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Resumo: A história da filosofia latino-americana é uma questão posta a prova por Salazar
Bondy (1992), quando realizar a pergunta problemática: “existe uma filosofia da América
Latina?”, a partir desse ponto, temos em construção o surgimento de um novo movimento que
é chamado de Filosofia da Libertação com fundadores importantes: Leopoldo Zea (1973) e
Enrique Dussel (1994). Em que nos remete a uma nova investigação que perpassa todo o
nosso pensamento, em busca de uma solução a questão levantada por Salazar ao respondê-la
como um movimento que busque o status de original e que tenha em si um rosto nosso, isto é,
um pensamento original latino-americano. Nesse sentido, realizamos com o presente trabalho
a demonstração da ruptura que ocorreu durante o movimento da filosofia da libertação, visto
que é a partir de sua origem que temos uma nova possibilidade de fazer filosofia em um
movimento diferente do que era realizado. Desde modo, o pensamento crítico latino
americano engendra-se o movimento de pensar a sua realidade e não pensar a realidade desde
o eurocentrismo, mas desde América Latina. E, por meio desse movimento temos a tomada do
sujeito na ótica a partir da sua constituição histórica Dussel (1993) nos situar na concepção do
encobrimento do outro, em que a História da América Latina é contada desde o ponto de vista
dos colonos e não dos colonizados, ou seja, a história contada em sua outra face. Para tanto,
os objetivos do presente trabalho são: apresentar a filosofia da libertação como ruptura da
história da filosofia na América Latina; expor o pensamento do filósofo Enrique Dussel como
filosofia da libertação; e apresentar a filosofia da libertação como possibilidade para o pen
samento crítico na América Latina. Assim sendo, a filosofia da libertação, na perspectiva de
Dussel, nos possibilita um caminho contrário ao fazer filosofia na América Latina e em prol
de uma filosofia latino-americana que esteja articulada com nossa realidade e aprimore os
conceitos desde o seu ponto de partida.
INTRODUÇÃO:
1
Graduando em Filosofia pela Universidade Federal de Alagoas — UFAL - Ac. Simões. Membro
efetivo do grupo de pesquisa: Subjetividade e Crítica ao Sujeito Moderno (Desde América Latina).
<<jonhn.lima@ichca.ufal.br>>
partir dela que podemos caminhar para uma filosofia da libertação, realizando uma
interpretação inversa dos modos de pensar a história das ideias e da filosofia na América
Latina pela filosofia latinoamericana.
O presente trabalho é dividido em dois momentos, o primeiro é a apresentação da
história da filosofia latino-americana, onde consiste na exposição das três épocas que
correspondem desde o período colonial até os dias atuais e o segundo a história da filosofia
latino-americana e a filosofia da libertação.
Dussel parte da compreensão de que existem determinados critérios que temos que
levar em consideração e, principalmente:
Para Dussel existem três épocas para a filosofia na América Latina que são: i. a etapa
capitalista pré-industrial (século XVI - XVII)5; ii. a decadência da escolástica (séc. XVIII)6;
iii. Desde a metade do séc XVIII - até hoje7. A primeira época podemos compreender como o
2
Cf. DUSSEL. Historia de la filosofía latinoamericana y filosofía de la liberacion. Editorial
nueva américa: Bogotá, 1994. (p. 14)
3
IBIDEM.
4
Op. cit (p.17)(grifo nosso)
5
IBIDEM.
6
Op. cit (p.18)
7
IBIDEM.
capitalismo arcaico, e temos que o fruto do capitalismo não é a “extracción de oro y plata”8,
mas sim “una circulación en la que la industria es su centro”. A segunda é caracterizado pela
autonomia da filosofia e a decadência da escolástica, a fase do capitalismo industrial
propriamente dito, mas “su presencia en América Latina no se produce por la fundación de
manufacturas primero y fábricas industriales después, sino, principalmente, por la compra de
productos industriales de procedencia inglesa -mediante las clases comerciales de España y
Portugal-. Es la instalación de la dependencia del capitalismo industrial central”9. E, por
último, a terceira fase tange ao momento pelo qual “casi todos los países latinoamericanos
permanecen en la dependencia del capitalismo central”10 e ainda a “tercera época será la
determinada por una totalidad práctico-productiva post-capitalista”11.
