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Aula 01 - 21/07/2014

CONTEÚDO PROGMÁTICO

- REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA (RMIT) - ANTECEDENTE - CONSEQUENTE;

- SUJEIÇÃO ATIVA;

- SUJEIÇÃO PASSIVA;

- RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA;

- CRÉDITO E LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO;

- SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO;

- EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO;

- EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO;

- GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO;

- ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA;

- CERTIDÃO NEGATIVA E DÍVIDA ATIVA;

Se der tempo...

- PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO;

- PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO;

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Aula 02 - 23/07/2014

REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA


- É uma norma de conduta que prescreve ao contribuinte uma obrigação de pagar (conduta)
tributo.

- É uma norma jurídica tributária em sentido estrito, uma vez que institui diretamente um tributo,
criando uma hipótese no antecedente (se auferir renda) e uma relação jurídica consequente (devo
pagar IR).

- Dívida em critérios
a) No antecedente: material, espacial e temporal.
b) No consequente: pessoal (sujeito passivo e ativo) e quantitativo (base de cálculo e
alíquota).

- Obrigação Tributária
Sujeito ativo possui crédito (direito subjetivo)
Sujeito passivo tem débito (dever jurídico)

CRITÉRIO MATERIAL:
É o núcleo da hipótese.
Verbo + complemento, pois revela uma ação e sua consequência, ou seja, se possuir um imóvel
devo pagar IPTU.
O verbo não pode ser impessoal (haver) ou sem sujeito (chover).
Licitude da ação, da conduta (auferir renda é conduta lícita independente da origem do dinheiro,
fruto de um emprego lícito ou do tráfico de drogas).

CRITÉRIO ESPACIAL: é sempre uma base territorial fixa. Não se fala em prefeitura (local) ou
Município (pessoa jurídica de direito público), mas sim em limite territorial do município tal.
Lugar é relevante que o fato ocorra, não importa onde se paga, mas, sim onde incide o tributo (não
é regra de pagamento, é regra de incidência).

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CRITÉRIO TEMPORAL:
Identifica o preciso instante em que a ocorrência do fato é relevante para fins de tributação.
Não se relaciona com a data de pagamento, apenas com a incidência do tributo.

CRITÉRIO QUANTITATIVO
Indica os fatores que conjugados exprimem o valor pecuniário da dívida. É composto por base de
cálculo e alíquota, sendo ambos elementos imprescindíveis à figura do tributo.
Multiplicando a base de calculo e alíquota deve ter valores reais.
a) Base de cálculo:
- Funções da base de cálculo:
1. Mensuradora: medir proporções reais do fato.
Ex. taxa do lixo, velha mora numa área de 500m e área do lado de universitários 200m, o legislador
define que a taxa de lixo vai ser cobrada de acordo com o tamanho do imóvel, situação errada,
pois mesmo o tamanho sendo menor produz mais lixo, e a área maior produz menos lixo. Base de
calculo deve medir as proporções reais do fato. Nesse caso a base de calculo está errada. A base de
calculo deveria ser o quanto de lixo é produzido, não o tamanho do imóvel, assim deverá mensurar
a atividade do Estado.
2. Objetiva: compor a específica determinação da dívida (junto com a alíquota).
- Normalmente quantia em dinheiro, mas pode também ser uma grandeza qualquer (metros de
tecido industrializado). Nessa circunstância, a alíquota deve necessariamente ser quantia em
dinheiro (R$ 1,20 por metro).

b) Alíquota: pode ser um percentual ou uma valor específico (por exemplo, área do imóvel
mensurada em metros quadrados).
- congregada à base de calculo, dá compostura numérica ao débito (função objetiva).
- na maioria das vezes, é uma fração, um percentual, tendo na base de calculo um valor monetário.
Pode, porem, apresentar-se como valor monetário nos casos em que a base de calculo é uma
unidade de medida.
Ex. base de calculo- valor do imóvel, 100 mil reais. Na alíquota sempre vai ser um percentual ou
uma fração, multiplicando os dois, terá o valor do imposto a pagar. Se não tem na base de calculo
valor em reais (100 metros), na alíquota você terá expresso obrigatoriamente valor reais,
multiplicando vai dar o valor em reais.
- valor tem que ser em pecúnia.

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- pode ser progressiva, regressiva, seletivo ou invariável.

CRITÉRIO PESSOAL:
a) Sujeito Ativo: é o titular do direito subjetivo de exigir a prestação pecuniária, nas
obrigações tributárias, e de exigir a prestação de fazer ou não-fazer, nós deveres instrumentais.
- No silêncio da lei, o ente competente é quem tem a capacidade tributária ativa. Todavia, essa
capacidade pode ser delegada (parafiscalidade).

b) Sujeito Passivo: é a pessoa física ou jurídica de quem se exige o cumprimento da prestação; na


RMI é aquele que tem relação econômica com o fato, tendo-o praticado:
1. Isso porque, conquanto o critério pessoal esteja no consequente, está ele umbilicalmente
ligado ao critério material.
2. A CF/88 não indicou diretamente quem são os sujeitos passivos (deve ser alguém ligado ao
verbo). Ao relacionar ação ou estado a ser tributado, porém, limitou o legislador
infraconstitucional, que deve escolher pessoa ligada a ação ou estado (EXEMPLO: No ITBI -
comprador e vendedor).
3. Se o legislador escolher pessoa diversa daquela relacionada ao critério material, estará
tributando pessoa que não apresenta "presunção de riqueza".
 O sujeito passivo pode ser contribuiremos responsável:
Contribuinte: realizador do fato jurídico tributário (art. 121, I do CTN).
Responsável: pessoa que, embora não tendo relação direta e pessoal com o fato, é eleita pela lei
para satisfazer a obrigação tributária (art. 121, II do CTN).
Obs. Copie sempre as informações dos critérios tal como estão redigidos na norma.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
IPTU- Aparecida do Taboado
Art. 9º. O imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, tem como fato gerador a
propriedade.
Art. 10. O fato gerador do Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana ocorre no
dia 1º de janeiro de cada exercício financeiro, na zona urbana do município.
Art. 12. A Base de cálculo do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana é o valor
venal do imóvel (base de cálculo).
Art. 19. O IPTU, sobre o imóvel, calcula-se em percentual sobre o valor venal do imóvel.

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Inc. I- 1% para os imóveis construídos
Inc. II- 2% para os imóveis não construídos.
Regra Matriz: Antecedente
- critério material: ser proprietário do imóvel.
- critério espacial: território urbano do Município
- critério temporal: 1º de janeiro de cada exercício financeiro
Regra Matriz: Consequente
- critério pessoal: sujeito ativo- Município de Aparecida do Taboado
- critério passivo: proprietário de imóvel do perímetro urbano de Aparecida do Taboado.
- critério quantitativo: base de cálculo: valor venal do imóvel.
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Continuação RMIT...

CONCEITO
É ferramenta coligada a disposição para facilitar a análise da obrigação tributária.
Conjunto de itens que demonstram quem deve pagar (1) e a quem deve ser pago o tributo (2),
quanto deve ser pago (3) e onde deve ser pago (4).
Ela contempla os requisitos mínimos essenciais para que viabilize a regulamentação do direito
tributário.
Essência do direito tributário- Estado, pessoa jurídica determinado a cuidar dos assuntos, quanto
educação, saúde..percebeu os encargos, e estabelecendo a Lei, falando que o cidadão tem que
pagar para receber tal coisa.

NOÇÕES GERAIS
A lei do tributo --> Norma
Hipótese ---> consequência (descrição de uma lei que se você agir dessa forma, você recebe um
prêmio ou uma sanção).

Consequência: é o surgimento de um vínculo tributário.


a) Critério pessoal: sujeito ativo e passivo.
b) Critério quantitativo (base de cálculo X alíquota = valor do tributo): base de cálculo é
grandeza mensurada para se saber o quanto deve ser pago. Alíquota é a partícula prevista em
lei que conjugada junto com a base de cálculo gera resultado em dinheiro (R$). Por exemplo,

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do ISS - valor do serviço X alíquota; IR - montante da renda X alíquota; IPTU - valor do imóvel X
alíquota.

Critério material: é núcleo da hipótese de incidência, ou seja, a ocorrência escolhida como fato a
ser tributado (o fato gerador é o critério material + acontecimento do mundo fenomenico).
Critério material é formado por verbo + complemento (situação que se encontra ou ação que se
pratica, por exemplo, ser proprietário (IPTU), prestar serviços (ISS) e auferir renda (IR)). Ex. chegar
atrasado (verbo e um complemento) ex. prestar serviço-ISS, ser proprietário-IPTU, auferir renda-
IR. E quem estiver nessa situação é o sujeito passivo. “o que?”
Para individualizar o acontecimento, deve ter o tempo e lugar. (critério espacial e temporal)
- Fato gerador te três significados para o legislador brasileiro:
a) Critério material:
b) Evento do mundo fenomênico:
c) Critério temporal:

Critério espacial: visa demarcar o local de incidência do tributo.

Critério temporal: diz respeito ao momento de incidência do tributo (momento em que surge a
obrigação tributária), este momento é indicado por lei. A obrigação surge num momento, e a
obrigação é paga depois. Ex. o IPTU deverá pagar até 10 de fevereiro, não é o critério temporal.

 Os três critérios se resumem em perguntas: o que? Quando? Onde?

