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PRESSE GIA

Manual de Boas Práticas


presse gia
manual de boas práticas

Título:
presse gia: manual de boas práticas

Autoria:
Miriam Gonzaga
Susana Sousa
Inês Castro
Maria da Paz Luís
Cármen Guimarães

Ilustração e design gráfico:


Marta Rodrigues

Administração Regional de Saúde do Norte, I.P.


Departamento de Saúde Pública
Rua Anselmo Braancamp, 144
4000 – 078 Porto
presse@arsnorte.min-saude.pt
www.presse.com.pt

Reserve-se os direitos de autor

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O presse gia – Manual de Boas Práticas define princípios orientadores
para a implementação do Gabinete de Informação e Apoio das escolas
PRESSE, apoiando a prática dos profissionais de saúde e educação com os
alunos do 2º e 3º ciclos do ensino básico e alunos do ensino secundário.

O gt-PRESSE pretende com o presse gia – Manual de Boas Práticas


promover a dinamização deste gabinete e a plenitude do seu
funcionamento, de acordo com a legislação em vigor e com os princípios
subjacentes à implementação da educação sexual em meio escolar, pelas
escolas PRESSE.

Votos de Bom Trabalho!


gt-PRESSE

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Índice

I. Introdução ao presse gia


II. Funcionamento do presse gia
III. Ética e Deontologia profissional no presse gia
IV. Bibliografia
V. Anexos
a. Sinalética presse gia
b. Horário presse gia
c. Folheto presse gia

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Nota introdutória
Uma das medidas preconizadas pelo PRESSE é a implementação do
presse gia: Gabinete de Informação e Apoio no âmbito da educação
para a saúde e educação sexual nas escolas PRESSE.

a. Legislação orientadora para a criação dos Gabinetes de Informação


e Apoio

A Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto, no seu artigo 10º define que os


agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas dos 2º e 3º ciclos do
ensino básico e do ensino secundário devem disponibilizar aos alunos um
gabinete de informação e apoio no âmbito da educação para a saúde e
I. Introdução educação sexual, assegurado por profissionais com formação nesta área.
Por outro lado, a Portaria n.º 96-A/2010, de 9 de Abril define que cabe ao
presse gia diretor de escola, ouvida a equipa de educação para a saúde, definir a
organização bem como as normas de funcionamento dos gabinetes de
informação e apoio ao aluno, previstos naquele preceito legal. Define
ainda que compete aos serviços do Ministério da Educação assegurar o
apoio técnico e o enquadramento de referência para a organização destes
gabinetes.

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O grupo de trabalho do PRESSE reconhece, no entanto, a necessidade de
apoiar as escolas na criação e, sobretudo, na dinamização destes espaços.
Assim, e baseando-se na legislação em vigor, propõe alguns princípios
orientadores para a implementação do Gabinete de Informação e Apoio
das escolas PRESSE, de forma a promover a sua dinamização e melhor
funcionamento.

b. O que é o presse gia?

O presse gia é um espaço para os alunos, onde se desenvolvem ações


de informação, educação e comunicação no âmbito da educação sexual.

As principais atividades do presse gia são:

 Atendimento assegurado por profissionais com formação nas


áreas de saúde e educação sexual;
 Acesso a informação que assegure resposta a questões colocadas
pelos alunos;
 Dinamização de atividades que contribuem para a educação
sexual na escola;
 Encaminhamento para serviços que permitam o acesso a
métodos contracetivos adequados.

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c. A quem se dirige o presse gia?

O presse gia dirige-se a alunos do 2º e 3º ciclos do ensino básico e


ensino secundário, interagindo também na sua atividade com a restante
comunidade escolar.

d. Parcerias

O presse gia deve privilegiar o estabelecimento de parcerias com


entidades que possam contribuir para a promoção dos seus objetivos,
nomeadamente:
- Instituto Português da Juventude, através dos seus gabinetes de saúde
juvenil e unidades móveis1;
- Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco;
- Juntas de Freguesia, Câmaras Municipais, Bibliotecas Municipais;
- Associações de desenvolvimento local.

