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Planejamento estratégico: como aplicar à sua vida

Planejamento estratégico é um conjunto bastante complexo de disciplinas interrelacionadas,


geralmente aplicado a organizações de médio ou grande porte e considerando períodos de
tempo extensos. Sua intenção é estabelecer um direcionamento a ser seguido pela empresa,
para alcançar a missão definida por ela – mas você também pode aplicar seus princípios à
administração de seu dia-a-dia.

Para adoção em nível individual, os métodos do planejamento estratégico podem ser


complexos demais, a ponto de não valer o esforço de sua adoção por completo. Ainda
assim, você pode considerar a adoção de uma parte importante dele, que embora não seja
fácil, é simples de compreender: a definição de missão, o desdobramento em objetivos e o
alinhamento das ações.

Atenção: não tome o que vem a seguir como um guia geral sobre planejamento estratégico.
Vamos simplificar todos os temas, na intenção de gerar a reflexão necessária para dar o
pontapé inicial no processo, apenas. Se você chegou a esta página procurando no Google
por material para seu trabalho de algum curso de Administração, esta não é uma boa fonte
para citações, embora talvez sirva como idéia geral ;-)

Definir missão, visão e valores

Definir a missão é uma tarefa árdua para organizações, e ainda mais para indivíduos. A
missão é aquilo que queremos ser, uma definição permanente sobre o que pretendemos
fazer e ser, e sobre quais demandas queremos atender, ou qual o valor que geramos para a
sociedade ou o mercado.

Algumas pessoas têm uma idéia clara de sua missão e se fixam a ela com facilidade,
enquanto outras seguem a metodologia de Zeca Pagodinho e deixam a vida as levar. Se
você está neste último grupo, pare para pensar sobre o que você pretende ser ou alcançar.
Identifique objetivamente a sua missão de longo prazo – se você conseguir internalizar a
sua missão, isto pode ajudar a tomar todas as outras decisões da sua carreira.

Tendo definido a missão você pode identificar também sua visão de futuro – seu alvo,
prático e alcançável: como quer ser visto, onde quer chegar. E você completa a fase de
definições quando registra também os seus valores, os princípios que vão balizar as suas
ações enquanto pratica a Missão, em busca de atingir ou manter a Visão. Em um ponto de
vista pessoal, determinadas missões e visões individuais podem ser vistos sob luzes
completamente diferentes, dependendo dos valores escolhidos. Por exemplo, buscando as
mesmas visões de sucesso pessoal, algumas pessoas escolhem privilegiar a qualidade de
vida, o convívio familiar, o prestígio, a fama ou o acúmulo econômico – e assim as
definições de princípios e valores acabam diferenciando de forma clara as escolhas que elas
farão.

Sim, são conceitos complexos para uma definição em 3 parágrafos, mas confio que você
conseguirá entender a idéia e buscará a reflexão. Para ajudar, busque exemplos: você já
deve ter visto declarações de missão e visão de diversas empresas, afixadas em quadros nos
seus escritórios ou em seus sites. Se desejar, veja alguns exemplos de missão, visão e
valores de organizações.

Análise interna e externa

As definições básicas são essenciais, mas quando você termina de identificá-las, é a hora da
análise. Você precisa colocar a sua missão, visão e valores no contexto da sua vida,
identificando os desafios do seu ambiente e circunstâncias, as suas forças (para tirar
proveito delas) e as suas fraquezas (para trabalhá-las ou mesmo contorná-las).

Identifique também as oportunidades e ameaças. O que o ambiente está oferecendo a você


que pode ajudá-lo a alcançar sua visão? O que pode surgir no seu caminho fazendo com
que você tropece e se afaste de sua missão? Quanto mais detalhado você puder ser nesta
análise, mais você poderá se preparar objetivamente para tirar proveito das oportunidades
certas, e para se desviar ou enfrentar os obstáculos mais complicados.