Consequência: surgimento do vínculo tributário, deve ter o critério pessoal: sujeito ativo e passivo
e critério quantitativo: base de cálculo e alíquota.
Ex. base de cálculo do ISS- valor do serviço x AL= R$
IR- o montante da renda x AL = R$
IPTU- valor do imóvel x AL = R$
O percentual da alíquota deve estar na LEI.
Ao invés de trabalhar com a base de cálculo em dinheiro, trabalho com unidade de medida,
podendo trabalhar com m², ex. você vai me pagar de IPTU 1,00 real de m². ex. imóvel de 300 m² x
R$ 1,00 = R$ 300 reais

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Ex. vendo tecido, percentual sobre o valor do tecido vendido, ou também posso trabalhar um valor
por metro de tecido vendido.
CTN – não é a lei do tributo.

EXERCÍCIOS

- IPTU (art. 32):


CM: ser proprietário de imóvel urbano.
CE: zona urbana do Município onde se situa o imóvel.
CT: não existe nessa legislação.
SP: proprietário de imóvel, titular do domínio útil e possuidor.
SA: Municípios.
BC: valor venal do imóvel
AL: não tem indicação na lei.

- ITBI
CM: transmissão de bem imóvel.
CE: Pelo CTN no Estado do imóvel transmitido, pela CF/88 no município.
CT: NÃO há na legislação (há o entendimento de que quando não se tem CT em lei, ele ocorre com
a conclusão do critério material), mas, ocorre cobrança antecipada, antes do registro da
transmissão por escritura pública em cartório.
CQ: valor venal do imóvel X alíquota legal (não há no CTN).
BC: valor venal do imóvel.
SP: qualquer das partes da operação tributária. Qualquer das partes seria o realizador do critério
material e o responsável. Obs. quem pratica a ação será o sujeito passivo. Ex: quem paga o ITBI
normalmente é o comprador.
SA: Estado segundo CTN, hoje pela CF/88 é o município. Isso, por que não ocorre delegação da
capacidade ativa, pois, se houvesse, o SA seria outro.

- ITR (Competência da União / Capacidade Trib. Ativa)


CM: propriedade, domínio útil ou a posse de imóvel localizado fora da zona urbana.
CE: imóveis localizados fora da zona urbana do território Municipal.
CT: NÃO há na legislação (CTN), mas, passa ser anual por lei da União.
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SA: pelo CTN é a União (por que é ele o competente). Obs. Analisando o ITR pela legislação
específica o SA é o Município.
SP: possuidor a qualquer título.
BC: valor fundiário
AL: não possui indicação na legislação
- Normalmente as delegações da capacidade ativa não são pra outras pessoas políticas, e sim pra
autarquias, etc. No caso dessa delegação, não inscreve na dívida ativa do município, escreve na
dívida ativa da União e quem executa o devedor é a União.

- IPI (art. 46 CTN)


CM:
I - comprar produto industrializado + proveniente do exterior (produtos importados);
II - industrializar produtos;
III - comprar produto em arrematação quando apreendido ou abandonado e levados a leilão. Obs.
Toda vez em que se deparar com um imposto que tenha mais de um critério material, deve-se
reaizar uma regra-matriz para cada imposto, para a facilitação da compreensão. Como por exemplo
no IPI, deve-se realizar 3 regra-matrizes, como fato gerador as hipóteses dos incisos. Sobre o inciso
III a legislação do IPI não contempla a hipótese de comprar produtos em arrematação, em termos
de CTN.
CE: território nacional.
CT: I – no momento do desembaraço dos documentos de entrada do produto. II – saída dos
estabelecimentos (indústria de preferência); III – arrematação quando levado a leilão (se foi
apreendido ou abandonado oriundos do exterior – tem-se aqui um novo fato gerador).
CQ:
SA:
SP:
ATENÇÃO: quando houver mais de um critério material para determinado imposto, faça uma regra
matriz para cada critério material.

I.I.
Critério material: importar produtos estrangeiros
Critério espacial: território nacional (a doutrina pode colocar “repartições alfandegárias”)
Critério temporal: entrada do produto estrangeiro no território nacional

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Critério pessoal:
SA – União
SP – importador ou quem a lei equiparar; arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.
Critério quantitativo:
BC – se a AL for específica: unidade de medida
BC – se a AL for valor: preço normal do produto
Arrematar: preço da arrematação
AL – não há previsão

IE
Critério material: exportar produtos nacionais/nacionalizados para o estrangeiro.
Critério espacial: território nacional
Critério temporal: saída do território nacional
Critério pessoal:
SA – União
SP – exportador ou quem a lei a ele equiparar.
Critério quantitativo:
BC – unidade de medida ou valor da operação.
AL – não há previsão na lei

IR
Critério material: auferir renda ou proventos de qualquer natureza
Critério espacial: território nacional
Critério temporal: não há indicação
Critério pessoal:
SA – União
SP – titular da disponibilidade a que se refere o art. 43
Critério quantitativo:
BC – real arbitrado ou presumido
AL – não há previsão na lei
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Aula 03 - 28/07/2014

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Continuação RMIT...

RELAÇÕES JURÍDICAS TRIBUTÁRIAS


Deve existir correlação lógica entre critério material e base de cálculo. Se houver, alguns autores
dizem que há inconstitucionalidade no tributo.

Divisão das relações jurídicas:


a) Obrigacional: liame jurídico de conteúdo patrimonial (objeto em dinheiro);
b) Não obrigacional: liame jurídico de conteúdo não patrimonial;

- O CTN classifica as relações jurídicas em 2 grupos:


a) Principal: surge com a ocorrência do fato gerador (como acontecimento/evento) e tem por
objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Então, para o CTN a multa é a obrigação
principal.
b) Acessória: qualquer vínculo tributário que não tenha conteúdo pecuniário.

EX: vender mercadoria vender mercadoria


ICMSNota Fiscal
(Acessória)
SA R$ SP SA SP
Não emite a NF
Vender mercadoria Multa (principal)
Multa (principal) Art. 113 §3°
SA R$ SP SA R$ SP

Doutrinadores fazem críticas:


1) Não há possibilidade de dividir a obrigação em “pecuniária e não pecuniária”, pois o
termo obrigação só pode ser utilizado quanto a obrigação de cunho patrimonial
(pecuniário). Eles dizem que a obrigação “não pecuniária” deve ser chamada de “dever
instrumental”.
Então = DEVER INSTRUMENTAL: obrigação acessória (não pecuniária)

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No Direito Civil, a obrigação acessória segue a principal; já no sistema tributário não! Porque por
exemplo, mesmo que a pessoa não pague o IR, ela tem que apresentar/comprovar a renda
(obrigação acessória).

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04/08/14
Continuação Relações Juridicas Tributárias...
Classificação: Obrigação Principal (surge com a ocorrência do fato gerador – acontecimento
concreto) ex. pagamento de tributo e penalidade pecuniária – para o CTN multa é principal e
Obrigação Acessória (qualquer vínculo tributário que não tenha conteúdo pecuniário) ex. entrega
do comprovante de renda.
Vender mercadoria -> ICMS - principal
Vender mercadoria -> NF (nota fiscal) – acessória, positivo
Não Pagamento -> MULTA- principal
Não emite a nota- emite uma multa- a acessória acaba virando a principal, § 3º do art. 113
Liames não patrimonial- não tem liame de obrigação.
O termo obrigação so poderá ser utilizado quando tiver liame patrimonial.
Acessoria- prestação positiva ou negativa; deveres instrumentais, tem vinculo jurídico mas não tem
cunho pecuniário. Não segue o principal, pois eu posso não pagar a renda mas tenho que entregar
a declaração, sobrevive sem o principal.
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11/08/14
Constituição do crédito tributário
Evento: prestar serviço – relação jurídica tributária – s.a credor/crédito R$ - devedor/débito s.p ->
lançamento
Lançamento: a formalização de registrar a ocorrência no mundo fenomênico, feito por alguém, que
de fato existiu ex. carnê, boleto.
- sonegar é a falta de lançamento, é não faze-lo não formalizar o credito tributário.
Vai escrever no documento- o essencial; passar para o papel a relação jurídica tributária.
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13/08/14
Art. 142-compete privativamente a autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do

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fato gerador da obrigação o tributo devido, identificar o sujeito passivo, e sendo caso, propor a
aplicação da penalidade cabível.
Ele é declaratório ao evento que ele relata, porém, é constitutivo ao direito. exemplo certidão de
nascimento é constitutivo, mas o fato que essa certidão relata (ano de nascimento) é declaratório.
Procedimento Adm ou Ato Administrativo? Depende da doutrina.

- O Lançamento sempre é feito pela Adm Publica, mas ela não formaliza.

- O Lançamento como ato Adm, ele é privativo da administração, mas eu não tenho somente esse
meio para constituir o credito tributário, no Brasil eu posso constituir de 3 maneiras: a) adm faz
tudo sozinha, pega o que tem em mãos e lança; b) Adm lança, com auxilio nas informações
prestadas pelo constituinte e c) ato do particular

- Quando é feito pelo particular, não chama de lançamento, porque não é o mesmo regime político
da administração, chama de ato do particular.

- Formalização do crédito: olhar a Lei, apurar o montante e apontar um credito de X, isso pode ser
feito pela administração ou pelo ato do particular (ex. fazer o formulário preencher, e faz o
orçamento no que você informou- você apura e recolhe)
Todo lançamento deve ser fundamentado, o lançamento do IPTU vem por exemplo por meio de
carnê, onde elementos devem ser descritos e etc.

