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Biopolítica e biocapitalismo
Sandro Chignola
Universidade de Padova
Resumo
O artigo faz memória de como o termo biopolítica foi cunhado e utilizado, muito an-
tes de Foucault, fazendo referência a uma implementação da ciência política. Apresenta
uma relação contextual dentro da qual os saberes e poderes evoluem apoiando-se uns
sobre os outros e sobre a relevância dos processos que se combinam para estabelecer
como segmentos para a valorização do capital e para as atividades das empresas.
Palavras-chave: biocapitalismo, biopolítica, linguagem, trabalho, vida.
Abstract
The article describes how the word biopolitics was coined and used, much before
Foucault, making reference to an implementation of political science. It presents a con-
textual relationship in which knowledge and power evolve by relying on each other and
on the relevance of processes that are combined to be established as segments for the
valuing of capital and for the activities of companies.
Keywords: biocapitalism, biopolitics, language, work, life.
A vida, o trabalho, a linguagem.
Biopolítica e biocapitalismo
Sandro Chignola
Universidade de Padova
ihu.unisinos.br
Cadernos IHU ideias / Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Instituto Humanitas Unisinos. – Ano 1, n. 1
(2003)- . – São Leopoldo: Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 2003- .
v.
Quinzenal (durante o ano letivo).
Publicado também on-line: <http://www.ihu.unisinos.br/cadernos-ihu-ideias>.
Descrição baseada em: Ano 1, n. 1 (2003); última edição consultada: Ano 11, n. 204 (2013).
ISSN 1679-0316
1. Sociologia. 2. Filosofia. 3. Política. I. Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Instituto Humanitas Unisinos.
CDU 316
1
32
Bibliotecária responsável: Carla Maria Goulart de Moraes – CRB 10/1252
Toda a correspondência deve ser dirigida à Comissão Editorial dos Cadernos IHU ideias:
Sandro Chignola
Universidade de Padova
1. Não é fácil falar sobre o tema solicitado. Não me é fácil, por duas
razões. A primeira diz respeito à minha relutância em voltar ao tema que,
em âmbito filosófico político, tornou-se o “cânone” filosófico da biopolítica.
Foucault, Benjamin, Arendt e, em seguida, o uso feito por Agamben, Ne-
gri-Hardt ou Esposito. A segunda dificuldade que tenho, dificuldade prova-
velmente só minha, é iniciar uma apresentação sobre os saberes e sobre
os poderes da biopolítica para que sejam apresentados, por assim dizer,
fora da ordem do discurso com o qual estou comprometido, uma parte
que é basicamente minha, da filosofia política contemporânea. Portanto,
não vou falar sobre o mérito da questão, de como esta discussão evoluiu;
também não falarei sobre as questões de filologia que surgiram pelo uso
das categorias foucaultianas por autores que se referem de modo muito
diferente e, em alguns casos, submetendo-as a uma distorção conscien-
te. O que me proponho a fazer nesta ocasião é algo diferente, especial-
mente mapear os processos dentro dos quais os saberes e os poderes
agem uns sobre os outros em um processo de coprodução circular sobre-
determinada pela axiomática do capital e por algumas formas contempo-
râneas de acumulação.
Obviamente, não é por acaso o uso do termo “surdétermination” que
Althusser toma de Lacan (ALTHUSSER, 1965). Esclarecendo a premissa
das páginas que seguem, não desejo me referir a uma transformação do
capital (ou a uma fase particular que marcaria uma “época”) que poderia
entre a vida, a morte e a não morte, talvez menos clara, mas mais útil para
os propósitos de nossa discussão, é a problematização, produzida, por
assim dizer, ao “contrário”, com a definição do conceito de “período peri-
natal”. A definição do “período perinatal” foi lançada na segunda metade
do século XX, a partir das estatísticas sobre a mortalidade infantil. Era
considerada pelas estatísticas como decrescente, mas permanente e
concentrada nas primeiras semanas de vida. Assim a definição do perío-
do entre as últimas semanas de vida fetal e as primeiras de vida extraute-
rina era o único período “de risco” a ser monitorado. A crítica feminista
chamou a atenção sobre o que devia ser analisado. Se tradicionalmente
o momento do parto definia o ponto de separação entre a mãe e o(a)
seu(sua) filho(a), com a definição biomédica de um “período perinatal”
convencionalmente compreendido entre a vigésima oitava semana de
gestação e o vigésimo oitavo dia de vida, foi fluidificada a relação entre
interior e exterior, produzindo um efeito em cadeia sobre a mulher grávida,
sobre o seu corpo, sobre a definição do sujeito vivo (o nascituro como
“public fetus” de cujos cuidados se encarregam as autoridades, os tecno-
médicos, as instituições sociais) (DUDEN, 1991), sobre a relação entre a
mãe e o nascituro, e sobre as formas de mediação especializada que
colaboram entre si.
