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Disciplina de Sistemas Térmicos – Engenharia Mecânica

Projeto térmico e hidráulico de trocadores de calor

Envolve a avaliação quantitativa da transferência de calor e perda


de carga e/ou dimensionamento do trocador

Tem-se:

1. Problemas de dimensionamento: projeto de um novo


equipamento ou determinação/seleção de um tipo construtivo,
arranjo de correntes de escoamento, seleção de material de
tubos, placas e aletas e tamanho físico do trocador para
satisfazer a necessidade de troca.

2. Problemas de avaliação: determinação do desempenho da


transferência de calor e da perda de carga para um trocador
existente ou já dimensionado.

Parâmetros de Interesse e variáveis de projeto

1. Variáveis dependentes do projeto:

A – área total de troca (tamanho do trocador), m²


q – Taxa de calor trocador, W

2. Dados de entrada de um projeto ou também incógnitas do


projeto

- Propriedades físicas dos fluidos


- Temperaturas de entrada e saída das correntes

3. Variáveis estimadas e/ou calculadas pelo projetista em função


dos parâmetros fornecidos e/ou estimados e da geometria do
trocador.

- h (coeficiente de TC) e U (coeficiente global de TC), W/m²K


- ∆p perda de pressão, Pa
4. Variáveis que dependem da aplicação, recursos e de estimativas
ou restrições quanto ao valor de algum parâmetro anterior.

- Geometria
- Tipo de trocador de calor

Conceitos básicos

NÃO confundir ou trocar os significados de:


Energia Térmica, Temperatura e Transferência de calor

Quantidade Significado Símbolo Unidades (SI)


Energia térmica Energia associada com o U, u kJ, kJ/kg
comportamento microscópico
da matéria
Temperatura Uma forma de avaliar T ºC, K
indiretamente a quantidade de
energia térmica armazenada na
matéria
Transferência de Transporte de energia térmica
calor devido a gradientes de
temperatura
- Calor Quantidade de energia térmica Q J, kJ
transferida em um intervalo de
tempo time ∆t
- Taxa de calor Energia térmica transferida por q W, kW
unidade de tempo
- Fluxo de calor Energia térmica transferida por q” W/m², kW/m²
unidade de tempo e área de
superfície
Equação de projeto térmico de trocadores de calor

q = UATml

q – taxa de transferência de calor, W


A – área de troca térmica, m²
∆Tml – diferença média de temperatura entre os fluidos, ºC ou K
U – coeficiente global de transferência de calor, W/m²K
UA – condutância térmica, W/K

Indica os fenômenos de transferência de calor condução e


convecção em um trocador de calor.

1. Taxa de transferência de calor - q

Por relações da termodinâmica - balanço de energia na corrente de


fluido.
Relacionam a taxa de calor com as variações de entalpia para
sistemas abertos e não adiabáticos com simples correntes de
fluidos.

Troca de calor sensível – monofásico

 cp T
q=m

Troca de calor latente – bifásico (vaporização ou condensação)

 ilv
q=m
1. Um trocador de calor duplo-tubo deve aquecer água de 20 a 80 ºC e a
uma taxa de 1,4 kg/s, com uma corrente de óleo a 140 ºC e vazão mássica
de 2 kg/s.
a) Determine a taxa de calor trocado e a temperatura de saída do óleo.
b) Variar a vazão mássica do óleo e verificar a temperatura de saída e taxa
de calor trocado. Plotar a variação

2.Vapor d´água de uma central termo-elétrica é condensado a uma pressão


de 3,3 bar por uma corrente de água de um lago nas proximidades. A água
entra no condensador a 15 ºC e deixa o equipamento a 25 ºC. A vazão de
água é de 1800 L/min.
a) Qual a taxa de calor transferido?
b) Qual a taxa de condensação do vapor?
2. Coeficiente Global de Transferência de Calor – U

Resistências térmicas de convecção e condução (tubo)

1
UA =
re
ln
1 ri 1
+ +
h i Ai 2.kL h e A e

- Produto UA – condutância térmica:

Uf Af = Uq Aq

- Cálculo do U: Depende de estar baseado na área superficial do lado


frio ou do lado quente

Uf  Uq Af  Aq
Para trocadores de calor a área de referência costuma ser dimensionada
como a externa

1. Coeficiente Global Limpo (UL): se aplica somente a superfícies limpas e


sem aletas

Para trocadores tubulares:

1
UL 
 re 
Ae ln 
Ae  ri  1
 
hi Ai 2kL he

- quando a espessura da parede for pequena e a condutividade térmica for


alta, a resistência do tubo pode ser desprezada:
1
UL 
1 1

hi he

2. Resistência controladora

Com relação aos termos da convecção: <h  >R


Controla o tamanho do trocador

Pode-se: - usar tipo diferente de trocador de calor


- mudar o projeto nas condições de operação
- usar superfícies com aletas no lado da resistência controladora
(ex: no lado do gás - <h)

Processo 2
h (W/m K)
Convecção Natural
Gases 2-25
Líquidos 50-1000
Convecção Forçada
Gases 25-250
Líquidos 50-20.000
Convecção com mudança de fase 2.500 – 100.000

3. Fatores de incrustação

Durante a operação normal as superfícies do trocador de calor ficam


sujeitas:

- a incrustações de impurezas dos fluidos


- à formação de ferrugem e outras reações sobre as superfícies de
troca térmica
Este efeito é tratado introduzindo uma resistência adicional no cálculo de U.