 Eu posso ter a constituição do credito por ato q não seja lançamento? SIM, recebeu, pode fazer
inscrição na dívida ativa, porque o credito já esta formalizado; e tem 5 anos para verificar se esse
lançamento foi correto.
- art. 144: IPTU- 2012, alíquota 3%, se eu fizer o lançamento hoje, vai aplicar a lei que ocorrer o
fato gerador em relação a obrigação tributaria, mas a lei que regula a formalização tem que ser a
do momento da formalização. Não retroage. (direito material da época, e do direito processual a
de vigor hoje)

Lançamento do IPTU
Lei -> Fato = ser proprietário
S.A ------- R$ --------- S.P

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BC AL
R$ 40.000 x 2% = R$ 800,00
Data do vencimento: ____________
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Aula 07 - 12/08/2014

LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

Lei = regra matriz de incidência tributária

Lançamento tributário: é a formalização do crédito tributário (art. 142 CTN). Providência que
formaliza a obrigação tributária, passa para o papel os elementos da relação jurídica tributaria.
É declaratório em relação ao evento que relata e constitutivo para o plano do direito mostrando
que o crédito passou a existir.
É ato administrativo de constituição de credito por meio do qual a administração formaliza uma
obrigação tributária oriunda de ato lícito. Constituir é apurar quanto alguém deve de um tributo.
Ato administrativo privativo da Administração Pública.

- Lançamento tributário é procedimento ou ato administrativo? Apenas o ato final do lançamento é


ato administrativo, mas, considerando todo caminho para regularidade do lançamento estamos
diante de procedimento administrativo.

- A formalização do crédito tributário pode ser feita por duas formas:


a) Formalização - Lançamento Tributário: ato administrativo de lançamento tributário é privativo
da administração pública;
b) Formalização - por Declaração/Homologação: a constituição do crédito tributário (ato de
constituição do crédito) pode ser feito pelo particular declarando e apurando o quanto deve
recolher do tributo, como ocorre a declaração de IR, mas, NÃO se trata de lançamento tributário.
ATENÇÃO: Formalização não se confunde com Lançamento.

Evento = prestar serviço (hipótese)


Ocorre o evento = prestar serviço --> formalização.

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Formalização: calcular o montante do tributo devido (base de cálculo x alíquota), identificando
sujeito ativo e passivo.

- Art. 144 e parágrafo 1º do CTN:

AUTO DE INFRAÇÃO
- É documento no qual se descrevem as ocorrências tributárias.

- O Auto de Infração pode trazer um crédito tributário sendo então um lançamento tributário, para
constituição de crédito tributário, havendo crédito em sentido estrito o auto de infração sempre
será um lançamento.
Em se tratando do auto de infração como suporte físico, o papel de auto de infração é um ato
administrativo que não se confunde com o lançamento tributário.

- Quando o crédito tributário é de origem ilícita (multa) este não se enquadra em lançamento
tributário. O lançamento é utilizado apenas para constituição de créditos tributários de origem
lícita, a cumulação de crédito lícito e ilícito no mesmo ato administrativo desconstitui o caráter de
lançamento tributário.

- É possível surgir uma obrigação tributária e está ser extinta como o pagamento sem que ocorra o
lançamento tributário. CUIDADO: Não é só o lançamento que constitui o crédito, mas, também o
ato do particular.
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Aula 08 - 18/08/2014

Art. 147 CTN- lançamento feito por declaração ou misto – tem a participação do contribuinte.
Art. 150 – lançamento por homologação. Para você pagar devera apurar o valor devido,
formalizando o credito.
§ 4º- se a lei não fixar prazo a homologação, será de cinco anos a contar da ocorrência do fato
gerador, passado esse prazo e a Fazenda Pública não fizer nada, será definitivamente extinto o
credito considerando homologação do lançamento. Prazo decadencial
Art. 142 – lançamento de oficio sem a participação do contribuinte.

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- feito o lançamento, devera ser notificado o sujeito passivo; o lançamento passa a ter
existência, a partir desse momento ocorre a contagem do prazo para eventual manifestação de
insurgência contra o lançamento; ou voce paga ou voce se defende, se não fizer nenhuma
coisa, nem outra inscreve em divida ativa; próximo passo: execução.

OCORREU O EVENTO, quem tem que formalizar? Se for a Adm, espera; porem se for o
particular que tem que lançar o credito, você tem que ir, pegar a declaração e pagar, se você
não fizer, já será considerado sonegador.
Pode ter crédito sem lançamento, porque a constituição do credito reconhecidamente ela
não e feita somente pelo fisco, mas também pela administração.
A formalização do credito confere esse credito certeza e liquidez, a partir da formalização, não
pagou, será inscrito em divida ativa.
Art. 139 – o credito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta.
(obrigação principal- pagamento em dinheiro). Ex. credito tributário quando se aplica multa, é
tributário.
Controversa- só é tributo aqueles casos que voce tem uma formação de um evento jurídico –
licito, vinculo dessa natureza tributário; aqui o evento ilícito também entra.

RESPONSABILIDADE TRIBUTARIA

S.A ---------- R$ --------------S.P -> contribuinte


Responsável (regra geral) art. 128 CTN

- Você realiza o fato, ou por uma determinação legal esta obrigado a proceder o recolhimento
do produto, que o faz em nome próprio, não de terceiro;
Art. 121 CTN- quem pode ser contribuinte.

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CM= prestar serviços Lançamento de Ofício
SA R$ SP prazo p/ impugnação

Evento = prestar serviços Federal: 30d. / MS: 20d./ CG: 15d.


Formalização Lançamento por declaração

SA R$ SP
SA R$ SP prazo igual

c/ participação do contribuinte
Lançamento por homologação pelo contribuinte

SA R$ SP

Art. 124: não tem a participação do contribuinte na constituição do crédito. Art. 147: o lançamento
é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiros, quando um ou outro, presta
informações a autoridade tributária. Art. 150: o lançamento por homologação, que ocorre quanto
aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem
prévio exame da autoridade administrativa;
Efetuado o lançamento, é necessário que se notifique o contribuinte. Notificando-o o lançamento
passa a ter existência (dois atos: constituição e notificação). A partir daí tem-se a contagem do
prazo de eventual manifestação de insurgência contra o lançamento (cada unidade de federação
pode ter um prazo diferente). Ou se paga o crédito ou se defende; se não faz nem uma coisa nem
outra, é inscrito em dívida ativa, que após isso, inicia-se a execução.
No lançamento por homologação, se o contribuinte lança começa a correr prazo para a verificação
de veracidade desse lançamento. Se estiver certo e for pago, homologa-se (ato administrativo) e
extingue a obrigação. Se estiver errado, o lançamento ocorre de ofício pelo poder público (ato
administrativo). O ato administrativo de homologação, DECLARA a extinção da obrigação, e não
constitui o crédito. Se ocorrer o lançamento de ofício, ele CONSTITUI um crédito. Pode se ter
crédito sem lançamento, pois o reconhecimento do crédito não é feito só pelo fisco, mas também

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pela administração. Se a lei não fixar prazo para a homologação, é de 5 anos a contar da ocorrência
do fato gerador. Se não homologar nesse prazo, decai o direito de homologação. Prazo
decadencial, considera-se homologado e extinto o crédito.
A formalização do crédito confere a ele certeza e liquidez. A partir daí, se formalizou e não pagou,
é inscrito em dívida ativa. O crédito tributário decorre da obrigação principal (pagamento em
dinheiro, tanto se o evento for lícito ou ilícito), tem crédito tributário que representa tributo e
crédito tributário que representa uma multa. O crédito tributário surge tanto com a formalização
quanto com o evento.
Se a administração constata que errou, ela tem que fazer revisão de ofício (deveria ser pelo
menos). O lançamento pode ser revisto de ofício pelas autoridades, nas seguintes hipóteses do
artigo 149, que trata de um rol exemplificativo. Alguns atos administrativos dispõem da
prerrogativa de o próprio ato administrativo se executar; já o lançamento não, ele realiza o
lançamento e libera o contribuinte (como se fosse na barreira federal por exemplo, a mercadoria é
revistada e é lançado o tributo, a pessoa é liberada e tem que pagar o tributo).
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RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

Contribuinte

SA R$ SP Responsável (regra geral) art. 128 CTN

Se você realiza um serviço, você tem que pagar o ISS, e se isso acontece, você se torna um
contribuinte. Você realiza o fato ou por alguma determinação legal, você está determinado ao
recolhimento do tributo. Há controvérsias, dizendo que só é contribuinte aquele que realiza o fato
tributado, que tenha relação direta e pessoal com o fato tributado (sujeito passivo é o contribuinte
ou quem está obrigado a recolher o imposto - responsável). Considera-se responsável aquele que
se enquadre nas situações que o sistema prevê, quando se reveste da condição de contribuinte, e
sua obrigação decorre de disposição expressa em lei. A regra geral prevista no CTN, do artigo 128,
é que pode atribuir de forma expressa a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa,
vinculado ao fato gerador da respectiva obrigação, excluído a responsabilidade do contribuinte ou
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atribuindo-a a este o caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
Ocorrido o fato gerador, os dois vão para o polo passivo em caráter solidário ou subsidiário
(contribuinte – responsável). O fisco prefere o modelo solidário e sem benefício de ordem.
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Aula 09 - 20/08/2014
Continuação de Responsabilidade Tributária...

Responsabilidade: paga tributo quem realiza e quem não realiza o fato.


