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2ª Edição D I S C I P L I N A Ciências da Natureza e Realidade

A Hipótese Gaia

Autores

Franklin Nelson da Cruz

Gilvan Luiz Borba

Luiz Roberto Diz de Abreu

aula

10
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Governo Federal
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva

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Editoração de Imagens
Adauto Harley
Carolina Costa

Divisão de Serviços Técnicos


Catalogação da publicação na Fonte. UFRN/Biblioteca Central “Zila Mamede”

Cruz, Franklin Nelson da.


Ciências da natureza e realidade: interdisciplinar/ Franklin
Nelson, Gilvan Luiz Borba, Luiz Roberto Diz de Abreu. – Natal, RN:
EDUFRN Editora da UFRN, 2005.
348 p.

ISBN 85-7273-285-3

1. Meio Ambiente. 2. Terra. 3. Universo. 4. Natureza. 5. Seca. I.


Borba, Gilvan Luiz. II. Abreu, Luiz Roberto Diz de. III. Título.

CDD 574.5
RN/UF/BCZM 2005/45 CDU 504

Copyright © 2007 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou
reproduzida sem a autorização expressa da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

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Apresentação

N
esta aula, você verá como houve uma modificação, ao longo dos séculos, na maneira
de entender o mundo. Se no início predominavam visões fantásticas e mitológicas da
Terra e do universo e depois passamos para uma descrição de um mundo subordinado
aos nossos desejos e do qual éramos donos, hoje, entendemos nosso planeta como um sistema
dinâmico e integrado, com capacidade de responder a modificações em suas partes. Essa
abordagem retoma uma discussão holística conhecida como Hipótese Gaia, muito parecida em
sua abordagem com a do índio Seatle, cuja carta nós já discutimos. As implicações desse novo
olhar é um assunto muito interessante que faz parte da história da ciência e do pensamento
do homem.

Objetivos
Após estudar esta aula, você deverá ser capaz de:

delinear as diferentes formas com que o homem, através


1 da história, tenta entender nosso planeta;

compreender a hipótese Gaia como uma teoria em que a


2 Terra é um sistema vivo e dinâmico.

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Visões de mundo

A
maneira como nós, os seres humanos, entendemos o mundo tem mudado incrivelmente
através dos tempos. O homem primitivo tinha uma visão limitada de tudo. Seu universo
resumia-se às imediações de onde habitava. Com pouco conhecimento sobre os seres
vivos e o meio ambiente que lhe cercava, tinha uma descrição mágica e mítica, como você viu
em nossa primeira aula.

No entanto, nossa espécie sempre se destacou por possuir uma grande curiosidade,
capacidade de experimentação e aprendizado. Quando analisamos as inscrições rupestres,
percebemos um acurado modo de observação e registro da realidade pelos nossos ancestrais,
sendo esse processo o início do acúmulo de conhecimentos sobre o mundo em que vivemos.

Fonte: FRANÇA. Ministère de la Cultere et de la Comunication. La grotte de


lascaux. Disponível em: <http://www.culture.gouv.fr/culture/arcnat/lascaux/en/>.
Acesso em: 10 maio 2005.
Figura 1 – Pintura rupestre encontrada em uma caverna na França, mostrando cena de animais em movimento.
Tais pinturas foram produzidas por nossos ancestais que ali habitaram há milhares de anos, durante
o período Paleolítico.

Atividade 1
Faça um desenho simples da Terra, do sistema solar e de uma pessoa
situada no nordeste brasileiro, de uma no pólo norte e de outra no
pólo sul.

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1.

sua resposta
Com o transcorrer da história, o homem foi formulando prováveis descrições de como o
mundo é e de como funciona. Durante a Antigüidade Clássica, cerca de 1000-500 a.C., nossa
visão de mundo era muito diferente da atual. Imaginava-se que nosso planeta fosse plano!
O pensador grego Anaximandro (c. 610-545 a.C.), considerado o pai da astronomia grega,
achava que sobre a terra, que era um cilindro plano, havia um vento que trazia o calor do fogo
existente no céu. Por outro lado, acertadamente, ele achava que a vida tinha se iniciado no
meio aquático e que o homem descendia de animais de outras espécies.