1
O gabinete de informação e apoio articula a sua atividade com as respetivas unidades de saúde da
comunidade local ou outros organismos do Estado, nomeadamente o Instituto Português da
Juventude - ponto 3 do artigo 10.º da Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto.
Para efeito do disposto no número anterior e em especial do estabelecidono n.º 3 do mencionado
artigo 10.º da Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto, os gabinetes de informação e apoio ao aluno são,
igualmente, articulados com os gabinetes de saúde juvenil e unidades móveis, ao dispor das escolas
pelo Instituto Português da Juventude, I. P., e nos termos previstos na Portaria n.º 655/2008, de 25
de Julho – Regulamentação da lei nº 60/2009 de 6 de Agosto através da ponto 2 da portaria nº 196-
A/2010.

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Funcionamento
a) Espaço físico

Sugere-se que o Gabinete esteja identificado com a sinalética presse gia


(anexo a). Pretende-se que seja um espaço apelativo e agradável quer
para o profissional que o dinamiza, quer para o aluno que o utiliza.2

b) Princípios básicos de funcionamento

São princípios básicos de funcionamento do presse gia:


- Estar integrado nos projetos educativos dos agrupamentos de escolas
e escolas não agrupadas, envolvendo especialmente os alunos na
definição dos seus objetivos;3
- Funcionar no mínimo uma manhã e uma tarde por semana;4
- Garantir acesso à internet para promover uma resposta rápida e
eficaz às questões dos alunos;
- Garantir a confidencialidade aos seus utilizadores;

II. Funcionamento - Funcionar de forma ordenada promovendo a harmonia mas não


comprometendo o caráter informal do espaço;
presse gia - Promover a participação dos alunos na organização e decoração do
espaço.

2
As escolas disponibilizam um espaço condigno para funcionamento do gabinete, organizado com a
participação dos alunos, que garanta a confidencialidade aos seus utilizadores - ponto 6 do artigo 10.º
da Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto.
3
Os gabinetes de informação e apoio devem estar integrados nos projetos educativos dos
agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas, envolvendo especialmente os alunos na definição
dos seus objetivos – ponto 7 do artigo 10.º da Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto.
4
O gabinete de informação e apoio funciona obrigatoriamente, pelo menos, uma manhã e uma tarde
por semana - ponto 4 do artigo 10.º da Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto.

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c) Recursos materiais

As condições mobiliárias do presse gia devem facilitar o


desenvolvimento de atividades individuais ou de grupo com o/os
aluno/os que procurem este espaço. É igualmente importante que o
gabinete esteja dotado de algum material escolar (cartolinas, papel,
tesoura, lápis de cor, entre outros) para que o profissional possa
desenvolver atividades lúdicas e pedagógicas junto dos alunos
utilizadores do presse gia.

Outros materiais pedagógicos, como jogos desenvolvidos pelos alunos


(ou produzidos por entidades competentes) e materiais de informação,
educação e comunicação também devem estar disponíveis. Sugere-se a
disponibilização sistemática de folhetos e cartazes sobre as temáticas
abordadas, produzidos pela própria escola, nomeadamente nas sessões
de educação sexual ou no presse gia, ou por entidades competentes,
com experiência na área (ex. Direção Geral de Saúde, Portal da
Juventude, APF, autarquias). Devem também estar acessíveis neste
espaço todos os documentos produzidos e divulgados pelo grupo de
trabalho do PRESSE, particularmente os folhetos gia.

O material informático e o acesso à internet são fundamentais para


assegurar aos utilizadores do presse gia a possibilidade de pesquisar a
informação necessária para desenvolver atividades em grupo bem como
para responder a questões individuais dos alunos. Podem também estar
disponíveis CD-ROM ou outras aplicações informáticas sobre saúde sexual

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e reprodutiva, produzidas pela escola, pelos parceiros ou por outras
entidades relevantes5.

d) Horário de atendimento

É esperado que o atendimento no presse gia funcione no mínimo uma


manhã e uma tarde por semana6, podendo este horário ser alargado se
existir disponibilidade dos profissionais. Para o devido funcionamento do
presse gia é importante que exista um horário predefinido e afixado em
local acessível ao aluno (anexo b), onde conste o profissional responsável
pelo atendimento e o período que lhe corresponde. Desta forma, o aluno
pode procurar o presse gia em função do profissional com o qual
pretende contactar.

e) Divulgação
Pretende-se que o aluno tenha acesso à informação sobre a existência do
presse gia (anexo c), ao horário de funcionamento e atendimento e às
atividades que lhes estão disponíveis e acessíveis segundo o seu ano de
escolaridade.

