhecido e muitas vezes associado ao primeiro significado algo. Possibilidades de várias interpretações levando-
que aparece nos dicionários, sendo o significado mais li- -se em consideração as situações de aplicabilidade. Há
teral da palavra. uma infinidade de exemplos em que podemos verificar a
A denotação tem como finalidade informar o recep- ocorrência da polissemia:
tor da mensagem de forma clara e objetiva, assumindo O rapaz é um tremendo gato.
um caráter prático. É utilizada em textos informativos, O gato do vizinho é peralta.
como jornais, regulamentos, manuais de instrução, bu- Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
las de medicamentos, textos científicos, entre outros. A Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua
palavra “pau”, por exemplo, em seu sentido denotativo é sobrevivência
apenas um pedaço de madeira. Outros exemplos: O passarinho foi atingido no bico.
O elefante é um mamífero.
As estrelas deixam o céu mais bonito! Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de
computadores e rede elétrica, por exemplo, temos em co-
B) Conotação mum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido de
Uma palavra é usada no sentido conotativo quando “entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”,
apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes que pode ser utilizada representando “tecido”, “prisão”
interpretações, dependendo do contexto em que esteja ou “jogo” – o sentido comum entre todas as expressões
inserida, referindo-se a sentidos, associações e ideias que é o formato quadriculado que têm.
vão além do sentido original da palavra, ampliando sua
significação mediante a circunstância em que a mesma 1. Polissemia e homonímia
é utilizada, assumindo um sentido figurado e simbólico.
Como no exemplo da palavra “pau”: em seu sentido co- A confusão entre polissemia e homonímia é bastante
notativo ela pode significar castigo (dar-lhe um pau), re- comum. Quando a mesma palavra apresenta vários sig-
provação (tomei pau no concurso). nificados, estamos na presença da polissemia. Por outro
A conotação tem como finalidade provocar sentimen- lado, quando duas ou mais palavras com origens e sig-
tos no receptor da mensagem, através da expressividade nificados distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos
e afetividade que transmite. É utilizada principalmente uma homonímia.
numa linguagem poética e na literatura, mas também A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode
ocorre em conversas cotidianas, em letras de música, em significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não
anúncios publicitários, entre outros. Exemplos: é polissemia porque os diferentes significados para a
Você é o meu sol! palavra “manga” têm origens diferentes. “Letra” é uma
Minha vida é um mar de tristezas. palavra polissêmica: pode significar o elemento básico
Você tem um coração de pedra! do alfabeto, o texto de uma canção ou a caligrafia de um
determinado indivíduo. Neste caso, os diferentes signifi-
cados estão interligados porque remetem para o mesmo
LÍNGUA PORTUGUESA

#FicaDica conceito, o da escrita.

Procure associar Denotação com Dicionário: 2. Polissemia e ambiguidade


trata-se de definição literal, quando o termo
é utilizado com o sentido que consta no di- Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto
cionário. na interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado
pode ser ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma in-

12
terpretação. Esta ambiguidade pode ocorrer devido à c) O Brasil foi levado a recorrer a um programa de racio-
colocação específica de uma palavra (por exemplo, um namento.
advérbio) em uma frase. Vejamos a seguinte frase: d) O país obrigou‐se a recorrer a um programa de racio-
Pessoas que têm uma alimentação equilibrada fre- namento.
quentemente são felizes. e) O Brasil optou por um programa de racionamento.
Neste caso podem existir duas interpretações dife-
rentes: Resposta: Letra E. “o país teve de recorrer a um pro-
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são grama de racionamento”. Assinale a opção que apre-
felizes ou são felizes porque têm uma alimentação equi- senta a forma de reescrever esse segmento, QUE
librada. ALTERA O SEU SENTIDO ORIGINAL.
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, Em “a”: O Brasil foi obrigado a recorrer a um progra-
ela pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma ma de racionamento = mesmo sentido.
interpretação. Para fazer a interpretação correta é muito Em “b”: O país teve como recurso recorrer a um pro-
importante saber qual o contexto em que a frase é pro- grama de racionamento = mesmo sentido.
ferida. Em “c”: O Brasil foi levado a recorrer a um programa
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção de racionamento = mesmo sentido.
do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, Em “d”: O país obrigou‐se a recorrer a um programa
comicidade. Repare na figura abaixo: de racionamento = mesmo sentido.
Em “e”: O Brasil optou por um programa de raciona-
mento = mudança de sentido (segundo o enunciado,
o país não teve outra opção a não ser recorrer. Na al-
ternativa, provavelmente havia outras opções, e o país
escolheu a de “recorrer”).

ORTOGRAFIA

Ortografia
(http://www.humorbabaca.com/fotos/diversas/corto-
-cabelo-e-pinto. Acesso em 15/9/2014).
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da cor-
reta grafia das palavras. É ela quem ordena qual som
Poderíamos corrigir o cartaz de inúmeras maneiras, devem ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma
mas duas seriam: língua são grafados segundo acordos ortográficos.
Corte e coloração capilar A maneira mais simples, prática e objetiva de apren-
ou der ortografia é realizar muitos exercícios, ver as palavras,
Faço corte e pintura capilar familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras
é necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS e, em alguns casos, há necessidade de conhecimento de
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- etimologia (origem da palavra).
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010. 1. Regras ortográficas
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. A) O fonema S
São escritas com S e não C/Ç
SITE  Palavras substantivadas derivadas de verbos com
http://www.brasilescola.com/gramatica/polissemia. radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender -
htm pretensão / expandir - expansão / ascender - as-
censão / inverter - inversão / aspergir - aspersão /
submergir - submersão / divertir - diversão / im-
EXERCÍCIO COMENTADO pelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir
- repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /
1. (SUSAM-AM – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – sentir - sensível / consentir – consensual.
FGV – 2014) “o país teve de recorrer a um programa de
LÍNGUA PORTUGUESA

racionamento”. Assinale a opção que apresenta a forma São escritos com SS e não C e Ç
de reescrever esse segmento, que altera o seu sentido  Nomes derivados dos verbos cujos radicais ter-
original. minem em gred, ced, prim ou com verbos ter-
minados por tir ou - meter: agredir - agressivo /
a) O Brasil foi obrigado a recorrer a um programa de imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder
racionamento. - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão /
b) O país teve como recurso recorrer a um programa regredir - regressão / oprimir - opressão / compro-
de racionamento. meter - compromisso / submeter – submissão.

13
 Quando o prefixo termina com vogal que se junta  Terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio,
com a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simé- litígio, relógio, refúgio.
trico - assimétrico / re + surgir – ressurgir.  Verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fu-
 No pretérito imperfeito simples do subjuntivo. gir, mugir.
Exemplos: ficasse, falasse.  Depois da letra “r” com poucas exceções: emergir,
surgir.
São escritos com C ou Ç e não S e SS  Depois da letra “a”, desde que não seja radical ter-
 Vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açú- minado com j: ágil, agente.
car.
 Vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: São escritas com J e não G
cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique.  Palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.
 Sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,  Palavras de origem árabe, africana ou exótica: ji-
uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, boia, manjerona.
caniço, esperança, carapuça, dentuço.  Palavras terminadas com aje: ultraje.
 Nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção
/ deter - detenção / ater - atenção / reter – reten- D) O fonema ch
ção. São escritas com X e não CH
 Após ditongos: foice, coice, traição.  Palavras de origem tupi, africana ou exótica: aba-
 Palavras derivadas de outras terminadas em -te, caxi, xucro.
to(r): marte - marciano / infrator - infração / absor-  Palavras de origem inglesa e espanhola: xampu,
to – absorção. lagartixa.
  Depois de ditongo: frouxo, feixe.
B) O fonema z  Depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval.
São escritos com S e não Z Exceção: quando a palavra de origem não derive de
 Sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
substantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárqui-
cos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, barone- São escritas com CH e não X
sa, princesa.  Palavras de origem estrangeira: chave, chumbo,
 Sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me- chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, sal-
tamorfose. sicha.
 Formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera,
quis, quiseste. E) As letras “e” e “i”
 Nomes derivados de verbos com radicais termi-  Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem.
nados em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / Com “i”, só o ditongo interno cãibra.
empreender - empresa / difundir – difusão.  Verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar
 Diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís são escritos com “e”: caçoe, perdoe, tumultue. Es-
- Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho. crevemos com “i”, os verbos com infinitivo em -air,
 Após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa. -oer e -uir: trai, dói, possui, contribui.
 Verbos derivados de nomes cujo radical termina
com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar
– pesquisar. FIQUE ATENTO!
Há palavras que mudam de sentido quan-
São escritos com Z e não S do substituímos a grafia “e” pela grafia “i”:
 Sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de ad- área (superfície), ária (melodia) / delatar
jetivo: macio - maciez / rico – riqueza / belo – be- (denunciar), dilatar (expandir) / emergir
leza. (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de
 Sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de estância, que anda a pé), pião (brinquedo).
origem não termine com s): final - finalizar / con-
creto – concretizar.
 Consoante de ligação se o radical não terminar
com “s”: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal #FicaDica
Exceção: lápis + inho – lapisinho.
Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto
C) O fonema j à ortografia de uma palavra, há a possibili-
São escritas com G e não J dade de consultar o Vocabulário Ortográfi-
LÍNGUA PORTUGUESA

 Palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, co da Língua Portuguesa (VOLP), elaborado
gesso. pela Academia Brasileira de Letras. É uma
 Estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, obra de referência até mesmo para a criação
gim. de dicionários, pois traz a grafia atualizada
 Terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com das palavras (sem o significado). Na Internet,
poucas exceções): imagem, vertigem, penugem, o endereço é www.academia.org.br.
bege, foge.
Exceção: pajem.

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2. Informações importantes 2. ONDE / AONDE

Formas variantes são as que admitem grafias ou pro- Onde = empregado com verbos que não expressam
núncias diferentes para palavras com a mesma significa- a ideia de movimento = Onde você está?
ção: aluguel/aluguer, assobiar/assoviar, catorze/quatorze, Aonde = equivale a “para onde”. É usado com verbos
dependurar/pendurar, flecha/frecha, germe/gérmen, in- que expressam movimento = Aonde você vai?
farto/enfarte, louro/loiro, percentagem/porcentagem, re-
lampejar/relampear/relampar/relampadar. 3. MAU / MAL
Os símbolos das unidades de medida são escritos
sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar Mau = é um adjetivo, antônimo de “bom”. Usa-se
plural, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, como qualificação = O mau tempo passou. / Ele é um
20km, 120km/h. mau elemento.
Exceção para litro (L): 2 L, 150 L. Mal = pode ser usado como
1. conjunção temporal, equivalente a “assim que”,
Na indicação de horas, minutos e segundos, não “logo que”, “quando” = Mal se levantou, já saiu.
deve haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h, 2. advérbio de modo (antônimo de “bem”) = Você foi
22h30min, 14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três mi- mal na prova?
nutos e trinta e quatro segundos). 3. substantivo, podendo estar precedido de artigo ou
O símbolo do real antecede o número sem espaço: R$1.000,00. pronome = Há males que vêm pra bem! / O mal
No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra vertical ($). não compensa.
ALGUNS USOS ORTOGRÁFICOS ESPECIAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
1. Por que / por quê / porquê / porque Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
POR QUE (separado e sem acento) reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.
É usado em:
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
1. interrogações diretas (longe do ponto de interro-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
gação) = Por que você não veio ontem?
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura,
2. interrogações indiretas, nas quais o “que” equivale
Produção de Textos & Gramática. Volume único / Samira
a “qual razão” ou “qual motivo” = Perguntei-lhe por
Yousseff, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – São Paulo:
que faltara à aula ontem.
Saraiva, 2002.
3. equivalências a “pelo(a) qual” / “pelos(as) quais” =
Ignoro o motivo por que ele se demitiu.
SITE
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/
POR QUÊ (separado e com acento)
ortografia
Usos:
1. como pronome interrogativo, quando colocado no
4. Hífen
fim da frase (perto do ponto de interrogação) =
Você faltou. Por quê?
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado
2. quando isolado, em uma frase interrogativa = Por
para ligar os elementos de palavras compostas (como
quê?
ex-presidente, por exemplo) e para unir pronomes áto-
nos a verbos (ofereceram-me; vê-lo-ei). Serve igualmente
PORQUE (uma só palavra, sem acento gráfico)
para fazer a translineação de palavras, isto é, no fim de
Usos: uma linha, separar uma palavra em duas partes (ca-/sa;
1. como conjunção coordenativa explicativa (equivale compa-/nheiro).
a “pois”, “porquanto”), precedida de pausa na escri-
ta (pode ser vírgula, ponto-e-vírgula e até ponto A) Uso do hífen que continua depois da Reforma
final) = Compre agora, porque há poucas peças. Ortográfica:
2. como conjunção subordinativa causal, substituível
por “pela causa”, “razão de que” = Você perdeu por- 1. Em palavras compostas por justaposição que for-
que se antecipou. mam uma unidade semântica, ou seja, nos termos
que se unem para formam um novo significado:
LÍNGUA PORTUGUESA

PORQUÊ (uma só palavra, com acento gráfico) tio-avô, porto-alegrense, luso-brasileiro, tenente-
-coronel, segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva,
Usos: arco-íris, primeiro-ministro, azul-escuro.
1. como substantivo, com o sentido de “causa”, “ra- 2. Em palavras compostas por espécies botânicas e
zão” ou “motivo”, admitindo pluralização (porquês). Ge- zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer,
ralmente é precedido por artigo = Não sei o porquê da abóbora-menina, erva-doce, feijão-verde.
discussão. É uma pessoa cheia de porquês.

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3. Nos compostos com elementos além, aquém, re- 3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
cém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-núme- “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h”
ro, recém-casado. inicial: desumano, inábil, desabilitar, etc.
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas al- 4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando
gumas exceções continuam por já estarem con- o segundo elemento começar com “o”: coopera-
sagradas pelo uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, ção, coobrigação, coordenar, coocupante, coautor,
mais-que-perfeito, pé-de-meia, água-de-colônia, coedição, coexistir, etc.
queima-roupa, deus-dará. 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram no-
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte ção de composição: pontapé, girassol, paraquedas,
Rio-Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas paraquedista, etc.
combinações históricas ou ocasionais: Áustria- 6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: ben-
-Hungria, Angola-Brasil, etc. feito, benquerer, benquerido, etc.
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su-
per- quando associados com outro termo que é Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas correspon-
iniciado por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super- dentes átonas, aglutinam-se com o elemento seguinte,
-racional, etc. não havendo hífen: pospor, predeterminar, predetermina-
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-di- do, pressuposto, propor.
retor, ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito.
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccio-
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, so, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre-
etc. -humano, super-realista, alto-mar.
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma,
abraça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante,
10. Nas formações em que o prefixo tem como se- ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus,
gundo termo uma palavra iniciada por “h”: sub-he- autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi.
pático, geo-história, neo-helênico, extra-humano, REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
semi-hospitalar, super-homem. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudo- Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
prefixo termina com a mesma vogal do segundo
elemento: micro-ondas, eletro-ótica, semi-interno, SITE
auto-observação, etc. http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/
ortografia
O hífen é suprimido quando para formar outros ter-
mos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
#FicaDica
1. (POLÍCIA FEDERAL – ESCRIVÃO DE POLÍCIA FE-
Lembrete da Zê!
DERAL – CESPE – 2013 – ADAPTADA)
Ao separar palavras na translineação (mu-
dança de linha), caso a última palavra a ser
A fim de solucionar o litígio, atos sucessivos e concatena-
escrita seja formada por hífen, repita-o na
dos são praticados pelo escrivão. Entre eles, estão os atos
próxima linha. Exemplo: escreverei anti-in-
de comunicação, os quais são indispensáveis para que
flamatório e, ao final, coube apenas “anti-”.
os sujeitos do processo tomem conhecimento dos atos
Na próxima linha escreverei: “-inflamatório”
acontecidos no correr do procedimento e se habilitem a
(hífen em ambas as linhas). Devido à diagra-
exercer os direitos que lhes cabem e a suportar os ônus
mação, pode ser que a repetição do hífen na
que a lei lhes impõe.
translineação não ocorra em meus conteú-
Disponível em: <http://jus.com.br> (com adaptações).
dos, mas saiba que a regra é esta!
No que se refere ao texto acima, julgue os itens seguin-
B) Não se emprega o hífen: tes.
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefi- Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto
xo termina em vogal e o segundo termo inicia-se nem para seu sentido caso o trecho “A fim de solucionar
em “r” ou “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas o litígio” fosse substituído por Afim de dar solução à de-
consoantes: antirreligioso, contrarregra, infrassom, manda e o trecho “tomem conhecimento dos atos acon-
LÍNGUA PORTUGUESA

microssistema, minissaia, microrradiografia, etc. tecidos no correr do procedimento” fosse, por sua vez,
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre- substituído por conheçam os atos havidos no transcurso
fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se do acontecimento.
com vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coedu-
cação, autoestrada, autoaprendizagem, hidroelétri- ( ) CERTO ( ) ERRADO
co, plurianual, autoescola, infraestrutura, etc.

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Resposta: Errado. “A fim” tem o sentido de “com a Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”,
intenção de”; já “afim”, “semelhança, afinidade”. Se a seguidos ou não de “s”: pá – pé – dó – há
primeira substituição fosse feita, o trecho estaria in- Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos,
correto gramatical e coerentemente. Portanto, nem há seguidas de lo, la, los, las: respeitá-lo, recebê-lo, compô-lo
a necessidade de avaliar a segunda substituição.
B) Paroxítonas: acentuam-se as palavras paroxítonas
terminadas em:
Acentuação. i, is: táxi – lápis – júri
us, um, uns: vírus – álbuns – fórum
Quanto à acentuação, observamos que algumas pa- l, n, r, x, ps: automóvel – elétron - cadáver – tórax –
lavras têm acento gráfico e outras não; na pronúncia, ora fórceps
se dá maior intensidade sonora a uma sílaba, ora a outra. ã, ãs, ão, ãos: ímã – ímãs – órfão – órgãos
Por isso, vamos às regras! ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou
não de “s”: água – pônei – mágoa – memória
1. Regras básicas

A acentuação tônica está relacionada à intensida-


de com que são pronunciadas as sílabas das palavras.
#FicaDica
Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se Memorize a palavra LINURXÃO. Repare que
como sílaba tônica. As demais, como são pronunciadas esta palavra apresenta as terminações das
com menos intensidade, são denominadas de átonas. paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U
De acordo com a tonicidade, as palavras são classifi- (aqui inclua UM = fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim
cadas como: ficará mais fácil a memorização!
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre
a última sílaba: café – coração – Belém – atum – caju –
C) Proparoxítona: a palavra é proparoxítona quan-
papel
do a sua antepenúltima sílaba é tônica (mais forte).
Paroxítonas – a sílaba tônica recai na penúltima síla-
Quanto à regra de acentuação: todas as proparoxí-
ba: útil – tórax – táxi – leque – sapato – passível
tonas são acentuadas, independentemente de sua
Proparoxítonas - a sílaba tônica está na antepenúlti-
terminação: árvore, paralelepípedo, cárcere.
ma sílaba: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus
2.2 Regras especiais
Há vocábulos que possuem uma sílaba somente: são
os chamados monossílabos. Estes são acentuados quan- Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos
do tônicos e terminados em “a”, “e” ou “o”: vá – fé – pó abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento
- ré. de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em
palavras paroxítonas.
2 Os acentos

A) acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a” FIQUE ATENTO!


e “i”, “u” e “e” do grupo “em” - indica que estas Alerta da Zê! Cuidado: Se os ditongos aber-
letras representam as vogais tônicas de palavras tos estiverem em uma palavra oxítona (he-
como pá, caí, público. Sobre as letras “e” e “o” indi- rói) ou monossílaba (céu) ainda são acen-
ca, além da tonicidade, timbre aberto: herói – céu tuados: dói, escarcéu.
(ditongos abertos).
B) acento circunflexo – (^) Colocado sobre as letras
“a”, “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fe-
chado: tâmara – Atlântico – pêsames – supôs. Antes Agora
C) acento grave – (`) Indica a fusão da preposição “a” assembléia assembleia
com artigos e pronomes: à – às – àquelas – àqueles idéia ideia
D) trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi total-
mente abolido das palavras. Há uma exceção: é geléia geleia
utilizado em palavras derivadas de nomes próprios jibóia jiboia
estrangeiros: mülleriano (de Müller)
E) til – (~) Indica que as letras “a” e “o” representam apóia (verbo apoiar) apoia
LÍNGUA PORTUGUESA

vogais nasais: oração – melão – órgão – ímã paranóico paranoico

2.1 Regras fundamentais 2.3 Acento Diferencial

A) Palavras oxítonas: acentuam-se todas as oxítonas Representam os acentos gráficos que, pelas regras de
terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do acentuação, não se justificariam, mas são utilizados para
plural(s): Pará – café(s) – cipó(s) – Belém. diferenciar classes gramaticais entre determinadas pala-
Esta regra também é aplicada aos seguintes casos: vras e/ou tempos verbais. Por exemplo:

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Pôr (verbo) X por (preposição) / pôde (pretérito per-
feito do Indicativo do verbo “poder”) X pode (presente do #FicaDica
Indicativo do mesmo verbo).
Memorize a palavra CREDELEVÊ. São os
Se analisarmos o “pôr” - pela regra das monossílabas:
verbos que, no plural, dobram o “e”, mas
terminada em “o” seguida de “r” não deve ser acentuada,
que não recebem mais acento como antes:
mas nesse caso, devido ao acento diferencial, acentua-se,
CRER, DAR, LER e VER.
para que saibamos se se trata de um verbo ou preposi-
ção.
Os demais casos de acento diferencial não são mais Repare:
utilizados: para (verbo), para (preposição), pelo (substanti- O menino crê em você. / Os meninos creem em você.
vo), pelo (preposição). Seus significados e classes grama- Elza lê bem! / Todas leem bem!
ticais são definidos pelo contexto. Espero que ele dê o recado à sala. / Esperamos que os
Polícia para o trânsito para que se realize a operação garotos deem o recado!
planejada. = o primeiro “para” é verbo; o segundo, con- Rubens vê tudo! / Eles veem tudo!
junção (com relação de finalidade). Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde! / Eles vêm
à tarde!

#FicaDica As formas verbais que possuíam o acento tônico na


raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de
Quando, na frase, der para substituir o “e” ou “i” não serão mais acentuadas:
“por” por “colocar”, estaremos trabalhando
com um verbo, portanto: “pôr”; nos de-
mais casos, “por” é preposição: Faço isso Antes Depois
por você. / Posso pôr (colocar) meus livros apazigúe (apaziguar) apazigue
aqui?
averigúe (averiguar) averigue
argúi (arguir) argui
2.4 Regra do Hiato

Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, segun- Acentuam-se os verbos pertencentes a terceira pes-
da vogal do hiato, acompanhado ou não de “s”, haverá soa do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm
acento: saída – faísca – baú – país – Luís (verbo vir). A regra prevalece também para os verbos
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato conter, obter, reter, deter, abster: ele contém – eles contêm,
quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: ele obtém – eles obtêm, ele retém – eles retêm, ele convém
Ra-ul, Lu-iz, sa-ir, ju-iz – eles convêm.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti-
verem seguidas do dígrafo nh: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ra-i-nha, ven-to-i-nha. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vie- Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
rem precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, forman- reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
do hiato quando vierem depois de ditongo (nas paroxí- Paulo: Saraiva, 2010.
tonas):
SITE
http://www.brasilescola.com/gramatica/acentuacao.
Antes Agora
htm
bocaiúva bocaiuva
feiúra feiura
Sauípe Sauipe EXERCÍCIOS COMENTADOS
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi 1. (POLÍCIA FEDERAL – AGENTE DE POLÍCIA FE-
abolido: DERAL – CESPE – 2014) Os termos “série” e “história”
acentuam-se em conformidade com a mesma regra or-
Antes Agora tográfica.
LÍNGUA PORTUGUESA

crêem creem ( ) CERTO ( ) ERRADO


lêem leem
vôo voo Resposta: Certo. “Série” = acentua-se a paroxítona
terminada em ditongo / “história” - acentua-se a pa-
enjôo enjoo roxítona terminada em ditongo
Ambas são acentuadas devido à regra da paroxítona
terminada em ditongo.

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Observação: nestes casos, admitem-se as separações reto ou indireto) e do agente da passiva, podendo, ainda,
“sé-ri-e” e “his-tó-ri-as”, o que as tornaria proparoxí- funcionar como núcleo do complemento nominal ou do
tonas. aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, do obje-
to ou como núcleo do vocativo. Também encontramos
2. (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE – substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de
2012) Nas palavras “análise” e “mínimos”, o emprego do adjuntos adverbiais - quando essas funções são desem-
acento gráfico tem justificativas gramaticais diferentes. penhadas por grupos de palavras.

( ) CERTO ( ) ERRADO 2. Classificação dos Substantivos

Resposta: Errado. Análise = proparoxítona / mínimos A) Substantivos Comuns e Próprios


= proparoxítona. Ambas são acentuadas pela mesma Observe a definição:
regra (antepenúltima sílaba é tônica, “mais forte”).
Cidade: s.f. 1. Povoação maior que vila, com muitas
3. (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil,
– 2012) Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência” toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma
recebem acento gráfico com base na mesma regra de cidade (em oposição aos bairros).
acentuação gráfica. Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas
e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada
( ) CERTO ( ) ERRADO cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substan-
tivo comum.
Resposta: Certo. Indivíduo = paroxítona terminada Substantivo Comum é aquele que designa os seres de
em ditongo; diária = paroxítona terminada em diton- uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino,
go; paciência = paroxítona terminada em ditongo. Os homem, mulher, país, cachorro.
três vocábulos são acentuados devido à mesma regra. Estamos voando para Barcelona.
4. (IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE O substantivo Barcelona designa apenas um ser da
– 2012) As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de
espécie cidade. Barcelona é um substantivo próprio –
acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de
forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
( ) CERTO ( ) ERRADO
B) Substantivos Concretos e Abstratos
Resposta: Errado. Pó = monossílaba terminada em
B.1 Substantivo Concreto: é aquele que designa o
“o”; só = monossílaba terminada em “o”; céu = mo-
ser que existe, independentemente de outros seres.
nossílaba terminada em ditongo aberto “éu”.
Observação:
Os substantivos concretos designam seres do mundo
PLURAL E FEMININO DOS SUBSTANTIVOS real e do mundo imaginário.
E ADJETIVOS Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra,
EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS Brasília.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantas-
VERBOS.
ma.
CONCORDÂNCIA ENTRE SUBSTANTIVO E
ADJETIVO E ENTRE VERBO E SUBSTANTIVO B.2 Substantivo Abstrato: é aquele que designa se-
res que dependem de outros para se manifestarem ou
Substantivos existirem. Por exemplo: a beleza não existe por si só,
não pode ser observada. Só podemos observar a beleza
Substantivo é a classe gramatical de palavras variá- numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende
veis, as quais denominam todos os seres que existem, de outro ser para se manifestar. Portanto, a palavra bele-
sejam reais ou imaginários. Além de objetos, pessoas e za é um substantivo abstrato.
fenômenos, os substantivos também nomeiam: Os substantivos abstratos designam estados, quali-
 lugares: Alemanha, Portugal dades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem
 sentimentos: amor, saudade ser abstraídos, e sem os quais não podem existir: vida
 estados: alegria, tristeza (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade
 qualidades: honestidade, sinceridade (sentimento).
LÍNGUA PORTUGUESA

 ações: corrida, pescaria


 Substantivos Coletivos
1. Morfossintaxe do substantivo
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha,
Nas orações, geralmente o substantivo exerce fun- outra abelha, mais outra abelha.
ções diretamente relacionadas com o verbo: atua como Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto di- Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.

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Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne- multidão pessoas em geral
cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha,
mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas nuvem insetos (gafanhotos, mosqui-
palavras no plural. No terceiro, empregou-se um subs- tos, etc.)
tantivo no singular (enxame) para designar um conjunto penca bananas, chaves
de seres da mesma espécie (abelhas).
O substantivo enxame é um substantivo coletivo. pinacoteca pinturas, quadros
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, quadrilha ladrões, bandidos
mesmo estando no singular, designa um conjunto de se- ramalhete flores
res da mesma espécie.
rebanho ovelhas
Substantivo coletivo Conjunto de: repertório peças teatrais, obras musicais
assembleia pessoas reunidas réstia alhos ou cebolas
alcateia lobos romanceiro poesias narrativas
acervo livros revoada pássaros
antologia trechos literários selecionados sínodo párocos
arquipélago ilhas talha lenha
banda músicos tropa muares, soldados
bando desordeiros ou malfeitores turma estudantes, trabalhadores
banca examinadores vara porcos
batalhão soldados
3. Formação dos Substantivos
cardume peixes
caravana viajantes peregrinos A) Substantivos Simples e Compostos
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a
cacho frutas terra.
cancioneiro canções, poesias líricas O substantivo chuva é formado por um único ele-
mento ou radical. É um substantivo simples.
colmeia abelhas
A.1 Substantivo Simples: é aquele formado por um
concílio bispos único elemento.
congresso parlamentares, cientistas Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja
agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois
elenco atores de uma peça ou filme elementos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
esquadra navios de guerra A.2 Substantivo Composto: é aquele formado por
dois ou mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, pas-
enxoval roupas satempo.
falange soldados, anjos
fauna animais de uma região B) Substantivos Primitivos e Derivados
B.1 Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de
feixe lenha, capim nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa.
flora vegetais de uma região B.2 Substantivo Derivado: é aquele que se origina de
outra palavra. O substantivo limoeiro, por exemplo, é de-
frota navios mercantes, ônibus rivado, pois se originou a partir da palavra limão.
girândola fogos de artifício
horda bandidos, invasores 4. Flexão dos substantivos

junta médicos, bois, credores, exa- O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá-
minadores vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por
júri jurados exemplo, pode sofrer variações para indicar:
Plural: meninos / Feminino: menina / Aumentativo:
legião soldados, anjos, demônios meninão / Diminutivo: menininho
LÍNGUA PORTUGUESA

leva presos, recrutas


malta malfeitores ou desordeiros A) Flexão de Gênero
Gênero é um princípio puramente linguístico, não de-
manada búfalos, bois, elefantes, vendo ser confundido com “sexo”. O gênero diz respeito
matilha cães de raça a todos os substantivos de nossa língua, quer se refiram
a seres animais providos de sexo, quer designem apenas
molho chaves, verduras “coisas”: o gato/a gata; o banco, a casa.

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Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e  Substantivos terminados em -or:
feminino. Pertencem ao gênero masculino os substanti- acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
vos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. troca-se -or por -triz: = imperador – imperatriz
Veja estes títulos de filmes:  Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: côn-
O velho e o mar sul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa /
Um Natal inesquecível duque - duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa
Os reis da praia  Substantivos que formam o feminino trocando o
-e final por -a: elefante - elefanta
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que  Substantivos que têm radicais diferentes no mas-
podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas: culino e no feminino: bode – cabra / boi - vaca
A história sem fim  Substantivos que formam o feminino de maneira
Uma cidade sem passado especial, isto é, não seguem nenhuma das regras
As tartarugas ninjas anteriores: czar – czarina, réu - ré

5. Substantivos Biformes e Substantivos Unifor- 7. Formação do Feminino dos Substantivos Uni-


mes formes

1. Substantivos Biformes (= duas formas): apresentam Epicenos:


uma forma para cada gênero: gato – gata, homem – mu- Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
lher, poeta – poetisa, prefeito - prefeita
2. Substantivos Uniformes: apresentam uma única for- Não é possível saber o sexo do jacaré em questão.
ma, que serve tanto para o masculino quanto para o fe- Isso ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma
minino. Classificam-se em: forma para indicar o masculino e o feminino.
A) Epicenos: referentes a animais. A distinção de sexo Alguns nomes de animais apresentam uma só for-
ma para designar os dois sexos. Esses substantivos são
se faz mediante a utilização das palavras “macho” e “fê-
chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando
mea”: a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e
houver a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se
o jacaré fêmea.
palavras macho e fêmea.
B) Sobrecomuns: substantivos uniformes referentes a
A cobra macho picou o marinheiro.
pessoas de ambos os sexos: a criança, a testemunha, a
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo.
C) Comuns de Dois ou Comum de Dois Gêneros: indi-
8. Sobrecomuns:
cam o sexo das pessoas por meio do artigo: o colega e a Entregue as crianças à natureza.
colega, o doente e a doente, o artista e a artista.
A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo
Substantivos de origem grega terminados em ema masculino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso,
ou oma são masculinos: o fonema, o poema, o sistema, o nem o artigo nem um possível adjetivo permitem identi-
sintoma, o teorema. ficar o sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:
 Existem certos substantivos que, variando de A criança chorona chamava-se João.
gênero, variam em seu significado: A criança chorona chamava-se Maria.
o águia (vigarista) e a águia (ave; perspicaz); o cabeça
(líder) e a cabeça (parte do corpo); o capital (dinheiro) e Outros substantivos sobrecomuns:
a capital (cidade); o coma (sono mórbido) e a coma (ca- a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma
beleira, juba); o lente (professor) e a lente (vidro de au- boa criatura.
mento); o moral (estado de espírito) e a moral (ética; con- o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
clusão); o praça (soldado raso) e a praça (área pública); Marcela faleceu
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora).
9. Comuns de Dois Gêneros:
6. Formação do Feminino dos Substantivos Bifor- Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
mes
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma
- aluna. vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme.
 Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a A distinção de gênero pode ser feita através da análi-
ao masculino: freguês - freguesa se do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o subs-
LÍNGUA PORTUGUESA

 Substantivos terminados em -ão: fazem o femini- tantivo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante;
no de três formas: um jovem - uma jovem; artista famoso - artista famosa;
1. troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa repórter francês - repórter francesa.
2. troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
3. troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona A palavra personagem é usada indistintamente nos
Exceções: barão – baronesa, ladrão - ladra, sultão - dois gêneros. Entre os escritores modernos nota-se
sultana acentuada preferência pelo masculino: O menino desco-
briu nas nuvens os personagens dos contos de carochinha.