Posteriormente, Heráclito de Éfeso (c. 510-450 a.C.) formulou o que poderíamos


considerar as bases do evolucionismo ao afirmar que a única coisa constante na vida é a
mudança. No entanto, sua visão de mundo ainda deixava a desejar, coincidindo com a de uma
terra plana. Empédocles (c. 492-430 a.C.) imaginava o mundo como duas esferas: uma interna,
que fazia com que existisse o dia e a noite, e outra externa, onde estavam contidos os astros
que se via no céu. (A Figura 2 mostra como Empédocles imaginava o mundo).

Anaxímenes (c. 525 a.C.) afirmou que a Terra flutuava no ar e que o Sol se escondia
atrás de partes altas da terra, tal como atrás de grandes montanhas. Por isso, tínhamos uma
variação de dia e noite. Uma representação dessa idéia está mostrada na Figura 3. <http://www.perseus.tufts.edu/GreekScience/Students/Ellen/Empedocles.jpg>.

Modelo de duas esferas de Empedocles noite e dia


Fonte: Empedocles double sphere system: day and night. Disponível em:

Acesso em: 10 maio 2005.

Figura 2 – As esferas de Empédocles.

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<http://www.filosofos.net/temas/tema_47/t_47_4_clip_image008_0000.jpg>.
Fonte: Anaximines: the earth floots on air. Disponível em:

Acesso em: 10 maio 2005.


Ù

Figura 3 – O mundo flutuante no ar de Anaxímines.

Aristóteles (384-322 a.C.), um dos maiores gênios que já existiu, imaginava que o
mundo era constituído, na verdade, por três mundos:
 o terrestre (formado pelos quatro elementos: água, terra, fogo e ar);

 o lunar (os astros vistos no céu);

 o celestial ou supra-lunar (divino).


E a sua “física” vai explicar os fenômenos naturais levando em conta esses três mundos,
cada um com suas próprias leis naturais. Por exemplo, ele dizia que o fogo tinha sua chama
sempre subindo porque seu estado natural era o espaço. Uma pedra caía pelo simples fato de
que era esse seu estado natural e, por isso, quanto maior sua massa, maior sua tendência a
permanecer nesse estado. Em conseqüência, ele acreditava que uma pedra mais pesada caía
mais rápido do que uma mais leve (esse engano passou quatrocentos anos para ser corrigido,
e o foi por Galileu).

Mesmo durante a Idade Média, ainda pensava-se que existia o mundo dos mortos abaixo
de nós, o Hades; o Paraíso ou Éden, acima, residência dos deuses e eleitos; e que a terra era
plana e cercada por águas.

<http://nrumiano.free.fr/Images_cg/Anccosm_E.gif>.
Fonte: The mytological world view. Disponível em:

Acesso em: 10 maio 2005.

Figura 4 – Visão mitológica do mundo onde a Terra era plana e envolvida por uma campândula de cristal na qual
estavam fixadas as estrelas.

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Mas, já no final desse período, na Europa, ressurgiu uma das teorias astronômicas mais
belas e eficazes: o sistema geocêntrico ptolomaico. Formulado por Cláudio Ptolomeu (c.100-
170), astrônomo e geógrafo que viveu em Alexandria (lá, trabalhou na famosa biblioteca,
lembra da nossa primeira aula?), esse sistema explica com grande simplicidade e eficiência a
evolução e organização dos astros, tendo sido essa teoria ensinada por mais de dez séculos
(mil anos!). No entanto, erroneamente, colocava a Terra como centro do universo, ao redor
da qual os outros astros giravam.

Em nossa história, posteriormente, existiram alguns grandes cientistas que mudaram


definitivamente nossa forma de entender o mundo: Copérnico, Galileu, Darwin, Freud, Marx
e Nietzsche.

Nicolau Copérnico (1453-1543), em 1543, demonstrou que a Terra gira em torno do Sol
e que não é o centro do universo, derrubando, assim, o geocentrismo e substituindo-o pelo
heliocentrismo. Com essa teoria, inicia-se o processo de conduzir o homem ao seu devido lugar
no cosmos. Essa mudança de referencial da Terra para o Sol representa o que para muitos foi
a primeira grande revolução científica na história da humanidade.

