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Prezado(a) aluno(a)
Você deve iniciar pelo primeiro assunto do tema, ou seja, continuar na ordem que
segue, pois a navegação deste curso é linear.
Sucesso!
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Equipe SEBRAE
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SUMÁRIO
Glossário ..........................................................................................................103
Referências bibliográficas.................................................................................118
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CURSO: GESTÃO DE COOPERATIVAS DE CRÉDITO
Módulo 1: O Cooperativismo de Crédito
Unidade 1: Os Fundamentos do Cooperativismo
Caros (as) alunos (as)! Sejam bem-vindos! Nós somos Dona Guiga e Seu Miguel
Formigas. Que bons ventos os tragam!
Começa aqui o estudo sobre Gestão de Cooperativas de Crédito onde você terá
acesso aos conceitos e princípios fundamentais do cooperativismo. Isto lhe
possibilitará conceituar cooperativismo e reconhecer a importância dos princípios
de coletividade, participação, de democracia, responsabilidade, igualdade e
solidariedade como elementos fundamentais da constituição de uma cooperativa.
“Se você não sabe para onde ir, todos os ventos serão favoráveis”.(Sêneca)
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Você sabe quem foi Sêneca? Ele nasceu em Córdoba, na Espanha, no ano 4
a.C. Era conhecido como Sêneca, o Jovem. Era filho de Lúcio Aneu Sêneca, o
Velho, que era um célebre orador. Por ser de origem ilustre, foi mandado para
Roma para que estudasse oratória e filosofia. Escreveu várias obras, entre as
quais alguns tratados sobre a moral.
No mundo das formigas, a Rainha, bem diferente do que aponta o senso comum,
não exerce função de controle, de comando, de liderança. Sua função é
exclusivamente de reprodução. A rainha só observa o andamento da colônia.
Caso ela perceba que faltam formigas no grupo das cortadeiras, ela bota ovos
para ter mais cortadeiras. Um formigueiro só acaba quando a rainha morre. Ela é
a única que pode reproduzir.
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Fazer parte de uma cooperativa e trabalhar de forma cooperativa é um desafio
constante e cotidiano. A cada dia, se constrói uma rede de relações e de decisões
democráticas. Assim, o cooperativismo é uma ação conjunta em prol de interesses
que são comuns a todos os seus *cooperados.
Você seguirá uma rota baseada numa visão cooperativa, colaborativa, de troca, de
afetividade e de compromisso com o seu desenvolvimento e com sua
aprendizagem.
Pretende-se que, a partir deste curso, você desenvolva competências que o façam
pensar, analisar, julgar, argumentar, sentir, perceber, agir, atuar etc. em tudo que
diga respeito às cooperativas de crédito.
Assim, é importante que você realize, com total compromisso com seu próprio
desenvolvimento e com sua própria aprendizagem, as propostas que estão aqui
disponíveis.
Você começou sua viagem pelo formigueiro. Ao fazer uma analogia com o
formigueiro, percebe-se que, em sua estrutura, há muita determinação e respeito
pelas tarefas que cabem a cada um. Não há uma hierarquia de poder, mas existe
uma harmonia na perspectiva de união em prol de um interesse comum.
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colhendo folhas grandes, recebem a ajuda e colaboração de outras formigas para
levar o alimento até o formigueiro. Apesar das formigas carregarem uma carga de
5 vezes seu peso, são extremamente solidárias. Unem-se por um interesse em
comum. Os princípios das formigas e do seu trabalho são semelhantes ao
cooperativismo.
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organização dos trabalhadores em classes assalariadas, a Revolução Industrial
gerou, também, desemprego em massa, miséria coletiva e desajustamentos
sociais.
ATIVIDADE INDIVIDUAL
Iniciaremos com uma reflexão. Sabemos que você traz para este curso uma
bagagem cheia de experiências de vida, pessoal e profissional. A proposta deste
curso é valorizar todos os saberes que você tem e acrescentar outros
considerados essenciais à formação do gestor de uma cooperativa de crédito. A
partir do somatório dessas experiências, é possível formar uma poderosa
comunidade de aprendizagem que se comunicará e trocará informações durante
todo o curso. Quem sabe, até mesmo depois do curso concluído?
Orientando-se pela idéia do formigueiro e do trabalho que cada uma das formigas
exerce, quais seriam os principais valores que norteiam a idéia de
cooperativismo?
Algumas indicações...
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TEORIA
No seu cotidiano, você já deve ter ouvido alguma frase semelhante a estas: “Para
que nosso trabalho tenha um resultado satisfatório, é preciso que todos
cooperem!”; “Não é possível continuarmos com aquela tarefa, pois o setor de
crédito não está cooperando conosco.”; “È preciso que haja cooperação para
que possamos concluir o trabalho”; “Os indicadores econômicos apontam para um
crescimento relevante nos próximos anos. As cooperativas vêm expandindo sua
atuação neste processo.”
Agora que você já respondeu, confronte suas respostas com as definições que
constam do glossário no ambiente do curso(lapela horizontal).
Cooperativa é uma organização de, pelo menos, vinte pessoas físicas unidas
pela cooperação e ajuda mútua, gerida de forma democrática e participativa, com
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objetivos econômicos e sociais comuns, cujos aspectos legais e doutrinários são
distintos de outras sociedades. Fundamenta-se na economia solidária e se propõe
a obter um desempenho econômico eficiente, pela qualidade e confiabilidade dos
serviços que presta aos próprios associados e aos usuários.
SAIBA MAIS
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aos trabalhadores que, possivelmente, sem elas, estariam numa condição de vida
mais precária.
TEORIA
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Perceba que, via de regra, todas as pessoas têm liberdade de se associar a uma
cooperativa. Você não pode ser forçado a se associar a uma cooperativa, tem livre
arbítrio para tomar esta decisão. É uma decisão individual. Porém, caso decida
pela adesão, é preciso que você tome conhecimento das normas de associação.
Cada cooperativa tem normas, estatuto e regimento interno que disciplinam a
adesão de novos associados, evitando o ingresso de aventureiros. Propicia, ainda,
um ambiente favorável às discussões de interesse comum, visando atender às
necessidades coletivas do grupo.
4) Autonomia e independência
“As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos
seus membros. Se firmarem acordos com outras organizações, incluindo
instituições públicas, ou recorrerem a capital externo, devem fazê-lo em condições
que assegurem o controle democrático pelos seus membros e mantenham a
autonomia das cooperativas”. Os cooperados decidem sobre suas atividades,
definem sua missão, objetivos e metas, sem interferência governamental nas
decisões. A cooperativa pode firmar convênios e contratos com terceiros, desde
que mantenha sua independência, principalmente em relação aos seus objetivos
econômico, político e social.
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“As cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros, dos
representantes eleitos e dos trabalhadores, de forma que estes possam contribuir,
eficazmente, para o desenvolvimento das suas cooperativas. Informam o público
em geral, particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza e as
vantagens da cooperação”. Esse princípio visa a incentivar o desenvolvimento
intelectual e profissional dos associados e de seus familiares e, ainda, a
comunidade na qual se encontra instalada.
6) Intercooperação
“As cooperativas servem de forma mais eficaz os seus membros e dão mais força
ao movimento cooperativo, trabalhando em conjunto, através das estruturas
locais, regionais, nacionais e internacionais”. É o princípio da Cooperação entre
Cooperativas. Possibilita o fortalecimento do movimento cooperativista, a partir de
troca de informações e de experiências, e a obtenção de economia com a
distribuição conjunta de produtos entre as cooperativas do mesmo segmento.
ATIVIDADE INDIVIDUAL
Este exercício foi preparado para que você reflita um pouco mais sobre os
princípios universais do cooperativismo! Esta reportagem que você vai ler traz
algumas informações interessantes sobre os valores cooperativistas e sobre
alguns princípios que norteiam o cooperativismo.
LIÇOES DO FORMIGUEIRO
Por Raul Marinho
Tanto entre os animais quanto entre os homens, a cooperação parece ser o fator
chave do sucesso. Golfinhos formam grupos para encurralar cardumes de peixes
com resultados muito melhores que a caça individual. Chimpanzés formam
bandos de mais de cem indivíduos que os protege contra predadores e bandos
rivais. E a humanidade forma grupos de trabalho há muitos milhares de anos.
Henry Ford revolucionou a indústria com o conceito de linha de montagem, que
nada mais é do que uma nova forma de organizar a cooperação humana. Mas
como convencer cada indivíduo a atuar cooperativamente como parte de um
grupo? Por mais que o desempenho cooperativo de um grupo seja a opção mais
interessante para a coletividade, os mecanismos do individualismo, da deserção e
da trapaça tendem a trazer benefícios ainda maiores para cada indivíduo em
particular.
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Imagine que você faça parte de um grupo de caçadores aborígines. Vocês estão à
caça de um animal de grande porte que irá matar a fome de toda a aldeia – um
gnu (antílope, com cabeças e chifres semelhantes aos do búfalo) por exemplo.
Para isto, é necessário que haja uma coordenação da equipe para cercar o bicho
e possibilitar o seu abate. Entretanto, num dado momento você vê um coelho
passando. Você sabe que um coelho é suficiente para matar a fome da sua
família. Por outro lado, se você for atrás do coelho, toda a operação de caça pode
naufragar se o gnu tentar escapar justamente pelo seu lado. Você também sabe
que, mesmo com a cooperação de todo o grupo, as chances de pegar o gnu são
muito menores que a sua possibilidade de sucesso individual com o coelho. Existe
ainda a possibilidade de você cooperar com o grupo e esquecer o coelho - mas se
algum outro componente do grupo for atrás do seu coelho, você vai ficar sem
nada. O que fazer, então?
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espontaneamente, não haveria a necessidade de tantos mecanismos punitivos
e/ou defensivos, como leis e contratos.
DICAS
http://www.sebrae.com.br/br/programaseprojetos/programaseprojetos_1923.asp)
Como você pôde perceber, a visão cooperativa exige posturas éticas, solidárias,
coletivas para que determinados interesses comuns sejam alcançados. É preciso
organizar e trabalhar!
ATIVIDADE INDIVIDUAL
RESUMO
Relembrando...
Como você deve ter percebido, apesar de terem sido revistos ao longo do tempo,
o mundo cooperativista ainda mantém a visão filosófica que foi pensada pelos
pioneiros de Rochdale, em 1844.
Nas próximas telas você encontrará alguns exercícios que foram preparados
especialmente para você! Procure resolvê-los calmamente, mesmo acertando
todas as questões, você poderá confirmar suas respostas retornando às telas
indicadas nos exercícios para, mais uma vez, revisar o assunto. SUCESSO!
EXERCÍCIO
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B ( ) É um sistema econômico e social, com auto-gestão em bases democráticas,
baseado na ajuda mútua. É a união de pessoas voltadas para um objetivo
comum.