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Com referência à mulher, deve-se preferir o feminino: B) Flexão de Número do Substantivo
O problema está nas mulheres de mais idade, que não
aceitam a personagem. Em português, há dois números gramaticais: o singu-
lar, que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural,
Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo que indica mais de um ser ou grupo de seres. A caracte-
fotográfico Ana Belmonte. rística do plural é o “s” final.

Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó 11. Plural dos Substantivos Simples


)pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o
maracajá, o clã, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e
proclama, o pernoite, o púbis. “n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã –
Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural).
a cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a Exceção: cânon - cânones.
libido, a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa). Os substantivos terminados em “m” fazem o plural
em “ns”: homem - homens.
São geralmente masculinos os substantivos de ori- Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural
gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo- pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes.
grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, Atenção:
o eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o tra- O plural de caráter é caracteres.
coma, o hematoma.
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc. Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-
-se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais;
Gênero dos Nomes de Cidades - Com raras exce- caracol – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males,
ções, nomes de cidades são femininos: A histórica Ouro cônsul e cônsules.
Preto. / A dinâmica São Paulo. / A acolhedora Porto Ale- Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de
gre. / Uma Londres imensa e triste. duas maneiras:
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre. 1. Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
2. Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
10. Gênero e Significação
Observação:
Muitos substantivos, como já mencionado anterior- A palavra réptil pode formar seu plural de duas ma-
mente, têm uma significação no masculino e outra no fe- neiras: répteis ou reptis (pouco usada).
minino. Observe: o baliza (soldado que à frente da tropa,
indica os movimentos que se deve realizar em conjunto; o Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de
que vai à frente de um bloco carnavalesco, manejando um duas maneiras:
bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite 1. Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o
ou proibição de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (par- acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses
te do corpo), o cisma (separação religiosa, dissidência), a 2. Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam in-
cisma (ato de cismar, desconfiança), o cinza (a cor cinzen- variáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
ta), a cinza (resíduos de combustão), o capital (dinheiro),
a capital (cidade), o coma (perda dos sentidos), a coma Os substantivos terminados em “ão” fazem o plural
(cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), de três maneiras.
a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado 1. substituindo o -ão por -ões: ação - ações
na administração da crisma e de outros sacramentos), a 2. substituindo o -ão por -ães: cão - cães
crisma (sacramento da confirmação), o cura (pároco), a 3. substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
cura (ato de curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe
(vasta planície de vegetação), o guia (pessoa que guia ou- Observação:
tras), a guia (documento, pena grande das asas das aves), Muitos substantivos terminados em “ão” apresentam
o grama (unidade de peso), a grama (relva), o caixa (fun- dois – e até três – plurais:
cionário da caixa), a caixa (recipiente, setor de pagamen- aldeão – aldeões/aldeães/aldeãos
tos), o lente (professor), a lente (vidro de aumento), o mo- ancião – anciões/anciães/anciãos
ral (ânimo), a moral (honestidade, bons costumes, ética), charlatão – charlatões/charlatães
o nascente (lado onde nasce o Sol), a nascente (a fonte), corrimão – corrimãos/corrimões
o maria-fumaça (trem como locomotiva a vapor), maria- guardião – guardiões/guardiães
LÍNGUA PORTUGUESA

-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala (poncho), a vilão – vilãos/vilões/vilães


pala (parte anterior do boné ou quepe, anteparo), o rádio
(aparelho receptor), a rádio (emissora), o voga (remador), Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis:
a voga (moda). o látex - os látex.

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12. Plural dos Substantivos Compostos O aluno errou na prova dos noves.
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
A formação do plural dos substantivos compostos
depende da forma como são grafados, do tipo de pa- Observação:
lavras que formam o composto e da relação que esta- Numerais substantivados terminados em “s” ou “z”
belecem entre si. Aqueles que são grafados sem hífen não variam no plural: Nas provas mensais consegui muitos
comportam-se como os substantivos simples: aguar- seis e alguns dez.
dente/aguardentes, girassol/girassóis, pontapé/pontapés,
malmequer/malmequeres. 15. Plural dos Diminutivos
O plural dos substantivos compostos cujos elementos
são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” fi-
e discussões. Algumas orientações são dadas a seguir: nal e acrescenta-se o sufixo diminutivo.
A) Flexionam-se os dois elementos, quando forma-
dos de: pãe(s) + zinhos = pãezinhos
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per- animai(s) + zinhos = animaizinhos
feitos botõe(s) + zinhos = botõezinhos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-ho-
mens chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras farói(s) + zinhos = faroizinhos
tren(s) + zinhos = trenzinhos
B) Flexiona-se somente o segundo elemento, colhere(s) + zinhas = colherezinhas
quando formados de: flore(s) + zinhas = florezinhas
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e mão(s) + zinhas = mãozinhas
alto-falantes papéi(s) + zinhos = papeizinhos
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco- nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
-recos
funi(s) + zinhos = funizinhos
C) Flexiona-se somente o primeiro elemento, túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
quando formados de:
substantivo + preposição clara + substantivo = água- pai(s) + zinhos = paizinhos
-de-colônia e águas-de-colônia pé(s) + zinhos = pezinhos
substantivo + preposição oculta + substantivo = ca- pé(s) + zitos = pezitos
valo-vapor e cavalos-vapor
substantivo + substantivo que funciona como deter-
16. Plural dos Nomes Próprios Personativos
minante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o
tipo do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave,
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas
bomba-relógio - bombas-relógio, homem-rã - homens-rã,
sempre que a terminação preste-se à flexão.
peixe-espada - peixes-espada.
Os Napoleões também são derrotados.
As Raquéis e Esteres.
D) Permanecem invariáveis, quando formados de:
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
17. Plural dos Substantivos Estrangeiros
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os
saca-rolhas
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser
escritos como na língua original, acrescentando-se “s”
13. Casos Especiais
(exceto quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os
shorts, os jazz.
o louva-a-deus e os louva-a-deus Substantivos já aportuguesados flexionam-se de
o bem-te-vi e os bem-te-vis acordo com as regras de nossa língua: os clubes, os cho-
pes, os jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons,
o bem-me-quer e os bem-me-queres os réquiens.
o joão-ninguém e os joões-ninguém. Observe o exemplo:
LÍNGUA PORTUGUESA

Este jogador faz gols toda vez que joga.


14. Plural das Palavras Substantivadas O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.

As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras 18. Plural com Mudança de Timbre
classes gramaticais usadas como substantivo apresen-
tam, no plural, as flexões próprias dos substantivos. Certos substantivos formam o plural com mudança
Pese bem os prós e os contras. de timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um
fato fonético chamado metafonia (plural metafônico).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Singular Plural
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
corpo (ô) corpos (ó) Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
esforço esforços Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
fogo fogos Paulo: Saraiva, 2010.
forno fornos CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura,
Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira
fosso fossos Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição –
imposto impostos São Paulo: Saraiva, 2002.
olho olhos
SITE
osso (ô) ossos (ó) http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
ovo ovos morf12.php
poço poços
porto portos Adjetivos
posto postos É a palavra que expressa uma qualidade ou caracte-
tijolo tijolos rística do ser e se relaciona com o substantivo, concor-
dando com este em gênero e número.
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bol- As praias brasileiras estão poluídas.
sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos
etc. (plural e feminino, pois concordam com “praias”).

Observação: 1. Locução adjetiva


Distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de Locução = reunião de palavras. Sempre que são ne-
molho (ó) = feixe (molho de lenha). cessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mes-
ma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição +
Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Lo-
norte, o leste, o oeste, a fé, etc. cução Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo).
Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem
Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames, freio (paixão desenfreada).
as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes.
Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do Observe outros exemplos:
singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probida-
de, bom nome) e honras (homenagem, títulos). de águia aquilino
Usamos, às vezes, os substantivos no singular, mas
de aluno discente
com sentido de plural:
Aqui morreu muito negro. de anjo angelical
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas de ano anual
improvisadas.
de aranha aracnídeo
C) Flexão de Grau do Substantivo de boi bovino
de cabelo capilar
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir
as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em: de cabra caprino
1. Grau Normal - Indica um ser de tamanho conside- de campo campestre ou rural
rado normal. Por exemplo: casa
2. Grau Aumentativo - Indica o aumento do tama- de chuva pluvial
nho do ser. Classifica-se em: de criança pueril
Analítico = o substantivo é acompanhado de um ad-
de dedo digital
jetivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo in- de estômago estomacal ou gástrico
dicador de aumento. Por exemplo: casarão.
LÍNGUA PORTUGUESA

de falcão falconídeo
3. Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tama- de farinha farináceo
nho do ser. Pode ser: de fera ferino
Analítico = substantivo acompanhado de um adjeti-
de ferro férreo
vo que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo in- de fogo ígneo
dicador de diminuição. Por exemplo: casinha. de garganta gutural

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de gelo glacial
de guerra bélico
de homem viril ou humano
de ilha insular
de inverno hibernal ou invernal
de lago lacustre
de leão leonino
de lebre l eporino
de lua lunar ou selênico
de madeira lígneo
de mestre magistral
de ouro áureo
de paixão passional
de pâncreas pancreático
de porco suíno ou porcino
dos quadris ciático
de rio fluvial
de sonho onírico
de velho senil
de vento eólico
de vidro vítreo ou hialino
de virilha inguinal
de visão óptico ou ótico

Observação:
Nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo significado: Vi as alunas da 5ª série.
/ O muro de tijolos caiu.

2. Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):


O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando
como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).

3. Adjetivo Pátrio (ou gentílico)


Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles:

Estados e cidades brasileiras:

Alagoas alagoano
Amapá amapaense
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou baré
Belo Horizonte belo-horizontino
Brasília brasiliense
LÍNGUA PORTUGUESA

Cabo Frio cabo-friense


Campinas campineiro ou campinense

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4. Adjetivo Pátrio Composto
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:

África afro- / Cultura afro-americana


Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto-inglesas
América américo- / Companhia américo-africana
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses
China sino- / Acordos sino-japoneses
Espanha hispano- / Mercado hispano-português
Europa euro- / Negociações euro-americanas
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas
Grécia greco- / Filmes greco-romanos
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros

5. Flexão dos adjetivos


O adjetivo varia em gênero, número e grau.

6. Gênero dos Adjetivos


Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos
substantivos, classificam-se em:

A) Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento: o moço norte-americano,
a moça norte-americana.
Exceção: surdo-mudo e surda-muda.

B) Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino: conflito político-social e desavença político-social.

7. Número dos Adjetivos

A) Plural dos adjetivos simples


Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos subs-
tantivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas.
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra
que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a
palavra cinza é, originalmente, um substantivo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo.
Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza.
Motos vinho (mas: motos verdes)
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).

B) Adjetivo Composto
É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas o
último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um
dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará in-
LÍNGUA PORTUGUESA

variável. Por exemplo: a palavra “rosa” é, originalmente, um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento,
funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substan-
tivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Veja:
Camisas rosa-claro.
Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.

26
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.  Sintética: nessa, há o acréscimo de sufixos. Por
exemplo: O concurseiro é esforçadíssimo.
Observação:
Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer Observe alguns superlativos sintéticos:
adjetivo composto iniciado por “cor-de-...” são sempre
invariáveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste,
vestidos cor-de-rosa. benéfico - beneficentíssimo
O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois ele- bom - boníssimo ou ótimo
mentos flexionados: crianças surdas-mudas.
comum - comuníssimo
8. Grau do Adjetivo cruel - crudelíssimo
Os adjetivos se flexionam em grau para indicar a in- difícil - dificílimo
tensidade da qualidade do ser. São dois os graus do ad-
jetivo: o comparativo e o superlativo. doce - dulcíssimo
fácil - facílimo
A) Comparativo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica fiel - fidelíssimo
atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais caracte-
rísticas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser B.2 Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade
de igualdade, de superioridade ou de inferioridade. de um ser é intensificada em relação a um conjunto de
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade seres. Essa relação pode ser:
No comparativo de igualdade, o segundo termo da  De Superioridade: Essa matéria é a mais fácil
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto de todas.
ou quão.  De Inferioridade: Essa matéria é a menos fácil
de todas.
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Su-
perioridade O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente,
Sílvia é menos alta que Tiago. = Comparativo de In- antepostos ao adjetivo.
ferioridade O superlativo absoluto sintético se apresenta sob
duas formas: uma erudita - de origem latina – e outra
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de popular - de origem vernácula. A forma erudita é cons-
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São tituída pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos
eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/supe- -íssimo, -imo ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo;
rior, grande/maior, baixo/inferior. a popular é constituída do radical do adjetivo português
+ o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
Observe que: Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo
 As formas menor e pior são comparativos de su- com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os termi-
perioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, nados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheio
respectivamente. – cheíssimo.
 Bom, mau, grande e pequeno têm formas sin-
téticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em compa- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
rações feitas entre duas qualidades de um mesmo ele- Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
mento, deve-se usar as formas analíticas mais bom, mais reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
mau,mais grande e mais pequeno. Por exemplo: Paulo: Saraiva, 2010.
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
elementos. Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
duas qualidades de um mesmo elemento. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In-
ferioridade SITE
Sou menos passivo (do) que tolerante. http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
morf32.php
B) Superlativo
O superlativo expressa qualidades num grau muito
elevado ou em grau máximo. Pode ser absoluto ou rela-
LÍNGUA PORTUGUESA

Pronomes
tivo e apresenta as seguintes modalidades:
B.1 Superlativo Absoluto: ocorre quando a quali- Pronome é a palavra variável que substitui ou acom-
dade de um ser é intensificada, sem relação com outros
panha um substantivo (nome), qualificando-o de alguma
seres. Apresenta-se nas formas:
forma.
 Analítica: a intensificação é feita com o auxílio de
O homem julga que é superior à natureza, por isso o
palavras que dão ideia de intensidade (advérbios).
homem destrói a natureza...
Por exemplo: O concurseiro é muito esforçado.

27
Utilizando pronomes, teremos: O homem julga que é 1.ª pessoa do singular: eu
superior à natureza, por isso ele a destrói... 2.ª pessoa do singular: tu
Ficou melhor, sem a repetição desnecessária de ter- 3.ª pessoa do singular: ele, ela
mos (homem e natureza). 1.ª pessoa do plural: nós
Grande parte dos pronomes não possuem significa- 2.ª pessoa do plural: vós
dos fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação 3.ª pessoa do plural: eles, elas
dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a
referência exata daquilo que está sendo colocado por Esses pronomes não costumam ser usados como
meio dos pronomes no ato da comunicação. Com ex- complementos verbais na língua-padrão. Frases como
ceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os de- “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu
mais pronomes têm por função principal apontar para as até aqui”- comuns na língua oral cotidiana - devem ser
pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando- evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for-
-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude mal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspon-
dessa característica, os pronomes apresentam uma for- dentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram-
ma específica para cada pessoa do discurso. -me até aqui”.
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. Frequentemente observamos a omissão do pronome
[minha/eu: pronomes de 1.ª pessoa = aquele que fala] reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? formas verbais marcam, através de suas desinências, as
[tua/tu: pronomes de 2.ª pessoa = aquele a quem se pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto: Fizemos
fala] boa viagem. (Nós)
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
[dela/ela: pronomes de 3.ª pessoa = aquele de quem B) Pronome Oblíquo
se fala] Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na
sentença, exerce a função de complemento verbal
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras (objeto direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. (ob-
variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em nú- jeto indireto)
mero (singular ou plural). Assim, espera-se que a refe-
rência através do pronome seja coerente em termos de Observação:
gênero e número (fenômeno da concordância) com o O pronome oblíquo é uma forma variante do prono-
seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente no me pessoal do caso reto. Essa variação indica a função
enunciado. diversa que eles desempenham na oração: pronome reto
Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da marca o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o
nossa escola neste ano. complemento da oração. Os pronomes oblíquos sofrem
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordân- variação de acordo com a acentuação tônica que pos-
cia adequada]
suem, podendo ser átonos ou tônicos.
[neste: pronome que determina “ano” = concordân-
cia adequada]
2. Pronome Oblíquo Átono
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = con-
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
cordância inadequada]
são precedidos de preposição. Possuem acentuação tô-
nica fraca: Ele me deu um presente.
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
Lista dos pronomes oblíquos átonos
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
1.ª pessoa do singular (eu): me
1. Pronomes Pessoais 2.ª pessoa do singular (tu): te
3.ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
São aqueles que substituem os substantivos, indican- 1.ª pessoa do plural (nós): nos
do diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou 2.ª pessoa do plural (vós): vos
escreve assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os 3.ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
pronomes “tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a
quem se dirige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer
referência à pessoa ou às pessoas de quem se fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun-
ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto
ou do caso oblíquo.

A) Pronome Reto
LÍNGUA PORTUGUESA

Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na senten-


ça, exerce a função de sujeito: Nós lhe ofertamos flores.
Os pronomes retos apresentam flexão de número,
gênero (apenas na 3.ª pessoa) e pessoa, sendo essa úl-
tima a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do
discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é
assim configurado:

28
A combinação da preposição “com” e alguns prono-
FIQUE ATENTO! mes originou as formas especiais comigo, contigo, consi-
Os pronomes o, os, a, as assumem formas es- go, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos
peciais depois de certas terminações verbais: frequentemente exercem a função de adjunto adverbial
1. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o de companhia: Ele carregava o documento consigo.
pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao A preposição “até” exige as formas oblíquas tônicas:
mesmo tempo que a terminação verbal é su- Ela veio até mim, mas nada falou.
primida. Por exemplo: Mas, se “até” for palavra denotativa (com o sentido de
fiz + o = fi-lo inclusão), usaremos as formas retas: Todos foram bem na
fazeis + o = fazei-lo prova, até eu! (= inclusive eu)
dizer + a = dizê-la
As formas “conosco” e “convosco” são substituídas
2. Quando o verbo termina em som nasal, o por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pes-
pronome assume as formas no, nos, na, nas. soais são reforçados por palavras como outros, mesmos,
Por exemplo: próprios, todos, ambos ou algum numeral.
viram + o: viram-no Você terá de viajar com nós todos.
repõe + os = repõe-nos Estávamos com vós outros quando chegaram as más
retém + a: retém-na notícias.
tem + as = tem-nas Ele disse que iria com nós três.

3. Pronome Reflexivo
B.2 Pronome Oblíquo Tônico São pronomes pessoais oblíquos que, embora fun-
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedi- cionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao
dos por preposições, em geral as preposições a, para, de sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe
e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a a ação expressa pelo verbo.
função de objeto indireto da oração. Possuem acentua- Lista dos pronomes reflexivos:
ção tônica forte. 1.ª pessoa do singular (eu): me, mim = Eu não me
Lista dos pronomes oblíquos tônicos: lembro disso.
1.ª pessoa do singular (eu): mim, comigo 2.ª pessoa do singular (tu): te, ti = Conhece a ti mesmo.
2.ª pessoa do singular (tu): ti, contigo 3.ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo = Gui-
3.ª pessoa do singular (ele, ela): si, consigo, ele, ela lherme já se preparou.
1.ª pessoa do plural (nós): nós, conosco Ela deu a si um presente.
2.ª pessoa do plural (vós): vós, convosco Antônio conversou consigo mesmo.
3.ª pessoa do plural (eles, elas): si, consigo, eles, elas
1.ª pessoa do plural (nós): nos = Lavamo-nos no rio.
Observe que as únicas formas próprias do pronome 2.ª pessoa do plural (vós): vos = Vós vos beneficiastes
tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa com esta conquista.
(ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal do 3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo = Eles se
caso reto. conheceram. / Elas deram a si um dia de folga.

As preposições essenciais introduzem sempre prono-


mes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso #FicaDica
reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da
O pronome é reflexivo quando se refere à mes-
língua formal, os pronomes costumam ser usados desta
ma pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu
forma:
me arrumei e saí.
Não há mais nada entre mim e ti.
É pronome recíproco quando indica recipro-
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
cidade de ação: Nós nos amamos. / Olhamo-
Não há nenhuma acusação contra mim.
-nos calados.
Não vá sem mim.
O “se” pode ser usado como palavra expletiva
ou partícula de realce, sem ser rigorosamente
Há construções em que a preposição, apesar de sur-
necessária e sem função sintática: Os explora-
gir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma
dores riam-se de suas tentativas. / Será que eles
oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o ver-
se foram?
bo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pro-
LÍNGUA PORTUGUESA

nome, deverá ser do caso reto.


Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Não vá sem eu mandar. C) Pronomes de Tratamento
São pronomes utilizados no tratamento formal, ceri-
A frase: “Foi fácil para mim resolver aquela questão!” monioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (por-
está correta, já que “para mim” é complemento de “fá- tanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira
cil”. A ordem direta seria: Resolver aquela questão foi fácil pessoa. Alguns exemplos:
para mim! Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques

29
Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais ou
Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e reli-
giosos em geral Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente supe- teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular
rior à de coronel, senadores, deputados, embaixadores,
professores de curso superior, ministros de Estado e de 4. Pronomes Possessivos
Tribunais, governadores, secretários de Estado, presiden-
te da República (sempre por extenso) São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de univer- (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo
sidades (coisa possuída).
Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1.ª pessoa do
Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, ofi- singular)
ciais até a patente de coronel, chefes de seção e funcio-
nários de igual categoria NÚMERO PESSOA PRONOME
Vossa Meretíssima (sempre por extenso) = para juízes
de direito singular primeira meu(s), minha(s)
Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento singular segunda teu(s), tua(s)
cerimonioso
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus singular terceira seu(s), sua(s)
Também são pronomes de tratamento o senhor, a se- plural primeira nosso(s), nossa(s)
nhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são em-
plural segunda vosso(s), vossa(s)
pregados no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”,
no tratamento familiar. Você e vocês são largamente em- plural terceira seu(s), sua(s)
pregados no português do Brasil; em algumas regiões, a
forma tu é de uso frequente; em outras, pouco emprega- Note que:
da. Já a forma vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, A forma do possessivo depende da pessoa gramatical
ultraformal ou literária. a que se refere; o gênero e o número concordam com o
objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição
Observações: naquele momento difícil.
1. Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de
tratamento que possuem “Vossa(s)” são empregados em Observações:
relação à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, 1. A forma “seu” não é um possessivo quando resultar
Senhor Ministro, compareça a este encontro. da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado,
2. Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da seu José.
pessoa: Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua 2. Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse.
Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com Podem ter outros empregos, como:
propriedade. A) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha.
3. Os pronomes de tratamento representam uma forma B) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 anos.
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao C) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem lá
tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exem- seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
plo, estamos nos endereçando à excelência que esse de- 3. Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o
putado supostamente tem para poder ocupar o cargo pronome possessivo fica na 3.ª pessoa: Vossa Excelência
que ocupa. trouxe sua mensagem?
4. Embora os pronomes de tratamento dirijam-se à 2.ª 4. Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo
pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3.ª concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e
pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os anotações.
pronomes oblíquos empregados em relação a eles de- 5. Em algumas construções, os pronomes pessoais oblí-
vem ficar na 3.ª pessoa. quos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promes- -lhe os passos. (= Vou seguir seus passos)
sas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos. 6. O adjetivo “respectivo” equivale a “devido, seu, próprio”,
5. Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou por isso não se deve usar “seus” ao utilizá-lo, para que
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo não ocorra redundância: Coloque tudo nos respectivos lu-
do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. gares.
Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de
“você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto 5. Pronomes Demonstrativos
LÍNGUA PORTUGUESA

exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.


São utilizados para explicitar a posição de certa pa-
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos lavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação
teus cabelos. (errado) pode ser de espaço, de tempo ou em relação ao discurso.

Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos


seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular

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A) Em relação ao espaço: Também aparecem como pronomes demonstrativos:
Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da  o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que”
pessoa que fala: e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s),
Este material é meu. aquilo.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disses-
Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da te.)
pessoa com quem se fala: Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te
Esse material em sua carteira é seu? indiquei.)

Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está  mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s):
distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com variam em gênero quando têm caráter reforçativo:
quem se fala: Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
Aquele material não é nosso. Eu mesma refiz os exercícios.
Vejam aquele prédio! Elas mesmas fizeram isso.
Eles próprios cozinharam.
B) Em relação ao tempo: Os próprios alunos resolveram o problema.
Este(s), esta(s) e isto = indicam o tempo presente em
relação à pessoa que fala:  semelhante(s): Não tenha semelhante atitude.
Esta manhã farei a prova do concurso!  tal, tais: Tal absurdo eu não cometeria.
1. Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides
Esse(s), essa(s) e isso = indicam o tempo passado, po- eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este.
rém relativamente próximo à época em que se situa a (ou então: este solteiro, aquele casado) - este se re-
pessoa que fala: fere à pessoa mencionada em último lugar; aquele,
Essa noite dormi mal; só pensava no concurso! à mencionada em primeiro lugar.
Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam um afastamen- 2. O pronome demonstrativo tal pode ter conotação
to no tempo, referido de modo vago ou como tempo irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
remoto: 3. Pode ocorrer a contração das preposições a, de,
Naquele tempo, os professores eram valorizados. em com pronome demonstrativo: àquele, àquela,
deste, desta, disso, nisso, no, etc: Não acreditei no
C) Em relação ao falado ou escrito (ou ao que se que estava vendo. (no = naquilo)
falará ou escreverá):
Este(s), esta(s) e isto = empregados quando se quer 6. Pronomes Indefinidos
fazer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se fa-
lará: São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discur-
Serão estes os conteúdos da prova: análise sintática, so, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando
ortografia, concordância. quantidade indeterminada.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-
Esse(s), essa(s) e isso = utilizados quando se pretende -plantadas.
fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou: Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pes-
Sua aprovação no concurso, isso é o que mais deseja- soa de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de
mos! forma imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar
um ser humano que seguramente existe, mas cuja iden-
Este e aquele são empregados quando se quer fazer tidade é desconhecida ou não se quer revelar. Classifi-
referência a termos já mencionados; aquele se refere ao cam-se em:
termo referido em primeiro lugar e este para o referido
por último: A) Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o
lugar do ser ou da quantidade aproximada de se-
Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Pau- res na frase. São eles: algo, alguém, fulano, sicrano,
lo; este está mais bem colocado que aquele. (= este [São beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo.
Paulo], aquele [Palmeiras]) Algo o incomoda?
Quem avisa amigo é.
ou
B) Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um
Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Pau- ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção de
LÍNGUA PORTUGUESA

lo; aquele está mais bem colocado que este. (= este [São quantidade aproximada. São eles: cada, certo(s),
Paulo], aquele [Palmeiras]) certa(s).
Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou Cada povo tem seus costumes.
invariáveis, observe: Certas pessoas exercem várias profissões.
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s),
aquela(s). Note que:
Invariáveis: isto, isso, aquilo. Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pro-
nomes indefinidos adjetivos:

31
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
Menos palavras e mais ações.
Alguns se contentam pouco.

Os pronomes indefinidos podem ser divididos em variáveis e invariáveis. Observe:


 Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pou-
ca, vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer*, alguns, nenhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros,
quantos, algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas.
 Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo, cada.

*Qualquer é composto de qual + quer (do verbo querer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra cujo plural é
feito em seu interior).
Todo e toda no singular e junto de artigo significa inteiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as:
Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira)
Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades)
Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro)
Trabalho todo dia. (= todos os dias)

São locuções pronominais indefinidas: cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja
quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
Cada um escolheu o vinho desejado.

7. Pronomes Relativos

São aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as
orações subordinadas adjetivas.
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva).

O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra
“sistema” é antecedente do pronome relativo que.
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome demonstrativo o, a, os, as.
Não sei o que você está querendo dizer.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso.
Quem casa, quer casa.
Observe:
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas,
quantas.
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.

Note que:
O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substi-
tuído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um substantivo.
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)

O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos, por isso são utilizados didaticamente
para verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter várias classificações) são pronomes relativos.
Todos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas preposições:
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. O uso de “que”, neste caso, geraria
ambiguidade. Veja: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, que me deixou encantado (quem me deixou
LÍNGUA PORTUGUESA

encantado: o sítio ou minha tia?).


Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (com preposições de duas ou mais sílabas utiliza-se
o qual / a qual)

O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou
de ser poeta, que era a sua vocação natural.

32
O pronome “cujo”: exprime posse; não concorda com o seu antecedente (o ser possuidor), mas com o consequente
(o ser possuído, com o qual concorda em gênero e número); não se usa artigo depois deste pronome; “cujo” equivale
a do qual, da qual, dos quais, das quais.
Existem pessoas cujas ações são nobres.
(antecedente) (consequente)

Se o verbo exigir preposição, esta virá antes do pronome: O autor, a cujo livro você se referiu, está aqui! (referiu-se a)

“Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:

Emprestei tantos quantos foram necessários.


(antecedente)

Ele fez tudo quanto havia falado.


(antecedente)

O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre precedido de preposição.

É um professor a quem muito devemos.


(preposição)

“Onde”, como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A casa
onde morava foi assaltada.

Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que: Sinto saudades da época em que (quando) morávamos
no exterior.

Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:


 como (= pelo qual) – desde que precedida das palavras modo, maneira ou forma:
Não me parece correto o modo como você agiu semana passada.

 quando (= em que) – desde que tenha como antecedente um nome que dê ideia de tempo:
Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.

Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase.


O futebol é um esporte. / O povo gosta muito deste esporte.
= O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.

Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de gente
que conversava, (que) ria, observava.

8. Pronomes Interrogativos

São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos,
referem-se à 3.ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações),
quanto (e variações).
Com quem andas?
Qual seu nome?
Diz-me com quem andas, que te direi quem és.

O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo
quando desempenha função de complemento.
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia lhe ajudar.
LÍNGUA PORTUGUESA

Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso
reto. Já na segunda oração, o pronome “lhe” exerce função de complemento (objeto), ou seja, caso oblíquo.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso. O pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para
a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia ajudar... Ajudar quem? Você (lhe).
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição,
diferentemente dos segundos, que são sempre precedidos de preposição.
A) Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu estava fazendo.
B) Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que eu estava fazendo.

33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa turo do pretérito, contanto que esses verbos não estejam
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos:
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São prol da paz no mundo.
Paulo: Saraiva, 2010. Repare que o pronome está “no meio” do verbo “rea-
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- lizará”: realizar – SE – á. Se houvesse na oração alguma
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. palavra que justificasse o uso da próclise, esta prevalece-
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura, ria. Veja: Não se realizará...
Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia
Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – nessa viagem.
São Paulo: Saraiva, 2002. (com presença de palavra que justifique o uso de pró-
clise: Não fossem os meus compromissos, EU te acompa-
SITE nharia nessa viagem).
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
morf42.php Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo.
A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não
9. Colocação Pronominal forem possíveis:
 Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos Quando eu avisar, silenciem-se todos.
pronomes oblíquos átonos na frase.  Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal:
Não era minha intenção machucá-la.
 Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não
#FicaDica se inicia período com pronome oblíquo).
Vou-me embora agora mesmo.
Pronome Oblíquo é aquele que exerce a fun- Levanto-me às 6h.
ção de complemento verbal (objeto). Por isso,  Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo
memorize: no concurso, mudo-me hoje mesmo!
OBlíquo = OBjeto!  Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a
proposta fazendo-se de desentendida.
Embora na linguagem falada a colocação dos prono-
10. Colocação pronominal nas locuções verbais
mes não seja rigorosamente seguida, algumas normas
devem ser observadas na linguagem escrita.  Após verbo no particípio = pronome depois do
verbo auxiliar (e não depois do particípio):
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo. Tenho me deliciado com a leitura!
A próclise é usada: Eu tenho me deliciado com a leitura!
Eu me tenho deliciado com a leitura!
 Quando o verbo estiver precedido de palavras  Não convém usar hífen nos tempos compostos e
que atraem o pronome para antes do verbo. São elas: nas locuções verbais:
Vamos nos unir!
A) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, Iremos nos manifestar.
jamais, etc.: Não se desespere!  Quando há um fator para próclise nos tempos
B) Advérbios: Agora se negam a depor. compostos ou locuções verbais: opção pelo uso
C) Conjunções subordinativas: Espero que me expli- do pronome oblíquo “solto” entre os verbos = Não
quem tudo! vamos nos preocupar (e não: “não nos vamos preo-
D) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se cupar”).
esforçou.
E) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportu- 11. Emprego de o, a, os, as
nidade.
F) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito.  Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral,
 Orações iniciadas por palavras interrogativas: os pronomes: o, a, os, as não se alteram.
Quem lhe disse isso? Chame-o agora.
 Orações iniciadas por palavras exclamativas: Deixei-a mais tranquila.
Quanto se ofendem!
 Orações que exprimem desejo (orações optativas):  Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoan-
LÍNGUA PORTUGUESA

Que Deus o ajude. tes finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos:
 A próclise é obrigatória quando se utiliza o pro- (Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho.
nome reto ou sujeito expresso: Eu lhe entregarei o (Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.
material amanhã. / Tu sabes cantar?
 Em verbos terminados em ditongos nasais (am,
Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do em, ão, õe), os pronomes o, a, os, as alteram-se
verbo. A mesóclise é usada: para no, na, nos, nas.