Posteriormente, Galileu Galilei (1564-1642) apontou seu rudimentar telescópio para


o céu, fez observações do Sol, no qual encontrou manchas e, portanto, indícios de que o
mundo supra-lunar de Aristóteles não era tão perfeito (comprando uma grande briga com a
Igreja Católica da época); da lua, onde descobriu vales e montanhas; de outros planetas, onde
descobriu luas (caso de Júpiter); e até da Via Láctea, que revelou-se um berçário de estrelas
muito maior do que o simples céu noturno observado a olho nu. Suas observações e análise
crítica o levaram a adotar o sistema heliocêntrico de Copérnico.

Das revoluções nos céus, passamos agora para as terrestres. Charles Darwin (1809-1882)
derrubou mais um grande mito que nos colocava como o centro da criação, o antropocentrismo.
Com sua teoria da evolução, demonstra a origem animal do homem, a qual descende de seres
tidos, até então, como inferiores, derrubando junto a teoria criacionista cristã.

Outra grande revolução deu-se quando deixamos de ver nosso planeta como algo inerte,
estático, ou seja, como um planeta onde coexistem organismos vivos e uma porção inanimada
e independente formada pelos continentes, montanhas, nuvens e oceanos. Por incrível que
pareça, até o início do século XX era assim que pensávamos.

Aquela forma limitada de ver a Terra foi auxiliada pela separação das ciências em suas
áreas específicas. Os geólogos e biólogos (para ficar só com essas duas especialidades), em
sua maioria, possuíam visões restritas sobre nosso planeta. Do ponto de vista dos geólogos,
a Terra era uma bola de rochas sobre um núcleo líquido, umedecida pelos oceanos e com uma
tênue camada de ar nos isolando do espaço sideral. Já para os biólogos, os organismos vivos
eram entidades isoladas tão adaptáveis que estavam preparados para quaisquer mudanças
materiais que pudessem ocorrer durante a história do planeta.

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Hipótese Gaia
Somente na segunda metade do século XX, após as viagens espaciais, a nossa forma
de ver o mundo sofreu uma modificação muito grande, graças ao surgimento da hipótese
revolucionária chamada de “Hipótese Gaia”. Ela foi formulada por James Lovelock (1919),
químico britânico independente, com doutorado em Medicina e Biofísica.

<http://www.makingthemodernworld.org.uk/stories/the_age_of_
ambivalence/02.ST.06/img/IM.0208_zl.jpg>.
Fonte: James Lovelock. Disponível em:

Acesso em: 10 maio 2005.


Figura 5 – James Lovelock (1919), químico britânico independente com doutorado em Medicina e Biofísica, é o
formulador da Hipótese Gaia.

O nome da teoria foi sugerido pelo escritor britânico William Golding (1911-
1993), amigo de Lovelock, e é o nome da Deusa da mitologia grega Gaia ou Geia,
a personificação da Terra, que representa o elemento primordial do qual saíram as
raças divinas. Nasceu depois do Caos (personificação da vida primordial, anterior
à criação) e antes de Eros (Deus do amor). Sem o auxílio de nenhum elemento
masculino, engendrou o Céu (Urano), as Montanhas e o Mar. Os antigos gregos
consideravam que Gaia possuía o segredo dos destinos.

Apesar de não ter formulado a teoria com James Lovelock, muitos outros cientistas se
referiram ao assunto antes de Lovelock. Entre outros, podemos destacar:

 James Hutton (1726-1797), geólogo escocês, considerado pai da Geologia, em


uma reunião da Royal Society de Edimburgo, afirmou em 1785 que a Terra era um
superorganismo e que a ciência mais adequada a ela era a Fisiologia;

 Yevgraf Maximovitch Korolenco, cientista e filósofo ucraniano independente, que viveu


na Cracóvia, afirmava que a terra é um organismo vivo.

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 Vladimir Vernadsky (1863-1945 – primo de Korolenco), mais tarde notável cientista
soviético, ficava impressionado com a idéia de se pensar a terra como um superorganismo.
Vernadsky é o responsável pela, até então, mais completa teoria sobre a biosfera do nosso
planeta. Realizou estudos de cristalografia, mineralogia e geoquímica, além de trabalhos
sobre cosmoquímica, radiologia, biogeoquímica; esta última, traçando uma interação
entre os solos, oceanos, lagos, rios e a vida que há neles.

