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Kultur Dokumente
Versão 1.2
EQUIPE
II
Programa de Georreferenciamento e Acervo - DEPI
Pró-reitoria de Extensão e Cultura
Secretaria de Administração Regional
Secretaria de Vivência nos Campi
III
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO............................................................................................................................. 1
IV
4. CENÁRIO FUTURO E DIRETRIZES ................................................................................................ 113
V
1. Apresentação
1
1.1. Plano Diretor Integrado
2
O produto do desenvolvimento do PD-Integrado estará em constante atualização e
será publicado quadrienalmente, de forma a estabelecer os princípios, diretrizes e normas
de planejamento urbano sustentável para a Unicamp. O plano tem a sustentabilidade
urbana como conceito norteador e é desenvolvido a partir de áreas de planejamento
urbano que fazem a relação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: Uso e
Patrimônio, Meio Ambiente, Infraestrutura Urbana, Mobilidade e Acessibilidade, Vivência
e Fricção Social e Universidade e Sociedade.
O documento resultante desse trabalho foi apresentado e aprovado pela COPEI, na
versão 1.2, em dezembro de 2018. A equipe responsável pelo O Plano Diretor Integrado
ainda fará oficinas de colaboração da comunidade acadêmica – professores, alunos e
funcionários representantes das faculdades e institutos – e integrará de forma mais
completa os demais campi da Unicamp. Além disso, ainda haverá o processo de desenho
do masterplan que contempla o cenário futuro desejado e todas as integrações necessárias
com as prefeituras municipais dos respectivos campi.
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1.2. Metodologia Plano Diretor Integrado da Unicamp
4
Figura 1 – Estruturação do Plano Diretor Integrado e Grupo de Colaboração Associado
5
Figura 2 – Fluxo de desenvolvimento de um cenário desejado
Alguns desses subprojetos que já existem, estão sendo desenvolvidos por órgãos
técnicos da Unicamp e estão sendo integrados ao Plano Diretor Integrado através de suas
diretrizes. Outros projetos de planejamento e infraestrutura urbana surgirão como
demandas do próprio plano e serão desenvolvidos através de uma rede de colaboração
com institutos e faculdades, formando laboratórios vivos, em que graduandos e pós-
graduandos, orientados por professores e embasados nas diretrizes do Plano Diretor
Integrado de acordo com as áreas de planejamento. Todos esses projetos passarão pelo
processo da cadeia de decisão, com a análise multicritério do Programa de Ações Imediatas
da DEPI.
A validação do Plano Diretor Integrado será feita através de oficinas junto à
comunidade local, bem como apresentação junto à COPEI e ao CONSU. Após a primeira
validação, o programa deve estar em constante atualização para que seja publicado a cada
4 anos. Os projetos decorrentes do Plano Diretor Integrado terão fluxo contínuo.
Para isso, o quadro seguinte indica as ações que devem ocorrer durante o ano de
2019, a fim de concretizar a validação do PD-Integrado.
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A validação do Plano Diretor Integrado será feita através de oficinas junto à
comunidade local, bem como apresentação junto à COPEI e ao CONSU. Após a primeira
validação, o programa deve estar em constante atualização para que seja publicado a cada
quatro anos. Os projetos decorrentes do Plano Diretor Integrado terão fluxo contínuo.
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1.3. Análise do relatório das oficinas de cartografia social
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1.4. Mapeamento da acessibilidade socioambiental
Para investigar os espaços de transição entre o domínio público (os espaços de uso
coletivo) e o domínio privado (os espaços das Unidades) do ambiente do campus foi
adotado como método de análise o Ecological Model of the Urban Environment proposto
por Stanford Anderson (1990), ajustando-o às especificidades de um campus universitário.
Este método permite fazer uma leitura com razoável grau de sensibilidade das
gradações inerentes aos dois domínios (o público e o privado) em sistemas urbanos
complexos, a partir da classificação e mapeamento das várias forças sociais que ocorrem
dentro do ambiente físico, de forma a identificar a correlação entre o uso e a forma da
cidade (ou de um fragmento dela). Os espaços da cidade (ou de partes dela) que são
publicamente acessíveis compõem um subsistema operacional que permite detectar o
nível de acessibilidade e os padrões de atividade de um determinado setor urbano. Esse
subsistema é desenhado para incluir todos os espaços que são, direta ou sequencialmente,
acessíveis a partir do domínio público, incluindo os espaços que são apenas visualmente
acessíveis.
Importante apontar que espaços acessíveis se referem aqui não apenas àqueles com
acessibilidade a PCD (Pessoas com Deficiência), como são comumente entendidos, mas
abrange o universo mais amplo do conceito de acessibilidade como a condição primordial
para a apropriação e uso de um espaço. Poder estar em um lugar é a condição inicial para
poder usá-lo. Stephen Carr (1995) classifica três tipos de acesso ao espaço público: físico,
visual e simbólico ou social. O acesso físico refere-se à ausência de barreiras espaciais ou
arquitetônicas (construções, plantas, cercas, água etc.). No caso do espaço público, são
considerados também a localização das aberturas, os fluxos de pessoas, as condições de
9
travessia, a qualidade ambiental dos trajetos, entre outros. O acesso visual, ou visibilidade,
define a qualidade do primeiro contato com o espaço, do usuário com o lugar, mesmo à
distância. Perceber e identificar ameaças em potencial são procedimentos instintivos antes
de adentrar um espaço. O acesso simbólico ou social refere-se à presença de sinais - sutis
ou ostensivos – indicativos de quem é e quem não é bem-vindo ao lugar.
Tendo em conta esses conceitos, para detectar o nível de acessibilidade e os padrões
de atividade do campus-sede da Unicamp, a DEPI, com o auxílio de estagiários, está
finalizando um levantamento extensivo quadra a quadra, que foi denominado
Mapeamento da Acessibilidade Socioambiental do Campus (MASA), focando em um dos
três subsistemas operacionais sugeridos por Anderson (1990): os espaços de direto público,
(que, no caso do campus que é um território público do Estado, equivalem aos espaços de
uso coletivo).
O mapeamento consiste no levantamento de: (1) calçadas, passeios e caminhos,
incluindo também os caminhos informais, localizando rampas e escadas para vencer
desníveis e classificando-os por materiais e níveis de acessibilidade; (2) barreiras físicas
construídas (tais como muros, muretas, cercamentos e obstáculos à livre passagem de
pessoas); (3) barreiras naturais (taludes e desníveis acentuados que impossibilitam a
passagem); (4) os acessos às edificações e o nível de controle de cada acesso; (5) os fluxos
de pedestres e a intensidade desses fluxos. Ver relatório com a análise do Mapeamento
da Acessibilidade Socioambiental do campus da Unicamp (MASA).
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2. Princípios norteadores
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2.1. Objetivos estratégicos do Planes
Quadro 1.
1
http://www.unicamp.br/unicamp/ju/650/planejamento-estrategico-da-unicamp-2016-2020
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9 Ampliar a internacionalização com docentes, discentes, pesquisadores e funcionários
10 Intensificar parcerias com diferentes setores da sociedade
OBJETIVOS PARA EXCELÊNCIA NA GESTÃO ADMINISTRATIVA
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2.2. Sustentabilidade urbana
Fonte: https://nacoesunidas.org/conheca-os-novos-17-objetivos-de-desenvolvimento-
sustentavel-da-onu/
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sustentável pelos cidadãos, contribuindo com a criação de novos padrões de produção e
de consumo sustentáveis e uso responsável dos recursos (UN-HABITAT, 2016a).
A Habitat-III reconheceu a importância do planejamento e do desenho urbano para
estabelecer uma provisão adequada de bens comuns, incluindo ruas e espaços abertos, em
um padrão eficiente de construções, e criou um tema na Nova Agenda Urbana chamado
“Prosperidade e oportunidades urbanas inclusivas e sustentáveis para todos”, que inclui:
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A UN-Habitat possui uma série de parcerias, entre as quais se destaca a já
mencionada International Council for Local Environmental Initiatives (ICLEI), associação
mundial de governos locais para o desenvolvimento sustentável, que atua em mais de 100
países, e a Urban-LEDS (Urban Low Emission Development Strategies), que também está
vinculada à ICLEI, mas age na escala local. Ambas as associações trabalham com agendas
paralelas e que se remetem constantemente aos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável da ONU, principalmente ao número 11.
O ODS 11 – cidades e comunidades sustentáveis – enfatizou a urbanização e
reconheceu que as cidades conectam outros objetivos (Quadro 2). O ODS 11 é monitorado
através de indicadores que constam no documento “Sustainable Development Goal 11 –
Make Cities and Human Settlements Inclusive, Safe, Resilient and Sustainable” (2016b).
16
Fonte: UN-Habitat (2016a, p. 24).
17
Fim da discriminação contra mulheres, Uso e Patrimônio;
empoderamento e igualdade de gênero, Universidade e
manutenção de rede de atendimento e assistência Sociedade; Vivência e
à mulher. Fricção Social;
Mobilidade e
Acessibilidade.
Manter o direito à água potável, à saúde à Infraestrutura Urbana e
segurança alimentar, ao saneamento e a gestão de Meio Ambiente.
resíduos.
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Redução do lançamento de efluentes, de resíduos Uso e Patrimônio; Meio
industriais e sólidos na rede fluvial. Ambiente;
Infraestrutura Urbana.