4.Coeficiente Global de Projeto ( ou sujo)

- Dimensionamento maior do que o inicial para que cumpra a função


desejada durante um certo tempo de serviço

1
UP 
 re 
Ae ln 
Ae R fi Ae  ri  1
    R fe
hi Ai Ai 2kL he

Ou

1
UP 
 re 
Ae ln 
Ae  ri  1
  Rf
hi Ai 2kL he
Rf - Fator de Incrustação deve ser estimado de tabela de valores padrão ou
da experiência

Durante a operação o valor da incrustação cresce de zero (superfície limpa)


até o valor de tabela, à medida que os depósitos se acumulam.

Tabela 1 - Fatores de Incrustação - Rf (m2 K/W)


Temperatura do Meio Até 115 C 115 - 205 C
de Aquecimento
Temperatura água <= 50 C > 50C
Velocidade água <=1 m/s > 1 m/s <= 1 m/s > 1 m/s

Tipos de água
Destilada 0,0001 0,0001 0,0001 0,0001
Do Mar 0,0001 0,0001 0,0002 0,0002
Salobra 0,0004 0,0002 0,0005 0,0004
Potável ou de poço 0,0002 0,0002 0,0004 0,0004
De Rio 0,0005 0,0004 0,0007 0,0005
Dura 0,0005 0,0005 0,0009 0,0009
Alimentação caldeira 0,0002 0,0001 0,0002 0,0002

Líquidos
Gasolina líquida, oleo, gás liquefeito de petróleo 0,0002 - 0,0004
Óleos vegetais 0,0005
Soluções básicas 0,0004
Refrigerantes, amônia 0,0002
Metanol, etanol e soluções de etilenoglicol 0,0004

Gases
Natural 0,0002 - 0,0004
Vapores de solventes 0,0002
Vapor d’água (sem presença de óleo) 0,0001
Vapor d’água (com presença de óleo) 0,0003 - 0,0004
Ar comprimido 0,0002
Amônia 0,0002

- Não se estabelece qual o período contínuo de operação para alcançar


estes valores

- Não faz distinção nos fatores de depósitos para o lado do casco e o lado
dos tubos

- Não faz menção quanto a influência do arranjo dos tubos e o passo entre
eles.
Tabela 2 - Valores representativos do Coeficiente Global de T.C. - U

Fluido Quente Fluido Frio U (W/m2K)


Água Água 1000 - 2500
Amônia Água 1000 - 2500
Gases Água 10 - 250
Orgânicos leves Água 370 - 730
Orgânicos pesados Água 25 - 370

Vapor d’água Água 1000 - 3500


Vapor d’água Amônia 1000 - 3500
Vapor d’água Gases 25 - 250
Vapor d’água Orgânicos leves 500 - 1000
Vapor d’água Orgânicos pesados 30 - 300

Orgânicos leves Orgânicos leves 200 - 400


Orgânicos pesados Orgânicos pesados 50 - 200
Orgânicos leves Orgânicos pesados 50 - 200
Orgânicos pesados Orgânicos leves 150 - 300

Orgânicos Leves
Líquidos orgânicos com viscosidade abaixo de 0,0005 kg/sm

Orgânicos Pesados
Líquidos orgânicos com viscosidade superior a 0,001 kg/ms

5. Superfícies com aletas

Montadas nas superfícies expostas a um dos fluidos ou a ambos


- aumentam a área superficial
- diminuem a resistência à transferência de calor convectiva

T T
q  UAT  
R 1
 Rcond 
1
hi he
<R  >q - condução tem pouca influência
- convecção controladora
R 
1
UA - aumentar a área da superfície na qual ocorre a
convecção com o uso de aletas que se estendem da
superfície ao fluido

q  hAT  s ( Tb  T f )

onde AT = área total de transferência de calor (área da base sem aletas +


área das aletas)

AT= Ab+Aa
s = eficiência da superfície aletada (arranjo de aletas + superfície
base onde elas estão)
Tb - Tf = diferença de temperatura entre a base e o fluido

1
UA =
1 R fi 1 R fe
+ + Rcond + +
h i (A i si ) (A i si ) h e (A e se ) A e se

qT ( qb  qa )
s  
hAT ( Tb  T f ) q max

A
 s  1  a ( 1  a )
AT

a = eficiência da aleta, a partir de equações e gráficos


Para aleta com seção uniforme e convecção na extremidade:

tgh( mLc )
a  2h
mLc onde: m  kt

k, condutividade térmica; t, espessura da aleta; h, coeficiente de T.C.


Lc é o comprimento corrigido

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