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COMBATE A INCÊNDIOS
CFTP - 2016
CBMMG-02
MINAS GERAIS
2016
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SUMÁRIO
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1. TÉCNICA DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS
APRESENTAÇÃO
Este manual contém informações básicas necessárias à prevenção e
extinção ao princípio de incêndio, direcionada a todos aqueles que exercem atividades
em qualquer tipo de instalação, tanto industrial quanto comercial, ou a qualquer outra
modalidade de serviços até mesmo residencial. Situações que atinjam grandes
proporções devem ser administradas e resolvidas pelo Corpo de Bombeiros, pois
exigem a aplicação de técnicas especiais sendo necessário inclusive, um plano de
abandono de área.
2. DEFINIÇÕES
Prevenção de incêndio
Uma série de medidas destinada a evitar o aparecimento de um princípio de
incêndio ou, no caso deste ocorrer, permitir combatê-lo prontamente para evitar sua
propagação.
Emergência
Sinistro ou risco eminente que requeira ação imediata.
Exercício simulado
Exercício prático simulado periodicamente para manter a brigada e os
ocupantes das edificações em condições de enfrentar uma situação real de emergência.
Sinistro/Acidente
Ocorrência de prejuízo ou perda, causado por incêndio ou acidente
impessoal (instalação / equipamento), pessoal ou acidente ambiental.
Ação de Prevenção
Informar ao responsável pela segurança qualquer não conformidade em
extintores de incêndio, hidrantes e equipamentos de combate.
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Ações de Emergência
- Acionar o Corpo de Bombeiros;
- Identificação da situação;
- Acionamento da Seção de Medicina;
- Resgate de vítimas;
- Combate ao princípio de incêndio;
- Recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros;
- Corte de energia;
- Controle de vazamento de gás;
A fim de primar pela segurança, a proteção geral contrafogo divide-se em
duas partes:
a) A Prevenção de Incêndios;
A Prevenção é o ato de evitar que ocorra o incêndio e o sucesso se dá
quando a organização e a educação em todos os setores de atividades atuam em
conjunto. O conhecimento das noções básicas de prevenção, praticadas por todos, é o
único caminho para evitar acidentes.
b) O Combate Eficaz.
Quando, apesar da prevenção, ocorre um princípio de incêndio, é importante
que ele seja combatido de forma eficiente e segura para que sejam minimizadas suas
consequências.
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3. TEORIA DO FOGO lado do tetraedro representa um elemento
indispensável para que haja a
A QUÍMICA DO FOGO combustão:
Lavoisier, um cientista francês, afirmou e Mas lembre-se que o tetraedro é apenas
demonstrou que o fogo é resultado de
uma figura didática que é usada para
uma reação química entre o combustível
e o oxigênio. A essa reação química deu facilitar a compreensão do fenômeno. O
o nome de COMBUSTÃO. importante é não se esquecer que o fogo
O TETRAEDRO DO FOGO
O GÁS INFLAMÁVEL que se encontrar
suspenso no ar, em finíssimas gotículas,
na forma de névoa, também está sujeito a
entrar em combustão ao simples contato
com uma fagulha e também de maneira
explosiva.
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5. OXIGÊNIO
O Oxigênio é o gás COMBURENTE que Variando o calor, podemos vaporizar
dá vida à chama. Com maior quantidade quase todos os combustíveis. Por outro
de oxigênio a combustão também será lado, a temperatura de vaporização do
maior, isto é, mais intensa, havendo o combustível não é suficiente para queimá-
consumo mais rápido do combustível e los, pois, para isto, precisamos após a
mais quente será a chama. vaporização, continuar a aquecê-los até
determinada temperatura que seria para
Para nosso estudo consideraremos cada corpo.
apenas a seguinte composição do ar, em
números redondos: 7. PONTOS DE TEMPERATURA
* Nitrogênio................................78,00 %
PONTO DE FULGOR
* Oxigênio..................................21,00 %
* Outros Gases............................1,00 % No Ponto de Fulgor o combustível já está
total = 100,00 % produzindo vapores inflamáveis, mas a
quantidade é ainda insuficiente para
OBS: Estudos demonstram que o sustentar a combustão. Ao aproximarmos
Nitrogênio não participa da combustão e uma chama junto ao combustível ele
que o oxigênio é o gás que reage queima-se momentaneamente, mas ao
quimicamente com o gás emanado do retirarmos a chama inicial, o fogo se apaga
combustível. por falta do vapor inflamável.
6. CALOR
O calor é responsável pela produção de
vapores inflamáveis nos corpos
combustíveis. A temperatura que vai
provocar a produção dos vapores PONTO DE COMBUSTÃO
inflamáveis varia de um combustível para
No Ponto de Combustão o combustível
outro.
está produzindo vapores inflamáveis em
Maneiras com a qual se adquire o calor: quantidade suficiente para sustentar a
- Atrito; combustão. Ao aproximarmos uma chama
- Reação química; junto ao combustível ele queima-se
- Energia elétrica; continuamente, mesmo que retiremos a
- Radioatividade. chama inicial.
