Sie sind auf Seite 1von 7

Todos iam guardando seus materiais, pois o sinal já havia tocado e a aula terminado, Kou era

sempre o último a sair, mesmo não tirando nada mais do que uma caneta e um caderno de sua
mochila ele conseguia demorar quase 5 minutos para recolocá-las no lugar. Na porta da sala
estavam Miku e Meka esperando por seu amigo, eles iam sempre juntos para casa, pois
moravam no mesmo bairro e isso eram mais um motivo para serem tão amigos.

Os três seguem pelas escadas da escola até o portão e disso vão para sua casa, o caminho
levaria para uma pessoa normal cerca de 20 minutos, mas como estávamos falando de Kou, o
grande Senhor Soneca, levavam cerca de 30 a 40 minutos. Durante todo percurso iam falando
sobre mangás e um pouco sobre a viagem, eram realmente viciados em mangás e chegava ao
ponto de esquecerem que ainda teriam que organizar suas malas ao chegar a casa.

―Ahh... Acabei de lembrar que a viagem é amanhã... ―Kou falava enquanto forçava seu dedo
indicador contra sua testa em sinal de pensamento.

―Mas não faz nem uma hora que falamos sobre isso, hihi. ― Meka solta à mesma risadinha
fina de sempre.

―E o que tem de mais nisso Kou?

―É que não arrumei nada para amanhã ainda... Kou... Kou... Como és esquecido. ―Kou ria
enquanto falava de si mesmo na terceira pessoa, coisa a qual adorava fazer.

Meka e Miku param após ouvir as palavras de seu amigo, eles também não haviam organizado
nada e também não tinham dado por conta, mas agora que haviam percebido saiam correndo
para suas casas deixando seu amigo parado lá no meio da rua.

―Tchau Kou, estamos com pressa. Também não organizamos nada. ―gritavam enquanto
dobravam na esquina já a mais de 20 metros a frente de Kou.

―Tchau... Entendo que estejam com pressa, mas por que tanta correria? ―fala em um tom
muito baixo e desanimado que só ele mesmo foi capaz de ouvir.

Kou caminha mais um pouco e dobra a mesma esquina que seus amigos e chega a sua casa, ele
abre a porta e tira seus calçados os deixando ao lado da porta por dentro, sobe o pequeno
degrau e entra na cozinha para pegar algo para comer.

―Vamos ver, algo que já esteja pronto e o máximo de esforço que tenho de fazer é levá-lo ao
microondas... Nada de pão com qualquer coisa, pois envolve muito esforço para ser feito.

―To com fome. ―uma voz brava e jovem surge da entrada da cozinha ―Por que você
demorou tanto para chegar? To com fome.

―Ahh...? Rinka não enche, vai pedir para mãe fazer algo.

Está ai é Rinka Kichi, minha irmãzinha de 8 anos, é extremamente fofa e meiga além de muito
bonitinha, isto é o que os outros dizem. Eu digo que ela é a encarnação do mal na terra,
mandona, brava e aproveitadora.
―Como assim para a mamãe? Você esqueceu que eles foram viajar ontem e só voltam na
semana que vêm?

―AHH? O QUE? ―Kou percebe seu grande erro, mas começa a se acalmar ―Tinha esquecido,
mas que seja... Rinka conhece a Montanha Rinmoto?

―Não, mas quero muito conhecer. ―os pequenos olhinhos crescem demonstrando o
interesse da criança em conhecer o lugar.

―Então prepare suas malas, pois amanhã iremos ir para lá.

―Ta bem. Mas ainda to com fome.

Kou pega dois pacotes de miojo e os prepara, ainda era final de tarde, mas era a coisa mais
fácil de preparar que havia na geladeira. Após comerem cada um vai para seu quarto e começa
a preparar suas malas parar a viajem do dia seguinte.

―O que devo colocar nesta mala? Sete camisas... Três abrigos... Três bermudas... Sete pares
de meias... Sete cuecas...

Kou parava e via que ainda sobrava muito espaço em sua mala, mesmo ela sendo bem
pequena, e então começou a colocar coisas que não são de tanta prioridade assim, pegou uns
salgadinhos de seu quarto e colocou, desceu até a cozinha e pegou uns refrigerantes e então
colocou com todo cuidado alguns mangás revestidos com um plástico para que não ficassem
úmidos. Sua mala estava pronta e Kou já se espreguiçava como quem estava pronto para cair
na cama, mas é desperto por um som de algo batendo no quarto de sua irmã.