Isso aponta, penso eu, não apenas para um dos efeitos da biomedi-
calização que mencionei acima (diagnóstico pré-natal, testes genéticos,
análises do feto são, nos dias de hoje, ferramentas comuns do protocolo
médico de tratamento de gestações, como se todas as gestações fossem
de risco), mas também para o que são efetivamente os “biopoderes”
(CHIGNOLA, 2014c, 2015b), isto é, aqueles fora do “estado de exceção”,
conforme as análises de Agamben. Rabinow e Rose, por exemplo, atuali-
zando as análises de Michel Foucault, as definem em operatividade con-
textual de três elementos: a) um discurso sobre “verdade” da “vida” citada
por autoridades e poderes (no nosso caso: a vida do nascituro como “vi-
da” efetiva que obriga a pensar que a criança no ventre da mãe é um su-
jeito “individual” e já separado dela); b) a existência de estratégias para
promover a saúde, a vida e a cura; c) processos de produção de subjeti-
vidade – este é o elemento que mais me interessa – dentro dos quais os
indivíduos são levados a “tomar conta de si mesmos”, em relação à saúde
individual e coletiva (RABINOW; ROSE, 2003).
Podemos, através desta definição, analisar duas coisas. A primeira
diz respeito ao que Foucault chama de “governamentalidade” e que, na
ciência política contemporânea, é debatida como “governance”. A “gover-
nance”, sistema de governo pós-democrático, hibrida estruturas públicas
e privadas em um mecanismo de cooptação em busca de consenso e
10 • Sandro Chignola
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CADERNOS IHU IDEIAS
N. 01 A teoria da justiça de John Rawls – José Nedel N. 32 À meia luz: a emergência de uma Teologia Gay – Seus
N. 02 O feminismo ou os feminismos: Uma leitura das produ- dilemas e possibilidades – André Sidnei Musskopf
ções teóricas – Edla Eggert N. 33 O vampirismo no mundo contemporâneo: algumas con-
O Serviço Social junto ao Fórum de Mulheres em São siderações – Marcelo Pizarro Noronha
Leopoldo – Clair Ribeiro Ziebell e Acadêmicas Anemarie N. 34 O mundo do trabalho em mutação: As reconfigurações e
Kirsch Deutrich e Magali Beatriz Strauss seus impactos – Marco Aurélio Santana
N. 03 O programa Linha Direta: a sociedade segundo a TV N. 35 Adam Smith: filósofo e economista – Ana Maria Bianchi
Globo – Sonia Montaño e Antonio Tiago Loureiro Araújo dos Santos
N. 04 Ernani M. Fiori – Uma Filosofia da Educação Popular – N. 36 Igreja Universal do Reino de Deus no contexto do emer-
Luiz Gilberto Kronbauer gente mercado religioso brasileiro: uma análise antropo-
N. 05 O ruído de guerra e o silêncio de Deus – Manfred Zeuch lógica – Airton Luiz Jungblut
N. 06 BRASIL: Entre a Identidade Vazia e a Construção do No- N. 37 As concepções teórico-analíticas e as proposições de
vo – Renato Janine Ribeiro política econômica de Keynes – Fernando Ferrari Filho
N. 07 Mundos televisivos e sentidos identiários na TV – Suza- N. 38 Rosa Egipcíaca: Uma Santa Africana no Brasil Colonial
na Kilpp – Luiz Mott
N. 08 Simões Lopes Neto e a Invenção do Gaúcho – Márcia N. 39 Malthus e Ricardo: duas visões de economia política e
Lopes Duarte de capitalismo – Gentil Corazza
N. 09 Oligopólios midiáticos: a televisão contemporânea e as N. 40 Corpo e Agenda na Revista Feminina – Adriana Braga
barreiras à entrada – Valério Cruz Brittos N. 41 A (anti)filosofia de Karl Marx – Leda Maria Paulani
N. 10 Futebol, mídia e sociedade no Brasil: reflexões a partir N. 42 Veblen e o Comportamento Humano: uma avaliação
de um jogo – Édison Luis Gastaldo após um século de “A Teoria da Classe Ociosa” –
N. 11 Os 100 anos de Theodor Adorno e a Filosofia depois de Leonardo Monteiro Monasterio
Auschwitz – Márcia Tiburi N. 43 Futebol, Mídia e Sociabilidade. Uma experiência etno-
N. 12 A domesticação do exótico – Paula Caleffi gráfica – Édison Luis Gastaldo, Rodrigo Marques Leist-
N. 13 Pomeranas parceiras no caminho da roça: um jeito de ner, Ronei Teodoro da Silva e Samuel McGinity
fazer Igreja, Teologia e Educação Popular – Edla Eggert N. 44 Genealogia da religião. Ensaio de leitura sistêmica de
N. 14 Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros: a prática políti- Marcel Gauchet. Aplicação à situação atual do mundo –
ca no RS – Gunter Axt Gérard Donnadieu
N. 15 Medicina social: um instrumento para denúncia – Stela N. 45 A realidade quântica como base da visão de Teilhard de