2 O Fórum Político de Alto Nível é um evento anual coordenado pela ONU que acontece desde a Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio +20 e que tem um papel central no
acompanhamento e na revisão da Agenda 2030 a nível global. Nele ocorrem compartilhamentos de experiências
e formação de parcerias entre os países envolvidos.
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concentração no grupo de indicadores para os ODSs 6, 7, 11, 12, 15 e 17. Um dos resultados
desse fórum foi a publicação do Relatório Síntese do ODS 11, “Tracking progress towards
inclusive, safe, resilient and sustainable cities and human settlements”, que descreve o
progresso da comunidade em direção a implementação da Nova Agenda Urbana e seus
desafios.
Nesse relatório há ênfase na valorização da urbanização sustentável como
facilitadora do alcance aos ODSs, pois considera-se que o processo da urbanização é
incontrolável e, por isso, as áreas urbanas tornam-se cada vez mais críticas em termos do
alcance dos ODSs e das metas sociais, econômicas e ambientais da Nova Agenda Urbana.
O relatório analisa uma série de importantes desenvolvimentos relacionados à prevalência
de favelas nas cidades, espaços abertos, transporte público, poluição do ar, participação
cidadã e políticas públicas. Ele também examina os desafios do desenvolvimento de
metodologias para indicadores do ODS 11 que estão começando a serem monitorados e
para os quais existem parcerias da ONU com uma série de agências voltadas para o
urbanismo sustentável (UNITED NATIONS, 2018b).
O histórico das reuniões e metas internacionais sobre o desenvolvimento sustentável
urbano começou com a preocupação estritamente ambiental: poluição atmosférica e
degradação do meio ambiente. Atualmente, tem-se uma enorme gama de temas correlatos
que variam desde economia, passando pelas questões sociais e culturais e pelas questões
de infraestrutura. O urbano tem o potencial de progresso na criação de sociedades
sustentáveis porque nele está a integração das questões econômicas, ecológicas, políticas
e culturais. Por isso, torna-se cada vez mais urgente a implementação do planejamento, do
desenho e das ações para a sustentabilidade urbana.
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2.3. Universidade sustentável
3
International Sustainable Campus Network (ISCN)
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sustentabilidade. Assim, implementa os princípios do ISCN, definirá metas e publicará o
desempenho de suas ações regularmente.
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2.4. Laboratório vivo
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3. Panorama da Universidade
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3.1. Usos e patrimônio construído
Este item traz um panorama sobre o uso e a ocupação dos campi universitários que
pertencem à Unicamp ou estão sob regime de comodato. Nele é tratado o histórico de
planejamento territorial específico do campus Zeferino Vaz, com indicações para os demais
campi e o patrimônio cultural que a universidade possui.
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de construção para que a proposta pedagógica de integração das diferentes áreas do
conhecimento se consolidasse no território como espaço interdisciplinar. Dessa forma, foi
estabelecida a proposta de desenho urbano radial-concêntrico, com os institutos das
ciências básicas e das ciências humanas justapostos, lado a lado, com seus vértices voltados
para a grande praça central do Ciclo Básico de modo a facilitar o convívio de professores e
alunos das diferentes áreas do saber. As faculdades das engenharias e das ciências
aplicadas ficariam no segundo nível da estrutura radial, colocadas no prolongamento dos
institutos, conforme a afinidade entre as disciplinas.
Nesse sentido, é possível afirmar que, ao longo das cinco décadas de existência da
Unicamp, o Plano Urbanístico Original, elaborado pelo arquiteto João Carlos Bross, na
segunda metade da década de 1960, constitui o único Plano Diretor que direcionou a
ocupação do seu campus-sede. Este plano, pela presença continuada do seu autor, o
professor Zeferino Vaz, atuando em sintonia com os dirigentes de então, nunca chegou a
ser formalizado em um documento escrito, mas vigorou por todo o período de implantação
da universidade, como é conhecido o período de 12 anos de gestão do Reitor Prof. Zeferino
Vaz, entre 1966 e 1978. Com seu traçado radio-concêntrico e contemplando o núcleo
central do campus, esse projeto urbanístico concretizou no território o conceito de
universidade concebido pelos seus fundadores, conforme pode ser visto na Figura 4, que
mostra a evolução dos diagramas conceituais para os croquis do desenho urbano da
Unicamp.
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Figura 4 – Concepção do núcleo central da Unicamp
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Figura 5 – Edificações na Unicamp até 1978
28
Figura 6 – Implantação de edifícios “Pinotinhos”: entre 1980 e 1990
4
Informações prestadas pelo arquiteto Cláudio Mosqueira Mafra, em entrevista, aos arquitetos Flávia B.
Garboggini e Antonio Luis T. Castellano, em 2011.
29
campus ocorreram nas décadas de 2000 e de 2010, nas duas gestões do Reitor Prof. Tadeu
Jorge, ambas também não se concretizaram5.
5
Os capítulos 4 e 5 da tese de doutorado de Garboggini (2012) apresentam um histórico detalhado, com
fontes documentais do processo de ocupação do território do campus. GARBOGGINI, F. B. O potencial dos
espaços abertos na qualificação urbana: uma experiência piloto na cidade universitária Zeferino Vaz. Tese de
doutorado, Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, UNICAMP, 2012.
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campus (os chamados “puxadinhos”); equipamentos de infraestrutura implantados de
forma inadequada, que se configuram como empecilhos ao aproveitamento otimizado das
quadras; utilização sistêmica de veículos individuais, motivada pela ineficiência dos
sistemas de transporte coletivo; estacionamentos insuficientes embora ocupem áreas
significativas do campus; congestionamentos em horários de pico dentro do campus e nas
vias que lhe dão acesso; espaço do pedestre relegado a planos secundários e poucos deles
com acessibilidade facilitada a todos; ausência de padrões urbanísticos que criem uma
identidade para o campus.
Nos mapas da evolução territorial das edificações do campus, por períodos (Figuras
de 09 a 12) é possível acompanhar a forma como se deu a ocupação cronológica do
território do campus Zeferino Vaz. A Figura 12 mostra também as novas glebas adquiridas
pela Unicamp em 2013, que pertenciam à Fazenda Argentina e que aumentaram a área do
campus existente, até então com 2,4 milhões de metros quadrados, em 1,4 milhões de
metros quadrados, totalizando um campus de aproximadamente 3,8 milhões de metros
quadrados.
Figura 9 - Edificações construídas entre 1966 e Figura 8 – Edificações construídas entre 1978 e
1977 (em vermelho) - campus Zeferino Vaz 1986 (em azul) – campus Zeferino Vaz
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Figura 11 – Edificações construídas entre 1987 e Figura 10 – Edificações construídas entre 1996 e
1995 (em verde) – campus Zeferino Vaz 2006 (em magenta) – campus Zeferino Vaz
Figura 12 – Edificações construídas entre 2007 e 2015 (em marrom) – campus Zeferino Vaz
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3.1.2. Uso e ocupação
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Fonte: LUOS do Município de Campinas, 2018 – adaptada.
A ZAE A contém o Polo CIATEC II, no qual o campus Zeferino Vaz está parcialmente
inserido, conforme indica a delimitação em amarelo da Figura 13. A área já ocupada no
campus Zeferino Vaz possui 2.447.057,44m², está localizada no Distrito de Barão Geraldo
e conforma-se como indutora da urbanização de seu entorno.
Figura 14. A área total desse campus, considerando a área ocupada, delimitada em
vermelho, e a Fazenda Argentina, delimitada em azul, é de 3.891.700,00m² e a área total
do CIATEC II é de 8.752.642,00m². A área já ocupada no campus Zeferino Vaz possui
2.447.057,44m², está localizada no Distrito de Barão Geraldo e conforma-se como indutora
da urbanização de seu entorno.
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O cenário atual do território do campus Zeferino Vaz remete a um planejamento
territorial interrompido, que acarreta disfunções urbanas e diminuição da qualidade da
dimensão físico-espacial do ambiente urbano, resultando muitas vezes na:
- descaracterização de conceitos do plano urbanístico inicial do campus;
- desvalorização dos espaços abertos, criação de barreiras e falta de continuidade e de
conexão dos espaços urbanos e caminhos de pedestres;
- implantação de edifícios novos sem definição do uso pretendido, resultando em reformas
precoces de espaços recém-construídos;
- existência de espaços urbanos subaproveitados;
- implantação de edifícios novos ou ampliações de edifícios existentes gerando
interferências entre a edificação, as redes de infraestrutura e a vegetação;
- falta de espaços construídos ou abertos qualificados que favoreçam o convívio e as
relações sociais inerentes à vida universitária;
- construção de edificações e estruturas urbanas de baixa qualidade, que comprometem a
qualidade do ambiente interno e externo;
- criação de conflitos de uso do espaço;
- instalação de edifícios e atividades que funcionam como polos geradores de tráfego, sem
a previsão da infraestrutura correspondente;
- falta de segurança devido a locais com baixa iluminação e baixo fluxo de pessoas;
- locais com excessiva impermeabilização, como os muitos bolsões de estacionamento.