Gabarito:
EXERCÍCIO
Gabarito: 4, 1, 2, 5, 3
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4) “As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas
pelos seus membros. Se firmarem acordos com outras organizações, incluindo
instituições públicas, ou recorrerem a capital externo, devem fazê-lo em condições
que assegurem o controle democrático pelos seus membros e mantenham a
autonomia das cooperativas”.
COMENTÁRIOS
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Toda a comunidade formada por alunos e Tutores deste curso está à sua espera.
Retorne com a mesma dose de entusiasmo e dedicação com que percorreu o
primeiro roteiro que ora se conclui. Ate lá!
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Pacote 1: Gestão de Cooperativas de Crédito
Módulo 1: O Cooperativismo de Crédito
Unidade 2: O Cooperativismo no Mundo e no Brasil
Olá, caro(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) a esta etapa do curso. Vocês estão
chegando da tela inicial que mostra o ambiente de aprendizagem com a imagem
do formigueiro, idéia que continuará presente nos estudos do assunto Gestão de
Cooperativas de Crédito.
Relembrando...
CURIOSIDADES
Este estudo será iniciado com uma fábula para que você possa refletir sobre a
história do cooperativismo no mundo e no Brasil. Você terá elementos para
compreender o processo de evolução do cooperativismo no Brasil e acesso a
dados sobre o estágio atual das cooperativas em nosso país.
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Esopo era um fabulista grego que nasceu por volta do ano de 620 a.C. Tornou-se
célebre por suas fábulas.
Segundo o historiador Heródoto, Esopo teria nascido na Frígia e trabalhava como
escravo numa casa. Ainda existem alguns detalhes atribuídos à biografia de
Esopo, que não foram comprovados: seria aleijado e com dificuldades de fala,
seria um protegido do rei Creso e teria sido executado pelos cidadãos da cidade
de Delfos por crime de blasfêmia. Há uma grande discussão sobre a sua
existência real. Alguns levantam a hipótese de que suas fábulas sejam ditadas
pela sabedoria popular da antiga Grécia. Bem, seja lá como for, o que é
extremamente relevante é a imortalidade e a universalidade da obra a ele atribuída.
REFLEXÃO
Agora, você pode iniciar a leitura da fábula. Após a leitura, você será levado a
refletir sobre os seus sentidos e como eles se relacionarão com a parte teórica
que será apresentada no próximo passo.
Então, gostou da fábula? Ela tem vários sentidos, não é mesmo? Mas, o
primordial é pensar que a idéia do cooperativismo se associa muito estreitamente
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ao sentimento de solidariedade, de fraternidade, de cooperação, de ajuda mútua.
Pense a respeito!
TEORIA
O cooperativismo no Mundo
Para se ter uma idéia, só nos E.U.A., 60% da população participam de algum tipo
de cooperativa, que reúnem mais de 150 milhões de pessoas.
TEORIA
O cooperativismo no Brasil
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Faivre, à frente de um grupo de colonos europeus, dando vez à fundação da
Colônia Tereza Cristina, no Paraná. Baseava-se nas diretrizes do modelo
desenvolvido em Rochdale, na Inglaterra, conforme você viu na tela 4. Esta
organização articulou e solidificou os princípios do cooperativismo brasileiro,
servindo de referencial aos novos empreendimentos coletivos.
SAIBA MAIS
Para que você conheça um pouco mais sobre o cooperativismo no Brasil, aqui
estão apresentadas algumas tabelas e alguns comentários sobre estes dados
estatísticos. A leitura dos dados estatísticos fornece informações importantes para
que se entenda todo o processo de evolução do cooperativismo no Brasil.
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2003 7.355 5.763.000
2004 7.136 6.160.000
2005 7.518 6.791.000
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CRÉDITO (*) 1.101 2.164.499 20.555
EDUCACIONAL 319 73.951 3.144
ESPECIAL 10 529
HABITACIONAL 355 91.299 1.562
INFRA- 160 600.399 5.213
ESTRUTURA
MINERAL 44 15.212 52
PRODUÇÃO 173 17.569 323
SAÚDE 899 287.868 28.599
TRABALHO 1.994 425.181 6.506
TRANSPORTE 783 50.600 3.411
TURISMO E LAZER 19 2.917 9
(*) O total não inclui 338 cooperativas que, apesar de registradas no Bacen, não são
filiadas à OCB.
Fonte: OCE’s e OCB - Elaboração: GEMERC
ATIVIDADE INDIVIDUAL
O texto que você vai ler é o início de um capítulo do livro Memórias póstumas de
Brás Cubas, de Machado de Assis, um dos maiores escritores brasileiros, autor de
um grande número de obras: romances, contos, peças de teatro, poesia, crônicas.
Em Memórias póstumas de Brás Cubas, o personagem, Brás Cubas, relata,
depois de morto, sua vida, começando por contar sua própria morte... ele declara
que é um defunto autor, e não um autor defunto... O início do capítulo se chama “A
pêndula”. Pêndula é um relógio de pêndulo, antigo. Em seguida, faça a reflexão
que se pede. Você poderá socializar suas impressões no FÓRUM (lapela
horizontal).
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A PÊNDULA
Machado de Assis
Não pude dormir; estirei-me na cama, é certo, mas foi o mesmo que nada. Ouvi as
horas todas da noite. Usualmente, quando eu perdia o sono, o bater da pêndula
fazia-me muito mal; esse tique-taque soturno, vagaroso e seco parecia dizer a
cada golpe que eu ia ter um instante menos de vida. Imaginava então um velho
diabo, sentado entre dois sacos, o da vida e o da morte, a tirar as moedas da vida
para dá-las à morte, e a contá-las assim:
- Outra de menos...
- Outra de menos...
- Outra de menos...
- Outra de menos...
O mais singular é que, se o relógio parava, eu dava-lhe corda, para que ele não
deixasse de bater nunca, e eu pudesse contar todos os meus instantes perdidos.
Invenções há que se transformam ou acabam; as mesmas instituições morrem; o
relógio é definitivo e perpétuo. O derradeiro homem, ao despedir-se do sol frio e
gasto, há de ter um relógio na algibeira, para saber a hora exata em que morre.
ATIVIDADE INDIVIDUAL
Como você pôde perceber no texto, a preocupação com o tempo é algo que
sempre acompanhou o homem. A história é uma forma que a humanidade utiliza
para não esquecer fatos importantes, tal como o surgimento do cooperativismo.
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Escreva um bilhete a um destinatário de sua escolha, focalizando o futuro do
cooperativismo, considerando um horizonte de 5 anos...!
Fale de suas esperanças para o futuro – o mundo e o país em que você gostaria
de estar vivendo...
VAMOS RELAXAR
Costas e tronco:
EXEMPLO
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importância que cada ramo do cooperativismo promove para o desenvolvimento
das comunidades locais. Conheça este exemplo.
Segundo Achilles, este é o primeiro de uma série de projetos sociais que serão
empreendidos pelos jovens cooperativas. “Ser voluntário traz uma satisfação e
realização que é difícil de explicar. É muito gratificante auxiliar as pessoas que
precisam e isto nós temos aprendido muito ao vivenciarmos o cooperativismo”,
conclui. Muito entusiasmados, os integrantes do “Jovemcoop Voluntário” planejam
desenvolver diversas atividades junto aos idosos do asilo, além de promover
campanhas de conscientização e de mobilização dos produtores rurais e da
comunidade em geral, para que todos colaborem com esta importante causa
social.
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DICAS
TEORIA
Os ramos do cooperativismo
AGROPECUÁRIO
É composto por cooperativas agropecuárias e de produtores rurais. Caracteriza-se pela
prestação de serviços aos associados na atividade agropecuária, principalmente no
fornecimento de insumos, assistência técnica, assistência ao crédito, recebimento,
classificação, secagem, armazenamento de grãos, comercialização e, em alguns casos,
industrialização.
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CONSUMO
As cooperativas de consumo têm como atividade principal adquirir bens e produtos em
maior quantidade e repassar aos associados por menores preços.
CRÉDITO
Seu objetivo básico é realizar operações e prestar serviços tipicamente bancários,
procurando a melhor rentabilidade nas aplicações e oferecendo crédito em condições
compatíveis com as necessidades próprias de cada categoria de associados. São
consideradas como instituições financeiras e os associados são seus donos.
EDUCACIONAL
As cooperativas educacionais objetivam melhorar o ensino e o desenvolvimento
intelectual dos estudantes, por intermédio de uma metodologia moderna e de profissionais
capacitados. As mais conhecidas são as cooperativas de alunos/professores/pais.
ESPECIAL
São as constituídas por pessoas de menor idade, ou incapazes ou, ainda, que necessitam
ser tuteladas.
HABITACIONAL
MINERAL
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PRODUÇÃO
Nesse ramo, os meios de produção pertencem às cooperativas e são explorados pelos
associados. São, portanto, de propriedade coletiva. Composto pelas cooperativas
dedicadas à produção de bens e produtos. Estimula o empreendedorismo, em que um
grupo de profissionais com objetivos comuns na exploração de diversas atividades
produtivas se reúne para produzir bens e produtos como donos de seu próprio negócio.
Exemplo: Cooperativa Produtora de Artigos de Vestuário, etc.
SAÚDE
São as cooperativas organizadas por profissionais com o objetivo de assistência à saúde
física e mental de pessoas, de forma conveniada ou não, que necessitem de consultas,
exames, internação, cirurgias. Seus estatutos e regulamentos definem suas normas de
operacionalização.
TRABALHO
TURISMO E LAZER
TRANSPORTE
É o ramo das cooperativas compostas por pessoas que atuam no transporte de cargas e
passageiros. As cooperativas de “perueiros”, que estão surgindo nos grandes centros
urbanos como alternativa ao transporte de passageiros por grandes empresas, são o
exemplo mais recente.
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INFRA-ESTRUTURA
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento, leia uma notícia sobre cooperativismo retirada
do seguinte endereço: www.portaldocooperativismo.org.br. Vá também ao
endereço www.ocb.com.br onde podem ser encontradas notícias e informações
interessantes para complementar seus estudos.
O programa Federal "Luz para Todos", que chegou em Ibiúna por meio da Cetril
(Cooperativa de Eletrificação e Telefonia Rurais de Ibiúna), já beneficiou 810
famílias no município e até maio de 2007 pretende completar o total de 1.650
novas ligações. Em execução há 10 meses, o projeto oferece gratuitamente a
ligação de energia elétrica para pessoas que não desfrutavam deste direito. "A
cooperativa atua na ampliação de redes e faz novas instalações, pensando em
melhorar a vida dos cooperados e dos novos consumidores de energia elétrica",
disse o presidente da Cetril, Nélio Antonio Leite.
RESUMO
34
longo do tempo e continua se expandindo. É uma idéia que está presente em toda
a parte. Ele faz parte das sociedades de economia planejada e das sociedades de
livre mercado e cresce velozmente.