8
IBIDEM.
9
Ibidem.
10
Ibidem.
11
Ibidem.
12
Op. cit., p.17
13
Op. cit., p.19
14
Op. cit., p.25
15
Dussel utiliza a expressão blocos históricos para descrever a divisão histórica das épocas no
continente latinoamericano com divisor de água o período político. E denominar blocos
históricos-filosóficos como os períodos e fases que se sucederem dentro dos blocos históricos que
são as três épocas: época pré-industrial; capitalismo industrial; dependência de alguns países
latino-americanas.
16
Ibidem.
circunscribirse a la mera descripción de la filosofía dominante o hegemónica”17, mas ao
contrário, enquanto um pensamento da libertação, uma filosofia que “deben nacer por su
propia naturaleza como pensamientos o filosofías anti-hegemónicas, y por ello sin aparatos
materiales importantes; perseguidas frecuentemente; como el pensamiento ilustrado o el
propiamente emancipatorio a fines del siglo XVIII”18
Os períodos da história da filosofia na América Latina estão inseridos nas três épocas
que são filosofia colonial; filosofia da dependência colonial; e a filosofia da segunda
emancipação que serão trabalhadas com algumas minúcias em seguida.
“Es verdad que no jugará dicho mundo el mismo rol que cumplió el mundo simbólico
griego con respecto a la aparición del discurso filosófico -porque en aquel caso fue la
exigencia de ordenar los símbolos en un nivel abstracto ontológico lo que permitió
justamente el origen de la filosofía-. En nuestra América la filosofía vino, como
actitud y como instrumentos metódicos, ya "hecha" desde Europa. Por ello el
pensamiento amerindiano no cumplió como en Grecia una función de originación.
Pero, es importante conocerlo, porque constituye todavía hoy parte de la conciencia
cotidiana de las estructuras culturales de nuestro pueblo, en especial de las clases
oprimidas y fundamentalmente del campesinado”20
17
Op. cit., p.26
18
Ibidem.
19
Op. cit., p. 27
20
Op. cit., p. 28
exclusiva de la clase dominante, de la Hispanic-Portuguese class, or of los que se
articulaban con ellos.”21
No primeiro período são utilizados três formações ideológicas que são o pensamento
de protesto, discurso de derrotado, subjetividade passsiva, frente à luz da lógica aristótelica
das 10 categorias, isto é, o instrumento da segunda escolástica renascentisa ibérica, sendo
utilizada por de Fernández de Oviedo. A filosofia era parte da formação dos clérigos e
juristas, como algum tipo de filosofia de base. O primeiro período da filosofia colonial (1492-
1553), segundo Dussel, é tratada como a filosofia política antes da conquista, enquanto
crítica/pensamento político, verificando-se uma “filosofia da libertação”, em que está presente
nos escritos de Bartolomé de las Casas, em que nas palavras de Dussel Fue una filosofía
política, crítica de la opresión y en favor de los domina"' dos. Fueron auténticos "intelectuales
orgánicos" de una etnia y un pueblo explotado. El tema deberá ser tratado con detención en el
futuro.22
21
Op. cit., p. 29.
22
Op. cit., p.30
23
Op. cit., p.33
24
Ibidem.
Sendo assim, a investigação da filosofia colonial deve ser norteada em torno de uma
revisão, permitindo uma reconstrução acerca da história ideologica dos oprimidos, frente ao
pensamento para a reação. E, prosseguindo acerca do terceiro período e a expulsão dos
jesuítas, temos:
Em que situava esta nova filosofia “por supuesto el mundo colonial: colonialismo que
va a significar mucha mayor extracción de riqueza” 26. A situação de exploração
latino-americana, colocada em questão. Foram enfrentadas pelos oprimidos que são os índios
e também pelos “criollos”27 que “comienzan a emanciparse de la concepción borbónica de
colonias”. Realizando, assim, um novo movimento da filosofia da libertação.”28 E sobre essa
filosofia, temos:
Pensando a respeito das classes dos oprimidos, como movimento filosófico para a
prática revolucionária. E essa filosofia, “pensar de acordo com o seu contexto”, visto que a
educação autoritária seria o oposta dessa filosofia, como nos diz Dussel:
25
Op. cit., p.34.