A falta de planejamento urbano reflete, inclusive, na taxa de ocupação por quadras
do campus Zeferino Vaz. O mapa da Figura 15 mostra maiores taxas de ocupação nas
quadras de ocupação inicial do campus – primeiro anel do ciclo básico, administração e
área da saúde – e menores taxas nas demais quadras, o que indica a existência de áreas
subaproveitadas. Em complementação, o mapa do coeficiente de aproveitamento da
Figura 16 mostra que, apesar de a verticalização não ser uma característica relevante nas
construções da Unicamp, os edifícios com mais de um pavimento representam aumento
do aproveitamento do espaço existente.
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Figura 15 – Mapa da taxa de ocupação das quadras do campus Zeferino Vaz
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Figura 16 – Mapa de Coeficiente de Aproveitamento das quadras do campus Zeferino Vaz
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Quanto ao uso do solo, o campus Zeferino Vaz está composto por diversas atividades,
com destaque para os locais de ensino e pesquisa, como salas de aula e laboratórios e
edifícios da área da saúde. As demais atividades são para apoio e contemplam espaços para
biblioteca, administração e infraestrutura, cultura, vivência e esportes.
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O mapa de uso do campus Zeferino Vaz, representado na Figura 17, mostra a
existência de alguns setores que possuem vocações de acordo com os atuais usos de suas
instalações. As quadras localizadas na região sul – 03, 31, 40 e parte da 30, por exemplo,
têm a nítida vocação para prestação de serviços à comunidade e para ensino, pesquisa e
extensão no setor da saúde, uma vez que ali encontram-se: o Hospital das Clínicas, a
Faculdade de Ciências Médicas, o CEB, o CAISM, o Hemocentro, Gastrocentro e a
Policlínica.
As quadras 01 e 02 possuem vocação de uso administrativo e compõem a ocupação
inicial do campus Zeferino Vaz, com a administração geral e superior. Outros edifícios de
uso administrativo estão localizados em regiões pelo campus. As quadras do núcleo central,
composto pela praça e o primeiro e segundo anéis do Ciclo Básico, mantém seus usos
iniciais de ensino e pesquisa nas áreas de humanas, exatas e biológicas e as quadras 04, 05,
06, 08, 38, 25, 27, 28, 43, 47, 48, 49 e 52 estão mais voltadas para o desenvolvimento de
ciências tecnológicas. Apesar de haverem exceções, o predomínio é de salas de aulas, de
pesquisa e laboratórios.
As quadras 45, 50 e 51 compõem uma área de 100 mil m² e fazem parte do Parque
Científico e Tecnológico da Unicamp, administrado pela Agência de Inovação Inova
Unicamp. A criação do parque foi formalizada pela Deliberação CAD-A-001/10 e o
credenciamento definitivo no Sistema Paulista de Parques foi formalizado pelo DOE de
23/01/2016. Nesse documento consta um acréscimo de 200 mil m² na área da Fazenda
Argentina, conforme indica Figura 18.
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Figura 18 - Áreas do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp
A área da Fazenda Argentina, adquirida pela Unicamp em 2013, possui uma única
ocupação com os edifícios da antiga sede, objeto do evento Campinas Decor de 2018.
Grande parte da área da Fazenda está arrendada para a usina Ester, com plantação de cana-
de-açúcar. O contrato de arrendamento é acompanhado, também, pela Divisão de Meio
Ambiente, da Prefeitura do Campus, para o atendimento das questões ambientais do
contrato.
Atualmente, a Fazenda Argentina e parte do campus Zeferino Vaz fazem parte do
Polo CIATEC II, compondo a Zona de Atividade Econômica A, para a qual será elaborada
legislação específica, visando garantir sua destinação para atividades de alto teor
tecnológico que investissem em pesquisa e desenvolvimento e que promovessem intensa
articulação com as universidades. Destacam-se entre os objetivos e diretrizes do Plano
Diretor do Município de Campinas para essa área: tornar a cidade mais saudável, acessível,
inovadora e inclusiva, objetivando sustentabilidade para as presentes e futuras gerações;
incrementar a atratividade econômica de Campinas, considerando especialmente suas
vocações, dentre as quais, o desenvolvimento científico e tecnológico, visando a inserção
do município na economia do conhecimento. Apesar de sua localização privilegiada, da
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existência de legislação específica e da presença de algumas empresas, não houve, até o
momento, uma efetiva urbanização da área que promovesse a atração das atividades
previstas, permanecendo a maior parte das glebas ainda vagas.
Por outro lado, há o interesse da Unicamp no desenvolvimento do Hub Internacional
de Desenvolvimento Sustentável (HIDS) na Fazenda Argentina e na expansão do conceito
de distrito sustentável no CIATEC II. Considerando que os projetos urbanísticos de bairros
e distritos sustentáveis do futuro devem contemplar um arranjo físico-territorial de uso
misto em que as diferentes atividades possam estar integradas às economias neles
exercidas, o HIDS poderá ser um indutor da criação de um distrito sustentável modelo,
tendo a Unicamp como centro irradiador de conhecimento e alinhado às estratégias
urbanas delineadas pelo município de Campinas, através de uma parceria bem
estabelecida. Para tanto, é fundamental o desenvolvimento de um planejamento para toda
a região do Polo II – CIATEC, partindo das diretrizes de uso e ocupação para a área, que
serão estabelecidas através da colaboração entre pesquisadores e docentes da Unicamp e
da PUC-Campinas, técnicos da DEPI e da equipe técnica da Secretaria de Planejamento e
Desenvolvimento Urbano da Prefeitura Municipal de Campinas.
Em Campinas, além do campus Zeferino Vaz, também existem as instalações do
CPQBA, destinado a apoiar projetos de pesquisa tecnológica, industrial e de prestação de
serviços especializados em química, biologia e agrícola, atendendo à demanda do setor
produtivo e de órgãos governamentais. O CPQBA é referência nacional em produtos
naturais, biotecnologia e meio ambiente e conta com as divisões de: agrotecnologia,
bioprocessos, farmacologia e toxicologia, microbiologia, química analítica, química
orgânica e farmacêutica, química de produtos naturais e recursos microbianos. O CPQBA
possui 407.563,2m² e está localizado na Avenida Alexandre Cazelatto, no município de
Paulínia.
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Figura 19 - CPQBA
42
Figura 20 – Delimitação da área do programa de moradia estudantil da Unicamp
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O campus II de Limeira possui as instalações da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA)
em um terreno de 484.855m². Esse campus possui um projeto completo de implantação,
com portarias, vias e caminhos principais, localização de edifícios e de serviços. Porém,
como sua ocupação está em andamento, algumas diretrizes estão em modificação,
inclusive para serem alinhadas ao planejamento do município de Limeira, como a portaria
que estava prevista para ser construída na Avenida Francisco Dandrea, projeto que não é
de interesse porque o anel viário de Limeira não terá saída para essa avenida.
A Secretaria Administrativa Regional (SAR) fornece suporte administrativo e
tecnológico para a provisão dos serviços e demandas específicas dos campi de Limeira e
Piracicaba. Cabe a SAR, que funciona de forma integrada à DEPI, a coordenação de serviços
de infraestrutura das áreas coletivas desses campi, bem como a relação com órgãos
externos.
44
Fonte: DEPI, 2018
45
Zeferino Vaz, contido no item 3.1.1 deste documento, as tipologias de construção
arquitetônica podem ser classificadas de acordo com o período em que foram implantadas,
como indicam os mapas das figuras de 9 a 12.
De maneira geral, diversas edificações apresentam problema de conformidade legal
em questões como acessibilidade, segurança contra incêndio e licenciamento perante
órgãos reguladores, como a Anvisa. Observam-se ainda edifícios com baixo desempenho
energético e térmico, pouca exploração de sistemas passivos para controle térmico e falta
de intenção à sustentabilidade.
Sobre o desempenho de uso das edificações, a DEPI realizou a Pesquisa sobre espaços
construídos dos campi da Unicamp, em 2018, que teve como objetivo entender a
percepção do usuário sobre os espaços existentes na universidade. Foram consultados os
setores da administração superior e central, da área da saúde, todas as unidades e os
grupos de colaboração ao Plano Diretor Integrado, conceitual e técnico. O resultado dessa
pesquisa apontou que o espaço com bom aproveitamento de utilização é um espaço
compartilhado e multifuncional que apresenta condições adequadas para o
desenvolvimento das atividades previstas. Nesse sentido, foi unanimidade a percepção de
que existem espaços construídos ociosos ou subutilizados nos campi e a maior parte das
opiniões constou que novos edifícios deveriam ser solicitados apenas quando esgotadas as
possibilidades de reaproveitamento de estruturas existentes.
Ainda nessa pesquisa, foi sugerido que a otimização dos espaços nos campi, quanto
ao uso, acontecesse a partir do compartilhamento de espaços e equipamentos e de uma
mudança cultural sobre a noção de propriedade pessoal dos espaços públicos, através do
estabelecimento de governança adequada. Também foram indicadas tanto a necessidade
de inovação nas formas de trabalho e de ocupação dos espaços existentes, como novos
modelos de espaço e uso de tecnologias que permitem acesso remoto.
A pesquisa também indicou que 42% da comunidade acadêmica que respondeu à
pesquisa tem a percepção de que a unidade ou o órgão do qual faz parte não possui um
programa de manutenção predial preventiva ou preditiva. Além disso, 77% dos
respondentes alegam que existem edifícios em situação precária e que necessitam de
atenção urgentemente.
