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LAVRAS – MG
2014
JULIANA APARECIDA DELFINO
Orientadora
Dra. Rosana Maria Mendes
LAVRAS – MG
2014
JULIANA APARECIDA DELFINO
LAVRAS – MG
2014
Primeiramente a Deus, pois sem Ele nada seria possível.
Aos meus pais, pelo amor, carinho e compreensão.
Aos meus irmãos, Luiz Claudio e Carlos Eduardo pelo carinho e apoio.
As minhas cunhadas, Andrea e Iris pelos ensinamentos e incentivos.
Aos meus sobrinhos.
A minha segunda mãe Simone.
A minha irmã na fé Tatiana.
A minha orientadora Rosana Mendes pela paciência, apoio, carinho e
dedicação.
DEDICO
AGRADECIMENTOS
Figura 4 Mosaicos............................................................................................... 35
1 INTRODUÇÃO _____________________________________________ 8
2 GEOMETRIA _____________________________________________ 12
2.1 O Movimento da Matemática Moderna e o Ensino de Geometria
no Brasil _____________________________________________________ 12
2.2 A operação lógica de classificação ________________________ 18
2.2.1 Classificação hierárquica e por partição ____________________ 19
2.3 Conceito figural e objeto protótipo ________________________ 22
2.4 Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) ______________ 24
3 METODOLOGIA __________________________________________ 29
3.1 Sujeitos de pesquisa ____________________________________ 29
3.2 O local da constituição dos dados _________________________ 31
3.3 A oficina ______________________________________________ 32
3.4 A metodologia para a constituição dos dados________________ 38
3.5 Análise de conteúdo ____________________________________ 41
4 ANÁLISE DOS DADOS ____________________________________ 51
4.1 Categoria - “Referência à Geometria” _____________________ 52
4.2 Categoria - Material Manipulativo ________________________ 65
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS _________________________________ 75
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _____________________________ 77
ANEXOS _____________________________________________________ 81
8
1 INTRODUÇÃO
1
Artigo 1.º O Estágio Supervisionado é um componente curricular obrigatório na
formação do professor, que se caracteriza como um tempo especial de aprendizagem por
meio da presença participativa em ambientes próprios de atividades da área profissional,
“campo de estágio”. Disponível em:
<http://www.dex.ufla.br/images/stories/File/CEX%20203/ESTAGIO.pdf> Acesso em:
julho/2013.
2
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, que tem por objetivo a
formação inicial e continuada de professores visando melhorias na qualidade da
Educação Básica, programa este financiado pela CAPES.
3
Disponível em http://www.fe.unicamp.br/zetetike/index.php acesso em ago/2011.
9
1 GEOMETRIA
4
Oficina denominada Espaço e Forma, realizada no Laboratório de Ensino de
Matemática do DEX/UFLA, voltada para alunos da Licenciatura Plena em Matemática,
em que se propunha construir o conceito de polígonos, com a mediação de materiais
manipulativos, utilizando as operações lógicas de classificação.
13
(1997, p.20): “foi introduzida com tal ênfase que a aprendizagem de símbolos e
de uma terminologia interminável comprometia o ensino do cálculo, da
Geometria e das medidas”.
No Brasil, os professores foram “obrigados a ensinar uma Matemática
em cujos métodos não foram preparados, ministravam um ensino deficiente e só
agravaram os problemas”. (SOARES, 2001, p.138)
Nesse contexto, aliado à falta de tempo e planejamento suficientes para
implantar o novo currículo, o ensino acabou sendo prejudicado e os cálculos
numéricos foram substituídos por formalismos excessivos, sendo desvinculado
da realidade dos alunos. O ensino da Geometria também foi assumindo essas
características da MMM e foi sendo abandonado. (SOARES 2001).
No mesmo período em que o MMM emergiu apareceram outros fatores
que contribuíram para o abandono do ensino de Geometria, como a aprovação
da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 5692 de 1971. Sobre essa lei,
Pavanello (1993), aponta que,
a Lei de diretrizes e Bases do Ensino de 1º e 2º Graus, a
5692/71, facilita, por sua vez, esse procedimento ao permitir
que cada professor monte seu programa “de acordo com as
necessidades da clientela”. (PAVANELLO, 1993, p. 13).
