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Direito Tributário

Imunidades Tributárias
Direito
Tributário

Imunidades Tributárias

Nathalia Correia Pompeu

Editora

1a Edição / Abril / 2013


Impressão em São Paulo - SP
Direito Tributário
Coordenação Geral Nelson Boni

Coordenação de Projetos Leandro Lousada

Professor Responsável Nathalia Correia Pompeu

Projeto Gráfico e Diagramação Erick Genaro

Capa Wagner Boni

Revisão Ortográfica e Coordenação


Pedagógica de Cursos EaD Célia Ferreira Pinto

1ª Edição: Abril de 2013


Impressão em São Paulo/SP

Copyright © EaD KnowHow 2011


Nenhuma parte dessa publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a
prévia autorização desta instituição.

P788d Pompeu, Nathalia Correia.


Direito tributário. / Nathalia Correia Pompeu. – São
Paulo : Know How, 2012.
168 p. : 21 cm.

Inclui bibliografia
ISBN

1. Direito tributário. 2. Princípio constitucional.


3. Imunidade tributária. 4. Tributos. 5. Brasil. I. Título.

CDD 343.04

Catalogação elaborada por Glaucy dos Santos Silva - CRB8 / 6353


Sumário

Capítulo 1 Imunidades Tributárias 47

4.1. Imunidades, isenção e não-incidência


4.2. Imunidade recíproca – art. 150, VI, a
4.3. Imunidade dos templos de qualquer culto – art. 150, VI, b
4.4. Imunidade dos partidos políticos, dos sindicatos, das
4.4. instituições educacionais e assistenciais – art. 150, VI, c
4.5. Imunidade dos livros e correlatos – art. 150, VII, d
4.6. Demais imunidades da CRFB
Síntese do capítulo
Jurisprudência sobre o tema
Questões

Gabarito 165

Referências Bibliográficas 167


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CAPÍTULO 1
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS

Para iniciarmos o capítulo de imunidade tributária, oportuno lembrar dois prin-


cípios tributários que estão intrinsecamente ligados a esse instituto tributário, o princípio
da igualdade e da capacidade contributiva.

Princípio da Igualdade ou Isonomia Tributária (art. 150, II, CF/88)


O Princípio da Igualdade Tributária proíbe distinções arbitrárias, entre contri-
buintes que se encontrem em situações semelhantes.
Luciano Amaro relata que “nem pode o aplicador, diante da Lei, discriminar,
nem se autoriza o legislador, ao ditar a lei a fazer discriminações. Visa o princípio à ga-
rantia do indivíduo, evitando perseguições e favoritismos”.
Para contribuintes que estão em situações distintas é permitido tratamento tribu-
tário diferenciado, como ensina Hugo de Brito Machado:

“Não fere o princípio da igualdade, antes o realiza com absoluta adequação, o


imposto progressivo. Realmente, aquele que tem maior capacidade contributiva deve
pagar imposto maior, pois só assim estará sendo igualmente tributado. A igualdade
consiste, no caso, na proporcionalidade da incidência à capacidade contributiva, em
função da utilidade marginal da riqueza.”

Princípio da Capacidade Contributiva – art. 145, § 1.º


Esse princípio preceitua que, sempre que possível, os impostos terão caráter pes-
soal e serão graduados em razão da capacidade econômica do contribuinte. Em suma,
paga mais impostos, quem mais pode pagar.
A maioria dos princípios diz respeito a tributos em geral. Já, o Princípio da Capa-
cidade Contributiva expressamente se refere apenas a impostos, assim entende a doutri-
na baseada na estrita legalidade – interpretação literal ao texto de Lei.
Apesar disso, parte da doutrina considera a capacidade contributiva um princípio
informador de todo o sistema tributário e, portanto, dos tributos em geral.

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O STF, contudo, já decidiu que taxa de serviços não pode ser graduada em razão
da capacidade contributiva. Assim, o Sílvio Santos tem que pagar mais impostos que o
homem comum, mas não mais taxa de coleta de lixo.