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Contribui também para as deficiências dos espaços construídos a falta de integração
e institucionalização de normativas internas referentes a projetos e obras. Hoje em dia cada
uma das áreas técnicas que desenvolvem ou contratam projetos possui um manual próprio
ou atende a regras internas sobre o desenvolvimento de projetos, o que pode resultar em
incompatibilidades, tanto na contratação e/ou execução da obra quanto no acervo do
material do projeto. Por isso, este Plano Diretor tem como um dos seus produtos o Código
para Projetos de Empreendimentos, que tem como objetivo integrar e institucionalizar um
documento único para ser seguido no desenvolvimento de projetos de edifícios nos campi.
47
Figura 23 – Fotos das maquetes do edifício da reitoria e do Ciclo Básico
Fonte: SIARQ.
Figura 24 – Fotos das maquetes do Hospital das Clínicas e do Instituto de Biologia
Fonte SIARQ.
48
Figura 25 – Fotos das maquetes do IEL, IFCH, IFGW e IQ
Fonte SIARQ.
O antigo edifício do Cotuca localiza-se na rua Culto à Ciência, 177. Esse edifício, que
pertence à Fazenda do Estado de São Paulo, está sob o regime de comodato e é tombado
pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do
Estado de São Paulo – Condephaat. O conjunto arquitetônico, que possui 3000m², foi
construído em 1918 e abrigou o Cotuca entre 1967 e 2014. Considera-se o edifício como
um patrimônio cultural da Unicamp.
Desde 2014, o conjunto arquitetônico do Cotuca está desocupado devido a
deterioração da estrutura do seu telhado. Foram realizados estudos especializados para
diagnosticar a situação dos edifícios como um todo, especialmente o forro, com propostas
para restauração. Os laudos apontam a necessidade de reparos, recuperação e reforços,
sem comprometimento da estrutura principal. Porém, os Conselhos de Patrimônio
Histórico e Cultural exigem restauro completo do conjunto arquitetônico e seu entorno.
Ainda assim, o uso do conjunto arquitetônico deveria ser revisto, pois suas características
atuais não atendem às normas de ocupação para instituição de ensino. Existe também a
necessidade de adequação às normas de proteção contra incêndio e acessibilidade,
incluindo a instalação de elevador externo e a mitigação das inadequações dos espaços
externos às pessoas com deficiência (PCD).
49
Figura 26 – Edifício do Colégio Técnico da Unicamp
50
sociocultural das ações desse órgão, na direção de criar, promover e consolidar-se como
um espaço de ofertas públicas de bens culturais, vinculados à promoção da causa da
emancipação humana, a partir da natureza da Universidade e seus participantes.
Figura 27 - CIS-Guanabara
Fonte: http://www.cisguanabara.unicamp.br/inst.htm
Na cidade de Piracicaba, além do campus da FOP, existe o edifício em que hoje está
o Colégio Técnico de Próteses, que também é do Governo sob a concessão da Unicamp e
que é um edifício tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba.
51
Figura 28 - Colégio Técnico de Próteses de Piracicaba em 2018 e em 1960
52
para caracterização desse patrimônio, visando subsidiar o Plano Diretor na tomada de
decisão sobre as formas de intervir, manter e/ou preservar esse patrimônio.
53
3.2. Infraestrutura urbana
3.2.1. Saneamento
54
Em termos de abastecimento de água potável, no campus Zeferino Vaz, a SANASA
é responsável por cerca de 70% do abastecimento, incluindo a área do Hospital das Clínicas
da Unicamp e outras áreas acadêmicas. O restante do abastecimento é completado pela
água proveniente de poços artesianos. Considerando os problemas climáticos e suas
recorrentes secas, os poços artesianos significam uma reserva estratégica de
abastecimento do campus.
55
Tanto a distribuição de água como a coleta de esgoto ocorrem por redes da
Universidade sob responsabilidade de manutenção da Prefeitura do campus através da
Divisão de Sistemas (DSIS). A responsabilidade da manutenção interna ao edifício é da
unidade a que pertence, através de mão de obra própria, terceirizada ou ainda por
solicitação à Divisão de Manutenção ou à Divisão de Sistemas. A Sanasa é responsável pelo
afastamento e tratamento do esgoto coletado.
O Sistema de Drenagem é definido como o conjunto formado pelas características
geológico-geotécnicas e do relevo e pela infraestrutura de macro e micro drenagem
instaladas.
São componentes do Sistema de Drenagem:
• Fundos de vale, linhas e canais de drenagem, planícies aluviais e talvegues;
• Elementos de micro drenagem, como guias, sarjetas, meio-fio, bocas de lobo,
tubulações, entre outros;
• Elementos de macrodrenagem, como canais naturais e artificiais, galerias e
reservatórios de retenção ou contenção e dissipadores de energia;
• Sistema de áreas protegidas, áreas verdes e espaços livres.
O sistema de drenagem do campus Zeferino Vaz está sob responsabilidade do Plano
Diretor Integrado da DEPI, sendo que a Prefeitura do Campus, através da Divisão de
Sistemas - DSIS e da Divisão de Manutenção -DMAN, com auxílio da Divisão de Meio
Ambiente - DMA, realiza a manutenção da rede de drenagem.
A área de contribuição do sistema de drenagem ultrapassa os limites do campus e
como um todo passou por grande modificação urbanística nas últimas décadas,
ocasionando aumento da impermeabilização do solo, acelerando a velocidade de
escoamento superficial e agravando o uso de condutos e canais.
Entre os principais problemas identificados destacam-se:
• Ocupação de áreas naturalmente sujeitas à alagamento;
• Ampliação sem controle de áreas impermeáveis;
• Áreas com deficiência de drenagem.
56
3.2.2. Energia Elétrica
57
O CCUEC é responsável pelo fornecimento e suporte das redes de dados que
permitem a interconexão dentro da universidade e o acesso remoto de alunos, docentes e
funcionários.
O panorama do campus Zeferino Vaz indica que não existe um mapeamento
sistemático das redes de telefonia e que, em sua maioria, está obsoleta e não funcional. O
Centro de Computação (CCUEC) mantém atualizado o mapeamento das redes de dados de
sua responsabilidade no campus e está realizando a substituição gradativa das redes
antigas de telefonia por cabeamentos óticos e metálicos. Nesse sentido, a responsabilidade
pelos cabeamentos é do CCUEC, mas ainda não há definição do órgão responsável pela
manutenção das redes de dutos secos de telecomunicações.
A Prefeitura do Campus está realizando projetos-pilotos para implantação de
Internet das Coisas através do Projeto Smart Campus: instalação de dispositivos nos postes
de iluminação pública para telegestão; sensores para controle do consumo de energia nas
edificações; sensores em dois ônibus circulares; proposta para implantação de sensores
para monitoramento animal, irrigação e controle de filas de restaurante. Ainda assim, é
necessário consolidar os conceitos de Smart City e IoT nos campi. Este projeto tem como
objetivo utilizar o conceito de Internet das Coisas na Unicamp de modo a obter informações
para uma inteligência de controle mais eficiente e tomada de ações mais assertivas, de
forma que tornem nosso dia a dia no campus mais produtivo.
3.2.4. Resíduos
58
O PGR atua em toda a cadeia de manejo de resíduos até o tratamento e a destinação
final, assim como em ações de conscientização, visando reduzir a geração na fonte. Faz
parte dessa política a corresponsabilidade do gerador e o conhecimento do manejo do
resíduo pelos usuários.
O PGR e os programas relacionados estão disponíveis e devem ser de conhecimento
de toda a comunidade universitária:
- Plano de Gestão de Resíduos - PGR6
- Programa de Gestão de Resíduo - PGRB7
- Programa de Gestão de Resíduos Químicos - PGRQ
A limpeza urbana e a coleta seletiva estão sob responsabilidade da Prefeitura do
campus, através da Divisão de Meio Ambiente – DMA, contemplando os serviços de
varrição de áreas comuns e limpeza dos pontos de coleta de lixo, entre outros.
O serviço de coleta seletiva é responsável por coletar papel, papelão, plástico, metal,
vidro, madeira (pallets e embalagens de madeira), cartuchos, toners e lâmpadas
fluorescentes gerados nas Unidades/Órgãos. Atualmente a coleta é feita em 87 pontos
dentro do campus e sob demanda, por ordem de serviço.
Existem pontos que necessitam melhorias e devem abranger projetos específicos
relacionados aos resíduos nos campi:
• necessidade de minimizar a geração e intensificar a reciclagem;
• necessidade de intensificação dos programas para redução da geração de resíduo
perigoso;
• resíduo urbano no campus é destinado ao aterro sanitário, sem nenhum tipo de
reaproveitamento;
• a recuperação de solventes de uso laboratorial é parcial;
• necessidade de consolidação do Plano de Gerenciamento de Resíduo de Construção
Civil;
6
http://www.ggus.depi.unicamp.br/wp-content/uploads/2016/03/PGR-07-11-16.pdf
7
http://www.ggus.depi.unicamp.br/wp-content/uploads/2016/03/PGRB-09-11-16.pdf
59
• não há reaproveitamento de resíduos de poda e de resíduos de alimentos
provenientes dos restaurantes universitários.
60
3.3. Meio ambiente
O campus Zeferino Vaz está localizado na micro bacia do Ribeirão das Pedras,
pertencente à bacia do Ribeirão das Anhumas, formado pelos rios Mato Dentro, Proença,
e Lago do Café, que nascem e/ou percorrem a região central do município de Campinas e
que, por sua vez, está na grande bacia do Piracicaba, Capivari e Jundiaí – PCJ.