A leitura das informações estatísticas lhe permitiu ver como se encontra, no Brasil,
a organização das cooperativas: em torno de 13 ramos de atividades produtivas
que atendem a demandas específicas e a finalidades diferenciadas, mas
apresentam os valores universais do cooperativismo como elementos capazes de
contribuir para o engrandecimento do país, do estado, do município, da
comunidade local:
EXERCÍCIO
Gabarito:
35
COMENTÁRIOS
Estaremos a sua espera para mais uma etapa deste curso. Contamos com sua
determinação e entusiasmo.
Até lá!
36
Pacote 1: Gestão de Cooperativas de Crédito
Cápsula 1: O Cooperativismo de Crédito
Unidade 3: Cooperativas de Crédito – Conceituação e Histórico
Olá, caro(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) a esta etapa do curso. Você está
chegando da tela inicial que mostra o ambiente de aprendizagem com a imagem
do formigueiro, idéia que foi retomada em encontros anteriores e continuará
presente nos estudos sobre Gestão de Cooperativas de Crédito.
Relembrando...
APRESENTAÇÃO PANORÂMICA
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TEORIA
SAIBA MAIS
38
Segundo dados de dezembro/2005, os maiores sistemas cooperativos de crédito
são:
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DEBATE VIRTUAL
"Levamos quase dois anos para ter a Crediacisa totalmente aprovada pelo Banco
Central e colocada em operação. Mas está valendo a pena", diz Silva. Ele explica
que o aporte mínimo para a participação é de R$ 250 (cota única), além de uma
contribuição mensal a partir de R$ 10. Boa parte dos associados, contudo, tem
40
contribuído com cota de R$ 1 mil e mensalidades de R$ 100. O teto do empréstimo,
segundo ele, é o equivalente a cinco vezes o capital investido.
"A cooperativa presta serviços bancários e aplica o dinheiro dos associados, com
taxas atraentes. Já os empréstimos podem custar até 50% menos que a média dos
bancos. Os cooperados têm direito a cartão de débito, talões de cheque,
possibilidade de pagar suas contas e, em breve, de quitar todo tipo de impostos",
destaca. "O associado pode tanto pegar um crédito pessoal para despesas da sua
família, hoje pagando taxa de 1,8% ao mês, como tomar recursos para um
investimento em estoques, em reforma da loja. A garantia será negociada, mas é
mais simples, por se tratar de empresas que conhecemos, que são da nossa
região", frisa. "Essa garantia poderá ser um imóvel, mas também o próprio
equipamento adquirido, ou o aval de um outro cooperado", acentua.
Corretores
Para enfrentar o problema crônico de juros salgados e dificuldade de acesso a
crédito bancário, o Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo
(Sincor-SP) criou a Sicoob-Credicor-SP. A meta é prestar serviços financeiros e
formar capital coletivo para os corretores de seguros.
Procure utilizar os recursos tecnológicos que estão disponíveis para você neste
curso. Para isso, acesse a Comunidade (lapela vertical) e comente com seus
colegas. Você sabe, o assunto cooperativismo tem atraído a atenção do
empreendedor brasileiro e alunos e tutores deste curso formam uma grande rede
de conhecimento já que cada um possui diferentes experiências profissionais e de
vida.
TEORIA
O Cooperativismo de crédito
42
Como se verá a seguir, o cooperativismo cresceu, floresceu e germinou na Europa
e América do Norte (Estados Unidos e Canadá), mais do que na África e América
Latina. No Brasil, as regiões mais ricas são as que apresentam o cooperativismo
mais consolidado. A explicação, segundo os estudiosos do cooperativismo, está
no maior nível de educação do povo dessas regiões. O cooperativismo pressupõe
uma sociedade com um grau de educação e bom nível de cultura, onde pessoas
atuam com desprendimento e de maneira mais coletiva, ao invés de individual.
Além disso, é comprovado que a pobreza deixa o indivíduo com dificuldades de se
juntar e de se associar, pensando, somente em sua sobrevivência.
CURIOSIDADES
43
estiver com os ideais de cooperação arraigados em seus hábitos de vida, mais
beneficiada poderá ser a própria cooperativa, com a adesão constante de novos
associados, aumento de depósitos, etc.
TEORIA
44
SAIBA MAIS
45
TEORIA
46
Em 16 de dezembro de 1971, a Lei n° 5.764 definiu a nova Política Nacional do
Cooperativismo e instituiu o regime jurídico das sociedades cooperativas. Na
década de 70 e início dos anos 80, o cooperativismo de crédito no país restringiu-
se praticamente às cooperativas de crédito mútuo (urbanas) e às de crédito rural,
vinculadas às cooperativas de produção. A proposta de criação de cooperativas
de crédito rural ocorreu em razão das alterações na política de financiamentos
agrícolas, com drástica redução de recursos e fim dos subsídios, via equalização
da taxa de juros.
SAIBA MAIS
47
COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NO BRASIL
PERÍODO: 1990 A DEZ/2005
NÚMERO DE
COOPERATIVAS ACRÉSCIMO NÚMERO DE ACRÉSCIMO
ANO
AUTORIZADAS A % ASSOCIADOS %
FUNCIONAR
1990 741 546.578 -
1992 665 -10,3 670.780 22,7
1994 946 42,3 772.199 15,1
1996 956 1,1 975.000 26,3
1998 1.088 13,8 1.284.360 31,7
2000 1.235 13,5 1.369.763 6,70
2002 1.430 15,8 1.650.000 20,5
2003 1.454 1,7 2.000.000 21,2
2004 1.436 -1,2 2.136.000 6,8
2005 1.439 0,2 (*) 2.400.000 12,3
(*) números estimados
Fonte: Bacen: www.bcb.gov.br
VAMOS RELAXAR
SAIBA MAIS
48
do empresário, ou seja, exercem atividade econômica organizada para a produção
ou circulação de bens ou de serviços.
É importante que o gestor saiba que cooperativas de crédito não são bancos, e
sim instituições financeiras. Ao contrário dos bancos, não têm acesso aos
Serviços de Compensação de Cheques nem às Reservas Bancárias do Banco
Central. Exercem, porém, as mesmas funções para seus associados: depósitos,
recebimento de contas, transferências, empréstimos, etc.
SAIBA MAIS
DICAS
Caro(a) aluno(a).
49
Às vezes, o cansaço pode bater enquanto você ainda está no meio da unidade, ou
então surge uma imprevista necessidade de interromper as atividades. Fique
tranqüilo(a), pois você está em um ambiente amigável que lhe permite esta pausa
sem qualquer prejuízo e o retorno em momento mais oportuno. Finalmente, você
não precisa estudar tudo "de uma única vez". Neste caso, clique em Concluir
(parte superior da tela, à direita). Para retornar ao ponto em que parou, utilize o
Menu na tela de abertura do curso, acessando a unidade correspondente.
RESUMO
EXERCÍCIO
Gabarito: (6, 5, 4, 1, 2, 3)
50
3 ( ) Cidade e estado em que foi constituída
a primeira cooperativa de crédito no Brasil
COMENTARIOS
51
Pacote 1: Gestão de Cooperativas de Crédito
Cápsula 1: O Cooperativismo de Crédito
Unidade 4: Cooperativas de Crédito – Classificação e Admissão
Prezado aluno. Prezada aluna. Seja bem-vindo(a) a mais uma etapa deste curso.
Podemos começar?
A associação nas cooperativas é livre a todos que desejarem utilizar-se dos seus
serviços. É preciso aderir aos seus propósitos sociais e preencher as condições
estabelecidas no estatuto. O número de associados é ilimitado a não ser que haja
impossibilidade técnica de prestação de serviços.
REFLEXÕES
52
Para que o gestor de cooperativas de crédito precisa conhecer a classificação das
cooperativas de crédito?
Guarde sua resposta, para que depois você possa encaminhá-la ao Tutor ou
trocar idéias com seus colegas no Fórum (lapela horizontal).
TEORIA
TEORIA
TEORIA
Observe os conceitos
54
Micro e pequenos empresários são aqueles cuja receita bruta anual, por ocasião
da associação, é igual ou inferior ao limite estabelecido pelo art. 2º da Lei nº
9.841, de 5 de outubro de 1999, para as empresas de pequeno porte. O limite
atual de receita anual é de R$ 2.133.222,00 (Decreto nº 5.028, de 31/03/2004).
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
55
patronal de grau superior, em funcionamento, no mínimo, há três anos, quando da
constituição da cooperativa.
COMENTARIOS
Todas as novas cooperativas de crédito das três categorias que você conheceu
anteriormente são obrigadas a participar de uma cooperativa central de crédito.
Com esses normativos (legislação), agora todo e qualquer cidadão brasileiro,
independentemente de sua atividade funcional ou profissional, ou do porte de sua
empresa e mesmo aqueles chamados “informais” ou sem empresas registradas,
pode se associar a uma cooperativa de crédito.
56
Vale recordar que a admissão de pessoas jurídicas é sempre em caráter
excepcional, como está dito na Lei nº 5.764/71(art. 6°), e está condicionada a que
tenham por objeto as mesmas ou correlatas atividades econômicas das pessoas
físicas. Todas as entidades sem fins lucrativos podem, também, se filiar ou
associar a uma cooperativa de crédito. São as instituições benfeitoras das
cooperativas e muito importantes para seu desenvolvimento.
ESTUDO DE CASO
57
associados a uma Cooperativa de Crédito, eles seriam donos do investimento e,
também, poderiam lançar mão de crédito com taxas de juros bem menores.
Converse com seus colegas para discutir esse caso. Você, no lugar de Miguel
Formigas e Dona Guiga, que atitudes tomaria para atender às necessidades
desses feirantes? Que sugestões você apresentaria? Você já possui algumas
informações sobre as cooperativas de crédito. Troque suas impressões com seus
colegas na Comunidade (lapela vertical) fortalecendo a rede de conhecimentos
da qual agora faz parte.
www.bcb.gov.br
www.sebrae.com.br
www.bancoob.com.br
www.sicredi.com.br
www.unicred.com.br
www.portaldocooperativismo.com.br
LEMBRETE!
REVISÃO PANORÂMICA
58
As cooperativas singulares são constituídas pelo número mínimo de 20 (vinte)
pessoas físicas. Excepcionalmente admitem pessoas jurídicas. Elas têm gestão
independente e autônoma, com responsabilidades próprias e individuais.
Agora estamos preparados para continuar. Se quiser fazer uma pausa, fique à
vontade. Levante-se, estique braços e pernas, respire lentamente, olhe à sua
volta, faça contato com a família...
TEORIA
59
• suprir as cooperativas singulares associadas de instrumentos contratuais
padronizados;
• administrar os seus recursos financeiros excedentes (centralização
financeira);
• fornecer assessoria em questões jurídicas, contábeis e de recursos
humanos.
ATIVIDADE INDIVIDUAL
Aqui, você é convidado(a) a dar uma paradinha para relaxar antes de continuar
seu estudo. Como você sabe, “a propaganda é a alma do negócio”. Logo, as
cooperativas de crédito também precisam divulgar suas ações, ampliar seus
negócios, atrair maior número de associados. Alguns recursos criativos são
necessários para se produzir uma boa propaganda, assim como alguns recursos
também são necessários para uma boa gestão de cooperativa de crédito. Não
adianta apenas uma boa idéia, como diria o cartunista Henfil: é preciso 90% de
transpiração e 10% de inspiração. (Henrique de Souza Filho, cartunista, nasceu
em Ribeirão das Neves MG 1944, faleceu no Rio de Janeiro RJ em 1988).
