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40 85
75
30
55
y 0 = -0,055x 2 + 4,36x - 10,94 (R2 = 0,90**)
45
20 2
y = 42,16 - 0,458x (r = 0,91**) y 6 = -0,076x 2 + 6,01x - 45,02 (R2 = 0,95**)
35
y 12 = -0,065x 2 + 4,99x - 21,97 (R2 = 0,93**)
25
10
15 22 29 36 43 50
15 22 29 36 43 50 Colheitas (DAF)
Colheitas (DAF)
Figura 1. Valores médios de umidade (%) das sementes de arroz, Figura 3. Valores médios de germinação (%) de sementes de arroz,
cv. BRS Roraima, colhidas em diferentes épocas, em cv. BRS Roraima, colhidas em seis épocas e
Cantá, RR. armazenadas por 0, 6 e 12 meses, em Boa Vista, RR.
colheita (20,62%), porém, com tendência de redução buído à cultivar de arroz e aos processos de pós-
no rendimento de grãos inteiros (Figura 3). Steffe et colheita (Juliano & Duff 1991).
al. (1980) relataram que as variedades de arroz Infeld & Silveira Júnior (1984) determinaram
testadas na Califórnia alcançavam o rendimento os pontos de colheita para quatro cultivares de arroz,
máximo de grãos inteiros quando o conteúdo de na região de Pelotas, Rio Grande do Sul. Verificaram,
umidade encontrava-se um pouco acima daquele em para a cultivar Lebonnet, rendimento máximo de grãos
que ocorre o máximo de produtividade, como foi inteiros (64,9%) aos 34 DAF, com teor de água de
constatado na presente pesquisa, com a cultivar "BRS 18,5%. O rendimento máximo para a cultivar
Roraima" (Figuras 1 e 3). Bluebelle ocorreu aos 38 dias, com teor de água de
O rendimento de grãos inteiros apresentou 19,5%. Estes períodos são próximos aos obtidos para
tendência polinomial crescente, dos 15 aos 39 DAF, a cultivar BRS Roraima, na presente pesquisa. No
e, a partir daí, permaneceu estável até os 43 DAF entanto, esta cultivar apresentou maior percentual de
(Figura 3). Os menores valores foram observados grãos inteiros, variação que pode ser atribuída à
entre 15 e 22 DAF, o que pode ser atribuído à característica própria da cultivar (Juliano & Duff
imaturidade, formação incompleta e gessamento dos 1991).
grãos (Lago et al. 1991, Castro et al. 1999). O É importante observar que o retardamento da
aumento de grãos quebrados, ocorrido entre 43 e 50 colheita de arroz, com o objetivo de colher material
DAF, foi causado, possivelmente, pelo tempo mais seco e demandar menos gastos com mão-de-
excessivo que as sementes permaneceram no campo, obra e energia na secagem, pode ser anti-econômico,
após a maturação completa, podendo, ainda, ser atri- se as perdas decorrentes da quebra de grãos e a
desvalorização do lote sobrepujar os ganhos oriundos
do menor custo de secagem. Chuvas na colheita e
7000 26 outros fatores adversos durante o armazenamento
PROD
M1000S das sementes, dependendo das propriedades das
6000
22 sementes, podem também resultar em maior ou menor
PROD (kg ha-1 )
M1000S (g)
Vigor (%)
para 29 DAF, quando praticamente se estabilizou, até 60
a quinta colheita, tendendo a reduzir-se, a partir daí,
até a colheita aos 50 DAF (Figura 3). 40
Um comportamento polinomial quadrático dos
valores médios percentuais de germinação e de vigor 20
15 22 29 36 43 50
das sementes (Figuras 4 e 5) foi verificado durante o Colheiras (DAF)
período de armazenamento em laboratório.
Imediatamente após a colheita (zero mês), as Figura 5. Valores médios da primeira contagem de germinação
percentagens de germinação foram semelhantes em (vigor) de sementes de arroz irrigado, cv. BRS Roraima,
colhidas em seis épocas e armazenadas por 0, 6 e 12
todas as épocas avaliadas, com destaque para o
meses, em Boa Vista, RR.
período de 29 a 50 DAF (Figura 4). O vigor das
sementes apresentou tendência decrescente, em
função das épocas de colheitas realizadas (Figura 5). durante o armazenamento, verificaram-se, ainda,
Gonçalo & Maciel (1975), estudando a maturação baixos percentuais de sementes dormentes.
do arroz 'EEA-404', em Pelotas (RS), verificaram, As sementes, nas duas primeiras colheitas,
aos 22 dias após a antese, valores de vigor próximos apresentaram boa viabilidade (Figura 5), porém menor
de 90%. Porém, pontos máximos simultâneos para armazenabilidade, quando comparadas às demais,
germinação, vigor e peso seco foram obtidos aos 36 sendo, portando, mais frágeis. No entanto, a
dias. germinação foi semelhante à das sementes colhidas
As sementes colhidas aos 15 DAF e nos aos 43 e 50 DAF, aos doze meses de armazenamento
períodos subseqüentes apresentaram ótima armaze- (Figura 4).
nabilidade, com germinação entre 87% e 95%, após As sementes colhidas aos 29 DAF tiveram alta
doze meses de armazenamento (Figura 4). Nesta qualidade fisiológica, porém, apresentaram
época, verificou-se tendência de perda maior de produtividade de sementes inferior (Figura 2) à dos
qualidade nas sementes colhidas a partir de 43 DAF. períodos imediatamente subseqüentes (36, 43 e 50
A secagem realizada nas sementes, logo após a DAF). Sementes provenientes da colheita realizada
colheita, pode ter contribuído (Bewley e Black 1994) aos 50 DAF tiveram também bom desempenho
ou ser característica fisiológica não manifestada pela produtivo, mas com tendência de decréscimo no
cultivar; ou, ainda, uma resposta às condições de rendimento de grãos inteiros. Já a qualidade fisiológica
cultivo e/ou armazenamento a que foram submetidas teve decréscimo mais acentuado, sendo comparati-
as sementes. Ademais, tanto na colheita, como vamente mais prejudicada do que o rendimento de
grãos aos 50 DAF.
100 O comportamento insatisfatório dessas
0
sementes, ainda imaturas e mal formadas, ou com
6
95 retardamento de colheita (50 DAF), resultando em
12
maior fragilidade (Castro et al. 1999) durante o
Germinação (%)