34
Chamem-no agora.
Põe-na sobre a mesa. FIQUE ATENTO!
O verbo pôr, assim como seus derivados (com-
#FicaDica por, repor, depor), pertencem à 2.ª conjugação,
pois a forma arcaica do verbo pôr era poer.
Dica da Zê! A vogal “e”, apesar de haver desaparecido do
Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que sig- infinitivo, revela-se em algumas formas do
nifica “antes”! Pronome antes do verbo! verbo: põe, pões, põem, etc.
Ênclise – “en” lembra, pelo “som”, /Ənd/ (end,
em Inglês – que significa “fim, final!). Pronome
depois do verbo! 2. Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do ver-
bo Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura
dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce-
bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acen-
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS to tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, amo,
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. não cai no radical, mas sim na terminação verbal (fora do
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- radical): opinei, aprenderão, amaríamos.
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010. 3. Classificação dos Verbos

SITE Classificam-se em:


http://www.portugues.com.br/gramatica/colocacao- A) Regulares: são aqueles que apresentam o radi-
-pronominal-.html cal inalterado durante a conjugação e desinências
idênticas às de todos os verbos regulares da mes-
ma conjugação. Por exemplo: comparemos os ver-
Verbos bos “cantar” e “falar”, conjugados no presente do
Modo Indicativo:
Verbo é a palavra que se flexiona em pessoa, número,
tempo e modo. A estes tipos de flexão verbal dá-se o canto falo
nome de conjugação (por isso também se diz que verbo
é a palavra que pode ser conjugada). Pode indicar, entre cantas falas
outros processos: ação (amarrar), estado (sou), fenôme- canta falas
no (choverá); ocorrência (nascer); desejo (querer).
cantamos falamos
1. Estrutura das Formas Verbais cantais falais
cantam falam
Do ponto de vista estrutural, o verbo pode apresentar
os seguintes elementos:
A) Radical: é a parte invariável, que expressa o signifi-
#FicaDica
cado essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-
-am. (radical fal-) Observe que, retirando os radicais, as desi-
B) Tema: é o radical seguido da vogal temática que in- nências modo-temporal e número-pessoal
dica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: mantiveram-se idênticas. Tente fazer com
fala-r. São três as conjugações: outro verbo e perceberá que se repetirá o
1.ª - Vogal Temática - A - (falar), 2.ª - Vogal Temática fato (desde que o verbo seja da primeira
- E - (vender), 3.ª - Vogal Temática - I - (partir). conjugação e regular!). Faça com o verbo
C) Desinência modo-temporal: é o elemento que de- “andar”, por exemplo. Substitua o radical
signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo: “cant” e coloque o “and” (radical do verbo
falávamos (indica o pretérito imperfeito do indicativo) andar). Viu? Fácil!
/ falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo)
D) Desinência número-pessoal: é o elemento que de-
B) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alte-
signa a pessoa do discurso (1.ª, 2.ª ou 3.ª) e o número
rações no radical ou nas desinências: faço, fiz, farei,
LÍNGUA PORTUGUESA

(singular ou plural):
fizesse.
falamos (indica a 1.ª pessoa do plural.) / falavam
(indica a 3.ª pessoa do plural.)
Observação:
Alguns verbos sofrem alteração no radical apenas
para que seja mantida a sonoridade. É o caso de: corrigir/
corrijo, fingir/finjo, tocar/toquei, por exemplo. Tais altera-
ções não caracterizam irregularidade, porque o fonema
permanece inalterado.

35
C) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. Os principais são adequar, precaver, compu-
tar, reaver, abolir, falir.
D) Impessoais: são os verbos que não têm sujeito e, normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
principais verbos impessoais são:

1. Haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais).
Havia muitos candidatos no dia da prova. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Haverá debates hoje. (Haverá = Realizar-se-ão)
Viajei a Madri há muitos anos. (há = faz)

2. Fazer, ser e estar (quando indicam tempo)


Faz invernos rigorosos na Europa.
Era primavera quando o conheci.
Estava frio naquele dia.

3. Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, ama-
nhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci cansado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido
figurado. Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal,
ou seja, terá conjugação completa.
Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)

4. O verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo: Já passa das seis.

5. Os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição “de”, indicando suficiência:


Basta de tolices.
Chega de promessas.
6. Os verbos estar e ficar em orações como “Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal”, sem referência
a sujeito expresso anteriormente (por exemplo: “ele está mal”). Podemos, nesse caso, classificar o sujeito como
hipotético, tornando-se, tais verbos, pessoais.

7. O verbo dar + para da língua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uma apostila?

E) Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
São unipessoais os verbos constar, convir, ser (= preciso, necessário) e todos os que indicam vozes de animais
(cacarejar, cricrilar, miar, latir, piar).

Os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
O que é que aquela garota está cacarejando?

Principais verbos unipessoais:

 Cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário):


Cumpre estudarmos bastante. (Sujeito: estudarmos bastante)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover)
É preciso que chova. (Sujeito: que chova)

 Fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à Europa)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a vejo. (Sujeito: que não a vejo)
LÍNGUA PORTUGUESA

F) Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que,
além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular é
empregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe:

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Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular
Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
Anexar Anexado Anexo
Benzer Benzido Bento
Corrigir Corrigido Correto
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Inserir Inserido Inserto
Limpar Limpado Limpo
Matar Matado Morto
Misturar Misturado Misto
Morrer Morrido Morto
Murchar Murchado Murcho
Pegar Pegado Pego
Romper Rompido Roto
Soltar Soltado Solto
Suspender Suspendido Suspenso
Tingir Tingido Tinto
Vagar Vagado Vago

FIQUE ATENTO!
Estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/
dito, escrever/escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.

G) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois,
fui) e ir (fui, ia, vades).

H) Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo prin-
cipal (aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é
expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Vou espantar todos!


(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora!


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Observação:
Os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
LÍNGUA PORTUGUESA

37
4. Conjugação dos Verbos Auxiliares

4.1. SER - Modo Indicativo

Presente Pret.Perfeito Pret. Imp. Pret. mais-que-perf. Fut.do Pres. Fut. do Pretérito
sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

4.2. SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

4.3. SER - Modo Imperativo

Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

4.4. SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

4.5. ESTAR - Modo Indicativo



LÍNGUA PORTUGUESA

Presente Pret. perf. Pret. Imp. Pret. mais-q-perf. Fut. do Pres. Fut. do Preté
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos

38
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam
4.6. ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

4.7. ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

4.8. HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Pret. Mais-Q-Perf. Fut. do Pres. Fut. do Pretérito
hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

4.9. HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


ja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam
LÍNGUA PORTUGUESA

4.10. HAVER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


haver haver havendo havido
haveres

haver

39
havermos
haverdes
Haverem

4.11. TER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Preté. mais-q-perf. Fut. do Pres. Fut. do Pretérito
tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

4.12. TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
Tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

I) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já
implícita no próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja:
 Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a refle-
xibilidade já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.

A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela
mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula
integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço
da ideia reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo. Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respec-
tivos pronomes):
Eu me arrependo, Tu te arrependes, Ele se arrepende, Nós nos arrependemos, Vós vos arrependeis, Eles se arrependem.
 Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto re-
presentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele
mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os
pronomes mencionados, formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa: A garota penteou-
-me.

Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente prono-
minais - são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à
LÍNGUA PORTUGUESA

do sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo:


Eu me feri. = Eu (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; me (objeto direto) – 1.ª pessoa do singular.

5. Modos Verbais

Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadeiro.
Existem três modos:

40
A) Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu estudo para o concurso.
B) Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Talvez eu estude amanhã.
C) Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estude, colega!

6. Formas Nominais

Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adje-
tivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe:

A) Infinitivo
A.1 Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de subs-
tantivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)

O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exem-
plo:
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro.

A.2 Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do singular, não
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu)
1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós)
2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós)
3.ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles)
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.

B) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo:


Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)
Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo)

Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro.

Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gerúndio:
1. Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando futebol.
2. – Sim, senhora! Vou estar verificando!
Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada, pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no momento da
outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que a locução verbal “vou estar verificando” refere-se a um futuro em andamento,
exigindo, no caso, a construção “verificarei” ou “vou verificar”.
C) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica, geralmente, o re-
sultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames, os
candidatos saíram.

Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função
de adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida pela turma.
LÍNGUA PORTUGUESA

(Ziraldo)
8. Tempos Verbais

Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos
tempos.

41
A) Tempos do Modo Indicativo
Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
terminado: Ele estudava as lições quando foi interrompido.
Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado: Ele
estudou as lições ontem à noite.
Pretérito-mais-que-perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já estudara as lições
quando os amigos chegaram. (forma simples).
Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele
estudará as lições amanhã.
Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se ele
pudesse, estudaria um pouco mais.

B) Tempos do Modo Subjuntivo


Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse
o jogo.
Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.

FIQUE ATENTO!
Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)

No próximo final de semana, faço a prova!


faço = forma do presente indicando futuro ( = farei)

Tabelas das Conjugações Verbais

1. Modo Indicativo

1.1. Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

1.2. Pretérito Perfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
LÍNGUA PORTUGUESA

cantaSTE vendeSTE partISTE STE


cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

42
1.3. Pretérito mais-que-perfeito

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

1.4. Pretérito Imperfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3ª. conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

1.5. Futuro do Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

1.6. Futuro do Pretérito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
LÍNGUA PORTUGUESA

cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS


cantarIAM venderIAM partirIAM

43
1.7. Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).

1.ª conjug. 2.ª conjug. 3.ª conju. Desinên. pessoal Des. temporal Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

1.8. Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de
número e pessoa correspondente.

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

1.9. Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de
número e pessoa correspondente.

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
LÍNGUA PORTUGUESA

cantaREM vendeREM partiREM R EM

44
C) Modo Imperativo

1. Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo


Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

2. Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

Que eu cante ---


Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles

 No modo imperativo não faz sentido usar na 3.ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem,
pedido ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
 O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).
3. Infinitivo Pessoal

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

 O verbo parecer admite duas construções:


Elas parecem gostar de você. (forma uma locução verbal)
Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito oracional, correspondendo à construção: parece gostarem de você).
LÍNGUA PORTUGUESA

 O verbo pegar possui dois particípios (regular e irregular):


Elvis tinha pegado minhas apostilas.
Minhas apostilas foram pegas.

45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

SITE
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.php

VOZES DO VERBO

Dá-se o nome de voz à maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, indicando
se este é paciente ou agente da ação. Importante lembrar que voz verbal não é flexão, mas aspecto verbal. São três as
vozes verbais:

A) Ativa = quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo:
Ele fez o trabalho.
sujeito agente ação objeto (paciente)

B) Passiva = quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo:


O trabalho foi feito por ele.
sujeito paciente ação agente da passiva

C) Reflexiva = quando o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação:
O menino feriu-se.

#FicaDica
Não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade:
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Nós nos amamos. (um ama o outro)

1. Formação da Voz Passiva

A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.
A) Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte maneira:
Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo:
A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos: os alunos pintarão a escola)
O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho)

Observações:
 O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a pre-
posição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados.
 Pode acontecer de o agente da passiva não estar explícito na frase: A exposição será aberta amanhã.
 A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transformação
das frases seguintes:

Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo)


O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito perfeito do Indicativo, assim como o verbo principal da voz ativa)

Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)


O trabalho é feito por ele. (ser no presente do indicativo)
LÍNGUA PORTUGUESA

Ele fará o trabalho. (futuro do presente)


O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)

 Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa.
Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)

46
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
B) Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética -
ou pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, EXERCÍCIOS COMENTADOS
seguido do pronome apassivador “se”. Por exemplo:
Abriram-se as inscrições para o concurso. 1. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINIS-
Destruiu-se o velho prédio da escola. TRATIVA – FCC – 2012) As vitórias no jogo interior talvez
não acrescentem novos troféus, mas elas trazem recom-
Observação: pensas valiosas, [...] que contribuem de forma significa-
O agente não costuma vir expresso na voz passiva tiva para nosso sucesso posterior, tanto na quadra como
sintética. fora dela.
Mantêm-se adequados o emprego de tempos e modos
1.1 Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva verbais e a correlação entre eles, ao se substituírem os
elementos sublinhados na frase acima, na ordem dada,
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar por:
substancialmente o sentido da frase.
O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa) a) tivessem acrescentado − trariam − contribuírem
Sujeito da Ativa objeto Direto b) acrescentassem − têm trazido − contribuírem
c) tinham acrescentado − trarão − contribuiriam
A apostila foi comprada pelo concurseiro. d) acrescentariam − trariam− contribuíram
(Voz Passiva) e) tenham acrescentado − trouxeram − Contribuíram
Sujeito da Passiva Agente da Passiva
Resposta: Letra E.
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva; Questão que envolve correlação verbal. Realizando as
o sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo alterações solicitadas, segue como ficariam (em des-
ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo taque):
tempo. Em “a”: tivessem acrescentado – trariam − contribui-
Os mestres têm constantemente aconselhado os alu- riam
nos. Em “b”: acrescentassem – trariam − contribuiriam
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pe- Em “c”: tinham acrescentado – trouxeram − contri-
los mestres. buíram
Em “d”: acrescentassem – trariam − contribuíram
Eu o acompanharei. Em “e”: tenham acrescentado – trouxeram − Contribu-
Ele será acompanhado por mim. íram = correta
Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não
haverá complemento agente na passiva. Por exemplo: 2. (TST – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO
Prejudicaram-me. / Fui prejudicado. ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE MEDICINA DO
Com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir, TRABALHO – FCC – 2012) Está inadequado o emprego
acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou refle- do elemento sublinhado na seguinte frase:
xiva, porque o sujeito não pode ser visto como agente,
paciente ou agente paciente. a) Sou ateu e peço que me deem tratamento similar ao
que dispenso aos homens religiosos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS b) A intolerância religiosa baseia-se em preconceitos de
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa que deveriam desviar-se todos os homens verdadeira-
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. mente virtuosos.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- c) A tolerância é uma virtude na qual não podem prescin-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São dir os que se dizem homens de fé.
Paulo: Saraiva, 2010. d) O ateu desperta a ira dos fanáticos, a despeito de nada
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- fazer que possa injuriá-los ou desrespeitá-los.
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. e) Respeito os homens de fé, a menos que deixem de
fazer o mesmo com aqueles que não a têm.
SITE
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ Resposta: Letra C.
morf54.php Corrigindo o inadequado:
Em “a”: Sou ateu e peço que me deem tratamento si-
milar ao que dispenso aos homens religiosos.
LÍNGUA PORTUGUESA

Em “b”: A intolerância religiosa baseia-se em precon-


ceitos de que deveriam desviar-se todos os homens
verdadeiramente virtuosos.
Em “c”: A tolerância é uma virtude na qual (de que)
não podem prescindir os que se dizem homens de fé.
Em “d”: O ateu desperta a ira dos fanáticos, a despeito
de nada fazer que possa injuriá-los ou desrespeitá-los.

47
Em “e”: Respeito os homens de fé, a menos que deixem Resposta: Letra D.
de fazer o mesmo com aqueles que não a têm. Contudo é uma conjunção adversativa (expressa opo-
sição). A substituição deve utilizar outra de mesma
3. (TST – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO classificação, para que se mantenha a ideia do perío-
ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE MEDICINA DO do. A correta é entretanto.
TRABALHO – FCC – 2012)
Transpondo-se para a voz passiva a construção Os ateus 6. (TST – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINIS-
despertariam a ira de qualquer fanático, a forma ver- TRATIVA – FCC – 2012) O verbo indicado entre pa-
bal obtida será: rênteses deverá flexionar-se no singular para preencher
adequadamente a lacuna da frase:
a) seria despertada.
b) teria sido despertada. a) A nenhuma de nossas escolhas...... (poder) deixar de
c) despertar-se-á. corresponder nossos valores éticos mais rigorosos.
d) fora despertada. b) Não se...... (poupar) os que governam de refletir sobre
e) teriam despertado. o peso de suas mais graves decisões.
c) Aos governantes mais responsáveis não...... (ocorrer)
Resposta: Letra A. tomar decisões sem medir suas consequências.
Os ateus despertariam a ira de qualquer fanático d) A toda decisão tomada precipitadamente...... (cos-
Fazendo a transposição para a voz passiva, temos: A tumar) sobrevir consequências imprevistas e injustas.
ira de qualquer fanático seria despertada pelos ateus. e) Diante de uma escolha,...... (ganhar) prioridade, reco-
menda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor
4. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINIS- humana.
TRATIVA – ESPECIALIDADE SEGURANÇA JUDICIÁ-
RIA – FCC – 2012) Resposta: Letra C.
...ela nunca alcançava a musa. Flexões em destaque e sublinhei os termos que esta-
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma belecem concordância:
verbal resultante será: Em “a”: A nenhuma de nossas escolhas podem deixar
de corresponder nossos valores éticos mais rigorosos.
a) alcança-se. Em “b”: Não se poupam os que governam de refletir
b) foi alcançada. sobre o peso de suas mais graves decisões.
c) fora alcançada. Em “c”: Aos governantes mais responsáveis não ocor-
d) seria alcançada. re tomar decisões sem medir suas consequências. =
e) era alcançada. Isso não ocorre aos governantes – uma oração exerce
a função de sujeito (subjetiva)
Resposta: Letra E. Em “d”: A toda decisão tomada precipitadamente cos-
Temos um verbo na voz ativa, então teremos dois tumam sobrevir consequências imprevistas e injustas.
na passiva (auxiliar + o verbo da oração da ativa, no Em “e”: Diante de uma escolha, ganham prioridade,
mesmo tempo verbal, forma particípio): A musa nun- recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta
ca era alcançada por ela. O verbo “alcançava” está no a dor humana.
pretérito imperfeito, por isso o auxiliar tem que estar
também (é = presente, foi = pretérito perfeito, era = 7. (TRT 23.ª REGIÃO-MT – ANALISTA JUDICIÁRIO –
imperfeito, fora = mais que perfeito, será = futuro do ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC – 2016 ) ... para quem
presente, seria = futuro do pretérito). Manoel de Barros era comparável a São Francisco de As-
sis...
5. (TST – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o da
ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE MEDICINA DO frase acima está em:
TRABALHO – FCC – 2012) Aos poucos, contudo, fui che-
gando à constatação de que todo perfil de rede social é um a) Dizia-se um “vedor de cinema”...
retrato ideal de nós mesmos. b) Porque não seria certo ficar pregando moscas no es-
Mantendo-se a correção e a lógica, sem que outra al- paço...
teração seja feita na frase, o elemento grifado pode ser c) Na juventude, apaixonou-se por Arthur Rimbaud e
substituído por: Charles Baudelaire.
d) Quase meio século separa a estreia de Manoel de Bar-
a) ademais. ros na literatura...
b) conquanto. e) ... para depois casá-las...
LÍNGUA PORTUGUESA

c) porquanto.
d) entretanto. Resposta: Letra A.
e) apesar. “Era” = verbo “ser” no pretérito imperfeito do Indicati-
vo. Procuremos nos itens:
Em “a”: Dizia-se = pretérito imperfeito do Indicativo
Em “b”: Porque não seria = futuro do pretérito do In-
dicativo

48
Em “c”: Na juventude, apaixonou-se = pretérito perfei- mesmo tempo que o verbo da ativa + o particípio do
to do Indicativo verbo da voz ativa = organizado). O objeto exercerá
Em “d”: Quase meio século separa = presente do Indi- a função de sujeito paciente, e o sujeito da ativa será
cativo o agente da passiva (ufa!). A frase ficará: O acervo foi
Em “e”: para depois casá-las = Infinitivo pessoal (casar organizado pelo marechal.
elas)
11. (TRT 20.ª REGIÃO-SE – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
8. (TRT 20.ª REGIÃO-SE – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC – 2016) Precisamos de um treinador que nos ajude
ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC – 2016) Aí conheci o a comer...
escritor e historiador de sua gente, meu saudoso amigo O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o
Alcino Alves Costa. E foi dele que ouvi oralmente a his- sublinhado acima está também sublinhado em:
tória de Zé de Julião. Considerando-se a norma-padrão
da língua, ao reescrever-se o trecho acima em um único a) [...] assim que conseguissem se virar sem as mães ou
período, o segmento destacado deverá ser antecedido as amas...
de vírgula e substituído por b) Não é por acaso que proliferaram os coaches.
c) [...] país que transformou a infância numa bilionária in-
a) perante ao qual dústria de consumo...
b) de cujo d) E, mesmo que se esforcem muito [...]
c) o qual e) Hoje há algo novo nesse cenário.
d) frente à quem
e) de quem Resposta: Letra D.
que nos ajude = presente do Subjuntivo
Resposta: Letra E. Em “a”: que conseguissem = pretérito do Subjuntivo
Voltemos ao trecho: ... meu saudoso amigo Alcino Alves Em “b”: que proliferaram = pretérito perfeito (e tam-
bém mais-que-perfeito) do Indicativo
Costa. E foi dele que ouvi oralmente... = a única alter-
Em “c”: que transformou = pretérito perfeito do Indi-
nativa que substitui corretamente o trecho destacado é
cativo
“de quem ouvi oralmente”.
Em “d”: que se esforcem = presente do Subjuntivo
Em “e”: há algo novo nesse cenário = presente do In-
9. (TRT 14.ª REGIÃO-RO E AC – TÉCNICO JUDICIÁ-
dicativo
RIO – FCC – 2016) “Isto pode despertar a atenção de ou-
tras pessoas que tenham documentos em casa e se dis-
12. (TRT 23.ª REGIÃO-MT – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
ponham a trazer para a Academia, que é a guardiã desse FCC – 2016) O modelo ainda dominante nas discussões
tipo de acervo, que é muito difícil de ser guardado em ecológicas privilegia, em escala, o Estado e o mundo...
casa, pois o tempo destrói e aqui temos a melhor técnica Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma
de conservação de documentos”, disse Cavalcanti. verbal resultante será:
O termo sublinhado faz referência a
a) é privilegiado.
a) pessoas. b) sendo privilegiadas.
b) acervo. c) são privilegiados.
c) Academia. d) foi privilegiado.
d) tempo. e) são privilegiadas.
e) casa.
Resposta: Letra C.
Resposta: Letra B. Há um verbo na ativa, então teremos dois na passiva
Ao trecho: a guardiã desse tipo de acervo, que (o qual) (auxiliar + o particípio de “privilegia”) = O Estado e
é muito difícil de ser guardado... o mundo são privilegiados pelo modelo ainda domi-
nante.
10. (TRT 14.ª REGIÃO-RO E AC – TÉCNICO JUDICIÁ-
RIO – FCC – 2016) O marechal organizou o acervo... 13. (TRT 23.ª REGIÃO-MT – TÉCNICO JUDICIÁRIO
A forma verbal está corretamente transposta para a voz – FCC – 2016) Empregam-se todas as formas verbais de
passiva em: acordo com a norma culta na seguinte frase:

a) estava organizando a) Para que se mantesse sua autenticidade, o documento


b) tinha organizado não poderia receber qualquer tipo de retificação.
LÍNGUA PORTUGUESA

c) organizando-se b) Os documentos com assinatura digital disporam de


d) foi organizado algoritmos de criptografia que os protegeram.
e) está organizado c) Arquivados eletronicamente, os documentos poderam
contar com a proteção de uma assinatura digital.
Resposta: Letra D. d) Quem se propor a alterar um documento criptogra-
Temos: sujeito (o marechal), verbo na ativa (organizou) fado deve saber que comprometerá sua integridade.
e objeto (o acervo). Como há um verbo na ativa, ao e) Não é possível fazer as alterações que convierem sem
passarmos para a passiva teremos dois (o auxiliar no comprometer a integridade dos documentos.

49
Resposta: Letra E. Em “b”: Na internet, basta um clique = presente do
Em “a”: Para que se mantesse (mantivesse) sua auten- Indicativo
ticidade, o documento não poderia receber qualquer Em “c”: ... após discar e fazer a ligação, não precisamos
tipo de retificação. = presente do Indicativo
Em “b”: Os documentos com assinatura digital dispo- Em “d”: Pense rápido: = Imperativo
ram (dispuseram) de algoritmos de criptografia que os Em “e”: É o que mostra também uma pesquisa = pre-
protegeram. sente do Indicativo
Em “c”: Arquivados eletronicamente, os documentos
poderam (puderam) contar com a proteção de uma 16. (PC-SP – ATENDENTE DE NECROTÉRIO POLI-
assinatura digital. CIAL – VUNESP – 2014) Assinale a alternativa em que a
Em “d”: Quem se propor (propuser) a alterar um docu- palavra em destaque na frase pertence à classe dos adje-
mento criptografado deve saber que comprometerá tivos (palavra que qualifica um substantivo).
sua integridade.
Em “e”: Não é possível fazer as alterações que convie- a) Existe grande confusão entre os diversos tipos de eu-
rem sem comprometer a integridade dos documentos tanásia...
= correta b)... o médico ou alguém causa ativamente a morte...
c) prolonga o processo de morrer procurando distanciar
14. (TRT 21.ª REGIÃO-RN – TÉCNICO JUDICIÁRIO – a morte.
FCC – 2017) Sessenta anos de história marcam, assim, a d) Ela é proibida por lei no Brasil,...
trajetória da utopia no país. e) E como seria a verdadeira boa morte?
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma
verbal resultante será: Resposta: Letra E.
Em “a”: Existe grande confusão = substantivo
a) foram marcados. Em “b”: o médico ou alguém causa ativamente a mor-
te = pronome
b) foi marcado.
Em “c”: prolonga o processo de morrer procurando
c) são marcados.
distanciar a morte = substantivo
d) foi marcada.
Em “d”: Ela é proibida por lei no Brasil = substantivo
e) é marcada.
Em “e”: E como seria a verdadeira boa morte? = ad-
jetivo
Resposta: Letra E.
Temos um verbo (no tempo presente) na ativa, então
17. (PC-SP – ESCRIVÃO DE POLÍCIA – VUNESP –
teremos dois na passiva (auxiliar [no tempo presente] 2014) As formas verbais conjugadas no modo impera-
+ particípio de “marcam”) = Assim, a trajetória da uto- tivo, expressando ordem, instrução ou comando, estão
pia do país é marcada pelos sessenta anos de história. destacadas em
15. (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO a) Mas há outros cujas marcas acabam ficando bem ní-
– SOLDADO PM 2.ª CLASSE – VUNESP – 2017) Consi- tidas na memória: são aqueles donos de qualidades
dere as seguintes frases: incomuns.
Primeiro, associe suas memórias com objetos físicos. b) Voltei uns cinquenta minutos depois, cauteloso, e
Segundo, não memorize apenas por repetição. quase não acreditei no que ouvi.
Terceiro, rabisque! c) – Ei rapaz, deixe ligado o microfone, largue isso aí, vá
Um verbo flexionado no mesmo modo que o dos verbos pro estúdio e ponha a rádio no ar.
empregados nessas frases está em destaque em: d) Bem, o fato é que eu era o técnico de som do horário,
precisava “passar” a transmissão lá para a câmara, e o
a) [...] o acesso rápido e a quantidade de textos fazem locutor não chegava para os textos de abertura, pu-
com que o cérebro humano não considere útil gravar blicidade, chamadas.
esses dados [...] e) ... estremecíamos quando ele nos chamava para qual-
b) Na internet, basta um clique para vasculhar um sem- quer coisa, fazendo-nos entrar na sua sala imensa, já
-número de informações. suando frio e atentos às suas finas e cortantes pala-
c) [...] após discar e fazer a ligação, não precisamos mais vras.
dele...
d) Pense rápido: qual o número de telefone da casa em Resposta: Letra C.
que morou quando era criança? Aos itens:
e) É o que mostra também uma pesquisa recente condu- Em “a”: há = presente / acabam = presente / são =
zida pela empresa de segurança digital Kaspersky [...] presente
LÍNGUA PORTUGUESA

Em “b”: Voltei = pretérito perfeito / acreditei = preté-


Resposta: Letra D. rito perfeito
Os verbos das frases citadas estão no Modo Imperati- Em “c”: deixe / largue / vá / ponha = verbos no modo
vo (expressam ordem). Vamos aos itens: imperativo afirmativo (ordens)
Em “a”: ... o acesso rápido e a quantidade de textos Em “d”: era = pretérito imperfeito / precisava = preté-
fazem = presente do Indicativo rito imperfeito / chegava = pretérito imperfeito
Em “e”: fazendo-nos = gerúndio / suando = gerúndio

50
18. (PC-SP – AGENTE DE POLÍCIA – VUNESP – 2013) 21. (PC-SP – ESCRIVÃO DE POLÍCIA – VUNESP –
Em – O destino me prestava esse pequeno favor: comple- 2013) Assinale a alternativa que completa respectiva-
tava minha identificação com o resto da humanidade, que mente as lacunas, em conformidade com a norma-pa-
tem sempre para contar uma história de objeto achado; drão de conjugação verbal.
– o pronome em destaque retoma a seguinte palavra/ Há quem acredite que alcançará o sucesso profissional
expressão: quando __________ um diploma de mestrado, mas há
aqueles que _________ de opinião e procuram investir em
a) o resto da humanidade. cursos profissionalizantes.
b) esse pequeno favor.
c) minha identificação. a) obtiver … divirgem
d) O destino. b) obter … divergem
e) completava. c) obtesse … devirgem
d) obter … divirgem
Resposta: Letra A. e) obtiver … divergem
Completava minha identificação com o resto da huma-
nidade, que (a qual) tem sempre para contar uma his- Resposta: Letra E.
tória de objeto achado = pronome relativo que retoma Há quem acredite que alcançará o sucesso profissio-
o resto da humanidade. nal quando obtiver um diploma de mestrado, mas há
aqueles que divergem de opinião e procuram investir
19. (PC-SP – AGENTE DE POLÍCIA – VUNESP – 2013) em cursos profissionalizantes.
Considere o trecho a seguir.
É comum que objetos ____________ esquecidos em locais 22. (PC-SP – AUXILIAR DE NECROPSIA – VUNESP –
públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados 2014) Considerando que o adjetivo é uma palavra que
se as pessoas __________ a atenção voltada para seus per- modifica o substantivo, com ele concordando em gênero
tences, conservando-os junto ao corpo. e número, assinale a alternativa em que a palavra desta-
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectiva- cada é um adjetivo.
mente, as lacunas do texto.
a) ... um câncer de boca horroroso, ...
a) sejam ... mantesse b) Ele tem dezesseis anos...
b) sejam ... mantém c) Eu queria que ele morresse logo, ...
c) sejam ... mantivessem d) ... com a crueldade adicional de dar esperança às fa-
d) seja ... mantivessem mílias.
e) seja ... mantêm e) E o inferno não atinge só os terminais.

Resposta: Letra C. Resposta: Letra A.


Completemos as lacunas e depois busquemos o item Em “a”: um câncer de boca horroroso = adjetivo
correspondente. A pegadinha aqui é a conjugação do Em “b”: Ele tem dezesseis anos = numeral
verbo “manter”, no presente do Subjuntivo (mantiver): Em “c”: Eu queria que ele morresse logo = advérbio
É comum que objetos sejam esquecidos em locais pú- Em “d”: com a crueldade adicional de dar esperança às
blicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se famílias = substantivo
as pessoas mantivessem a atenção voltada para seus Em “e”: E o inferno não atinge só os terminais = subs-
pertences, conservando-os junto ao corpo. tantivo

20. (PC-SP – ATENDENTE DE NECROTÉRIO POLI-


CIAL – VUNESP – 2013) Nas frases – Não vou mais à
escola!… – e – Hoje estão na moda os métodos audio-
visuais. – as palavras em destaque expressam, correta e
respectivamente, circunstâncias de

a) dúvida e modo.
b) dúvida e tempo.
c) modo e afirmação.
d) negação e lugar.
e) negação e tempo.
LÍNGUA PORTUGUESA

Resposta: Letra E.
“não” – advérbio de negação / “hoje” – advérbio de
tempo.

51
b) a dificuldade de propor soluções tecnológicas e a
transferência de atividades para o lar.
HORA DE PRATICAR! c) a dispersão e a menor capacidade de conservar con-
teúdos.
(TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉDIO d) a distração e a possibilidade de haver colaboração de
- VUNESP – 2017 - ADAPTADA) Leia o texto, para res- colegas e chefes.
ponder às questões de 1 a 7. e) o isolamento na realização das tarefas e a vigilância
constante dos chefes.
Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executi-
vos no setor de tecnologia já tinham feito – ele transferiu 2. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ-
sua equipe para um chamado escritório aberto, sem pa- DIO - VUNESP – 2017) Assinale a alternativa em que a
redes e divisórias. nova redação dada ao seguinte trecho do primeiro pará-
Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele grafo apresenta concordância de acordo com a norma-
queria que todos estivessem juntos, para se conectarem -padrão: Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos
e colaborarem mais facilmente. Mas em pouco tempo fi- executivos no setor de tecnologia já tinham feito.
cou claro que Nagele tinha cometido um grande erro.
Todos estavam distraídos, a produtividade caiu, e os nove a) Muitos executivos já havia transferido suas equipes
empregados estavam insatisfeitos, sem falar do próprio para o chamado escritório aberto, como feito por Ch-
chefe. ris Nagele.
Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para b) Mais de um executivo já tinham transferido suas equi-
o escritório aberto, Nagele transferiu a empresa para um pes para escritórios abertos, o que só aconteceu com
espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio es- Chris Nagele fazem mais de quatro anos.
paço, com portas e tudo. c) O que muitos executivos fizeram, transferindo suas
Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório equipes para escritórios abertos, também foi feito por
aberto – cerca de 70% dos escritórios nos Estados Uni- Chris Nagele, faz cerca de quatro anos.
dos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram d) Devem fazer uns quatro anos que Chris Nagele trans-
ao modelo de espaços tradicionais com salas e portas. feriu sua equipe para escritórios abertos, tais como foi
Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até transferido por muitos executivos.
15% da produtividade, desenvolver problemas graves e) Faz exatamente quatro anos que Chris Nagele fez o
de concentração e até ter o dobro de chances de ficar que já tinham sido feitos por outros executivos do se-
doentes em espaços de trabalho abertos – fatores que tor.
estão contribuindo para uma reação contra esse tipo de
organização. 3. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ-
Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele DIO - VUNESP – 2017) É correto afirmar que a expressão
já ouviu colegas do setor de tecnologia dizerem sentir – até então –, em destaque no início do segundo pará-
falta do estilo de trabalho do escritório fechado. “Muita grafo, expressa um limite, com referência
gente concorda – simplesmente não aguentam o escri-
tório aberto. Nunca se consegue terminar as coisas e é a) temporal ao momento em que se deu a transferência
preciso levar mais trabalho para casa”, diz ele. da equipe de Nagele para o escritório aberto.
É improvável que o conceito de escritório aberto caia em b) espacial aos escritórios fechados onde trabalhava a
desuso, mas algumas firmas estão seguindo o exemplo equipe de Nagele antes da mudança para locais aber-
de Nagele e voltando aos espaços privados. tos.
Há uma boa razão que explica por que todos adoram um c) temporal ao dia em que Nagele decidiu seguir o exem-
espaço com quatro paredes e uma porta: foco. A verdade plo de outros executivos, e espacial ao tipo de escri-
é que não conseguimos cumprir várias tarefas ao mesmo tório que adotou.
tempo, e pequenas distrações podem desviar nosso foco d) espacial ao caso de sucesso de outros executivos do
por até 20 minutos. setor de tecnologia que aboliram paredes e divisórias.
Retemos mais informações quando nos sentamos em um e) espacial ao novo tipo de ambiente de trabalho, e tem-
local fixo, afirma Sally Augustin, psicóloga ambiental e poral às mudanças favoráveis à integração.
design de interiores.
(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem ser ruins 4. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ-
para funcionários.” Disponível em:<www1.folha.uol.com.br>. Aces- DIO - VUNESP – 2017) É correto afirmar que a expressão
so em: 04.04.2017. Adaptado) – contudo –, destacada no quinto parágrafo, estabelece
uma relação de sentido com o parágrafo
LÍNGUA PORTUGUESA

1. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ-


DIO - VUNESP – 2017) Segundo o texto, são aspectos a) anterior, confirmando com estatísticas o sucesso das
desfavoráveis ao trabalho em espaços abertos compar- empresas que adotaram o modelo de escritórios aber-
tilhados tos.
b) posterior, expondo argumentos favoráveis à adoção
a) a impossibilidade de cumprir várias tarefas e a restri- do modelo de escritórios abertos.
ção à criatividade. c) anterior, atestando a eficiência do modelo aberto com
base em resultados de pesquisas.