Fato: auferir renda
Empresa fazendo o pagamento de salários; se porventura o valor a ser pago esta acima do que esta
isento, a empresa deve fazer a retenção e pegar o dinheiro, e levar aos cofres públicos.
Empresa (responsável do recolhimento) x funcionário (sujeito passivo) x fisco (sujeito ativo) –
nesse caso um leva o dinheiro, e outro desembolsa.
Quem esta sendo tributado é o empregado; algumas situações, como esta acima, aparece o
responsável, um obrigado a pagar, e outro obrigado a recolher. Um é o que põe a mão no bolso, e a
empresa apenas realiza o pagamento.
Posso por no polo passivo: o contribuinte ou qualquer outra pessoa vinculada ao fato gerador.
Essa sujeição passiva devera vincular de LEI, para ter validade pelo fisco. Para o fisco não interessa
o que esta escrito no contrato, e sim o que esta na sucessão. Ex. compro empresa e acordo que os
tributos anteriores sera do antigo dono, e os próximos será dele, não interesse o contrato para o
fisco que vai cobrar. Art. 123 CTN.
Art. 128: a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo credito tributário a terceira
pessoa, vinculado ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da
referida obrigação. Posição doutrinaria: posso montar a minha lei, desde que esse regramento não
implique o deslocamento do destinatário constitucional da carga tributária.
Responsável: pega o dinheiro do contribuinte e leva para o fisco.
A empresa teve prejuízo, ela tem que recolher imposto sobre a renda? O dela não, porque so paga
quem tem lucro, se os empregados ganham acima da renda, vai tirar dos empregados, e vai agir
como MERA ARRECADORA, pq ela está arrecadando e levando aos cofres públicos, está como
RESPONSAVEL no polo passivo.
Ex. prestação de serviço, contrata uma empresa prestadora de serviços de limpeza, possuo um
contrato de prest. De serviço de limpeza, voce é contratante, e o prestador; quem é o destinatário

18
final do ISS- o prestador. O sujeito passivo vai depender da Lei que o serviço foi prestado; em tese
o sujeito passivo poderá ser os dois, um como contribuinte e outro como responsável
(contratante).

Art. 120 CTN - Sujeito passivo da obrigação tributária


ATENÇÃO: Art. 123 CTN.

- No Brasil é possível exigir crédito tributário além das pessoas que realizam o fato sujeito a
tributação.

Art. 128 CTN:


Terceira pessoa pode ser responsabilizada pelo crédito tributária desde que vinculada ao fato
gerador da respectiva obrigação. Este vínculo deve permitir o terceiro responsável em cumprir a
obrigação por outros meios que não diretamente, ou seja, recolhendo o tributo do terceiro.

CUIDADO: Não é qualquer vínculo que gera responsabilidade tributária, mas apenas o vínculo com
o fato gerador de terceiro. Ou seja, o sindico de condomínio não pode ser obrigado a pagar IPTU
de moradores por ter vínculos com este! pois! este vínculo não é ligado ao fato gerador "ser
proprietário de imóvel".

No Brasil paga tributo o realizador do fato gerador tributado e todos aqueles responsáveis em
recolher tributo alheio (desde que esteja envolvido na relação tributária de alguma forma), isso
não é considerado inconstitucional.

- Havendo Ente Federativo como responsável por pagamento de tributo de terceiros, a esta
responsabilidade dos Entes Federativos NÃO se aplica a imunidade tributária (só se aplica aos
Entes como contribuintes, mas, não quando responsável).

LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
Auto de infração: pode haver extinção e surgimento de credito tributário sem o lançamento? É
possível, pois se o particular constituir o credito (recolher) e depois pagar (extinção), dessa forma
não haverá o lançamento.

19
O auto de infracao é um lançamento? Auto de infração é o ato que usa para veicular; auto de
infracao não se confunde com os atos administrativos, o que esta escrito pode ser considerado
como lançamento. Auto de infracao é o papel, conteúdo imaterial. Deve averiguar o conteúdo do
auto de infração, se tiver credito tributário estrito será lançamento esse crédito.
Se eu estiver referindo ao suporte físico ao ato- jamais sera lançamento, agora se for o que esta
constituindo o credito tributário (apurar quanto de tributo)- é lançamento. Se for sanção
pecuniária- ato administrativo de uma multa, de uma obrigação ilícita.
Não é o nome que vai definir, o que se difere é o conteúdo.
- não posso esquecer, que devo impugnar apenas o ato que fui noticiada, por que deve diferenciar
os outros, que possuem regime jurídico diferenciado. Ex. se eu for notificada pela multa, mesmo
tudo vindo junto num documento, só vou impugnar a multa.
- quando o ato de infracao tiver ICMS, é apenas lançamento, quando tem vários como MULTA,
JUROS, CORRECAO tem que explicar individualmente.
________________________________________________________________________________
Aula 10
Exercícios...
________________________________________________________________________________
Aula 11 - 01/09/2014

- A regra matriz deve ser feita tal como está na lei, ainda que se encontrem erros.

Correção dos exercícios


- Critério material:
- Critério espacial: município de ponta porã.
- Critério temporal: entrada no Município (art. 7 do exercício). Obs. Pode pagar antes (é fenômeno
de antecipação tributária, se não ocorrer o fato gerador deve haver restituição) ou depois, o
momento do recolhimento não se confunde com o momento de incidência (critério temporal).
- Sujeito ativo: Município de Ponta Porã.
- Sujeito passivo: visitante.
- Base de cálculo: é por pessoa, cada pessoa terá que pagar.
- Alíquota: não há.

Paga antes - por homologação, pois, opera e paga.

20
Paga na hora - de ofício.
Quando se tem reserva no hotel - paga por homologação, pois, que opera e paga é o responsável.
Obs. A verificação da homologação pode se dar até 05 anos após o pagamento.

________________________________________________________________________________
Aula 12 - 03/09/2014
Atividade...
________________________________________________________________________________
Aula 13 e 14 - 08/09/2014 e 10/09/2014

Correção do segundo seminário


1 - RMIT
Critério material: desempenhar a atividade sujeita a fiscalizar o cumprimento da legislação
disciplinados da legislação disciplinados da exploração, por qualquer meio ou processo, de anúncio
nas vias e logradouros públicos, ou em locais deles visíveis ou ainda em outros locais de acesso ao
público (Art. 132 do Exercício).

Critério temporal: não há expressamente, mas, pode ser considerado anual, mensal e diário a
depender do tempo que a publicidade será explorada (art. 135 do Ex).

Critério espacial: a base territorial do município de Bertioga em suas vias, logradouros públicos, ou
em locais delas visíveis ou ainda em outros locais de acesso ao público.

Sujeito ativo: o município de Bertioga.

Sujeito passivo: pessoa física ou jurídica que fizer qualquer forma de anúncio (são contribuintes),
bem como, solidariamente aos contribuintes aqueles do parágrafo único do art. 134 (são
responsáveis).

Base de cálculo: a base de cálculo é a quantidade de publicidade explorada de acordo com a


característica da publicidade contida na tabela, tendo que ser analisado cada critério em
específico.

21
Alíquota: é a quantidade de publicidade explorada de acordo com a unidade da tabela.

1.1 - Sim, a base de cálculo mensura a fiscalização do poder público frente a

1.2 -

2.

3.

4. Sim, pois, o art. 3º do CTN determina que a cobrança de tributo é ato administrativo vinculado e
não a juízo da administração pública.
________________________________________________________________________
Aula 15 – 15/09/2014

ANÁLISE DA LEI 3.346/2005 (no email da sala)


1- RMIT
Critério material: acessar, circular ou estacionar ao/no Município de Aparecida.
Critério espacial: o território do Município de Aparecida.
Critério temporal: momento em que se acessa, circula ou estaciona.
Sujeito ativo: o Município de Aparecida.
Sujeito passivo: as empresas proprietárias dos veículos e particulares em veículos que realizarem o
acesso, circularem ou estacionarem no Município de Aparecida com a finalidade de realizar
atividades turísticas (§1º do art. 3º).
Base de cálculo: de acordo com o veículo transportador de acordo com sua capacidade de
transporte.
Alíquota: valor em dinheiro.

2- A base de cálculo é mensuradoura, pois, quem entra mais paga mais, e aquele que tem maior
capacidade de transporte também paga mais.

3- Criado como taxa, mas, se trata de imposto por não haver contraprestação estatal (a lei não
demonstra fiscalização/exercício do poder de polícia).

22
4- Pode suscitar que existem vícios na norma, alegando a inconstitucionalidade por tributação ao
direito de ir e vir (livre circulação – art. 150, V da CF); criou-se um imposto querendo criar uma
taxa (art. 156 da CF); não há competência ao Município para criar tal imposto (Municípios só
podem criar IPTU, ISS e ITBI).

5- Não houve o Lançamento Tributário, contudo, houve a formalização do crédito tributário pelo
contribuinte (particular) e homologado pela administração constituindo-se assim o “Lançamento”
por Homologação de acordo com o CTN (que não é lançamento tributário). CUIDADO: Ato de
reconhecimento do crédito realizado pelo contribuinte é chamado de homologação (ou de
lançamento por homologação) o que não constitui Lançamento Tributário que somente é feito pela
Administração Pública.

6- Obrigação Principal.

7-

8- Há solidariedade, e há responsabilidade tributária, pois, existem sujeitos responsáveis pelo


pagamento do tributo e que não são os ocasionadores do fato jurídico tributado.
________________________________________________________________________________

MATÉRIA DA P2

________________________________________________________________________________
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

Conceito: é ato administrativo declaratório (para Paulo de Barros é constitutivo). É ato


formalizador de uma situação tributária preexistente. É ato administrativo que introduz na ordem
positiva uma norma individual e concreta. É ato vinculado e obrigatório sob pena de
responsabilidade.
- Lançamento tributário é o ato jurídico administrativo (que se resulta de um procedimento,
praticado pela Adm. Pública), constitutivo (cria relações jurídicas) e vinculado (não há
subjetividade ao agente), mediante o qual se insere na ordem jurídica brasileira uma norma
individual e concreta, que tem como antecedente o fato jurídico tributário e, como conseqüente, a
23
formalização do vínculo obrigacional, pela individualização dos sujeitos ativo e passivo, a
determinação do objeto da prestação, formado pela base de cálculo e correspondente alíquota,
bem como pelo estabelecimento dos termos espaços temporais em que o crédito há de ser
exigido.
- O conteúdo do lançamento é a própria norma que, por sua vez, tem também seu conteúdo, que
consiste em indicar o fato jurídico tributário cujas características se subsumem aos critérios da
RMIT, bem como, instituir a obrigação tributária, tomada, neste passo, como equivalente nominal
de relação jurídica de caráter patrimonial.

