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DOCUMENTO 107: INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ, ITINERÁRIO PARA FORMAR

DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS
O Documento 107, fruto de uma longa caminhada da igreja, foi aprovado pelos Bispos do Brasil
em sua 55ª Assembleia, no ano de 2017, em Aparecida- SP e recebe o número de 107 da
coleção azul da Conferência (CNBB).

Sugiro a visualização do vídeo com explicações de alguns dos envolvidos:


https://www.youtube.com/watch?v=2hBgo-iUzgs

O documento oferece novas disposições pastorais para a iniciação à vida cristã, presente nas
Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora desde 2011. O documento revela o propósito dos
bispos em buscar novos caminhos pastorais e reconhecer que a inspiração catecumenal é uma
exigência atual. Com a Iniciação à Vida Cristã a Igreja formará discípulos conscientes, atuantes
e missionários. Em seis passos o documento apresenta os processos de iniciação ao discipulado
de Jesus.

A Igreja não deve funcionar por “gavetas”: Dízimo, Catequese, Liturgia, etc. A Iniciação a Vida
Cristã deve perpassar por tudo, transformar católicos em discípulos de Jesus.

Principais eixos:

 A Família é o BERÇO da Iniciação à Vida Cristã


 A Comunidade Igreja é a CASA da Iniciação à Vida Cristã
 Inspiração catecumenal: proporcionar um encontro pessoal com Jesus Cristo e criar um
sentimento de pertença à sua Igreja
 Centralidade da Palavra de Deus
 Centralidade do Mistério Pascal de Cristo, a missa em comunidade, favorecer o
entendimento da liturgia e seus símbolos.
 Acontece por etapas: Querigma, Catecumenato, Purificação e Iluminação, Mistagogia
 A figura do introdutor: disposto a acompanhar a caminhada de fé do iniciante, mostrar Jesus,
dizer de sua vida cristã para o outro, saber ser próximo (ícone João Batista). Para as
crianças pode-se chamar os padrinhos e familiares como introdutores.
 Catequese querigmática e mistagógica

Consequências:

 Redimensionar o papel do catequista dentro da IVC


 Agentes do processo de educação da fé: comunidade, família, introdutores, conselho
pastoral paroquial, catequistas, liturgia, consagrados, diáconos, padres e Bispos.
 Envolvimento da comunidade e de outras pastorais: batismo, catequese, liturgia, familiar
 Refazer o calendário respeitando o Ano Litúrgico, marcando Batismos, Crisma e
Eucaristia para o tempo Pascal.
 Provocar questionamento – hoje se tem dificuldade
 Igreja aberta e missionária
 Adaptar o itinerário que foi pensado inicialmente para adulto para as crianças e
adolescentes.

Necessidades:
 Elaboração e seguimento de um Projeto Diocesano de Iniciação a Vida Cristã
 “Fazer as pazes” com o tempo em uma época de urgências, não fazer correndo e queimar
etapas.
 Formação e envolvimento para os presbíteros e agentes de pastorais
 Catequistas preparados, com processo de formação estruturado (catequese, Bíblia, liturgia,
espiritualidade). O catequista deve ser orientado para SER + SABER + SABER FAZER
 Investimento em formadores
 Novas disposições pastorais: perseverança, docilidade, sensibilidade, trabalho em equipe
 Boa preparação das celebrações
 Experiência orante – ter o momento do dia para rezar
 Desenvolver postura de escuta, com sensibilidade real quanto à situação pessoal do
indivíduo
 Voltar ao essencial, ao Evangelho de Jesus. Promover um segundo Anúncio/ Querigma aos
batizados e crismados.
 Grupo que possa acompanhar os adolescentes pós Crisma. Metodologia, temas e
periodicidade adequados.