Nazareth Meneghel Chardin e uma nova concepção da evolução biológica –
N. 16 Mudanças de significado da tatuagem contemporânea – Lothar Schäfer
Débora Krischke Leitão N. 46 “Esta terra tem dono”. Disputas de representação sobre
N. 17 As sete mulheres e as negras sem rosto: ficção, história o passado missioneiro no Rio Grande do Sul: a figura de
e trivialidade – Mário Maestri Sepé Tiaraju – Ceres Karam Brum
N. 18 Um itinenário do pensamento de Edgar Morin – Maria da N. 47 O desenvolvimento econômico na visão de Joseph
Conceição de Almeida Schumpeter – Achyles Barcelos da Costa
N. 19 Os donos do Poder, de Raymundo Faoro – Helga Irace- N. 48 Religião e elo social. O caso do cristianismo – Gérard
ma Ladgraf Piccolo Donnadieu
N. 20 Sobre técnica e humanismo – Oswaldo Giacóia Junior N. 49 Copérnico e Kepler: como a terra saiu do centro do uni-
N. 21 Construindo novos caminhos para a intervenção socie- verso – Geraldo Monteiro Sigaud
tária – Lucilda Selli N. 50 Modernidade e pós-modernidade – luzes e sombras –
N. 22 Física Quântica: da sua pré-história à discussão sobre o Evilázio Teixeira
seu conteúdo essencial – Paulo Henrique Dionísio N. 51 Violências: O olhar da saúde coletiva – Élida Azevedo
N. 23 Atualidade da filosofia moral de Kant, desde a pers- Hennington e Stela Nazareth Meneghel
pectiva de sua crítica a um solipsismo prático – Valério N. 52 Ética e emoções morais – Thomas Kesselring
Rohden Juízos ou emoções: de quem é a primazia na moral? –
N. 24 Imagens da exclusão no cinema nacional – Miriam Adriano Naves de Brito
Rossini N. 53 Computação Quântica. Desafios para o Século XXI –
N. 25 A estética discursiva da tevê e a (des)configuração da Fernando Haas
informação – Nísia Martins do Rosário N. 54 Atividade da sociedade civil relativa ao desarmamento
N. 26 O discurso sobre o voluntariado na Universidade do na Europa e no Brasil – An Vranckx
Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS – Rosa Maria Serra N. 55 Terra habitável: o grande desafio para a humanidade –
Bavaresco Gilberto Dupas
N. 27 O modo de objetivação jornalística – Beatriz Alcaraz N. 56 O decrescimento como condição de uma sociedade
Marocco convivial – Serge Latouche
N. 28 A cidade afetada pela cultura digital – Paulo Edison Belo N. 57 A natureza da natureza: auto-organização e caos –
Reyes Günter Küppers
N. 29 Prevalência de violência de gênero perpetrada por com- N. 58 Sociedade sustentável e desenvolvimento sustentável:
panheiro: Estudo em um serviço de atenção primária limites e possibilidades – Hazel Henderson
à saúde – Porto Alegre, RS – José Fernando Dresch N. 59 Globalização – mas como? – Karen Gloy
Kronbauer N. 60 A emergência da nova subjetividade operária: a sociabi-
N. 30 Getúlio, romance ou biografia? – Juremir Machado da lidade invertida – Cesar Sanson
Silva N. 61 Incidente em Antares e a Trajetória de Ficção de Erico
N. 31 A crise e o êxodo da sociedade salarial – André Gorz Veríssimo – Regina Zilberman
N. 62 Três episódios de descoberta científica: da caricatura N. 96 Vianna Moog como intérprete do Brasil – Enildo de Mou-
empirista a uma outra história – Fernando Lang da Sil- ra Carvalho
veira e Luiz O. Q. Peduzzi N. 97 A paixão de Jacobina: uma leitura cinematográfica – Ma-
N. 63 Negações e Silenciamentos no discurso acerca da Ju- rinês Andrea Kunz
ventude – Cátia Andressa da Silva N. 98 Resiliência: um novo paradigma que desafia as religiões
N. 64 Getúlio e a Gira: a Umbanda em tempos de Estado No- – Susana María Rocca Larrosa
vo – Artur Cesar Isaia N. 99 Sociabilidades contemporâneas: os jovens na lan house
N. 65 Darcy Ribeiro e o O povo brasileiro: uma alegoria huma- – Vanessa Andrade Pereira
nista tropical – Léa Freitas Perez N. 100 Autonomia do sujeito moral em Kant – Valerio Rohden
N. 66 Adoecer: Morrer ou Viver? Reflexões sobre a cura e a N. 101 As principais contribuições de Milton Friedman à Teoria
não cura nas reduções jesuítico-guaranis (1609-1675) Monetária: parte 1 – Roberto Camps Moraes
– Eliane Cristina Deckmann Fleck N. 102 Uma leitura das inovações bio(nano)tecnológicas a par-
N. 67 Em busca da terceira margem: O olhar de Nelson Pe- tir da sociologia da ciência – Adriano Premebida
reira dos Santos na obra de Guimarães Rosa – João N. 103 ECODI – A criação de espaços de convivência digital