A capacidade pode ser entendida de 2 formas:


1. Capacidade subjetiva: quando leva em consideração aspectos pessoais do
sujeito passivo. É necessário conhecê-lo para determinar o valor do imposto. Exemplo:
o IR é desta forma graduado. Deve-se determinar não só a renda da pessoa, mas suas
despesas médicas, seus dependentes etc.
2. Capacidade objetiva: quando é considerada, apenas, a dimensão econômica
do fato gerador, independentemente do sujeito passivo (exemplo: IPTU, IPVA).
Há impostos, ainda, que não atendem à capacidade contributiva, simplesmente
por não ser possível. Exemplo: o IPI e o ICMS. A carga tributária destes impostos é a
mesma sobre um quilo de sal, independentemente do consumidor.

A capacidade pode ser aferida por meio de 2 critérios:


1. Proporcional: dá-se quando a alíquota é constante, independentemente da
base de cálculo. Exemplo: uma alíquota de 10% sobre uma base de cálculo de R$1.000,00,
R$10.000,00 ou um milhão de reais etc.
2. Progressivo: é aquele em que a alíquota aumenta à medida que aumenta a base
de cálculo. Exemplo: IRPF, cuja alíquota aumenta de 15% para 27,5%.
A progressividade, segundo o STF, só pode ser aplicada quando expressamente
prevista na CF (exemplo: IR, ITR, atualmente o IPTU, isso a partir da EC 29/00).

1.1. Imunidades, isenção e não-incidência

A isenção tributária decorre de Lei e de acordo com o art. 175 do Código Tribu-
tário Nacional – CTN é definida como forma de exclusão do crédito tributário.
Parte da doutrina a considera como dispensa legal do tributo. Todavia, outra
parte tem o entendimento de que a isenção é uma forma de exclusão de parcela das hi-
póteses de incidência da norma tributária.
Diferente da imunidade, que é realmente uma forma de não incidência consti-
tucional do tributo, tendo em vista que impede que uma norma legal defina como fato
gerador as matérias tratadas no rol da CFRB.
Dessa forma, se não há previsão legal de incidência das matérias imunes, não se
admite a ocorrência do fato gerador, por simples ausência de previsão legal, e conse-
quentemente a formação da obrigação tributária principal.

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Já na isenção, não se impede a instituição de tributo sobre os fatos previstos na
norma isentiva. Assim sendo, por expressa previsão legal, tem-se a ocorrência do fato
gerador e, consequentemente, a formação da obrigação tributária e, posteriormente, o
seu crédito, que, por sua vez, é então excluído.
A imunidade, por sua vez, é oriunda de uma determinação constitucional para
que seja vedada a instituição de impostos tocantes a determinadas pessoas ou situações.
Esta clássica colocação refere-se apenas às imunidades previstas no art. 150, VI, da CF,
pois, em alguns outros dispositivos constitucionais percebemos hipóteses de imunidade
relativas a contribuições e até em relação a taxas.
A Constituição proíbe que o legislador ordinário inclua determinadas situações
na hipótese de incidência de um tributo, influenciando, portanto, na competência tribu-
tária. É, na verdade, exclusão da competência tributária dos entes federados.
Na imunidade, sequer teremos a incidência do tributo, já que não cogitaremos
nem da ocorrência de fato gerador.
Assim, o legislador ordinário municipal, por exemplo, ao instituir a Lei referente
ao IPTU, que é da sua competência, já está previamente desautorizado a determinar que
o imposto incida sobre um templo de qualquer culto; está proibido de fazê-lo, tendo,
assim, sua competência limitada.
Distingue-se a imunidade da isenção, por esta última se originar de uma determi-
nação contida numa Lei Ordinária, e, não na Constituição. A Lei instituidora da isenção
retira parte da hipótese de incidência da regra criadora do tributo, o que, para boa parte da
doutrina, impossibilitaria a concretização do fato gerador. Entretanto, pela sistemática
do CTN, aceita pelo STF, ocorrendo a isenção, haveria o fato gerador e, consequen-
temente, a incidência do tributo, ficando impedido o ente tributante, todavia, de constituir
o crédito tributário, não podendo, desta forma, cobrar o cumprimento da obrigação que
surgiu – é uma exclusão da possibilidade do sujeito ativo constituir o crédito tributário.
No caso de isenção não houve nenhuma limitação constitucional à com-
petência do ente, ao contrário, foi tão plenamente exercida, que o tributante pôde se
utilizar da faculdade de dispensar o pagamento do tributo de certas pessoas ou sobre
determinados fatos. O que há, segundo o CTN, é a exclusão do crédito tributário.
Distingue-se a isenção da não-incidência, pois no caso desta última não há
fato gerador, não há incidência e não surge, portanto, obrigação tributária. Já na isenção,
há o fato gerador, há a incidência: o que não há é a constituição do crédito tributário da
Fazenda Pública referente àquela obrigação do sujeito passivo.
Por fim, oportuno também destacar que existem duas teorias para explicar o con-
ceito de imunidade: imunidades são limitações da competência para: a) proteger valores;
b) também porque houve exaurimento da capacidade contributiva.
A palavra exaurimento causa-nos estranheza, porém, pagamos tributos com o
fim de contribuir com o Estado, existem, de acordo com a Constituição, algumas pesso-