Mesmo preocupado com sua irmã, de que algo tivesse acontecido Kou passa pelo corredor
sem pressa e ainda para parar arrumar seus cadarços dos tênis. Mais parecia que Kou se
arrastava do que caminhava em direção ao quarto de sua irmã, mas ao chegar lá ele solta um
riso da situação. Rinka pulava sobre sua mala tentando fechá-la, o que seria impossível, pois
transbordava roupas dela e sua mala era cerca de três vezes maior que a de Kou.

―Quer uma ajudinha Rinka?

―Não ―fala enquanto pulava sobre a mala na tentativa de fechá-la ―eu consigo sozinha, vai
mala idiota fecha.

―Rinka isso não vai dar certo, que tal levar menos roupa?

―NÃO. ―a criança fica muito irritada.

―Ta bem... Não precisa gritar. Vamos fazer assim deixe que eu coloque suas roupas direitinho,
dobradas que talvez caiba tudo.

―Obrigado irmãozinho. ―a voz de irritada passa em questão de segundos para uma fofura
sem fim ―Não sei como a mamãe diz que você não ajuda em nada.

Kou senta-se ao lado da mala e começa a desfazê-la para dobrar as roupas, após um tempo
dobrando tudo e arrumando espaço pela mala para cada vez por mais e mais roupas lá dentro,
parecia que não teria fim aquelas roupas. E quando finalmente estava acabando Kou para e
começa a refletir o porquê de sua irmã levar tanta roupa assim, não havia necessidade daquilo
e se falasse nisso ela ficaria irritada então optou por ficar quieto, mas seus pensamentos são
atrapalhados por um tapa que recebe de sua irmã.

―O que foi Rinka? Por que isso?

―SEU TARADO. ―Rinka estava encolhida e corada, mas Kou não entendia o porquê.

―Mas por que... ―Antes de completar sua pergunta Kou olha para o que estava segurando
durante o período de tempo em que pensava e notou que tratava de uma pequena calcinha
que pertencia a sua irmã ―Você entendeu errado Rinka, estava só pensando em como esta
mala vai ficar pesada.

―A ta, desculpe-me então irmãozinho, pensei que estavas olhando para minhas roupas... ―a
garotinha cora mais ainda.

―Ainda bem que Rinka é bem fácil de convencer, quase apanho feio por causa de um mal
entendido. ―pensa Kou e solta um sorriso que poderia se interpretado como maléfico.

―TARADO. ―e outro tapa atinge o rosto de Kou.

―Desculpa... Desculpa.

Não demora mais muito tempo e a mala de Rinka está pronta, Kou vai à cozinha e prepara
mais um miojo para ele e sua irmã e então eles vão dormir. Antes de dormir Kou lembra-se de
seus pesadelos e começa a refletir sobre eles e isso o faz perder o sono novamente.

―Estes sonhos... Sinto que isto já aconteceu ou esta para acontecer, deve ser coisa da minha
cabeça, talvez tenha lido muitos mangás recentemente ou dormido pouco. Mas não consigo
parar de pensar nisso. O último pesadelo passava-se perto do rio, aquele rio fez parte de quase
toda minha vida e amanhã aparecerá novamente nela, isto me deixa preocupado ou talvez seja
só impressão minha. Mas e aquilo de uma criança empurrar a outra? Muito estranho, e o rosto
daquela criança me é familiar... ―Kou pensa por mais um pouquinho e cai no sono.

Uma garota estava ajoelhada no chão e sobre seu colo estava um garoto escorado por sua
cabeça, o garoto estava com as mãos sobre seu estômago e um pouco de sangue escorria por
dentre suas mãos até que finalmente suas mãos escorregaram e um rio de sangue começou a
se formar. A garota chorava pelo menos eu ouvia um choro vindo dela, estava com medo de
me aproximar, mas então a garota olhou parar mim e percebi que era Karin.

Eu estava sentado no chão e então tentei me levantar para me aproximar dela, mas não
conseguia e realmente não entendia o porquê, percebi então que ao olhar pros lados era tudo
uma escuridão sem fim, mas algo iluminava o lugar onde eu estava e onde Karin estava. Tentei
levantar novamente e consegui, me aproximei de da garota e cai para trás por causa da
surpresa não agradável que tive.
Comecei a chorar ao olhar o rosto do garoto, era Miku, meu grande amigo Miku. Ele estava
morto, alguém ou algo havia perfurado fundo em seu estômago, mas nada eu entendia do que
ocorria. Por que Miku havia morrido? Onde estávamos?

―Assassino. ―Karin sussurrava esta palavra repetida vezes, no começo não entendia, mas
então passei a entender. ―Kou, por quê? PORQUE VOCÊ FEZ ISSO COM MIKU? VOCÊS NÃO
ERAM AMIGOS? ―os sussurros da garota tornam-se berros.