Para compor as áreas de contribuição para os córregos canalizados do campus, foram
delimitadas cinco micro bacias através da topografia, como pode ser visto na Figura 30.
Essa delimitação extrapola os limites do território da Universidade, demandando um
planejamento integrado com a Prefeitura do Município de Campinas nas tomadas de
decisões, considerando que a área é de ocupação consolidada e impermeabilizada e que
há grande contribuição no escoamento de águas pluviais para as lagoas do Parque
Professor Hermóneges de Freitas, mesmo local onde desembocam os córregos canalizados
do campus Zeferino Vaz.
Estudos realizados nas micro bacias da Unicamp, ainda que preliminares e genéricos,
indicam que a permeabilidade atual das áreas de contribuição varia entre 57% e 70%.
Porém, quando se considera cada uma das quadras do campus, estudos indicam que
enquanto algumas quadras, afastadas das áreas de ocupação inicial da Unicamp, como as
quadras 41 e 42, apresentam permeabilidade acima de 90%. Outras quadras, que
representam áreas de ocupação inicial e urbanização consolidada, apresentam
permeabilidade abaixo de 25%, como pode ser visto na Figura 31.
61
Figura 30 - Mapa de micro bacias da Unicamp com delimitação por vias e limites
62
Figura 31 – Permeabilidade por quadras no Campus Zeferino Vaz
63
3.3.2. Áreas de preservação permanente e protegidas
64
Nestas áreas são permitidas atividades educativas e de pesquisa, bem como ações de
manejo para a conservação, como manutenção de aceiros, controle de espécies exóticas
invasoras, plantios de enriquecimento, dentre outras, observando-se as regras e cuidados
necessários.
Dentro do contexto de conservação da biodiversidade, o planejamento das áreas
verdes do campus deve estar em consonância com as legislações federal, estadual e o Plano
do Verde do município de Campinas, favorecendo a conectividade entre as áreas de
preservação ambiental do campus com os fragmentos florestais das áreas externas,
permitindo o fluxo gênico de fauna e flora.
65
- Bosque da FEF (Faculdade de Educação Física), formado por árvores de espécies
nativas e exóticas, fornece estrutura para atividades esportivas.
• Jardins e áreas de vivência nas unidades
- Área de vivência do IMECC
- Jardim do IQ
- Área de vivência do IEL
- Área de vivência do IFCH
- Áreas ajardinadas da FCM
- Entre outros
• Arborização de vias
66
3.4. Mobilidade Urbana e Acessibilidade
67
Fonte: Google Maps, 2018
A natureza formal do projeto urbano inicial desse campus, no qual a praça do Ciclo
Básico estabelece-se como o centro e as primeiras vias seguem o desenho circular
enquanto as demais saem em raios, não propicia uma rápida compreensão espacial para
os usuários, causando, inclusive, desorientação. Aliada à uma sinalização incompleta e falta
de boa comunicação visual para as edificações é comum que os usuários se sintam perdidos
no campus, seja caminhando ou se locomovendo de bicicleta, automóveis e ônibus.
68
Figura 33 - Ruas e Avenidas do campus Zeferino Vaz e o partido urbanístico
69
Sobre chegar ao campus Zeferino Vaz
O Campus principal da Unicamp dispõe de 6 portarias em uso, a P01 – da FEF – a
P02 –, FEA -, a P03 - da Central de informações, P04 – da Prefeitura do campus, P05 – HC,
P06 – Creche e Sérgio Porto e P07, a ligação com a Fazenda Argentina, que está desativada.
Para chegar às portarias que dão acesso à universidade, algumas avenidas do entorno se
configuram como ligação de acesso nem sempre fluidas.
2 1
70
faz a ligação ao Parque Tecnológico de Campinas e dá acesso à sede da Fazenda. A entrada
de Barão Geraldo pela Praça General Dom José de San Martim, indicado pelo item 2,
alimenta a Romeu Tórtima, não menos complicada. Ao Norte, a entrada da FEF é
alimentada principalmente pelas avenidas: Prof. Atílio Martini, Francisco de Toledo e a que
alimenta o balão Henfil, a Av. Martin Luther King, todas elas têm o fluxo prejudicado nos
horários de entrada e saída.
71
Figura 36 - Mapa com indicativos de trânsito típico às 17:00
À oeste, as Avenidas Romeu Tórtima e Roxo Moreira e sua Extensão, a Av. Martin
Luther King são utilizadas como vias de passagem entre as portarias 03, 04 e 05, pois os
veículos utilizam esse trecho para chegar à Barão Geraldo, utilizando o campus como rota
de passagem, conforme Figura 37.
72
Figura 37 – Fluxos de trânsito – Unicamp como rota de passagem
73
• Municipal - Linhas 2.10-2 - 2.66 - 3.29 (Área da Saúde, Administrativa e Acadêmica)
- 3.30 (Área Acadêmica) - 3.32 (Área da Saúde) - 3.36 (Área da Saúde e Administrativa)
- 3.37 (Área Acadêmica) - 3.39 ("Corujão")
74
Figura 39 - Linhas de transporte público intermunicipal que atendem à Unicamp
75
Figura 40 – Linhas de transporte Intercamp – Limeira-Campinas
O campus principal conta com ruas e avenidas e não apenas de acessos locais como
os demais campi. Assim, ocorre a repetição dos problemas urbanos das cidades dentro
dele, tais como, falta de fluidez em horários específicos (Fig. 40), congestionamentos em
alguns casos e impedimentos de trânsito em greves e outros. Há a necessidade de estudos
mais aprimorados de fluxo externo para otimizar o interno, além de incremento no
transporte público com novas modalidades para atrair o usuário de veículos individuais.
76
Figura 41 – Fluxos de trânsito internos
77
Figura 42 – Trajetos dos circulares internos da Unicamp – Campus Zeferino-Moradia Estudantil
78
institutos e serviços que se mantêm funcionando. Os ônibus utilizados são de modelo
urbano, com 60 lugares. Além das informações oferecidas pelo site da Prefeitura, tais como
horários, descrição das linhas e localização real por GPS, é oferecido no aplicativo Unicamp
Serviços, para ser consultado por smartphone, desde fevereiro de 2018. A funcionalidade
foi desenvolvida dentro do Projeto Smart Campus e contempla, nesse primeiro momento,
os trajetos 1 e noturno.
Fonte: https://www.prefeitura.unicamp.br/servicos/diretoria-de-servicos-de-transporte/mapa-
circulares
79
Figura 44 - Ciclovias e ciclofaixas existentes
80
de um guia educativo, em que constem as indicações do Código de Trânsito Brasileiro e
cartilha.
Figura 45 – Pontos sugeridos para paraciclos e bicicletários
81
Figura 46 – Trajetos das ciclofaixas e ciclovias do Distrito de Barão Geraldo
82
Figura 47 - Mapa de levantamento de calçadas
83
(21,6%), temos que: 79% das calçadas não contemplam as questões de mobilidade no
campus. O padrão desenvolvido pela Unicamp na Coordenadoria de Projetos e Obras (CPO)
utiliza os princípios de acessibilidade e de mobilidade urbana para seus projetos, mas
atualmente, apenas 20,9% das calçadas atendem esses requisitos e dessas, 10% estão em
áreas sub-ocupadas.
As calçadas da Unicamp possuem diferentes padrões, de acordo com o período em
que foram construídas e suas exigências: larguras, recuos, materiais, continuidade e
acessibilidade. Essa diversidade e a falta de qualidade da situação atual levaram a CPO a
criar um padrão de calçadas em 2011, porém dada a natureza das execuções de obras por
demanda, grande parte do padrão foi implantado quando da construção de novos edifícios.
Desse modo, elas se encontram sem continuidade no campus. Além disso, dada a falta de
institucionalização por parte da administração superior do padrão de calçadas, ele não tem
sido seguido amplamente, tendo muitos trechos sido construídos em concreto, por
exemplo.
Os novos padrões foram propostos considerando a necessidade de aumento da taxa
de permeabilidade do campus, com o uso de blocos intertravados de concreto em
diferentes espessuras, de acordo com o tipo de tráfego. Apesar de existirem diferentes
padrões de larguras e composição das calçadas, a recomendação é de uso de rotas
acessíveis, com faixas de piso podotátil e inclinação suficiente para o deslocamento de
cadeirantes e pessoas com baixa mobilidade. Além disso, os passeios devem ter, no
mínimo, 1 metro de largura e recomenda-se que estejam recuados pelo menos 1 metro da
guia a fim de criar uma faixa para posteamento, sinalização e passagem de infraestrutura.
As calçadas devem ter rotas contínuas, com faixas de pedestres elevadas e com
rebaixamento nas calçadas. Para possibilitar a arborização dos passeios, as calçadas devem
possuir espaço adequado para acomodação das árvores. Este espaço deve estar livre de
redes subterrâneas e demais interferências. A seleção das espécies a serem plantadas e
seu espaçamento deverá ser realizada pela área competente – DMA/Prefeitura, onde o
porte deverá estar em conformidade com a largura da calçada, recuo das construções e
interferências de entorno, e as características da espécie (tipo de flor, fruto, folhas, entre
outras) em conformidade com as particularidades de utilização da área (árvores com
84
potencial de atração para morcegos não devem ser plantadas próximo às áreas da saúde,
por exemplo).