52
d) anterior, introduzindo informações que se contra- das abertas aos pedestres, nos fins de semana: basta li-
põem à visão positiva acerca dos escritórios abertos. berarem um pedacinho do cinza e surgem revoadas de
e) posterior, contestando com dados estatísticos o for- patinadores, maracatus, big bands, corredores evangé-
mato tradicional de escritório fechado. licos, góticos satanistas, praticantes de ioga, dançarinos
de tango, barraquinhas de yakissoba e barris de cerveja
5. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ- artesanal.
DIO - VUNESP – 2017) Assinale a frase do texto em que Tenho estado atento às agruras e oportunidades da ci-
se identifica expressão do ponto de vista do próprio au- dade porque, depois de cinco anos vivendo na Granja
tor acerca do assunto de que trata. Viana, vim morar em Higienópolis. Lá em Cotia, no fim da
tarde, eu corria em volta de um lago, desviando de patos
a) “Nunca se consegue terminar as coisas e é preciso levar e assustando jacus. Agora, aos domingos, corro pela Pau-
mais trabalho para casa”, diz ele. (6.º parágrafo). lista ou Minhocão e, durante a semana, venho testando
b) Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório diferentes percursos.
aberto... (4.º parágrafo). Corri em volta do parque Buenos Aires e do cemitério da
c) Retemos mais informações quando nos sentamos em Consolação, ziguezagueei por Santa Cecília e pelas en-
um local fixo, afirma Sally Augustin... (último parágra- costas do Sumaré, até que, na última terça, sem querer,
fo). descobri um insuspeito parque noturno com bastante
d) Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas gente, quase nenhum carro e propício a todo tipo de ati-
ele queria que todos estivessem juntos... (2.º parágra- vidades: o estacionamento do estádio do Pacaembu.
fo). (Antonio Prata. “O paulistano não é de jogar a toalha. Prefere esten-
e) É improvável que o conceito de escritório aberto caia dê-la e deitar em cima.” Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.
br/colunas>. Acesso em: 13.04.2017. Adaptado)
em desuso... (7.º parágrafo).

6. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ- É correto afirmar que, do ponto de vista do autor, o pau-
listano
DIO - VUNESP – 2017) Na frase – É improvável que o
conceito de escritório aberto caia em desuso... (7.º pará-
a) busca em Ipanema o contato com a natureza exube-
grafo) – a expressão em destaque tem o sentido de
rante que não consegue achar em sua cidade.
b) sabe como vencer a rudeza da paisagem de São Paulo,
a) sofra censura.
encontrando nesta espaços para o lazer.
b) torne-se obsoleto.
c) se vê impedido de realizar atividades esportivas, no
c) mostre-se alterado.
mar de asfalto que é São Paulo.
d) mereça sanção. d) tem feito críticas à cidade, porque ela não oferece ati-
e) seja substituído. vidades recreativas a seus habitantes.
e) toma Ipanema como um símbolo daquilo que se pode
7. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ- alcançar, apesar de muito andar e andar.
DIO - VUNESP – 2017) O trecho destacado na passagem
– Todos estavam distraídos, a produtividade caiu, e os nove 9. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ-
empregados estavam insatisfeitos, sem falar do próprio DIO - VUNESP – 2015)
chefe.– tem sentido de:
Ser gentil é um ato de rebeldia. Você sai às ruas e insis-
a) até mesmo o próprio chefe. te, briga, luta para se manter gentil. O motorista quase
b) apesar do próprio chefe. te mata de susto buzinando e te xingando porque você
c) exceto o próprio chefe. usou a faixa de pedestres quando o sinal estava fechado
d) diante do próprio chefe. para ele. Você posta um pensamento gentil nas redes so-
e) portanto o próprio chefe. ciais apesar de ler dezenas de comentários xenofóbicos,
homofóbicos, irônicos e maldosos sobre tudo e todos.
8. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ- Inclusive você. Afinal, você é obviamente um idiota gentil.
DIO - VUNESP – 2017) Há teorias evolucionistas que defendem que as socieda-
O problema de São Paulo, dizia o Vinicius, “é que você des com maior número de pessoas altruístas sobrevive-
anda, anda, anda e nunca chega a Ipanema”. Se tomar- ram por mais tempo por serem mais capazes de manter
mos “Ipanema” ao pé da letra, a frase é absurda e cômi- a coesão. Pesquisadores da atualidade dizem, baseados
ca. Tomando “Ipanema” como um símbolo, no entanto, em estudos, que gestos de gentileza liberam substâncias
como um exemplo de alívio, promessa de alegria em que proporcionam prazer e felicidade.
meio à vida dura da cidade, a frase passa a ser de um tris- Mas gentileza virou fraqueza. É preciso ser macho pacas
LÍNGUA PORTUGUESA

te realismo: o problema de São Paulo é que você anda, para ser gentil nos dias de hoje. Só consigo associar a
anda, anda e nunca chega a alívio algum. O Ibirapuera, o aversão à gentileza à profunda necessidade de ser – ou
parque do Estado, o Jardim da Luz são uns raros respiros parecer ser – invencível e bem-sucedido. Nossas fragili-
perdidos entre o mar de asfalto, a floresta de lajes bati- dades seriam uma vergonha social. Um empecilho à car-
das e os Corcovados de concreto armado. reira, ao acúmulo de dinheiro.
O paulistano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere Não ter tempo para gentilezas é bonito. É justificável
estendê-la e se deitar em cima, caso lhe concedam dois diante da eterna ambivalência humana: queremos ser
metros quadrados de chão. É o que vemos nas aveni- bons, mas temos medo. Não dizer bom-dia significa que

53
você é muito importante. Ou muito ocupado. Humilhar 12. (BADESC – TÉCNICO DE FOMENTO A – FGV-2010)
os que não concordam com suas ideias é coisa de gente As palavras jeitinho, pesquisa e intrínseco apresentam
forte. E que está do lado certo. Como se houvesse um diferentes graus de dificuldade ortográfica e estão corre-
lado errado. Porque, se nenhum de nós abrir a boca, nin- tamente grafadas. Assinale a alternativa em que a grafia
guém vai reparar que no nosso modelo de felicidade tem da palavra sublinhada está igualmente correta.
alguém chorando ali no canto. Porque ser gentil abala a) Talvez ele seje um caso de sucesso empresarial.
sua autonomia. Enfim, ser gentil está fora de moda. Estou b) A paralização da equipe técnica demorou bastante.
sempre fora de moda. Querendo falar de gentileza, ima- c) O funcionário reinvindicou suas horas extras.
ginem vocês! Pura rebeldia. Sair por aí exibindo minhas d) Deve-se expor com clareza a pretenção salarial.
vulnerabilidades e, em ato de pura desobediência civil, e) O assessor de imprensa recebeu o jornalista.
esperar alguma cumplicidade. Deve ser a idade.
(Ana Paula Padrão, Gentileza virou fraqueza. Disponível em: 13. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL
<http://www.istoe.com.br>. Acesso em: 27 jan 2015. Adaptado) I – CESGRANRIO-2018) O grupo em que todas as pala-
vras estão grafadas de acordo com a norma-padrão da
É correto inferir que, do ponto de vista da autora, a gen- língua portuguesa é:
tileza
a) admissão, infração, renovação
a) é prerrogativa dos que querem ter sua importância re- b) diversão, excessão, sucessão
conhecida socialmente. c) extenção, eleição, informação
b) é uma via de mão dupla, por isso não deve ser pratica- d) introdução, repreção, intenção
da se não houver reciprocidade. e) transmissão, conceção, omissão
c) representa um hábito primitivo, que pouco afeta as
relações interpessoais. 14. (MPE-AL - TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO –
d) restringe-se ao gênero masculino, pois este represen- FGV-2018) “A crise não trouxe apenas danos sociais e
ta os mais fortes. econômicos”; se juntarmos os adjetivos sublinhados em
e) é uma qualidade desvalorizada em nossa sociedade um só vocábulo, a forma adequada será
nos dias atuais. a) sociais-econômicos.
b) social-econômicos.
10. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ- c) sociais-econômico.
DIO - VUNESP – 2015) No final do último parágrafo, a d) socioeconômicos.
autora caracteriza a gentileza como “ato de pura desobe- e) socioseconômicos.
diência civil”; isso permite deduzir que
15. (IBGE – ANALISTA CENSITÁRIO – AGRONOMIA –
a) assumir a prática da gentileza é rebelar-se contra có- FGV-2017) “É preciso levar em conta questões econô-
digos de comportamento vigentes, mesmo que não micas e sociais”; se juntássemos os adjetivos sublinha-
declarados. dos em forma de adjetivo composto, a forma correta, no
b) é inviável, em qualquer época, opor-se às práticas e contexto, seria:
aos protocolos sociais de relacionamento humano.
c) é possível ao sujeito aderir às ideias dos mais fortes, a) econômicas-sociais;
sem medo de ver atingida sua individualidade, no b) econômico-social;
contexto geral. c) econômica-social;
d) há, nas sociedades modernas, a constatação de que d) econômico-sociais;
a vulnerabilidade de alguns está em ver a felicidade e) econômicas-social.
como ato de rebeldia.
e) obedecer às normas sociais gera prazer, ainda que isso 6. (PC-RS – ESCRIVÃO E INSPETOR DE POLÍCIA – FUN-
signifique seguir rituais de incivilidade e praticar a in- DATEC-2018 - ADAPTADA) Sobre os vocábulos expan-
tolerância. sível, fácil, considerável, artificial, multiplicável e acessível,
afirma-se que:
11. (EBSERH – ANALISTA ADMINISTRATIVO – ESTA-
TÍSTICA – AOCP-2015) Assinale a alternativa correta em I. Todos são flexionados da mesma forma quando no plu-
relação à ortografia dos pares. ral.
II. Apenas um assume forma diferente dos demais quan-
a) Atenção – atenciozo. do flexionado no plural.
b) Aprender – aprendizajem. III. Todos devem ser acentuados em sua forma plural.
c) Simples – simplissidade. Quais estão corretas?
LÍNGUA PORTUGUESA

d) Fúria – furiozo.
e) Sensação – sensacional. a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.

54
17. (ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DO BARRO BRANCO-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL
MILITAR – VUNESP-2010)

__________ moro fora do Brasil. Sou baiana e, cada vez que volto a Salvador, fico chocada, constrangida e enojada com
essa prática _________ e, _________ não dizer, machista dos meus conterrâneos – não se veem mulheres fazendo xixi na
rua. Mas, antes de prender os___________, tente encontrar um banheiro público em Salvador. Se encontrar, tente entrar –
normalmente estão trancados –, e tente então não passar __________. Vamos copiar a Europa na proibição, mas também
na infraestrutura.
(Seção “Leitor”, Veja, 14.07.2010. Adaptado)

Os espaços do texto devem ser preenchidos, correta e respectivamente, com:

a) A dez anos … sub-desenvolvida … por quê … cidadões … mau


b) Há dez anos … subdesenvolvida … por que … cidadãos … mal
c) Fazem dez anos que … subdesenvolvida … porque … cidadões … mau
d) São dez anos que … sub desenvolvida … porquê … cidadãos … mal
e) Faz dez anos que … sub-desenvolvida … porque … cidadães … mau

18. (PM-SP - TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP-2014) Leia a tira de Hagar, por Chris
Browne, e assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas, em conformidade com as regras
de ortografia.

(Folha de S.Paulo, 08.02.2014, http://zip.net/bdmBgf)

a) porque ... por que ... porque ... atraz


b) por que ... por quê ... por que ... atraz
c) por que ... por que ... porque ... atráz
d) porque ... porquê ... por que ... atrás
e) por que ... por quê ... porque ... atrás

19. (TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FGV-2018)

LÍNGUA PORTUGUESA

A frase do menino na charge – “naum eh verdade” – mostra uma característica da linguagem escrita de internautas que
é:

a) a sintetização exagerada;
b) o desrespeito total pela norma culta;

55
c) a criação de um vocabulário novo; 23. (EBSERH – TÉCNICO EM FARMÁCIA- AOCP-2015)
d) a tentativa de copiar a fala; Em “Mas o bom humor de ambos os tornava parecidos.”,
e) a grafia sem acentos ou sinais gráficos. os termos destacados são, respectivamente,

20. (TJ-SP – ADVOGADO - VUNESP/2013) a) artigo e pronome.


A Polícia Militar prendeu, nesta semana, um homem de b) artigo e preposição.
37 anos, acusado de ____________ de drogas e ____________ c) preposição e artigo.
à avó de 74 anos de idade. Ele foi preso em __________ d) pronome e artigo.
com uma pequena quantidade de drogas no bairro Ira- e) preposição e pronome.
puá II, em Floriano, após várias denúncias de vizinhos.
De acordo com o Comandante do 3.º BPM, o acusado 24. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO – ADMINISTRATIVO
era conhecido na região pela atuação no crime. – FGV-2017)
(www.cidadeverde.com/floriano. Acesso em 23.06.2013. Adaptado)
Texto 1 - “A democracia reclama um jornalismo vigo-
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, roso e independente. A agenda pública é determinada
as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectiva- pela imprensa tradicional. Não há um único assunto rele-
mente, com: vante que não tenha nascido numa pauta do jornalismo
de qualidade. Alguns formadores de opinião utilizam as
a) tráfico … mal-tratos … flagrante redes sociais para reverberar, multiplicar e cumprem as-
b) tráfego … maltratos … fragrante sim relevante papel mobilizador. Mas o pontapé inicial é
c) tráfego … maus-trato … flagrante sempre das empresas de conteúdo independentes”.
d) tráfico … maus-tratos … flagrante (O Estado de São Paulo, 10/04/2017)
e) tráfico … mau-trato … fragrante O texto 1, do Estado de São Paulo, mostra um conjunto
de adjetivos sublinhados que poderiam ser substituídos
21. (CAMAR - CURSO DE ADAPTAÇÃO DE MÉDICOS por locuções; a substituição abaixo que está adequada é:
DA AERONÁUTICA PARA O ANO DE 2016) De acordo
com seu significado, o conjunto de características for- a) independente = com dependência;
mais e sua posição estrutural no interior da oração, as b) pública = de publicidade;
palavras podem pertencer à mesma classe de palavras c) relevante = de relevância;
ou não. Estabeleça a relação correta entre as colunas a d) sociais = de associados;
seguir considerando tais aspectos (considere as palavras e) mobilizador = de motivação.
em destaque).
25. (PC-SP - AUXILIAR DE NECROPSIA – VUNESP-2014)
(1) advérbio Considerando que o adjetivo é uma palavra que modifica
(2) pronome o substantivo, com ele concordando em gênero e núme-
(3) conjunção ro, assinale a alternativa em que a palavra destacada é
(4) substantivo um adjetivo.

( ) “Não há prisão pior [...]” a) ... um câncer de boca horroroso, ...


( ) “O lugar de estudo era isso.” b) Ele tem dezesseis anos...
( ) “E o olho sem se mexer [...]” c) Eu queria que ele morresse logo, ...
( ) “Ora, se eles enxergavam coisas tão distantes, [...]” d) ... com a crueldade adicional de dar esperança às fa-
( ) “Emília respondeu com uma pergunta que me espan- mílias.
tou.” e) E o inferno não atinge só os terminais.

A sequência está correta em 26. (TRE-AC – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMI-


NISTRATIVA – AOCP-2015) Assinale a alternativa cujo
a) 1 – 4 – 2 – 3 – 2 “que” em destaque funciona como pronome relativo.
b) 2 – 1 – 3 – 3 – 4
c) 3 – 4 – 1 – 3 – 2 a) «É uma maneira de expressar a vontade que a gente
d) 4 – 2 – 4 – 1 – 3 tem. Acho que um voto pode fazer a diferença”.
b) “Ele diz que vota desde os 18...”.
22. (EBSERH – TÉCNICO EM FARMÁCIA- AOCP-2015) c) “Acho que um voto pode fazer a diferença”.
Assinale a alternativa em que o termo destacado é um d) “... e acreditam que um voto consciente agora pode
pronome indefinido. influenciar futuramente na vida de seus filhos e netos”.
LÍNGUA PORTUGUESA

e) “O idoso afirma que sempre incentivou sua família a


a) “Ele não exige fatos...”. votar”.
b) “Era um ídolo para mim.”.
c) “Discordo dele.”.
d) “... espécie de carinho consigo mesmo.”.
e) “O bom humor está disponível a todos...”.

56
27. (TRF-1.ª Região – ANALISTA JUDICIÁRIO – INFOR- De acordo com alguns neurocientistas, quando a pessoa
MÁTICA – FCC- 2014-ADAPTADA) No período O livro se recorda de uma sequência de eventos, o cérebro re-
explica os espíritos chamados ‘xapiris’, que os ianomâmis constrói o passado juntando os “tijolos” de dados, mas
creem serem os únicos capazes de cuidar das pessoas e somente o ato de acessar as lembranças já modifica e
das coisas, a palavra grifada tem a função de pronome distorce a realidade.
relativo, retomando um termo anterior. Do mesmo modo Um neurocientista de uma equipe que pesquisa esse as-
como ocorre em: sunto afirma que se busca reforçar a ideia de que a me-
mória não pode ser considerada um papel carbono, ou
a) Os ianomâmis acreditam que os xamãs recebem dos seja, de que ela não reproduz fielmente um acontecimen-
espíritos chamados “xapiris” a capacidade de cura. to. “Nossa esperança é que, ao propor uma explicação
b) Eu queria escrever para os não indígenas não acharem neural para o processo de geração das falsas memórias,
que índio não sabe nada. haja aplicações práticas nas cortes de justiça, por exem-
c) O branco está preocupado que não chove mais em plo”, diz o cientista. “Jurados e magistrados precisam de
alguns lugares. evidências de que, por mais real que aparente ser, um
d) Gravou 15 fitas em que narrou também sua própria fato recordado por uma testemunha pode não ser verda-
trajetória. deiro. A memória humana não é como uma memória de
e) Não sabia o que me atrapalhava o sono. computador, não está certa o tempo todo.”
O neurocientista relatou que quase três quartos dos pri-
28. (PETROBRAS – ENGENHEIRO(A) DE MEIO AM- meiros 250 americanos que tiveram suas condenações
BIENTE JÚNIOR – CESGRANRIO-2018) De acordo com penais anuladas graças ao exame de DNA haviam sido
as normas da linguagem padrão, a colocação pronominal vítimas de falso testemunho ocular. Um psicólogo en-
está INCORRETA em: trevistado afirmou que, dependendo de como se conduz
uma acareação, ela pode confundir a pessoa interrogada.
a) Virgínia encontrava-se acamada há semanas. Correio Braziliense, 26/7/2013 (com adaptações).
b) A ferida não se curava com os remédios.
c) A benzedeira usava uma peruca que não favorecia-a. O trecho “a memória não pode ser considerada um papel
d) Imediatamente lhe deram uma caneta-tinteiro vermelha. carbono” poderia ser corretamente reescrita da seguinte
e) Enquanto se rezavam Ave-Marias, a ferida era circun- forma: não pode-se considerá-la papel carbono.
dada.
( ) CERTO ( ) ERRADO
29. (BANESTES – TÉCNICO BANCÁRIO – FGV-2018) A
frase em que se deveria usar a forma EU em lugar de 32. (PC-MS – DELEGADO DE POLÍCIA – FAPEMS-2017)
MIM é: De acordo com os padrões da língua portuguesa, assina-
le a alternativa correta.
a) Um desejo de minha avó fez de mim um artista;
b) Há muitas diferenças entre mim e a minha futura mu- a) A frase: “Ela lhe ama” está correta visto que “amar”
lher; se classifica como verbo transitivo direto, pois quem
c) Para mim, ver filmes antigos é a maior diversão;
ama, ama alguém.
d) Entre mim viajar ou descansar, prefiro o descanso;
b) Em: “Sou te fiel”, o pronome oblíquo átono desem-
e) Separamo-nos, mas sempre de mim se lembra.
penha função sintática de complemento nominal por
complementar o sentido de adjetivos, advérbios ou
30. (CÂMARA DE SALVADOR-BA – ASSISTENTE LE-
substantivos abstratos, além de constituir emprego de
GISLATIVO MUNICIPAL – FGV-2018-ADAPTADA) O
ênclise.
segmento em que a substituição do termo sublinhado
c) No exemplo: “Demos a ele todas as oportunidades”, o
por um pronome pessoal foi feita de forma adequada é:
termo em destaque pode ser substituído por “Demo
a) “deixou de ser uma ferramenta de sobrevivência” / dei- lhes” todas as oportunidades”, tendo em vista o em-
xou de ser-lhe; prego do pronome oblíquo como complemento do
b) “podemos definir violência” / podemos defini-la; verbo.
c) “Hoje, esse termo denota, além de agressão física, di- d) Em: “Não me ..incomodo com esse tipo de barulho”,
versos tipos de imposição” / denota-los; te.mos.um clássico emprego de mesóclise.
d) “Consideremos o surgimento das desigualdades” / e) Na frase: “Alunos, aquietem-se! “, o termo destacado
consideremos-lo; exemplifica o uso de próclise.
e) “ao nos referirmos à violência” / ao nos referirmo-la.
33. (PC-SP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA – VU-
NESP-2014)
LÍNGUA PORTUGUESA

31. (MPU – Conhecimentos Básicos para os Cargos de


11 a 26 – CESPE-2013)
Recordar algo nunca ocorrido é comum e pode aconte- Compras de Natal
cer com pessoas de qualquer idade. Muitos indivíduos
sequer percebem que determinadas lembranças foram A cidade deseja ser diferente, escapar às suas fatalidades.
criadas, pois as cenas e até os sons evocados pelo cé- __________ de brilhos e cores; sinos que não tocam, balões
rebro surgem com a mesma nitidez e o mesmo grau de que não sobem, anjos e santos que não __________ , estre-
detalhamento das memórias reais. las que jamais estiveram no céu.

57
As lojas querem ser diferentes, fugir à realidade do ano d) ... livro que reúne entrevistas e textos de Ernest He-
inteiro: enfeitam-se com fitas e flores, neve de algodão mingway... → ... livro que reúne-as...
de vidro, fios de ouro e prata, cetins, luzes, todas as coi- e) O médico que atendia pacientes... → O médico que
sas que possam representar beleza e excelência. lhe atendia...
Tudo isso para celebrar um Meninozinho envolto em po-
bres panos, deitado numas palhas, há cerca de dois mil 37. (TRE-PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMI-
anos, num abrigo de animais, em Belém. NISTRATIVA – FCC-2017) A substituição do elemento
(Cecília Meireles, Quatro Vozes. Adaptado) sublinhado pelo pronome correspondente, com os ne-
cessários ajustes no segmento, foi realizada de acordo
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, com a norma padrão em:
as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
respectivamente, com: a) quem considera o amor abstrato = quem lhe consi-
dera abstrato
a) Se enche … movem-se b) consideram o amor algo ingênuo e pueril = conside-
b) Se enchem … se movem ram-lhe algo ingênuo e pueril
c) Enchem-se … se move c) parece que inviabiliza o amor = parece que inviabili-
d) Enche-se … move-se za-lhe
e) Enche-se … se movem d) o ressentimento é cego ao amor = o ressentimento
lhe é cego
34. (PC-SP - AGENTE DE POLÍCIA – VUNESP-2013) e) o amor não vê a hipocrisia = o amor não lhe vê
Assinale a alternativa correta quanto à colocação pro-
nominal, de acordo com a norma-padrão da língua por- 38. (CÂMARA DE SALVADOR-BA – ASSISTENTE LE-
tuguesa. GISLATIVO MUNICIPAL – FGV-2018)

a) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situação Texto 1 – Guerra civil


de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida. Renato Casagrande, O Globo, 23/11/2017
b) O homem se indignou quando propuseram-lhe que
abrisse a bolsa que encontrara. O 11.º Relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pú-
c) Nos sentimos impotentes quando não conseguimos blica, mostrando o crescimento das mortes violentas no
restituir um objeto à pessoa que o perdeu. Brasil em 2016, mais uma vez assustou a todos. Foram
d) Para que se evite perder objetos, recomenda-se que 61.619 pessoas que perderam a vida devido à violência.
eles sejam sempre trazidos junto ao corpo. Outro dado relevante é o crescimento da violência em
e) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma ten- alguns estados do Sul e do Sudeste.
dência natural das pessoas em devolvê-los a seus do- Na verdade, todos os anos a imprensa nacional destaca
nos. os inaceitáveis números da violência no país. Todos se
assustam, o tempo passa, e pouca ação ocorre de fato.
35. (CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CUR- Tem sido assim com o governo federal e boa parte das
SO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS - PM/2014) A demais unidades da Federação. Agora, com a crise, o ar-
frase – Sem nada ver, o amigo remordia-se no seu canto. gumento é a incapacidade de investimento, mas, mesmo
– está corretamente reescrita quanto à flexão verbal, à em períodos de economia mais forte, pouco se viu da im-
pontuação e à colocação pronominal em: plementação de programas estruturantes com o objetivo
a) Se remordia, o amigo, no seu canto, sem que nada de enfrentar o crime. Contratação de policiais, aquisição
visse. de equipamentos, viaturas e novas tecnologias são medi-
b) O amigo, sem que nada vesse, se remordia no seu das essenciais, mas é preciso ir muito além. Definir metas
canto. e alcançá-las, utilizando um bom método de trabalho,
c) Remordia-se, no seu canto, o amigo, sem que nada deve ser parte de um programa bem articulado, que per-
visse. mita o acompanhamento das ações e que incentive o
d) Se remordia no seu canto o amigo, sem que nada trabalho integrado entre as forças policiais do estado, da
vesse. União e das guardas municipais.

36. (PM-SP - SOLDADO DE 2.ª CLASSE – VU- O segmento do texto 1 em que a conjunção E tem valor
NESP-2017- ADAPTADA) Assinale a alternativa em que adversativo (oposição) e NÃO aditivo (adição) é:
o trecho está reescrito conforme a norma-padrão da lín-
gua portuguesa, com a expressão destacada substituída a) “...crescimento da violência em alguns estados do Sul
pelo pronome correspondente. e do Sudeste”;
LÍNGUA PORTUGUESA

b) “Todos se assustam, o tempo passa, e pouca ação de-


a) ... o prazer de contar aquelas histórias... → ... o prazer corre de fato”;
de contar-nas... c) “Tem sido assim com o governo federal e boa parte
b) ... meio século sem escrever livros. → ... meio século das demais unidades da Federação”;
sem escrevê-los. d) “...viaturas e novas tecnologias”;
c) ... puxo a mesinha... → ... puxo-lhe... e) “Definir metas e alcançá-las...”.

58
39. (ALERJ-RJ – ESPECIALISTA LEGISLATIVO – AR- do Trabalho (CLT), destinada a regular um dos universos
QUITETURA – FGV-2017) “... implica poder decifrar as mais impactados por esta revolução, o das relações tra-
referências cristãs...”; a forma reduzida sublinhada fica balhistas.
convenientemente substituída por uma oração em forma Instituída por Getúlio Vargas para outro Brasil — ainda
desenvolvida na seguinte opção: agrário, com indústria e serviços incipientes —, a CLT tem
a) a possibilidade de decifrar as referências cristãs; sido defendida por sindicatos em nome da “preservação
b) a possibilidade de decifração das referências cristãs; dos direitos do trabalhador”.
c) que se pudessem decifrar as referências cristãs; Na vida real, longe das ideologias, a CLT, em função dos
d) que possamos decifrar as referências cristãs; custos que impõe ao empregador, é, na verdade, eficien-
e) a possibilidade de que decifrássemos as referências te instrumento de precarização do próprio trabalhador.
cristãs. O Globo, Editorial, 22/8/2013 (com adaptações).

40. (COMPESA-PE – ANALISTA DE GESTÃO – ADMI- A conjunção “se” tem valor condicional na oração em
NISTRADOR – FGV-2018) “... mas já conhecem a brutal que está inserida.
realidade dos desaventurados cuja sina é cruzar fronteiras
para sobreviver.” A forma reduzida de “para sobreviver” ( ) CERTO ( ) ERRADO
pode ser nominalizada de forma conveniente na seguin-
te alternativa: 43. (PC-RS – DELEGADO DE POLÍCIA – FUNDA-
TEC-2018 - ADAPTADA) Observe a frase: “com o gover-
a) para que sobrevivam. no criando leis e começando a punir quem agride o meio
b) a fim de que sobrevivessem. ambiente” e avalie as afirmações seguintes:
c) para sua sobrevida.
d) no intuito de sobreviverem. I. O sujeito das formas verbais criando e começando é
e) para sua sobrevivência. o mesmo.
II. O sujeito de punir é inexistente.
41. (MPU – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA O CAR- III. O sujeito de agride é representado pelo pronome in-
GO 33 – TÉCNICO ÁREA ADMINISTRATIVA - NÍVEL definido, portanto, classifica-se como indeterminado.
MÉDIO – CESPE-2013)
O Ministério Público é fruto do desenvolvimento do es- Quais estão corretas?
tado brasileiro e da democracia. A sua história é marcada
por processos que culminaram na sua formalização insti- a) Apenas I.
tucional e na ampliação de sua área de atuação. b) Apenas II.
No período colonial, o Brasil foi orientado pelo direito c) Apenas III.
lusitano. Não havia o Ministério Público como instituição. d) Apenas I e II.
Mas as Ordenações Manuelinas de 1521 e as Ordena- e) Apenas II e III.
ções Filipinas de 1603 já faziam menção aos promotores
de justiça, atribuindo a eles o papel de fiscalizar a lei e 44. (PROCESSO SELETIVO INTERNO DA SECRETARIA
de promover a acusação criminal. Existiam os cargos de DE DEFESA SOCIAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO-PE
procurador dos feitos da Coroa (defensor da Coroa) e de – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR - FM-2010) A frase:
procurador da Fazenda (defensor do fisco). “Começa vacinação contra gripe A.”, só não está correta-
A Constituição de 1988 faz referência expressa ao Mi- mente analisada em:
nistério Público no capítulo Das Funções Essenciais à
Justiça. Define as funções institucionais, as garantias e as a) O sujeito é classificado como simples
vedações de seus membros. Isso deu evidência à institui- b) O núcleo do sujeito é vacinação.
ção, tornando-a uma espécie de ouvidoria da sociedade c) O verbo é classificado como intransitivo.
brasileira. d) Vacinação é um substantivo abstrato.
Internet: <www.mpu.mp.br> (com adaptações). e) O objeto direto é vacinação contra gripe A.