O profissional da propaganda sabe que uma boa imagem vale por mil palavras.
Assim, o requinte visual das propagandas ganha espaço grandioso nos diversos
veículos de divulgação das propagandas. Diante disso, você está convidado (a) a
provar para todos que seu produto/serviço é o melhor do mundo!
- Pag pouco
- Se é Bayer, é bom
- Tomou doril, a dor sumiu
- Pense forte, pense Ford
- Melhoral, melhoral, é melhor e não faz mal
- Seu romance é sagrado. Apaixone-se pela sua casa. Bless, a alma da sua casa.
- Novo neve. Aprovado pelo controle de qualidade mais rigoroso: o toque.
- Beba coca-cola.
- Compre batom, compre batom. O seu filho merece batom!
3. Associações arbitrárias:
60
4. Linguagem popular (por meio da exploração dos ditos populares, provérbios,
gírias, etc.)
Agora, vamos ao trabalho de criação! Lance mão dos recursos mais inusitados
para vender seu produto/serviço. Deixe sua imaginação viajar, voar livre. A sua
tarefa é produzir um material escrito destinado a vender um dos produtos abaixo:
• a lua
• a vida
• o fedex (produto desconhecido do público)
• a Paz
• um serviço que a Cooperativa de Crédito $egurança oferece com
exclusividade
• a solidariedade
RESUMO
61
Leia cuidadosamente as questões que se encontram nas próximas telas e procure
responde-las utilizando os conhecimentos adquiridos até aqui sobre Cooperativas
de Crédito. Talvez seja preciso uma revisão do assunto, antes de você
prosseguir. Você é quem sabe!
EXERCICIOS
1.( ) Pessoas que se dedicam à atividade rural podem ser admitidas como
associados nas Cooperativas de Micro e Pequenos Empresários e
Microempreendedores;
62
COMENTÁRIOS
Sucesso!
63
Pacote 1: Gestão de Cooperativas de Crédito
Cápsula 1: O Cooperativismo de Crédito
Unidade 5: A Importância das Cooperativas de Crédito no Desenvolvimento
Local
Antes de iniciar os estudos leia, na próxima tela, um texto de Leonardo Boff, para
poder refletir e formar uma opinião sobre este assunto. Após a leitura, iremos fazer
um debate virtual, cujas orientações estarão na tela 4.
Bom trabalho!
TEORIA
Hoje se fala das muitas crises sob as quais padecemos: crise econômica,
energética, social, educacional, moral, ecológica e espiritual. Se olharmos bem,
verificamos que, na verdade, em todas elas se encontra a crise fundamental: a
crise do tipo de civilização que criamos a partir dos últimos 400 anos. Essa crise é
global porque esse tipo de civilização se difundiu ou foi imposto praticamente ao
globo inteiro.
64
Qual é o primeiro sinal visível que caracteriza esse tipo de civilização? É que ela
produz sempre pobreza e miséria de um lado e riqueza e acumulação do outro.
Esse fenômeno se nota em nível mundial. Há poucos países ricos e muitos países
pobres.
TEORIA
A primeira é feita pelos movimentos de libertação dos oprimidos. Ela diz: o núcleo
desta sociedade não está construído sobre a vida, o bem comum, a participação e
a solidariedade entre os humanos. O seu eixo estruturador está na economia de
corte capitalista. Ela é um conjunto de poderes e instrumentos de criação de
riqueza – e aqui vem a sua característica básica – mediante a depredação da
natureza e a exploração dos seres humanos.
65
interesses humanos particulares. Os trabalhadores são considerados como
recursos humanos ou, pior ainda, material humano, em função de uma meta de
produção.
DEBATE VIRTUAL
Como você pôde perceber no texto de Leonardo Boff, há vários desafios para a
vida na Terra continuar a se desenvolver com sustentabilidade, com solidariedade,
sem destruição da Natureza.
TEORIA
Relembrando...
LEMBRETE!
Lembre-se que a cooperativa de crédito é uma empresa que deve ser bem
administrada, obter resultados e satisfazer seus donos (associados).
CURIOSIDADES
Mais do que isso, por ser instituição financeira,a cooperativa sofre violenta
concorrência com gigantes no mercado, é fiscalizada pelo Banco Central do Brasil
e seus administradores estão sujeitos às penalidade aplicáveis àqueles que gerem
temerária ou fraudulentamente recursos de terceiros. Atuando como empresa, da
mesma forma que os bancos comerciais, deve ter uma estrutura funcional com
direção, gerência e setor operacional. Seus funcionários podem ou não ser
cooperados e são regidos pelo regime trabalhista da CLT. Possui um
organograma com as diversas áreas e divisão de tarefas e responsabilidades
entre as mesmas.
• planejamento;
• gerenciamento;
• gestão de recursos humanos;
• atendimento aos associados;
• prospecção de novos associados e de novas operações;
• controle e contabilidade;
• administração das operações ativas, passivas e da prestação de
serviços.
• desenvolvimento de produtos e marketing e
• administração financeira e serviços gerais.
TEORIA
67
Na cooperativa de crédito, diferentemente dos bancos, seus proprietários são os
seus clientes. Não prioriza lucros (ou sobras), mas necessita de receitas para
saldar seus compromissos. Seu custo é rateado entre o quadro social na forma
de juros e menores taxas.
Nos bancos tais rendimentos são apropriados pelos donos, constituindo lucro; nas
cooperativas de crédito, as sobras apuradas são divididas entre os associados
proporcionalmente às suas operações com a instituição ou utilizadas para a
constituição de reservas e mesmo para remunerar os seus associados (em até
12% ao ano) ou, ainda, sua capitalização, elevando-se o valor das cotas de capital
dos associados.
TEORIA
68
“depósitos à vista” na agricultura e pecuária, as cooperativas de crédito
rural aplicam, no mínimo, 60%; a maioria dos bancos privados prefere
depositar no Banco Central o valor referente aos 25% de seus “depósitos à
vista” do que financiar as atividades rurais.
SAIBA MAIS
VAMOS RELAXAR
Cansou? Que tal parar um pouco e relaxar por algum tempo? Veja
abaixo uma figura com recursos de ilusão de ótica e descubra outras imagens
interessantes. Aproveite para dar uma relaxada ...
69
TEORIA
70
A cooperativa de crédito é formada, geralmente, por pessoas que se conhecem,
com afinidades profissionais e/ou econômicas. Seus administradores são eleitos
pelos cooperados, que neles depositam seu voto de confiança. Nas operações
do dia-a-dia, os cooperados são tratados como proprietários e suas
demandas pessoais são respeitadas, sendo-lhes dispensado um
atendimento personalizado.
O que se observa, hoje em dia, nos médios e grandes bancos comerciais, públicos
ou privados, é o distanciamento cada vez maior dos seus clientes, com
investimentos pesados em tecnologia para mantê-los afastados das agências,
incentivando o uso de operações bancárias pela internet (Home banking) e caixas
eletrônicos.
TEORiA
71
A Cooperativa de Crédito como Agente de Desenvolvimento Local
REFLEXÃO
EXEMPLO
72
Agora que você já conhece os aspectos relativos à formação e importância de
uma cooperativa de crédito, você vai conhecer o exemplo da cooperativa de
crédito da cidade de São Roque de Minas (MG), e verificar como a cooperação
pode transformar a vida de pessoas e sociedades inteiras, quando é trabalhada
corretamente. Acompanhe...
É uma cidadezinha de 2.000 Km2, com uma população (censo de 2000) de pouco
mais de 6.000 habitantes, dos quais 4.000 se dedicam a atividades agropecuárias.
É localizada na Serra da Canastra, no centro-oeste mineiro, abrigando a nascente
do rio São Francisco.
SAIBA MAIS
A partir de 1991
73
Suas principais metas eram fazer o pagamento aos cerca de 800 aposentados
que lá viviam e trazer as movimentações dos “queijeiros” (como são chamados os
intermediários na compra/venda dos queijos locais) de volta ao município, fazendo
com que eles realizassem o pagamento dos produtores de queijo pela
cooperativa.
Além disto, a Fundação tem levado uma série de cursos de qualificação para os
produtores rurais associados. Com isto, segundo João Carlos Leite, mais de
cinqüenta produtores rurais já fazem inseminação artificial em suas vacas, sendo
que, em 1995, somente um produtor fazia uso desta técnica. Ainda com recursos
da Fundação Saromcredi foi criada uma cooperativa educacional que mantém o
Instituto Ellos de Educação, que tem como filosofia: “E” de ética, “L” de liderança,
“L” de liberdade, “O” de organização e “S” de solidariedade, e sem se esquecer de
ensinar o cooperativismo às crianças do município de modo a preparar as novas
gerações de associados e de dirigentes da Saromcredi.
RESUMO
75
inteiras, permitindo um desenvolvimento solidário e sustentável da comunidade
local.
Nas próximas telas você encontrará alguns exercícios que foram preparados
especialmente para você! Procure resolvê-los calmamente. SUCESSO!!!
EXERCÍCIO
Para que você avalie como está sua aprendizagem, preparamos alguns exercícios
sobre a natureza empresarial das cooperativas de crédito e o seu papel no
desenvolvimento local.
1.( ) Apesar de sua natureza empresarial, a cooperativa de crédito não pode ser
considerada uma instituição financeira porque não pode oferecer aos seus
associados opções de aplicação dos recursos de curto e médio prazos;
2.(..) Nos bancos, os rendimentos são apropriados pelos donos, constituindo lucro;
nas cooperativas de crédito, as sobras apuradas são divididas entre os associados
proporcionalmente às suas operações com a instituição ou utilizadas para a
constituição de reservas;
EXERCÍCIO
76
B ( ) As sobras líquidas do exercício que são distribuídas aos associados pelas
cooperativas de crédito são tributáveis na declaração de imposto de renda da
pessoa física.
Gabarito:
77
REFLEXÃO
Agora, pare para refletir um pouco e extraia do caso apresentado os aspectos que
evidenciam ser possível a melhoria da situação social e econômica dos
cooperados e o desenvolvimento sustentável da comunidade local, bem como o
papel importante do gestor de uma cooperativa de crédito neste processo.
Até mais!
78
Pacote 1: Gestão de Cooperativas de Crédito
Cápsula 1: As Cooperativas de Crédito
Unidade 6: Sistemas Cooperativistas de Crédito
Nesta unidade, você vai ter a oportunidade de ampliar seus conhecimentos sobre
os principais sistemas cooperativistas de crédito.
Já podemos começar?
TEORIA
TEORIA
Para atuar como rede, nos moldes dos bancos comerciais e múltiplos, com
ganhos de escala, atendimento em tempo real, oferta de serviços e produtos
interessantes e com a confiabilidade necessária, é vital que os sistemas sejam
proprietários de bancos cooperativos.