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as, alguns bens ou algumas situações, que é inato a eles contribuir para com a sociedade,
de outras formas. Exemplo: a entidade assistencial não precisa contribuir com dinheiro,
visto que trabalha fazendo a caridade e, assim sendo, já exauriu, já cumpriu a sua capa-
cidade contributiva.
Essas imunidades que existem por causa de valores ou ainda por aquelas pessoas
que já têm capacidade contributiva demonstrada por outra forma, elas (as imunidades)
têm que serem obedecidas por todas as normas e por todas as leis abaixo da Consti-
tuição. Ou seja, as leis devem servir para colocarem em prática a imunidade, mas na
verdade, nem sempre isso acontece. Exemplo: na imunidade a entidade assistencial e a
instituições de educação, no texto da constituição diz que é concedida a imunidade desde
que atendidos os requisitos da Lei. Vem o CTN e diz não pode distribuir as suas rendas a
qualquer título, seja para contratar gestor, advogado ou qualquer coisa, isso é muito vago,
muito genérico e dá margem a poda da imunidade.
Pergunta: o CTN, com relação a esse artigo, é inconstitucional? Resposta: neste
caso, se nós entendermos que esse artigo é uma poda, é inconstitucional ou então, pode-
mos dar a esse artigo uma interpretação constitucional. Seja: o artigo 14, I do CTN deve
ser entendido como proibição da Distribuição Disfarçada de Lucro (DDL). Por exem-
plo: a título de remunerar alguém, na verdade está entregando dinheiro a esse alguém.
São casos de simulação. Isso é proibido na imunidade.
Isto porque imunidade é o impedimento que a Constituição faz à competência,
é uma limitação à competência ou ainda, é o impedimento que a própria Constituição
faz na tributação.
Em virtude de sua importância, o tema é tratado como Princípio da Imunidade por-
que é uma regra que limita o poder de tributar, portanto é uma norma do Sistema Tributário.
Temos que lembrar que imunidade, tanto nas questões da teoria: proteger valores
ou do exaurimento da capacidade contributiva, quanto na questão prática, onde temos
que lembrar, em termos de graduação que, a imunidade está na Constituição, não se trata
de isenção, e não aparece a palavra imunidade “nunca”.
Todas as imunidades existem para proteger valores e, as leis tributárias devem
cuidar dos detalhes, mas não podem podar ou impedir a imunidade.
Conceito tradicional de imunidade: não-incidência qualificada na Constitui-
ção Federal de 1988.
Conceito moderno: regra constitucional que mutila a competência tributária ao
suprimir certos fatos, pessoas ou coisas, precisamente, determinados. Não há, por-
tanto, imunidades implícitas.
A doutrina em geral interpreta as regras de imunidade de forma extensiva. Já, o
STF interpreta de forma restritiva.
Enquanto a maioria dos princípios diz respeito a tributos, a maioria das imunida-
des refere-se a impostos.

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1.2. Imunidade recíproca – art. 150, VI, a

É proibido às pessoas políticas instituir impostos sobre patrimônio, renda e ser-


viços umas das outras.
A União não pode, por exemplo, instituir e cobrar IR dos Estados. Os Estados não
podem instituir IPVA sobre os Municípios, e nem os Municípios o IPTU sobre a União.
Segundo o STF a União também não pode exigir o IOF das outras pessoas políticas.
Uma pessoa imune quando adquire um produto não é o contribuinte de direito
do IPI e do ICMS, mas tais impostos encarecem o produto e, portanto, afetam o pa-
trimônio da pessoa política, por isso parte da doutrina considera que a imunidade os
alcança e, portanto, afastam essa hipótese.
Esta, porém, não é a posição do STF, segundo o qual a imunidade não afasta os
impostos por mera repercussão econômica.