No período “A sua história é marcada por processos que 45. (TRF-4.ª REGIÃO – TÉCNICO ADMINISTRATIVO –
culminaram”, o termo “que” introduz oração de natureza ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC-2014)
restritiva.
No campo da técnica e da ciência, nossa época produz
( ) CERTO ( ) ERRADO milagres todos os dias. Mas o progresso moderno tem
amiúde um custo destrutivo, por exemplo, em danos ir-
LÍNGUA PORTUGUESA

42. (MPU – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA O CAR- reparáveis à natureza, e nem sempre contribui para re-
GO 33 – TÉCNICO ÁREA ADMINISTRATIVA - NÍVEL duzir a pobreza.
MÉDIO – CESPE-2013) A pós-modernidade destruiu o mito de que as humani-
Uma legislação que tenha hoje 70 anos de vigência en- dades humanizam. Não é indubitável aquilo em que acre-
trou em vigor muito antes do lançamento do primeiro ditam tantos filósofos otimistas, ou seja, que uma educa-
computador pessoal e do início da histórica revolução ção liberal, ao alcance de todos, garantiria um futuro de
imposta pela tecnologia digital. Isso não seria proble- liberdade e igualdade de oportunidades nas democracias
ma se esse não fosse o caso da Consolidação das Leis modernas. George Steiner, por exemplo, afirma que “bi-

59
bliotecas, museus, universidades, centros de investigação A sociedade passou por profundas transformações em
por meio dos quais se transmitem as humanidades e as que a realidade socioeconômica modificou-se com ra-
ciências podem prosperar nas proximidades dos campos pidez junto ao desenvolvimento incessante das econo-
de concentração”. “O que o elevado humanismo fez de mias de massas. Os mecanismos de produção desenvol-
bom para as massas oprimidas da comunidade? Que uti- veram-se de tal forma a adequarem-se às necessidades
lidade teve a cultura quando chegou a barbárie?” e vontades humanas. Contudo, o homem não mediu as
Numerosos trabalhos procuraram definir as característi- possíveis consequências que tal desenvolvimento pudes-
cas da cultura no contexto da globalização e da extraordi- se causar de modo a provocar o desequilíbrio ao meio
nária revolução tecnológica. Um deles é o de Gilles Lipo- ambiente e a própria ameaça à vida humana.
vetski e Jean Serroy, A cultura-mundo. Nele, defende-se Desse modo, a preocupação com o meio ambiente é
a ideia de uma cultura global − a cultura-mundo − que questionada, sendo centro de tomada de decisões, dian-
vem criando, pela primeira vez na história, denominado- te da grave problemática que ameaça romper com o
res culturais dos quais participam indivíduos dos cinco equilíbrio ecológico do Planeta. E não apenas nos tradicio-
continentes, aproximando-os e igualando-os apesar das nais meios de comunicação, tais como jornais impressos,
diferentes tradições e línguas que lhes são próprias. rádio, televisão, revistas, dentre outros, como também nos
Essa “cultura de massas” nasce com o predomínio da ima- espaços virtuais de interatividade, por meio das novas mí-
gem e do som sobre a palavra, ou seja, com a tela. A in- dias, as quais representam novos meios de comunicação,
dústria cinematográfica, sobretudo a partir de Hollywood, tem-se o debate sobre a problemática ambiental.
“globaliza” os filmes, levando-os a todos os países, a to- O capitalismo foi reestruturado e a partir das transforma-
das as camadas sociais. Esse processo se acelerou com a ções científicas e tecnológicas deu-se origem a um novo
criação das redes sociais e a universalização da internet. estabelecimento social, em que por meio de redes e da
Tal cultura planetária teria, ainda, desenvolvido um indivi- cultura da virtualidade, configura-se a chamada socieda-
dualismo extremo em todo o globo. Contudo, a publici- de informacional, na qual a comunicação e a informação
dade e as modas que lançam e impõem os produtos cul- constituem-se ferramentas essenciais da Era Digital.
turais em nossos tempos são um obstáculo a indivíduos As novas mídias, por meio da utilização da Internet, estão
independentes. sendo consideradas como novos instrumentos de prote-
O que não está claro é se essa cultura-mundo é cultura ção do meio ambiente, na medida em que proporcionam
em sentido estrito, ou se nos referimos a coisas comple- a expansão da informação ambiental, de práticas susten-
tamente diferentes quando falamos, por um lado, de uma táveis, de reivindicações e ensejo de decisões em prol do
ópera de Wagner e, por outro, dos filmes de Hitchcock e meio ambiente.
de John Ford. No ciberespaço, devido à conectividade em tempo real, é
A meu ver, a diferença essencial entre a cultura do passa- possível promover debates de inúmeras questões como a
do e o entretenimento de hoje é que os produtos daquela construção da hidrelétrica de Belo Monte, o Novo Código
pretendiam transcender o tempo presente, continuar vi- Florestal, Barra Grande, dentre outras, as quais ensejam por
vos nas gerações futuras, ao passo que os produtos deste tomada de decisões políticas, jurídicas e sociais. [...]
são fabricados para serem consumidos no momento e Vislumbra-se que a Internet é um meio que aproxima pes-
desaparecer. Cultura é diversão, e o que não é divertido soas e distâncias, sendo utilizada por um número ilimitado
não é cultura. de pessoas, a custo razoável e em tempo real. De fato, a
(Adaptado de: VARGAS LLOSA, M. A civilização do espetáculo. Rio de Internet proporciona benefícios, pois, além de promover a
Janeiro, Objetiva, 2013, formato ebook) circulação de informações, a curto espaço de tempo, mui-
tos debates virtuais produzem manifestações sociais. Assim
Possuem os mesmos tipos de complemento os verbos sendo, tem-se a democratização das informações através
grifados em: dos espaços virtuais, como blogs, websites, redes sociais, jor-
nais virtuais, sites especializados, sites oficiais, dentre outros,
a) ... nossa época produz milagres todos os dias. // ... o de modo a expandir conhecimentos, promover discussões e,
mito de que as humanidades humanizam. por vezes, influenciando nas tomadas de decisões dos go-
b) Essa “cultura de massas” nasce com o predomínio... // vernantes e na proliferação de movimentos sociais. Desse
Um deles é o de Gilles Lipovetski... modo, os cidadãos acabam participando e exercendo a ci-
c) A pós-modernidade destruiu o mito de que... // ... nos- dadania de forma democrática no ciberespaço. [...]
sa época produz milagres todos os dias. Faz-se necessária a execução de ações concretas em prol
d) Essa cultura de massas nasce com o predomínio... // ... do meio ambiente, com adaptação e intermédio do novo
e nem sempre contribui para... padrão de democracia participativa fomentado pelas novas
e) ... as ciências podem prosperar nas proximidades... // A mídias, a fim de enfrentar a gestão dos riscos ambientais,
pós-modernidade destruiu o mito de que... dentre outras questões socioambientais. Ainda, são ne-
cessárias discussões aprofundadas sobre a complexidade
LÍNGUA PORTUGUESA

46. (TRF-2.ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ambiental, agregando a interdisciplinaridade para escolhas
ADMINISTRATIVA – CONSULPLAN-2017) sustentáveis e na difusão do conhecimento. E, embora haja
inúmeros desafios a percorrer com a utilização das tecno-
Internet e as novas mídias: contribuições para a proteção logias de comunicação e informação (novas TIC’s), enten-
do meio ambiente no ciberespaço de-se que a atuação das novas mídias é de suma impor-
tância, pois possibilita a expansão da informação, a práxis
ambiental, o debate e as aspirações dos cidadãos, contri-

60
buindo, dessa forma, para a proteção do meio ambiente. 49. (PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – CES-
(SILVA NUNES, Denise. Internet e as novas mídias: contribuições para GRANRIO-2018) A vírgula foi plenamente empregada
a proteção do meio ambiente no ciberespaço. In: Âmbito Jurídico, Rio de acordo com as exigências da norma-padrão da língua
Grande, XVI, n. 115, ago. 2013. Disponível em: http://ambito - juridico. portuguesa em:
com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13051&revis-
ta_caderno=17. Acesso em: jan. 2017. Adaptado.) a) A conexão é feita por meio de uma plataforma especí-
Analise os trechos a seguir. fica, e os conteúdos, podem ser acessados pelos dis-
positivos móveis dos passageiros.
I. “[...] adequarem-se às necessidades e vontades huma- b) O mercado brasileiro de automóveis, ainda é muito
nas.” (1º§) grande, porém não é capaz de absorver uma presença
II. “Contudo, o homem não mediu as possíveis consequên- maior de produtos vindos do exterior.
cias [...]” (1º§) c) Depois de chegarem às telas dos computadores e ce-
III. “Desse modo, a preocupação com o meio ambiente é lulares, as notícias estarão disponíveis em voos inter-
questionada, [...]” (2º§) nacionais.
IV. “[...] por meio das novas mídias, as quais representam d) Os últimos dados mostram que, muitas economias
novos meios de comunicação, [...]” (2º§) apresentam crescimento e inflação baixa, fazendo
com que os juros cresçam pouco.
Os verbos que, no contexto, exigem o mesmo tipo de e) Pode ser que haja uma grande procura de carros im-
complemento verbal, foram empregados em apenas
portados, mas as montadoras vão fazer os cálculos e
ver, se a importação vale a pena.
a) I e II.
b) I, III e IV.
50. (MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE-2010)
c) II e IV.
d) II, III e IV. Para a maioria das pessoas, os assaltantes, assassinos e
traficantes que possam ser encontrados em uma rua es-
47. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL cura da cidade são o cerne do problema criminal. Mas os
I – CESGRANRIO-2018) O sinal de dois-pontos (:) está danos que tais criminosos causam são minúsculos quan-
empregado de acordo com a norma-padrão da língua do comparados com os de criminosos respeitáveis, que
portuguesa em: vestem colarinho branco e trabalham para as organiza-
ções mais poderosas. Estima-se que as perdas provoca-
a) A diferença entre notícias falsas e verdadeiras é maior das por violações das leis antitrust — apenas um item de
no campo da política: é menor nas publicações rela- uma longa lista dos principais crimes do colarinho bran-
cionadas às catástrofes naturais. co — sejam maiores que todas as perdas causadas pelos
b) A explicação para a difusão de notícias falsas é que crimes notificados à polícia em mais de uma década, e
os usuários compartilham informações com as quais as relativas a danos e mortes provocadas por esse crime
concordam: pois não verificam as fontes antes. apresentam índices ainda maiores. A ocultação, pela in-
c) As informações enganosas são mais difundidas do que dústria do asbesto (amianto), dos perigos representados
as verdadeiras: de acordo com estudo recente feito por seus produtos provavelmente custou tantas vidas
por um instituto de pesquisa. quanto as destruídas por todos os assassinatos ocorridos
d) As notícias falsas podem ser desmascaradas com o nos Estados Unidos da América durante uma década in-
uso do bom senso: mas esperar isso de todo mundo é teira; e outros produtos perigosos, como o cigarro, tam-
quase impossível. bém provocam, a cada ano, mais mortes do que essas.
e) As revistas especializadas dão alguns conselhos: não James William Coleman. A elite do crime. 5.ª ed., São Paulo: Manole,
entre em sites desconhecidos e não compartilhe notí- 2005, p. 1 (com adaptações).
cias sem fonte confiável.
Não haveria prejuízo para o sentido original do texto
48. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL
nem para a correção gramatical caso a expressão “a cada
I – CESGRANRIO-2018) A vírgula está empregada cor-
ano” fosse deslocada, com as vírgulas que a isolam, para
retamente em:
imediatamente depois de “e”.
a) A divulgação de histórias falsas pode ter consequên-
cias reais desastrosas: prejuízos, financeiros e cons- ( ) CERTO ( ) ERRADO
trangimentos às empresas.
b) As novas tecnologias, criaram um abismo ao separar 51. (PC-SP - AUXILIAR DE NECROPSIA – VU-
quem está conectado de quem não faz parte do mun- NESP-2014) Assinale a alternativa cuja frase está correta
quanto à pontuação.
LÍNGUA PORTUGUESA

do digital.
c) As pessoas tendem a aceitar apenas as declarações que
confirmam aquilo que corresponde, às suas crenças. a) O médico, solidário e comovido, apertou minha mão e
d) Os jornalistas devem verificar as fontes citadas, cruzar entendeu o pedido de minha mãe.
dados e checar se as informações refletem a realidade. b) A diferença entre parada cardíaca e morte, não é ensi-
e) Os consumidores de notícias não agem como cientis- nada, aos médicos nas faculdades.
tas porque não estão preocupados em conferir, pon- c) Prof. Alvariz, chefe da clínica sabia qual a diferença en-
tos de vista alternativos. tre, parada cardíaca e morte.

61
d) O aborto de fetos anencéfalos motivo de muita revol- 55. (PROCESSO SELETIVO INTERNO DA SECRETARIA
ta, foi bastante contestado. DE DEFESA SOCIAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO-PE
e) Iniciei assim que o velhinho teve uma parada cardíaca, - SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR - FM-2010 - ADAP-
os processos de reanimação. TADA) “– Mas não é minha cabeça que eles querem de-
golar a cada jogo, François.” O uso da vírgula destacada
52. (TRF-4.ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA neste trecho tem a função de:
ADMINISTRATIVA – FCC-2014) Quanto à pontuação, a
frase inteiramente correta é: a) Separar o aposto.
b) Delimitar o sujeito.
a) Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde c) Delimitar uma nova oração.
partem os humanistas uma vez que, é nela, que se d) Separar o vocativo.
estabelecem não apenas as relações de sentido, mas e) Marcar uma pausa forte.
também o desafio de o leitor divisar e compartilhar, as
escolhas produzidas pelo escritor. 56. (MPU – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA O CAR-
b) Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde GO 33 – NÍVEL MÉDIO – CESPE-2013)
partem os humanistas uma vez que é nela, que se O Ministério Público é fruto do desenvolvimento do es-
estabelecem não apenas as relações de sentido, mas tado brasileiro e da democracia. A sua história é marcada
também o desafio, de o leitor divisar e compartilhar, por processos que culminaram na sua formalização insti-
as escolhas produzidas pelo escritor. tucional e na ampliação de sua área de atuação.
c) Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde No período colonial, o Brasil foi orientado pelo direito
partem os humanistas, uma vez que é nela que se es- lusitano. Não havia o Ministério Público como instituição.
tabelecem, não apenas as relações de sentido, mas Mas as Ordenações Manuelinas de 1521 e as Ordena-
também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as ções Filipinas de 1603 já faziam menção aos promotores
escolhas produzidas pelo escritor. de justiça, atribuindo a eles o papel de fiscalizar a lei e
d) Para Edward Said a linguagem é o terreno, de onde de promover a acusação criminal. Existiam os cargos de
partem os humanistas, uma vez que é nela que se procurador dos feitos da Coroa (defensor da Coroa) e de
estabelecem não apenas as relações de sentido mas, procurador da Fazenda (defensor do fisco).
também, o desafio de o leitor divisar, e compartilhar A Constituição de 1988 faz referência expressa ao Mi-
as escolhas produzidas pelo escritor. nistério Público no capítulo Das Funções Essenciais à
e) Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde Justiça. Define as funções institucionais, as garantias e as
partem os humanistas, uma vez que é nela que se vedações de seus membros. Isso deu evidência à institui-
estabelecem não apenas as relações de sentido, mas ção, tornando-a uma espécie de ouvidoria da sociedade
também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as brasileira.
escolhas produzidas pelo escritor. Internet: <www.mpu.mp.br> (com adaptações).

53. (TRF-3.ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA Em “No período colonial, o Brasil foi orientado”, a vírgula
ADMINISTRATIVA – FCC-2016-ADAPTADA) Sem que após “colonial” é utilizada para isolar aposto.
se altere o sentido da frase, todas as vírgulas podem ser
substituídas por travessão, EXCETO em: ( ) CERTO ( ) ERRADO

a) Não se trata de defender a tradição, família ou pro- 57. (CAMAR - CURSO DE ADAPTAÇÃO DE MÉDICOS
priedade... DA AERONÁUTICA PARA O ANO DE 2016) “Os astrô-
b) Fiquei um pouco desconcertado pela atitude do meu nomos eram formidáveis. Eu, pobre de mim, não desven-
amigo, um homem... daria os segredos do céu. Preso à terra, sensibilizar-me-ia
c) Mas, como eu ia dizendo, estava voltando da Europa... com histórias tristes [...]”. Nas alternativas a seguir, os vo-
d) ... como precipitada, entre nós, de que estaria morto... cábulos acentuados do trecho anterior foram colocados
e) Mas a música brasileira, ao contrário de outras artes, em pares com palavras também acentuadas graficamen-
já traz... te. Dentre os pares formados, indique o que apresenta
igual justificativa para tal evento.
54. (TRF-1.ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – INFOR-
MÁTICA – FCC-2014-ADAPTADA) a) céu / avô
... a resposta a um problema que sempre atormentou ad- b) astrônomos / álibi
ministradores: o recrutamento e a retenção de talentos. c) histórias / balaústre
O segmento introduzido pelos dois-pontos apresenta d) formidáveis / ínterim
sentido
LÍNGUA PORTUGUESA

58. (MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERO-


a) restritivo. NÁUTICA ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁU-
b) explicativo. TICA EXAME DE ADMISSÃO AO CFS-B 1-2/2014) Rela-
c) conclusivo. cione as colunas quanto às regras de acentuação gráfica,
d) comparativo. sabendo que haverá repetição de números. Em seguida,
e) alternativo. assinale a alternativa com a sequência correta.

62
(1) Põe-se acento agudo no i e no u tônicos que formam Quais estão corretas?
hiato com a vogal anterior.
(2) Acentua-se paroxítona terminada em i ou u seguidos a) Apenas I.
ou não de s. b) Apenas II.
(3) Todas as proparoxítonas devem ser acentuadas. c) Apenas III.
(4) Oxítona terminada em e ou o, seguidos ou não de s, d) Apenas I e II.
é acentuada. e) Apenas II e III.

( ) íris 63. (PC-RS – ESCRIVÃO E INSPETOR DE POLÍCIA –


( ) saída FUNDATEC-2018 - ADAPTADA) Relacione a Coluna 1
( ) compraríamos e a Coluna 2, associando os vocábulos às respectivas re-
( ) vendê-lo gras de acentuação gráfica.
( ) bônus
( ) viúvo Coluna 1
( ) bisavôs 1. Monossílabo tônico terminado em -o, -e, -a, seguidos
ou não de s.
a) 2 – 1 – 3 – 4 – 2 – 1 – 4 2. Proparoxítona.
b) 1 – 2 – 3 – 4 – 1 – 1 – 4 3. Oxítona terminada em -o, -e, -a, -em, seguidos ou não
c) 4 – 1 – 1 – 2 – 2 – 3 – 2 de s.
d) 2 – 2 – 3 – 4 – 2 – 1 – 3 4. Regra do hiato.
59. (TRANSPETRO – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR –
CESGRANRIO-2018) Em conformidade com o Acordo Coluna 2
Ortográfico da Língua Portuguesa vigente, atendem às ( ) Atrás.
regras de acentuação todas as palavras em: ( ) Último.
( ) Irá.
a) andróide, odisseia, residência ( ) Três.
b) arguição, refém, mausoléu ( ) Também.
c) desbloqueio, pêlo, escarcéu ( ) Está.
d) feiúra, enjoo, maniqueísmo ( ) Conteúdo.
e) sutil, assembléia, arremesso
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de
60. (ALERJ-RJ – ESPECIALISTA LEGISLATIVO – ARQUI- cima para baixo, é:
TETURA – FGV-2017-ADAPTADA) Entre as palavras
abaixo, retiradas dos textos 1 e 2, aquela que só existe a) 1 – 2 – 3 – 4 – 1 – 2 – 2.
com acento gráfico é: b) 3 – 1 – 2 – 3 – 4 – 3 – 2.
c) 1 – 2 – 2 – 1 – 1 – 4 – 1.
a) história; d) 3 – 3 – 1 – 1 – 4 – 3 – 4.
b) evidência; e) 3 – 2 – 3 – 1 – 3 – 3 – 4.
c) até;
d) país; 64. (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR-PI – CURSO DE
e) humanitárias. OFICIAIS – ENGENHEIRO CIVIL – NUCEPE-2014-A-
DAPTADA) No trecho: “material altamente inflamável e
61. (MPU – TÉCNICO – SEGURANÇA INSTITUCIONAL tóxico”, as palavras destacadas recebem acento gráfico.
E TRANSPORTE – CESPE-2015) A palavra “cível” recebe Também devem receber esse acento as palavras:
acento gráfico em decorrência da mesma regra que de-
termina o emprego de acento em amável e útil. a) tórax e rúbrica.
b) revólver e púdico.
( ) CERTO ( ) ERRADO c) alí e cadáver.
d) cajú e cálice.
62. (PC-RS – DELEGADO DE POLÍCIA – FUNDA- e) bíceps e fétido.
TEC-2018 - ADAPTADA) Sobre acentuação gráfica de
palavras, afirma-se que: 65. (TJ-MG – OFICIAL JUDICIÁRIO – COMISSÁRIO DA
INFÂNCIA E DA JUVENTUDE – CONSULPLAN-2017) A
I. sustentável, climáticas e reciclá-los são acentuados sequência de vocábulos: “Islâmico, vitória, até, público”
LÍNGUA PORTUGUESA

em virtude da mesma regra. pode ser empregada para demonstrar exemplos de três
II. A regra que determina o acento gráfico em país e con- regras de acentuação gráfica diferentes. Indique a seguir
tribuído é diferente da que justifica o acento gráfico em o grupo de palavras que apresenta palavras cuja acen-
resíduos e início. tuação tenha as mesmas justificativas das palavras do
III. O vocábulo viés é acentuado por ser um monossílabo grupo anteriormente apresentado (considere a mesma
tônico terminado em e – acrescido de s. ordem da sequência apresentada).

a) atípica, aparência, é, vítimas

63
b) típico, província, será, Nínive c) Prefiro montar uma equipe de novatos à trabalhar
c) famílias, público, diários, várias com pessoas já desestimuladas.
d) violência, próprios, já, violência d) O antropólogo falará apenas àquele aluno cujo nome
consta na lista.
66. (TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FGV-2018-ADAP- e) Quanto à meus funcionários, afirmo que têm horário
TADA) Duas palavras que obedecem à mesma regra de flexível e são responsáveis.
acentuação gráfica são:
70. (BADESC – TÉCNICO DE FOMENTO A – FGV-2010)
a) indébita / também; De acordo com as regras gramaticais, no trecho “a exor-
b) história / veículo; bitante carga tributária a que estão submetidas as empre-
c) crônicas / atribuídos; sas”, não se deve empregar acento indicativo de crase,
d) coíba / já; devendo ocorrer o mesmo na frase:
e) calúnia / plágio.
a) Entregue o currículo as assistentes do diretor.
67. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – b) Recorra a esta empresa sempre que precisar.
VUNESP/2013) Assinale a alternativa com as palavras c) Avise aquela colega que chegou sua correspondência.
acentuadas segundo as regras de acentuação, respecti- d) Refira-se positivamente a proposta filosófica da com-
vamente, de intercâmbio e antropológico. panhia.
e) Transmita confiança aqueles que observam seu de-
a) Distúrbio e acórdão. sempenho.
b) Máquina e jiló.
c) Alvará e Vândalo. 71. (BANCO DA AMAZÔNIA – TÉCNICO BANCÁRIO –
d) Consciência e características. CESGRANRIO-2018) De acordo com a norma-padrão da
e) Órgão e órfãs. língua portuguesa, o sinal grave indicativo da crase deve
ser empregado na palavra destacada em:
68. (FUNDASUS-MG – ANALISTA EM SERVIÇO PÚBLI-
a) A intenção da entrevista com o diretor estava relacionada
CO DE SAÚDE - ANALISTA DE SISTEMA – AOCP-2015)
a programação que a empresa pretende desenvolver.
Observe o excerto: “Entre os fatores ligados à relação do
b) As ações destinadas a atrair um número maior de
aluno com a instituição e com os colegas, gostar de ir à
clientes são importantes para garantir a saúde finan-
escola (...)” e assinale a alternativa correta com relação
ceira das instituições.
ao emprego do acento utilizado nos termos destacados.
c) As instituições financeiras deveriam oferecer condi-
ções mais favoráveis de empréstimo a quem está fora
a) Trata-se do acento grave, empregado para indicar a do mercado formal de trabalho.
supressão do advérbio “a” com o pronome feminino d) As pessoas interessadas em ampliar suas reservas fi-
“a” que acompanha os substantivos “relação” e “es- nanceiras consideram que vale a pena investir na nova
cola”. moeda virtual.
b) Trata-se do acento agudo, empregado para indicar a e) Os participantes do seminário sobre mercado financei-
nasalidade da vogal “a” que acompanha os substanti- ro foram convidados a comparar as importações e as
vos “relação” e “escola”. exportações em 2017.
c) Trata-se do acento circunflexo, empregado para assi-
nalar a vogal aberta “a” que acompanha os substanti- 72. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
vos “relação” e “escola”. CESGRANRIO-2018) O emprego do acento indicativo
d) Trata-se do acento agudo, empregado para indicar a de crase está de acordo com a norma-padrão em:
supressão da preposição “a” com o artigo feminino
“a” que acompanha os substantivos “relação” e “es- a) O escritor de novelas não escolhe seus personagens
cola”. à esmo.
e) Trata-se do acento grave, empregado para indicar a b) A audiência de uma novela se constrói no dia à dia.
junção da preposição “a” com o artigo feminino “a” c) Uma boa história pode ser escrita imediatamente ou
que acompanha os substantivos “relação” e “escola”. à prazo.
d) Devido à interferências do público, pode haver mu-
69. (BADESC – ANALISTA DE SISTEMA – BANCO DE danças na trama.
DADOS – FGV-2010) Na frase “é ingênuo creditar a e) O novelista ficou aliviado quando entregou a sinopse
postura brasileira apenas à ausência de educação ade- à emissora.
quada” foi corretamente empregado o acento indicativo
de crase. 73. (PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – CES-
LÍNGUA PORTUGUESA

Assinale a alternativa em que o acento indicativo de cra- GRANRIO-2018) De acordo com a norma- -padrão
se está corretamente empregado. da língua portuguesa, o acento grave indicativo da crase
deve ser empregado na palavra destacada em:
a) O memorando refere-se à documentos enviados na
semana passada. a) Os novos lançamentos de smartphones apresentam,
b) Dirijo-me à Vossa Senhoria para solicitar uma audiên- em geral, pequena variação de funções quando com-
cia urgente. parados a versões anteriores.

64
b) Estudantes do ensino médio fizeram uma pesquisa a) à … às … a
junto a crianças do ensino fundamental para ver como b) a … as … a
elas se comportam no ambiente virtual. c) a … às … a
d) à … às … à
c) O acesso dos jovens a redes sociais tem causado enor- e) a … as … à
mes prejuízos ao seu desempenho escolar, conforme
o depoimento de professores. 77. (TRF-4.ª REGIÃO – TÉCNICO ADMINISTRATIVO
d) Os consumidores compulsivos sujeitam-se a ficar ho- – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC-2014-ADAPTADA)
ras na fila para serem os primeiros que comprarão os Substituindo-se o elemento grifado pelo que se encon-
novos lançamentos. tra entre parênteses, o sinal indicativo de crase deverá
e) As pessoas precisam ficar atentas a fatura do cartão ser acrescentado em:
de crédito para não serem surpreendidas com valores
muito altos. a) ... que uma educação liberal, ao alcance de todos...
(dispor de todos)
74. (PC-SP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA – VU- b) ... por meio dos quais se transmitem as humanida-
NESP-2014) des... − (ciências humanas)
A cada ano, ocorrem cerca de 40 mil mortes; segundo c) ... a todas as camadas sociais. − (qualquer classe so-
especialistas, quase metade delas está associada _____ cial)
bebidas alcoólicas. Isso revela a necessidade de um com- d) ... se nos referimos a coisas completamente diferen-
bate efetivo _____ embriaguez ao volante. tes... − (uma coisa completamente diferente)
As lacunas do trecho devem ser preenchidas, correta e e) ... são um obstáculo a indivíduos independentes. (cria-
respectivamente, com: ção de indivíduos independentes)

a) às … a 78. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – CESGRAN-


b) as … à RIO-2018) De acordo com as exigências da norma-pa-
c) à … à drão da língua portuguesa, o verbo destacado está cor-
d) às … à retamente empregado em:
e) à … a
a) No mundo moderno, conferem-se às grandes me-
75. (PC-SP - AGENTE DE POLÍCIA – VUNESP-2013) trópoles importante papel no desenvolvimento da
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, economia e da geopolítica mundiais, por estarem no
o acento indicativo de crase está corretamente empre- topo da hierarquia urbana.
gado em: b) Conforme o grau de influência e importância interna-
cional, classificou-se as 50 maiores cidades em três
a) A população, de um modo geral, está à espera de que, diferentes classes, a maior parte delas na Europa.
com o novo texto, a lei seca possa coibir os acidentes. c) Há quase duzentos anos, atribuem-se às cidades a
b) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repensa- responsabilidade de motor propulsor do desenvol-
rem a sua postura. vimento e a condição de lugar privilegiado para os
c) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à puni- negócios e a cultura.
ções muito mais severas. d) Em centros com grandes aglomerações populacionais,
d) À ninguém é dado o direito de colocar em risco a vida realiza-se negócios nacionais e internacionais, além
dos demais motoristas e de pedestres. de um atendimento bastante diversificado, como jor-
e) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumprimento da nais, teatros, cinemas, entre outros.
nova lei para que ela possa funcionar. e) Em todos os estudos geopolíticos, considera-se as
cidades globais como verdadeiros polos de influência
76. (PM-SP - SOLDADO DE 2.ª CLASSE – VUNESP-2017) internacional, devido à presença de sedes de grandes
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectiva- empresas transnacionais e importantes centros de
mente, as lacunas do texto a seguir. pesquisas.

Quase 30 anos depois de iniciar um trabalho de atendi- 79. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL
mento _____ presos da Casa de Detenção, em São Paulo, I – CESGRANRIO-2018) A palavra destacada atende às
o médico oncologista Drauzio Varella chega ao fim de exigências de concordância da norma-padrão da língua
uma trilogia com o livro “Prisioneiras”. Depois de “Es- portuguesa em:
tação Carandiru” (1999), que mostra ________ entranhas
daquela que foi ________maior prisão da América Latina,
LÍNGUA PORTUGUESA

a) Atualmente, causa impacto nas eleições de vários paí-


e de “Carcereiros” (2012), sobre os funcionários que tra- ses as notícias falsas.
balham no sistema prisional, Varella agora faz um retrato b) A recomendação de testar a veracidade das notícias
das detentas da Penitenciária Feminina da Capital, tam- precisam ser seguidas, para não prejudicar as pes-
bém na capital paulista, onde cumprem pena mais de soas.
duas mil mulheres. c) O propósito de conferir grandes volumes de dados
(https://oglobo.globo.com. Adaptado) resultaram na criação de serviços especializados.

65
d) Os boatos causam efeito mais forte do que as notícias
reais porque vem acompanhados de títulos chama-
tivos. GABARITO
e) Os resultados de pesquisas recentes mostram que
67% das pessoas consultam os jornais diariamente.
1 C
80. (PETROBRAS – ENGENHEIRO(A) DE MEIO AM- 2 C
BIENTE JÚNIOR – CESGRANRIO-2018) 3 A

Texto I 4 D
5 E
Portugueses no Rio de Janeiro 6 B
O Rio de Janeiro é o grande centro da imigração portu- 7 A
guesa até meados dos anos cinquenta do século passa- 8 B
do, quando chega a ser a “terceira cidade portuguesa do
9 E
mundo”, possuindo 196 mil portugueses — um décimo
de sua população urbana. Ali, os portugueses dedicam- 10 A
-se ao comércio, sobretudo na área dos comestíveis, 11 E
como os cafés, as panificações, as leitarias, os talhos,
além de outros ramos, como os das papelarias e lojas 12 E
de vestuários. Fora do comércio, podem exercer as mais 13 A
variadas profissões, como atividades domésticas ou as de 14 D
barbeiros e alfaiates. Há, de igual forma, entre os mais
afortunados, aqueles ligados à indústria, voltados para 15 D
construção civil, o mobiliário, a ourivesaria e o fabrico de 16 B
bebidas.
17 B
A sua distribuição pela cidade, apesar da não formação
de guetos, denota uma tendência para a sua concentra- 18 E
ção em determinados bairros, escolhidos, muitas das ve- 19 E
zes, pela proximidade da zona de trabalho. No Centro da
cidade, próximo ao grande comércio, temos um grupo 20 D
significativo de patrícios e algumas associações de por- 21 A
te, como o Real Gabinete Português de Leitura e o Liceu
22 E
Literário Português. Nos bairros da Cidade Nova, Estácio
de Sá, Catumbi e Tijuca, outro ponto de concentração 23 A
da colônia, se localizam outras associações portuguesas, 24 C
como a Casa de Portugal e um grande número de casas
regionais. Há, ainda, pequenas concentrações nos bairros 25 A
periféricos da cidade, como Jacarepaguá, originalmente 26 A
formado por quintas de pequenos lavradores; nos subúr- 27 D
bios, como Méier e Engenho Novo; e nas zonas mais pri-
vilegiadas, como Botafogo e restante da zona sul carioca, 28 C
área nobre da cidade a partir da década de cinquenta, 29 D
preferida pelos mais abastados.
30 B
PAULO, Heloísa. Portugueses no Rio de Janeiro: salaza-
ristas e opositores em manifestação na cidade. In: ALVES, 31 Errado
Ida et alii. 450 Anos de Portugueses no Rio de Janeiro. Rio 32 B
de Janeiro: Ofi cina Raquel, 2017, pp. 260-1. Adaptado.
O texto emprega duas vezes o verbo “haver”. Ambos es- 33 E
tão na 3.ª pessoa do singular, pois são impessoais. Esse 34 D
papel gramatical está repetido corretamente em: 35 C
a) Ninguém disse que os portugueses havia de saírem 36 B
da cidade. 37 D
b) Se houvessem mais oportunidades, os imigrantes fi-
LÍNGUA PORTUGUESA

cariam ricos. 38 B
c) Haveriam de haver imigrantes de outras procedências 39 D
na cidade. 40 E
d) Os imigrantes vieram de Lisboa porque lá não haviam
empregos. 41 Certo
e) Os portugueses gostariam de que houvesse mais ofer- 42 Certo
tas de trabalho.

66
43 A ANOTAÇÕES
44 E
45 C
46 C ________________________________________________

47 E _________________________________________________
48 D _________________________________________________
49 C
_________________________________________________
50 Certo
51 A _________________________________________________
52 E _________________________________________________
53 A
_________________________________________________
54 B
_________________________________________________
55 D
56 Errado _________________________________________________
57 B _________________________________________________
58 A
_________________________________________________
59 B
60 E _________________________________________________
61 Certo _________________________________________________
62 B _________________________________________________
63 E
_________________________________________________
64 E
65 B _________________________________________________
66 E _________________________________________________
67 D
_________________________________________________
68 E
_________________________________________________
69 D
70 B _________________________________________________
71 A _________________________________________________
72 E
_________________________________________________
73 E
74 D _________________________________________________
75 A _________________________________________________
76 B _________________________________________________
77 E
_________________________________________________
78 C
79 E _________________________________________________
80 E _________________________________________________

_________________________________________________
LÍNGUA PORTUGUESA

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_________________________________________________

67
ANOTAÇÕES

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LÍNGUA PORTUGUESA

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68
ÍNDICE

MATEMÁTICA

Operações com números naturais e fracionários; adição, subtração, multiplicação e divisão;..................................................... 01


Sistemas de medidas: tempo, comprimento, capacidade, massa, quantidade.................................................................................... 20
OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS FIQUE ATENTO!
E FRACIONÁRIOS; ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, O único número natural que não possui ante-
MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO;
cessor é o 0 (zero) !

