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O documento discute a exclusão social no Brasil desde o século XIX. A urbanização acelerada levou à formação de cortiços e assentamentos informais nas periferias das cidades, onde viviam os mais pobres. Em 1893, o prefeito do Rio destruiu cortiços e despejou moradores, ignorando seu destino, em uma política higienista. A exclusão social no Brasil é estrutural, atrelada à pobreza, diferentemente da Europa onde houve inclusão social após a Segunda Guerra.
Originalbeschreibung:
O breve artigo reúne informações e dados sobre os processos de exclusão social na sociedade goiana assim como uma pequena análise de suas causas e consequencias
O documento discute a exclusão social no Brasil desde o século XIX. A urbanização acelerada levou à formação de cortiços e assentamentos informais nas periferias das cidades, onde viviam os mais pobres. Em 1893, o prefeito do Rio destruiu cortiços e despejou moradores, ignorando seu destino, em uma política higienista. A exclusão social no Brasil é estrutural, atrelada à pobreza, diferentemente da Europa onde houve inclusão social após a Segunda Guerra.
O documento discute a exclusão social no Brasil desde o século XIX. A urbanização acelerada levou à formação de cortiços e assentamentos informais nas periferias das cidades, onde viviam os mais pobres. Em 1893, o prefeito do Rio destruiu cortiços e despejou moradores, ignorando seu destino, em uma política higienista. A exclusão social no Brasil é estrutural, atrelada à pobreza, diferentemente da Europa onde houve inclusão social após a Segunda Guerra.
O processo de urbanização brasileiro se inicia de forma acentuada a partir da
década de 40, principalmente fruto da política desenvolvimentista de Getúlio Vargas. Com cerca de 31% de população residente em área urbana em 1940 e 81% nos anos 2000, em um período de 60 anos, mais de 50% da população migra do campo para a cidade. O processo de urbanização brasileiro e o crescimento dos núcleos urbanos foi acelerado e desordenado. (IBGE) O processo de urbanização brasileiro já é problemático desde o século XIX, o problema em relação aos cortiços do RJ no final do Século XIX, consegue começar a mostrar o ínicio do processo de periferização e exclusão social nas cidades brasileiras. A crise do café na província do RJ, aliada ao posterior aumento dos investimentos em atividades urbanas como atividades manufatureiras e obras públicas, geram um fluxo migratório para a cidade. A população majoritariamente pobre, gera uma alta demanda populacional, o alto preço dos imóveis é então insustentável, se fundam então as habitações populares. Casarões antigos são divididos, a habitação coletiva se torna a solução para as famílias recém chegadas na cidade do Rio de Janeiro. (TEIXEIRA) Os cortiços residiam já nas áreas periféricas da cidade, longe das principais atividades administrativas e comerciais. Esse tipo de habitação insalubre e de grande densidade populacional, era o único acessível a camadas mais populares e mesmo assim o custo correspondia em média a ¼ do salário de seus moradores. (TEIXEIRA) Em 1893, o prefeito do Rio de Janeiro inicia uma política higienista, destruindo os cortiços e despejando os moradores. Sob alegação que uma aglomeração de pessoas desordeiras inicia uma política repressiva contra os moradores do Cabeça de Porco, ignorando totalmente o destino daquelas pessoas. A repercussão na mídia é positiva ao prefeito Barata Ribeiro (ironicamente um político abolicionista e republicanista) principalmente por se tratar de uma ação contra a dita “população perigosa”. (CHALHOUB) A política pública em resposta a desordem estrutural da cidade, devido ao movimento de urbanização acelerado no século XIX, vai ser idêntica a política que se emprega no Brasil dos dias de hoje, vide o desalojamento de 90 famílias em 2016, em um bairro de Fortaleza em 2016. Aos mesmos moldes, repressão policial e nenhum tipo de preocupação com o destino das centenas de pessoas que moravam naquele lugar. Sergé Pagnam classifica exclusão social como perda de qualidade social, no entanto não se provêm inclusão social há uma população que jamais foi incluída socialmente. Diferente da concepção europeia de cidadania universalizada na sociedade pós-guerra a partir da constituição da responsabilidade social do estado. No Brasil a pobreza sempre esteve atrelada a exclusão social, apesar de serem conceitos díspares. Portanto a exclusão social no brasil é estrutural. Em goiânia por exemplo, em 2015 foi feita uma pesquisa sobre a população em condição de rua, e o que temos é o seguinte: um total de 351 pessoas em situação de rua, divididos entre idosos, adultos, adolescentes e crianças. Deste total, 12,3% se recusaram a participar da aplicação do questionário e 15,1% não responderam por motivos diversos de acordo com a prefeitura. Exclusão social se fundamenta na estigmatização é a discriminação de valores culturais, abandono, perda de vínculo e o rompimento das relações sociais de convívio. A pobreza já é uma situação absoluta ou relativa, está relacionada a falta de acesso aos bens de consumo. No entanto a partir do momento que o indivíduo por ser pobre não tem acesso sequer a sociedade, ele já está numa posição além da pobreza é um excluído socialmente. Referências Bibliográficas
DUARTE, Aldimar Jacinto. GOIÂNIA, CIDADE PLANEJADA : TERRITÓRIO DE
SERGREGAÇAO SOCIOESPACIAL DE JOVENS NAS PERIFERIAS. Goiânia: PUC Goiás, 2016. 15 p.
CHALHOUB, Sidney. Cidade Febril : Cortiços e epidemias na cidade imperial. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. 59 p.
TEIXEIRA, Manuel C. A habitação popular no século xix : características morfológicas, a
transmissão de modelos: as ilhas do Porto e os cortiços do Rio de Janeiro. [S.l.: s.n.], 2015. 25 p.
PREFEITURA APRESENTA CENSO E PERFIL DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA EM