Atenção
A imunidade refere-se apenas a impostos. Taxas e contribuições podem ser co-
bradas entre as pessoas políticas.
Esta imunidade protege, também, as autarquias e fundações instituídas ou
mantidas pelo Poder Público, mas apenas em relação ao que tiver vinculação com as
suas finalidades essenciais.
A imunidade para a Administração Indireta é condicionada. Já, para a Adminis-
tração Direta é incondicionada.
Pela literalidade da CF/88 a imunidade não protege as empresas públicas e as
sociedades de economia mista.
A doutrina, porém, considera que são imunes as que prestam serviço público, pois,
seriam equiparadas às autarquias. Só não seriam imunes as que atuam na ordem econômica.
E há precedente do STF nesse sentido. Esta Corte considerou a empresa pública
Correios e Telégrafos imunes, acatando essa posição doutrinária.
Outras imunidades de impostos sobre patrimônio, renda e serviços rela-
cionados às finalidades essenciais das respectivas entidades. São imunes:

1.3. Imunidade dos templos de qualquer culto

Os templos de qualquer culto (art. 150, VI, b). Esta imunidade visa a proteger
a livre manifestação religiosa. Todas as religiões ou seitas, sem qualquer discriminação,
desde que tenha relação com a finalidade da igreja.

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Para tornar mais didático o entendimento, observe as seguintes situações:
1. Uma igreja tem um pátio do lado do imóvel principal, onde ocorrem as celebra-
ções e, no momento que não tem o culto, aluga esse pátio para uma terceira empresa. Per-
gunta: será que o dinheiro obtido com essa renda do aluguel do pátio, goza de imunidade?

2. Outra igreja, que arrecada dinheiro dos seus fiéis na venda de produtos reli-
giosos, e com esse dinheiro, a igreja adquire bens do tipo a concessão de um canal de
televisão. Pergunta: será que a renda obtida com esse canal de televisão pode ser objeto
de imunidade?

Tais temas ensejam margens às discussões, mas já existem entendimentos juris-


prudenciais que expressam que na imunidade dos templos religiosos aplicam-se os Prin-
cípios da Razoabilidade, da Proporcionalidade e da Finalidade.

- No caso de a igreja ter alugado o pátio, no momento em que não havia


culto, e ter usado o dinheiro do aluguel para aplicar na própria atividade dela. De
acordo com os Princípios: da Finalidade, da Razoabilidade e o da Proporcionalidade,
essa igreja, tem hoje na jurisprudência, a extensão da imunidade para a renda obtida com
o aluguel do seu estacionamento.

- O que não acontece com a igreja que usou o dinheiro para a concessão de
um canal de televisão, visto que não usou a renda obtida para abrir mais igrejas, e sim
para entrar numa atividade que é eminentemente comercial e lucrativa. Resta claro que a
imunidade foi desqualificada, que é desarrazoado e desproporcional, pois um meio reli-
gioso, algo etéreo, que não material deve utilizar o valor da imunidade que é preservada
aos templos que é a liberdade religiosa.

1.4. Imunidade dos partidos políticos, dos sindicatos, das


instituições educacionais e assistenciais

Os partidos políticos, as fundações, sindicatos de trabalhadores, entidades de


educação e de assistência social sem fins lucrativos e atendidos os requisitos da Lei
(art. 150, VI, c).
A Lei que traz os requisitos, por força de uma interpretação sistemática com o
art. 146 da CF, deve ser complementar. De fato, os requisitos constam do art. 14 do

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CTN, que tem status de Lei Complementar. Os requisitos são:

