Sie sind auf Seite 1von 5

Doença

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Uma doença é uma condição particular anormal que
afeta negativamente o organismo e a estrutura ou
função de parte de ou de todo um organismo, e que
não é causada por um trauma físico externo. Doenças
são frequentemente interpretadas como condições
médicas que são associadas a sintomas e sinais
específicos. Uma doença pode ser causada por
fatores externos tais como agentes patogénicos ou
por disfunções internas.Pode se entender que doença
é a apresentação de anormalidades na estrutura e no
funcionamento de um organismo, afetando-o mesmo
de forma negativa Por exemplo, disfunções internas
do sistema imunológico podem produzir uma
variedade de diferentes doenças, inclusive várias
formas de imunodeficiência, hipersensibilidade,
Micrografia eletrónica de varrimento de
alergias e desordens ou transtornos autoimunes. Mycobacterium tuberculosis, uma bactéria que
causa tuberculose
Em humanos, doença é frequentemente usada
amplamente para se referir a qualquer condição que
causa dor, disfunção, desconforto, sentimento de incapacidade, anormalidades negativas e problemas
sociais ou morte à pessoa afligida, ou problemas similares àqueles em contacto com a pessoa. Neste
sentido mais amplo, às vezes inclui traumas físicos, deficiências, transtornos, síndromes, infeções,
sintomas isolados, comportamentos anormais e variações atípicas de estruturas e funções, enquanto
noutros contextos e para outros propósitos podem ser consideradas categorias distinguíveis. Doenças
podem não somente afetar pessoas fisicamente, como também mentalmente, como a contração e a
convivência com uma doença podem alterar a perspetiva de vida de uma pessoa afetada.

Morte devido a doença é chamada de morte por causas naturais. Há quatro tipos principais de doença:
doenças infeciosas, doenças de deficiência, doenças hereditárias (o que inclui tanto doenças genéticas
quanto doenças hereditárias não-genéticas) e doenças fisiológicas. Doenças podem também ser
classificadas de outras maneiras, tais como doenças transmissíveis versus não-transmissíveis. As doenças
mais mortais em humanos são a doença arterial coronária (obstrução do fluxo sanguíneo), seguida de
doença cerebrovascular e infeções respiratórias agudas. Em países desenvolvidos, as doenças que causam
a maior moléstia em geral são condições neuropsiquiátricas, tais como depressão e ansiedade.

O estudo de doença e chamado patologia, que inclui o estudo de etiologia, ou causa.

Índice
Conceitos de doença
Conceito médico
Conceito bio-psicossocial
Significado social da doença
Referências
Bibliografia
Ver também

Conceitos de doença
Doença é um conceito complexo e multifacetado:[1]

conceito do senso comum: a palavra tem em linguagem quotidiana diferentes significados,


muitas vezes distintos do significado médico;
conceito jurídico: doenças dão a seus portadores determinados direitos (ex. não ir ao
trabalho) e implica deveres para várias instituições (seguros de saúde, previdência social,
empregador);
conceito social: ser "doente" implica um determinado papel social que provoca em outras
pessoas compaixão, atenção, apoio; além disso certos tipos de comportamento geralmente
indesejáveis são aceitos (resmungar, não participar de atividades sociais);
conceito acional (Handlungsbegriff): ter uma doença conduz a um determinado tipo de
comportamento e a determinadas ações (procurar um médico, tratamento);
conceito profissional: a classificação de um fenômeno como doença implica que somente
algumas classes profissionais podem realizar seu tratamento

Conceito médico
Por ter tantos usos e significados diferentes faz-se necessária uma definição pelo uso científico do termo.
O conceito de doença compõem-se, segundo Häfner (1981,[2] 1983[3]), de dois componentes:

1. o distúrbio de funções, grupos de funções ou de sistemas interpessoais;


2. o estado não é proposital – "doença" implica incapacidade. Além disso ele é formado em
diferentes níveis:
1. a manifestação;
2. o desenvolvimento da doença, que caracteriza o "estar doente" (Kranksein);
3. o conhecimento dos órgãos afetados e do contexto patológico, de forma a se
compreender como os primeiros níveis se influenciam mutuamente;
4. o conhecimento das causas do contexto patológico
Somente quando todos esses níveis são conhecidos pode-se falar de nosologia.