Outro aspecto importante dos caminhos na Universidade se trata da dificuldade do
pedestre em transpor grandes quadras que apresentam cercamento, como demonstra o
mapa abaixo. Percursos que seriam rápidos e curtos aos pedestres, são interrompidos com
cercas e impedem esse trânsito, estimulando a utilização de veículos em muitos casos. Os
casos mais emblemáticos são da Faculdade de Engenharia Agrícola e quadras próxima ao
HC.
85
Fonte: DEPI, 2018.
3.4.2. Estacionamentos
86
O PD Integrado não recomenda a ampliação das áreas de estacionamento nas
regiões de ocupação urbana consolidada. As necessidades de novas vagas devem ser
resolvidas nas quadras dos novos edifícios ou em bolsões de estacionamento verticais
(vamos mesmo propor isso?) atendidos pelo sistema de circular interno.
Para novos empreendimentos dentro do campus, recomenda-se que a cada 50m²
de construção seja prevista uma vaga de estacionamento, preferencialmente com piso
permeável e descoberta. Recomenda-se também que, gradualmente, os pisos
impermeáveis dos estacionamentos existentes sejam substituídos por pisos permeáveis e
que haja o plantio de vegetação arbórea nos arredores das vagas para conforto ambiental
de usuários. Além disso, os edifícios que demandarem carga e descarga de materiais de
grande porte ou perigosos devem ter pátio previsto em sua área de intervenção.
Com o objetivo de reduzir o tráfego intenso de veículos na região da área da saúde
e nas demais regiões indicadas nos mapas da Figura 41, foi realizado o mapeamento dos
bolsões de estacionamento existentes no campus Zeferino Vaz, bem como os possíveis
locais para instalação de novos bolsões de estacionamento que pudessem comportar os
veículos particulares para que veículos coletivos realizassem o transporte de pessoas para
áreas de maior fluxo.
87
Figura 50 – Bolsões de estacionamento no campus Zeferino Vaz
Em análise dos dados do censo de 2010, o Brasil tem mais de 23% da população com
algum tipo de deficiência. Esse número tende ainda a aumentar dado o aumento da
expectativa de vida, considerando que pessoas após os 60 anos tendem a apresentar ao
longo do tempo, problemas de audição, visão ou de mobilidade. Desde de 2000, há leis que
definem a adequação do existente e cria regras para as novas obras. Na época o prazo para
88
essas adequações era de um ano da promulgação da lei, mas a universidade vem tendo
muitas dificuldades em se adequar, a Ouvidoria tem tido diversas reclamações dos
usuários, inclusive com reclamações também ao Ministério Público, as quais têm
reverberado nos setores já citados que tentam atender as demandas em separado, porém,
falta-nos a visão de conjunto e compartilhada, na qual as ações possam ser planejadas e
executadas por cada área em uníssono e tragam um resultado duradouro e de qualidade.
Atualmente, cada um desses setores tem tomado conhecimento das norma e leis e de
suas revisões de maneira própria, sem ações propositivas conjuntas ou de esclarecimento
público e pelas leis é papel da Universidade divulgar e fomentar a inclusão das Pessoas com
deficiência além de estimular ações para dirimir o preconceito. Pode-se garantir hoje que
as obras novas e de reforma/manutenção têm atendido integralmente a norma no que diz
respeito às questões civis, porém muitas especialidades estão ficando de fora, uma vez que
esses órgãos não atuam em todas as especificidades contidas na lei e regulamentada pelas
normas, como exemplo a comunicação visual de edifícios e urbana, a colocação de
tecnologias assistivas. De uma maneira geral, há falta de acessibilidade urbana em
praticamente todo o campus, em maior ou menor grau, inexiste semáforos sonoros, rotas
urbanas completas acessíveis, sistemas de transporte completamente acessível, inclusive
faltam dados sobre as pessoas com deficiência para que a atuação seja mais eficiente.
89
3.5. Vivência e fricção social
8
Definição de fricção social” fornecida por Bross à equipe da Diretoria Executiva de Planejamento
Integrado, em reunião ocorrida no segundo semestre de 2017, na DEPI/Unicamp.
90
Figura 51 - Infográficos de Bross - 40 anos de Unicamp
91
3.5.1. Vivência e fricção social na atualidade
O mapa síntese dos resultados das oficinas de cartografia social9 realizadas pela
Câmara Técnica de Gestão do Ambiente Urbano do GGUS, que representa a percepção da
comunidade universitária em relação ao espaço do campus, ilustra o reconhecimento da
relevância dos espaços de uso coletivo que potencializam a vivência universitária e a fricção
social, pelos participantes das oficinas.
9
Sobre as oficinas de cartografia social, ver item 3.2 – Análise do relatório das oficinas de cartografia social
92
Dos resultados obtidos, 43,57% correspondem às categorias que tratam de atividades
onde a vivencia universitária e a fricção social ocorrem: Atividades ao ar livre (14,65%),
Cultura (15,26%), Ativismo (2,62%) e Serviços Públicos (11,04), conforme mostra a Figura
54.
Figura 54 - Gráfico dos resultados obtidos nas Oficinas de Cartografia Social
93
No campus Unicamp, esses elementos estavam contemplados no plano urbanístico
original para o núcleo central do campus, onde a escala do pedestre e os espaços de
vivência e interação social entre as edificações eram privilegiados, porém muitas dessas
características originais foram deturpadas no processo de ocupação do campus. Nele a
linguagem da arquitetura das edificações sempre prevaleceu em relação à linguagem da
paisagem. Os espaços abertos sempre foram tratados como espaços residuais, resultantes
da implantação de edifícios autônomos e não integrados ao entorno. Um exemplo dessa
desvalorização dos espaços abertos de uso coletivo pode ser ilustrado com o caso das
quadras do IFCH e IEL:
Figura 55 - a) Foto da maquete original mostrando a configuração proposta por Bross para as
quadras do IEL e IFCH (Fonte: SIARQ_UNICAMP). b): Foto de trecho da maquete do campus, na
década de 2000, mostrando as quadras do IEL e IFCH , com os prédios construídos posteriormente
94
exemplo as áreas que passaram por requalificação na Praça do Ciclo Básico, as academias
ao ar-livre implantadas no campus, entre outros - são amplamente utilizados pela
comunidade universitária.
Fonte: ASCOM/Unicamp
A falta de segurança gerada pela criminalidade urbana, que atinge também o campus,
inibe a utilização dos espaços abertos, principalmente no período noturno, mas observa-se
que as áreas de convívio equipadas adequadamente, com iluminação apropriada e câmeras
de monitoramento são bastante utilizadas também no período noturno.
95
Figura 57 - Espaços abertos iluminados
96
sensibilidade as áreas do campus onde a vivência universitária ocorre de maneira mais
plena e aquelas com potencial para que atividades coletivas venham a ocorrer.
Além dos fluxos de pessoas, o MASA, que adotou como método de análise o Modelo
proposto por Stanford Anderson (1990), mapeou e qualificou os caminhos e passeios do
campus, as barreiras físicas existentes nas quadras, os pontos de acesso aos edifícios, entre
outros atributos que permitem detectar o nível de acessibilidade e os padrões de atividade
de um determinado setor, identificando assim a correlação entre o uso e a forma dos
espaços abertos do campus. O mapeamento demonstra também que regiões do campus
são utilizadas apenas como passagem e não como espaços de permanência de pessoas. No
exemplo ilustrativo da quadra da FEC, observa-se que a área reticulada com textura mais
densa equivale à área de entorno da cantina, ponto de encontro, com maior intensidade
de uso na quadra. A existência de alambrado cercando a quadra direciona os fluxos de
pessoas para os locais onde existem aberturas e portões. Os tipos de pavimento
caracterizam também a existência ou não de calçada, o tipo de pavimento e se ele é
acessível ou não a pessoa com deficiência.
97
o que obriga a comunidade universitária a se deslocar para as áreas do entorno do
campus ou para o centro de Barão Geraldo para acessar tais serviços.
Existe ainda o problema relacionado à falta de infraestrutura de apoio aos usuários
das áreas da saúde (pacientes, acompanhantes, motoristas etc.) e a falta de serviços de
comércio com valor mais acessível aos usuários dos hospitais. Para o enfrentamento desta
dificuldade, a Universidade tem buscado apoio do governo municipal e/ou estadual para
instalação do “Bom Prato” (restaurante de baixo custo) na área da saúde. Além disso a
SVC está executando projetos emergenciais, contemplando centro de vivência na área de
entrada do HC com inclusão de infraestrutura de apoio – sanitários e bebedouros, para
atender esse público.
Os espaços destinados às organizações estudantis também são inadequados à
convivência saudável da comunidade discente e necessitam de atenção. A Universidade
oferece o programa “UniversIDADE”, voltado ao público de 3ª idade, mas não possui
infraestrutura física adequada à faixa etária.
Importante apontar também a subutilização ou utilização inadequada de
equipamentos de uso institucional, tais como o Ginásio Multidisciplinar, que abriga o
Centro de Convenções, por dificuldades de manutenção e de adequação às normas
vigentes, uma vez que está em processo de aprovação junto ao Corpo de Bombeiros do
Estado de São Paulo.