1. Não distribuir qualquer parcela da renda ou do patrimônio, nem indiretamente;


2. Deve aplicar todos os recursos no País;
3. Deve manter escrituração regular idônea.

Pela Súmula 724 do STF, o patrimônio alugado a terceiros permanece imune se


a renda dos aluguéis for empregada nas finalidades da entidade (exemplo: o prédio de
uma Igreja é alugado para fins comerciais. Se a Igreja utilizar a renda para comprar velas,
o prédio permanece imune ao IPTU).
Pela Súmula 730 do STF, são imunes as entidades fechadas de previdência social
privada, desde que não haja contribuição dos beneficiários. Elas são equiparadas às enti-
dades de assistência social. É o caso de um fundo de pensão criado por uma empresa a
favor de seus empregados, se somente a empresa contribuir para o fundo (o empregado
não deposita nenhum recurso). Pergunta: será que uma entidade assistencial deve traba-
lhar somente no vermelho? O asilo não pode ter lucro?

Vejamos: lucro é a sobra

Receita: Despesas: Lucro:


R$ 100.000,00 R$ 90.000,00 R$ 10.000,00

Toda a instituição, toda a pessoa jurídica e a física precisam ter lucro, caso con-
trário não sobrevivem. Resposta: o asilo pode ter lucro, o que não pode é ter fins econô-
micos, deve ter fim educacional ou assistencial, conforme a entidade. Exemplo: com o
lucro o asilo pode contratar um advogado para fazer o parcelamento, ou um gestor para
que se tenha um melhor resultado.
Vejamos o que o CTN fala no art. 14:

Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9.º é subordinado à ob-


servância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a
qualquer título (Redação dada pela Lcp n.º 104, de 10.1.2001).
O art. 9.º trata das imunidades
Art. 9.º. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

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IV - cobrar imposto sobre:
c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas funda-
ções, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados na Seção II deste Capítulo.
(Redação dada pela Lcp n.º 104, de 10.1.2001).

Pergunta: quer dizer que se o asilo não pode distribuir qualquer parcela do seu patrimô-
nio ou renda? Não pode usar o lucro para contratar um gestor ou um advogado, senão perderá
a imunidade? Resposta: sim. É esse entendimento que a Fazenda tem atribuído ao art. 14, I do
CTN e, esse entendimento viola uma imunidade constitucional que existe para proteger valores.

1.5 Imunidades dos livros e correlatos – art. 150, VII, d

Sobre os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão não inci-
dirão impostos. Esta imunidade afasta os impostos que diretamente incidem sobre estes
produtos, como o II, IE, IPI e o ICMS.
Já, os impostos que não têm relação direta com os produtos, incidem. O livreiro,
portanto, deve pagar o IR, assim como o IPTU da livraria. Estes itens são protegidos in-
dependentemente da natureza de seu conteúdo, porque imunidade visa a garantir a livre
manifestação do pensamento.
O STF já decidiu, por exemplo, que são imunes: lista telefônica, álbum de fi-
gurinhas e revista pornográfica. Já, os produtos que não têm conteúdo algum, não são
imunes, como os cadernos e as agendas.
Com relação aos insumos de produção, a doutrina dominante tem uma posição
extensiva da imunidade. Considera, por exemplo, a tinta de impressão imune. Já, o STF
não, pois considera só o papel imune. Mas, todo o papel que faça parte do processo
produtivo, ainda que não componha o produto final. Por isso, são imunes os filmes e os
papéis fotográficos (Súmula 657 do STF).
A doutrina dominante considera os livros eletrônicos imunes, mas não há juris-
prudência relevante sobre o tema.

1.6. Demais imunidades da CRFB

Imunidade do ouro – art. 153, § 5.º


Sobre o ouro que represente ativo financeiro ou instrumento cambial, não inci-
dirão impostos, exceto o IOF. Esta imunidade não protege a substância em si, mas, sim,

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aquilo que ela representa. Assim, não são imunes o relógio e as joias em ouro.
São imunes as moedas e as barras de investimento em ouro, pois são ativos financeiros.