Conceito bio-psicossocial
O conceito de doença descrito acima é o chamado "conceito médico". Ele localiza a doença dentro do
indivíduo e a define como um fenômeno isolado, com causas biológicas e muitas vezes a ser tratado com
medicamentos. Críticas contra esse conceito foram levantadas por várias ciências sociais (sociologia,
antropologia, ciências da saúde, psicologia da reabilitação, etc.): uma doença não influencia somente o
indivíduo, mas todas as pessoas que estão em contato com ele (família, amigos); além disso ela tem não
apenas consequências biológicas, mas sociais (isolamento, preconceito, estereotipificação, etc.) e
provocam muitas vezes mudanças no sistema social. Por isso se fala hoje de um conceito bio-
psicossocial, ou seja uma doença deve ser vista sob diferentes pontos de vista, de acordo com os
diferentes fatores que a influenciam:[4]

fatores biológicos – como a predisposição genética e os processos de mutação que


determinam o desenvolvimento corporal em geral, o funcionamento do organismo e o
metabolismo, etc.;
fatores psicológicos – como preferências, expectativas e medos, reações emocionais,
processos cognitivos e interpretação das percepções, etc.;
fatores socioculturais – como a presença de outras pessoas, expectativas da sociedade e
do meio cultural, influência do círculo familiar, de amigos, modelos de papéis sociais, etc.
A literatura sobre sociologia médica em língua inglesa costuma diferenciar esses diferentes aspectos da
doença com o uso de três termos distintos (que no inglês quotidiano são usadas como sinônimos):[5]

disease é a parte médica e técnica;


illness refere-se à experiência pessoal da pessoa doente;
sickness refere-se ao aspecto social e relacional da doença.

Significado social da doença


Uma condição pode ser considerada uma doença em algumas culturas e
épocas, mas não em outras. Condições tais como o transtorno do déficit
de atenção com hiperatividade e a obesidade são consideradas doenças
por parte de alguns países desenvolvidos, mas têm sido considerados de
forma diferente em outras culturas. Por exemplo, a obesidade também
pode representar riqueza e abundância e é um símbolo de status em áreas
propensas à fome e alguns lugares mais atingidos pela caquexia
decorrente da AIDS.[7]

A doença confere a legitimação social de determinados benefícios, como


auxílio-doença, desnecessidade de comparecer ao trabalho e recebimento
de cuidadas por outras pessoas. Em contrapartida, existe uma obrigação
por parte do doente a procurar tratamento e trabalho para voltar a ficar
bem. Como comparação, considere-se a gravidez, que não é normalmente
interpretada como uma doença ou uma enfermidade. Por outro lado, é
A obesidade foi um símbolo
considerada pela comunidade médica como uma condição que exige de status na cultura do
cuidados médicos. Renascimento: "O General
Toscano Alessandro del
A identificação de uma condição como uma doença, ao invés de Borro", atribuído a Andrea
simplesmente como uma variação da estrutura ou funcionalidade Sacchi, 1645.[6] É agora
humana, pode ter importantes implicações sociais ou econômicas. Os geralmente considerada
reconhecimentos controversos como doenças do transtorno de estresse como uma doença.
pós-traumático, também conhecido como o "coração do soldado",
"choque de stress do combate" ou "fadiga do combate", da lesão por esforço repetitivo e da síndrome da
Guerra do Golfo teve uma série de efeitos positivos e negativos sobre as finanças e outras
responsabilidades governamentais, empresas e instituições para indivíduos, assim como sobre os próprios
indivíduos. A implicação social de considerar o envelhecimento como uma doença pode ser profunda,
embora esta classificação não está ainda generalizada. Os leprosos eram um grupo de indivíduos
socialmente evitados ao longo da história, e o termo "leproso" ainda evoca estigma social. O medo da
doença pode ainda ser um fenômeno social amplo, embora nem todas as doenças evocam um estigma
social extremo.

Referências
störungsspezifische Wissen. Göttingen:
1. Perrez, Meinrad & Baumann, Urs (2005). Vandenhoeck & Ruprecht.
Lehrbuch klinische Psychologie -
Psychotherapie. Bern: Huber. 6. Carol Gerten-Jackson. «The Tuscan
General Alessandro del Borro» (https://we
2. Häfner, H. (1981). "Der Krankheitsbegriff in b.archive.org/web/20141011120802/http://
der Psychiatrie". In: R. Degwitz & H. Sidow www.cab.u-szeged.hu/cgfa/m/m-12.htm).
(Hrsg.), Zum umstrittenen psychiatrischen Consultado em 31 de agosto de 2010.
Krankheitsbegriff. Standorte der Arquivado do original (http://www.cab.u-sze
Psychiatrie Bd. 2, München: Urban & ged.hu/cgfa/m/m-12.htm) em 11 de
Schwarzenberg, p. 16-54. outubro de 2014
3. Häfner, H. (1983). "Allgemeine und 7. Haslam DW, James WP (2005). «Obesity».
spezielle Krankheitsbegriffe in der Lancet. 366 (9492): 1197–209.
Psychiatrie". Nervenarzt, 54, 231-238. PMID 16198769 (https://www.ncbi.nlm.nih.
4. Myers, David G. (2008). Psychologie. gov/pubmed/16198769).
Heidelberg: Springer. doi:10.1016/S0140-6736(05)67483-1 (http
5. Schweitzer, Jochen & Schlippe, Arist von s://dx.doi.org/10.1016%2FS0140-6736%28
(2006). Lehrbuch der systemischen 05%2967483-1)
Therapie und Beratung. Band: 2, Das