Números Naturais e suas operações fundamentais


1.1. Operações com Números Naturais
1. Definição de Números Naturais
Agora que conhecemos os números naturais e temos
Os números naturais como o próprio nome diz, são um sistema numérico, vamos iniciar o aprendizado das
os números que naturalmente aprendemos, quando es- operações matemáticas que podemos fazer com eles.
tamos iniciando nossa alfabetização. Nesta fase da vida, Muito provavelmente, vocês devem ter ouvido falar das
não estamos preocupados com o sinal de um número, quatro operações fundamentais da matemática: Adição,
mas sim em encontrar um sistema de contagem para
Subtração, Multiplicação e Divisão. Vamos iniciar nossos
quantificarmos as coisas. Assim, os números naturais são
estudos com elas:
sempre positivos e começando por zero e acrescentando
sempre uma unidade, obtemos os seguintes elementos:
Adição: A primeira operação fundamental da Aritmé-
tica tem por finalidade reunir em um só número, todas
ℕ = 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, … . as unidades de dois ou mais números. Antes de surgir
os algarismos indo-arábicos, as adições podiam ser rea-
Sabendo como se constrói os números naturais, po- lizadas por meio de tábuas de calcular, com o auxílio de
demos agora definir algumas relações importantes entre pedras ou por meio de ábacos. Esse método é o mais
eles: simples para se aprender o conceito de adição, veja a
figura a seguir:
a) Todo número natural dado tem um sucessor (nú-
mero que está imediatamente à frente do número
dado na seqüência numérica). Seja m um núme-
ro natural qualquer, temos que seu sucessor será
sempre definido como m+1. Para ficar claro, se-
guem alguns exemplos:
Ex: O sucessor de 0 é 1.
Ex: O sucessor de 1 é 2.
Ex: O sucessor de 19 é 20.
Observando a historinha, veja que as unidades (pe-
b) Se um número natural é sucessor de outro, então dras) foram reunidas após o passeio no quintal. Essa reu-
os dois números que estão imediatamente ao lado nião das pedras é definida como adição. Simbolicamen-
do outro são considerados como consecutivos. Ve- te, a adição é representada pelo símbolo “+” e assim a
jam os exemplos: historinha fica da seguinte forma:
Ex: 1 e 2 são números consecutivos. 2
3 5
Ex: 5 e 6 são números consecutivos. + =
𝑇𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑠𝑎 𝑃𝑒𝑔𝑢𝑒𝑖 𝑛𝑜 𝑞𝑢𝑖𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜
Ex: 50 e 51 são números consecutivos.

c) Vários números formam uma coleção de números Como toda operação matemática, a adição possui al-
naturais consecutivos se o segundo for sucessor gumas propriedades, que serão apresentadas a seguir:
do primeiro, o terceiro for sucessor do segundo, o
quarto for sucessor do terceiro e assim sucessiva- a) Fechamento: A adição no conjunto dos números
mente. Observe os exemplos a seguir: naturais é fechada, pois a soma de dois números
Ex: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos. naturais será sempre um número natural.
Ex: 5, 6 e 7 são consecutivos.
Ex: 50, 51, 52 e 53 são consecutivos. b) Associativa: A adição no conjunto dos núme-
ros naturais é associativa, pois na adição de três
d) Analogamente a definição de sucessor, podemos ou mais parcelas de números naturais quaisquer
definir o número que vem imediatamente antes é possível associar as parcelas de quaisquer mo-
ao número analisado. Este número será definido dos, ou seja, com três números naturais, somando
como antecessor. Seja m um número natural qual- o primeiro com o segundo e ao resultado obtido
quer, temos que seu antecessor será sempre de- somarmos um terceiro, obteremos um resultado
finido como m-1. Para ficar claro, seguem alguns que é igual à soma do primeiro com a soma do se-
MATEMÁTICA

exemplos: gundo e o terceiro. Apresentando isso sob a forma


Ex: O antecessor de 2 é 1. de números, sejam A,B e C, três números naturais,
Ex: O antecessor de 56 é 55. temos que:
Ex: O antecessor de 10 é 9.

1
𝐴 + 𝐵 + 𝐶 = 𝐴 + (𝐵 + 𝐶)

c) Elemento neutro: Esta propriedade caracteriza-se pela existência de número que ao participar da operação de
adição, não altera o resultado final. Este número será o 0 (zero). Seja A, um número natural qualquer, temos que:

𝐴+0 = 𝐴

d) Comutativa: No conjunto dos números naturais, a adição é comutativa, pois a ordem das parcelas não altera a
soma, ou seja, somando a primeira parcela com a segunda parcela, teremos o mesmo resultado que se somando
a segunda parcela com a primeira parcela. Sejam dois números naturais A e B, temos que:

𝐴+𝐵 =𝐵 +𝐴
Subtração: É a operação contrária da adição. Ao invés de reunirmos as unidades de dois números naturais, vamos
retirar uma quantidade de um número. Voltando novamente ao exemplo das pedras:

Observando a historinha, veja que as unidades (pedras) que eu tinha foram separadas. Essa separação das pedras
é definida como subtração. Simbolicamente, a subtração é representada pelo símbolo “-” e assim a historinha fica da
seguinte forma:
5 3 2
− =
𝑇𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑠𝑎 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑎𝑚𝑖𝑔𝑜 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜

A subtração de números naturais também possui suas propriedades, definidas a seguir:

a) Não fechada: A subtração de números naturais não é fechada, pois há um caso onde a subtração de dois núme-
ros naturais não resulta em um número natural. Sejam dois números naturais A,B onde A < B, temos que:
A−B< 0
Como os números naturais são positivos, A-B não é um número natural, portanto a subtração não é fechada.

b) Não Associativa: A subtração de números naturais também não é associativa, uma vez que a ordem de reso-
lução é importante, devemos sempre subtrair o maior do menor. Quando isto não ocorrer, o resultado não será
um número natural.
c) Elemento neutro: No caso do elemento neutro, a propriedade irá funcionar se o zero for o termo a ser subtraído
do número. Se a operação for inversa, o elemento neutro não vale para os números naturais:
d) Não comutativa: Vale a mesma explicação para a subtração de números naturais não ser associativa. Como a
ordem de resolução importa, não podemos trocar os números de posição

Multiplicação: É a operação que tem por finalidade adicionar o primeiro número denominado multiplicando ou
parcela, tantas vezes quantas são as unidades do segundo número denominadas multiplicador. Veja o exemplo:

Ex: Se eu economizar toda semana R$ 6,00, ao final de 5 semanas, quanto eu terei guardado?

Pensando primeiramente em soma, basta eu somar todas as economias semanais:


MATEMÁTICA

6 + 6 + 6 + 6 + 6 = 30
Quando um mesmo número é somado por ele mesmo repetidas vezes, definimos essa operação como multiplica-
ção. O símbolo que indica a multiplicação é o “x” e assim a operação fica da seguinte forma:

2
6+6+6+6+6 6𝑥5
= = 30
𝑆𝑜𝑚𝑎𝑠 𝑟𝑒𝑝𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑎𝑠 𝑟𝑒𝑝𝑒𝑡𝑖çõ𝑒𝑠

A multiplicação também possui propriedades, que são apresentadas a seguir:

a) Fechamento: A multiplicação é fechada no conjunto dos números naturais, pois realizando o produto de dois ou
mais números naturais, o resultado será um número natural.

b) Associativa: Na multiplicação, podemos associar três ou mais fatores de modos diferentes, pois se multiplicar-
mos o primeiro fator com o segundo e depois multiplicarmos por um terceiro número natural, teremos o mesmo
resultado que multiplicar o terceiro pelo produto do primeiro pelo segundo. Sejam os números naturais m,n e
p, temos que:
𝑚 𝑥 𝑛 𝑥 𝑝 = 𝑚 𝑥 (𝑛 𝑥 𝑝)

c) Elemento Neutro: No conjunto dos números naturais também existe um elemento neutro para a multiplicação
mas ele não será o zero, pois se não repetirmos a multiplicação nenhuma vez, o resultado será 0. Assim, o ele-
mento neutro da multiplicação será o número 1. Qualquer que seja o número natural n, tem-se que:
𝑛𝑥1=𝑛

d) Comutativa: Quando multiplicamos dois números naturais quaisquer, a ordem dos fatores não altera o produto,
ou seja, multiplicando o primeiro elemento pelo segundo elemento teremos o mesmo resultado que multiplican-
do o segundo elemento pelo primeiro elemento. Sejam os números naturais m e n, temos que:

𝑚𝑥𝑛 = 𝑛𝑥𝑚

e) Prioridade sobre a adição e subtração: Quando se depararem com expressões onde temos diferentes opera-
ções matemática, temos que observar a ordem de resolução das mesmas. Observe o exemplo a seguir:

Ex: 2 + 4 𝑥 3

Se resolvermos a soma primeiro e depois a multiplicação, chegamos em 18.


Se resolvermos a multiplicação primeiro e depois a soma, chegamos em 14. Qual a resposta certa?
A multiplicação tem prioridade sobre a adição, portanto deve ser resolvida primeiro e assim a resposta correta é 14.

FIQUE ATENTO!
Caso haja parênteses na soma, ela tem prioridade sobre a multiplicação. Utilizando o exemplo, temos que: .
(2 + 4)𝐱3 = 6 𝐱 3 = 18 Nesse caso, realiza-se a soma primeiro, pois ela está dentro dos parênteses

f) Propriedade Distributiva: Uma outra forma de resolver o exemplo anterior quando se a soma está entre parên-
teses é com a propriedade distributiva. Multiplicando um número natural pela soma de dois números naturais,
é o mesmo que multiplicar o fator, por cada uma das parcelas e a seguir adicionar os resultados obtidos. Veja o
exemplo:
2 + 4 x 3 = 2x3 + 4x3 = 6 + 12 = 18

Veja que a multiplicação foi distribuída para os dois números do parênteses e o resultado foi o mesmo que do item
anterior.

Divisão: Dados dois números naturais, às vezes necessitamos saber quantas vezes o segundo está contido no pri-
meiro. O primeiro número é denominado dividendo e o outro número é o divisor. O resultado da divisão é chamado
de quociente. Nem sempre teremos a quantidade exata de vezes que o divisor caberá no dividendo, podendo sobrar
MATEMÁTICA

algum valor. A esse valor, iremos dar o nome de resto. Vamos novamente ao exemplo das pedras:

3
No caso em particular, conseguimos dividir as 8 pedras para 4 amigos, ficando cada um deles como 2 unidades e
não restando pedras. Quando a divisão não possui resto, ela é definida como divisão exata. Caso contrário, se ocorrer
resto na divisão, como por exemplo, se ao invés de 4 fossem 3 amigos:

Nessa divisão, cada amigo seguiu com suas duas pedras, porém restaram duas que não puderam ser distribuídas,
pois teríamos amigos com quantidades diferentes de pedras. Nesse caso, tivermos a divisão de 8 pedras por 3 amigos,
resultando em um quociente de 2 e um resto também 2. Assim, definimos que essa divisão não é exata.
Devido a esse fato, a divisão de números naturais não é fechada, uma vez que nem todas as divisões são exatas.
Também não será associativa e nem comutativa, já que a ordem de resolução importa. As únicas propriedades válidas
na divisão são o elemento neutro (que segue sendo 1, desde que ele seja o divisor) e a propriedade distributiva.

FIQUE ATENTO!
A divisão tem a mesma ordem de prioridade de resolução que a multiplicação, assim ambas podem ser
resolvidas na ordem que aparecem.

EXERCÍCIO COMENTADO

1. (Pref. De Bom Retiro – SC) A Loja Berlanda está com promoção de televisores. Então resolvi comprar um televisor
por R$ 1.700,00. Dei R$ 500,00 de entrada e o restante vou pagar em 12 prestações de:

a) R$ 170,00
b) R$ 1.200,00
c) R$ 200,00
d) R$ 100,00

Resposta: Letra D. Dado o preço inicial de R$ 1700,00, basta subtrair a entrada de R$ 500,00, assim: R$ 1700,00-
500,00 = R$ 1200,00. Dividindo esse resultado em 12 prestações, chega-se a R$ 1200,00 : 12 = R$ 100,00

Números Inteiros e suas operações fundamentais


MATEMÁTICA

1.1 Definição de Números Inteiros

Definimos o conjunto dos números inteiros como a união do conjunto dos números naturais (N = {0, 1, 2, 3, 4,...,
n,...}, com o conjunto dos opostos dos números naturais, que são definidos como números negativos. Este conjunto é
denotado pela letra Z e é escrito da seguinte forma:

4
ℤ = {… , −4, −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, … } Ex: (+3) + (+5) = ?

Sabendo da definição dos números inteiros, agora é Obviamente, quem conhece a adição convencional,
possível indiciar alguns subconjuntos notáveis: sabe que este resultado será 8. Vamos ver agora pelo
conceito de “ganhar” e “perder”:
a) O conjunto dos números inteiros não nulos: São +3 = Ganhar 3
todos os números inteiros, exceto o zero: +5 = Ganhar 5
ℤ∗ = {… , −4, −3, −2, −1, 1, 2, 3, 4, … } Logo: (Ganhar 3) + (Ganhar 5) = (Ganhar 8)

b) O conjunto dos números inteiros não negativos: Ex: (−3) + (−5) = ?


São todos os inteiros que não são negativos, ou
seja, os números naturais: Agora é o caso em que temos dois números negati-
+
ℤ = 0, 1, 2, 3, 4, … = ℕ vos, usando o conceito de “ganhar” ou “perder”:
-3 = Perder 3
c) O conjunto dos números inteiros positivos: São to- -5 = Perder 5
dos os inteiros não negativos, e neste caso, o zero
não pertence ao subconjunto: Logo: (Perder 3) + (Perder 5) = (Perder 8)
ℤ∗+ = 1, 2, 3, 4, … Neste caso, estamos somando duas perdas ou dois
prejuízos, assim o resultado deverá ser uma perda maior.
d) O conjunto dos números inteiros não positivos: E se tivermos um número positivo e um negativo? Va-
São todos os inteiros não positivos: mos ver os exemplos:
ℤ_ = {… , −4, −3, −2, −1, 0, }
Ex: (+8) + (−5) = ?
e) O conjunto dos números inteiros negativos: São
todos os inteiros não positivos, e neste caso, o zero Neste caso, temos um ganho de 8 e uma perda de 5,
não pertence ao subconjunto: que naturalmente sabemos que resultará em um ganho
ℤ∗ _ = {… , −4, −3, −2, −1} de 3:
+8 = Ganhar 8
1.2 Definições Importantes dos Números inteiros -5 = Perder 5

Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a Logo: (Ganhar 8) + (Perder 5) = (Ganhar 3)


distância ou afastamento desse número até o zero, na
reta numérica inteira. Representa-se o módulo pelo sím- Se observarem essa operação, vocês irão perceber
bolo | |. Vejam os exemplos: que ela tem o mesmo resultado que 8 − 5 = 3. Basica-
mente ambas são as mesmas operações, sem a presença
Ex: O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0 dos parênteses e a explicação de como se chegar a essa
Ex: O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7 simplificação será apresentado nos itens seguintes deste
Ex: O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9 capítulo.
Agora, e se a perda for maior que o ganho? Veja o
a) O módulo de qualquer número inteiro, diferente de exemplo:
zero, é sempre positivo.
Ex: −8 + +5 = ?
Números Opostos: Voltando a definição do inicio do
capítulo, dois números inteiros são ditos opostos um do Usando a regra, temos que:
outro quando apresentam soma zero; assim, os pontos
que os representam distam igualmente da origem. Vejam -8 = Perder 8
os exemplos: +5 = Ganhar 5
Ex: O oposto do número 2 é -2, e o oposto de -2 é 2,
pois 2 + (-2) = (-2) + 2 = 0 Logo: (Perder 8) + (Ganhar 5) = (Perder 3)
Ex: No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de
a é – a, e vice-versa. Após a definição de adição de números inteiros, va-
Ex: O oposto de zero é o próprio zero. mos apresentar algumas de suas propriedades:

1.3 Operações com Números Inteiros a) Fechamento: O conjunto Z é fechado para a adi-
ção, isto é, a soma de dois números inteiros ainda é um
Adição: Diferentemente da adição de números natu- número inteiro.
MATEMÁTICA

rais, a adição de números inteiros pode gerar um pouco


de confusão ao leito. Para melhor entendimento desta b) Associativa: Para todos 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ ℤ :
operação, associaremos aos números inteiros positivos o
conceito de “ganhar” e aos números inteiros negativos o 𝑎 + (𝑏 + 𝑐) = (𝑎 + 𝑏) + 𝑐
conceito de “perder”. Vejam os exemplos:

5
Ex: 2 + (3 + 7) = (2 + 3) + 7

Comutativa: Para todos a,b em Z: EXERCÍCIOS COMENTADOS


a+b=b+a
3+7=7+3 1. Calcule:

Elemento Neutro: Existe 0 em Z, que adicionado a a) (+12) + (–40) ;


cada z em Z, proporciona o próprio z, isto é: b) (+12) – (–40)
z+0=z c) (+5) + (–16) – (+9) – (–20)
7+0=7 d) (–3) – (–6) – (+4) + (–2) + (–15)

Elemento Oposto: Para todo z em Z, existe (-z) em Resposta: Aplicando as regras de soma e subtração
Z, tal que de inteiros, tem-se que:
z + (–z) = 0 a) (+12) + (–40) = 12 – 40 = -28
9 + (–9) = 0 b) (+12) – (–40) = 12 + 40 = 52
c) (+5) + (–16) – (+9) – (–20) = +5 -16 – 9 + 20 = 25
Subtração de Números Inteiros – 25 = 0
d) (–3) – (–6) – (+4) + (–2) + (–15) = -3 + 6 – 4 – 2 – 15
A subtração é empregada quando: = 6 – 24 = -18
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quanti-
dade;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto 1.4. Multiplicação de Números Inteiros
uma delas tem a mais que a outra;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto A multiplicação funciona como uma forma simplifi-
falta a uma delas para atingir a outra. cada de uma adição quando os números são repetidos.
Poderíamos analisar tal situação como o fato de estar-
A subtração é a operação inversa da adição. mos ganhando repetidamente alguma quantidade, como
por exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes consecutivas,
Observe que: 9 – 5 = 4 4+5=9 significa ganhar 30 objetos e esta repetição pode ser in-
dicada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
diferença Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos:
subtraendo 2 + 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos:
minuendo (–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60
Considere as seguintes situações: Observamos que a multiplicação é um caso particular
da adição onde os valores são repetidos.
1- Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião Na multiplicação o produto dos números a e b, pode
passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum
temperatura? sinal entre as letras.
Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) Para realizar a multiplicação de números inteiros, de-
– (+3) = +3 vemos obedecer à seguinte regra de sinais:
(+1) x (+1) = (+1)
2- Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, du- (+1) x (-1) = (-1)
rante o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura bai- (-1) x (+1) = (-1)
xou de 3 graus. Qual a temperatura registrada na noite (-1) x (-1) = (+1)
de terça-feira?
Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) + Com o uso das regras acima, podemos concluir que:
(–3) = +3
Sinais dos números Resultado do produto
Se compararmos as duas igualdades, verificamos que
(+6) – (+3) é o mesmo que (+5) + (–3). Iguais Positivo
Diferentes Negativo
Temos:
(+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3 Propriedades da multiplicação de números intei-
(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3 ros: O conjunto Z é fechado para a multiplicação, isto
(–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3 é, a multiplicação de dois números inteiros ainda é um
número inteiro.
MATEMÁTICA

Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros


é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do Associativa: Para todos a,b,c em Z:
segundo. a x (b x c) = (a x b) x c
2 x (3 x 7) = (2 x 3) x 7

6
Comutativa: Para todos a,b em Z: 1.6. Potenciação de Números Inteiros
axb=bxa
3x7=7x3 A potência an do número inteiro a, é definida como
um produto de n fatores iguais. O número a é denomina-
Elemento neutro: Existe 1 em Z, que multiplicado por do a base e o número n é o expoente.
todo z em Z, proporciona o próprio z, isto é: an = a x a x a x a x ... x a
zx1=z a é multiplicado por a n vezes
7x1=7
Exemplos:
Elemento inverso: Para todo inteiro z diferente de 33 = (3) x (3) x (3) = 27
zero, existe um inverso z–1=1/z em Z, tal que (-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125
z x z–1 = z x (1/z) = 1 (-7)² = (-7) x (-7) = 49
9 x 9–1 = 9 x (1/9) = 1 (+9)² = (+9) x (+9) = 81

Distributiva: Para todos a,b,c em Z: - Toda potência de base positiva é um número intei-
a x (b + c) = (a x b) + (a x c) ro positivo.
3 x (4+5) = (3 x 4) + (3 x 5) Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9

1.5. Divisão de Números Inteiros - Toda potência de base negativa e expoente par é
um número inteiro positivo.
Exemplo: (– 8)2 = (–8) . (–8) = +64

- Toda potência de base negativa e expoente ímpar


é um número inteiro negativo.
Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125

Sabemos que na divisão exata dos números naturais: Propriedades da Potenciação:


40 : 5 = 8, pois 5 . 8 = 40
36 : 9 = 4, pois 9 . 4 = 36 Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-
-se a base e somam-se os expoentes. (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6
Vamos aplicar esses conhecimentos para estudar a di- = (–7)9
visão exata de números inteiros. Veja o cálculo:
Quocientes de Potências com bases iguais: Conser-
(–20) : (+5) = q  (+5) . q = (–20)  q = (–4) va-se a base e subtraem-se os expoentes. (+13)8 : (+13)6
Logo: (–20) : (+5) = +4 = (+13)8 – 6 = (+13)2

Potência de Potência: Conserva-se a base e multipli-


Considerando os exemplos dados, concluímos que,
cam-se os expoentes. [(+4)5]2 = (+4)5 . 2 = (+4)10
para efetuar a divisão exata de um número inteiro por
outro número inteiro, diferente de zero, dividimos o mó-
Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (+9)1
dulo do dividendo pelo módulo do divisor. Daí:
= +9 (–13)1 = –13
- Quando o dividendo e o divisor têm o mesmo sinal,
o quociente é um número inteiro positivo.
Potência de expoente zero e base diferente de
- Quando o dividendo e o divisor têm sinais diferen-
zero: É igual a 1. Exemplo: (+14)0 = 1 (–35)0 = 1
tes, o quociente é um número inteiro negativo.
- A divisão nem sempre pode ser realizada no conjun- Radiciação de Números Inteiros
to Z. Por exemplo, (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões
que não podem ser realizadas em Z, pois o resultado não A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro a
é um número inteiro. é a operação que resulta em outro número inteiro não
- No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é negativo b que elevado à potência n fornece o número a.
associativa e não tem a propriedade da existência do ele- O número n é o índice da raiz enquanto que o número a
mento neutro. é o radicando (que fica sob o sinal do radical).
A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro
1- Não existe divisão por zero. a é a operação que resulta em outro número inteiro não
Exemplo: (–15) : 0 não tem significado, pois não existe negativo que elevado ao quadrado coincide com o nú-
um número inteiro cujo produto por zero seja igual a –15. mero a.
2- Zero dividido por qualquer número inteiro, dife-
rente de zero, é zero, pois o produto de qualquer número Observação: Não existe a raiz quadrada de um nú-
MATEMÁTICA

inteiro por zero é igual a zero. mero inteiro negativo no conjunto dos números inteiros.
Exemplos: a) 0 : (–10) = 0 /b) 0 : (+6) = 0 /c) 0 : (–1) = 0
Erro comum: Frequentemente lemos em materiais
didáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas apare-
cimento de:

7
1. Conjunto dos múltiplos de um número natural:
9 = ±3
É obtido multiplicando-se o número natural em ques-
mas isto está errado. O certo é: tão pela sucessão dos números naturais: 0, 1, 2, 3, 4, 5,
6,...
9 = +3 Ex: Conjunto dos múltiplos de 7. Para encontrar esse
conjunto basta multiplicar por 7 cada um dos números
Observamos que não existe um número inteiro não da sucessão dos naturais:
negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em um 7x0=0
número negativo. 7x1=7
7 x 2 = 14
A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a 7 x 3 = 21
é a operação que resulta em outro número inteiro que 7 x 4 = 28
elevado ao cubo seja igual ao número a. Aqui não res- 7 x 5 = 35
tringimos os nossos cálculos somente aos números não
negativos. O conjunto formado pelos resultados encontrados
forma o conjunto dos múltiplos de 7: M(7) = {0, 7, 14,
Exemplos 21, 28,...}.

(a)
3
8 = 2, pois 2³ = 8. Observações:
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
(b)
3
−8 = –2, pois (–2)³ = -8. - Todo número natural é múltiplo de 1.
- Todo número natural, diferente de zero, tem infini-
(c)
3
27 = 3, pois 3³ = 27. tos múltiplos.
- O zero é múltiplo de qualquer número natural.
- Os múltiplos do número 2 são chamados de núme-
(d)
3
− 27 = –3, pois (–3)³ = -27. ros pares, e a fórmula geral desses números é .
Os demais são chamados de números ímpares, e a fór-
Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o mula geral desses números é .
produto de números inteiros, concluímos que:
1.1. Critérios de divisibilidade:
(a) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de núme-
ro inteiro negativo. São regras práticas que nos possibilitam dizer se um
número é ou não divisível por outro, sem efetuarmos a
(b) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a divisão.
raiz de qualquer número inteiro.
Divisibilidade por 2: Um número é divisível por 2
quando ele é par, ou seja, quando ele termina em 0, 2,
Multiplicidade e Divisibilidade 4, 6 ou 8.

Um múltiplo de um número é o produto desse núme- Exs:


ro por um número natural qualquer. Já um divisor de um a) 9656 é divisível por 2, pois termina em 6.
número é um número cujo resto da divisão do número b) 4321 não é divisível por 2, pois termina em 1.
pelo divisor é zero.
Ex: Sabe-se que 30 ∶ 6 = 5, porque 5× 6 = 30. Divisibilidade por 3: Um número é divisível por 3
quando a soma dos valores absolutos de seus algarismos
Pode-se dizer então que: é divisível por 3.
“30 é divisível por 6 porque existe um numero natural
(5) que multiplicado por 6 dá como resultado 30.” Exs:
Um numero natural a é divisível por um numero na- a) 65385 é divisível por 3, pois 6 + 5 + 3 + 8 + 5 = 27,
tural b, não-nulo, se existir um número natural c, tal que e 27 é divisível por 3.
c.b=a. b) 15443 não é divisível por 3, pois 1+ 5 + 4 + 4 + 3 =
Voltando ao exemplo 30 ∶ 6 = 5 , conclui-se que: 30 é 17, e 17 não é divisível por 3.
múltiplo de 6, e 6 é divisor de 30.
Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4
Analisando outros exemplos: quando termina em 00 ou quando o número formado
a) 20 : 5 = 4 → 20 é múltiplo de 5 (4×5=20), e 5 é pelos dois últimos algarismos for divisível por 4.
MATEMÁTICA

divisor de 20
b) 12 : 2 = 6 → 12 é múltiplo de 2 (6×2=12), e 2 é Exs:
divisor de 12 a) 536400 é divisível por 4, pois termina em 00.
b) 653524 é divisível por 4, pois termina em 24, e 24
é divisível por 4.

8
c) 76315 não é divisível por 4, pois termina em 15, e Portanto, conclui-se que 168 é múltiplo de 7. Se 168 é
15 não é divisível por 4. múltiplo de 7, então 1764 é divisível por 7.

Divisibilidade por 5: Um número é divisível por 5 Divisibilidade por 8: Um número é divisível por 8
quando termina em 0 ou 5. quando termina em 000 ou quando o número formado
Exs: pelos três últimos algarismos for divisível por 8.
a) 35040 é divisível por 5, pois termina em 0. Exs:
b) 7235 é divisível por 5, pois termina em 5. a) 57000 é divisível por 8, pois termina em 000.
c) 6324 não é divisível por 5, pois termina em 4. b) 67024 é divisível por 8, pois seus três últimos alga-
rismos formam o número 24, que é divisível por 8.
c) 34125 não é divisível por 8, pois seus três últimos
algarismos formam o número 125, que não é divi-
EXERCÍCIO COMENTADO sível por 8.

1. Escreva os elementos dos conjuntos dos múltiplos de


5 positivos menores que 30.
EXERCÍCIO COMENTADO
Resposta: Seguindo a tabuada do 5, temos que:
{5,10,15,20,25}. 2. Escreva os elementos dos conjuntos dos múltiplos de
8 compreendidos entre 30 e 50.

Divisibilidade por 6: Um número é divisível por 6 Resposta: Seguindo a tabuada do 8, a partir do 30:
quando é divisível por 2 e por 3. {32,40,48}.

Exs:
a) 430254 é divisível por 6, pois é divisível por 2 (ter- Divisibilidade por 9: Um número é divisível por 9
mina em 4) e por 3 (4 + 3 + 0 + 2 + 5 + 4 = 18). quando a soma dos valores absolutos de seus algarismos
b) 80530 não é divisível por 6, pois não é divisível por formam um número divisível por 9.
3 (8 + 0 + 5 + 3 + 0 = 16).
c) 531561 não é divisível por 6, pois não é divisível por Exs:
2 (termina em 1). a) 6253461 é divisível por 9, pois 6 + 2 + 5 + 3 + 4 +
6 + 1 = 27 é divisível por 9.
Divisibilidade por 7: Para verificar a divisibilidade b) 325103 não é divisível por 9, pois 3 + 2 + 5 + 1 + 0
por 7, deve-se fazer o seguinte procedimento. + 3 = 14 não é divisível por

- Multiplicar o último algarismo por 2 Divisibilidade por 10: Um número é divisível por 10
- Subtrair o resultado do número inicial sem o últi- quando termina em zero.
mo algarismo
- Se o resultado for um múltiplo de 7, então o núme- Exs:
ro inicial é divisível por 7. a) 563040 é divisível por 10, pois termina em zero.
b) 246321 não é divisível por 10, pois não termina em
É importante ressaltar que, em caso de números com zero.
vários algarismos, será necessário fazer o procedimento
mais de uma vez. Divisibilidade por 11: Um número é divisível por 11
quando a diferença entre a soma dos algarismos de posi-
Ex: ção ímpar e a soma dos algarismos de posição par resulta
Analisando o número 1764 em um número divisível por 11.
Procedimento:
- Último algarismo: 4. Multiplica-se por 2: 4×2=8 Exs:
- Subtrai-se o resultado do número inicial sem o úl- a) 43813 é divisível por 11. Vejamos o porquê
timo algarismo: 176-8=168
- O resultado é múltiplo de 7? Para isso precisa veri- Os algarismos de posição ímpar são os algarismos
ficar se 168 é divisível por 7. nas posições 1, 3 e 5. Ou seja, 4,8 e 3. A soma desses
algarismos é 4 + 8 + 3 = 15
Aplica-se o procedimento novamente, agora para o
número 168. Os algarismos de posição par são os algarismos nas
- Último algarismo: 8. Multiplica-se por 2: 8×2=16 posições 2 e 4. Ou seja, 3 e 1. A soma desses algarismos
MATEMÁTICA

- Subtrai-se o resultado do número inicial sem o úl- é 3+1 = 4


timo algarismo: 16-16=0
- O resultado é múltiplo de 7? Sim, pois zero (0) é 15 – 4 = 11→ A diferença divisível por 11. Logo 43813
múltiplo de qualquer número natural. é divisível por 11.