Imunidade na reforma agrária – art. 184, § 5.º


São “isentas” de impostos federais, estaduais e municipais, as operações de trans-
missão de imóveis desapropriados, para fins de reforma agrária.
Apesar da redação do dispositivo não se trata de uma isenção. Imunidade e isen-
ção são conceitos doutrinários, que às vezes o legislador toma de empréstimo e usa-os
de forma equivocada. Não há isenções na CF. São só imunidades.
A imunidade afasta os impostos que, em tese, poderiam incidir na transmissão da
propriedade imóvel, ou seja, o ITBI e o ITCMD.
Apesar disso, a Lei do IR exclui da incidência o eventual ganho na desapropria-
ção, por força desta imunidade (exemplo: Uma fazenda é adquirida por R$ 100.000,00 e
desapropriada por R$ 250.000,00. Sobre o ganho de R$ 150.000,00 não incide IR.

Imunidade da energia elétrica – art. 155, § 3.º


Sobre a (i) energia elétrica, (ii) serviços de telecomunicação, (iii) derivados de petróleo,
(iv) combustíveis e (v) minerais do País não incidem impostos, exceto o II, IE e ICMS.

Outras imunidades
Há ainda imunidades específicas de certos impostos. Algumas de contribuições e
algumas raras de taxa (exemplo: o inciso LXXIII do art. 5.º estabelece que a ação popular
seja “isenta” de custas judiciais).

SÍNTESE DO CAPÍTULO

- Princípio da Igualdade Tributária - esse princípio veda o tratamento jurídico


diferenciado entre as pessoas sob o mesmo pressuposto fático, bem como o tratamento
isonômico às pessoas que se encontram sob pressupostos de fatos diferentes. É um prin-
cípio voltado ao legislador ordinário, proibindo discriminações tributárias, privilegiando
ou favorecendo determinadas pessoas físicas ou jurídicas.
- Princípio da Capacidade Contributiva - sempre que possível, os impostos terão
caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.
Aplicação prática deste princípio encontra-se na alíquota progressiva, presente no im-
posto de renda, no imposto sobre a propriedade territorial urbana, no imposto sobre a
propriedade territorial rural etc.
- Imunidades - é a renúncia fiscal ou vedação de cobrança de tributo estabelecida

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em sede constitucional, ou seja, ainda que o termo utilizado na Constituição seja isenção,
como é o caso de contribuições para a Previdência Social (art. 195, § 7.º), na verdade
trata-se de imunidade. O que significa a vedação da cobrança de tais tributos mediante
edição de leis complementares ou ordinárias, muito menos, como só acontecer nestas
plagas, por portarias ou ordens de serviços de órgãos burocráticos do Estado.

4.6. Demais imunidades da CRFB

EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE COLETA DE


LIXO: BASE DE CÁLCULO. IPTU. MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS, S.P. I. - O
fato de um dos elementos utilizados na fixação da base de cálculo do IPTU - a metra-
gem da área construída do imóvel - que é o valor do imóvel (CTN, art. 33), ser tomado
em linha de conta na determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo, não quer dizer
que teria essa taxa base de cálculo igual à do IPTU: o custo do serviço constitui a base
imponível da taxa. Todavia, para o fim de aferir, em cada caso concreto, a alíquota uti-
liza-se a metragem da área construída do imóvel, certo que a alíquota não se confunde
com a base imponível do tributo. Tem-se, com isto, também, forma de realização da
Isonomia Tributária e do Princípio da Capacidade Contributiva: C.F. artigos 150, II,
145, § 1.º II. - R.E. não conhecido (STF RE 232393 / SP).
Comentário: neste julgado, o STF ensina que o proprietário de imóvel com área
maior, tem também maior capacidade contributiva. Da mesma forma, agasalha o Princí-
pio da Isonomia Tributária que admite diferenciações de tratamento entre contribuintes
em situação desigual.
APELAÇÃO CÍVEL AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA
DE RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA IPTU. Progressividade Inexistência
de irregularidade após a Emenda Constitucional n.º 29/2.000 - A progressividade
do imposto predial não afeta a capacidade contributiva ou fere os Princípios da
Isonomia - Recurso improvido.
APELAÇÃO CÍVEL MANDADO DE SEGURANÇA IPTU. Progressivi-
dade Inexistência de irregularidade após a Emenda Constitucional n.º 29/2.000 - A
progressividade do imposto predial não afeta a capacidade contributiva ou fere os
Princípios da Isonomia. Honorários advocatícios em favor da Fazenda Municipal fi-
xados de forma equitativa, nos termos do artigo 20, § 4.º do Código de Processo Civil
Possibilidade Precedentes do STJ - Recursos improvidos (TJ/SP APEL. 9064006-
53.2006.8.26.0000).