Bibliografia
Myers, David G. (2008). Psychologie. Heidelberg: Springer. ISBN 978-3-540-79032-7
(Original: Myers (2007). Psychology, 8th Ed. New York: Worth Publishers.)
Perrez, Meinrad & Baumann, Urs (2005). Lehrbuch klinische Psychologie - Psychotherapie.
Bern: Huber. ISBN 3-456-84241-4
Schweitzer, Jochen & Schlippe, Arist von (2006). Lehrbuch der systemischen Therapie und
Beratung. Band: 2, Das störungsspezifische Wissen. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht.
ISBN 3-525-46256-5
Antonovsky, A. (1979). Health, stress, and coping: new perspectives on mental and physical
well-being. San Francisco: Jossey-Bass.
Aron, E., & Aron, A. (1987). The influence of inner state on self-reported long term
happiness. Journal of Humanistic Psychology, 27, 248-270.
Blaxter, M. (1990). Health and Lifestyles. London: Tavistock.
Bolander, V.B. (1998). Enfermagem fundamental: abordagem psicofisiológica (pp. 32–52).
Lisboa: Lusodidacta.
Breslow, L. (1987). Some fields of application for health promotion and disease prevention.
In T. Abelin, Z.J. Brzezinski, & D.L. Carstairs (Eds.), Measurement in health promotion and
protection (Nº 22, pp. 47–60). Copenhagen: World Health Organization Regional Office for
Europe.
Calnan, M. (1987). Health and Illness: The lay perspective. London: Tavistock.
Cornwell, J. (1984). Hard-Earned Lives: Accounts of health and illness from East London.
London: Tavistock.
Dean, K. (1990). Nutrition education research in health promotion. Journal of the Canadian
Dietetic Association, 51(4), 481-484.
Diener, E. (1984). Subjective Well-being. Psychological Bulletin, 95 (3), 542-575.
Dubos, R. (1980). Man adapting. New Haven: Yale University Press.
Engel, G.L. (1977). The need for a new medical model: a challenge for biomedicine.
Science, 196, 129-136.
Goodstadt, M.S., Simpson, R.I., & Loranger, P. (1987). Health promotion: a conceptual
integration. American Journal of Health Promotion, 1 (3), 58-63.
Helman, C. (1978). Feed a cold and starve a fever: Folk models of infection in na English
suburban community, and
Herzlich, C. (1973). Health and Iillness: A Social-Psychological Analysis. New York:
Academic Press.
Kaplan, R. (1984). The connection between clinical health promotion and health status.
American Psycholgy, 39 (7), 755-765.
Laderman, C. (1987). The ambiguity of symbols in the structure of healing. Social Science
and Medicine, 24, 293-301.
Lalond, M. (1974). A new perspective on the health of Canadians. Ottawa; Minister of
National Health and Welfare.
Mayer, E. (1988). Toward a New Philosophy of Biology. Cambridge: Harvard University
Press.
McIntyre, T.M. (1994). A psicologia da saúde: Unidade na diversidade. In T.M. MacIntyre
(Ed.), Psicologia da saúde: áreas de intervenção e perspectivas futuras (pp. 17–32). Braga:
APPORT.
McQueen, D. (1987). A research programme in lifestyle and health: methodological and
theoretical considerations. Revue of Epidémiology et Santé Publique, 35, 28-35.
Ramos, V. (1988). Prever a medicina das próximas décadas: Que implicações para o
planeamento da educação médica?. Acta Médica Portuguesa, 2, 171-179.

Ver também
CID - classificação internacional de doenças
Doença mental
Salutogênese

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Doença&oldid=57387194"

Esta página foi editada pela última vez às 07h23min de 9 de fevereiro de 2020.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de
utilização.

Das könnte Ihnen auch gefallen