Posteriormente, Lewis Thomas (1913-1993), médico norte-americano, sugeriu ser nosso


planeta uma célula, com toda a sua complexidade.

Outro marco no desenvolvimento desse pensamento foi em 1900, com a teoria das placas
tectônicas formulada pelo geólogo, meteorologista e explorador alemão, Alfred Wegener (1880-
1930), afirmando que os continentes movem-se envolta do planeta como cubos de gelo em
um copo. Dessa forma, foi formulada a teoria da deriva continental, isto é, os continentes
não possuíam no passado a conformação como vemos hoje em dia e continuam afastando-se
uns dos outros.

Mas e o nosso James Lovelock, quando começou a pensar sobre o assunto?

Foi na primavera de 1961, quando trabalhou na NASA (Agência Espacial Norte-Americana)


no projeto das sondas Viking, que pretendiam verificar a existência de vida em Marte. Nessa
época, ele chegou à conclusão de que a melhor maneira de se pesquisar a vida em outros
planetas seria estudando a composição química de sua atmosfera, o que se poderia fazer
daqui mesmo da Terra, observando os espectros atômicos do Albedo do corpo celeste a ser
investigado. Sendo assim, não havia a necessidade do envio de sondas espaciais a Marte, visto
que já nessa época se dispunha de telescópios de luz infravermelha, necessários para a análise
de gases atmosféricos. As expedições seriam então desnecessárias. Isso desagradou seus
pares como um desestímulo aos objetivos do projeto. Uma vez realizada a missão espacial em
1975, não foi comprovada a existência de vida em Marte.

Atividade 2
Pesquise na Internet sobre o projeto Viking, tentando descobrir:

a) qual o seu objetivo;

b) que experimentos ele propôs para cumprir seu objetivo;

c) qual o resultado desse projeto.

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1.

sua resposta

Segundo Lovelock, a atmosfera de um planeta onde não existe vida deve estar em
equilíbrio, isto é, todas as reações químicas possíveis já ocorreram e os gases da atmosfera
estão relativamente inertes. Por outro lado, se existe vida, os gases não estão em equilíbrio e
muitas reações acontecem. A exceção seria o início e fim da existência de organismos vivos,
quando poderia haver uma atmosfera em equilíbrio químico mesmo na presença de vida.
Levando isso em consideração, podemos traçar um paralelo entre as atmosferas de
Vênus, de Marte, da Terra atual e primitiva (tabela a seguir). Observe que Vênus e Marte
possuem atmosferas em equilíbrio químico, ricas em dióxido de carbono, com pouco
nitrogênio e praticamente sem oxigênio.
O planeta Terra possui atualmente uma atmosfera rica em nitrogênio, pobre em dióxido
de carbono e com bastante oxigênio, mas no passado, quando ainda não existia vida, possuía
uma atmosfera muito parecida com as dos outros dois planetas.

Tabela 1 – Composição das Atmosferas Planetárias da Terra, de Vênus e de Marte

Gás Vênus Marte Terra sem vida Terra atual


Dióxido de carbono 96,5 98 95 0,003
Nitrogênio 3,5 1,9 2,7 79
Oxigênio Vestígios 0,0 0,13 21
Argônio 70 0,1 1,6 1
Metano (ppm) 0,0 0,0 0,0 1,7

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De acordo com suas composições, Marte, Vênus e a Terra sem vida possuem uma
atmosfera sem reações químicas com um gás caracteristicamente redutor, o dióxido de
carbono (CO2).

A Terra atual, rica em vida, possui uma atmosfera altamente oxidante e reativa devido à
presença de oxigênio (O2). A atmosfera de hoje é constituída por uma rara e instável mistura
de muitos gases, indicando que não está em equilíbrio químico, estando, no entanto, bem
adaptada às necessidades da vida. Por essa óptica, espera-se que exista vida na Terra, o que
todos nós sabemos ser verdade.

Os níveis atuais de oxigênio e dióxido de carbono em nossa atmosfera são ideais. Menos
oxigênio comprometeria a respiração dos seres vivos; mais (por exemplo, 25 ao invés dos
21%), o planeta arderia em chamas espontaneamente. Sem o dióxido de carbono não haveria
a fotossíntese e uma quantidade maior levaria a um aquecimento do mar e da atmosfera. Ao
consumir e exalar esses gases, os seres vivos ajudam a mantê-los em equilíbrio. Lovelock
sugere que a vida em si mantém a composição da atmosfera.

