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Cortiça: Factos

Cortiça: Os factos

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Cortiça: Factos

Cortiça - os factos
Factos

A cortiça é a casca do sobreiro (Quercus Suber L). Esta espécie cresce maioritariamente em
Portugal, Espanha, sul de França, Itália e nos países do Magrebe.

A cortiça é sustentável, pois pode ser extraída de nove anos em nove anos. Em média, cada
sobreiro é sujeito a 16 tiradas, ao longo dos seus cerca de 150 a 200 anos de vida.

A cortiça é composta por uma estrutura alveolar, com mais de 40 milhões de células por
centímetro cúbico. Devido à grande quantidade de ar no interior das células e à baixa densidade
das suas membranas, a leveza é uma das principais qualidades da cortiça. A sua excelente
capacidade de compressibilidade, aliada à flexibilidade e à elasticidade das suas membranas, permite
a rápida recuperação da sua forma inicial após a compressão.

A cortiça é natural, reciclável e biodegradável. Nenhum material tem características


comparáveis às da cortiça.

A cortiça tem características únicas como a flexibilidade, a elasticidade e a compressibilidade. A


sua resiliência, impermeabilidade, leveza e a sua capacidade de isolamento fazem da cortiça o
material ideal para várias aplicações.

Estrutura da cortiça
As células da cortiça têm a forma de prisma pentagonal e por vezes hexagonal. A altura de um
destes minúsculos prismas ronda os 40 a 50 micrometros (milésimos de milímetro). As células mais
pequenas medem 20 ou mesmo só 10 micrometros.

Após a invenção do microscópio óptico, em 1660, o cientista inglês Robert Hooke foi o
primeiro a observar a estrutura da cortiça, e a inventar o termo “célula”, até hoje utilizado.

50 por cento da cortiça é constituída por gás contido nas células. As paredes das células
constituídas por suberose tornam a cortiça impermeável a gases e a líquidos.

A suberina, o principal componente da cortiça, é uma mistura de ácidos orgânicos que se


apresenta sob a forma de gordura ou que, pelo menos, tem uma certa analogia com os corpos
gordos.

As propriedades da suberina são notáveis: é praticamente infusível, é insolúvel na água, no


álcool, no éter, no clorofórmio, no ácido sulfúrico concentrado, no ácido clorídrico, entre outros.

A composição química da cortiça engloba vários compostos, dos quais apresentamos os seus
valores médios:

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• suberina (45%) – o principal componente das paredes da cortiça; responsável pela


resiliência da cortiça

• lenhina (27%) – o componente de ligação

• polissacáridos (12%) – o componente das células da cortiça que permite definir a


textura da cortiça

• taninos (6%) – polifenol responsável pela cor

• ceróides (5%) – hidrófilo que assegura a impenetrabilidade da cortiça

• água mineral, glicerina e outros componentes que fazem 4 por cento.

A cortiça é:

• natural, reciclável e biodegradável

• leve

• elástica, compressível e impermeável

• um isolador acústico perfeito

• resistente ao desgaste

Reciclar Rolhas de Cortiça


As rolhas de cortiça são biodegradáveis e recicláveis.

Muitas iniciativas de Reciclagem de Rolhas de Cortiça ajudam a conservar esta riqueza natural.
No entanto, a cortiça que é reciclada não é utilizada novamente na produção de rolhas, mas em
outras aplicações, como por exemplo, memo boards, parquet, isolamentos, objectos decorativos,
vestuário e calçado, marroquinaria, entre outros.

Da árvore até à garrafa


O descortiçamento

O descortiçamento consiste em extrair dos sobreiros parte da casca, ou seja de cortiça, que os
reveste. A melhor época para o descortiçamento é entre Maio ou Junho e Agosto, período que
corresponde à fase mais activa do crescimento anual do sobreiro.

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A extracção cíclica da cortiça dos sobreiros permite o crescimento saudável da árvore ao longo
da sua vida, que dura normalmente 150 a 200 anos. Em média, cada sobreiro é sujeito a 16 tiradas.