9
b) 83415721 não é divisível por 11. Vejamos o porquê Exemplos:
a) 13 = 1×1×1 = 1
Os algarismos de posição ímpar são os algarismos b) 17 = 1×1×1×1×1×1×1 = 1
nas posições 1, 3, 5 e 7. Ou seja, 8, 4, 5 e 2. A soma desses
algarismos é Propriedade 2: potenciação com expoente nulo
Os algarismos de posição ímpar são os algarismos Se n é um número natural não nulo, então temos que
nas posições 1, 3, 5 e 7. Ou seja, 8, 4, 5 e 2. A soma desses nº=1.
algarismos é 8+4+5+2 = 19
Exemplos:
Os algarismos de posição par são os algarismos nas a) 5º = 1
posições 2, 4 e 6. Ou seja, 3, 1 e 7. A soma desses algaris- b) 9º = 1
mos é 3+1+7 = 11
19 – 11 = 8→ A diferença não é divisível por 11. Logo Propriedade 3: potenciação com expoente 1
83415721 não é divisível por 11.
Qualquer que seja a potência em que a base é o nú-
Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12 mero natural n e o expoente é igual a 1, denotada por n1
quando é divisível por 3 e por 4. , é igual ao próprio n. Em resumo, n1=n
Exs: Exemplos:
a) 78324 é divisível por 12, pois é divisível por 3 ( 7 + a) 5¹ = 5
8 + 3 + 2 + 4 = 24) e por 4 (termina em 24). b) 64¹ = 64
b) 652011 não é divisível por 12, pois não é divisível Propriedade 4: potenciação de base 10
por 4 (termina em 11). Toda potência 10n é o número formado pelo algaris-
mo 1 seguido de n zeros.
c) 863104 não é divisível por 12, pois não é divisível
por 3 (8 + 6 + 3 +1 + 0 + 4 = 22).
Exemplos:
a) 103 = 1000
Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15
b) 108 = 100.000.000
quando é divisível por 3 e por 5.
c) 104 = 1000
Exs:
a) 650430 é divisível por 15, pois é divisível por 3 (6 + Propriedade 5: multiplicação de potências de mes-
5 + 0 + 4 + 3 + 0 =18) e por 5 (termina em 0). ma base
Em uma multiplicação de duas potências de mesma
b) 723042 não é divisível por 15, pois não é divisível base, o resultado é obtido conservando-se a base e so-
por 5 (termina em 2). mando-se os expoentes.

c) 673225 não é divisível por 15, pois não é divisível Em resumo: xa × xb = x a+b
por 3 (6 + 7 + 3 + 2 + 2 + 5 = 25). Exemplos:
a) 23×24 = 23+4 = 27
b) 34×36 = 34+6=310
POTENCIAÇÃO c) 152×154 = 152+4=156

Define-se potenciação como o resultado da multi- Propriedade 6: divisão de potências de mesma


plicação de fatores iguais, denominada base, sendo o base
número de fatores igual a outro número, denominado Em uma divisão de duas potências de mesma base, o
expoente. Diz-se “b elevado a c”, cuja notação é: resultado é obtido conservando-se a base e subtraindo-
-se os expoentes.
𝑏𝑐 = 𝑏 × 𝑏 × ⋯ × 𝑏 Em resumo: xa : xb = xa-b
𝑐 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠

Por exemplo: 4 =4×4×4=64, sendo a base igual a 4 e


3 Exemplos:
o expoente igual a 3. a) 25 : 23 = 25-3=22
Esta operação não passa de uma multiplicação com b) 39 : 36 = 39-6=33
fatores iguais, como por exemplo: 23 = 2 × 2 × 2 = 8 → c) 1512 : 154 = 1512-4 = 158
53 = 5 × 5 × 5 = 125

1. Propriedades da Potenciação
MATEMÁTICA

Propriedade 1: potenciação com base 1


Uma potência cuja base é igual a 1 e o expoente na-
tural é n, denotada por 1n, será sempre igual a 1. Em re-
sumo, 1n=1

10
Note que para resolver esse exercício utilizamos as
FIQUE ATENTO! propriedades 6 e 7.
Dada uma potência xa , onde o número real
a é negativo, o resultado dessa potência é
Números Primos, MDC e MMC
igual ao inverso de x elevado a a, isto é,
1
𝑥𝑎 = se a<0. O máximo divisor comum e o mínimo múltiplo co-
𝑥𝑎
Por exemplo, 2 −3 1 1
= 3 , 5−1 = 1 . mum são ferramentas extremamente importantes na
2 5 matemática. Através deles, podemos resolver alguns
problemas simples, além de utilizar seus conceitos em
Propriedade 7: potência de potência outros temas, como frações, simplicação de fatoriais, etc.
Quando uma potência está elevado a outro expoen- Porém, antes de iniciarmos a apresentar esta teoria, é
te, o expoente resultante é obtido multiplicando-se os importante conhecermos primeiramente uma classe de
expoentes números muito importante: Os números primos.
Em resumo: (xa )b=xa×b
1. Números primos
Exemplos:
a) (25 )3 = 25×3=215 Um número natural é definido como primo se ele tem
b) (39 )2 = 39×2=318 exatamente dois divisores: o número um e ele mesmo.
c) (612 )4= 612×4=648 Já nos inteiros, p ∈ ℤ é um primo se ele tem exatamente
quatro divisores: ±1 e ±𝑝 .
Propriedade 8: potência de produto
Quando um produto está elevado a uma potência, o FIQUE ATENTO!
resultado é um produto com cada um dos fatores eleva-
Por definição,  0,  1  e  − 1  não são números
do ao expoente
primos.
Em resumo: (x×y)a=xa×ya

Exemplos: Existem infinitos números primos, como demonstra-


a) (2×3)3 = 23×33 do por Euclides por volta de 300 a.C.. A propriedade de
b) (3×4)2 = 32×42 ser um primo é chamada “primalidade”, e a palavra “pri-
c) (6×5)4= 64×54 mo” também são utilizadas como substantivo ou adje-
tivo. Como “dois” é o único número primo par, o termo
“primo ímpar” refere-se a todo primo maior do que dois.
#FicaDica O conceito de número primo é muito importante
Em alguns casos podemos ter uma multipli- na teoria dos números. Um dos resultados da teoria dos
cação ou divisão potência que não está na números é o Teorema Fundamental da Aritmética, que
mesma base (como nas propriedades 5 e 6), afirma que qualquer número natural diferente de 1 pode
mas pode ser simplificada. Por exemplo, 43×25 ser escrito de forma única (desconsiderando a ordem)
=(22 )3×25= 26×25= 26+5=211 e 33:9 = 33 : 32 = 31. como um produto de números primos (chamados fato-
res primos): este processo se chama decomposição em
fatores primos (fatoração). É exatamente este conceito
que utilizaremos no MDC e MMC. Para caráter de me-
EXERCÍCIOS COMENTADOS morização, seguem os 100 primeiros números primos
positivos. Recomenda-se que memorizem ao menos os
1. (MPE-RS – 2017) A metade de 440 é igual a: 10 primeiros para MDC e MMC:
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47, 53, 
a) 220 59, 61, 67, 71, 73, 79, 83, 89, 97, 101, 103, 107, 109, 113, 
b) 239 127, 131, 137, 139, 149, 151, 157, 163, 167, 173, 179, 181,
c) 240 191, 193, 197, 199, 211, 223, 227, 229, 233, 239, 241, 251,
d) 279 257, 263, 269, 271, 277, 281, 283, 293, 307, 311, 313, 317,
e) 280 331, 337, 347, 349, 353, 359, 367, 373, 379, 383, 389, 397,
401, 409, 419, 421, 431, 433, 439, 443, 449, 457, 461, 463,
Resposta: Letra D. Para encontrar a metade de 440, 467, 479, 487, 491, 499, 503, 509, 521, 523, 541
40
basta dividirmos esse número por 2, isto é, 4 . Uma
2 2. Múltiplos e Divisores
forma fácil de resolver essa fração é escrever o nu-
merador e denominador dessa fração na mesma base Diz-se que um número natural a é múltiplo de outro
como mostrado a seguir:
MATEMÁTICA

natural b, se existe um número natural k tal que:


440 22 40 280 𝑎 = 𝑘. 𝑏
= = = 280−1 = 279
2 2 2 .
Ex. 15 é múltiplo de 5, pois 15=3 x 5

11
Quando a=k.b, segue que a é múltiplo de b, mas tam- Fatorando os dois números:
bém, a é múltiplo de k, como é o caso do número 35 que
é múltiplo de 5 e de 7, pois: 35 = 7 x 5.
Quando a = k.b, então a é múltiplo de b e se conhe-
cemos b e queremos obter todos os seus múltiplos, basta
fazer k assumir todos os números naturais possíveis.
Ex. Para obter os múltiplos de dois, isto é, os números
da forma a = k x 2, k seria substituído por todos os nú-
meros naturais possíveis.

FIQUE ATENTO! Temos que:


Um número b é sempre múltiplo dele mesmo. 300 = 22.3 .52
a = 1 x b ↔ a = b. 504 = 23.32 .7

O MDC será os fatores comuns com seus menores


A definição de divisor está relacionada com a de múl- expoentes:
tiplo. Mdc (300,504)= 22.3 = 4 .3=12
Um número natural b é divisor do número natural a,
se a é múltiplo de b. MMC
Ex. 3 é divisor de 15, pois , logo 15 é múltiplo de 3 e
também é múltiplo de 5. O mínimo múltiplo comum de dois ou mais números
é o menor número positivo que é múltiplo comum de
todos os números dados. Consideremos:
#FicaDica Ex. Encontrar o MMC entre 8 e 6
Múltiplos positivos de 6: M(6) =
Um número natural tem uma quantidade fi-
{6,12,18,24,30,36,42,48,54,...}
nita de divisores. Por exemplo, o número 6
Múltiplos positivos de 8: M(8) =
poderá ter no máximo 6 divisores, pois tra-
{8,16,24,32,40,48,56,64,...}
balhando no conjunto dos números naturais
não podemos dividir 6 por um número maior
Podem-se escrever, agora, os múltiplos positivos co-
do que ele. Os divisores naturais de 6 são os
muns: M(6)∩M(8) = {24,48,72,...}
números 1, 2, 3, 6, o que significa que o nú-
Observando os múltiplos comuns, pode-se identificar
mero 6 tem 4 divisores.
o mínimo múltiplo comum dos números 6 e 8, ou seja:
Outra técnica para o cálculo do MMC:
MDC
Decomposição isolada em fatores primos: Para ob-
Agora que sabemos o que são números primos, múl- ter o MMC de dois ou mais números por esse processo,
tiplos e divisores, vamos ao MDC. O máximo divisor co- procedemos da seguinte maneira:
mum de dois ou mais números é o maior número que é - Decompomos cada número dado em fatores pri-
divisor comum de todos os números dados. mos.
Ex. Encontrar o MDC entre 18 e 24. - O MMC é o produto dos fatores comuns e não-
Divisores naturais de 18: D(18) = {1,2,3,6,9,18}. -comuns, cada um deles elevado ao seu maior ex-
Divisores naturais de 24: D(24) = {1,2,3,4,6,8,12,24}. poente.
Pode-se escrever, agora, os divisores comuns a 18 e
24: D(18)∩ D (24) = {1,2,3,6}. Ex. Achar o MMC entre 18 e 120.
Observando os divisores comuns, podemos identifi-
car o maior divisor comum dos números 18 e 24, ou seja: Fatorando os números:
MDC (18,24) = 6.
Outra técnica para o cálculo do MDC:

Decomposição em fatores primos: Para obter o


MDC de dois ou mais números por esse processo, proce-
de-se da seguinte maneira:
Decompõe-se cada número dado em fatores primos.
O MDC é o produto dos fatores comuns obtidos, cada
um deles elevado ao seu menor expoente.
MATEMÁTICA

Exemplo: Achar o MDC entre 300 e 504. 18 = 2 .32


120 = 23.3 .5

mmc (18, 120) = 23 � 32 � 5 = 8 � 9 � 5 = 360

12
1.1. Soma (Adição) de Números Racionais
EXERCÍCIOS COMENTADOS Como todo número racional é uma fração ou pode
ser escrito na forma de uma fração, definimos a adição
1. (FEPESE-2016) João trabalha 5 dias e folga 1, enquan- a c
entre os números racionais e , , da mesma forma que
to Maria trabalha 3 dias e folga 1. Se João e Maria folgam a soma de frações, através de: d
b
no mesmo dia, então quantos dias, no mínimo, passarão
para que eles folguem no mesmo dia novamente? a c a�d+b�c
+ =
a) 8
b d b�d
b) 10
c) 12 1.1.1. Propriedades da Adição de Números Racio-
d) 15 nais
e) 24
O conjunto é fechado para a operação de adição,
Resposta: Letra C. O período em que João trabalha isto é, a soma de dois números racionais resulta em um
e folga corresponde a 6 dias enquanto o mesmo pe- número racional.
ríodo, para Maria, corresponde a 4 dias. Assim, o pro- - Associativa: Para todos em : a + ( b + c ) = ( a + b
blema consiste em encontrar o mmc entre 6 e 4. Logo, )+c
eles folgarão no mesmo dia novamente após 12 dias - Comutativa: Para todos em : a + b = b + a
pois mmc(6,4)=12. - Elemento neutro: Existe em , que adicionado a
todo em , proporciona o próprio , isto é: q + 0 = q
- Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em
Números Racionais: Frações, Números Decimais e Q, tal que q + (–q) = 0
suas Operações
1.2. Subtração de Números Racionais
1. Números Racionais
A subtração de dois números racionais e é a própria
Um número racional é o que pode ser escrito na for- operação de adição do número com o oposto de q, isto
m
ma n , onde m e n são números inteiros, sendo que n é: p – q = p + (–q)
deve ser diferente de zero. Frequentemente usamos m
para significar a divisão de m por n . n 1.3. Multiplicação (Produto) de Números Racio-
Como podemos observar, números racionais podem nais
ser obtidos através da razão entre dois números inteiros,
razão pela qual, o conjunto de todos os números racio- Como todo número racional é uma fração ou pode
nais é denotado por Q. Assim, é comum encontrarmos na ser escrito na forma de umaa fração, definimos o produto
de dois números racionais b e d , da mesma forma que o
c
literatura a notação:

{ }
produto de frações, através de:
m
Q= : m e n em Z,n diferente de zero
n
a c a�c
No conjunto Q destacamos os seguintes subconjun- � =
b d b� d
tos:

• 𝑄 = conjunto dos racionais não nulos;
• + = conjunto dos racionais não negativos;
𝑄 O produto dos números racionais a e b também pode
• 𝑄+∗
= conjunto dos racionais positivos; ser indicado por a × b, a.b ou ainda ab sem nenhum sinal
• 𝑄− = conjunto dos racionais não positivos; entre as letras.
• 𝑄−∗ = conjunto dos racionais negativos. Para realizar a multiplicação de números racionais,
devemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em
Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto toda a Matemática:
que representa esse número ao ponto de abscissa zero. (+1)�(+1) = (+1) – Positivo Positivo = Positivo
(+1)�(-1) = (-1) - Positivo Negativo = Negativo
3 3 3
Exemplo: Módulo de - 2 é 2 . Indica-se − =
3 (-1)�(+1) = (-1) - Negativo Positivo = Negativo
2 2 (-1)� (-1) = (+1) – Negativo Negativo = Positivo
Módulo de+ 3 é 3 . Indica-se 3 3
=
2 2 2 2
#FicaDica
3 3
Números Opostos: Dizemos e são núme-
que− 2 O produto de dois números com o mesmo
MATEMÁTICA

2
ros racionais opostos ou simétricos e cada um deles é sinal é positivo, mas o produto de dois
o oposto do outro. As distâncias dos pontos− 3 e 3 ao números com sinais diferentes é negativo.
ponto zero da reta são iguais. 2 2

13
1.3.1. Propriedades da Multiplicação de Números - Toda potência com expoente 1 é igual à própria
Racionais base.

O conjunto Q é fechado para a multiplicação, isto é, 1


9
 9
o produto de dois números racionais resultaem um nú- −  =−
mero racional.  4 4
- Associativa: Para todos a,b,c em Q: a ∙ ( b ∙ c ) = ( a
∙b)∙c - Toda potência com expoente negativo de um núme-
- Comutativa: Para todos a,b em Q: a ∙ b = b ∙ a ro racional diferente de zero é igual a outra potência que
- Elemento neutro: Existe 1 em Q, que multiplicado tem a base igual ao inverso da base anterior e o expoente
por todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: igual ao oposto do expoente anterior.
q∙1=q
a b
 3  5
−2
25 2

- Elemento inverso: Para todo b em Q,


q=
di- −  = −  =
q−1 =
a
ferente de zero, existe em Q: q � q−1 = 1, ou seja,
a b
 5  3 9
b
×a =1
- Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo
- Distributiva: Para todos a,b,c em Q: a ∙ ( b + c ) = ( a sinal da base.
∙ b ) + ( a∙ c )
3
2 2 2 2 8
1.4. Divisão de Números Racionais   =   .  .   =
 3   3   3   3  27
A divisão de dois números racionais p e q é a própria
operação de multiplicação do número p pelo inverso de - Toda potência com expoente par é um número po-
q, isto é: p ÷ q = p × q-1 sitivo.
De maneira prática costuma-se dizer que em uma di-
visão de duas frações, conserva-se a primeira fração e 2
 1  1  1 1
multiplica-se pelo inverso da segunda: −  = −  .−  =
Observação: É possível encontrar divisão de frações  5   5   5  25
a
da seguinte forma: b
c .
. O procedimento de cálculo é o
mesmo. - Produto de potências de mesma base. Para redu-
d
zir um produto de potências de mesma base a uma só
1.5. Potenciação de Números Racionais potência, conservamos a base e somamos os expoentes.
𝐧
A potência q do número racional é um produto 2 3 2+3 5
de fatores iguais. O número é denominado a base e o  2  2  2 2 2 2 2  2 2
  .   =  . . . .  =   = 
número é o expoente.  5  5 5 55 5 5 5 5
n
q = q � q � q � q � . . .� q, (q aparece n vezes)
- Quociente de potências de mesma base. Para redu-
zir um quociente de potências de mesma base a uma só
Exs: potência, conservamos a base e subtraímos os expoen-
tes.
a)  2  =  2  .  2  .  2  =
3
8
125
5 3 5 5 5 3 3 3 3 3
b)  − 1  =  − 1  .  − 1  .  − 1  = 1 5 . . . . 2 5− 2 3
  − 3 3 2 2 2 2 2 3 3
 2  2  2  2 8 :
    = =   =  
c) (– 5)² = (– 5) � ( – 5) = 25 2 2 3 3 2 2
.
d) (+5)² = (+5) � (+5) = 25
2 2
- Potência de Potência. Para reduzir uma potência de
potência a uma potência de um só expoente, conserva-
1.5.1. Propriedades da Potenciação aplicadas a nú- mos a base e multiplicamos os expoentes.
meros racionais
3
Toda potência com expoente 0 é igual a 1.  1  2  2 2 2 2+ 2+ 2 3+ 2 6
1 1 1 1 1 1
   =   .  .  =   =  = 
 2   2 2 2 2 2 2
MATEMÁTICA

0
 2
+  = 1
 5

14
1.6. Radiciação de Números Racionais Frações

Se um número representa um produto de dois ou Frações são representações de partes iguais de um


mais fatores iguais, então cada fator é chamado raiz do todo. São expressas como um quociente de dois núme-
número. Vejamos alguns exemplos: x
ros , sendo x o numerador e y o denominador da
y
Ex: fração, com y ≠ 0 .
4 Representa o produto 2. 2 ou 22. Logo, 2 é a raiz
quadrada de 4. Indica-se 4 = 2. 1. Frações Equivalentes

Ex: São frações que, embora diferentes, representam a


1 1 1 1
2
mesma parte do mesmo todo. Uma fração é equivalente
Representa o produto . ou   . a outra quando pode ser obtida multiplicando o nume-
9 3 3 3 rador e o denominador da primeira fração pelo mesmo
1 1 1 1 número.
Logo, é a raiz quadrada de .Indica-se =
3 9 9 3 Ex: 3 e 6 .
5 10
Ex: A segunda fração pode ser obtida multiplicando o
0,216 Representa o produto 0,6 � 0,6 � 0,6 ou (0,6)3 . numerador e denominador de 3 por 2:
Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se 5
3
0,216 = 0,6 . 3�2 6
=
5 � 2 10
Assim, podemos construir o diagrama:
6
Assim, diz-se que é uma fração equivalente a 3
10 5

2. Operações com Frações

2.1. Adição e Subtração

2.1.1. Frações com denominadores iguais:

Ex:
Jorge comeu 3 de um tablete de chocolate e Miguel
8
5
desse mesmo tablete. Qual a fração do tablete de cho-
FIQUE ATENTO! 8
colate que Jorge e Miguel comeram juntos?
Um número racional, quando elevado ao
quadrado, dá o número zero ou um número
A figura abaixo representa o tablete de chocolate.
racional positivo. Logo, os números racionais
Nela também estão representadas as frações do tablete
negativos não têm raiz quadrada em Q.
que Jorge e Miguel comeram:

100
O número − não tem raiz quadrada em Q, pois
9
tanto −
10 como +
10
, quando elevados ao quadrado, dão
100 . 3 3 3 2 5
9
Observe que = =
8 8 8
Um número racional positivo só tem raiz quadrada no Portanto, Jorge e Miguel comeram juntos 5
do table-
conjunto dos números racionais se ele for um quadrado te de chocolate.
8
perfeito.
Na adição e subtração de duas ou mais frações que
O número 2 não tem raiz quadrada em Q, pois não têm denominadores iguais, conservamos o denominador
3
existe número racional que elevado ao quadrado dê comum e somamos ou subtraímos os numeradores.
2.
3
Outro Exemplo:
MATEMÁTICA

3 5 7 3+5−7 1
+ − = =
2 2 2 2 2

15
2.1.2. Frações com denominadores diferentes: Repare que o problema proposto consiste em calcular
2
3 5 o valor de de 4 que, de acordo com a figura, equivale
Calcular o valor de + Inicialmente, devemos re- 3 5
8 6 a 8
do total de frutas. De acordo com a tabela acima, 2
duzir as frações ao mesmo denominador comum. Para 15 3
isso, encontramos o mínimo múltiplo comum (MMC) en- 2 4
de 4 equivale a � . Assim sendo:
tre os dois (ou mais, se houver) denominadores e, em se- 5 3 5
guida, encontramos as frações equivalentes com o novo
denominador: 2 4
� =
8
3 5 15

3 5 9 20 Ou seja:
mmc (8,6) = 24 = = =
8 6 24 24 2 de 4 2 4 2�4 8
= � 5 = 3�5 = 15
3 5 3

24 ∶ 8 � 3 = 9 O produto de duas ou mais frações é uma fração cujo


24 ∶ 6 � 5 = 20 numerador é o produto dos numeradores e cujo deno-
minador é o produto dos denominadores das frações
dadas.
Devemos proceder, agora, como no primeiro caso,
simplificando o resultado, quando possível: Outro exemplo:
2 4 7 2�4�7
� � = =
56
3 5 9 3 � 5 � 9 135

9 20 29
+ =
24 24 24 #FicaDica
Sempre que possível, antes de efetuar
3 5 9 20 29
Portanto: + = + = a multiplicação, podemos simplificar as
8 6 24 24 24 frações entre si, dividindo os numeradores
e os denominadores por um fator comum.
Esse processo de simplificação recebe o
#FicaDica
nome de cancelamento.
Na adição e subtração de duas ou mais fra-
ções que têm os denominadores diferen-
tes, reduzimos inicialmente as frações ao
menor denominador comum, após o que
procedemos como no primeiro caso. 2.3. Divisão

Duas frações são inversas ou recíprocas quando o nu-


2.2. Multiplicação merador de uma é o denominador da outra e vice-versa.

Ex: Exemplo
De uma caixa de frutas, 4 são bananas. Do total de
2 5 2 é a fração inversa de 3
bananas, estão estragadas. Qual é a fração de frutas 2
3 3
da caixa que estão estragadas? 5 ou 5 é a fração inversa de 1
1 5

Considere a seguinte situação:

Lúcia recebeu de seu pai os 4 dos chocolates con-


tidos em uma caixa. Do total de5chocolates recebidos,
Representa 4/5 do conteúdo da caixa Lúcia deu a terça parte para o seu namorado. Que fração
dos chocolates contidos na caixa recebeu o namorado
de Lúcia?

A solução do problema consiste em dividir o total de


chocolates que Lúcia recebeu de seu pai por 3, ou seja,
4
:3
MATEMÁTICA

5
Representa 2/3 de 4/5 do conteúdo da caixa.
Por outro lado, dividir algo por 3 significa calcular 1
desse algo. 3

16
- Igualamos o número de casas decimais, acrescen-
Portanto: : 3 = de 4 tando zeros.
4 1
5 3 5 - Colocamos os números um abaixo do outro, deixan-
do vírgula embaixo de vírgula.
1 4 1 4 4 1
Como de 5= 3 � =
5 5

3
, resulta que - Somamos ou subtraímos os números decimais
3
como se eles fossem números naturais.
4 4 3 4 1
:3 = : = � - Na resposta colocamos a vírgula alinhada com a vír-
5 5 1 5 3
gula dos números dados.
3 1
Observando que as frações e são frações inver- Exemplo
1 3
sas, podemos afirmar que:
2,35 + 14,3 + 0, 0075 + 5
Para dividir uma fração por outra, multiplicamos a pri-
meira pelo inverso da segunda. Disposição prática:
4 4 3 4 1 4 2,3500
Portanto 5 : 3 = 5 ∶ 1 = 5 � 3 = 15
14,3000
Ou seja, o namorado de Lúcia recebeu 4
do total de + 0,0075
chocolates contidos na caixa.
15
5,0000
4 8 41 5 5
Outro exemplo: : = . 2 = 21,6575
3 5 3 8 6

Observação: 1.2. Multiplicação

Note a expressão: . Ela é equivalente à expressão Vamos calcular o valor do seguinte produto:
3 1 2,58 � 3,4 .
:
2 5 Transformaremos, inicialmente, os números decimais
em frações decimais:

Portanto 258 34 8772


2,58 � 3,4 = � = = 8,772
100 100 1000
Portanto 2,58 � 3,4 = 8,772
Números Decimais

De maneira direta, números decimais são números #FicaDica


que possuem vírgula. Alguns exemplos: 1,47; 2,1; 4,9587;
0,004; etc. Na prática, a multiplicação de números
decimais é obtida de acordo com as
1. Operações com Números Decimais seguintes regras:
- Multiplicamos os números decimais como
1.1. Adição e Subtração se eles fossem números naturais.
- No resultado, colocamos tantas casas
Vamos calcular o valor da seguinte soma: decimais quantas forem as do primeiro fator
somadas às do segundo fator.
5,32 + 12,5 + 0, 034
Exemplo:
Transformaremos, inicialmente, os números decimais
em frações decimais: Disposição prática:
532 125 34 5320 12500 34 17854
5,32 + 12,5 + 0,034 = + + = + + = = 17,854
100 10 1000 1000 1000 1000 652,2
1000  1 casa decimal
532 125 34 5320 12500 34 17854
=
100
+
10
+
1000
=
1000
+
1000
+
1000
=
1000
= 17,854 X 2,03  2 casas decimais
19 566

Portanto: 5,32 + 12,5 + 0, 034 = 17, 854


1 304 4
MATEMÁTICA

Na prática, a adição e a subtração de números deci- 1 323,966  1 + 2 = 3 casas decimais


mais são obtidas de acordo com a seguinte regra:

17
1.3. Divisão Se quisermos continuar uma divisão aproximada, de-
vemos acrescentar zeros aos restos e prosseguir dividin-
do cada número obtido pelo divisor. Ao mesmo tempo
em que colocamos o primeiro zero no primeiro resto,
colocamos uma vírgula no quociente.

Vamos, por exemplo, efetuar a seguinte divisão:


24 ∶ 0,5
Inicialmente, multiplicaremos o dividendo e o divisor Ex: 0,14 ∶ 28
da divisão dada por 10.

24 ∶ 0,5 = (24 � 10) ∶ (0,5 � 10) = 240 ∶ 5

A vantagem de tal procedimento foi a de transformar- Ex: 2 ∶ 16


mos em número natural o número decimal que aparecia
na divisão. Com isso, a divisão entre números decimais
se transforma numa equivalente com números naturais.

Portanto: 24 ∶ 0,5 = 240 ∶ 5 = 48

#FicaDica 2. Representação Decimal das Frações


Na prática, a divisão entre números decimais p
Tomemos um número racional q tal que não seja
é obtida de acordo com as seguintes regras: múltiplo de . Para escrevê-lo na forma decimal, basta efe-
- Igualamos o número de casas decimais do tuar a divisão do numerador pelo denominador.
dividendo e do divisor.
- Cortamos as vírgulas e efetuamos a divisão Nessa divisão podem ocorrer dois casos:
como se os números fossem naturais.
1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
um número finito de algarismos. Decimais Exatos:
Ex: 24 ∶ 0,5 = 240 ∶ 5 = 48
2
= 0,4
Disposição prática: 5
1
= 0,25
4
35
= 8,75
4
153
Nesse caso, o resto da divisão é igual à zero. Assim = 3,06
sendo, a divisão é chamada de divisão exata e o quocien- 50
te é exato.
2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
Ex: 9,775 ∶ 4,25 infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se pe-
riodicamente. Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:
Disposição prática:
1
= 0,333 …
3

1
MATEMÁTICA

= 0,04545 …
22
Nesse caso, o resto da divisão é diferente de zero.
Assim sendo, a divisão é chamada de divisão aproximada
e o quociente é aproximado. 167
= 2,53030 …
66

18
Façamos x = 5,1717. . . e 100x = 517,1717. . .
FIQUE ATENTO!
Se após as vírgulas os algarismos não são pe- Subtraindo membro a membro, temos:
riódicos, então esse número decimal não está
contido no conjunto dos números racionais. 99x = 512 x = 512⁄99
512
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração .
3.Representação Fracionária dos Números Deci- 99
mais Ex:
Seja a dízima 1,23434...
Trata-se do problema inverso: estando o número ra-
cional escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo Façamos
na forma de fração. Temos dois casos:
x = 1,23434 … ;10x = 12,3434 …; 1000x = 1234,34 …
1º) Transformamos o número em uma fração cujo
numerador é o número decimal sem xa vírgula … ;10x = 12,3434 …; 1000x = 1234,34 …
e o deno-
= 1,23434
minador é composto pelo numeral 1, seguido de tantos
zeros quantas forem as casas decimais do número deci- Subtraindo membro a membro, temos:
mal dado:
990x = 1234,34. . . – 12,34 … 990x = 1222
9
0,9 = 1222
10
990x = 1234,34. . . – 12,34 … 990x = 1222 x =
990
57
5,7 =
10 611
Simplificando, obtemos x = , a fração geratriz
da dízima 1,23434... 495
76
0,76 = Analisando todos os exemplos, nota-se que a idéia
100 consiste em deixar após a vírgula somente a parte pe-
riódica (que se repete) de cada igualdade para, após a
subtração membro a membro, ambas se cancelarem.
348
3,48 =
100
EXERCÍCIO COMENTADO
5 1 1. (EBSERH – Médico – IBFC/2016) Mara leu 1/5 das
0,005 = = páginas de um livro numa semana. Na segunda semana,
1000 200 leu mais 2/3 de páginas. Se ainda faltam ler 60 (sessenta)
páginas do livro, então o total de páginas do livro é de:
2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada;
para tanto, vamos apresentar o procedimento através de a) 300
alguns exemplos: b) 360
c) 400
Ex: d) 450
Seja a dízima 0,333... e) 480
Façamos e multipliquemos ambos os membros por
10: Resposta: Letra D.
10x = 0,333 Mara leu 1 2 3+10 13 do livro.
5
+3= 15
= 15
Subtraindo, membro a membro, a primeira igualdade
da segunda: 13 15−13 2
Logo, ainda falta 1 − 15 = = para ser
15 15
3 lido. Essa fração que falta ser lida equivale a 60 pá-
10x – x = 3,333 … – 0,333. . . 9x = 3 x = ginas
MATEMÁTICA

9
2 1
3
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração . Assim:  60 páginas. Portanto,  30
Ex: 9 páginas.15 15
Seja a dízima 5,1717... Logo o livro todo (15/15) possui: 15∙30=450 páginas

19
SISTEMAS DE MEDIDAS: TEMPO, COMPRIMENTO, CAPACIDADE, MASSA, QUANTIDADE.

Sistema de Unidades de Medidas

O sistema de medidas e unidades existe para quantificar dimensões. Como a variação das mesmas pode ser gigan-
tesca, existem conversões entre unidades para melhor leitura.

Medidas de Comprimento

A unidade principal (utilizada no sistema internacional de medidas) de comprimento é o metro. Para medir dimen-
sões muito maiores ou muito menores que essa referência, surgiram seis unidades adicionais:

km hm dam m dm cm mm
(kilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (milímetro)

A conversão de unidades de comprimento segue potências de 10. Para saber o quanto se deve multiplicar (ou divi-
dir), utiliza-se a regra do , onde c é o número de casas que se andou na tabela acima. Adicionalmente, se você andou
para a direita, o número deverá ser multiplicado, se andou para a esquerda, será dividido. As figuras a seguir exempli-
ficam as conversões:
Ex: Conversão de 2,3 metros para centímetros

1o passo: Inicia-se da unidade que você vai converter.

2o passo: Conte a quantidade de casas que você anda de uma unidade para a outra. De metro para centímetro
foram 2 casas.

3o passo: Como foram duas casas (c=2) e andou-se para a direita, basta pegar o número em metros e multi-
plicar por 102=100. Assim, 2,3 x 100=230 cm.

Ex: Conversão de 125 000 mm para decâmetro:

1o passo: Inicia-se da unidade que você vai converter.

2o passo: Conte a quantidade de casas que você anda de uma unidade para a outra. De milímetro para decâ-
metro são 4 casas.

3o passo: Como foram quatro casas (c=4) e andou-se para a esquerda, basta pegar o número em milímetros
MATEMÁTICA

e dividir por 104=1000. Assim, 125000 mm = 125000:10000=12,5 dam.

20
Medidas de Área (Superfície)

As medidas de área seguem as mesmas referências que as medidas de comprimento. A unidade principal é o metro
quadrado e as outras seis unidades são apresentadas a seguir:

km² hm² dam² m² dm² cm² mm²


(kilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (milímetro
quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado)

A conversão de unidades segue com potências de 10. A diferença agora é que ao invés da regra de , utiliza-se a re-
gra de , ou seja, o número de casas que se andou deve ser multiplicado por 2. A definição se multiplica ou divide segue
a mesma regra: Andou para a direita, multiplica, andou para a esquerda, divide. Sigam os exemplos:

Ex: Conversão de 2 km² para m²

1o passo: Inicia-se da unidade que você vai converter.

2o passo: Conte a quantidade de casas que você andou. Neste caso, de km2 para m2, andou-se 3 casas.

3o passo: Como foram 3 casas (c=3) e andou-se para a direita, basta pegar o número em km2 e multiplicar por
102x3=106=1000000. Assim, 2km2=2000000 m2.

Ex: Conversão de 20 mm² para cm²

1o passo: Inicia-se da unidade que você vai converter.

2o passo: Conte a quantidade de casas que você andou. Neste caso, de mm2 para cm2, andou-se 1 casa.

3o passo: Como foi apenas 1casa (c=1) e andou-se para a esquerda, basta pegar o número em mm2 e dividir
por 102x1=100. Assim, 20 km2=20:100=0,2 cm2.

Medidas de Volume (Capacidade)


MATEMÁTICA

As medidas de volume seguem as mesmas referências que as medidas de comprimento. A unidade principal é o
metro cúbico e as outras seis unidades são apresentadas a seguir:

21
km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³
(kilômetro (hectômetro- (decâmetro- (metro- (decímetro- (centímetro- (milímetro-
cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico)

A conversão de unidades segue com potências de 10. A diferença agora é que ao invés da regra de , utiliza-se a re-
gra de , ou seja, o número de casas que se andou deve ser multiplicado por 3. A definição se multiplica ou divide segue
a mesma regra: Andou para a direita, multiplica, andou para a esquerda, divide. Sigam os exemplos:

Ex: Conversão de 3,7 m³ para cm³

1o passo: Inicia-se da unidade que você vai converter.

2o passo: Conte a quantidade de casas que você andou. Neste caso, de m3 para cm3, forma 2 casas.

3o passo: Como foram 2 casas (c=2) e andou-se para a direita, basta pegar o número em m3 e multiplicar por
103x2=106=1000000. Assim, 3,7 m3=37000000 m3.