Guilherme Barone virtual no contexto dos processos de ensino e aprendi-
N. 68 Contingência nas ciências físicas – Fernando Haas zagem em metaverso – Eliane Schlemmer
N. 69 A cosmologia de Newton – Ney Lemke N. 104 As principais contribuições de Milton Friedman à Teoria
N. 70 Física Moderna e o paradoxo de Zenon – Fernando Monetária: parte 2 – Roberto Camps Moraes
Haas N. 105 Futebol e identidade feminina: um estudo etnográfico
N. 71 O passado e o presente em Os Inconfidentes, de Joa- sobre o núcleo de mulheres gremistas – Marcelo Pizarro
quim Pedro de Andrade – Miriam de Souza Rossini Noronha
N. 72 Da religião e de juventude: modulações e articulações – N. 106 Justificação e prescrição produzidas pelas Ciências
Léa Freitas Perez Humanas: Igualdade e Liberdade nos discursos educa-
N. 73 Tradição e ruptura na obra de Guimarães Rosa – Eduar- cionais contemporâneos – Paula Corrêa Henning
do F. Coutinho N. 107 Da civilização do segredo à civilização da exibição: a
N. 74 Raça, nação e classe na historiografia de Moysés Vellinho família na vitrine – Maria Isabel Barros Bellini
– Mário Maestri N. 108 Trabalho associado e ecologia: vislumbrando um ethos
N. 75 A Geologia Arqueológica na Unisinos – Carlos Henrique solidário, terno e democrático? – Telmo Adams
Nowatzki N. 109 Transumanismo e nanotecnologia molecular – Celso
N. 76 Campesinato negro no período pós-abolição: repensan- Candido de Azambuja
N. 110 Formação e trabalho em narrativas – Leandro R.
do Coronelismo, enxada e voto – Ana Maria Lugão Rios
Pinheiro
N. 77 Progresso: como mito ou ideologia – Gilberto Dupas
N. 111 Autonomia e submissão: o sentido histórico da adminis-
N. 78 Michael Aglietta: da Teoria da Regulação à Violência da
tração – Yeda Crusius no Rio Grande do Sul – Mário
Moeda – Octavio A. C. Conceição
Maestri
N. 79 Dante de Laytano e o negro no Rio Grande Do Sul –
N. 112 A comunicação paulina e as práticas publicitárias: São
Moacyr Flores
Paulo e o contexto da publicidade e propaganda – Denis
N. 80 Do pré-urbano ao urbano: A cidade missioneira colonial e
Gerson Simões
seu território – Arno Alvarez Kern N. 113 Isto não é uma janela: Flusser, Surrealismo e o jogo
N. 81 Entre Canções e versos: alguns caminhos para a leitura contra – Esp. Yentl Delanhesi
e a produção de poemas na sala de aula – Gláucia de N. 114 SBT: jogo, televisão e imaginário de azar brasileiro – So-
Souza nia Montaño
N. 82 Trabalhadores e política nos anos 1950: a ideia de N. 115 Educação cooperativa solidária: perspectivas e limites –
“sindicalismo populista” em questão – Marco Aurélio Carlos Daniel Baioto
Santana N. 116 Humanizar o humano – Roberto Carlos Fávero
N. 83 Dimensões normativas da Bioética – Alfredo Culleton e N. 117 Quando o mito se torna verdade e a ciência, religião –
Vicente de Paulo Barretto Róber Freitas Bachinski
N. 84 A Ciência como instrumento de leitura para explicar as N. 118 Colonizando e descolonizando mentes – Marcelo
transformações da natureza – Attico Chassot Dascal
N. 85 Demanda por empresas responsáveis e Ética Concor- N. 119 A espiritualidade como fator de proteção na adolescên-
rencial: desafios e uma proposta para a gestão da ação cia – Luciana F. Marques e Débora D. Dell’Aglio
organizada do varejo – Patrícia Almeida Ashley N. 120 A dimensão coletiva da liderança – Patrícia Martins Fa-