MODALIDADES DE LANÇAMENTO
A diferença reside no índice de colaboração do administrado (particular – sujeito passivo) para
celebração do ato.
a) Lançamento Direto ou por Ofício: todas as providências são feitas pela Adm. Pública, sem
participação do particular. Por exemplo, o IPTU.
b) Lançamento Misto ou por Declaração: a Adm. Pública e o particular cooperam para o
resultado final do lançamento. Por exemplo, o ITR até 1996.
c) Lançamento por Homologação: toda providência é realizada pelo particular, limitando-se o
Fisco a homologar os atos por ele praticados. O prazo para homologação é de 05 anos,
contados do fato gerador, se expirado considera-se homologado tacitamente (salvo, fraude
ou simulação). Por exemplo, o IPI, ICMS e o IR.
ATENÇÃO: A figura do “lançamento” por homologação é mero disfarce do direito positivo.
 Para Paulo de Barros tratam-se de espécies de procedimento de lançamento e não de
lançamentos em si, outrossim, o procedimento não é da essência do lançamento, sendo possível a
ocorrência de lançamento sem qualquer procedimento que o anteceda.

AUTO DE INFRAÇÃO: é ato administrativo que demonstra a aplicação de uma sanção a quem
violou conduta obrigatória, e assim, realizou evento inscrito na lei como ilícito tributário. Aquele
inscrito em auto de infração terá que realizar prestação pecuniária (em dinheiro) a título de
penalidade. ATENÇÃO: O Lançamento constitui a obrigação tributária em que o antecedente é fato
licito, enquanto o auto de infração é situação lícita.
________________________________________________________________________________
Aula 16 - 29/09/2014

SUJEIÇÃO PASSIVA

24
A sujeição passiva indireta apresenta duas modalidades: transferência (dividida em três hipóteses:
solidariedade, sucessão e responsabilidade) e substituição.

SOLIDARIEDADE
Sempre que haja mais de um devedor, na mesma relação jurídica, cada um obrigado ao
pagamento da dívida integral (pagamento feito por um aproveita aos demais), existirá
solidariedade passiva (art. 264 CC e 124 CTN). Para o CTN será solidário aquele que tiver interesse
comum na situação que constitui o fato gerador, ou seja, havendo dois ou mais sujeitos no pólo
passivo compelidos a satisfazer a integridade da prestação. Por exemplo no ITCMD havendo dois
ou mais compradores; no ICMS havendo dois ou mais comerciantes vendedores e etc. Obs. A
isenção ou remissão de um dos devedores solidários aproveita aos demais, salvo, se outorgada
pessoalmente a um deles apenas, permanecendo a solidariedade entre os demais.
Pode ser solidário também aqueles expressamente designados por lei (para Paulo de Barros, em
crítica pessoal, isso seria inconstitucional).

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
É uma espécie de sujeição passiva tributária.
O substituto é um terceiro que não realiza o fato jurídico tributado (não realiza o fato gerador),
mas, é ele quem efetuará o pagamento (é o "responsável" pelo pagamento). Para o professor o
substituto, assim como o responsável, por não realizar o fato, não paga o tributo pessoalmente
(com seu dinheiro), mas, apenas realiza o recolhimento do montante e então realiza o pagamento
do tributo.
Em virtude de disposição expressa de lei a obrigação tributária já surge, desde logo, contra pessoa
diferente daquela que possui relação com o ato/negócio tributado.

Fato gerador não ocorreu (cobrança antes): substituição tributária para frente.
- ADIN 1851 / STF: a substituição tributária para frente ocorre em caráter definitivo.
Obs. Pode haver também a cobrança antecipada sem substituição, quando se cobra antes do fato
gerador ocorrer, e no polo passivo está o próprio realizador do fato gerador no futuro, fenômeno
conhecido como antecipação tributária.

25
Fato gerador já ocorreu: substituição tributária para trás.

- Para o professor o contribuinte de fato no ICMS (por exemplo) é o consumidor final, que é aquele
para quem se repassa o valor da contribuição tributária embutida no valor do bem, enquanto o
substituído e o substituto seriam contribuintes de direito. Parte da jurisprudência diz que o
contribuinte de fato é o substituto e o contribuinte de direito é o substituído.
Por exemplo, no FUNRURAL o contribuinte de fato é o comprador da carne ou da soja, milho e etc,
enquanto o produtor rural (substituído) e os frigoríficos/usinas/cerealistas (substitutos) são
contribuintes de direito.
________________________________________________________________________________
Aula 17 - 01/10/2014

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

- Também é forma de sujeição passiva tributária.


O art. 128 do CTN elucida que a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo
crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo. Para Paulo de Barros
as relações jurídicas integradas por sujeitos passivos alheios ao fato tributado apresentam a
natureza de sanções administrativas. Na base da responsabilidade sempre há um deve
descumprido, assim prescreve o art. 134 do CTN ao dizer que respondem solidariamente com este,
aqueles elencados no rol de seus incisos, nos atos em que intervirem ou pelas omissões de que
forem responsáveis. Por isso não há responsabilidade tributária nas multas, para não haver
sobreposição de penalidades.

ATENÇÃO: As consequências jurídicas da substituição e responsabilidade são diversas, a


responsabilidade pode ser um desdobramento da substituição. Na prática (e observando a
legislação vigente) não há um respeito ao conteúdo de diferenças existente entre as formas de
sujeição passiva (responsabilidade, substituição e solidariedade). Por exemplo, o art. 134 do CTN
que em sua primeira parte leva a crer uma responsabilidade subsidiária ("impossibilidade de
exigência do cumprimento"), mas, na verdade preza uma responsabilidade solidária. Por exemplo,
o art. 150, parágrafo 7º da CF em que diz que aquele que já é sujeito passivo (portanto, já

26
responsável pelo pagamento) será o responsável (como se terceiro fosse) pelo pagamento do
tributo.

Diferenciação entre sujeitos passivos:


Realizador do fato tributado = contribuinte.
Todos os demais sujeito submetidos ao pagamento do tributo = responsáveis.

Art. 123 do CTN - salvo disposição em contrária, as convenções particulares, relativas a


responsabilidade de pagamento de tributos, NÃO são opostas ao FISCO.

Art. 124 (e parágrafo único) CTN - na solidariedade tributária NÃO há benéfico de ordem, cobra-se
de quem está sendo executado de forma ilimitada. Se faz tudo para proteger e garantir o crédito
tributário.

CUIDADO: Capacidade tributária passiva não se confunde com a capacidade de estar em juízo.

Art. 127 CTN - Domicílio tributário


Em regra geral pode ser eleito, salvo: Se a hipótese legal determinando o domicílio OU se o
domicílio eleito criar dificuldade para a fiscalização.

Art. 128 CTN -

Art. 129 e seguintes CTN - Responsabilidade dos sucessores

Art. 134 CTN


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Aula 18 – 06/10/2014
Correção de prova.
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Aula 19 – 08/10/2014
FALTEI
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Aula 20 – 13/10/2014

27
SEMANA DO SACO CHEIO
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Aula 21 – 15/10/2014
SEMANA DO SACO CHEIO
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Aula 22 - 20/10/2014

ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS

- As isenções no que tange a RMIT afetam o critério material (pela desqualificação do verbo 1 ou
subtração do complemento2), critério espacial3, critério territorial4, critério pessoal (pelo sujeito
ativo5 ou passivo6) e critério quantitativo (pela base de cálculo7 ou pela alíquota8).
Portanto, a isenção influi em um ou mais dos critérios inerentes a norma-padrão de incidência,
obviamente que não suprimindo todos os critérios (isso inutilizaria a norma). A isenção subtrai
uma parcela do campo de abrangência do critério do antecedente ou conseqüente da norma.
Sobrepõe-se uma regra de isenção sob a regra matriz de incidência tributária, aquela suprimindo o
alcance desta.
Exemplo: Estão isentos do IR os servidores diplomáticos de governos estrangeiros = afeta o critério
pessoal do IR.
Exemplo: O queijo tipo minas é isento de IPI = afeta o critério material da hipótese.
Exemplo: Estão isentos de IPI os produtos industrializados na Zona Franca de Manaus = afeta o
critério espacial.

- A isenção é mecanismo de extrafiscalidade.

1
Não se considera operação de industrialização a fabricação de óculos mediante receita.
2
Estão isentos de IPI vários produtos, dos quais salientamos, a título meramente explicativo: as redes de dormir;
caixões funerários; queijo tipo minas.
3
Quaisquer produtos fabricados na Zona Franca de Manaus, estão isentos de IPI.
4
Sai com suspensão do imposto a aguardente de cana, remetida em recipiente de capacidade superior a 1L, para
industrialização ou comércio pelo respectivo fabricante ou por atacadista, a estabelecimento industrial ou atacadista.
5
Permitia-se a União mediante lei complementar e atendendo a relevante interesse social ou econômico nacional
conceder isenções de impostos Estaduais e Municipais.
6
Estão isentos do IR os servidores diplomáticos de governos estrangeiros.
7
Reduzindo-se a base de cálculo ao valor zero, qualquer que seja a alíquota o produto da composição numérica
representara a supressão do objeto.
8
Certos produtos industrializados recebem alíquota zero, segundo a legislação do IPI.
28
- Art. 176 do CTN: não existe possibilidade de contrato (direito privado) como pacto bilateral que
conceda a isenção (diferente do que afirma o art. 176 do CTN, por problemática de redação), a
isenção somente será prevista em lei no plano infraconstitucional. Ainda que prevista em contrato
é sempre decorrente de lei.
Art. 176, parágrafo único do CTN: é faculdade do legislador restringir a isenção tributária a parce
geográfica do seu território (em razão de peculiaridades da região).

