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Disciplina: Direito Processual Civil

Professor: Murilo Sechieri


Aula: 41| Data: 21/05/2019

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO
PROCESSO DE CONHECIMENTO
8. Audiência de Instrução e Julgamento
9. Sentença

PROCESSO DE CONHECIMENTO

8. Audiência de Instrução e Julgamento


(Arts. 358 a 368, CPC)

Nem sempre essa audiência acontece (casos de julgamento antecipado ou, de desnecessidade de prova oral, por
exemplo).

Conceito: é ato processual público, presidido pelo juiz, uno, contínuo e complexo, que se destina à tentativa de
conciliação, à colheita da prova oral, à discussão da causa e à prolação de sentença, em regra.

Detalhando o conceito:

 Público: como regra, todos os atos processuais são públicos.


 Presidido pelo juiz, porque ele exerce o poder de polícia na audiência.
 Uno e contínuo: ainda que todos os atos não se realizem na mesma data (por impossibilidade, por exemplo),
podem ocorrer várias sessões e, ainda assim, a audiência será uma só (eventual nulidade em uma das sessões
contamina as demais por conta disso).
 Complexo, porque são realizados vários atos processuais nela.
 Tentativa de conciliação: mesmo que se tenha tentado antes, pode-se conseguir atingi-la na ocasião.
 Colheita da prova oral: tanto do depoimento das partes e dos peritos, se eventualmente houve esse pedido,
quanto do depoimento das testemunhas arroladas, por exemplo.
 Discussão da causa, porque também há debates nela.
 Prolação de sentença, em regra, porque se o juiz não prolatar sentença nela, poderá fazê-lo em 30 dias.

Procedimento:

(i) Designação na decisão saneadora, em regra (em regra, porque às vezes, no saneamento o juiz defere as provas,
mas deixa para designar a audiência depois que o laudo pericial estiver pronto, por exemplo – não há previsão no
CPC, mas é comum na prática).

(ii) Intimação pessoal da parte se foi requerido o seu depoimento pessoal (se não houver depoimento pessoal, basta
a intimação dos advogados).

(iii) Pregão das Partes: é o anúncio público e a convocação de todos os que dela precisam participar.

(iv) Tentativa de conciliação que, se frutífera, o juiz homologará a autocomposição.

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CARREIRAS JURÍDICAS
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(v) Colheita da prova oral na seguinte ordem preferencial (preferencial, porque a ordem não é obrigatória): a- perito
e assistentes prestam esclarecimentos (se houve pedido nesse sentido); b- depoimento pessoal (primeiro do autor,
depois do réu, desde que tenha havido pedido nesse sentido); c- testemunhas (primeiro as arroladas pelo autor,
depois pelo réu);

(vi) Concluída a instrução, passa-se aos debates orais, pelo prazo de 20 minutos, prorrogável por mais 10 minutos
– são, portanto, no máximo 30 minutos para cada parte. (Primeiro o advogado do autor, depois o do réu e, terceiro
o MP, se o caso).

(vii) Prolação de sentença na própria audiência ou no prazo de 30 dias (é um prazo impróprio - dirigido ao juiz - e
cujo descumprimento não acarreta sanção).

Observações Finais:

Obs.1: Quando a causa apresentar complexidade de fato ou de direito, os debates poderão ser convertidos em
razões finais escritas – são os memoriais (prazo de 15 dias sucessivos para cada uma das partes).

Obs.2: A audiência pode ser gravada mesmo sem a autorização do juiz.

Obs.3: A Audiência pode ser adiada nos seguintes casos:

i- por convenção das partes;


ii- por ausência justificada de algumas das pessoas que deveriam dela participar (ex.: o advogado justifica que tem
outra audiência na mesma data);
iii- quando houver atraso injustificado para seu início, superior a 30 minutos (somente se injustificado. Em havendo
justificativa - por exemplo atraso por conta da audiência anterior - não se adia).

Obs.4: Consequência da ausência injustificada:

a) do perito: condução coercitiva (naquele caso da intimação com 10 dias de antecedência para comparecer à
audiência);
b) da testemunha que foi intimada (por carta com AR ou pelo juízo): condução coercitiva. (Lembrar que se o
advogado se comprometeu a levá-la independente de intimação e ela não compareceu, entende-se como
desistência);
c) da parte intimada ao depoimento pessoal: pena de confissão;
d) do advogado da parte: o juiz pode dispensar a prova que foi por ele requerida.

Lembrando que às vezes essa audiência ocorre, às vezes não.

9. Sentença
(arts. 485 a 501, do CPC)

 Classificação dos atos do juiz (de primeira, de segunda ou das superiores instâncias):

A) Materiais: quando o juiz faz alguma coisa (ex.: quando preside a audiência, quando realiza o interrogatório da
parte, quando realiza a inspeção judicial).

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B) Provimentos/Pronunciamentos: quando o juiz diz alguma coisa. As sentenças se enquadram aqui. Os
Pronunciamentos/Provimentos são subclassificados em:

 Despacho: é o pronunciamento sem conteúdo decisório. – Isso importa muito por conta da unirrecorribilidade
– para cada tipo de provimento cabe um único recurso (os despachos são irrecorríveis, embora haja uma
corrente doutrinária que entenda ser cabível embargos de declaração).

 Decisão Interlocutória: é qualquer decisão proferida pelo juiz de primeiro grau que não se enquadre no conceito
de sentença. Cabe recurso de todas elas.

 Sentença: é o pronunciamento pelo qual o juiz, com base no art. 485 ou 487 do CPC, põe fim à fase de cognição
ou põe fim ao processo de execução (ressalvados os casos previstos em procedimentos especiais – a exemplo
da Ausência, cujo procedimento escalonado tem 3 fases e cada uma delas é encerrada por sentença). Contra a
sentença cabe apelação nos casos em que a lei não disser o contrário (exs. de quando a lei diz o contrário: art.
1.027, II, b; quando o juiz decreta a falência (cuja decisão é agravável) e; da sentença do JEC, que cabe Recurso
Inominado, etc).

 Decisão Monocrática/Singular/Unipessoal: é aquela que é proferida por um dos integrantes do tribunal (pode
ser o relator do recurso, pode ser ato de presidente ou do vice-presidente do tribunal. Elas podem ser de:

a- Natureza interlocutória: quando não encerram o procedimento no tribunal. – Ex.: quando o relator indefere o
efeito suspensivo de um agravo de instrumento);
b- Natureza final: são as que põe fim ao procedimento no tribunal. Exs.: quando não se admite o recurso, quando
se extingue a rescisória ou, quando não se dá provimento do recurso).
Caberá agravo interno ou agravo em Rext ou Resp.

 Acórdãos: são as decisões proferidas por órgãos colegiados.

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