N. 86 Autonomia na pós-modernidade: um delírio? – Mario gundes Cabral e Nedio Seminotti
Fleig N. 121 Nanotecnologia: alguns aspectos éticos e teológicos –
N. 87 Gauchismo, tradição e Tradicionalismo – Maria Eunice Eduardo R. Cruz
Maciel N. 122 Direito das minorias e Direito à diferenciação – José
N. 88 A ética e a crise da modernidade: uma leitura a partir da Rogério Lopes
obra de Henrique C. de Lima Vaz – Marcelo Perine N. 123 Os direitos humanos e as nanotecnologias: em busca de
N. 89 Limites, possibilidades e contradições da formação hu- marcos regulatórios – Wilson Engelmann
mana na Universidade – Laurício Neumann N. 124 Desejo e violência – Rosane de Abreu e Silva
N. 90 Os índios e a História Colonial: lendo Cristina Pompa e N. 125 As nanotecnologias no ensino – Solange Binotto Fagan
Regina Almeida – Maria Cristina Bohn Martins N. 126 Câmara Cascudo: um historiador católico – Bruna Rafaela
N. 91 Subjetividade moderna: possibilidades e limites para o de Lima
cristianismo – Franklin Leopoldo e Silva N. 127 O que o câncer faz com as pessoas? Reflexos na litera-
N. 92 Saberes populares produzidos numa escola de comuni- tura universal: Leo Tolstoi – Thomas Mann – Alexander
dade de catadores: um estudo na perspectiva da Etno- Soljenítsin – Philip Roth – Karl-Josef Kuschel
matemática – Daiane Martins Bocasanta N. 128 Dignidade da pessoa humana e o direito fundamental
N. 93 A religião na sociedade dos indivíduos: transformações à identidade genética – Ingo Wolfgang Sarlet e Selma
no campo religioso brasileiro – Carlos Alberto Steil Rodrigues Petterle
N. 94 Movimento sindical: desafios e perspectivas para os N. 129 Aplicações de caos e complexidade em ciências da vida
próximos anos – Cesar Sanson – Ivan Amaral Guerrini
N. 95 De volta para o futuro: os precursores da nanotecno- N. 130 Nanotecnologia e meio ambiente para uma sociedade
ciência – Peter A. Schulz sustentável – Paulo Roberto Martins
N. 131 A philía como critério de inteligibilidade da mediação N. 161 O pensamento ético de Henri Bergson: sobre As duas
comunitária – Rosa Maria Zaia Borges Abrão fontes da moral e da religião – André Brayner de Farias
N. 132 Linguagem, singularidade e atividade de trabalho – Mar- N. 162 O modus operandi das políticas econômicas keynesia-
lene Teixeira e Éderson de Oliveira Cabral nas – Fernando Ferrari Filho e Fábio Henrique Bittes
N. 133 A busca pela segurança jurídica na jurisdição e no Terra
processo sob a ótica da teoria dos sistemas sociais de N. 163 Cultura popular tradicional: novas mediações e legitima-
Nicklass Luhmann – Leonardo Grison ções culturais de mestres populares paulistas – André
N. 134 Motores Biomoleculares – Ney Lemke e Luciano Luiz da Silva
Hennemann N. 164 Será o decrescimento a boa nova de Ivan Illich? – Serge
N. 135 As redes e a construção de espaços sociais na digitali- Latouche
zação – Ana Maria Oliveira Rosa N. 165 Agostos! A “Crise da Legalidade”: vista da janela do
N. 136 De Marx a Durkheim: Algumas apropriações teóricas Consulado dos Estados Unidos em Porto Alegre – Carla
para o estudo das religiões afro-brasileiras – Rodrigo Simone Rodeghero
Marques Leistner N. 166 Convivialidade e decrescimento – Serge Latouche
N. 137 Redes sociais e enfrentamento do sofrimento psíquico: N. 167 O impacto da plantação extensiva de eucalipto nas
sobre como as pessoas reconstroem suas vidas – Breno culturas tradicionais: Estudo de caso de São Luis do