- Tipos de isenções:
Isenções condicionadas (específicas): são destinadas a situações específicas, não se aplicando a
todos, de modo que só afetará aqueles que preencherem determinadas condições. Exige o
preenchimento de determinados requisitos, características individuais.
Isenções incondicionadas (gerais): para se ter direito a esta isenção basta se encontrar em
determinada situação. É aplicada a todos independente de sua condição individual.

- A isenção quando eleger determinados requisitos para determinar a hipótese de isenção, deve se
precaver para que tais requisitos não causem distinção que cause discriminação ferindo o princípio
da igualdade relativa (isonomia). Isso justifica a isenção para produtos que resguardam maior
essencialidade, por exemplo alimentos (sexta básica).
Obs. O fato de determinado sujeito ter sido beneficiado erroneamente por uma isenção não faz
com que esse benefício tenha que ser estendido a outro sujeito em situação que não resguarde os
requisitos necessários.

Art. 177 do CTN: A isenção de determinado imposto não se estende as taxas e contribuições de
melhorias, bem como, aos tributos instituídos posteriormente a sua concessão. Porém, qualquer
tributo (inclusive as taxas e contribuições de melhoria) pode ter isenção, desde que expressa em
lei.
Por exemplo, determinado imóvel pode ser isento de IPTU, e ainda assim existir a obrigação de
pagar taxa de asfalto que cobre sua região.

- As isenções podem ser por prazo certo ou prazo indeterminado (art. 104 CTN), pois, a própria lei
pode ser instituída como lei temporária (portanto, por pra certo/determinado).
A isenção enquanto ato administrativo jamais pode ser revogada, por se tratar de ato
administrativo vinculado, portanto, apenas interpreta a situação do particular de acordo com os

29
requisitos previstos na lei que prescreve a isenção. Pode haver anulação do ato administrativo, por
estar viciado. Obs. Os efeitos da anulação são diferentes dos efeitos da revogação.
Diferente é a situação da lei que institui a isenção, está pode ser revogada ou ser declarada
inconstitucional, tal qual qualquer lei.
Havendo lei que determine isenção por prazo determinado ao termino do prazo, no dia seguinte já
se pode incidir o tributo, independente de anterioridade tributária, pois, já se tinha conhecimento
do prazo de vigor da isenção. Diferente do caso de lei de isenção por prazo indeterminado, cuja
sua revogação deve respeitar o princípio da anterioridade.

COMPETÊNCIA DAS ISENÇÕES


Em regra quem tem competência para tributar é quem tem competência para isentar.

Não mais existem as isenções heterônomas em que a União institua isenção sob tributos dos
outros Entes Federativos.

Contudo, se configurado interesse nacional na atuação do Congresso (como órgão do Estado


Brasileiro) se autorize a normatização de isenção que se aplique aos demais Entes Federativos. O
que não se classifica como isenção heterônomas para o professor.
A União como ordem jurídica parcial é Ente Federativo e fará lei federal, não poderá determinar
isenção aos outros Entes, já a União como Estado Brasileiro fará normas gerais por meio de lei
federal de caráter nacional (que se aplica a todos os demais Entes federativos).

ANISTIA – Art. 180 CTN: A anistia atinge apenas as infrações (caráter sancionatório). Pode ser
perdão pelo ilícito (infração de dever tributário) e perdão pela multa (penalidade imposta por
infração). ATENÇÃO: A anistia não se estende aos atos considerados como crimes tributários.
Atinge apenas as infrações cometidas anteriormente a vigência da lei que concede a anistia.
Portanto, ela retroage para obrigações tributárias já constituídas.
CUIDADO: É diferente da remissão em que o legislador perdoa o débito do tributo, abrindo mão do
direito subjetivo de recebê-lo.
________________________________________________________________________________
Aula 23 - 22/10/2014

ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
30
I - Princípio da legalidade: tal princípio rege toda atividade administrativa do Estado. No campo
tributário nenhum ato administrativo pode ser praticado sem autorização expressa de lei.
II - Ato vinculado: o princípio da legalidade torna os atos administrativos vinculados aquilo que
estipula a lei.
III - Ato discricionário

DA FISCALIZAÇÃO
Trata-se da atividade do FISCO em fiscalizar a contribuição que era devida.
I – Imunidade: até mesmo quem goza de imunidade tributária fica adstrito a fiscalização das
autoridades administrativas.
II - Limite: os limites da fiscalização são os direitos e garantirias fundamentais de todo cidadão.
III - Súmula 439 STF: A fiscalização deve se limitar aos elementos de interesse, não podendo
extravasar sua competencia administrativa.
IV - Art. 195 CTN: o dever de guarda e de manutenção dos documentos, livros e comprovantes,
que interessem de modo direito ou indireto à caracterização das prestações tributárias pendura do
surgimento do document até a prescrição das obrigações inerentes a tais documentos.
V - Termo de início de fiscalização: o surgimento de indícios que caracterizem realização de ilícito
tributáro são o marco inicial do inicio da fiscalização.
VI - Inexistência de documento

DEVER DE SIGILO
I - Prestar informação - art. 197 CTN: todas pessoa física e jurídicas devem colaborar prestando
informações as autoridades administrativa. Em realidade são obrigados (dever instrumental) a
prestar informações de que disponham com relações aos bens, negócios ou atividades de terceiro,
que se descumprido acarreta sanção.
II - Exercício de profissão: O médico, advogado, psicólogo, sacerdote e outros que por sua
profissão recebam informações que interessem ao FISCO NÃO estão obrigados na forma do art.
197 CTN.
III - Intercâmbio de informação: os órgãos devem resguardar o sigilo sob as informações que
possuam, não se admitindo que uma Fazenda Pública se utilize de dados informados por outro
Fazenda para autuação dos contribuintes (como se fosse prova emprestada).
IV - Força Pública: não havendo cooperação dos indivíduos com a fiscalização do FISCO, pode ser
utilizada Força Pública (policiais) para garantir as providencias administrativas.

31
DÍVIDA ATIVA
I - Conceito - art. 201 CTN: é a regular inscrição do crédito tributário na repartição administrativa
competente, depois de esgotado o prazo fixado para seu pagamento (pela lei ou por decisão
proferida em processo).
II - Requisitos do título (art. 202 do CTN): o termo de inscrição da divida ativa deve ser
autenticado pela autoridade competente e conter: nome do devedor e seu domicilio (e
corresponsáveis); quantia devida com juros de mora e seu calculo; origem legal e natureza do
crédito; e data em que foi inscrita. Essa certidão de inscrição em divida ativa é titulo executivo
extrajudicial.
III - Possibilidade de substituição: a ausência ou erro de qualquer dos requisitos do art. 202 gera
nulidade da inscrição de seu processo de cobrança, mas pode ser sanada substituindo a certidão
nula até a decisão de primeira instância.
IV – Presunção: a certidão de inscrição em divida ativa goza de presunção de certeza e liquidez,
tendo efeito de prova pré-constituida.
V - MP 178: autorizava o Poder Executivo a ceder a título oneroso mediante licitação créditos
inscritos como divida ativa da União – NÃO TEM MAIS EFICÁCIA.
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Aula 24 - 27/10/2014

SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO

1. SUSPENSÃO É DA EXIGIBILIDADE E NÃO DO CRÉDITO


Nasce o direito de perceber o valor da pretensão tributária no exato momento em que surge o
vínculo jurídico obrigacional.
Por exigibilidade compreende-se o direito que o credor tem de postular, efetivamente, o objeto da
obrigação, e isto ocorre depois da lavratura do ato de lançamento tributário. Obs. O crédito
tributário nasce (se constitui) com o ato de lançamento.
O art. 151 do CTN prescreve que a suspensão é da exigibilidade do crédito, e não do próprio
crédito em si que continua existindo normalmente, ficando sustado temporariamente apenas o
atributo da exigibilidade do crédito.
Ademais, a suspensão da exigibilidade do crédito (que é obrigação principal), não dispensa o
cumprimento das obrigações acessórias dependentes da principal.
32
MEDIDAS QUE SUSPENDEM A EXIGIBILIDADE - art. 151 CTN
a) Moratória;
É a dilação do prazo de pagamento do crédito tributário. É a dilação do intervalo de tempo,
estipulado para o implemento de um prestação, por convenção das partes, que podem fazê-lo
tendo em vista uma execução unitária ou parcelada. A concessão da moratória é um fator
ampliativo do prazo para se pagar o tributo.
Tendo e vista que a imposição tributária possui interesse público sendo assim indisponível, a
concessão da moratória deve ser estabelecida em lei, não é ato discricionário da autoridade
administrativa, e sim, vinculado aos preceitos legais. Deve ser concedida pelo Ente Federativo
titular do crédito tributário.
Pode possuir caráter geral ou individual. Pode limitar a aplicabilidade a determinada região, ou
ainda certa categoria ou classe de sujeitos.
Pode ser expedida por qualquer das pessoas políticas (Entes Federativos) competentes, mas,
assegura-se a União a prerrogativa de conceder moratória quanto a tributos estaduais e
municipais, desde que, simultaneamente, também conceda com relação aos tributos federais.
É requisito à moratória de caráter geral: descrever o(s) tributo(s) que se aplica; prazo de duração
da medida; número das prestações e seus vencimentos. De caráter individual: descrever o(s)
tributo(s) que se aplica; as condições necessárias do particular; prazo de duração da medida;
número das prestações e seus vencimentos; e as garantias que o sujeito deve oferecer.
Somente serão objeto de moratória os créditos devidamente constituídos (já lançados / com
lançamento eficaz), ou seja, o ato já regularmente notificado ao sujeito passivo. Também pode ser
objeto de moratória os créditos cujo lançamento já tenha sido iniciado por ato regularmente
notificado ao sujeito passivo (que apresenta à autoridade administrativa uma declaração
competente de tudo aquilo que o lançamento contém).
A moratória pode ser anulada (o ato concessivo da moratória será anulado) se não cumprido seus
requisitos legais.

b) Depósito de seu montante integral (voluntário);


- Não precisa de decisão judicial para se suspender o crédito, a suspensão é automática.
Obs. Não precisa de liminar ou tutela antecipada para requerer a suspensão do crédito.
- O depósito também suspende (paralisa) os efeitos da mora ou inadimplencia (param de correr os
juros e multa).