Ex: Conversão de 50000 dm³ para m³

1o passo: Inicia-se da unidade que você vai converter.

2o passo: Conte a quantidade de casas que você andou. Neste caso, de m3 para dm3, andou-se 1 casa.

3o passo: Como foi apenas 1casa (c=1) e andou-se para a esquerda, basta pegar o número em dm3 e multi-
plicar por 103x1=1000. Assim, 5000 dm3=50 m3.

kL hL dam³ m³ dm³ cm³ mm³


(quilolitro) (hectolitro) (decalitro) (litro) (decilitro) (centilitro) (mililitro)
MATEMÁTICA

Para essa tabela, o roteiro para converter unidades de medidas é o mesmo utilizado para as medidas anteriores. A
diferença é que para cada unidade à direita multiplica-se por 10 e para cada unidade à esquerda divide-se por 10 (igual
para unidades de comprimento).

22
Medidas de Massa

As medidas de massa segue a base 10, como as medidas de comprimento. A unidade principal é o grama (g) e suas
seis unidades complementares estão apresentadas a seguir:
kg hg dag g dg cg mg
(kilograma) (hectograma) (decagrama) (grama) (decígrama) (centígrama) (milígrama)

Os passos para conversão de unidades segue o mesmo das medidas de comprimento. Utiliza-se a regra do , multi-
plicando se caminha para a direita e divide quando caminha para a esquerda.

FIQUE ATENTO!
Outras unidades importantes:
• Massa: A tonelada, sendo que 1 tonelada vale 1000 kg.
• Volume : O litro (l) que vale 1 decímetro cúbico (dm³) e o mililitro, que vale 1 cm³.
• Área: O hectare (ha) que vale 1 hectômetro quadrado (ou 10000 m²) e o alqueire, (varia de região para
região e normalmente a conversão desejada é dada na prova).

Medidas de Tempo

Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo, que mede intervalos de tempo, é o mais conhecido.

2h = 2 ∙ 60min = 120 min = 120 ∙ 60s = 7 200s

Para passar de uma unidade para a menor seguinte, multiplica-se por 60.

0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos; como 1 décimo de hora corresponde a 6 minutos, conclui-se que 0,3h
= 18min.

Para medir ângulos, também temos um sistema não decimal. Nesse caso, a unidade básica é o grau. Na astronomia,
na cartografia e na navegação são necessárias medidas inferiores a 1º. Temos, então:

1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)


1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)

Os minutos e os segundos dos ângulos não são, é claro, os mesmos do sistema hora – minuto – segundo. Há uma
coincidência de nomes, mas até os símbolos que os indicam são diferentes:

1h32min24s é um intervalo de tempo ou um instante do dia.


1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.

#FicaDica
Por motivos óbvios, cálculos no sistema hora – minuto – segundo são similares a cálculos no sistema grau
– minuto – segundo, embora esses sistemas correspondam a grandezas distintas.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. Raquel saiu de casa às 13h 45min, caminhando até o curso de inglês que fica a 15 minutos de sua casa, e chegou na
hora da aula cuja duração é de uma hora e meia. A que horas terminará a aula de inglês?

a) 14h
b) 14h 30min
MATEMÁTICA

c) 15h 15min
d) 15h 30min
e) 15h 45min

Resposta: Letra D. Basta somarmos todos os valores mencionados no enunciado do teste, ou seja:

23
13h 45min + 15 min + 1h 30 min = 15h 30min
Logo, a questão correta é a letra D.
HORA DE PRATICAR!
2. 348 mm equivalem a quantos decilitros?

1.(SAAE de Aimorés – MG) Em uma festa de aniversário,


Resposta: “0, 00348 dl”. cada pessoa ingere em média 5 copos de 250 ml de refri-
Como 1 cm3 equivale a 1 ml, é melhor dividirmos 348 gerante. Suponha que em uma determinada festa, havia
mm3  por mil, para obtermos o seu equivalente em 20 pessoas presentes. Quantos refrigerantes de 2 litros o
centímetros cúbicos: 0,348 cm3. organizador da festa deveria comprar para alimentar as
Logo 348 mm3 equivalem a 0, 348 ml, já que cm3 e ml se 20 pessoas? 
equivalem.
Neste ponto já convertemos de uma unidade de me- a) 12
dida de volume, para uma unidade de medida de ca- b) 13
pacidade. c) 15
Falta-nos passarmos de mililitros para decilitros, quan- d) 25
do então passaremos dois níveis à esquerda. Dividire-
mos então por 10 duas vezes: 2. Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa
0,348ml:10:100,00348dl CORRETA:
Logo, 348 mm³ equivalem a 0, 00348 dl.
I) 3 𝑥 4 ∶ 2 = 6
3. Passe 50 dm2 para hectômetros quadrados. II) 3 + 4 𝑥 2 = 14
III) O resto da divisão de 18 por 5 é 3
Resposta: 0, 00005 hm².
Para passarmos de decímetros quadrados para hectô- a) I somente
metros quadrados, passaremos três níveis à esquerda. b) I e II somente
Dividiremos então por 100 três vezes: c) I e III somente
50dm2:100:100:100 ⟹ 0,00005hm2 d) I, II e III
Isto equivale a passar a vírgula seis casas para a es-
querda. 3. (Pref. de Timon – MA) O problema de divisão 648 : 2
Portanto, 50 dm² é igual a 0, 00005 hm². é equivalente à:

4. Passe 5.200 gramas para quilogramas. a) 600: 2 𝑥 40: 2 𝑥 8: 2


b) 6: 2 + 4: 2 + 8: 2
Resposta: 5,2 kg. c) 600: 2 − 40: 2 − 8: 2
Para passarmos 5.200 gramas para quilogramas, deve- d) 600: 2 + 40: 2 + 8: 2
mos dividir (porque na tabela grama está à direita de e) 6: 2𝑥4: 2𝑥8: 2
quilograma) 5.200 por 10 três vezes, pois para passar-
mos de gramas para quilogramas saltamos três níveis 4. (Pref. de São José do Cerrito – SC) Qual o valor da
à esquerda. expressão: 34 + 14.4⁄2 − 4 ?
Primeiro passamos de grama para decagrama, depois
de decagrama para hectograma e finalmente de hec- a) 58
tograma para quilograma: b) -31
5200g:10:10:10 ⟹ 5,2Kg c) 92
Isto equivale a passar a vírgula três casas para a es- d) -96
querda.
Portanto, 5.200 g são iguais a 5,2 kg. 5. (IF-ES) Um caminhão tem uma capacidade máxima de
700 kg de carga. Saulo precisa transportar 35 sacos de ci-
5. Converta 2,5 metros em centímetros. mento de 50 kg cada um. Utilizando-se desse caminhão,
o número mínimo de viagens que serão necessárias para
Resposta: 250 cm. realizar o transporte de toda a carga é de:
Para convertermos 2,5 metros em centímetros, deve-
mos multiplicar (porque na tabela  metro  está à es- a) 4
querda de centímetro) 2,5 por 10 duas vezes, pois para b) 5
passarmos de metros para centímetros saltamos dois c) 2
níveis à direita. d) 6
Primeiro passamos de metros para decímetros e de- e) 3
pois de decímetros para centímetros:
MATEMÁTICA

2,5m∙10∙10 ⟹ 250cm
Isto equivale a passar a vírgula duas casas para a di-
reita.
Logo, 2,5 m é igual a 250 cm.
Logo, 2,5 m é igual a 250 cm.

24
6. (Pref. Teresina – PI) Roberto trabalha 6 horas por dia 12. Numa adição com duas parcelas, se somarmos 8 à
de expediente em um escritório. Para conseguir um dia primeira parcela, e subtrairmos 5 da segunda parcela, o
extra de folga, ele fez um acordo com seu chefe de que que ocorrerá com o total?
trabalharia 20 minutos a mais por dia de expediente pelo
número de dias necessários para compensar as horas de a) -2
um dia do seu trabalho. O número de dias de expediente b) -1
que Roberto teve que trabalhar a mais para conseguir c) +1
seu dia de folga foi igual a Parte superior do formulário d) +2
e) +3
a) 16
b) 15 13. (Prefeitura de Chapecó – Engenheiro de Trânsito
c) 18 – IOBV/2016) A alternativa cujo valor não é divisor de
d) 13 18.414 é:
e) 12
a) 27
7.(ITAIPU BINACIONAL) O valor da expressão: b) 31
1 + 1 + 1 + 1𝑥7 + 1 + 1𝑥0 + 1 − 1 é c) 37
d) 22
a) 0
b) 11 14. Verifique se os números abaixo são divisíveis por 4.
c) 12
d) 29 a) 23418
e) 32 b) 65000
c) 38036
8. Qual a diferença prevista entre as temperaturas no d) 24004
Piauí e no Rio Grande do Sul, num determinado dia, se- e) 58617
gundo as informações? Tempo no Brasil: Instável a enso-
larado no Sul. Mínima prevista -3º no Rio Grande do Sul. 15. (ALGÁS – ASSISTENTE DE PROCESSOS ORGANI-
Máxima prevista 37° no Piauí. ZACIONAIS – COPEVE/2014)
Critério de divisibilidade por 11
a) 34 Esse critério é semelhante ao critério de divisibilidade por
b) 36 9. Um número é divisível por 11 quando a soma alter-
c) 38 nada dos seus algarismos é divisível por 11. Por soma
d) 40 alternada queremos dizer que somamos e subtraímos
e) 42 algarismos alternadamente (539  5 - 3 + 9 = 11).
Disponível em:<http://educacao.globo.com> . Acesso em:
9. Qual é o produto de três números inteiros consecuti- 07 maio 2014. 
vos em que o maior deles é –10?
Se A e B são algarismos do sistema decimal de numera-
a) -1320 ção e o número 109AB é múltiplo de 11, então
b) -1440
c) +1320 a) B = A
d) +1440 b) A+B=1
e) nda c) B-A=1
d) A-B=10
10. Três números inteiros são consecutivos e o menor e) A+B=-10
deles é +99. Determine o produto desses três números.

a) 999.000 16. (IF-SE – TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA INFOR-


b) 999.111 MAÇÃO - FDC-2014) João, nascido entre 1980 e 1994,
c) 999.900 irá completar, em 2014, x anos de vida. Sabe-se que x
d) 999.999 é divisível pelo produto dos seus algarismos. Em 2020,
e) 1.000.000 João completará a seguinte idade:

11. Adicionando –846 a um número inteiro e multiplican- a) 32


do a soma por –3, obtém-se +324. Que número é esse? b) 30
c) 28
MATEMÁTICA

a) 726 d) 26
b) 738
c) 744
d) 752
e) 770

25
17. (SAMAE CAXIAS DO SUL –RS –AJUSTADOR DE 19. (UFGO) Uma fração equivalente a 3/4 cujo denomi-
HIDRÔMETROS – OBJETIVA/2017) Em certa turma de nador é um múltiplo dos números 3 e 4 é:
matemática do Ensino Fundamental, o professor dividiu
igualmente os 34 alunos em dois grupos (A e B) para a) 6/8
que participassem de certa competição de matemática b) 9/12
envolvendo frações. Para cada resposta correta dada c) 15/24
pelo grupo, este ganhava 10 pontos e, para cada respos- d) 12/16
ta incorreta, o grupo transferia 5 dos seus pontos para a
equipe adversária. Considerando-se que os grupos A e B 20. (COLÉGIO PEDRO II – PROFESSOR – 2018) O nú-
iniciaram a competição com 20 pontos cada, e as ques- mero decimal que representa a quantidade de crianças e
tões foram as seguintes, assinalar a alternativa CORRETA: jovens envolvidos em atividades não agrícolas no Brasil,
segundo o PNAD 2015, é: 

a) 68/10
b) 0,68
c) 6,8
d) 68/100

21. Em seu testamento, uma mulher decide dividir seu


patrimônio entre seus quatro filhos. Tal divisão foi feita
da seguinte forma:

• João receberá 1/5;


• Camila receberá 15%;
• Ana receberá R$ 16.000,00;
• Carlos receberá 25%.

A fração que representa a parte do patrimônio recebida


por Ana é:

a) 2/4.
b) 3/5.
c) 2/5.
d) 1/4.
e) 3/4.

22. (TRT - 14ª Região-RO – Analista Judiciário –


FCC/2018) Um determinado antibiótico é vendido na
a)  grupo B ficou com 25 pontos a mais do que o grupo A. forma de pó. Para uso, deve ser misturado com água,
b) grupo A ficou com 10 pontos a mais do que o grupo B. conforme as indicações da bula abaixo.
c) grupo B ganhou ao todo 30 pontos e perdeu 5.
d) grupo A ganhou ao todo 20 pontos e perdeu 10.
e) Os dois grupos terminaram a competição com a mes-
ma pontuação, 30 pontos cada.

18. (Pref. Ipiapina-CE – Auxiliar Bucal – CONSUL-


PAM/2017) Observe o número decimal e marque o item
a que fração ele corresponde: 0,747. Com esse preparo, cada 5 mL da suspensão oral recons-
tituída terá 200 mg do princípio ativo desse antibiótico.
a) 747 Se, entretanto, uma pessoa adicionar 85 mL de água ao
10 pó (em vez de 65 mL), então, a quantidade de miligramas
747
b) do princípio ativo contida em 5 mL dessa suspensão oral
100
passará a ser, aproximadamente, de
c) 747
1000
a) 124.
d) 747 b) 225.
1000
c) 180.
MATEMÁTICA

d) 156.
e) 135.

26
23. (UFLA 2018) “Uma das etapas de tratamento de c) 0,005 e 0,03 
águas de piscinas, de águas para o consumo, e outros d) 0,05 e 0,3 
usos, é a adição de “cloro”, etapa denominada de clo- e) 0,5 e 3,0 
ração. Nesse processo, nem sempre se adiciona o cloro
Cl2 diretamente na água, utiliza-se uma solução de hipo- 26. Um terreno tem 0,50 quilômetro quadrado de área
clorito de sódio, conhecida como “cloro líquido”. Depen- em metros quadrados, a área desse terreno corresponde
dendo do objetivo que se pretende, são utilizadas soluções a
com concentrações diferentes. Por exemplo, se for na água
para beber, a solução de hipoclorito adicionada possui a) 5000000.
concentração de 0,4 mg/l; já em soluções para limpeza b) 500000. 
de vegetais, a concentração é de 4 mg/l; para limpeza de c) 50000.
utensílios é de 8 mg/l e como produto para limpeza, co- d) 5000.
nhecido como água sanitária, a concentração fica entre e) 500.
25 e 50 g/l.”
(http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/adicao-cloro-na- 27. (VUNESP – Agente de Copa – 2013) Uma pessoa
-agua.htm) deve distribuir 2L de água em copos com capacidade
Num laboratório, havia 10 litros de solução para cada para 250 mL. Para distribuir todo o líquido, enchendo
tipo de uso (água para beber, para limpeza de vegetais, completamente os copos, ela precisará de
para limpeza de utensílios e produto líquido para limpe-
za). Esses 40 litros foram misturados. A concentração de a) 5 copos
hipoclorito de sódio da solução obtida pela mistura é: b) 7 copos
c) 8 copos
a) Entre 9,35 g/l e 15,60 g/l d) 9 copos
b) Entre 6,2531 g/l e 12,5031 g/l
c) Entre 9,2531 mg/l e 15,5031 mg/l 28. (VUNESP – GCM – 2012) Das 10 questões de mate-
d) Entre 9253,1 mg/l e 1560,0 mg/l mática de um concurso, um candidato demorou 8 minu-
tos e 40 segundos para resolver quatro questões fáceis,
24. (SABESP – Analista de Gestão – FCC/2018) O are 9 minutos e 50 segundos para resolver três questões
é uma unidade de área que corresponde a 100 metros médias e 12 minutos e 30 segundos para resolver duas
quadrados, ao passo que o hectare equivale a 100 ares. difíceis. Sabendo-se que ele demorou na prova de ma-
O alqueire paulista, por sua vez, equivale a 2,42 hectares temática 44 minutos e 30 segundos, o tempo gasto, em
e o alqueire baiano, a 4 alqueires paulistas. minutos, na última questão que era a mais difícil, foi:
Correspondem a 1 alqueire baiano: 
a) 11,5
a) 104 metros quadrados.  b) 12
b) 4 104 metros quadrados.  c) 12,5
c) 2,42 105 metros quadrados.  d) 13
d) 9,68 105 metros quadrados.  e) 13,5
e) 9,68 104 metros quadrados. 
29. (VUNESP – Agente de Copa – 2013) Três amigos fa-
25. (SABESP– Controlador de Sistema de Saneamento rão uma viagem de ida e volta entre Cascavel, no Paraná,
– FCC/2018) A vazão é uma grandeza metrológica uti- e Chapecó, em Santa Catarina. Irão no carro de um deles,
lizada para enumerar a quantidade de fluido que passa que faz 10 quilômetros com um litro de álcool. A distân-
em um sistema. A vazão volumétrica é definida como cia entre essas cidades é de 290 quilômetros. O total de
sendo a quantidade, em volume, que escoa por meio de litros gastos será de:
uma seção em um intervalo de tempo determinado. É
representado pela letra Q, ou por Qv, e expressa pela se- a) 55
guinte equação:  b) 58
c) 62
Qv = v/t d) 63

Onde: 30. (PREF. TERESINA-PI – PROFESSOR – NUCE-


v = volume PE/2016) Sabendo que o comprimento do muro Parque
t = tempo Zoobotânico é de aproximadamente 1,7 km e sua altura
é de 1,7 m, um artista plástico pintou uma área corres-
As unidades de vazão volumétricas comumente mais uti- pondente a 34 m² do muro em 8 horas trabalhadas em
lizadas são: m3/s, m3/h, L/h e L/min. A Conversão de L/h um único dia. Trabalhando no mesmo ritmo e nas mes-
MATEMÁTICA

para m3/h das vazões 5 L/h e 30 L/h são, respectivamen- mas condições, para pintar este muro, o pintor levará
te, em m3/h,  
a) 83 dias.
a) 0,0005 e 0,3  b) 84 dias.
b) 0,0005 e 0,003  c) 85 dias.

27
d) 86 dias.
Ano Frota Radares Arrecadação
e) 87 dias.
2004 5,8 milhões 260 328 milhões
31. (SES-PR – TÉCNICO DE ENFERMAGEM – 2013 7,5 milhões 601 850 milhões
UFPR/2009) Uma indústria metalúrgica consegue pro-
duzir 24.000 peças de determinado tipo em 4 dias, tra- Se o número de radares e o valor da arrecadação ti-
balhando com seis máquinas idênticas, que funcionam 8 vessem crescido de forma diretamente proporcional ao
horas por dia em ritmo idêntico de produção. Quantos crescimento da frota de veículos no período considera-
dias serão necessários para que essa indústria consiga do, então em 2013 a quantidade de radares e o valor
produzir 18.000 peças, trabalhando apenas com 4 dessas aproximado da arrecadação, em milhões de reais (des-
máquinas, no mesmo ritmo de produção, todas elas fun- considerando-se correções monetárias), seriam, respec-
cionando 12 horas por dia? tivamente,

a) 3. a) 336 e 424.
b) 4. b) 336 e 426.
c) 5. c) 334 e 428.
d) 6. d) 334 e 430.
e) 8. e) 330 e 432.

32. (CISMARPA – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – 36. (PREFEITURA DE SARZEDO-MG – TÉCNICO ADMI-


IPEFAE/2015)  Em um restaurante, 4 cozinheiros fazem NISTRATIVO – IBGP – 2018) Analise o trecho e assina-
120 pratos em 5 dias. Para atender uma demanda maior le a alternativa que completa CORRETAMENTE a lacuna: 
de pessoas, o gerente desse estabelecimento contratou “___________ são declarações às quais pode ser atribuído
mais 2 cozinheiros. Quantos pratos serão feitos em 8 dias ou valor verdadeiro ou valor falso.” 
de funcionamento do restaurante? 
a) 288 a) Proposições
b) 294 b) Conjunções
c) 296 c) Permutações
d) 302 d) Afirmações

33. (CRO-SP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 37. (PREFEITURA DE SARZEDO-MG – TÉCNICO ADMI-


VUNESP/2015) Cinco máquinas, todas de igual eficiên- NISTRATIVO – IBGP – 2018) Acerca das proposições,
cia, funcionando 8 horas por dia, produzem 600 peças analise. 
por dia. O número de peças que serão produzidas por 12
dessas máquinas, funcionando 10 horas por dia, durante I. A árvore é vermelha. Pode-se dizer que essa afirmação
5 dias, será igual a ou é falsa ou é verdadeira. Portanto, trata-se de uma pro-
posição.
a) 1800. II. Bom dia! Trata-se de uma saudação. Não podemos di-
b) 3600. zer que a frase é falsa, nem mesmo que é verdadeira.
c) 5400. Portanto, a frase não é uma proposição.
d) 7200. III. As informações das proposições possuem valor lógico
e) 9000. totalmente verdadeiro ou totalmente falso. Nunca uma
proposição será verdadeira e falsa ao mesmo tempo. 
34. (PREF. PORTO ALEGRE-RS – FMP CONCUR-
SOS/2012) A construção de uma casa é realizada em 10
Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s).
dias por 30 operários trabalhando 8 horas por dia. O nú-
mero de operários necessários para construir uma casa
a) I apenas
em 8 dias trabalhando 6 horas por dia é
b) III apenas
a) 18. c) I e II apenas
b) 24. d) I, II, III
c) 32.
d) 38. 38. (PREFEITURA DE SARZEDO-MG – TÉCNICO ADMI-
e) 50. NISTRATIVO – IBGP – 2018) “Se o pássaro cantar, então
ele está vivo.” 
35.(VUNESP – PMESP – CURSO DE FORMAÇÃO DE Com base na estrutura lógica, assinale a alternativa COR-
OFICIAIS – 2014) A tabela, com dados relativos à cidade RETA.
de São Paulo, compara o número de veículos de frota, o
MATEMÁTICA

número de radares e o valor total, em reais, arrecada- a) 𝑝∨𝑞


do com multas de trânsito, relativos aos anos de 2004 e b) 𝑝∧𝑞
2013: c) 𝑝↔𝑞
d) 𝑝⟶𝑞

28
39. (ARCON-PA – ASSISTENTE TÉCNICO – IADES – c) Se Rafael é inteligente ou Fabricio é chato então Rafael
2018) Considere as proposições a seguir.  é inteligente e Fabricio é chato.
d) Se Rafael é inteligente e Fabricio é chato então Rafael
i) Se Amanda vai ao parque, não está calor; é inteligente ou Fabricio é chato
ii) Se está calor, Jorge toma um suco gelado;
iii) Se Jorge vai ao parque, Amanda fica em casa.  44. (PREFEITURA DE NITERÓI – ANALISTA – FGV –
2018) A negação de “Nenhum analista é magro” é:
Sabendo que Amanda não fica em casa e que Jorge toma
um suco gelado, infere-se que a) “Há pelo menos um analista magro”.
b) “Alguns magros são analistas”.
a) está calor. c) “Todos os analistas são magros”.
b) Amanda vai ao parque. d) “Todos os magros são analistas”.
c) Jorge fica em casa. e) “Todos os analistas não são magros”.
d) Jorge não vai ao parque
e) não está calor 45. (PBH ATIVOS S.A. – ANALISTA JURÍDICO – IBGP
– 2018) A negação da frase “Toda gestão imobiliária pre-
40. (PC-SP – AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA – VUNESP cisa de regulação cadastral” é equivalente a:
– 2018) Considere falsidade a proposição I, e verdade a
proposição II: a) “Existe alguma gestão imobiliária que não precisa de
regularização cadastral”.
I. Se Ana é auxiliar de papiloscopista, então Caio é inves- b) “Nenhuma gestão imobiliária precisa da regularização
tigador. cadastral”.
II. Caio é investigador ou Monica é escrivã. c) “Toda gestão imobiliária independe da regularização
cadastral”.
d) “Alguma gestão imobiliária precisa da regularização
Com base no que foi apresentado, é verdade que
cadastral”.
a) Caio não é investigador, e Monica não é escrivã.
46. (PC-SP – AGENTE POLICIAL – VUNESP – 2018) Leia
b) Ana não é auxiliar de papiloscopista, e Monica é es-
a frase a seguir: “Qualquer pessoa sabe andar de bicicle-
crivã.
ta”. A afirmação que corresponde à negação lógica dessa
c) Ana não é auxiliar de papiloscopista, e Caio não é in- frase é:
vestigador.
d) Ana é auxiliar de papiloscopista, e Monica é escrivã. a) Todos que andam de bicicleta também andam de mo-
e) Caio é investigador, e Mônica é escrivã. tocicleta.
b) Apenas uma pessoa sabe andar de bicicleta
41. (AL-RS – AGENTE LEGISLATIVO – FUNDATEC – c) Pelo menos uma pessoa não sabe andar de bicicleta.
2018) A tabela-verdade da fórmula é equivalente à ta- d) As crianças não sabem andar de bicicleta
bela-verdade da fórmula da alternativa: e) Ninguém sabe andar de bicicleta
a) ¬𝑃 → (𝑄 ∨ 𝑅) 47. (TJ-SC – TÉCNICO JUDICÁRIO AUXILIAR – FGV –
b) 𝑃 ∨ (¬𝑄 ∨ ¬𝑅) 2018) Considere a afirmação: “Nenhum médico é cego”.
c) 𝑃 ∨ (𝑄 ∨ 𝑅) A negação dessa afirmação é:
d) 𝑃 → (¬𝑄 ∧ ¬𝑅)
e) (𝑄 ∨ 𝑅) → 𝑃 a) Há, pelo menos, um médico cego.
b) Nenhum cego é médico.
42. (AL-RS – TÉCNICO LEGISLATIVO – FUNDATEC– c) Todos os médicos são cegos.
2018) A tabela-verdade da fórmula : d) Todos os cegos são médicos.
e) Todos os médicos não são cegos.
a) Só é falsa quando P e Q são falsos
b) É uma tautologia 48. (SEFAZ-RS – TÉCNICO TRIBUTÁRIO – CESPE – 2018)
c) É uma contradição A negação da proposição “O IPTU, eu pago parcelado; o
d) Só é falsa quando P e Q são verdadeiros IPVA, eu pago em parcela única” pode ser escrita como
e) Só é falsa quando P é verdadeiro e Q é falso
a) “Eu não pago o IPTU parcelado e não pago o IPVA em
43. (IGP-SC – PERITO CRIMINAL AMBIENTAL – IESES– parcela única”
2017) Indique a alternativa que representa uma tauto- b) “Eu não pago o IPTU parcelado e pago o IPVA parce-
logia: lado”
c) “Eu não pago o IPTU parcelado ou não pago o IPVA em
MATEMÁTICA

a) Se Rafael é inteligente ou Fabricio é chato então Rafael parcela única”


não é inteligente e Fabricio não é chato. d) “Eu pago o IPTU em parcela única e pago o IPVA par-
b) Se Rafael é inteligente e Fabricio é chato então Rafael celado”
é inteligente e Fabricio não é chato. e) “Eu pago o IPTU em parcela única ou pago o IPVA
parcelado”

29
49. (PREFEITURA DE MARICÁ – ORIENTADOR PEDA- 53. (PC-SP – ESCRIVÃO – VUNESP – 2018) De um argu-
GÓGICO – COESAC – 2018) A negação lógica da afirma- mento válido, sabe-se que suas premissas são:
ção condicional “se Ana adoece, então Pedro fica triste”
é: I. Se a investigação é feita adequadamente e as provas
são consistentes, então é certo que o réu será condena-
a) Se Ana não adoece, Pedro não fica triste. do.
b) Se Ana adoece, então Pedro não fica triste. II. O réu não foi condenado.
c) Ana adoece ou Pedro não fica triste.
d) Ana adoece e Pedro não fica triste. Dessa forma, uma conclusão para esse argumento está
e) Se Pedro fica triste, Ana adoece. contida na alternativa:

50. (PREFEITURA DE CONCHAS. – ASSISTENTE AD- a) A investigação não foi feita adequadamente e as pro-
MINISTRATIVO – METRO CAPITAL SOLUÇÕES – 2018) vas não foram consistentes.
Sabe-se que Heloísa dança ballet e fala italiano, a nega- b) A investigação foi feita adequadamente ou as provas
ção desta proposição então é: foram consistentes.
c) A investigação não foi feita adequadamente, mas as
a) Heloísa não dança ballet ou não fala italiano. provas foram consistentes.
b) Se Heloísa dança ballet, então não fala italiano. d) A investigação não foi feita adequadamente ou as pro-
c) Heloísa não dança ballet, e não fala italiano. vas não foram consistentes.
d) Heloísa fala italiano ou não dança ballet. e) A investigação foi feita adequadamente mas as provas
e) Heloísa não fala italiano ou dança ballet. não foram consistentes.

51. (PREFEITURA DE NITERÓI. – AUDITOR MUNICI- 54. (CRF-TO – ANALISTA DE TI - IADES, 2019).
PAL – FGV – 2018) Considere a sentença: “Se Arlindo é Suponha que, no Conselho Federal de Farmácia, traba-
baixo, então Arlindo não é atleta”. Assinale a opção que lhem 5 analistas de tecnologia da informação. Uma nova
apresenta a sentença logicamente equivalente à senten- rede de computadores será projetada e implementada
ça dada. para modernização dos processos. Para tanto, será mon-
tada uma equipe com 4 analistas, sendo 2 responsáveis
a) “Se Arlindo não é atleta, então Arlindo é baixo”. unicamente por projetar a rede e outros 2 responsáveis
b) “Se Arlindo não é baixo, então Arlindo é atleta”. unicamente por instalar e configurar a rede. Quantas
c) “Se Arlindo é atleta, então Arlindo não é baixo”. equipes distintas podem ser formadas para a execução
d) “Arlindo é baixo e atleta”. da tarefa?
e) “Arlindo não é baixo e não é atleta”.
a) 20
52. (TRT 15° REGIÃO – ANALISTA – FCC – 2018) Consi- b) 40
dere os dois argumentos a seguir:  c) 35
d) 30
I. Se Ana Maria nunca escreve petições, então ela não e) 25
sabe escrever petições. Ana Maria nunca escreve peti-
ções. Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições.  55. (CRF-TO – ANALISTA DE TI - IADES, 2019).
II. Se Ana Maria não sabe escrever petições, então ela Geraldo tem 4 porta-arquivos de mesa de cores diferen-
nunca escreve petições. Ana Maria nunca escreve peti- tes (azul, verde, amarelo e vermelho) para organizar os
ções. Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições.  processos administrativos da própria repartição. Ele pre-
Comparando a validade formal dos dois argumentos e tende colocar os porta-arquivos lado a lado sobre uma
a plausibilidade das primeiras premissas de cada um, é escrivaninha. De quantas maneiras diferentes ele pode
correto concluir que organizar esses porta-arquivos?

a) o argumento I é inválido e o argumento II é válido, a) 36


mesmo que a primeira premissa de I seja mais plausí- b) 12
vel que a de II. c) 24
b) ambos os argumentos são válidos, a despeito das pri- d) 48
meiras premissas de ambos serem ou não plausíveis. e) 8
c) ambos os argumentos são inválidos, a despeito das
primeiras premissas de ambos serem ou não plausí- 56. (POLÍCIA FEDERAL – AGENTE DE POLÍCIA - FU-
veis. VEST, 2013).
d) o argumento I é inválido e o II é válido, pois a primeira Em um aeroporto, 30 passageiros que desembarcaram
premissa de II é mais plausível que a de I. de determinado voo e que estiveram nos países A, B ou
MATEMÁTICA

e) o argumento I é válido e o II é inválido, mesmo que a C, nos quais ocorre uma epidemia infecciosa, foram sele-
primeira premissa de II seja mais plausível que a de I. cionados para ser examinados. Constatou-se que exata-
mente 25 dos passageiros selecionados estiveram em A
ou em B, nenhum desses 25 passageiros esteve em C e 6
desses 25 passageiros estiveram em A e em B.

30
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item
que segue.
GABARITO
Se 2 dos 30 passageiros selecionados forem escolhidos
ao acaso, então a probabilidade de esses 2 passageiros 1 B
terem estado em 2 desses países é inferior a 1/30.
2 C
( ) CERTO ( ) ERRADO 3 D
4 A
57. (EPE – ANALISTA – CESGRANRIO, 2014).
A probabilidade de um indivíduo selecionado aleatoria- 5 E
mente em uma população apresentar problemas circula- 6 C
tórios é de 25%. Sabe-se que indivíduos com problemas
7 B
de circulação apresentam o dobro da probabilidade de
serem fumantes do que aqueles sem tais problemas. Se 8 D
um indivíduo fumante é selecionado dessa população, 9 A
qual a probabilidade de ele apresentar problemas circu-
latórios? 10 C
11 B
a) 2/5 12 E
b) 1/4
c) 1/3 13 C
d) 1/2 14 B
e) 2/3 15 C
58. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 16 B
CESGRANRIO, 2018). 17 C
Para montar uma fração, deve-se escolher, aleatoriamen-
18 B
te, o numerador no conjunto N = {1, 3, 7, 10} e o denomi-
nador no conjunto D = {2, 5, 6, 35}. 19 C
20 B
Qual a probabilidade de que essa fração represente um
21 C
número menor do que 1(um)?
22 A
a) 50% 23 C
b) 56,25%
c) 25% 24 D
d) 75% 25 C
e) 87,5% 26 B
27 D
28 B
29 D
30 C
31 A
32 A
33 E
34 E
35 A
36 A
37 D
38 D
39 D
MATEMÁTICA

40 D
41 D
42 A

31
43 D ANOTAÇÕES
44 A
45 A
46 C ________________________________________________

47 A _________________________________________________
48 C _________________________________________________
49 D
_________________________________________________
50 A
51 C _________________________________________________
52 E _________________________________________________
53 D
_________________________________________________
54 D
_________________________________________________
55 C
56 ERRADO _________________________________________________
57 A _________________________________________________
58 B
_________________________________________________

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MATEMÁTICA

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32
ANOTAÇÕES

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MATEMÁTICA

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33
ANOTAÇÕES

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MATEMÁTICA

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