26
Ibidem.
27
Criollos é o termo aplicado aos filhos dos espanhóis (homens brancos e ricos) nascidos nas
colônias espanholas. Participaram juntamente com os índios e os mestiços. Dussel atribui a
participação deles como eles tomarem a consciência da situação das colônias.
28
Ibidem.
29
Ibidem.
30
Op. cit., p. 35
América Latina.”31 É, pois, contemplado no terceiro período, o fim da escolástica. Sendo
assim, podemos inferir que temos que a filosofia da libertação corresponde a filosofía que
exprime a si como “tiempo fundamental de filosofía como acto segundo, a partir de la praxis
de los oprimidos, en este caso los criollos; es filosofía de la liberación en contra de la filosofía
constituida, hispánica, europea, de dominación.”32
A filosofia neocolonial tem início conforme nos apresentar Dussel. “A partir de 1807,
cuando Napoleón entra en Portugal, o en e1 1809, cuando invade a España, hasta hoy los
países dependientes del capitalismo” e também, com o contexto, de “es la época en que el
dinero es invertido para la producción de mercancías y esas mercancías adquieren por la
circulación más dinero.”33Como realizado com a primeira época, a segunda época, ou seja, a
época da dependência é trabalhada por Dussel, por meio de alguns períodos.
O primeiro corresponde a filosofia antes da emancipação (1807), quando a “filosofía
surge desde la praxis misma para justificar la voluntad revolucionaria: el uso de las armas,
la libertad de comercio, el derecho de constitución de una nación y otros temas. Podríamos
releer temas de actualidad en esos filósofos.” E a isso, temos que a produção da filosofia,
consistindo em uma produção da filosofia política, refere-se a “Fray Servando de Mier, en
México, de un Moreno en La Plata, de un Bolívar en la Gran Colombia y tantos otros.
Podríamos encontrar en ellos una filosofía explícita. Era gente que conocía las categorías
tradicionales; que podían construir un discurso filosófico.” Em que, está presente a
realização da práxis. O período em questão, corresponde ao desfecho dos índios na rebelião.34
O segundo período corresponde ao fracasso da nova ordem (desde 1820) corresponde
ao pós-emancipador. É o “nuevo orden debió ser el del capitalismo industrial, central,
creador, autoproductivo. Pero América Latina había llegado demasiado tarde al festín
industrial del capitalismo”35 e sobre a filosofia nessa época, temos:
“Es muy bello escuchar lo que escribe Alberdi (1810-1884) en su Ideas para
presidir la confección de un curso de filosofía contemporánea (en 1842);
"Nuestra filosofía ha de salir de nuestras necesidades". Esta filosofía hubiera
podido ser aquella "de nuestras necesidades", una filosofía productiva. Pero
Alberdi continúa: "la filosofía americana debe ser esencialmente política y
social en su objeto. Ardiente y profética a sus instintos; sintética y orgánica en
sus métodos; positiva y realista en sus procedimientos; republicana en su
espíritu y destino. Hemos nombrado una filosofía {latinoamericana) y es
preciso que hagamos ver que ella puede existir”36
31
Ibidem.
32
Ibidem.
33
Op. cit., p. 36
34
Op. cit., p.37
35
Op. cit., p.38
36
Ibidem.
Em que para Dussel, Alberdi atribui os moldes de fazer filosofia latinoamericana
distinto da época, pois assegura o papel da filosofia como aquela responsável para pensar a
sua realidade, quando nos atribui o sentido de pensar as nossas necessidades.
O terceiro período corresponde ao positivismo como a sombra da expansão
imperialista (1880) corresponde ao “denominado imperialismo (por monopolización y
concentración del capital productivo y financiero en el capitalismo central, más expansión en
el mundo neocolonial a fines del siglo XIX)” e em um momento de dominação da filosofia
tradicional. E a influência de Augusto Comte. E, em relação ao positivismo latinoamericano
corresponde as “corrientes conservadoras de los siglos XIX y XX lo criticaron por
anticatólico, librepensador, etc. Ya que la izquierda latinoamericano.”37 e sobre a filosofia
nesse período, Dussel nos situa:
37
Op. cit., p. 41
38
Ibidem.