Eu simplesmente não entendia nada que estava acontecendo, o que eu fiz a Miku? Demorei
um tempo para perceber o que Karin queria dizer, mas chegou num ponto que entendi. Estava
sendo acusado de ter matado meu amigo, mas isto era impossível, eu nunca iria fazer isso e
também não me lembrava de ter feito.

Abri a boca para falar isso a Karin, mas um grupo de pessoas veio e formou um circulo em
minha volta, eram os meus colegas de escola, e todos apontavam pra mim olhando-me com
uma cara de desprezo e até medo. Também me acusavam de assassino em um grande coro,
também via Tekichi e Meka num canto chorando não sei se por causa de Miku ou por causa
minha.

―NÃO FUI EU! ―gritei para que todos ouvissem, mas então um deles se aproximou de mim,
era Shikuno e tinha uma feição de quem gostava do que ocorria, de que gostava pelas
acusações que faziam a mim.

―Se não foi você, o que é isso em sua mão?

Eu olhei para minha mão esquerda e estava com ela fechada, não havia me dado de conta
ainda e ela estava coberta de sangue... Sangue que só podia ser de Miku, mas isto não provava
que eu havia o matado e quando estava pronto parar me defender senti algo escorregar de
minha outra mão e olhei o objeto caído no chão. Era uma faca que também estava
ensanguentada, então eu realmente tinha matado meu melhor amigo?

As acusações sumiram, a faca sumiu, o sangue em minhas mãos sumiu e por fim o choro de
Karin também sumiu. Olhei em minha volta, não havia ninguém e tudo estava escuro, mas
então surgem enormes olhos em minha frente, olhos que demonstravam a morte e abaixo
estava um sorriso, um sorriso ao mesmo tempo ingênuo e maléfico, tendo sangue escorrendo
das extremidades do sorriso, e como um som de fundo estava uma enorme gargalhada que
não me era estranha.

―ACORDA QUERIDINHO!

Kou acorda-se sentindo uma grande dor na sua barriga e ao olhar parar ver o que era percebe
que havia alguém atirado por cima de seu corpo, logo ele percebe que era Tekichi e então
solta um longo gemido de dor.

―Te machuquei queridinho?

―Não... ―outro gemido é solto, mas este mais baixo ―Ainda me pergunto por que deixei
você pegar uma cópia da chave da minha casa?
―Por que você me ama. ―Tekichi da um beijo em Kou e sai de cima do garoto, foi ai então
que ele percebe a roupa que sua amada usava, ela estava usando um avental de empregada.

―Por que este avental?

―É que hoje eu vim te acordar e preparar seu almoço para certificar de que vais bem
alimentado para a longa viajem.

―Obrigado Tekichi, você é muito prestativa. Mas por agora poderia sair do meu quarto?

―Por quê? ―responde a garota triste por ter sido dispensada.

―É que vou me vestir.

―E o que tem haver comigo sair do quarto?

―Por que a senhorita não vai me ver me trocando.

―Ta bem... Ta bem seu chato.

Tekichi sai do quarto e Kou se veste, após um tempinho ele vai até a cozinha e fica
maravilhado com o que vê, um verdadeiro banquete havia sido posto na mesa, estava
maravilhoso e dava água na boca só de olhar. Tekichi estava do lado da mesa com os braços
abertos demonstrado que queria um abraço de agradecimento pelo banquete e desta vez Kou
teve que ser gentil e retribuir o esforço da garota com um abraço apertado.

―Parece ótimo.

―E está. Não agüentava mais comer aqueles miojos feitos pelo irmãozinho. ―Rinka falava
com a boca cheia de comida e por isso é repreendida por Tekichi, enquanto via a situação Kou
olha para o relógio na parede e percebe que faltava pouco menos de 30 minutos parar o
ônibus sair de sua escola.

―Estamos quase atrasados... Tekichi por que não me acordou antes?

―Você estava tão bonitinho dormindo. ―a garota aperta as bochechas de seu namorado.

―Ta bem, mas vamos ser rápidos.

Kou come pouco para tentar aproveitar o tempo que tinha e coloca o restante da comida na
geladeira. Sobe aos quartos e trás as malas, primeiro a sua e depois a de Rinka com muita
dificuldade devido ao peso, mas Tekichi como era forte vem ajudá-lo. Eles levam as malas para
frente da casa e como Kou é muito lento ele pensa em chamar um taxi para levar as coisas até
a escola, afinal ele teria de levar consigo a sua mala e a de sua irmã, ainda tinham mais duas
malas que eram de Tekichi.