LEMBRETE!
Você verá, agora, alguns dados de dezembro de 2005 que mostram como estão
compostos os principais Sistemas Cooperativistas de Crédito no Brasil. Os
dados dos Sistemas Cresol e Ecosol são de dezembro de 2004.
80
SAIBA MAIS
INDICADORES SISTEMAS
Sicoob Sicredi Unicred Cresol (*) Ecosol (*)
Estados + DF 21 10 24 3 9
Centrais 14 5 9 2 1
Singulares 675 130 129 67 26
PAC’s 947 760 358 0 5
Associados (**) 1.300.000 960.000 121.000 45.000 6.000
PLA - R$
milhões 1.900 1.000 654 21,5 ND
(*) dezembro/2004
(**) arredondado
Fontes: Internet, relatórios dos Sistemas, palestras dos dirigentes etc.
TEORIA
Os Bancos Cooperativos
81
Em 1997, foi a vez do Banco Cooperativo do Brasil S/A –Bancoob, criado pelas
cooperativas integrantes do Sistema de Crédito do Sicoob. Sua sede é em
Brasília, DF.
TEORIA
TEORIA
COMENTARIOS
82
Você já ouviu aquela frase que diz "homem nenhum é uma ilha.." do poeta inglês
John Donne (1573-1631)?
EXEMPLO
83
ser feito em dez meses. "A nossa única exigência é que o produto seja comprado
de um pequeno empresário do bairro. Queremos criar mercado para produtos
fabricados pelos moradores."
O Banco Palma$ concede ainda empréstimos de até R$ 300 para que moradores
possam montar pequenos negócios ou comprar equipamentos para trabalhar. A
inadimplência tem sido nula desde o início do funcionamento do banco. A clientela
em potencial são os 657 membros da associação de moradores.
Diante desse exemplo, como gestor de uma cooperativa de crédito você precisa
fazer uma leitura da realidade de sua comunidade para que a cooperativa exerça
uma de suas funções, que é contribuir para o desenvolvimento sustentável da
comunidade. Que lições você pode tirar desse exemplo? Que atitudes você, como
gestor da cooperativa, deve tomar diante de situações semelhantes a essa
realidade? Pense a respeito!
RESUMO
84
EXERCÍCIO
COMENTARIOS
Toda a comunidade formada por alunos e Tutores deste curso está à sua espera.
85
Cápsula 1: Cooperativismo de Crédito
Unidade 7: Cooperativismo de Crédito e o Sistema Financeiro Nacional
Vamos recomeçar?
CURIOSIDADES
86
Como você pôde perceber no início desta caminhada, o formigueiro foi a
simbologia escolhida para você adentrar na temática do cooperativismo. As
formigas representam força, determinação e respeito mútuo. Isso caracteriza um
coletivo totalmente articulado. Para que isso aconteça em sua cooperativa e na
sua tarefa de gestão da cooperativa, torna-se fundamental o desenvolvimento de
atitudes e consolidação de valores.
Reflita bem sobre cada um desses valores. Espero que você possa, como gestor
de uma cooperativa de crédito, desenvolvê-las bem.
87
DEBATE VIRTUAL
Vamos refletir sobre as doze virtudes com o objetivo de torná-las mais adequadas
à atualidade, tendo em vista que essas virtudes foram definidas em 1886, durante
o II Congresso de Cooperativas de Consumo realizado em Lyon, na França.
Estamos em outro momento histórico e naturalmente há novas exigências.
Procure adaptar essas virtudes que foram apresentadas ao momento do país e, se
quiser, acrescente outras.
Após a reflexão, vá ao Fórum (lapela vertical) e troque com seus colegas de curso
opiniões e impressões sobre o assunto.
SAIBA MAIS
88
LEMBRETE....
APRESENTAÇÃO PANORÂMICA
Mercado Financeiro é
Impulso ao microcrédito
Por Márcio Meloni
EXEMPLO
90
As finanças na luta contra a pobreza
Ricardo Abramovay
(...)
É equivocada a idéia de que primeiro os pobres devem ampliar sua geração de
renda para, só então, demandar serviços financeiros formais. Na verdade, o
acesso aos bancos é uma das mais importantes condições para aumentar as
chances daqueles que vivem do trabalho por conta própria e próximo à linha de
pobreza. Os três milhões de contas bancárias abertas nos últimos 18 meses –
sobretudo em bancos estatais – fazem parte de um conjunto de iniciativas que
podem contribuir para alterar o conteúdo social do crescimento econômico num
país tão desigual como o Brasil. Uma vez afastada a barreira do ingresso, a
tendência é que se amplie o uso dos seguros – que já começam a ser oferecidos a
preços populares – da poupança e do crédito. Neste sentido, a experiência do
microcrédito em São Paulo é exemplar. Dois estudos recentes – o do DIEESE
sobre o São Paulo Confia e o do CEBRAP sobre o Banco do Povo do Estado de
São Paulo, o Banco do Povo de Santo André e o Real Microcrédito – mostram
que, apesar das várias diferenças entre estes diversos programas, eles
conseguiram reduzir a inadimplência e elevar a renda dos que tomaram
empréstimos. Parte muito importante do público atingido nunca tinha conseguido
acesso a uma conta bancária. Ao que tudo indica o segredo está na capacidade
de juntar a preocupação em oferecer serviços a populações pobres com o rigoroso
respeito à racionalidade econômica, que se traduz no pagamento dos
empréstimos por parte dos beneficiários. Medidas recentes tendem a permitir que
as carteiras destas organizações de microcrédito – que até aqui operam numa
escala ainda reduzida – sejam financiadas por banco comerciais. Este será um
passo decisivo para que a história do crescimento econômico brasileiro deixe de
apoiar-se sobre a aceleração da desigualdade.
ESTUDO DE CASO
91
Sabemos que você tem uma vasta experiência de vida e pode fornecer alguns
dados da realidade em que convive para ampliar a rede de conhecimentos que o
curso estimula.. Conte-nos um pouco da história da sua comunidade, tente
identificar situações de exclusão e procure lançar algumas sugestões que podem
ser realizadas a partir de uma cooperativa de crédito.
TEORIA
92
Em 1920 foi criada a Inspetoria Geral dos Bancos (Decreto nº
4.182/20) e começou o controle oficial sobre o segmento bancário. O mesmo
decreto instituiu a Carteira de Redesconto do Banco do Brasil.
Em 1933, no Governo Vargas, foi editado o Decreto nº 22.626/33,
denominado Lei da Usura, estabelecendo o teto máximo das taxas de juros em
12% ao ano.
Em 1945, através do Decreto-Lei n° 7.293, também no Governo
Vargas, foi criada a SUMOC – Superintendência da Moeda e Crédito,
iniciando-se efetivamente o controle do volume de crédito e dos meios de
pagamento, com a instituição do Depósito Compulsório. As atividades da
SUMOC eram de responsabilidade do Banco do Brasil. Como se vê,
historicamente o Banco do Brasil exerceu funções relevantes no mercado
financeiro, ao abrigar a Inspetoria e a SUMOC.
TEORIA
Vamos construir uma definição para esta palavra. Para tanto, relacione 4 ou 5
palavras que, segundo você, estão contidas na definição de instituição
financeira, como por exemplo, atividade, dinheiro...Continue a relacionar,
registrando no espaço abaixo.
93
Concluiu a relação das palavras? Confira o seu acerto.
TEORIA
No início da década de 60, o Brasil contava com mais de 500 matrizes de bancos.
94
TEORIA
CURIOSIDADE!!!
95
Veja como é curioso... só foram permitidas novas cooperativas de crédito rural e
de empregados de determinada empresa ou entidade pública ou privada. Foi,
também, proibido o uso da palavra “banco” no nome das cooperativas.
VAMOS RELAXAR
Uma das maiores comemorações em honra à Iemanjá ocorre no último dia do ano
em várias praias do litoral brasileiro. Antes e após a queima de fogos da
96
passagem do ano, os devotos fazem oferendas à Rainha do Mar, um dos títulos
pelos quais Iemanjá é saudada. Eles a presenteiam com flores, perfumes, velas e
mimos de todos os tipos, tanto na areia da praia, quanto nas ondas do mar.
TEORIA
TEORIA
97
O subsistema normativo compreende todas os órgãos governamentais
subordinados ao Conselho Monetário Nacional que têm o poder de, como o
próprio nome indica, ordenar ou normatizar o funcionamento das diversas
instituições financeiras, tais como:
• Banco Central;
• Comissão de Valores Mobiliários;
• Superintendência de Seguros Privados;
• Secretaria de Previdência Complementar.
TEORIA
98
moeda, do recolhimento de depósitos compulsórios e das operações de
redescontos;
Responsabiliza-se, também, pela gestão da dívida pública, interna e
externa.
Banco do Brasil;
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;
Caixa Econômica Federal;
Banco da Amazônia;
Banco do Nordeste.
TEORIA
RELEMBRANDO...
Subsistema Operacional
99
Compreende as instituições operacionais monetárias e as não monetárias.
São assim chamadas pelo poder que têm de “criar “moeda escritural. Acompanhe
a explicação. Suas principais fontes de recursos são os depósitos que os seus
clientes fazem à vista. Teoricamente, a cada operação de empréstimo, fazem os
recursos girar mais e mais, como se estivessem “criando” moeda. Nesse grupo,
estão:
Bancos Comerciais;
Bancos Múltiplos com carteira comercial;
Caixa Econômica Federal;
Bancos Cooperativos;
Cooperativas de Crédito
SAIBA MAIS
100
Por intermédio do Bancoob (Banco Cooperativo do Brasil) e do
Bansicredi, (Banco Cooperativo Sicredi SA) a liquidez dos
respectivos Sistemas passou a ser rentabilizada no mercado
interfinanceiro, a taxas mais atraentes, resultando em ganhos para
os associados;
Outro aspecto relevante a ser considerado foi a garantia do acesso
das cooperativas de crédito a programas de repasses de recursos
governamentais, tais como, Pronaf (Programa Nacional de
Agricultura Familiar), Finame (Financiamento de Máquinas e
Equipamentos), Fundos agrícolas do BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social). Além disso, os bancos
cooperativos captam recursos compulsórios dos bancos comerciais
para aplicação em crédito rural. As aplicações, nesse caso, são
diretamente aos cooperados, com interveniência, isto é, com a
garantia da cooperativa;
Em 29 de março de 2004, o Conselho Monetário Nacional, com a
Resolução nº 3.188, autorizou aos bancos cooperativos a captação
de poupança rural, utilizando-se da rede de cooperativas de crédito
rural e das de livre admissão de associados.
TEORIA
Como você viu, há instituições monetárias, mas há, também, as instituições não
monetárias. Veja como elas se caracterizam:
RESUMO
Assim, a cooperativa de crédito, por ser integrante do sistema financeiro, deve ser
cuidadosamente gerida, obedecendo-se às regras próprias dos integrantes do
referido sistema.