98
- “Frente Feminista Limeira” – Campus de Limeira;
- “Las Chicas do IE” – Instituto de Economia;
- “MIA – Mulheres do IA” – Instituto de Artes;
- “Rosa Lilás” – fundado por mulheres de diversos cursos;
- “Coletivo Charlotte Perriand” – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo;
- “Grupo Elza – Mulheres do IMECC” – por alunas, professoras e funcionárias do
IMECC
- “Camaleoas” – ProFIS;
- “Chá das Minas” – Instituto de Biologia.
3.5.3. O impacto das redes digitais na estrutura física dos campi universitários
As tecnologias digitais têm sido utilizadas cada vez mais intensamente nas
instituições de ensino e pesquisa, proporcionando comunidades interativas e integradas
em assuntos acadêmicos e possibilitando a comunicação do indivíduo em seu próprio
espaço e tempo. As novas formas de aprendizagem que utilizam essas tecnologias
contemporâneas representam incontáveis benefícios relacionados a mais velocidade na
transmissão das informações e a avanços da qualidade de materiais de ensino e,
consequentemente, dos processos de ensino.
Em paralelo às novas possibilidades trazidas pelas tecnologias da informação, para a
construção do conhecimento, entretanto, é essencial que se continue proporcionando
diferentes formas de comunicação e interação entre as pessoas. Os espaços físicos que
proporcionam a convivência fora das salas de aula, dos laboratórios e computadores,
independentemente das demais formas de comunicação, continuarão sendo sempre
componentes acadêmicos necessários e indispensáveis à formação do indivíduo
(MATURANA; VARELA, 1995). As praças, os espaços culturais e de serviços que agregam
pessoas são elementos essenciais à vida universitária plena, pois integram o processo de
ensino e aprendizagem, possibilitando que indivíduos de diferentes culturas,
nacionalidades e interesses possam conhecer os “iguais” e os “diferentes”, lidar e interagir
de forma concreta com eles.
99
A valorização dos espaços de uso coletivo de um campus deve ser um dos focos de
atenção da universidade para o estabelecimento de ações estratégicas de desenvolvimento
do processo de ensino e aprendizagem de forma global, assim como a preocupação com as
tarefas cotidianas dos alunos, professores e funcionários. Ocorre, entretanto, que
instituições de ensino que disponibilizam as tecnologias digitais tendem a subestimar e, por
vezes, atrofiar o desenvolvimento de espaços comuns de convívio. Ao mesmo tempo,
tradicionalmente nas escolas e universidades brasileiras, por motivos de variadas
naturezas, mas principalmente por questões de ordem econômica, investimentos na
construção de edificações caracterizam-se como prioridade em relação à construção,
tratamento e manutenção dos espaços abertos de uso coletivo. Espaços de convivência e
de integração de pessoas são comumente relegados a planos secundários, sendo deixados
inacabados, em estado de má conservação ou mesmo nem chegando a ser implementados
(GARBOGGINI; et. al., 2010).
No início da década de 2010, ao mesmo tempo em que a Unicamp implementou o
Projeto Rede Sem Fio, que cobre toda a área da Praça do Ciclo Básico, executou também a
primeira etapa do Plano de Requalificação da Praça do Ciclo Básico, conforme Figura 59.
Foi a primeira vez que a Universidade investiu recursos significativos para qualificar um
espaço aberto de uso coletivo no campus. Essas duas iniciativas em conjunto demonstram
o reconhecimento da Universidade sobre a importância estratégica de conciliar vivência
comunitária às novas formas de comunicação possibilitadas pelas tecnologias da
informação.
Figura 59 – Projeto Rede sem Fio e Plano de Requalificação da Praça do Ciclo Básico
Fonte: PRG/PRDU-Unicamp.
100
A Secretaria de Vivência dos Campi, responsável pela segurança, vem trabalhando
para a estruturação de um sistema inteligente de monitoramento por câmeras, visando a
integração dos diferentes monitoramentos que hoje funcionam de forma desintegrada, por
estarem sob responsabilidade de setores independentes. A SVC enfrenta dificuldades para
capacitação de recursos humanos para operação e manutenção.
Além disso, a Universidade desenvolve hoje diversos projetos piloto de IoT e discute
parcerias com outras instituições para tornar o espaço universitário um campus cada vez
mais inteligente (Smart Campus). Em 30 de outubro de 2018, o Grupo Gestor Universidade
Sustentável (GGUS), por meio de sua Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI),
apresentou a Câmara Técnica de Gestão de Campus Inteligente (CTGCIn), que deverá gerir
projetos de inovação tecnológica voltados para soluções em campus inteligentes.
101
3.6. Universidade e sociedade
Cidade e campus de uma universidade pública, segundo Ranieri (2005), são espaços
físicos que abrigam instituições sociais correlatas: o município e a universidade. Essa
correlação se estabelece do ponto de vista de que ambos gozam de “[...] autonomia para
decidir o que lhes é próprio [...]” (RANIERI, 2005, p. 95).
Nesse enfoque, campus e cidade podem ser abordados como áreas superpostas –
uma dentro da outra - e ambas com autonomia de decisão. No caso do município, a
autonomia decorrente do pacto federativo é política e administrativa e volta-se
inteiramente para o interesse local. No caso da universidade, a autonomia é exercida nas
vertentes didático-científica, administrativa, de gestão financeira e patrimonial para
atendimento das atividades fim - o ensino, a pesquisa e a extensão. Nos dois casos, não se
trata de ser independentes ou soberanos, mas de serem autônomos, dentro dos limites
fixados pela Constituição, tendo em vista o interesse público universal e o bem comum,
finalidade do Estado que a universidade deve necessariamente perseguir (GARBOGGINI,
2012).
102
voz radical da reivindicação da quebra do isolamento universitário em favor da intervenção
social.
É da concepção da multidiversidade, elaborada por Clark Kerr (1982, p.92), aplicada
à universidade, que resulta a teorização do utilitarismo de suas atividades-fim,
disponibilizando-as para o desempenho de serviços públicos e a satisfação das
necessidades sociais. A explosão das funções, rompendo a dualidade original
ensino/pesquisa para incluir a extensão universitária, reflete essa situação e é correlata ao
crescimento populacional, à crescente complexidade da vida contemporânea e à
associação inevitável entre educação e trabalho, que potencializa a demanda pelo ensino
em todos os níveis.
A área ocupada por um campus de uma universidade estadual ou federal no Brasil
é uma área pública, mantida com recursos públicos, destinada a uma finalidade específica
e com seu uso limitado por lei. Os interesses privados são, assim, restringidos pelos
interesses da coletividade. O uso limitado e regulamentado é uma das formas de conciliar
o público e o privado, em uma relação complementar que se solidifica na medida em que
o interesse individual se identifica com o coletivo. Essa relação pode estimular a retomada
do elo com a cidade a partir do espaço universitário – o campus.
Além do esporte e dos serviços da área da saúde, outra forma de promover a
conciliação entre público/privado em prol do coletivo dá-se por meio da difusão cultural,
sendo múltiplas as oportunidades dentro do espaço universitário, que abriga acervos de
várias naturezas: artística, científica e documental. A qualidade e a intensidade dos fluxos
de ideias e contribuições acadêmicas e científicas que partem do campus para a cidade
são o fundamento da dimensão simbólica do espaço universitário. Não são localismos que
devem reger o diálogo entre universidade e cidade, mas o que há em comum entre elas,
especialmente no plano da história e da cultura. A partir das respectivas autonomias, essa
relação já se manifesta no exercício mútuo e cotidiano do pluralismo, do convívio na
diversidade, na sinergia e na cooperação (GARBOGGINI, 2012).
103
3.6.2. O destino dos espaços universitários contemporâneos
104
• a demanda por mecanismos que promovam a maior convivência entre corpo
diretivo, funcionários administrativos, docentes e discentes como forma de
sociabilidade e melhor integração cotidiana também com a comunidade externa;
• as possibilidades de instalação de novos usos e atividades relacionadas com as
novas demandas e necessidades cotidianas de todos os usuários que utilizam suas
instalações;
• as novas tecnologias que possibilitam a oferta de novos serviços no campus e
novas formas de interações interpessoais entre a comunidade universitária e a
comunidade externa em várias esferas (da esfera local à global).
O campus da Unicamp foi implantado no início dos anos de 1960, no Distrito de Barão
Geraldo, na época uma área rural, isolada da cidade de Campinas. O campus se conectava
à cidade por meio de uma única estrada de terra. Entretanto, com o passar das décadas, a
expansão urbana avançou em direção ao campus, inserindo-o fortemente no contexto da
Região Metropolitana de Campinas, trazendo consigo ambiguidades na fronteira entre o
domínio da cidade e o domínio da Universidade (GARBOGGINI, 2012), reflexo da falta de
planejamento territorial de ambas – cidade e universidade.
Figura 60 - Vista aérea da área rural onde a Unicamp viria a se instalar nos anos de 1960 e o
campus inserido na Região Metropolitana de Campinas na década de 2010
105
Junto com o campus, na década de 1960, foram criados também os loteamentos
residenciais da Cidade Universitária I e II, onde boa parte do corpo docente da Universidade
passou a habitar. Como não havia habitação estudantil no entorno, os alunos moravam na
cidade de Campinas e se deslocavam com dificuldade para a Unicamp por transporte
coletivo ou individual.