Desafios:

 Igreja acolhedora
 Envolver os padres e os agentes de pastoral para caminharem juntos
 Processo lento e gradual
 Tem que ser um projeto paroquial e não dos catequistas da paróquia
 Busca da coerência
 Mudança de vida, via da ternura
 Inspiração catecumenal para inserção no Mistério de Cristo
 Catequizar a geração NET – compreendendo a diferença entre comunidade
(interdependência) e rede (autonomia). Entender que o virtual também é real e que temos
que ter comportamento adequado nas mídias (o que postar, compartilhar, como tratar os
outros), pois são como espelhos do indivíduo real.
 Rever a possibilidade de adotar a sequência original dos Sacramentos da Iniciação: Batismo
– banhar-se, Crisma – perfumar-se e Eucaristia – sentar-se à mesa.
 Porque os pais pedem o Batismo para seus filhos?
 A Crisma tem o sentido de sacramento da maturidade do Cristão?

O enfrentamento de um conflito é oportunidade de crescimento para os envolvidos, uma graça


de Deus para que seja dado um passo qualitativo no serviço pastoral mediante a escuta, o
diálogo, o respeito, a aceitação, o perdão, em busca do consenso possível (papel mediador do
sacerdote).

Breve resumo

O Documento 107 da CNBB está assim dividido: Introdução, 4 capítulos e conclusão.

INTRODUÇÃO

Em 2013, o Papa Francisco, fazendo eco ao Sínodo sobre a Nova Evangelização para a
transmissão da Fé Cristã, afirmou que nos encontramos em uma nova etapa evangelizadora que
deve ser marcada pela alegria e deve indicar rumos novos para a caminhada da Igreja.
É urgente a revisão de nosso processo de transmissão da fé. É preciso mover-nos a um
processo de conversão pastoral e de aprendizagem; é necessário pensar e construir um novo
paradigma pastoral; vivemos à procura de respostas sobre a vida, seu sentido e no fundo sobre
nós mesmos. Faz-se necessário e urgente um NOVO CAMINHO PASTORAL que norteie e guie
essa transmissão.

ITINERÁRIO CATEQUÉTIDO: INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ

CAPITULO 1 – ÍCONE BÍBLICO: trata da Iluminação Bíblica com o Evangelho do encontro de


Jesus com a samaritana para destacar os passos pedagógicos para a conversão. O texto
apresenta o itinerário a partir do “ícone bíblico” representado pelo encontro de Jesus com a
Samaritana retratado no capítulo quatro do Evangelho de São João

“Tudo muda quando encontramos Jesus”

Era preciso que Jesus passasse pela Samaria, e diante do poço se encontrasse com a
Samaritana para, assim, “travar” com ela um diálogo levando-a a reconhecer Nele a Água
viva que mata toda sede. Fazendo então uma Catequese.

Jesus espera que tenhamos sede dEle.


Qual é a água que podemos dar para Jesus?
Encontro da necessidade humana com a graça de Deus.
Conhecer é diferente de saber.
A salvação vem da fé em Jesus, Ele se abaixa para se mostrar à Samaritana, ensina-lhe
gradativamente o que significa Adorar a Deus em Espírito e Verdade.

CAPÍTULO 2 - VER: Narra a história do processo da iniciação cristã, que defende a necessidade
da conversão pessoal, a partir do encontro pessoal com Jesus.

Faz-se necessário olhar para dentro de si com humildade.


Em primeiro lugar Deus fala para nós catequistas, ninguém sabe tudo. Procuremos deixar o
Senhor falar através de nossa vivência e testemunho que falam até mais que o conteúdo
exposto.
O encontro com Jesus provoca o Acolhimento.
Fazer acontecer uma mística do encontro, sem rigorismo.
Nunca se deve ter fé de gosto (do meu jeito), mas assumir o jeito de Jesus. Entregar se com
amor e alegria a missão de testemunhar.

Será muito proveitoso ao catequista conhecer o Documento de Aparecida.


Deve conhecer também o documento Catequese Renovada (1983) e a proposta do Papa
Francisco da Evangelii Gaudium. Há vários desafios atuais como intolerância, sectarismo,
desestruturação da família, corrupção. Enfrenta-los sem desanimar.

CAPÍTULO 3 - ILUMINAR: Traz como a Igreja pretende implantar a Iniciação.

Temos que amar a Igreja como ela é e não como gostaríamos que ela fosse.
Um itinerário significa uma caminhada no qual é necessário um mergulho pessoal na fé.