101
A partir do contato inicial com a imagem-símbolo do curso, a metáfora do
formigueiro, você foi construindo o conhecimento sobre as cooperativas de crédito
a partir da idéia de que cada indivíduo contribui para que toda a coletividade possa
usufruir dos frutos do trabalho. Durante o percurso pelas várias unidades deste
módulo, você focalizou sua atenção para a importância de se trabalhar em
colaboração, em redes coletivas, com base nos valores éticos da solidariedade,
igualdade, democracia, respeito às diferenças.
EXERCÍCIO
Para que você avalie como está sua aprendizagem, preparamos alguns exercícios
sobre o Cooperativismo de Crédito e o Sistema Financeiro Nacional.
Aquela afirmativa que você julgar falsa, corrija-a, apresentando elementos que a
tornem verdadeira na caixa de texto abaixo:
102
Os bancos comerciais e as cooperativas de crédito não detêm o poder de ordenar
ou criar normas para o funcionamento das diversas instituições financeiras. Só os
órgãos governamentais têm esta atribuição garantida em Lei.
EXERCÍCIO
Resposta aproximada:
COMENTÁRIOS
103
GLOSSÁRIO
104
modalidade. Pode ser emitida com ou sem garantia, real
ou fidejussória.
Cheque pré-datado O cheque “pré-datado” (cheque pré) possui uma
particularidade já que, legalmente, não é um título de
crédito, mas sim uma ordem de pagamento à vista. A
regulamentação do Banco Central é muito clara sobre
este aspecto. O possuidor de um cheque pré-datado
pode depositá-lo no momento que quiser e, se na conta-
corrente do emissor houver fundos suficientes, o banco
deverá pagá-lo.
Confederações de São constituídas de, pelo menos, 3 (três) federações de
cooperativas (ou de 3° cooperativas ou cooperativas centrais. As confederações
grau) tratam dos assuntos de interesse comum de suas
cooperativas associadas.
Conselho de Segundo o Art. 47 da Lei 5.764/71 (Lei do
Administração ou Cooperativismo), a cooperativa de crédito deve ser
Diretoria administrada por uma Diretoria ou Conselho de
Administração, composto exclusivamente de associados
eleitos pela Assembléia Geral, com mandato nunca
superior a 4 anos, sendo obrigatória a renovação de, no
mínimo, 1/3 do Conselho de Administração.
Conselheiro Fiscal “A administração da sociedade será fiscalizada, assídua
e minuciosamente, por um Conselho Fiscal, constituído
de três membros efetivos e três suplentes, todos
associados eleitos anualmente pela assembléia geral,
sendo permitida apenas a reeleição de um terço dos
seus componentes” (Lei 5.764/71, Art. 56).
Conselho Monetário O CMN é um órgão normativo composto por três
Nacional (CMN) membros: o Ministro da Fazenda, o Ministro do
Planejamento, Orçamento e Gestão e o Presidente do
Banco Central, não exercendo qualquer atividade
executiva. É responsável pela fixação das diretrizes das
políticas de crédito, cambial e monetária do país,
legislando sobre a constituição, o funcionamento e a
fiscalização das instituições financeiras, públicas e
privadas, que aqui operam.
Conselho Mundial de Tem sede em Madison, no Estado de Wisconsin, EUA, e
Cooperativas de é composto por 4 grandes Confederações Regionais e
Crédito dez Associações Nacionais, que congregam
cooperativas de crédito de 85 países. O Conselho não
incorpora todas as cooperativas de crédito do mundo.
Há vários outros sistemas mundiais de cooperativas de
crédito, sendo os principais o DG Bank e o Volksbank na
Alemanha, o Rabobank na Holanda e o Crédit Agricole
na França.
Contas a Pagar As Contas a Pagar são obrigações já devidas e que
deverão ser pagas em breve. O salário dos empregados,
por exemplo, não é pago diariamente, mas somente ao
105
final do mês (ou até o quinto dia do mês seguinte).
Contas de telefone e água também são mensais,
embora o consumo seja diário. O mesmo ocorre com
impostos e encargos. Ou seja: assim, não só os clientes
aplicadores, mas os empregados, o Governo, os
fornecedores e os prestadores de serviços são credores
da cooperativa.
Contas a Receber Contas a Receber referem-se, basicamente, aos valores
decorrentes das operações de crédito e da prestação de
serviços. São as devoluções dos valores emprestados,
acrescidos dos juros, as eventuais multas, as receitas de
serviços, de taxas e as contribuições periódicas dos
cooperados para formação do capital da cooperativa.
Contas-correntes A abertura, manutenção e movimentação, bem como o
encerramento de contas de depósito, também chamadas
contas-correntes, são regulamentadas pelo Banco
Central do Brasil pelas Resoluções 2.025/93, 2.747/00 e
Circular 2.452/94.
Contas do ativo Nelas estão representadas as aplicações dos recursos,
ou seja: os bens e direitos da empresa ou da instituição.
Aparecem dispostas em ordem decrescente de liquidez,
ou seja, de acordo com a facilidade em converter em
dinheiro. Assim, primeiro são apresentados os
empréstimos de curto prazo que se converterão em
dinheiro em menos de doze meses. Depois, as
operações de longo prazo, acima de 12 meses e, por
último, os imóveis que, em princípio, não estão na
cooperativa para serem vendidos.
106
Neste, os direitos de todos são iguais e o resultado
alcançado é repartido entre seus integrantes, na
proporção de sua participação nas atividades da
organização.
Cooperativa É uma organização de, pelo menos, vinte pessoas
físicas unidas pela cooperação e ajuda mútua, gerida de
forma democrática e participativa, com objetivos
econômicos e sociais comuns, cujos aspectos legais e
doutrinários são distintos de outras sociedades.
Fundamenta-se na economia solidária e se propõe a
obter um desempenho econômico eficiente, pela
qualidade e confiabilidade dos serviços que presta aos
próprios associados e aos usuários.
Cooperativas de crédito Cooperativas de crédito são instituições financeiras
constituídas sob a forma de sociedades cooperativas.
Têm por objeto a prestação de serviços financeiros aos
associados, como concessão de crédito, captação de
depósitos, prestação de serviços de cobrança, de
custódia, de recebimentos e pagamentos por conta de
terceiros sob convênio com instituições financeiras
públicas e privadas e de correspondente no País, além
de outras operações específicas e atribuições
estabelecidas na legislação em vigor.
As cooperativas de crédito não são bancos, e sim
instituições financeiras. Ao contrário dos bancos, não
têm acesso aos Serviços de Compensação de Cheques
nem às Reservas Bancárias do Banco Central.
Cooperativas centrais São as constituídas de, no mínimo, três cooperativas
(ou federações de singulares. São responsáveis por prestar serviços de
cooperativas, ou ainda, centralização financeira, auditoria, controle e supervisão
de 2° grau) das cooperativas singulares associadas.
Cooperativas ingulares São as constituídas pelo número mínimo de 20 (vinte)
(ou de 1° grau) pessoas físicas. Excepcionalmente, é permitida a
admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto as
mesmas ou correlatas atividades econômicas das
pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos.
Exemplificando: o profissional médico associado a uma
cooperativa de crédito pode também associar sua
clínica, hospital, laboratório de exames clínicos, e assim
por diante.
As cooperativas singulares têm gestão independente e
autônoma, com responsabilidades próprias e individuais.
Cooperativismo É um sistema econômico e social, com autogestão em
bases democráticas, operado por meio da ajuda mútua,
que se destina à satisfação das necessidades
econômicas e à promoção moral dos membros a ele
integrados. É a união de pessoas voltadas para um
objetivo comum.
107
Crédito pessoal São operações de empréstimos destinadas às pessoas
físicas, que podem ser utilizados em função das suas
necessidades ou pretensões de consumo. Geralmente,
são garantidas por avalistas e o prazo varia de 3 a 24
meses.
Custo de captação É a taxa de juros que a instituição financeira paga aos
seus clientes aplicadores ou nos repasses que recebe
de outra instituição financeira
Demonstrativo do Trata-se de um resumo das operações da cooperativa
Resultado do Exercício (ou de uma empresa em geral) em determinado período,
(DRE) cujos valores finais representam as sobras (lucros) ou as
perdas financeiras, ou seja: o resultado do exercício. Ao
contrário do Ativo e do Passivo, possui um caráter
dinâmico, uma vez que demonstra a posição da
cooperativa entre o início e o fim do período em questão.
Assim, no início de cada exercício suas contas são
“zeradas” após a transferência dos resultados apurados
para as contas do patrimônio líquido. Um DRE referente
ao mês de março, por exemplo, deve apresentar as
despesas e receitas do próprio mês, mas principalmente
as acumuladas de 01 de janeiro a 31 de março do ano
em questão.
Despesas Analogamente às receitas, representam a saída de
recursos da instituição em decorrência de suas
atividades de intermediação e de prestação de serviços.
Também estão divididas em operacionais e não
operacionais e não devem ser confundidas com as
saídas de recursos das operações de crédito ou
resgates de depósitos por parte dos associados.
Despesas não São as decorrentes de eventualidades, dentre as quais
operacionais se destacam os prejuízos na alienação de bens,
manutenções imprevistas, multas incorridas.
Despesas operacionais São as despesas de captação de recursos (depósitos),
de obrigações por operações de repasses. Nelas
também estão as despesas administrativas com os
valores referentes a salários, encargos, materiais de
consumo, impostos, manutenções, seguros, publicidade,
honorários, serviços de terceiros, combustíveis,
aluguéis, contas de consumo (água, energia e telefone),
depreciação, provisões legais e diversas outras
referentes ao dia-a-dia da cooperativa em suas
atividades normais.
Dívida Pública Interna A dívida pública interna, ou dívida mobiliária é
constituída pelos títulos emitidos pelo Banco Central,
Tesouro Nacional, Estados e Municípios, bem como
pelas empresas estatais.
Documento de Ordem Documento de transferência de recursos para
de Crédito (DOC) instituições diferentes, via Serviço de Compensação de
108
Cheques do Banco do Brasil.
Duplicata É um título formal de crédito emitido em decorrência da
compra e venda de mercadorias ou prestação de
serviços. Segundo o site Crédito e Risco
(www.creditoerisco.com.br), “a duplicata teve origem em
um antigo costume existente no comércio brasileiro de
se apresentar a conta em duas vias, para que a segunda
via (a duplicata) fosse devolvida com a assinatura do
comprador. Esta assinatura representava o
reconhecimento da dívida”.
Empréstimos São as tradicionais operações de crédito vinculadas a
contratos nos quais constam taxas, valores, prazos,
garantias etc., utilizadas para formação do capital de
giros das empresas ou para eventuais dificuldades
financeiras das pessoas físicas. Geralmente os prazos
são inferiores a um ano. Para prazos maiores é comum
a utilização dos Contratos de Mútuo, com características
semelhantes aos empréstimos, mas com condições mais
rigorosas devido ao risco maior. Possuem um método de
cálculo de juros diferente do desconto, sendo utilizados
os juros simples ou compostos e um dos diversos
métodos de amortização que serão vistos mais adiante.