No planejamento pessoal você não precisa ir tão longe quanto as empresas usualmente vão,
até porque o seu domínio sobre as variáveis envolvidas pode ser bem menor. Mas se você
quiser uma checklist, saiba que as empresas costumam observar oportunidades e ameaças
nos seguintes segmentos: ambientais, demográficos, econômicos, financeiros, culturais,
sociais, jurídicos, políticos, ecológicos, familiares, psicológicos e tecnológicos.

Nesta segunda e última parte do artigo veremos como prosseguir de onde paramos na parte
anterior: uma vez definidos a missão, visão e valores, e feita a análise interna e ambiental
(forças e fraquezas, oportunidades e ameaças), como fazer para transformar isto tudo em
ações e acompanhar esta execução.

Formulação de objetivos, plano de metas e indicadores

Após a análise interna e externa, você já terá condições de fazer o desdobramento


estratégico, definindo objetivos e metas. Todos eles devem ser congruentes – ou seja,
alinhados entre si pela missão e visão que você definiu, considerando seus princípios e
valores, e levando em conta as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças identificadas na
análise. Idealmente, eles também devem ser ordenados ou hierarquizados, considerando os
mesmos atributos acima.

Uma forma de dividir seus objetivos e metas é adotar a organização por períodos – por
exemplo, planos semestrais ou anuais. Como qualquer instrutor de dietas, exercícios ou
finanças pessoais pode lhe explicar, os objetivos de médio e longo prazo tendem a ser
melhores para o planejamento, mas devem ser acompanhados de metas intermediárias que
sirvam para a avaliação e eventual correção de curso, fazendo uso de indicadores
previamente definidos.

Para exemplificar: se você definiu a qualidade de vida como um de seus valores ou como
parte de sua visão, alguns possíveis objetivos de longo prazo podem ser mudar-se para
longe da cidade grande, capacitar-se para um trabalho que permita viver em uma cidade
menor (e na praia, ou no campo, por exemplo), e alcançar o peso ideal para a sua altura.

Neste contexto, algumas metas podem ser: acumular o capital necessário para mudar-se
para a cidade de destino, mudar para um emprego que permita futuramente residir lá,
capacitar-se no SEBRAE para aumentar a chance de ser bem-sucedido ao abrir uma
pousada, ou passar a fazer exercícios 50 minutos por dia, 4 vezes por semana.

E os indicadores são as formas de medir se as metas e objetivos estão sendo atingidos. Os


naturalmente numéricos em geral são óbvios: número de quilos perdidos, número de horas
por semana na academia, saldo da poupança destinada a comprar a casa na nova cidade.
Quando o indicador não é numérico por natureza, você precisa encontrar uma forma de
reduzi-lo a critérios objetivos. O importante é que os indicadores sejam definidos de
antemão, bem como os níveis deles que constituirão o sucesso em cada uma das metas (por
exemplo: o sucesso na meta do peso ideal será atingir e manter o peso de 88kg) – e que
sejam acompanhados, e eventualmente revistos quando necessário, ao longo do processo.

Uma forma mais aprimorada de definir planos de objetivos e metas é fazê-lo por projeto.
As organizações alcançam este nível de maturidade quando têm uma genuína necessidade
de vencer a concorrência ou oferecer continuamente serviços de maior qualidade. Se você
tiver uma vida estruturada o suficiente, pode adotar o planejamento por projetos, definindo
objetivos, metas e indicadores para cada um deles.

Uma vez definidas as metas e os indicadores, você passa a ter de levá-los em conta em
todas as suas atividades – ou seja, toda operação deve passar a ser orientada a atingir as
metas e objetivos, sempre alinhadas à visão e missão, e atendendo aos valores definidos.

Completando o ciclo: acompanhamento da execução

Viver sua vida, ou o dia-a-dia da sua organização, torna-se um pouco mais trabalhoso (o
termo para este acréscimo de trabalho é overhead) quando você passa a realizar
acompanhamentos, buscar o alinhamento e de outras formas administrar o que acontece, de
forma a buscar atingir uma visão.