Figura 61 - Projeto do núcleo central da Unicamp e dos bairros Cidade Universitária I e II.
Fonte: SIARQ
106
Figura 62 - Foto aérea com localização da Moradia Estudantil, a cerca de 3,5km do campus
Zeferino Vaz
107
problemas se transformou, na medida em que o fluxo de veículos aumentou
exponencialmente. A facilidade de acesso a veículos individuais, adicionada à baixa
qualidade do sistema de transporte coletivo no Distrito, rapidamente fez com que a
estrutura de estacionamentos se mostrasse subdimensionada e insuficiente frente às reais
demandas de vagas, especialmente nas áreas do núcleo central e da área da saúde.
Até o início dos anos de 2000, campus e bairros do entorno (Cidade Universitária I e
II) funcionavam como continuidades um do outro. Não existia delimitação entre o espaço
do campus e o espaço dos bairros. As avenidas de perímetro do campus eram
compartilhadas e os habitantes utilizavam o campus como extensão do bairro. Quando, no
ano 2000, o território do campus foi cercado por alambrados e foram instaladas portarias
de controle de acesso, em resposta ao aumento da criminalidade urbana, a construção
dessas barreiras físicas para proteger o patrimônio da Universidade gerou polêmicas junto
à comunidade universitária e aos meios de comunicação (FOLHA DE SÃO PAULO, 2000). Até
então, o sistema viário da Universidade e dos bairros do entorno era permeável aos fluxos
de veículos, mas, uma vez delimitado por alambrados e com algumas ruas sendo obstruídas
ao franco acesso de veículos, os fluxos do campus foram todos canalizados para as portarias
de acesso controlado, gerando gargalos de trânsito nas entradas do campus e levando a
congestionamentos nos horários de pico. A partir daí, passou a ocorrer uma segregação
física entre o espaço do campus do espaço da cidade.
Com o aumento das opções de moradia estudantil e com o adensamento
populacional, no entorno do campus, além de um aumento significativo do fluxo de
veículos, ocorreu também o aumento dos fluxos de pedestres e ciclistas, que, até então,
eram pouco significativos na região. O campus e os bairros do entorno passaram a
demandar adequações físicas. As ruas dos bairros, as vias de acesso e os próprios acessos
à universidade, originalmente destituídos de espaços para pedestres e ciclistas, passaram
a ser pressionados pela demanda a se adequarem a essa nova realidade. Foi criada pela
Prefeitura de Campinas uma ciclofaixa no canteiro central da Avenida 2, que dá acesso à
Praça Henfil e à Unicamp. Por sua vez, na execução da primeira etapa do Plano de
Requalificação da Praça do Ciclo Básico, pela primeira na sua história, a Universidade
implementou no campus, um acesso exclusivo para pedestres.
108
Figura 63 - Ciclofaixa construída pela PMC no canteiro central da Avenida 2 e o primeiro acesso
exclusivo para pedestres e ciclistas projetado no campus, na década de 2010
109
implementado e diversos trechos executados estão descaracterizados, demandando
manutenção.
A Prefeitura Universitária tem implementado experiências piloto de utilização de IoT,
visando melhorias nos sistemas de transporte no campus. É necessário integrar essas
iniciativas com as iniciativas da EMDEC. O transporte por aplicativo (tipo UBER) já ocorre
no interior do campus, mas não existe um sistema que customize esse tipo de transporte
para as necessidades da comunidade acadêmica.
10
Glaeser, E. L.; Saiz, A.; “The Rise of the Skilled City", Urban Affairs, vol. 5, no., 47-94, 2004
110
para a especulação imobiliária, que cria dificuldades para a resolução de problemas de
ordenamento no uso e ocupação do solo e de polo gerador de tráfego.
111
Dr. Gabriel O.S. Porto” (Cepre). Essa área como um todo está inserida dentro da Faculdade
de Ciências Médicas (FCM) e realiza atividades de ensino, pesquisa, assistência e extensão.
Atende a cerca de 500 mil pacientes por ano, principalmente provenientes da macrorregião
de Campinas e sul de Minas Gerais.
O centro esportivo da FEF é aberto à população. Os moradores do bairro utilizam sua
estrutura nos finais de semana, assim como as academias ao ar livre espalhadas pelo
campus que também é utilizado também como local de caminhada, corrida e ciclismo pelos
moradores do distrito.
Locais do campus com atrativos naturais têm se transformado espontaneamente em
locais de convívio social (tais como (1) regiões com vistas privilegiadas como o entorno da
rotatória de acesso à PUC-Campinas e a área nas proximidades do Museu de Ciências, que
vêm sendo utilizadas como pontos de observação de pôr do sol, (2) Anfiteatro da Praça da
Paz é utilizado a noite por diversos grupos sociais e religiosos, (3) Praça do Ciclo Básico é
utilizada para festas noturnas, o que muitas vezes se configura em um problema para a
Universidade.
Embora faltem alternativas de acesso ao Distrito de Barão Geraldo durante a noite e
pouca oferta de serviços culturais, o campus conta também com um hotel - a Casa do
Professor Visitante - e outras estruturas existentes utilizadas como alojamento,
principalmente em encontros universitários tais como o Ginásio Multidisciplinar e
conjuntos de salas de aula.
Uma das estratégias da Unicamp é aumentar substancialmente sua interação da com
instituições externas (públicas e privadas) visando também viabilizar a captação de
recursos. Observa-se hoje que as Unidades e órgãos com maior interação com a sociedade,
tem maior pujança financeira.
112
4. Cenário futuro e diretrizes
113
4. Classificar os edifícios e suas atividades segundo seu porte e avaliar seu impacto no
sistema viário como polo gerador de tráfego.
5. Incentivar o uso do campus pelos pedestres e ciclistas. Para isso faz-se necessário:
6. Valorizar as áreas de convívio visando incentivar a fricção social e o intercâmbio de
ideias dos diversos usuários do espaço do campus. Para isso faz-se necessário:
7. Incentivar a realização de projetos e obras que representem novos paradigmas para
a Universidade que se pretende construir.
114
salubridade e as normas vigentes pertinentes. Os edifícios podem ser construídos
unificados, se tiverem empenas cegas e se não prejudicarem a qualidade dos demais
edifícios e da circulação do entorno, de acordo com análise da equipe do Plano Diretor
Integrado da Unicamp.
Considerando a urbanização e a possível necessidade de adaptação dos novos
parâmetros urbanísticos em casos de reformas ou novas construções em quadras que
podem já ter extrapolado o limite estabelecido para seu setor, entende-se a necessidade
de medidas mitigatórias a serem usadas nas áreas que já apresentam taxa de
permeabilidade crítica. Para isso, foram definidas três categorias de áreas:
- Quadras com mais de 60% de área impermeabilizada, definidas como áreas de
risco e com priorização de intervenções. Devem adotar coleta, armazenamento e reuso de
águas pluviais através de bacias de retenção, cisternas e demais tecnologias sustentáveis.
- Quadras que possuem entre 60% e 40% de impermeabilidade, definidas como
áreas de atenção. Devem ter indicação de medidas compensatórias para reformas e novas
construções.
- Quadras com menos de 40% de impermeabilidade, definidas como áreas de
ocupação recente. Devem ter projetos e diretrizes voltados para a taxa de permeabilidade
de 40%.
Dessa forma, o PD-Integrado estabelece os seguintes setores de vocações:
115
Figura 64 – Mapa de setorização do campus Zeferino Vaz
116
4.1.1. Centralidades acadêmicas
Objetivos - Promover maior fruição pública;
- Garantir a permeabilidade do solo;
- Garantir a vocação da área;
- Promover uso misto, com inserção de serviços;
- Proibir a construção de novos edifícios e de expansões nas
áreas sob risco de alagamento.
Parâmetros Taxa de permeabilidade 0,4
Urbanísticos Espaço de fruição pública (pavimento térreo) 0,4
4.1.4. Saúde
Objetivos - Aumentar o potencial construtivo através do adensamento
da ocupação;
- Garantir a vocação das áreas do setor com uso acadêmico e
de saúde;
- Promover maior fruição pública;
- Garantir a permeabilidade do solo.
Parâmetros Taxa de permeabilidade 0,4
Urbanísticos Espaço de fruição pública (pavimento térreo) 0,4
117
- Garantir a vocação do local;
- Promover a arborização.
Índices Taxa de permeabilidade 0,6
Urbanísticos Espaço de fruição pública (pavimento térreo) 0,8
118
4.2. Eficiência na utilização da infraestrutura urbana
119
4.4. Promoção da mobilidade e da acessibilidade inclusivas
120
4.6. Integração universidade e sociedade
5. Projetos e subprojetos
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urbano e para que as demandas do PD Integrado sejam organizadas e encaminhadas às
respectivas câmaras.
122
6. Código para projetos de empreendimentos
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7. Referências Bibliográficas
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Urbanismo da Universidade de São Paulo. São Paulo, 1999.
SÃO PAULO. Lei 12.526, de 2 de janeiro de 2007.
SÃO PAULO. Plano Diretor
TORRES, Roseli B.; ADAMI, Samuel F.; COELHO, Ricardo M. Atlas socioambiental da Bacia
do Ribeirão das Anhumas. Pontes Editores, Campinas, 2014.
Universidade de São Paulo. Plano Diretor 2013 – Cidade Universitária “Armando de Salles
Oliveira”. USP, 2013.
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