Empréstimo para Empréstimos para capital de giro são “operações
capital de giro tradicionais vinculadas a um contrato específico que
estabeleça prazo, taxas, valores e garantias necessárias
e que atendem às necessidades de capital de giro para
as empresas. O prazo é, geralmente, de 180 dias, com
garantias de duplicatas, cheques pré-datados, numa
relação de 120% a 150% do principal emprestado”
(FORTUNA , 1999).
Financiamento As operações de financiamento possuem várias
características de empréstimos e, muitas vezes, são
consideradas variações destes. Possuem prazos que
variam, normalmente, de 3 a 60 meses, de acordo com
os objetivos do financiamento. Sua principal
característica é a vinculação dos recursos à aquisição de
um bem ou serviço, tanto para as pessoas físicas quanto
para as jurídicas.
Fluxo de Caixa É o movimento diário de entrada e saída de recursos
financeiros. Em uma empresa, é constituído
basicamente pelo movimento de recebimento de clientes
e pagamento de fornecedores, gerado pelas compras de
matérias-primas, pagamentos a funcionários e de
impostos e recebimentos das vendas de produtos e
prestação de serviços. No caso das cooperativas, assim
como das outras instituições financeiras, o produto que
está sendo transacionado é o próprio recurso financeiro.
No jargão do setor, “compra-se e vende-se dinheiro”. Por
109
isso, o fluxo de caixa da cooperativa tende a ficar cada
vez mais intenso e, conseqüentemente, mais complexo.
Garantias pessoais ou São aquelas que pessoas físicas ou jurídicas assumem
fidejussórias a obrigação de honrar os compromissos relativos ao
empréstimo, caso o devedor não o faça. Tipos de
garantia pessoal: aval e fiança,
Garantias reais São bens ou direito de recebimentos dados em
garantia das obrigações relativas à operação de
crédito. Alguns tipos de garantias reais:
•
Caução (títulos de investimento, duplicatas,
faturas de cartões de crédito, etc.);
•
Hipoteca (imóveis, aeronaves, embarcações
marítimas, etc.);
•
Alienação fiduciária (veículos, equipamentos,
etc.);
•
Penhor (agrícola, pecuário, mercantil de
estoques, direitos creditórios de contratos de
prestação de serviços, etc.).
Nas operações de crédito rural, a escolha de garantias é
de livre convenção entre o financiado e o financiador.
ICV / DIEESE O Índice do Custo de Vida é calculado pelo Dieese
(Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos) no município de São Paulo, desde
1959, em pesquisas diretas nas famílias com renda de 1
a 30 salários mínimos, denominadas POF – Pesquisas
de Orçamento Familiar.
IGP-DI / FGV O IGP-DI/FGV (Índice Geral de Preços/Disponibilidade
Interna) foi instituído em 1.947 e é calculado
mensalmente pela FGV – Fundação Getúlio Vargas.
Mede o comportamento de preços em geral da
economia brasileira.
IGP-M/FGV O IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) é
calculado mensalmente pela FGV e, quando foi
concebido, teve como princípio ser um indicador para
balizar as correções de alguns títulos emitidos pelo
Tesouro Nacional e de Depósitos Bancários com renda
pós-fixada, acima de um ano.
Inflação É definida como um aumento persistente e generalizado
no índice de preços, ou seja, os movimentos
inflacionários são aumentos contínuos de preços e não
110
podem ser confundidos com altas esporádicas devidas,
por exemplo, a flutuações sazonais. Esses aumentos
devem, também, ser generalizados, com todos os bens
participando dessa escala altista.
Inflação de custos É ocasionada por aumentos dos custos de certos fatores
de produção (salários, matérias-primas importadas,
infra-estrutura de escoamento deficiente), enquanto que
a demanda permanece estável ou declinante.
Inflação de demanda Ocorre quando há um excesso de demanda para uma
produção insuficiente de bens e serviços. Os setores
produtores de matérias-primas identificam um
aquecimento na economia, com aumento de consumo
de bens e serviços e praticam um reajuste em seus
preços.
Inflação inercial É quando a inflação passada alimenta a futura, ou seja,
todos os aumentos de preços são captados pelo índice
de inflação, que, por sua vez, corrige automaticamente
todos os demais preços da economia (salários, aluguéis,
contratos), gerando um processo automático de
realimentação da inflação.
INPC/IBGE O INPC/IBGE (Índice Nacional de Preço do Consumidor
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é
calculado mensalmente pelo IBGE e foi criado com o
objetivo de orientar os reajustes de salários dos
trabalhadores. O INPC/IBGE verifica as variações dos
custos com os gastos das pessoas que ganham de um a
oito salários mínimos, nas regiões metropolitanas de
Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre,
Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, no
município de Goiânia e no Distrito Federal.
Mede a variação dos custos dos gastos, conforme
descrito, no período do primeiro ao último dia de cada
mês de referência. O IBGE divulga as variações entre o
dia onze e o dia vinte do mês seguinte.
Instituições financeiras A Lei 4.595/64, em seu Art. 17, caracteriza como
instituições financeiras "as pessoas jurídicas públicas e
privadas, que tenham como atividade principal ou
acessória a coleta, a intermediação ou a aplicação de
recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda
nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de
propriedade de terceiros". Complementarmente, seu
parágrafo único, diz: "Para os efeitos desta Lei e da
legislação em vigor, equiparam-se às instituições
financeiras as pessoas físicas que exerçam quaisquer
das atividades referidas nesse artigo, de forma
permanente ou eventual".
111
IPC/FIPE O IPC/FIPE (Índice de Preços ao Consumidor) é
calculado mensalmente pela FIPE - Fundação Instituto
de Pesquisas Econômicas. Mede a variação de preços
para o consumidor na cidade de São Paulo para quem
ganha de dois a seis salários mínimos mensais. Os
grupos de despesas estão compostos de acordo com o
POF (Pesquisas de Orçamentos Familiares), em
constante atualização. A estrutura de ponderação atual é
restrita a assinantes e pode ser verificada no portal da
FIPE http://www.fipe.com.br.
IPCA / IBGE O IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é
calculado mensalmente pelo IBGE e foi instituído,
originalmente, com a finalidade de corrigir as
demonstrações financeiras das companhias abertas.
Verifica as variações dos custos com os gastos das
pessoas que ganham de um a quarenta salários
mínimos nas regiões metropolitanas de Belém, Belo
Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio
de Janeiro, Salvador, São Paulo, no município de
Goiânia e no Distrito Federal. O IPCA/IBGE mede a
variação dos custos dos gastos, conforme acima
descrito, no período do primeiro dia ao último dia de
cada mês de referência. O IBGE divulga as variações
entre o dia onze e o dia vinte do mês seguinte.
É o índice oficial do Governo Federal, considerado o
termômetro para medição das metas inflacionarias
contratadas com o FMI – Fundo Monetário Internacional,
desde julho/99.
Juro Juro (no singular) é a quantia que remunera um credor
pelo uso de seu dinheiro por parte de um devedor
durante um período determinado, geralmente uma
percentagem sobre o que foi emprestado; soma cobrada
de outrem, pelo seu uso, por quem empresta o dinheiro.
Na prática, simplesmente considera-se juro como sendo
o retorno de quem empresta em função de um capital
emprestado (Dicionário Houaiss, 2002).
Juros compostos Também denominados juros exponenciais ou,
popularmente, juros sobre juros. É o método de
capitalização no qual os juros incidem sobre o Capital e
também sobre os juros acumulados até o período
imediatamente anterior, ou seja: os juros gerados no
período anterior são incorporados ao Capital inicial e
esse Montante passa a ser a nova base de cálculo para
os juros do período seguinte. É por esse motivo que,
matematicamente, são denominados exponenciais.
Juros simples Também chamado de regime de capitalização simples, é
o regime no qual a taxa de juros incide somente sobre o
112
Capital inicial (ou Principal) durante todo o período da
operação.
Método Hamburguês É o método tradicional de cálculo das prestações, onde
de Amortização o valor da dívida é dividido pelo número de parcelas. A
cada mês, o associado paga a parcela fixa acrescida
dos juros, calculados sobre o saldo devedor.
Micro e pequenos São aqueles cuja receita bruta anual é igual ou inferior
empresários ao limite estabelecido pelo art. 2º da Lei 9.841, de 5 de
outubro de 1999, para as empresas de pequeno porte. O
limite atual de receita anual é de R$ 2.133.222,00 (Dec.
5.028, de 31/03/2004).
Microempreendedores São aqueles que trabalham por conta própria, em uma
atividade legal, sem, contudo, ter uma empresa
registrada nos órgãos competentes.
Operações ativas São as operações de crédito que as instituições
financeiras realizam com seus clientes, gerando direitos.
Em geral, essas operações representam a principal
aplicação de recursos dessas instituições e, juntamente
com as tarifas, são suas fontes de renda mais
importantes. Em um sentido amplo, são os chamados
empréstimos. Na prática, empréstimos são uma das
modalidades de operações ativas.
Operações passivas As operações passivas são representadas, basicamente,
pela captação de depósitos a vista e a prazo. Essas
operações geram compromissos pesados para a
cooperativa, pois se trata de recursos de terceiros. Os
depósitos a vista são exigíveis a qualquer momento,
enquanto que os a prazo possuem data certa de
vencimento.
Ordem de pagamento Modalidade de transferência de recursos na qual uma
(OP) agência de uma instituição envia uma mensagem para
outra agência desta mesma instituição indicando o
remetente dos recursos, o valor e, principalmente, a
pessoa que irá sacar esse recurso pessoalmente nesta
outra agência.
Observe que tal sistema somente é válido para uma
mesma instituição, que providenciará a contabilização
interna entre agências.
Poupança rural Os bancos cooperativos (Bancoob e Bansicredi) são
autorizados a captar poupança rural (conhecida no
mercado financeiro como “caderneta verde”). Devem
celebrar convênios de correspondentes bancários, para
a captação dos depósitos, exclusivamente com as
cooperativas de crédito rural e com as de livre admissão
de associados.
A poupança rural poderá ser captada junto aos
associados das cooperativas de crédito e à comunidade
em geral e será uma grande fonte de recursos para as
113
cooperativas.
Práxis Prática; ação concreta; maneira de proceder na prática;
comportamento costumeiro. Ação de aplicar, usar,
exercitar uma teoria, arte, ciência ou ofício. Parte do
conhecimento voltada para as relações sociais e as
reflexões políticas, econômicas e morais (Dicionário
Houaiss). União indissociável de teoria e prática.
O Produto Interno Bruto - PIB de um País é a soma de
tudo que é produzido dentro do território nacional (bens
Produto Interno Bruto – e serviços finais), valorizado a preços de mercado. Sua
PIB variação, em um determinado período, é o principal
indicador do nível de atividades de um País.