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- O depósito não possui procedimento judicial específico para se feito, podendo ser realizado em
qualquer medida judicial em que se discute o crédito, bem como, na via administrativa
(justamente para suspender os efeitos da mora).
CUIDADO: O depósito do montante integral NÃO pode ser confundido como garantia em dinheiro.
- Por ser voluntário o depósito pode ser levantado pelo depositante a qualquer momento, e assim,
perderá o efeito de suspensão.
- O depósito aplica-se ao crédito tributário em sentido amplo, e o montante deve ser apurado no
momento do depósito.
- Nos casos em que o lançamento for por homologação e a apuração do valor ficará a cargo do
particular, não há unificação da medida, pois, há diferença do valor depositado e o valor exigido
pela Fazenda Pública, qual será o certo? A) depositar o restante com juros e correção; ou b)
depositar sem juros. Para o professor o melhor é intimar a Fazenda Pública para que se manifeste
acerca do valor.
- O depósito pelo sujeito passivo da importância relativa ao credito tributário pode ser promovido
em dois momentos distintos: a) no curso do procedimento administrativo  que evita a
atualização do valor monetário da dívida (correção monetária); e b) no processo judicial  que
impede o ajuizamento de ação de execução, suspendendo a exigibilidade do crédito, e evita a
incidência de correção monetária.
Portanto, somente quando realizado na esfera judicial o depósito do montante integral do
crédito suspende a exigibilidade do crédito.

c) As reclamações (impugnações) e os recursos, nos termos das leis reguladoras do


procedimento administrativo tributário:
Após o lançamento tributário, ato eivado de presunção de legitimidade e exigibilidade, o
sujeito passivo inconformado pode impugná-lo determinado que o órgão administrativo
competente se manifeste acerca da legalidade. Dessa manifestação cabem recursos aos órgãos
superiores da Administração (colegiados). Obs. A impugnação na via administrativa suspende a
exigibilidade do crédito, mas, não suspende os efeitos da mora.
Essas impugnações e recursos têm a força de suspender a exigibilidade do crédito, de modo
que o Poder Público na pendência de solução administrativa, fica inibido de inscrever a dívida e/ou
acionar o Poder Judiciário.

d) Concessão de medida liminar em mandado de segurança:

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Concedida medida liminar em processo de mandado de segurança impetrado contra ato
jurídico administrativo de lançamento tributário, a exigibilidade do crédito fica suspensa, de modo
que a Fazenda Pública deve aguardar a sentença denegatória do MS (sustando a liminar) para
restaurar a exigibilidade do crédito. Obs. Paulo de Barros entende que a concessão de medida
cautelar também é capaz de sustar a exigibilidade, ao menos até que outra decisão decida ao
sustar os efeitos da cautelar.

e) Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada em outras ações judiciais:


As concessões de medida liminar ou de tutela antecipada em qualquer ação suspende a
exigibilidade do crédito.

f) Parcelamento
O parcelamento só pode ser autorizado por lei e é visto como gênero da espécie moratória,
pois, também provoca a dilação do pagamento mediante transformação de seu pagamento
imediato num parcelamento em sucessivas parcelas.

ATENÇÃO: No Brasil não se exige o esgotamento das vias administrativas para se ingressar em
juízo.
ATENÇÃO: Ação anulatória = não quer pagar o tributo (resistir). Ação consignatória = quer pagar
(extinguir).
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Aula 25 - 03/11/2014

EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS

 As formas extinção das obrigações tributárias se abrigam:


a) no desaparecimento do sujeito ativo;
b) no desaparecimento do sujeito passivo;
c) no desaparecimento do objeto;
d) no desaparecimento do direito subjetivo de que é titular o sujeito ativo (desaparição do
crédito);
e) no desaparecimento do dever jurídico do sujeito passivo (desaparição do débito).
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 A extinção do crédito é concomitante ao desaparecimento do vínculo obrigacional.
Desaparecido o crédito tributário inexiste a obrigação tributária, pois, em que pese ser apenas um
dos elementos da obrigação, sem ele não há vinculo.

CAUSAS EXTINTIVAS DO ART. 156 DO CTN


Em face a indisponibilidade dos bens públicos todos preceitos de extinção da obrigação
tributária são regidos pelo princípio da estrita legalidade.
Além das hipóteses do art. 156 do CTN, notadamente, há outros motivos que ensejam a
extinção, tais como: desaparição do sujeito passivo, sem que haja bens, herdeiros e sucessores; a
confusão na mesma pessoa de credor e devedor do tributo.

1. Pagamento e Pagamento indevido:


Pagamento é a prestação que o devedor, ou alguém por ele, faz ao pretensor (sujeito ativo)
em importância pecuniária correspondente ao tributo. Pelo pagamento se extingue a relação
jurídica, o sujeito passivo cumpre seu dever jurídico, e o sujeito ativo/credor recebe seu direito
subjetivo, que simultaneamente desaparecem. Contudo, o pagamento não extingue com o simples
exaurimento da obrigação, sendo necessário documento de quitação/recibo de pagamento que
descreve a inexistência da divida.
Art. 157 CTN – A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do crédito tributário. A
multa infligida para punir o descumprimento da prestação (pressuposto = fato ilícito) não substitui
o crédito tributário (pressuposto = fato gerador).

O pagamento da dívida tributária deve ser realizado na repartição competente do domicilio do


sujeito passivo, mas, diversas leis prevêem com base no art. 159 CTN o pagamento nas unidades
de rede bancária do País.

Art. 160 CTN: NÃO existe dívida tributária sem prazo de vencimento. Caso o legislador se omita o
termo final, dar-se-á 30 dias após o sujeito passivo ter sido notificado do lançamento. Obs. A
legislação especifica pode conceder desconto pelo pagamento antecipado.

Art. 161 CTN: se não houver disposição em contrário toda dívida tributária terá juros de 1% ao
mês.

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NÃO há Excludentes de crédito tributário, havendo pagamento atrasado haverá ocorrência de
multa e juros (ainda que o atraso decorra de caso fortuito e força maior).
Art. 161, parágrafo 2º CTN - consulta tributária: se a consulta, formulada dentro do prazo para
pagamento, for admitida e reconhecida não há ocorrência de juros e multa no período em que se
avalia a consulta.

Art. 162 CTN:

Pagamento Indevido – art. 165 CTN - sempre que se constatar que: i) o valor que era pago não era
devido (por inexistir dever jurídico de índole tributária); ii) pagamento não era naquele montante
(exceder o montante real da dívida); iii) não era o devedor (sujeito passivo era outro), ou qualquer
outra hipótese de pagamento indevido.
Havendo pagamento indevido, é necessário a restituição total ou parcial que acarreta também a
devolução dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, na mesma proporção (art. 167 CTN e
Súmula 546 do STF).
Não sendo suficiente o procedimento administrativo para reembolso do contribuinte que pagou
indevidamente, poderá então acessar o Poder Judiciário
Obs. O fato de virem a ser devolvidos pelo Poder Público não descaracteriza a qualidade de tributo
do que foi pago indevidamente.

Art. 166 CTN: sendo imposto direto (contribuinte de fato = de direito) para restituição basta ser
requerida. Havendo imposto indireto (contribuinte de fato e de direito são diversos), portanto,
impostos em que há repercussão econômica, somente é possível a restituição se: a) provar que
assumiu o ônus da tributação (que contribui); ou b) que possui a autorização do contribuinte de
fato. Exemplo: no ICMS o contribuinte de direito que é o comerciante, e deve provar que foi ele
quem pagou o imposto (portanto, é contribuinte de direito e de fato) ou provar que repassou mas
possui a autorização do contribuinte de fato no caso o consumidor.
Esses dois requisitos são condições para ação que pleiteia restituição.

Art. 168 CTN: Prazo para exercício da restituição em regra é de 5 anos (prazo decadencial). É
contado a partir do momento em que se deu o espontâneo pagamento indevido (da data do
recolhimento) OU da data de tornar definitiva a decisão transitada em julgado que reforma, anula
ou rescinde decisão que condenava o contribuinte ao pagamento.

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Caso o contribuinte exercite seu direito em tempo hábil e seja negada a devolução do que foi pago
indevidamente, da negativa abre-se o prazo prescricional de 02 anos para intentar ação anulatória
do ato denegatório proferido pela Administração.