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CONDUÇÃO
A propagação do calor é feita de molécula
para molécula do corpo, por movimento
vibratório. A taxa de condução do calor vai
depender basicamente da condutividade
PONTO DE IGNIÇÃO DOS térmica do material, bem como de sua
COMBUSTÍVEIS SOLIDOS superfície e espessura. É importante
destacar a necessidade da existência de
um meio físico.
SUBSTÂNCIAS PONTO DE IGNIÇÃO
RADIAÇÃO
É a transmissão de calor por meio de
ondas eletromagnéticas. Todo corpo
quente emite radiações que vão atingir os
corpos frios. O calor do sol é transmitido
É um fenômeno bastante comum em
por esse processo. São radiações de calor
edifícios, pois através de aberturas, como
as que as pessoas sentem quando se
janelas, poços de elevadores, vãos de
aproximam de um forno quente. Ondas
escadas, podem ser atingidos andares
caloríficas que se transmite através do
superiores. Este fenômeno pode ocorrer
espaço.
tanto no plano vertical como no plano
horizontal.
É o processo de transmissão de calor,
que se faz através da circulação de um
meio transmissor, gás ou líquido. É o caso
da transmissão do calor, através da massa
de ar ou gases quentes, que se deslocam
do local do fogo, podendo provocar
incêndios em locais distantes do mesmo.
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A proteção contra incêndios, decorrentes 9. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE
de calor transmitido por convecção é feita INCÊNDIOS
de forma a não deixar acumular ar ou a. RESFRIAMENTO
gases quentes em locais que possuam
b. ABAFAMENTO
combustíveis, principalmente os de baixos
pontos de ignição. c. RETIRADA DO MATERIAL
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10. CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS CLASSE “C”
- São incêndios em equipamentos elétricos
CLASSE “A”
quando energizados, o risco maior está na
presença da corrente elétrica:
- Materiais Sólidos / fibrosos, madeira,
tecido, algodão, estopa, etc.
CARACTERISTICAS PRINCIPAIS:
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MANIPULAÇÃO DOS INSTRUMENTOS PARA CONTROLE E COMBATE A FOCOS DE
INCÊNDIOS
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ÁGUA PRESSURIZADA
1) CAPACIDADE: 10 a 75 litros;
PÓ ABC
4) MODO DE USAR:
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3) ACONDICIONAMENTO: 1) Para lançar mangueira aduchada:
As mangueiras de incêndio devem ser
a) segure com a mão direita a união que
acondicionadas, visando os serviços de
está por dentro, protegida pela última
brigadista, de duas maneiras:
dobra, junto à união, contra o solo;
ACOPLAMENTO DE MANGUEIRAS
1) Método de acoplamento de mangueira de
incêndio por um homem sobre o joelho:
2) Método de acoplamento de mangueiras
13. TRANSPORTE E MANUSEIO por um homem usando os pés:
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aquecidas danificam as lonas das - Reservatório, canalizações;
mangueiras de fibra sintética.
- Registro, Junta de União (engate
3) CONSERVAÇÃO DEPOIS DO USO: rápido ou rosca);
HIDRANTE DE RECALQUE
15. HIDRANTE
HIDRANTE DE PAREDE
São aqueles utilizados nas edificações
acima de quatro pavimentos (particulares
ou públicas), em instalações de proteção
contra incêndios, embutido em paredes (ou
encostados a elas), a cerca de um metro do
piso, podendo ser disposto em abrigo
especial, onde também se acham os lances
de mangueiras, esguichos e chaves de
mangueiras. Localizado no logradouro público, com a
finalidade de abastecimento do sistema
de hidrantes da edificação.
HIDRANTE DE COLUNA
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16. ESGUICHOS
ALARME DETECTORES
Manual: É um equipamento que informa
um princípio de incêndio quando acionado
Térmico: Atua numa escala de
por uma pessoa.
temperatura pré-determinada.
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SPRINKLER temperatura sobre esse bulbo irá fazer
É um sistema de proteção através de com que o liquido se expanda e rompa a
chuveiros automáticos instalados ao ampola, dando assim, passagem à água
longo de tubulações dotados de que atua somente sobre as áreas
dispositivos especiais que funcionam por afetadas. Esse sistema é controlado por
elevação de temperatura. Possui um meio de uma válvula que, ao ser
bulbo de vidro no qual se encontra acionada. Dará um alarme mecânico
determinado volume de fluído especial, local, remoto ou por indicação em painéis
controlado com precisão. O aumento da de comando.
ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
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PRIMEIROS SOCORROS –
CFTP - 2016
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18. PRIMEIROS SOCORROS CONSENTIMENTO EXPLÍCITO – ou
formal é aquele consentimento em que o
• Tratamento imediato e provisório dado socorrista, após se identificar para uma
a um paciente de acidente ou vítima adulta com clareza de raciocínio e
consciente, recebe autorização da vítima
enfermidade imprevista, normalmente
para a prestação de socorro.
se presta no local do acidente, até que
se possa colocar o paciente aos
cuidados de um médico.