O PIB contempla, portanto, somente os bens e serviços
finais produzidos dentro do País. É denominado “bruto”
por não levar consideração a depreciação (desgaste)
dos bens utilizados em sua produção. Quando se
desconta a depreciação, passa a ser Produto Interno
Líquido.
Ramos do As cooperativas podem adotar, por objetivo, qualquer
cooperativismo gênero de serviço, operação ou atividade, de acordo
com a área econômica de interesse dos cooperados.
Usa-se a palavra “ramo” para diferenciar os tipos de
cooperativas. Alguns ramos de cooperativas:
agropecuário, consumo, crédito, educacional, especial,
habitacional, infra-estrutura, mineral, produção, saúde,
trabalho, turismo e lazer e transporte.
Receitas Representam a entrada de recursos para a instituição
decorrentes de suas atividades operacionais ou de
eventos não operacionais. Não devem ser confundidas
com os depósitos dos associados.
Receitas não- São as provenientes de eventos que não fazem parte do
operacionais dia-a-dia da cooperativa, mas que representam entrada
de recursos, onde se destacam a venda de móveis,
imóveis, veículos, rendas de aluguéis e as doações
recebidas.
Receitas operacionais Referem-se às entradas de recursos para a cooperativa
provenientes de suas atividades de intermediação
financeira e de prestação de serviços. Basicamente é
composta de juros das operações de empréstimos,
descontos e financiamentos, multas, receitas das
aplicações interfinanceiras, tarifas de prestação de
serviços, recuperação de créditos baixados como
prejuízos etc.
Resultado É a diferença entre as receitas e as despesas que, no
caso das cooperativas de crédito, são tecnicamente
denominadas sobras ou perdas. É comum o uso das
expressões superávit e déficit ou mesmo lucros e
prejuízos, mais utilizadas em empresas.
114
Riscos Financeiros São aqueles relacionados à gestão de recursos
financeiros que, no caso das cooperativas de crédito,
são os insumos de produção. A má gestão destes riscos
pode comprometer a existência da cooperativa em
médio e, até mesmo, em curto prazo.
SELIC (Sistema O SELIC foi criado em 1979 pelo Banco Central e pela
Especial de Liquidação ANDIMA (Associação Nacional das Instituições do
e Custódia) Mercado Aberto) para simplificar a sistemática de
negociação dos títulos públicos no mercado aberto.
Atualmente, além dos títulos públicos, registra, custodia
e promove a liquidação financeira dos depósitos
interbancários.
Serasa É uma das mais antigas instituições de banco de dados
sobre o comportamento financeiro das pessoas, no
Brasil. O acesso é disponível mediante contrato prévio
entre a cooperativa de crédito e a Serasa, com os
devidos pagamentos por consulta. Seu produto mais
conhecido é o Concentre Monitore, que permite o
acompanhamento contínuo de clientes pessoas físicas e
jurídicas em relação a ocorrências como: falências,
concordatas, protestos, ações judiciais executivas,
ações judiciais de busca e apreensão, ações de
execução fiscal da justiça federal, cheques sem fundos,
participação em empresas falidas, pendências
financeiras, dívidas vencidas.
Serviço de O serviço é regulado pelo Banco Central do Brasil –
Compensação de Bacen e executado pelo Banco do Brasil. É realizado
Cheques e Outros numa dependência do Banco do Brasil, denominada
Papéis Câmara de Compensação e consiste na troca, pelos
bancos participantes, de cheques, pagamento de títulos,
na transferência de fundos e outras obrigações.
A compensação pode ser local (cidades de difícil
acesso, que conta com, pelo menos, uma agência do
Banco do Brasil e de outro banco), regional (abrangendo
as agências de uma determinada região) ou nacional
(abrange todas as agências do País). Atualmente, a
compensação regional troca basicamente os boletos de
compensação e cheques. As compensações locais e a
nacional trocam apenas cheques.
Sistemas São formados pelas cooperativas singulares, pelas
Cooperativistas de Centrais, Confederações, empresas coligadas e
Crédito respectivo banco cooperativo. As cooperativas dos
Sistemas Sicoob e Sicredi e seus respectivos bancos,
atuam integrados operacionalmente, funcionando como
uma verdadeira rede.
Sistema CRESOL É o Cooperativismo de Crédito Rural com Interação
Solidária. A primeira cooperativa do Sistema Cresol foi
criada em 24 de junho de 1995, na microrregião de Dois
115
Vizinhos, no Sudoeste do Paraná. É composto por duas
Centrais (em Francisco Beltrão – PR), 7 bases de apoio,
67 cooperativas singulares, com 45.000 associados,
atuando em 250 municípios nos estados de Santa
Catarina , Paraná e Rio Grande do Sul (dez/2005).
Sistema das É o maior sistema cooperativista de crédito brasileiro,
Cooperativas de presente em 19 Estados e no Distrito Federal. É
Crédito do Brasil - composto por 14 Centrais, 675 cooperativas singulares,
SICOOB 947 Postos de Atendimento Cooperativo (PAC) e
1.253.000 associados. É controlador do Banco
Cooperativo do Brasil S/A – Bancoob (dez/2005).
Sistema de Crédito É constituído pela confederação (Sicredi Serviços), por 5
Cooperativo - SICREDI cooperativas centrais, 130 singulares, 760 PAC’s e um
banco cooperativo (Bansicredi); possui 960.000
associados e está presente em 6 Estados. Controla o
Banco Cooperativo Sicredi S/A – Bansicredi (dez/2005).
Sistema de É uma fonte de consulta gerida pelo Banco Central que,
Informações de Crédito obedecidas a determinadas condições, permite a troca
do Banco Central - de informações sobre operações de crédito entre os
(SCR) integrantes do Sistema Financeiro Nacional. Está
disponível no SCR todo o endividamento das pessoas
(físicas e jurídicas) com o sistema financeiro nacional,
quer como tomadoras de empréstimos, quer como
garantidoras (avalistas ou fiadoras). Seu comportamento
como prestamistas também constam nos arquivos,
como, por exemplo, se os clientes são bons ou maus
pagadores, os atrasos médios, limites de crédito etc.
Sistema ECOSOL É um Sistema de apoio às cooperativas de crédito, como
uma forma de promover o fortalecimento da economia
solidária e do desenvolvimento sustentável. É ligado à
Central Única dos Trabalhadores – CUT e seu objetivo
geral é organizar uma rede de instituições financeiras de
caráter coletivo e solidário, para dinamizar o
desenvolvimento local. Apresentava, em
dezembro/2003, 26 cooperativas singulares, uma
cooperativa central e cerca de 6 mil associados
(dez/2004).
Sistema Financeiro Segundo Fortuna (1999), pode ser definido como “um
conjunto de instituições que se dedicam, de alguma
forma, ao trabalho de propiciar condições satisfatórias
para a manutenção de um fluxo de recursos entre
poupadores e investidores”. O local onde se processam
essas transações é denominado “mercado financeiro”;
ele permite que um indivíduo ou empresa (“agente
econômico”) detentor de poupança, seja colocado em
contato com outro, que demanda essa poupança para
investimento.
Sistema UNICRED Foi constituído inicialmente por cooperativas de
116
médicos; atualmente abrange os demais profissionais da
área de saúde. Surgiu para administrar os recursos
gerados pelo Sistema Unimed (cooperativas de trabalho
médico), permitindo que nelas ficassem os lucros que
seriam, de outra forma, auferidos por outras instituições
financeiras. O Sistema é composto pela Confederação, 9
cooperativas centrais e 130 singulares, 358 PAC’s e
121.000 associados em 25 Estados (dez/2005).
Spread É a diferença entre o custo de captação da instituição e
a taxa cobrada nos empréstimos aos clientes. O spread
é composto basicamente por: a) despesas
administrativas; b) tributos diretos e indiretos; c)
expectativa de inadimplência e d) expectativa de lucro
(sobras) para a Instituição.
Tabela Price Também chamada de “Sistema Francês de
Amortização”, calcula o valor das prestações fixas de um
empréstimo ou financiamento.
Taxa CDI É o custo médio efetivo que as instituições financeiras
estão pagando e/ou cobrando nas operações
interbancárias. É considerada o custo médio de mercado
do dinheiro para as instituições.
Taxa de juros As taxas equivalentes são aquelas que produzem o
equivalente mesmo resultado quando aplicadas sobre o mesmo
valor, durante o mesmo período, embora estejam
expressas em unidades de tempo diferentes.
Taxa de juros nominal A taxa nominal pode ser definida como uma taxa
negocial aceita entre as partes. É expressa em uma
unidade de tempo que não coincide com a que será
utilizada no processo de capitalização. Entretanto, é
preciso considerar a taxa efetiva que pressupõe que sua
unidade de tempo coincida com a unidade de tempo dos
períodos de capitalização
Taxa de Juros de Foi instituída em novembro de 1994 pelo Conselho
Longo Prazo - Monetário Nacional, como forma de estimular os
TJLP investimentos de longo prazo e remunerar as operações
do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT e do
PIS/PASEP.
Substitui a Taxa de Referencial de Juros – TR, nas
operações de longo prazo realizadas pelo BNDES –
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social, sendo seu principal fator de correção (exemplo:
operações Finame).
É calculada com base na expectativa de inflação,
representada pela meta inflacionária do governo
acrescida do risco Brasil. Considera, também, as taxas
de juros cobradas no mercado internacional.
Taxa de juros real Taxa real é aquela que efetivamente reflete a
remuneração do capital em função do indexador
117
utilizado. Além da remuneração da taxa de juros há,
também, a variação do indexador (geralmente o de
inflação – IPCA).
Taxa SELIC Diariamente os bancos realizam operações entre si e
com o Banco Central. Invariavelmente, os bancos
precisam tomar empréstimos de curtíssimo prazo para
cobrir deficiências momentâneas de caixa. A SELIC é a
taxa de juros cobrada pelo Banco Central quando
empresta dinheiro aos bancos. Os empréstimos são
lastreados em títulos públicos de propriedade dos
bancos.
Também chamada de Financeiro, é a área da
cooperativa que cuida da movimentação financeira do
Tesouraria dia-a-dia. É um lugar onde os controles devem ser
bastante rigorosos e é imprescindível a agilidade na
tomada de decisão. Nas cooperativas menores, é muito
comum o gerente responsável pelas operações ativas e
passivas atuar, também, na Tesouraria. Com o
crescimento da cooperativa, geralmente ocorre uma
divisão de tarefas, ficando a tesouraria a cargo de um
gerente exclusivo.
Transferência É uma modalidade de transação “on-line” pela qual a
Eletrônica Disponível instituição financeira recebe e disponibiliza, no mesmo
(TED) dia (às vezes, em pouco minutos), o crédito ao
beneficiário da transferência. Apresenta segurança e
rapidez uma vez que a confirmação dos valores é em
tempo real (na mesma hora), não dependendo do
movimento na Câmara de Compensação do Banco do
Brasil. Atualmente somente podem ser enviados, via
TED, valores iguais ou superiores a R$ 5 mil. Um
objetivo do Banco Central é diminuir gradativamente
este limite.
118
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. 5ª. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
119