No caso da atmosfera terrestre, foram necessários aproximadamente dois bilhões de


anos para que o nível de oxigênio livre imerso nela atingisse valores próximos ao observado
hoje em dia. Sendo que somente há cerca de 600 milhões de anos, a quantidade de oxigênio
disponível na atmosfera terrestre e nos oceanos tornou-se suficientemente alta, possibilitando
o surgimento dos animais. Foi o surgimento da vida vegetal que possibilitou a produção de
oxigênio em quantidade suficiente para permitir a eclosão de vida animal!

Um novo olhar
Ao voltar o olhar do espaço sideral e dos planetas do sistema solar para a Terra, Lovelock
lançou uma nova forma de ver nosso planeta como até então ninguém havia feito.

A primeira vez que Lovelock expôs essa teoria foi em 1972, em uma nota na revista
Atmospheric Environment, com o título “Gaia vista através da atmosfera”. Utilizou como
embasamento a composição química da atmosfera e seu estado de desequilíbrio químico.
Posteriormente, ele publicou artigos juntamente com a bióloga e evolucionista americana Lynn
Margulis (1938). Em 1979, publicou o primeiro livro sobre o assunto, Gaia, um novo olhar
sobre a vida na Terra. Esse livro começou a ser escrito em 1975, quando o módulo espacial
Viking estava para aterrissar em Marte.

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Fonte: Viking landers. Disponível em: <http://cmex.arc.nasa.gov/CMEX/Viking%20Landers.html>.
Acesso em: 10 maio 2005.
Figura 6 – Foto da sonda Viking envida para marte.

O ponto chave da hipótese Gaia é que esta prevê que o clima e a composição química
da Terra são mantidos em equilíbrio. Nosso planeta age como um sistema que se auto-
regula, sendo estabilizado por mecanismos físicos, químicos, geológicos e biológicos que
interagem para manter o que podemos chamar de homeostasia. Assim, precisamos ver o
planeta Terra como uma entidade complexa envolvendo a biosfera terrestre, a atmosfera,
a hidrosfera e a litosfera. Através de Gaia, a Terra mantém um equilíbrio com condições
relativamente constantes.

Lovelock chamou essa ciência de Geofisiologia, a fisiologia da Terra ou de outro planeta.


Gaia pode ser entendida como o estudo da fisiologia de nosso planeta em que os oceanos
e rios são o sangue, a atmosfera, os pulmões, a terra, os ossos e os organismos vivos, os
sentidos. Podemos imaginar o homem como o sistema nervoso?

Essa teoria deixa de lado a visão de nosso planeta como um monte de rochas resfriadas
na superfície e líquidas em seu interior, como até então se considerava, e a descreve como
uma espécie de superorganismo, que funciona como um sistema dinâmico capaz de regular
a composição atmosférica, o clima e a salinidade dos mares, o que manteria esse sistema
sempre adequado para a vida.

A hipótese Gaia pressupõe que nosso planeta esteja vivo, levando-nos ao conceito de vida.
Essa é uma tarefa difícil. Todos nós sabemos o que ela é, mas como objeto de investigação
científica, que exige uma definição precisa, fica muito difícil de formular.

Segundo o dicionário Aurélio, vida significa: “Conjunto de propriedades e


qualidades graças às quais animais e plantas, ao contrário dos organismos
mortos ou da matéria bruta, se mantêm em contínua atividade, manifestada
em funções orgânicas, tais como o metabolismo, o crescimento, a reação a
estímulos, a adaptação ao meio, a reprodução, e outras; existência...”

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Mas, como definir nosso planeta Terra como uma entidade viva? Lovelock acredita que
o sistema associado de vida e ambiente em Gaia inclui:

 organismos vivos que crescem explorando oportunidades ambientais que apareçam;

 organismos sujeitos às regras da seleção natural, sobrevivendo os mais aptos a se


reproduzirem;

 organismos que afetam o meio ambiente físico e químico. Os animais, através da


respiração, quando inspiram o oxigênio e expiram o gás carbônico e as plantas e algas
fazendo o inverso. E de outras maneiras específicas;

 a existência de restrições e limites para a vida, tais como os fatores: temperatura,


concentração de compostos químicos, entre outros.