56
, Equivalentes a alunos do 1º e do 2º ano do Ensino Médio, respectivamente.
15
uma das prováveis causas dos professores terem dificuldade em abordar esse
conteúdo pode ser pela formação que tiveram em seu ensino básico.
Mesmo com todos esses fatores que contribuíram para o abandono do
ensino de Geometria, ocorreu que no final dos anos 70 as críticas e a busca de
novas alternativas do MMM continuavam em destaque. Por esse fato, iniciou-se
um movimento de reformas curriculares por parte dos educadores matemáticos,
que tentaram recuperar o ensino de Geometria. No estado de São Paulo, por
exemplo, a Proposta Curricular de 1988 buscava colocar o ensino de Geometria
no mesmo nível que outros conteúdos, como a álgebra por exemplo. Essa
recuperação pode ser evidenciada pelas publicações de teses/dissertações
publicadas na década de 1980, nos livros didáticos e nas propostas curriculares
dos Estados. (MIORIM; MIGUEL; FIORENTINI, 1993).
Mesmo com a tentativa de recuperação do ensino de Geometria,
podemos perceber que há influências desse movimento no Ensino de Geometria
até hoje, mesmo sendo esse instaurado há décadas.
Grando; Nacarato; Gonçalves (2008) apontam em seu trabalho que a
experiência,
como docentes e formadoras de professores tem-nos
revelado que, apesar de tantas pesquisas e discussões
teóricas, a geometria ainda está ausente da maioria das salas
de aula. Geralmente os alunos chegam ao ensino superior
com pouco ou nenhum conhecimento básico de geometria.
(GRANDO; NACARATO; GONÇALVES, 2008, p. 40).
utilizam óculos e do outro, os que não utilizam. Assim, para que houvesse uma
classificação, primeiramente seria necessário definir um critério, para depois se
classificar. No exemplo citado, podemos perceber que a criação de critérios está
diretamente relacionada com a classificação.
No subtópico a seguir iremos abordar dois modelos de classificação, a
hierárquica e a por partição.
que os conceitos não estão totalmente isolados, pois conseguiram identificar que
os conjuntos de conceitos mais específicos estão inseridos nos conjuntos mais
gerais.
Villiers (1993, p.4) mostra que “a classificação por partição e as suas
correspondentes definições são úteis e necessárias para distinguir claramente os
conceitos”.
A escolha de qual classificação se deve empregar dependerá do objetivo
de quem vai utilizá-la. Isso depende da intenção pedagógica do professor e de
seu objetivo.
Se um professor optar em trabalhar com sua turma a figura geométrica
(quadrado), por exemplo, pela classificação hierárquica, algumas possibilidades
de definição do quadrado que poderiam ser construídas seriam:
• é o quadrilátero que possui dois pares de lados paralelos, quatro ângulos
congruentes e os lados com a mesma medida;
PCNs da Matemática
2 METODOLOGIA
Nome Descrição
Duda Tinha 23 anos e nascera em São João Del Rei/MG. Fez o Ensino
Fundamental em escola pública. Iniciou o Ensino Médio em uma
Escola Pública Federal, terminando-o em uma Escola Estadual. Estava
cursando o 8º período de Licenciatura em Matemática.
Rafaella Tinha 22 anos e nascera em São Paulo/SP. Fez o Ensino Fundamental
e Ensino Médio em escola pública. Cursava o 8° período de
Licenciatura em Matemática.
Clara Tinha 22 anos e nascera em Lavras/MG. Fez o Ensino Fundamental e
Médio em escola pública. Estava cursando o 8° período da
Licenciatura em Matemática.
Lola Tinha 22 anos, era nascida na cidade de Lavras/MG. Fez o Ensino
Fundamental e Ensino Médio em escola pública. Estava cursando o 8°
período da Licenciatura em Matemática.
Wilson Tinha 22 anos, era nascido na cidade de Lavras/MG. Fez o Ensino
Fundamental e Ensino Médio em escola pública. Estava cursando o 8°
período da Licenciatura em Matemática.
Leticia Tinha 21 anos, era nascida na cidade de Pitangui-MG. Fez o Ensino
Fundamental e Ensino Médio em escola particular. Estava cursando o
7° período da Licenciatura em Matemática.