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“A capacidade contributiva afere-se através de critério objetivo, ou seja, o valor
do próprio bem, de modo que os termos da Lei Municipal questionada não ferem o
princípio referido.”

Sobre o tema, indispensável à leitura do que escreveu ROQUE ANTÔNIO


CARRAZZA, in Curso de Direito Constitucional Tributário, 8.ª ed., Malheiros:

“... as leis que criam in abstracto os impostos devem


estruturá-los de tal modo que suas alíquotas variem
para mais, à medida em que forem aumentando suas
bases de cálculo. Assim, quanto maior a base de cálculo
do imposto, tanto maior deverá ser sua alíquota.
...
A capacidade contributiva à qual alude a Constituição e
que a pessoa política é obrigada a levar em conta, ao
criar, legislativamente, impostos de sua competência, é
objetiva e, não, subjetiva. É objetiva porque se refere,
não às condições econômicas reais de cada
contribuinte, individualmente considerado, mas às suas
manifestações objetivas de riqueza.” (pp. 60 e
seguintes)

IPTU - ASSOCIAÇÃO FILANTRÓPICA SEM FINS LUCRATIVOS - IMU-


NIDADE CARACTERIZADA - TAXA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIA-
RES - MUNICÍPIO DE SÃO PAULO - LEGALIDADE.
Tratando-se de garantia constitucional, a aplicação da imunidade é imediata, o
que implica na presunção relativa quanto à ocorrência das exigências constitucionais.
A imunidade tributária (art, 150, VI, da CF) é aplicável a impostos, não alcançando as
taxas. E legal a taxa de resíduos sólidos domiciliares do Município de São Paulo, pois de
acordo com a súmula vinculante n.º19, do C. STF são específicos e divisíveis os serviços
públicos de remoção, tratamento e destinação de lixo ou resíduos provenientes de imó-
veis, desde que essas atividades estejam completamente dissociadas de outros serviços
públicos de limpeza realizados em benefício da população em geral. RECURSO IM-
PROVIDO E REEXAME NECESSÁRIO-PROVIDO EM PARTE.
Nesse sentido, por inteligência, o C. STF já decidiu que: "A imunidade tribu-
tária recíproca - CF., art. 150, VI, "a" somente é aplicável a impostos, não alcançando

- 17 -
as taxas" (STF – 2.ª Turma - RE 364202 - rei. Min. Carlos Velloso – J. 05/10/2004).
Assim, é possível a cobrança das taxas, desde que sejam preenchidos os requisitos le-
gais e constitucionais.

QUESTÕES

1. Consoante o Princípio da Igualdade Tributária, é vedado conferir tratamento desigual


a contribuintes que se encontrem em situação equivalente. No texto constitucional, são
enumerados critérios em razão dos quais é proibida a distinção de tratamento tributário.
Entre esses critérios não estão incluídos:

a) direitos decorrentes de diferentes ocupações profissionais.


b) direitos decorrentes da ocupação de diferentes funções públicas.
c) rendimentos decorrentes de diferentes ocupações profissionais.
d) rendimentos decorrentes de diferentes nacionalidades.

2. Acerca do Sistema Tributário Nacional, assinale a opção incorreta.

a) Fere preceito constitucional a instituição de taxa sobre serviços de engenharia pres-


tados por particulares.
b) Caso seja criado um território federal, caberá à União instituir o IPVA sobre os veí-
culos licenciados no referido território.
c) Todos os impostos instituídos pela União têm caráter pessoal e são graduados segun-
do a capacidade econômica dos contribuintes.
d) As contribuições de intervenção no domínio econômico instituídas pela União não
incidirão sobre receitas decorrentes de exportação.

3. A norma constitucional que veda aos entes federativos a instituição de impostos sobre
templos de qualquer culto representa:

a) anistia tributária.
b) remissão tributária.
c) imunidade tributária.
d) isenção tributária.

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4. O Princípio Constitucional da imunidade recíproca;

a) não se aplica aos municípios, abrangendo apenas a União, os Estados e o DF.


b) aplica-se aos entes políticos que exerçam atividade econômica em concorrência com
o particular.
c) não se aplica aos impostos diretos, abrangendo apenas os indiretos.
d) é extensivo às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo poder público,
no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades es-
senciais ou às delas decorrentes.