Atividade 3

A Terra é um planeta muito especial e, ao compararmos com os outros de

Fonte: VELOSO, Caetano. Terra [letra de música]. Disponível em: <http://www.caetanoveloso.com.br/>. Acesso em: 10 maio 2005.
nosso sistema solar, vemos que ele se destaca por sua diversidade de tons e
movimentos. Girando na imensidão do cosmos, ela nos carrega, nos sustenta
em seu ventre como “uma mãe”. À luz dos conhecimentos adquiridos até agora,
dentro do contexto desta aula, faça uma interpretação do seguinte trecho da
música Terra, de Caetano Veloso, que compôs em 1978, após observar fotos de
nosso planeta tiradas do espaço.

De onde nem tempo nem espaço


Que a força mande coragem
Pra gente te dar carinho
Durante toda a viagem
Que realizas no nada
Através do qual carregas
O nome da tua carne
Terra, Terra
Por mais distante o errante navegante
Quem jamais te esqueceria?

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sua resposta

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Uma analogia interessante para se entender Gaia é levarmos em consideração uma grande
árvore. Nela, cerca de 97% dos seus tecidos estão mortos, as células vivas resumem-se a uma
pequena porção periférica de células ao longo do tronco. Essa situação é similar à litosfera
terrestre, que possui uma fina camada de organismos vivos espalhados ao longo de sua
superfície. Nossa atmosfera protege os tecidos vivos como as folhas da árvore e permite uma
importante troca biológica de gases como dióxido de carbono e o oxigênio. No entanto, as
partes não vivas da árvore são imprescindíveis para a manutenção de sua vida. Dessa mesma
forma, as partes não vivas do nosso planeta estão envolvidas em muitos processos, sugerindo
que toda a Terra é viva como uma grande árvore.

Outro aspecto interessante é em relação à temperatura. Nossos corpos, através


de um conjunto complexo de fatores, verifica e equilibra nossa temperatura corporal em
aproximadamente 37ºC. Por isso, se estamos em um local de baixa temperatura, trememos de
frio para aquecer nosso corpo, e se estamos em um local quente, suamos para resfriar a pele.
Nosso planeta se aquece com a energia do Sol e, como conseqüência, temos o fenômeno do
Albedo. Ele interfere na cor do nosso planeta e em sua capacidade de absorver e refletir luz,
influenciando também em sua temperatura.

Note que a temperatura de uma superfície escura é maior do que de uma superfície clara,
como acontece quando pisamos descalços sobre o asfalto ou sobre uma calçada branca. Isso
ocorre porque superfícies escuras absorvem mais do que refletem os raios do sol, fato que se
dá inversamente nas superfícies claras.

O mundo das margaridas


Numa tentativa de exemplificar como nosso planeta funciona, Lovelock sugere que
imaginemos um mundo em que só existam três formas de vida: margaridas brancas, margaridas
pretas e vacas cinzentas.

As margaridas pretas, devido a sua cor, absorvem mais energia solar e se aquecem
mais rápido do que as margaridas brancas. Imaginemos que o mundo das margaridas esteja
inicialmente muito frio. Nessa condição, as margaridas pretas teriam vantagem biológica
sobre as brancas e cresceriam mais rapidamente, aumentando sua população e escurecendo
a superfície do planeta.

Com a superfície mais escura, o planeta absorve mais energia solar e começa a se aquecer.
O aumento da temperatura faz com que as margaridas brancas comecem a ter vantagem sobre
as pretas e cresçam mais depressa, aumentando sua população. Brevemente, haverá mais
flores brancas do que pretas e a superfície do planeta irá refletir mais energia solar e voltará
a se resfriar. E as vacas? Bem, as vacas estarão sempre comendo as margaridas, sejam elas
pretas ou brancas.

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Segundo Lovelock, esse modelo pode ser representado com muito mais espécies de
matizes intermediários. Mas, sempre obedecerá aos mecanismos adaptativos postulados por
Charles Darwin.