O primeiro descortiçamento da cortiça é realizado quando o perímetro do tronco, alcança 70


cm medidos à altura de 130 cm. Contudo, a cortiça extraída não é utilizada na produção de rolhas.
Somente a partir da terceira tirada é que a cortiça entra no processo produtivo de rolhas de cortiça.
O sobreiro tem, assim, que evoluir mais de 30 anos até produzir cortiça passível de ser
transformada em rolhas.

• A primeira tirada produz cortiça com uma estrutura muito irregular, denominada
“cortiça virgem”.

• Nove anos mais tarde, na segunda tirada, é extraída a “cortiça secundeira” - um


material com uma estrutura mais regular, mais macio, mas ainda assim impróprio para
a produção de rolhas de cortiça. A “cortiça secundeira” é geralmente granulada e
utilizada em produtos como pavimentos.

• É apenas a partir da terceira tirada que se obtém a cortiça com características ideais
para a produção de rolhas, é denominada “cortiça amadia”. A partir dessa etapa, o
sobreiro passa a fornecer cortiça de boa qualidade, cada nove anos, por um período
aproximadamente de 150 anos.

Quando realizada por tiradores profissionais, a tirada não causa quaisquer danos à árvore, uma
vez que a primeira camada de cortiça de reprodução se funde com a camada virgem em constante
desenvolvimento na parte da árvore não descortiçada.

A área descortiçada, conhecida como a “mãe”, altera-se de um tom rosa para vermelho ocre,
depois para castanho avermelhado, e no ano seguinte para cinzento, formando uma camada tipo
crosta. Os tiradores utilizam um machado especial para a extracção de cortiça. O gume da lâmina é
utilizado para proceder à incisão e a ponta do cabo possui uma forma que ajuda a afastar a cortiça.

Há décadas que a delicada operação de extrair cortiça é realizada segundo o mesmo método
que continua a ser o mais rápido e limpo.

O processo de descortiçamento é composto por cinco fases:

• Abertura

• Separação

• Divisão

• Extracção

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• Remoção

A primeira operação é a abertura, que consiste em golpear a cortiça verticalmente na fenda


mais profunda do sobreiro. Ao mesmo tempo, o gume do machado é rodado com o objectivo de
separar a cortiça exterior da cortiça interior.

Nesta fase, é possível aferir do grau de dificuldade de extracção com base na “sensibilidade”
transmitida pelo machado. Ao aplicar o gume do machado à tira de cortiça, esta poderá produzir
um som oco ao rasgar, sinal de que a extracção será fácil. Se, pelo contrário, a extracção se previr
mais difícil, o machado produzirá um som breve, firme e seco.

A prancha é posteriormente separada da árvore, inserindo a ponta do machado entre a tira e a


cortiça interior. O machado é rodado entre o tronco e a cortiça a fim de despelar a cortiça em
grandes painéis das principais secções do tronco.

Após um corte horizontal, é traçada uma linha horizontal entre a prancha de cortiça a ser
removida e a cortiça que permanecerá na árvore. A prancha é então removida da árvore com
cuidado, para que não se parta. Quanto maiores forem as pranchas de cortiça, maior o seu valor
comercial. A remoção de pranchas completas depende da habilidade dos trabalhadores. Após ter
sido removida a primeira prancha, repete-se a operação em todo o tronco.

Após o descortiçamento

Após a extracção das pranchas de cortiça, é necessário proceder à sua estabilização. Com base
na sua qualidade, estas são separadas de acordo com o fim a que se destinam: rolhas de cortiça,
discos, ou aglomerados de cortiça.

As pranchas seleccionadas são empilhadas, de forma a permanecerem expostas ao sol, vento e


chuva durante seis meses ou mais. Durante este período, estes elementos removem a maior parte
da seiva da cortiça, os polifenóis oxidam e a textura da cortiça estabiliza.

Cozedura

Após a estabilização, as pranchas de cortiça são cozidas em água limpa durante uma hora, no
mínimo. Antes de ser trabalhada, a cortiça tem obrigatoriamente de ser cozida para se tornar mais
flexível e permitir a expansão total das lenticelas.

Antes da cozedura, as células da cortiça apresentam-se débeis e enrugadas. Porém, após o


processo de cozedura, o gás existente nas células expande-se, criando uma estrutura celular muito
densa e mais uniforme. Este processo de água quente aumenta o volume da cortiça em
aproximadamente 20%, tornando-a mais lisa e macia, logo mais fácil de trabalhar.