CONSENTIMENTO IMPLÍCITO – nas
situações de emergências em que as
vítimas se apresentam inconscientes,
confusas ou gravemente feridas, quando
será impossível obter o consentimento
formal, o socorrista deverá iniciar
imediatamente a assistência. A legislação
infere que o paciente daria o
consentimento caso tivesse condições de
fazê-lo. Quando as vítimas forem menores
de idade, o consentimento implícito pode
ser adotado, presumindo que se os pais
estivessem presentes dariam o
OBJETIVO:
consentimento para a prestação do
• Estabilizar o paciente e evitar o socorro.
agravamento das lesões.
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EXAME FÍSICO Após este exame devemos imobilizar
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Fazer um exame visível na região “IMOBILIZAÇÃO E TRANSPORTE”
genital, se encontrar presença de
20. PARADA CARDÍACA
sangue, investigue;
Efetuar análise dos membros • É a cessão dos batimentos normais do
PROTOCOLO DA PARADA
CARDÍACA
levantamento. rodízio.
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POR QUE RCP DE QUALIDADE? Realizar o rodízio dos socorristas (a
Comprimir não tão forte (05 a 06 cm); cada 2 min);
Não tão rápido (de 100 a 120 Não remover a vítima do local,
compressões por minuto) continue RCP até a chegada do
Corpo de Bombeiros/SAMU;
Permitir retorno completo do tórax;
A compressão somente poderá ser
Minimizar as interrupções (<10
interrompida se a vítima demonstrar
segundos);
sinais de consciência, ou se chegar
o socorro solicitado.
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LIGUE O DESFIBRILADOR
Dificuldade respiratória;
Cianose;
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05 compressões na linha do mamilo; - Náuseas e vômitos;
- Tremores de frio;
Execute até o bebê ficar
desobstruído ou até ficar - Tontura e desmaio;
inconsciente, execute RCP. - Sede, temor e agitação, (choque
hipovolêmico);
- Rosto e peito vermelhos, coçando,
queimando e inchados (choque anafilático).
TRATAMENTO
RECONHECIMENTO: (SINAIS E
SINTOMAS)
Arterial Venosa Capilar
- Pele pálida, úmida e fria; RECONHECIMENTO: (SINAIS E
- Pulso fraco e rápido; SINTOMAS)
- Queda de pressão; - Saída de sangue pela ferida ou orifícios
- Pupilas dilatadas e opacas; naturais do corpo;
- Perfusão capilar lenta ou nula; - Presença de hematoma, (pele arroxeada);
- Respiração curta e rápida; - Queixa principal da vítima;
- Lábios arroxeados; (descorados); - Natureza do acidente;
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TRATAMENTO TRATAMENTO PARA HEMORRAGIAS
INTERNAS
Se a hemorragia persistir, o
torniquete deverá ser utilizado em
último caso, somente se os passos
FERIMENTOS NO CRÂNIO
anteriores não atingirem resultados
Os ferimentos no crânio geralmente estão
satisfatórios, o torniquete
associados a lesões no encéfalo e sempre
preferencialmente deverá ser feito
deveremos considerar a possibilidade de
com uso do esfigmomanômetro.
TCE
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TRATAMENTO Utilizando gases, bandagens ou panos
limpos, fazer uma leve compressão no
Será semelhante aos ferimentos em local e ocluir com plástico estéril ou papel
partes moles do corpo;
alumínio, para evitar a embolia;
Fazer curativo compressivo, utilizando
Nunca utilizar pressão sobre os dois
bandagens, gases ou panos limpos,
lados do pescoço;
para estancar a hemorragia;
FERIMENTO NO TÓRAX
FERIMENTO NO PESCOÇO
Este tipo de acidente é muito comum em
épocas de férias escolares, em que a
utilização de cerol, uma mistura de cola
com pó de vidro é bastante utilizada pelas
pessoas que brincam com pipas. É um tipo Fazer curativo oclusivo, preso em três
de acidente grave que pode levar a pontos com papel alumínio ou plástico
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25. FRATURAS * O enfaixamento deverá ser executado
• É a ruptura total ou parcial da estrutura sempre da extremidade para a raiz do
óssea. Pode ser classificada em aberta, membro e nunca ao contrário.
fechada, completa ou incompleta.
RECONHECIMENTO
- Dor local;
- Hematoma; (pele arroxeada);
- deformidade ou inchaço;
- Incapacidade ou limitação de
FRATURA EXPOSTA:
movimentos;
- Crepitação óssea (atrito entre as partes
fraturadas);
TRATAMENTO
FRATURA FECHADA:
* Não tente colocar o osso no lugar;
* Curativo com gases, ou pano limpo no
local do rompimento;
* Colocar a tala para imobilização (uma
articulação acima e abaixo);
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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