5
O gabinete de informação e apoio deve garantir um espaço na Internet com informação que
assegure, prontamente, resposta às questões colocadas pelos alunos - ponto 5 do artigo 10.º da Lei
n.º 60/2009, de 6 de Agosto.
6
O gabinete de informação e apoio funciona obrigatoriamente, pelo menos, uma manhã e uma tarde
por semana- ponto 4 do artigo 10.º da Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto.

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a) Perfil adequado do profissional do presse gia

O atendimento no presse gia é assegurado por profissionais com


formação nas áreas de saúde e educação sexual, preferencialmente da e-
PRESSE.

A diversidade de categorias profissionais (professor, enfermeiro, médico,


psicólogo) favorece e amplia as potencialidades de dinamização do
presse gia.

Estes profissionais estarão disponíveis para fornecer aos alunos


informação científica e atualizada, baseando-se no estado da arte das
áreas de intervenção do gabinete.

Os profissionais do presse gia deverão divulgar e dinamizar atividades


dentro e fora do gabinete promovendo, sempre que possível, o
envolvimento da comunidade educativa. É importante, por isso, que
possuam competências de comunicação e que tenham experiência em

III. Ética e deontologia metodologias participativas e dinâmicas de grupo.

É ainda desejável que apresentem um conjunto de características que


reforcem o seu papel de agentes de educação sexual, nomeadamente:

profissional - Genuína preocupação com o bem-estar físico e psicológico dos outros;

presse gia - Aceitação confortável da sua sexualidade e da dos outros;


- Respeito pelas opiniões das outras pessoas;
- Atitude favorável ao envolvimento dos pais e encarregados de educação
e outros agentes de educação;

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- Compromisso de confidencialidade sobre informações pessoais que
possam ser explicitadas pelos alunos;
- Capacidade para reconhecer as situações que requerem a intervenção
de outros técnicos (Went, 1985).
Os profissionais que dinamizam este espaço deverão ser tão neutros
quanto possível, não atribuindo previamente “certo” ou “errado” e
controlando a emissão de juízos de valor. Sendo que cada aluno é
detentor de um conjunto de valores pessoais, que devem ser respeitados
e valorizados, compete aos profissionais promover um ambiente aberto e
não constrangedor, promotor de escolhas e liberdades individuais.

Todos estes técnicos são, habitualmente, modelos relevantes para os


alunos não só pelo seu discurso, mas sobretudo pelas suas práticas,
comportamentos ou simplesmente pela linguagem não-verbal que
utilizam quando falam de um tema em particular. O modo como agem
perante um grupo minoritário, mesmo que o façam de forma
inconsciente, pode ter um efeito significativo, tanto na forma como o
aluno que pertence a esse grupo se sente e olha para si próprio, como na
forma como os restantes alunos lidam com ele. Esta questão é
particularmente relevante quando se dinamiza um espaço de tanta
partilha de experiências e de informações como o presse gia.

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Os profissionais de educação e saúde deverão ser mediadores e
moderadores das intervenções, aproveitando todos os contributos para
uma definição mais correta e abrangente da sexualidade humana.

Pretende-se uma atuação pedagógica, através da partilha, em vez da


imposição de definições do saber contribuindo, assim, para evitar
constrangimentos de ordem pessoal, profissional e/ou institucional.

É também esperado que os profissionais permaneçam atentos e sensíveis


a possíveis sinais ou sintomas que evidenciem algum tipo de violência
(pressão verbal, física, bullying escolar, abuso sexual) que possa ocorrer
entre pares e/ou em contexto familiar.