39
Op. cit., p. 42
40
Cf: FLORES, Alberto Vivar.
Vasconcelos (1882-1959), Farías Brito (1862-1917), José Enrique Rodó (1871-1917)”41 Por
isso, Dussel nos diz:
Temos os fundadores, como pensadores responsáveis pela filosofia como um estudo nas
universidades. E, ao longo, dos anos discursos das minorias começam a entrar em vigor como a
recuperação ao tema do negro como tema central da reinterpretação do passado latinoamericano.
Tomando o seu fim com “El "fracaso de la ilusión" populista, cuando Estados Unidos ha dominado
sin oposición la totalidad del sistema capitalista (aproximadamente diez años después de la guerra
última, en torno a 1955[...] es fin de período y paso, en algún caso a nueva época, y en el resto, a un
nuevo período” 43. Sendo também a primeira fase dos “intelectuais orgânicos”.
O quinto período corresponde a crise da dependência (1945-1955), correspondendo a segunda
fase dos “intelectuais orgânicos” da dependência. Segundo Dussel “La primera fue el positivismo, la
segunda es la de diversas escuelas o movimientos de las filosofías "universalistas" neutras,
científicas.”44 O pós-guerra que permite a saída de muitos estudantes latinos para universidades
europeias e norte-americanos. A filosofia do período anterior é dito como não-científica, sem rigor ou
folclórica pelos novos intelectuais. Estes movimentos buscou que a filosofia estivesse em um plano de
autonomía absoluta, mas sem “articulación teórica ni práctica con la realidad cotidiana del continente,
de su situación política, económica y cultura”.45
A primeira emancipação, como nos diz Dussel, “fue liderada por la oligarquía
criolla, mientras que la segunda será dirigida por el pueblo mismo A terceira época (desde
1959)”. E, sobre a segunda emancipação, temos que:
41
PASSIM. DUSSEL, Enrique. Historia de la filosofía latinoamericana y filosofía de la liberacion. (p. 42-43)
42
Op. cit., p. 43 (grifo nosso)
43
Op. cit,. p. 44
44
Ibdem.
45
Passim: Op. cit., p. 45-46
dogmáticos marxistas la fama de populista. En realidad los partidos
fundados en América Latina desde 1919 eran cabalmente europeistas, y
decenios después comenzarán a incorporar la reflexión mariateguiana”
46
46
Op. cit., p. 47
47
Ibidem.
reinterpretar el pensar mundial desde dos perspectivas.”48 Temos a história do movimento
filosofia da libertação e sua expansão enquanto corrente de pensamento latinoamericano. Um
pensamento crítico que atribui a si, a possibilidade de ser a voz do oprimido. Será exposto ao
longo do capítulo II, a história da filosofia da libertação e, em seguida, a exploração do que
consiste a filosofia da libertação enquanto voz dos oprimidos.
O primeiro pensador que realizou o caminho contra isso, foi Bartolomé de las Casas
em 1514 ao realizar o enfrentamento ao eurocentrismo, por meio do contra-discurso da
modernidade. A filosofia da libertação se separa de Lévinas, visto que deveria pensar a
vulnerabilidade do Outro visando o processo de reconstrução de uma nova ordem. Para tanto,
o filósofo da libertação não é a representação ou na fala em nome dos outros, mas assume a
responsabilidade de lutar pelo Outro que é a vítima, a mulher oprimida do patriarcalismo, o
negro, o índio, o oprimido. A filosofia da libertação situa a nossa existência, enquanto
oprimido, e não supor que a inexistência de dominador ou dominado.
48
Cf. DUSSEL. Introducción a la Filosofía de la Liberación Latinoamericana. 5ª ed. Editorial
Nueva América: Bogotá, 1995 (p. 39)
49
Cf. DUSSEL. A Filosofia da Libertação frente aos estudos pós-coloniais, subalternos e a
pós-modernidade. Rev. Direito e Práx. Rio de Janeiro. (p. 3240-3243).