Muitos esforços de planejamento fracassam devido às dificuldades que surgem após as


definições: no acompanhamento e execução. Se você opta por planejar estrategicamente,
precisa estar disposto a conviver com este overhead. Diversas técnicas podem ser usadas
para reduzi-lo e torná-lo bem mais tolerável, mas cabe a você motivar-se e manter-se em
sintonia com as suas próprias propostas.

Lembre-se sempre: todo este processo só tem chance de prosperar se você realizar o
acompanhamento durante a execução, revisando sempre que necessário, e avaliando (e
registrando, e aprendendo com os erros e acertos) ao final de cada projeto, ao atingir cada
meta e cada objetivo. Caso contrário, serão palavras vazias e tempo perdido.

Para saber mais


Não deixe de ler primeira parte deste artigo.

O local certo para se informar sobre planejamento estratégico é na biblioteca de uma


faculdade de administração, onde você deve encontrar os livros mais recentes sobre o tema
– muitos dos quais não são escritos exclusivamente para entendimento apenas pelos
profissionais da área.

A Wikipédia tem um artigo sobre planejamento estratégico que pode dar alguma noção
geral sobre o assunto.

A Wikipedia em inglês tem no artigo “Strategic planning” uma apresentação muito mais
detalhada sobre a definição de visão e missão, e também sobre o escalonamento das metas.
Já o artigo “Strategic Management” tem muito mais informações interessantes sobre o
tema, inclusive um capítulo que é de interesse geral, apresentando as razões mais comuns
do insucesso dos planos estratégicos em organizações.

Empreendedorismo e blogs: a importância de um plano de negócios

colega Nospheratt publicou em seu blog, cujo tema são as técnicas de monetização de
blogs, um artigo que tende a interessar os leitores aqui do Efetividade.net. No artigo,
George A. de Araújo defende a importância do plano de negócios como ferramenta básica
para a estratégia de quem quer se posicionar como empreendedor, mesmo que seja no
âmbito dos blogs. Como administrador, não posso deixar de concordar.

Leia o artigo, intitulado Fatores Importantes Para o Seu Plano de Negócios, e deixe por lá
sua opinião.

Ou continue lendo por aqui para saber um pouco mais sobre o conceito de modelo de
negócios e por que ele é tão importante para quem tem intenções de longo prazo.

A Nospheratt foi convidada para escrever um artigo aqui para o Efetividade, de um tema
sobre o qual vou guardar surpresa. Em breve deve aparecer algum material dela por aqui.

O artigo do George não tem a intenção de apresentar as definições e técnicas relacionadas a


planos de negócios, mas você pode considerar a seguinte definição, que tem o aval do
SEBRAE:

Plano de negócio é um documento escrito que tem o objetivo de estruturar as principais


idéias e opções que o empreendedor analisará para decidir quanto à viabilidade da empresa
a ser criada. Também é utilizado para a solicitação de empréstimos e financiamento junto a
instituições financeiras, bem como para expansão de sua empresa.

Numa visão mais ampliada, o plano de negócio tem as seguintes funções:

- Avaliar o novo empreendimento do ponto de vista mercadológico, técnico, financeiro,


jurídico e organizacional;
- Avaliar a evolução do empreendimento ao longo de sua implantação: para cada um dos
aspectos definidos no plano de negócio, o empreendedor poderá comparar o previsto com o
realizado;

-Facilitar, ao empreendedor, a obtenção de capital de terceiros quando o seu capital próprio


não é suficiente para cobrir os investimentos iniciais.

Nem todas as funções essenciais de um plano de negócios são importantes para quem
pretende manter um blog (que raramente precisa de captação de recursos financeiros
externos, por exemplo), mas mesmo assim as suas técnicas constituem uma boa forma de
diagnóstico preliminar e planejamento.

Pessoalmente, não me vejo como blogueiro profissional – sou funblogger, embora meus
blogs gerem bom faturamento. Mesmo assim, tracei um plano de negócios e procuro
mantê-lo, atualizá-lo e utilizá-lo para comparar periodicamente o previsto com o realizado.
Sei que vários dos profissionais da área adotam as mesmas técnicas, e não tenho dúvida de
que isto é uma parte (ainda que pequena) da receita do seu sucesso.

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