Compete aos profissionais do presse gia avaliar as questões e dúvidas e


encaminhar, sempre que necessário, os alunos para os técnicos mais
habilitados, atendendo sempre aos princípios de privacidade e
confidencialidade.

Os profissionais do presse gia devem respeitar as decisões e os direitos


do aluno, enquadrando-os nos princípios orientadores de uma escola e,
sobretudo, de uma sociedade laica, democrática e plural.

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b) Privacidade e confidencialidade

A privacidade e a confidencialidade são a base para a garantia do sucesso


das intervenções junto dos alunos. Do ponto de vista ético,
independentemente da sua idade, um indivíduo considerado capaz tem
direito à autonomia e, consequentemente, à privacidade. No entanto, é
difícil, particularmente em situações menos claras, discernir sobre a
competência ou incompetência de uma pessoa. Sabemos que o que
procuramos em todas as nossas atuações profissionais é o melhor para o
aluno, e que esse melhor inclui, invariavelmente (dada a grande
diversidade humana), a sua opinião.

É importante que o profissional do presse gia tenha presente estes


princípios. Os profissionais integrados na equipa de trabalho
multidisciplinar do presse gia podem, entre eles, transmitir informação
considerada confidencial sobre o aluno, tendo em conta o interesse do
mesmo, desde que se restrinja ao estritamente necessário para os
objetivos em causa. No entanto, algumas problemáticas, pela sua
gravidade ou complexidade, podem exigir um controlo por parte dos pais
ou de outra pessoa da esfera relacional do aluno. Quando tal acontece, o
problema deve ser seriamente discutido com o aluno e, se for o caso,
deveremos avisá-lo da necessidade de envolvimento de uma terceira
pessoa que possa auxiliar no controlo desses comportamentos
gravemente danosos (Ricou, 2004).

O aluno deve ter a consciência e ser esclarecido previamente acerca da


possibilidade e necessidade desta partilha de informação. Nesses casos,
deve tentar minimizar-se os danos que a quebra dessa confidencialidade
poderá causar.

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Bibliografia:

DGS (2009) Excertos do documento Educação Sexual em Meio Escolar – Linhas


Orientadoras, editado conjuntamente pelos Ministérios da Educação e da Saúde (2000)
[on line] disponível: www.dgs.pt

Frade, A., Marques, A. M., Alverca, C. & Vilar, D. (2003). Educação Sexual na Escola. Guia
para professores, formadores e educadores. Lisboa: Texto Editora.

Matos, M., Simões, C., Carvalhosa, S., Reis, C., & Canha, L. (2000). A saúde dos
adolescentes portugueses. Faculdade de Motricidade Humana/PEPT-Saúde/GPT da
CMLisboa.

Matos, M., Simões, C., Tomé, G., Pereira, S., Diniz, J., & Equipa da Aventura Social (2006).
Comportamento Sexual e Conhecimentos, Crenças e Atitudes Face ao VIH/SIDA - Relatório
Preliminar.

Sanders, P. & Swinden, L. (1995). Para me conhecer. Para te conhecer…estratégias de


educação sexual para o 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico. Lisboa: Associação para o
Planeamento da Família.

Spence, S., & Matos, M. (2000). Intervenções preventivas com crianças e adolescentes. In

IV. Bibliografia
M. Matos, C. Simões, & S. Carvalhosa (org.). Desenvolvimento de competências de vida na
prevenção do desajustamento social. Lisboa: IRS/MJ.

Tomé Ribeiro, T. (2006). Educação da sexualidade em meio escolar: treino de


competências individuais. Braga: Casa do professor.

Vilar, D. & Souto, E. (2008) A Educação Sexual no Contexto da Formação Profissional.


Instituto do Emprego e Formação Profissional.

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V. Anexos

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Anexo a)
Sinalética presse gia

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Anexo b)
Horário de atendimento presse gia

Horário de atendimento do presse gia


Horário 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira
A preencher pelos
profissionais do
presse gia

Colocar as cores de
acordo com o
profissional presse
gia disponível

Enfermeiro/a

Professor/a

Psicólogo/a

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Anexo c)
Folheto presse gia

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