Voltando à Terra, áreas escuras, como montanhas, florestas ou o oceano, tendem a


absorver energia do Sol. Ao contrário, as áreas claras, tal como desertos, áreas nubladas ou
calotas polares, tendem a refletir a energia solar para fora da Terra. Você já percebeu que o
Albedo não é idêntico e constante em todo o planeta? Uma das coisas é que as nuvens auxiliam
na regulação da temperatura global. Quanto mais nuvens, mais luz será refletida pela Terra, a
qual resfriará. Menos nuvens, mais energia solar atinge a superfície terrestre, que esquentará.

Que fatores controlam a


abundância de nuvens?
Quando você estudou o ciclo da água na aula 5, viu a relação existente entre os fenômenos
de evaporação e precipitação da água, sendo as nuvens o elemento intermediário entre esses
fenômenos. Outros aspectos importantes são as frentes frias e os efeitos das chuvas sobre a
camada de nuvens do nosso planeta.

Visto que os oceanos cobrem dois terços da superfície terrestre, eles têm uma
importância fundamental na formação das nuvens e são o principal elemento na regulação da
temperatura do nosso planeta. Principalmente devido à produção do gás carbônico produzido
por organismos marinhos do fitoplâncton, que através do efeito estufa mantém a Terra na
temperatura à qual estamos acostumados. Assim, aumentando artificialmente a quantidade
de CO2, estamos contribuindo para o aumento do efeito estufa e, portanto, para a elevação
da temperatura do planeta.

Atualmente, estamos assistindo a um aumento da temperatura na Terra. Você estudou


isso na aula 8, sobre clima, e deve se lembrar que esse fenômeno é devido à emissão de gases,
principalmente dióxido de carbono, na atmosfera terrestre. Segundo alguns cientistas, esse
aquecimento age como uma armadilha para Gaia: o calor proveniente do efeito estufa gera ainda
mais calor, num círculo vicioso. No entanto, Gaia tem como dar resposta e se adaptar.

14 Aula 10 Ciências da Natureza e Realidade 2ª Edição

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O destino da Terra
Muitos povos já tentaram imaginar, ou mesmo prever, como será o destino do planeta
Terra. Os astecas achavam que o Sol morreu e ressuscitou quatro vezes e que, caso morra
novamente, não mais ressuscitará. Com facas de pedra, os sacerdotes desse povo trinchavam
corações humanos em sacrifícios, tentando manter o Sol e o mundo vivos.

Os indus acreditam que não existe fim, e que a morte é sempre seguida pelo renascer,
sendo o Deus Brama o responsável pela destruição e renascimento. Os antigos islandeses
acreditavam que Odim, ainda jovem, teve a visão de que o mundo terminaria em uma grande
batalha quando homens e deuses sucumbiriam. Uma tribo do gabão, os Fang, imaginam que
um dia o Sol caçará as estrelas e a Lua e as comerá.

Os cientistas hoje acreditam que uma estrela média como o Sol, que tem cinco bilhões
de anos, vive em média dez bilhões de anos. Como você já estudou na aula sobre o Sol, o
processo de extinção de uma estrela ocorre porque, devido à alta pressão e temperatura em
seu interior, ocorre a fusão do hidrogênio, que ao se fundir transforma-se em hélio. Nesse
processo, a massa inicial é menor que a final e essa diferença é transformada em energia. Por
outro lado, o He assim gerado é mais denso e impede que a energia do Sol se dissipe, levando
a um aquecimento progressivo da estrela, que culmina com a sua explosão. Nesse momento,
a temperatura solar chegaria a 100 milhões de graus centígrados, expandindo-se violentamente.
Nesse caso, a Terra será carbonizada pela alta temperatura. Mercúrio e Vênus, por estarem mais
próximos, serão os primeiros a sucumbirem à catástrofe.

Mas, não se deprima. Isso provavelmente ocorrerá daqui a cinco bilhões de anos! Até
lá, caso nossa espécie ainda exista, provavelmente teremos desenvolvido tecnologia que nos
permita colonizar planetas fora de nosso sistema solar.

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A terceira grande extinção
Cenários atuais e não menos fatídicos que a explosão solar podem levar à destruição de
nosso planeta. Isso deve-se ao fato de que a Terra está viva, podendo sofrer alterações.