Augusto Souto Maior Fontes Paraitinga – Marcelo Henrique Santos Toledo
N. 138 As sociedades indígenas e a economia do dom: O caso N. 168 O decrescimento e o sagrado – Serge Latouche
dos guaranis – Maria Cristina Bohn Martins N. 169 A busca de um ethos planetário – Leonardo Boff
N. 139 Nanotecnologia e a criação de novos espaços e novas N. 170 O salto mortal de Louk Hulsman e a desinstitucionaliza-
identidades – Marise Borba da Silva ção do ser: um convite ao abolicionismo – Marco Anto-
N. 140 Platão e os Guarani – Beatriz Helena Domingues nio de Abreu Scapini
N. 141 Direitos humanos na mídia brasileira – Diego Airoso da N. 171 Sub specie aeternitatis – O uso do conceito de tempo
Motta como estratégia pedagógica de religação dos saberes
N. 142 Jornalismo Infantil: Apropriações e Aprendizagens de – Gerson Egas Severo
Crianças na Recepção da Revista Recreio – Greyce N. 172 Theodor Adorno e a frieza burguesa em tempos de tec-
Vargas nologias digitais – Bruno Pucci
N. 143 Derrida e o pensamento da desconstrução: o redimen- N. 173 Técnicas de si nos textos de Michel Foucault: A influência
sionamento do sujeito – Paulo Cesar Duque-Estrada do poder pastoral – João Roberto Barros II
N. 144 Inclusão e Biopolítica – Maura Corcini Lopes, Kamila N. 174 Da mônada ao social: A intersubjetividade segundo Levinas
– Marcelo Fabri
Lockmann, Morgana Domênica Hattge e Viviane Klaus
N. 175 Um caminho de educação para a paz segundo Hobbes –
N. 145 Os povos indígenas e a política de saúde mental no Bra-
Lucas Mateus Dalsotto e Everaldo Cescon
sil: composição simétrica de saberes para a construção
N. 176 Da magnitude e ambivalência à necessária humani-
do presente – Bianca Sordi Stock
zação da tecnociência segundo Hans Jonas – Jelson
N. 146 Reflexões estruturais sobre o mecanismo de REDD – Ca-
Roberto de Oliveira
mila Moreno
N. 177 Um caminho de educação para a paz segundo Locke –
N. 147 O animal como próximo: por uma antropologia dos movi-
Odair Camati e Paulo César Nodari
mentos de defesa dos direitos animais – Caetano Sordi N. 178 Crime e sociedade estamental no Brasil: De como la ley
N. 148 Avaliação econômica de impactos ambientais: o caso do es como la serpiente; solo pica a los descalzos – Lenio
aterro sanitário em Canoas-RS – Fernanda Schutz Luiz Streck
N. 149 Cidadania, autonomia e renda básica – Josué Pereira N. 179 Um caminho de educação para a paz segundo Rousseau
da Silva – Mateus Boldori e Paulo César Nodari
N. 150 Imagética e formações religiosas contemporâneas: en- N. 180 Limites e desafios para os direitos humanos no Brasil:
tre a performance e a ética – José Rogério Lopes entre o reconhecimento e a concretização – Afonso Ma-
N. 151 As reformas político-econômicas pombalinas para a ria das Chagas
Amazônia: e a expulsão dos jesuítas do Grão-Pará e N. 181 Apátridas e refugiados: direitos humanos a partir da éti-
Maranhão – Luiz Fernando Medeiros Rodrigues ca da alteridade – Gustavo Oliveira de Lima Pereira
N. 152 Entre a Revolução Mexicana e o Movimento de Chia- N. 182 Censo 2010 e religiões:reflexões a partir do novo mapa
pas: a tese da hegemonia burguesa no México ou religioso brasileiro – José Rogério Lopes
“por que voltar ao México 100 anos depois” – Claudia N. 183 A Europa e a ideia de uma economia civil – Stefano
Wasserman Zamagni