Ágata Tinha 22 anos, era nascida na cidade de Perdões/MG. Fez o Ensino
Fundamental e Ensino Médio em escola pública. Estava cursando o 8°
período da Licenciatura em Matemática.
Renato Tinha 22 anos, era nascido na cidade de Lavras/MG. Fez o Ensino
Fundamental e Ensino Médio em escola particular. Estava cursando o
7° período da Licenciatura em Matemática.
Miguel Tinha 22 anos, era nascido em Aguanil/MG. Fez o Ensino
7
Este Termo de Consentimento livre Esclarecido encontram-se no Anexo 1
31
8
Trataremos mais detalhadamente desta oficina no próximo tópico.
32
2.3 A oficina
9
Artigo 1.º O Estágio Supervisionado é um componente curricular obrigatório na
formação do professor, que se caracteriza como um tempo especial de aprendizagem por
meio da presença participativa em ambientes próprios de atividades da área profissional,
“campo de estágio”. Disponível em:
33
10
Folha de Atividade está em Anexo 2
11
Fonte das Figuras 3,4,5 e 7 foram retiradas do site:
<http://www.mmpmateriaispedagogicos.com.br/produtos>. Acesso agosto/2013. Os
materiais foram adquiridos desta empresa.
35
Figura 4: Mosaicos
Figura 5: Pentaminós
12
Este material faz parte do acervo do LEM.
36
intenção era discutir se essa era uma figura plana ou não plana. Após esse
momento foram realizadas discussões semelhantes, referentes às figuras contidas
no envelope distribuído anteriormente.
13
Ambiente baseado no software Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning
Environment). Disponível em http://www.moodle.org.br/, acesso em: agosto 2013.
40
3 meses e 4 dias após a oficina. Entendemos que esse tempo foi importante para
refletir sobre o trabalho realizado.
Os questionamentos iniciais da entrevista foram:
O que vocês acharam da oficina?
Vocês utilizariam essa metodologia em sala de aula?
a) Pré-análise
a fase de organização propriamente dita. Corresponde a um
período de intuições, mas, tem por objetivo tornar
operacionais e sistematizar as ideias iniciais, de maneira a
42
Instrumentos Descrição
b) A exploração do Material
Este é o momento no qual se tem um estudo aprofundado dos dados da
pesquisa, ou seja, o “corpus”. Com esse estudo podíamos obter as Unidades de
Registro, ou seja, “a menor parte do conteúdo, cuja ocorrência é registrada de
acordo com as categorias levantadas” (FRANCO, 2008, p. 41).
45
14
Inspirado em Mendes (2013).
46
Construção Histórica.
Formação.
Metodologia.
Exclusão mútua: “esta condição estipula que cada elemento não pode
existir em mais de uma divisão” (BARDIN, 1977, p. 120).
Construção Histórica.
Formação.
Metodologia.
15
Retiradas das audiogravações durante a oficina.
16
Segundo Fischbein (apud NACARATO; PASSOS, 2003, p. 108 ) denomina o
“conceito figural” „que inclui tanto a figura como as propriedades intrínsecas a ela‟.
53
fácil de representar.
17
Conforme o Dicionário Aurélio, “protótipo” refere-se a (modelo).
56
[...] então o objetivo era que a gente Nessa fala uma das
separasse polígonos de não
polígonos, né? Mas até chegar nisso participantes menciona a
tinha que estabelecer vários critérios, importância que foi a oficina para a
várias separações, observar os lados,
ângulos a continuidade da figura, se
60
Ressalta também a
importância de se trabalhar com a
paralelogramo, losango. (LOLA -
entrevista coletiva - 17/07/13). classificação hierárquica,
destacando que achou interessante
61
em diversas formas do
mundo físico. Basta olhar
ao nosso redor e observar
as mais diferentes formas
geométricas. Muitas delas
fazem parte da natureza,
outras são produtos das
ações humanas, como, por
exemplo, obras de arte,
esculturas, pinturas,
desenhos, artesanatos,
construções, dentre outras.
(BARBOSA, 2011, p.2)
62
estabelecimento de
relações é fundamental
para que o aluno
compreenda efetivamente
os conteúdos matemáticos,
pois, abordados de forma
isolada, eles não se tornam
uma ferramenta eficaz para
resolver problemas e para
a aprendizagem/construção
de novos conceitos.