50
Podemos compreender “o mito da modernidade” refere-se
A filosofia da libertação tem origem na Argentina, como forma alternativa de produzir
filosofia. Sobre seu surgimento, temos:
“Hace algo más de veinte años, a finales de la década del 60, surgía en
América Latina la Filosofía de la Liberación –en Argentina, al comienzo, y
lentamente en todo el continente, posteriormente en algunos lugares del
Mundo periférico y aun de países centrales–. [...] latinoamericanista ha debido
nutrirse de un mayor rigor metodológico. Todo ello alienta la “tradición”
filosófica en la que se originó la Filosofía de la Liberación, por lo que hoy
puede crecer con mayor claridad que antes, en la primera década del siglo
XXI. Y, sobre todo, la realidad desde la cual surgió dicha filosofía, es hoy
más acuciante que nunca, en continua y desesperante espiral de subdesarrollo:
la miseria, la pobreza, la explotación de los oprimidos de la periferia mundial
(en América Latina, Africa o Asia), de las clases dominadas.” 51
51
Cf.ASTRAIN, Ricardo Salas. (org) Pensamiento Crítico Latinoamericano: Conceptos
Fundamentales. Ediciones UCSH: Chile, 2005 (Dussel. Filosofía de la liberacon. p. 373)
52
Op. cit., p. 374
De modo geral, podemos compreender que a filosofia da libertação, surgiu como um
movimento para compreender o papel da filosofia latino americana, e em busca de sua
história. Realizando o exercício de compreender a existência de pensadores que possibilitaram
o livre pensar ao longo da história do Continente latino-americano.
“Contra la ontología clásica del centro, desde Hegel hasta Marcuse, por
nombrar lo más lúcido de Europa, se levanta una filosofía de la liberación de
la periferia, de los oprimidos, la sombra que la luz del ser no ha podido
iluminar. Desde el no-ser, la nada, el otro, la exterioridad, el misterio de lo
sin-sentido, partirá nuestro pensar. Es entonces, una "filosofía bárbara"”
(DUSSEL, 1996. p. 26)
E, como dito antes, a filosofia da libertação precisa antes de ser filosofia da libertação,
o exercício da práxis da realidade, ou seja, a práxis da libertação. Tomando em evidência a
condição do sujeito latino-americano e sua realidade. Prosseguirmos que o sentido esperado
para isso é:
Vemos que os oprimidos são valorizados, por meio dessa filosofia, em que tornam-se
o tema central da filosofia da libertação, a voz do povo. E em mesmo ponto, convidá-os para
fazer sua voz ser ouvida. Como uma filosofia que articular com a realidade do Outro e o põe
53
Passim. Op. cit., p. 376-380.
54
Op. cit., p.380
55
Cf: DUSSEL. Filosofia de la liberación. Editorial Nueva América: Bogotá, 1996. (p. 27)
como tema central da discussão, a filosofia da libertação, possui algumas exigências que são
citadas abaixo:
56
Cf. DUSSEL. La Praxis y la filosofía de la liberación. Editorial Nueva América: Bogotá, 1983. (p.31)
57
DUSSEL. (Filosofía de la liberación), 1994. p.55
58
DUSSEL. (Filosofia da libertação) . p. 47
59
Op. cit., p.48
60
Op. cit., p. 50
para Aristóteles), o la mujer en la sociedad machista (que es castrada para
Freud), o el huérfano que nada es y todo lo debe aprender (como el Emilio de
Rousseau). Por cuanto no es, en cuanto alteridad de la totalidad, igualmente
puede decirse que es nada.”61
Sendo assim, como nos versos de Lima, a filosofia da libertação dusseliana indagá-nos
a exercer o direito de pensar a nossa existência e o dizê-lo, não realizando pressuposições que
sabemos não corresponder à nossa realidade. Assumir o nosso pensamento crítico de modo
latino-americano.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
61
DUSSEL. (Filosofía de la liberación), 1994. p. 61
62
LIMA; FLORES, 2019. p. 40.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
______. Filosofia da libertação: na América Latina. trad. Luiz João Gaio. 1ª ed (portuguesa).
Loyola: São Paulo, 1982
______. La Praxis y la filosofía de la liberación. Editorial Nueva América: Bogotá, 1983.
GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. trad. Sérgio Faraco. Porto
Alegre, RS: L&PM,2019