A operação de cozedura - um procedimento normalizado e definido pelo Código

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Internacional das Práticas Rolheiras – garante ainda uma redução significativa da microflora.
Porém, muitos industriais estão a recorrer a processos complementares, procurando obter ainda
melhores resultados.

Alguns implementaram mesmo métodos de cozedura assistida por computador e processada


em ambiente fechado. A indústria corticeira não tem poupado esforços no sentido de obter
métodos de cozedura cada vez mais eficazes.

Separação das pranchas de cortiça

Após a cozedura, as pranchas de cortiça são secas e sujeitas a um período de repouso durante
três semanas em armazéns com níveis de humidade e temperatura controlados. São então utilizadas
ferramentas de corte para aparar as arestas e tornar as pranchas rectangulares.

As pranchas de cortiça aparadas são separadas de acordo com a sua espessura e qualidade, em
função da porosidade e de certos defeitos estruturais que a cortiça possa apresentar.

Brocagem das rolhas

As pranchas aparadas são cortadas em tiras, com largura suficiente para a produção de rolhas.
Da perfuração destas tiras com uma broca resultam finalmente as rolhas de cortiça. As tiras de
cortiça com textura mais uniforme são ideais para a brocagem automática; as menos uniformes são
perfuradas com brocas manuais.

Após a brocagem, o tamanho das extremidades das rolhas é rectificado, procedendo-se então
ao seu polimento.

Os desperdícios de cortiça aproveitáveis são granulados e transformados em rolhas de cortiça


aglomerada. Estas rolhas – produzidas com granulado de cortiça comprimido – são alvo dos
mesmos cuidados e atenção pormenorizada dada às rolhas de cortiça naturais.

O chamado “refugo da cortiça” e mesmo o pó da cortiça são utilizados para a produção de


outros materiais de cortiça, tais como materiais isolantes e de construção. Do material extraído do
sobreiro, nada é desperdiçado.

Selecção das rolhas de cortiça

Posteriormente, procede-se ao exame minucioso das rolhas de cortiça, eliminando quaisquer


defeitos prejudiciais ao engarrafamento. O procedimento de classificação atribui a todas as rolhas
de cortiça um determinado grau de qualidade.

Esta inspecção é realizada através de leitores ópticos automatizados, programados para


seleccionar as rolhas com base no reconhecimento de configurações. Outro procedimento consiste
em utilizar pessoal altamente qualificado para a inspecção visual de todas as rolhas, a fim de as

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classificar em diferentes qualidades.

Tratamento das rolhas

Uma vez seleccionadas, as rolhas de cortiça são submetidas a um processo de lavação e


desinfecção. O método mais utilizado consiste na lavação das rolhas numa solução aquosa de
peróxido de hidrogénio. Novos métodos utilizam microondas ou ozono para desinfectar as rolhas.

Centrifugação

Na fase seguinte, efectua-se a secagem das rolhas em fornos especiais. Com a diminuição e a
estabilização do teor da humidade, maximiza-se a eficácia da rolha como vedante e minimiza-se a
contaminação microbiana.

Estes métodos permitem eliminar a humidade interna da cortiça, sem no entanto alterar ou
danificar a estrutura das células, constituindo, assim, mais uma barreira à contaminação microbiana.

Marcação

Após a selecção final, as rolhas de cortiça poderão ser impressas de acordo com as
especificações do cliente, através de rolos marcadores, impressão a tinta ou impressão tradicional a
fogo.

Concluída a marcação, as rolhas são revestidas com silicone ou parafina, o que vai facilitar a sua
introdução e extracção das garrafas, melhorando simultaneamente a sua capacidade de vedação.

Embalagem

Por fim, as rolhas são sujeitas a um processo de contagem automático, desinfectadas com
dióxido de enxofre, e seladas em sacos contendo o mesmo componente.

Regulamentos aplicáveis ao descortiçamento


Por forma a não debilitar as árvores, existem leis governamentais que regulam o
descortiçamento dos sobreiros. Em Portugal, os ciclos de descortiçamento não deverão ser
inferiores a nove anos. Com vista a controlar a última data de descortiçamento da árvore, inscreve-
se o ano da tiragem da cortiça sobre a superfície dos sobreiros.

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