5. Entidade beneficente de assistência social sem fins lucrativos pode gozar desde que
atenda aos requisitos legais de imunidade de:

a) contribuições para a seguridade social, a despeito de ter de pagar impostos sobre


patrimônio, renda e serviços.
b) impostos sobre o patrimônio, renda e serviços, mas não de contribuições para a se-
guridade social.
c) impostos sobre o patrimônio, renda e serviços e de contribuições para a seguridade social.
d) quaisquer impostos, mas não de contribuições para a seguridade social.

6. A Constituição Federal expressamente contempla a imunidade aos templos de qual-


quer culto. Esta imunidade alcança:

a) todos os tributos.
b) todos os impostos.
c) os tributos que incidam sobre patrimônio, renda e serviços relacionados com as fina-
lidades essenciais da entidade.
d) os impostos que incidam sobre patrimônio, renda e serviços relacionados com as
finalidades essenciais da entidade.
e) os tributos que incidam sobre as atividades discriminadas em Lei Complementar.

7. (EXAME OAB 2.010.3 - fev/2.011) - A imunidade recíproca impede que:

a) a União cobre Imposto de Renda sobre os juros das aplicações financeiras dos Esta-
dos e dos Municípios.
b) o Município cobre a taxa de licenciamento de obra da União.

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c) o Estado cobre contribuição de melhoria em relação a bem do Município valorizado
em decorrência de obra pública.
d) o Estado cobre tarifa de água consumida em imóvel da União.

8. (Concurso – Auditor Fiscal da Fazenda Municipal do RJ – mai/2.010). Com relação


respectivamente à isenção, imunidade e à não incidência, é correto afirmar que:

a) a isenção é norma de exceção; a imunidade é limitação legal à competência tributária;


e a não incidência é zona de liberdade fiscal.
b) a isenção é norma que materializa o Princípio da Isonomia; a imunidade, da capaci-
dade contributiva; e a não incidência tem como referencial o Princípio da Legalidade.
c) a não incidência não é via de regra expressa; a imunidade é tácita; e a isenção é literal.
d) a isenção requer interpretação literal; a imunidade, interpretação conforme os fins
constitucionais; e a não incidência normalmente dispensa norma expressa.
e) a não incidência é norma tácita; a imunidade é expressa; e a isenção é presumida.

9. (CONCURSO - Procuradoria Geral do Estado/PA - jan/2.009). De acordo com o


entendimento do Supremo Tribunal Federal. Assinale a alternativa INCORRETA:

a) É inconstitucional a cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas por vio-


lar o artigo 206, inciso IV da Constituição Federal, conforme dispõe súmula vinculante.
b) A imunidade tributária prevista no artigo 150, inciso VI, alínea d, da Constituição
Federal que trata da imunidade dos livros, jornais e periódicos não abrange os filmes e os
papéis fotográficos necessários à publicação dos jornais e periódicos.
c) Não incide ICMS na importação de bens por pessoas físicas ou jurídicas que não seja
contribuinte do imposto.
d) Na entrada de mercadoria importada do exterior, é legítima a cobrança do ICMS por
ocasião do desembaraço aduaneiro.

10. (CONCURSO - Procurador do Município do Recife - PE – jun/2.008). Dentre as


várias diferenças existentes entre imunidade e isenção, é correto afirmar que a imunidade:

a) vem fixada em Lei Complementar e a isenção em Lei Ordinária.


b) pode ser concedida por prazo indeterminado e a isenção pode ser concedida por
prazo certo ou indeterminado.

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c) pressupõe a existência de capacidade tributária e a isenção pressupõe ausência de
capacidade tributária.
d) equivale à incompetência tributária e só pode vir prevista na Constituição e a isenção
pressupõe competência tributária e vem fixada em Lei.
e) só alcança os impostos, e a isenção pode ser concedida para qualquer tributo.

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GABARITO

Capítulo 1

1 - D │ 2 - C │ 3 - C │ 4 - D │ 5 - C │ 6 - D │ 7 - A │ 8 - D │ 9 - B │ 10 - D

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