N. 153 Globalização e o pensamento econômico franciscano: N. 184 Para um discurso jurídico-penal libertário: a pena como
Orientação do pensamento econômico franciscano e dispositivo político (ou o direito penal como “discurso-li-
Caritas in Veritate – Stefano Zamagni mite”) – Augusto Jobim do Amaral
N. 154 Ponto de cultura teko arandu: uma experiência de inclu- N. 185 A identidade e a missão de uma universidade católica na
são digital indígena na aldeia kaiowá e guarani Te’ýikue atualidade – Stefano Zamagni
no município de Caarapó-MS – Neimar Machado de N. 186 A hospitalidade frente ao processo de reassentamento
Sousa, Antonio Brand e José Francisco Sarmento solidário aos refugiados – Joseane Mariéle Schuck Pinto
N. 155 Civilizar a economia: o amor e o lucro após a crise eco- N. 187 Os arranjos colaborativos e complementares de ensino,
nômica – Stefano Zamagni pesquisa e extensão na educação superior brasileira e
N. 156 Intermitências no cotidiano: a clínica como resistência sua contribuição para um projeto de sociedade susten-
inventiva – Mário Francis Petry Londero e Simone Mai- tável no Brasil – Marcelo F. de Aquino
nieri Paulon N. 188 Os riscos e as loucuras dos discursos da razão no cam-
N. 157 Democracia, liberdade positiva, desenvolvimento – po da prevenção – Luis David Castiel
Stefano Zamagni N. 189 Produções tecnológicas e biomédicas e seus efeitos
N. 158 “Passemos para a outra margem”: da homofobia ao produtivos e prescritivos nas práticas sociais e de gêne-
respeito à diversidade – Omar Lucas Perrout Fortes de ro – Marlene Tamanini
Sales N. 190 Ciência e justiça: Considerações em torno da apropria-
N. 159 A ética católica e o espírito do capitalismo – Stefano ção da tecnologia de DNA pelo direito – Claudia Fonseca
Zamagni N. 191 #VEMpraRUA: Outono brasileiro? Leituras – Bruno Lima
N. 160 O Slow Food e novos princípios para o mercado – Eri- Rocha, Carlos Gadea, Giovanni Alves, Giuseppe Cocco,
berto Nascente Silveira Luiz Werneck Vianna e Rudá Ricci
N. 192 A ciência em ação de Bruno Latour – Leticia de Luna N. 208 Justiça de Transição como Reconhecimento: limites e
Freire possibilidades do processo brasileiro – Roberta Cami-
N. 193 Laboratórios e Extrações: quando um problema técnico neiro Baggio
se torna uma questão sociotécnica – Rodrigo Ciconet N. 209 As possibilidades da Revolução em Ellul – Jorge
Dornelles Barrientos-Parra
N. 194 A pessoa na era da biopolítica: autonomia, corpo e sub- N. 210 A grande política em Nietzsche e a política que vem em
jetividade – Heloisa Helena Barboza Agamben – Márcia Rosane Junges
N. 195 Felicidade e Economia: uma retrospectiva histórica – N. 211 Foucault e a Universidade: Entre o governo dos outros e
Pedro Henrique de Morais Campetti e Tiago Wickstrom o governo de si mesmo – Sandra Caponi
Alves N. 212 Verdade e História: arqueologia de uma relação – José
N. 196 A colaboração de Jesuítas, Leigos e Leigas nas Univer- D’Assunção Barros
sidades confiadas à Companhia de Jesus: o diálogo en- N. 213 A Relevante Herança Social do Pe. Amstad SJ – José
tre humanismo evangélico e humanismo tecnocientífico Odelso Schneider
– Adolfo Nicolás N. 214 Sobre o dispositivo. Foucault, Agamben, Deleuze – San-
N. 197 Brasil: verso e reverso constitucional – Fábio Konder dro Chignola
Comparato N. 215 Repensar os Direitos Humanos no Horizonte da Liberta-