O taxi chegou em 10 minutos e em mais uns 5 minutos a escola, o ônibus já estava ligado e
pronto para partir então descarregaram as malas e as colocaram de qualquer modo no ônibus.
Após toda correria eles entram rapidamente no ônibus, pois não queriam atrasar a viagem de
todos.
―Senhor soneca quase fica para trás então? ―Shikuno falava em tom de deboche.

―Não se preocupe... Não deixaria que você se divertisse sem mim.

―E esta garotinha? O que está fazendo aqui?

―A me desculpe, meus pais viajaram e tive que trazê-la junto.

―Você foi o que menos arrecadou dinheiro e ainda quer levar mais alguém?

―Não seja por isso, eu arrecadei sozinha mais da metade de nossas finanças então pode se
dizer que ela esta comigo. ―Tekichi se mete na conversa e de fato ela tinha se esforçado tanto
na arrecadação de dinheiro que havia juntado dinheiro suficiente para todos viajar.

―Está bem, arranjem um lugar que estaremos partindo logo.

Kou senta-se num banco próximo a seus amigos e se escora em uma janela, Tekichi senta-se ao
seu lado abraçando seu braço e colocando a cabeça sobre seu ombro. Rinka é convidada para
sentar no colo de Tekichi e aceita. Todos no ônibus estavam usando seu uniforme escolar, pois
como dizia a tradição: “Deve-se ir e retornar ao Monte Rinmoto no mês de novembro
utilizando-se de seus uniformes escolares para que ao saírem da cidade e ao retornarem
devam estar como saíram da Academia Kuarimimo.”

Uma chamada é feita e estavam todos presentes, com exceção dos irmãos gêmeos Jiku Moari
e Riku Moari, até mesmo o professor Mirika estava presente afinal ele era o professor
representante da turma. A viajem até que estava sendo bem rápida, Kou e seus amigos
falavam sobre mangás e sobre a paisagem, até que o ônibus freio bruscamente.

Curiosa como sempre Rinka pula do colo de Tekichi e vai ver o porquê da parada brusca,
preocupado com sua irmã Kou vai logo atrás. Ela desce do ônibus e Kou também, eles
percebem que havia um senhor caído no chão e o ajudam a levantar, o professor Mirika
assistia a tudo próximo do ônibus.

―O senhor esta bem?

―Sim, não se preocupe minha garotinha. ―falava o senhor com uma voz gentil e acaricia a
cabeça de Rinka.

―O que houve com o senhor? Ahh... Desculpe-me a falta de educação, sou Kou e está é Rinka,
estamos em uma viagem escolar, somos da Academia Kuarimimo.

―Prazer meu jovem, eu sou Tekurinmo. Eu estava guiando meu pequeno grupo de ovelhas até
minha casa, não é normal ter automóveis por aqui então me surpreendi pelo seu ônibus, mas
estou bem.

―Peço muitas desculpas senhor e fico feliz de que esteja bem. ―Kou abaixa sua cabeça em
sinal de desculpas.

―Tudo bem meu jovem. ―o senhor acaricia também a cabeça do jovem rapaz ―Foi um
descuido meu.
―Foi mesmo, devia olhar para os lados e também perceber que já não tem idade para
percorrer longas distâncias levando ovelhas. ―Mirika se mete na conversa em um tom muito
grosseiro.

―Professor por que está ignorância toda?

―Não se preocupe meu jovem, já estou acostumado a ouvir isso, mas fico feliz em saber que
ainda existem jovens gentis como você e sua irmã. ―ele acaricia novamente Kou e Rinka, mas
agora com um sorriso no rosto ―Vão lá não quero estragar sua viagem.

Kou e Rinka se desculpam novamente e se despedem do senhor, passam por Mirika sem nem
ao menos olhar seu rosto e voltam ao seu lugar no ônibus. Explicam o ocorrido para todos e
que não passou de um susto, mas Mirika e Tekurinmo ainda estavam conversando na rua.

―Então essas são as peças desta vez?

―Sim, você sabe que não gosto de chamá-los assim.

―Bom jogo “Mirika”.

―Isto não é um jogo “Tekurinmo”.

Mirika volta ao ônibus e a viajem continua. Kou permaneceu quieto até chegarem ao local
onde acampariam, mergulhado em seus pensamentos e principalmente preocupado com o
senhor, mas então ele percebe que já havia visto aquele senhor em algum lugar. Mas onde?
Quando? O garoto pensou que estava o confundindo com alguém e logo esquece tudo.

―Este ano teremos um bom jogo. ―uma voz vinda da floresta fala isso e logo solta uma longa
gargalhada.

Das könnte Ihnen auch gefallen