Mais preocupante são os acontecimentos atuais que dizem respeito a extinções de seres
vivos. Na história de nosso planeta, já ocorreram várias extinções. Destas, pelo menos duas
foram em grande escala. A primeira ocorreu há 250 milhões de anos, quando cerca de 90%
de todos os seres vivos do planeta pereceram (alguns autores se referem a um número entre
92-95%). A segunda grande extinção ocorreu há 65 milhões de anos, quando 50% de todas as
espécies morreram, incluindo os últimos dinossauros. Para nosso alívio, e por isso estamos
aqui agora, os primeiros ancestrais mamíferos do homem sobreviveram à primeira catástrofe
e nossos ancestrais primatas, à segunda.

No entanto, para nosso desespero e preocupação, a terceira grande extinção em massa


está em progresso. Tudo começou há 100 mil anos, quando nosso planeta começou a sentir o
impacto causado por uma nova espécie, o Homo sapiens. Hoje, estamos sujeitos a mudanças
climáticas, devido à exploração dos recursos naturais de forma desordenada, causada pela
grande explosão populacional que nossa espécie vem sofrendo.

Dez mil anos atrás a população mundial era de cerca de cinco milhões de habitantes.
Em 1850, havia 1 bilhão, em 1950, 2,5 bilhões. Acredita-se que em 2020 haverá pelo menos
8 bilhões de seres humanos no planeta. Nossa espécie alcançou esse sucesso graças ao
somatório de alguns aspectos, desde uma forma impressionante de adaptação ao meio
ambiente, ao desenvolvimento de um sistema nervoso altamente eficiente. Aparentemente,
somos os únicos seres vivos capazes de olharmos criticamente para nosso passado e presente
e sonharmos com nosso futuro.

Encontramo-nos hoje em uma encruzilhada nunca dantes atingida por nenhuma das
civilizações que nos precederam. De um lado, temos a ciência e a técnica necessárias para
levar nosso planeta adiante, preservando ao mesmo tempo o ambiente, a vida e a sociedade.
Por outro lado, temos o poder, a ambição e o fanatismo suficientemente aguçados para utilizar
essa mesma ciência e técnica para provocar a destruição do meio ambiente e de nossa própria
espécie. Desse modo, é pertinente afirmar que o nosso futuro depende cada vez mais das
decisões individuais e coletivas que tomamos hoje.

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Resumo
Nesta aula, você estudou como, no decorrer dos anos, os seres humanos
modificaram a sua forma de ver o planeta Terra, inicialmente como uma entidade
estática até a Teoria Gaia, que o descreve como uma entidade dinâmica e interativa.

Auto-avaliação
Sistematize o pensamento do homem em relação ao nosso planeta no decorrer
1 dos anos, desde a Antigüidade Clássica até os dias de hoje.

2 Sintetize a forma da Teoria Gaia de ver o mundo.

Explique o “Mundo das Margaridas”, segundo Lovelock.


3
Relacione as formas através das quais nossa sociedade atual vem interferindo no
4 meio ambiente.

Referências
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James Lovelock. Disponível em: <http://www.makingthemodernworld.org.uk/stories/the_age_
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_______. Healing Gaia: practical medicine for the planet. [s.l]: Harmony Books, 1991.

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THOMAS, Lewis. The lives of a cell. [s.l]: Bantam Books, 1974.

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Acesso em: 10 maio 2005.

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Anotações

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Anotações

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CIÊNCIAS DA NATUREZA E REALIDADE – INTERDISCIPLINAR

EMENTA

A Ciência e seus métodos, levantamento da realidade local, o Universo, o Sistema Solar e a Terra, a atmosfera
e o clima, a biosfera, a hidrografia, a flora e a fauna, a interferência humana no meio ambiente, uma primeira
identificação de problemas ambientais.

AUTORES

> Franklin Nelson da Cruz

> Gilvan Luiz Borba

> Luiz Roberto Diz de Abreu

AULAS

01 Situando a Ciência no Espaço e no Tempo

02 A Terra – litosfera e hidrosfera

03 A Terra – atmosfera

04 Bioma Caatinga – recursos minerais

05 Bioma Caatinga – recursos hídricos

06 Bioma Caatinga – recursos florestais e fauna

07 Interação Sol – Terra: fluxos de Energia

08 Clima e tempo

09 O Homem – origens

10 A Hipótese Gaia

11 Poluição

12 Ciência e ética

13 Ciência, Tecnologia e Sociedade

14 Universo: uma breve apresentação

15 O Nordeste, o Homem e a Seca: natureza de uma realidade

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