N. 198 Sem-religião no Brasil: Dois estranhos sob o guarda- ção – Alejandro Rosillo Martínez
chuva – Jorge Claudio Ribeiro N. 216 A realidade complexa da tecnologia – Alberto Cupani
N. 199 Uma ideia de educação segundo Kant: uma possível N. 217 A Arte da Ciência e a Ciência da Arte: Uma abordagem
contribuição para o século XXI – Felipe Bragagnolo e a partir de Paul Feyerabend – Hans Georg Flickinger
Paulo César Nodari N. 218 O ser humano na idade da técnica – Humberto Galimberti
N. 200 Aspectos do direito de resistir e a luta socialpor moradia N. 219 A Racionalidade Contextualizada em Feyerabend e
urbana: a experiência da ocupação Raízes da Praia – suas Implicações Éticas: Um Paralelo com Alasdair
Natalia Martinuzzi Castilho MacIntyre – Halina Macedo Leal
N. 201 Desafios éticos, filosóficos e políticos da biologia sintéti- N. 220 O Marquês de Pombal e a Invenção do Brasil – José
ca – Jordi Maiso Eduardo Franco
N. 202 Fim da Política, do Estado e da cidadania? – Roberto N. 221 Neurofuturos para sociedades de controle – Timothy
Romano Lenoir
N. 203 Constituição Federal e Direitos Sociais: avanços e recuos N. 222 O poder judiciário no Brasil – Fábio Konder Comparato
da cidadania – Maria da Glória Gohn N. 223 Os marcos e as ferramentas éticas das tecnologias de
N. 204 As origens históricas do racionalismo, segundo Feyera- gestão – Jesús Conill Sancho
bend – Miguel Ângelo Flach N. 224 O restabelecimento da Companhia de Jesus no extremo
N. 205 Compreensão histórica do regime empresarial-militar sul do Brasil (1842-1867) – Luiz Fernando Medeiros
brasileiro – Fábio Konder Comparato Rodrigues
N. 206 Sociedade tecnológica e a defesa do sujeito: Techno- N. 225 O grande desafio dos indígenas nos países andinos:
logical society and the defense of the individual – Karla seus direitos sobre os recursos naturais – Xavier Albó
Saraiva N. 226 Justiça e perdão – Xabier Etxeberria Mauleon
N. 207 Territórios da Paz: Territórios Produtivos? – Giuseppe N. 227 Paraguai: primeira vigilância massiva norte-americana e
Cocco a descoberta do Arquivo do Terror (Operação Condor) –
Martín Almada
Sandro Chignola é professor de Filosofia Política no Departamen-
to de Filosofia, Sociologia, Pedagogia e Psicologia Aplicada na
Universidade de Pádua (Università di Padova) – Itália. É doutor em
História do Pensamento Político. Realizou pós-doutorado na École
des Haute Études en Sciences Sociales e na École Normale Supé-
rieure de Lettres et Scinecs Humaines. Faz parte do Conselho Edi-
torial de várias revistas, incluindo: Filosofia Política, Contributions
to the History of Concepts, Politica & Società, Materiali foucaultiani,
Res Publica: Revista de Filosofia Política.
Outras publicações
CHIGNOLA, S. Reinventar a liberdade, reinventar a si próprio. [14/09/2015]. Entrevista-
dores: Márcia Junges e Ricardo Machado. Tradução: Sandra Dall Onder. Revista IHU
On-Line, nº 456. São Leopoldo, Instituto Humanitas Unisinos – IHU.
______. Uma antropologia processual para pensar novos sujeitos e o comum.
[28/09/2015]. Entrevistador: Patricia Fachin. IHU On-line. São Leopoldo, Instituto Huma-
nitas Unisinos – IHU.
______. É preciso reinventar a democracia à altura do século XXI. [22/09/2014] Entrevis-
tadores: Márcia Junges e Patricia Fachin. Tradução de Moisés Sbardelotto. IHU On-line.
São Leopoldo, Instituto Humanitas Unisinos – IHU.