(BRASIL, 1998, p. 37).
Ou seja, os participantes
usaram suas bases intuitivas e a
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A participante Flavia
destaca em seu registro reflexivo que
os materiais manipulativos
proporcionam aos alunos uma
Fica mais fácil, a visualização, as compreensão do que está sendo
formas, ou do sólido, ou do
polígono, né? Fica mais claro para trabalhado. Do mesmo modo
o aluno, o contato direto com o
objeto, porque às vezes só a possibilita aos alunos a abstração do
visualização no livro, igual, por conceito, que de acordo com Silva;
exemplo, nós trabalhamos com
sólido, apenas a visualização no Martins (2000)
livro, para a criança não está sendo
o sólido, né? Então quando ele os materiais
pega aquilo, né? Vê que tem um manipuláveis são
comprimento, uma largura, uma fundamentais se
altura, vê os vértices, vem que tem pensamos em ajudar a
arestas, vê as faces, porque para o criança na passagem do
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Porque ele tem volume. (DUDA - para focarmos nos alunos quando
entrevista coletiva -17/07/13).
trabalharmos com esses materiais,
deixando bem claro a eles as
limitações que possam existir nos
Ele tem uma espessura! (LOLA - materiais manipulativos. Pais, 2000
entrevista coletiva -17/07/13).
nos alertar também para o risco da
inversão didática, essa que
tendo em vista também que se deve tomar cuidado ao utilizar esse recurso,
sabendo que o professor tem um papel fundamental, como afirma SERRAZINA
(1990).
Dessa maneira podemos compreender a importância de não representar
as figuras geométricas de uma única maneira, de trabalhar a construção dos
conceitos geométricos e que a utilização do material manipulativo auxilia,
significativamente, para essa construção, considerando que precisamos tomar
alguns cuidados ao utilizar esses materiais.
Terminamos a monografia com as nossas considerações finais, sobre
todo o processo.
75
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
em:<http://matconcretos1.blogspot.com.br/2009/10/o-uso-de-materiais-
concretos-como.html>. Acesso em 10 de outubro de 2013.
5 ANEXOS
ANEXO 1
Orientadora
Eu,
_____________________________________________________________,
aluno (a) do curso de licenciatura em Matemática da Universidade Federal de
Lavras (UFLA), matricula ________________, dou meu consentimento livre e
esclarecido para que possa participar como voluntário (a) do projeto de
pesquisa supracitado, sob a responsabilidade das pesquisadoras: Juliana
Aparecida Delfino, graduanda em Licenciatura em Matemática e Profª. Dra.
Rosana Maria Mendes, docente da Universidade Federal de Lavras - UFLA.
______________________________________
Participante da pesquisa
___________________________________________
Pesquisadora
83
ANEXO 2
OFICINA DE MATEMÁTICA
Espaço e forma
PROPOSTA 1
SÓLIDO
GEOMÉTRICO?
18
NÃO-CONVEXO?
Experiências Matemáticas – SE/ CENP - 1997
84
Há termos desconhecidos?
___________________________________________________________
___________________________________________________________
________________________________________________________
PROPOSTA 2
Grupo A:
________________________________________________________
______________
Grupo B:
________________________________________________________
______________
Características:____________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
__________________________________________
Grupo C:
________________________________________________________
______________
85
Grupo D:
________________________________________________________
______________
Características:____________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
__________________________________________
3) Classifique __________________________________________ em
dois grupos, de acordo com o número de pares de lados paralelos.
Grupo E:
________________________________________________________
______________
Grupo F:
________________________________________________________
______________
Características:____________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
__________________________________________
4) Classifique 5) Classifique
_____________________ em dois ____________________ em
grupos, de acordo com a medida dois grupos, de acordo com a
dos ângulos.
medida dos lados.
Grupo G: Grupo I:
_____________________________ ____________________________
_____________________________
____________________________
_____________________________
_____________________________ ____________________________
_ ____________________________
Grupo H:
_____________________________
Grupo J:
_____________________________
_____________________________ ____________________________
_____________________________ ____________________________
_
____________________________
86
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________