2. Compensação Tributária – Art. 170 c.c 156, II CTN:


Ocorre na existência de duas relações jurídicas diferentes, em que o credor de uma é devedor na
outra e vice-versa. Há quatro requisitos para compensação: a) reciprocidade das obrigações; b)
liquidez das dívidas; c) exigibilidade das prestações; e d) fungibilidade das coisas devidas.
Extingue a obrigação tributária, pois, um crédito do pretensor é anulado por um débito que ele
possui noutra relação jurídica.
No direito tributário, pelo princípio da indisponibilidade dos bens públicos, só há possibilidade de
compensação de crédito tributário se previsto em lei. Esta lei pode estipular condições e garantias
à compensação, ou instituir limites para que a autoridade administrativa estipule. Ou seja, não há
discricionariedade do agente administrativo na compensação, ficando estritamente limitado as
disposições legais.
Os tributos administrados pela administração federal (tributos de competência da União) podem
ser compensados entre si.

3. Transação – Art. 156, III e 171 CTN: quando credor e devedor transigem em relação aos termos
da obrigação. Havendo litígio administrativo, por concessões mútuas, credor e devedor põem fim
ao litígio, extinguindo a relação jurídica. A lei deve autorizar a transação (principio da
indisponibilidade dos bens públicos) e indicar a autoridade competente para efetivá-la.

4. Decisão administrativa irrevogáveis (irreformável): decisão administrativa (ato administrativo


favorável ao sujeito passivo) que não pode ser objeto de ação anulatória. Decisão que não cabe
recurso aos órgãos da Administração.
Obs. Decisão administrativa irreformável que ataca vícios da constituição do crédito, anulando,
mas reconhecendo o dever do contribuinte, extingue a obrigação tributária com o lançamento
anulado, e da inicio a prazo decadencial de 5 ano para se constituir nova relação jurídica (novo
lançamento).
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Aula 26 - 05/11/2014 e Aula XX 10/11/2014
Continuação de Extinção...

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5. Decisão judicial transitada em julgado: a decisão judicial favorável ao sujeito passivo transitada
em julgado não havendo mais recursos judiciais a serem interpostos em seu desfavor. Obs. Neste
caso a sentença que anula por vício formal o lançamento extinguindo a relação jurídica não
interrompe o prazo decadencial, de modo que a Administração somente pode promover novo
lançamento se não decaído seu direito.

6. Consignação em pagamento – Art. 164 CTN: Não sabendo à quem é devido o pagamento do
tributo (exigência por mais de uma pessoa jurídica de direito público) é possível realizar
consignação em pagamento. Ademais, quem pretende pagar e não consegue em função da recusa
ou de exigências descabidas do credor/sujeito ativo do crédito tributário (exigência de pagamento
de penalidade ou outra obrigação assessória, exigências administrativas e etc) pode promover a
consignação e pagamento.
A ação de consignação somente comporta o pagamento, que satisfaz o débito do sujeito passivo.
Se julgada procedente, reputa-se efetuado o pagamento. Não é hipótese de extinção do crédito
tributário, mas é instrumento para se alcançar o pagamento que extingue o crédito.

7. Dação em pagamento: o crédito pode ser extinto mediante da entrega de bens imóveis, na
forma e condições previstas na lei.

8. PRESCRIÇÃO
Após o lançamento eficaz/ constituição definitiva do crédito (adequadamente notificado o sujeito
passivo) abre-se o prazo de 05 anos para a Fazenda Pública ingressar em juízo com ação de
cobrança (ação de execução), caso não ingresse judicialmente ocorrerá a prescrição.
Desaparecimento do direito que se têm às medidas necessárias à cobrança do crédito. É forma de
extinção do crédito tributário, pois, não existirão mais meios jurídicos para cobrança do sujeito
passivo à satisfação do crédito.
Obs. Constituição definitiva do crédito = lançamento regularmente comunicado ao sujeito passivo.
O Termo Inicial (art. 174 do CTN) da prescrição é o momento em que o sujeito passivo é notificado
acerca do lançamento tributário. Obs. Para Paulo de Barros o termo inicial é o momento em que se
constitui a exigibilidade administrativa (quando Poder Público adquire condições de exercer seu
direito de ação), mesmo que este não coincida com o lançamento.

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ATENÇÃO: Nos casos em que o lançamento é feito pelo particular (lançamento por homologação)
observa-se o art. 150 CTN.
Obs. Se a lei não trouxer prazo para o lançamento por homologação ele será de até 5 anos a contar
do fato gerador. Se o contribuinte não faz nada (sendo caso de lançamento por homologação), o
prazo é contato do primeiro dia do exercício subsequente. Nos casos de lançamento de ofício o
prazo é contato a partir do primeiro dia do exercício subsequente.

Art. 174, parágrafo único – Interrupção (cessa a contagem e inicia-se tudo novamente): a)
despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; b) protesto judicial; c) qualquer ato
judicial que constitua em mora o devedor; e d) qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial,
que importe no reconhecimento do débito pelo devedor (exemplo: requerer administrativamente
o parcelamento do débito).
Obs. A notificação ao contribuinte para apresentação de documentos indispensáveis é causa de
interrupção a prescrição.

Suspensão: não possui causas específicas, mas, NÃO se confunde com a suspensão da exigibilidade
do crédito tributário, afinal, toando como exemplo a impugnação administrativa do crédito pelo
contribuinte suspende a exigibilidade em momento que ainda não corre o prazo prescricional.

9. DECADÊNCIA
É o desaparecimento do direito 9 de lançar o crédito tributário, desaparecimento do direito de
constituir o crédito (de realizar o lançamento) em virtude do decurso de certo lapso temporal. É
forma de extinção do crédito tributário.
Faz desaparecer o direito subjetivo de exigir a prestação tributária, extinguindo o crédito tributário
do sujeito ativo e o débito do passivo.

Art. 173 CTN – trata dos prazos decadenciais: em regra o prazo para se realizar o ato administrativo
de lançamento é de 05 anos .
O Termo Inicial para contagem dos prazos é: i) primeiro dia do exercício (ano) seguinte ao que o
lançamento poderia ter sido efetivado; ii) da data em que se tornar definitiva a decisão que houver
anulado por vicio formal, o lançamento anteriormente efetuado; iii) data em que tenha sido

9
Na verdade é dever do Estado enquanto entidade tributante lançar o crédito, que se não exercido decaíra,
liberando a Fazenda Pública desse encargo.
40
iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer
medida preparatória indispensável para o lançamento.
ATENÇÃO: No lançamento por homologação o termo inicial é a data do evento

Art. 173, II CTN – Interrupção: a decisão anulatória de lançamento tributário, em razão de vicio
formal, extingue a obrigação existente no ato de lançamento anulado interrompendo o prazo
decadencial e fazendo surgir novo prazo decadencial de 5 anos para outro lançamento

ATENÇÃO: Art. 146, III, alínea "b" da CF: cabe a lei complementar fixar normas gerais acerca de
Prescrição e Decadência. As normas específicas podem ser legisladas pelos Estados e municípios.
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Aula 27 - 10/11/2014

PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO

Depende da legislação de cada pessoa política (Ente Federativo).

No âmbito federal (processo administrativo fiscal) é regulado pelo Decreto 70.235/72, que
também complementará a legislação estadual e municipal em suas lacunas.

A partir de 1988 a ampla defesa e contraditório passaram a ser direitos fundamentais, inclusive em
processo administrativo.

Cada pessoa política tem sua própria legislação acerca do processo administrativo tributário.
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Aula 28 - 12/11/2014
Continuação do processo administrativo tributário...

Decreto 70.235/72 - Processo Administrativo Tributário no Âmbito Federal

Lei 2.315/01 - Processo Administrativo Tributário do Mato Grosso do Sul

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Lei complementar 02 de 1992 - Processo Administrativo Tributário do município de Campo
Grande/MS

PROCEDIMENTO - Decreto 70.235/72


Etapa I
Lançamento Tributário OU Auto de Infração: sujeito pode realizar o pagamento; ou não fazer nada;
ou apresenta impugnação em 30 dias (art. 15 e 16)  manifestação do autuante  fase de
produção de provas  decisão de 1ª Instância (Delegacia regional de julgamento)

Etapa II
Se a decisão for favorável ao contribuinte  extinção do feito; Pode haver recurso de ofício
(dependendo do valor do tributo) oportunidade em que haverá  decisão da 2ª Instância CARF
(Câmara Administrativa de Recursos Fiscais)

Se a decisão for desfavorável ao contribuinte  recurso voluntário no prazo de 30 dias  decisão


da 2ª Instância CARF (Câmara Administrativa de Recursos Fiscais)

Etapa III
Se a decisão do CARF for favorável ao contribuinte  a Fazenda pode nos casos admitido (que
possua requisitos – contrarie súmula do próprio tribunal ou faça interpretação diversa ao
entendimento de outra câmara) impetrar Recurso especial (prazo de 15 dias)  decisão da 3ª
Instância CSRF (Câmara Superior de Recursos Fiscais)

Se a decisão do CARF for desfavorável ao contribuinte  o contribuinte pode recorrer desde que
possua os requisitos acima expostos mediante Recurso Especial (prazo de 15 dias)  decisão da
3ª Instância CSRF (Câmara Superior de Recursos Fiscais)

ATENÇÃO: para decisão ser submetida a 2ª instância basta o recurso, para decisão ir para o CSRF é
necessário os requisitos do recurso especial.

Etapa IV

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Se a decisão do CSRF for favorável ao contribuinte  Há discussão acerca do tema, mas, existe um
parecer da Procuradoria da Fazenda Pública sustentando que o órgão também pode se socorrer ao
poder judiciário.

Se a decisão do CSRF for desfavorável ao contribuinte  pode se socorrer ao Poder Judiciário.

CUIDADO: No âmbito administrativo não se pode sustentar inconstitucionalidades, salvo aquelas já


decididas no âmbito judicial.

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