Nas urgências da Igreja com relação à evangelização hoje, devemos iniciar um diálogo com toda
a sociedade sobre:
 Igreja como Casa de Iniciação à vida cristã
 Igreja em estado permanente de Missão
 Animação Bíblica (nunca começar reunião de trabalho sem a luz da Palavra de Deus)
 Formação de comunidades
 Valorização da Vida

Utilização de temas que sejam atraentes, aprender com o catequizando, cada um deve se sentir
pessoalmente envolvido, buscar o uso de símbolos, valorizar os ritos, mergulhar no mistério
pascal de Jesus, participar de formação continuada, vivificar a relação filial com Deus que nos
faz nova criatura. Testemunhar com vida de oração que Cristo é o Centro, anunciando-O com
linguagem adequada. Promover a inserção tendo Maria como modelo de mãe.

Trazer as etapas no Quadro Geral e uma explicação quanto ao uso do RICA no que for
pertinente (como inspiração).

É necessário um aprofundamento após a recepção do sacramento: Introdução aos Mistérios de


Deus, aprender e viver os gestos; Não só falar da fé, mas viver a fé: Experimentar Deus além
das aparências (Tempo da Mistagogia).

É preciso superar a divisão entre a Catequese e a Liturgia: Deus trabalhando na gente,


salvando, purificando, libertando do mal (nós trabalhando para que Deus trabalhe em nós)
colocando ao centro a Eucaristia.

Dentro de tudo procurar a coerência de vida (o catequista é exemplo de vida cristã).

CAPÍTULO 4 – AGIR E CONCLUSÃO: Mostra como colocar em prática a IVC a partir de um


agir pastoral da Igreja.

Vislumbra-se um Projeto da Diocese para a Implantação da IVC, com centralidade na Palavra de


Deus, Integração da catequese com a liturgia, Pastoral de Conjunto, atuação dos Conselhos
Paroquiais, instrução, formação, recursos, etc.

A única e principal missão da Igreja é seguir o pedido de Jesus para “Ide por todo o
mundo, pregai o Evangelho a toda criatura e batizai em Nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo”. Em primeiro lugar faz-se um Anúncio; depois uma Catequese e por último a
participação na Liturgia (sacramentos). Este caminho que visa formar discípulos (pessoas
convictas da fé).

Hoje existe um abismo muito grande entre Liturgia e Catequese.

Na catequese aprofundamos o conhecimento, as razões da fé católica, mergulhamos no mistério


da pessoa de Jesus. O catequista é responsável pelos seus catequizandos. E sempre deve se
perguntar: Eles estão preparados?

Os Sacramentos/Liturgia são como as núpcias em um casamento, momento áureo em que os


catequizandos devem se aproximar com piedade e respeito. A caminhada cristã não se encerra
na recepção do sacramento, ele faz parte de uma necessária inserção da vida da Igreja e da
Comunidade.
A restauração do catecumenato tem que ser uma missão da Igreja, com a retomada do
Querigma, anunciado de forma inteligente, atraente e convincente. Seguido por um
aprofundamento bíblico, da Doutrina Social, Liturgia, Ecumenismo, etc.

Os sujeitos destinatários da IVC são as famílias, crianças, adultos, jovens, pessoas com
deficiência e pessoas nas periferias existenciais, ou seja, todo àquele que quer, de maneira livre
e pessoal, se aprofundar no mistério de Deus.

Os catequistas também devem fazer o itinerário, buscar o aprofundamento e formação


continuada, além de buscar aprender com os seus catequizandos.

Deus nos abençoe nessa digna Missão de fazer ECOAR a PALAVRA DE DEUS.

Colaboração: Lilian V. F. Volpato

Fontes:
- Formação com D. Marcony- Arquidiocese de Brasília 30/09/2017
- Formação dos coordenadores de Catequese do Regional Centro Oeste sobre o Doc. 107 –
Iniciação à Vida Cristã – Itinerário para formar discípulos missionários com Pe. Antônio Marcos
Depizolli (set/2017).

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