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Exclusão Social

Lucas Augusto Gonçalo Dias


Weverton Sousa Paiva
Luiz Fernando Garcês de Deus

O processo de urbanização brasileiro se inicia de forma acentuada a partir da


década de 40, principalmente fruto da política desenvolvimentista de Getúlio Vargas. Com
cerca de 31% de população residente em área urbana em 1940 e 81% nos anos 2000, em
um período de 60 anos, mais de 50% da população migra do campo para a cidade. O
processo de urbanização brasileiro e o crescimento dos núcleos urbanos foi acelerado e
desordenado. (IBGE)
O processo de urbanização brasileiro já é problemático desde o século XIX, o
problema em relação aos cortiços do RJ no final do Século XIX, consegue começar a
mostrar o ínicio do processo de periferização e exclusão social nas cidades brasileiras. A
crise do café na província do RJ, aliada ao posterior aumento dos investimentos em
atividades urbanas como atividades manufatureiras e obras públicas, geram um fluxo
migratório para a cidade. A população majoritariamente pobre, gera uma alta demanda
populacional, o alto preço dos imóveis é então insustentável, se fundam então as
habitações populares. Casarões antigos são divididos, a habitação coletiva se torna a
solução para as famílias recém chegadas na cidade do Rio de Janeiro. (TEIXEIRA)
Os cortiços residiam já nas áreas periféricas da cidade, longe das principais
atividades administrativas e comerciais. Esse tipo de habitação insalubre e de grande
densidade populacional, era o único acessível a camadas mais populares e mesmo assim o
custo correspondia em média a ¼ do salário de seus moradores. (TEIXEIRA)
Em 1893, o prefeito do Rio de Janeiro inicia uma política higienista, destruindo os
cortiços e despejando os moradores. Sob alegação que uma aglomeração de pessoas
desordeiras inicia uma política repressiva contra os moradores do Cabeça de Porco,
ignorando totalmente o destino daquelas pessoas. A repercussão na mídia é positiva ao
prefeito Barata Ribeiro (ironicamente um político abolicionista e republicanista)
principalmente por se tratar de uma ação contra a dita “população perigosa”. (CHALHOUB)
A política pública em resposta a desordem estrutural da cidade, devido ao
movimento de urbanização acelerado no século XIX, vai ser idêntica a política que se
emprega no Brasil dos dias de hoje, vide o desalojamento de 90 famílias em 2016, em um
bairro de Fortaleza em 2016. Aos mesmos moldes, repressão policial e nenhum tipo de
preocupação com o destino das centenas de pessoas que moravam naquele lugar.
Sergé Pagnam classifica exclusão social como perda de qualidade social, no entanto
não se provêm inclusão social há uma população que jamais foi incluída socialmente.
Diferente da concepção europeia de cidadania universalizada na sociedade pós-guerra a
partir da constituição da responsabilidade social do estado. No Brasil a pobreza sempre
esteve atrelada a exclusão social, apesar de serem conceitos díspares. Portanto a exclusão
social no brasil é estrutural. Em goiânia por exemplo, em 2015 foi feita uma pesquisa sobre
a população em condição de rua, e o que temos é o seguinte: um total de 351 pessoas em
situação de rua, divididos entre idosos, adultos, adolescentes e crianças. Deste total, 12,3%
se recusaram a participar da aplicação do questionário e 15,1% não responderam por
motivos diversos de acordo com a prefeitura.
Exclusão social se fundamenta na estigmatização é a discriminação de valores
culturais, abandono, perda de vínculo e o rompimento das relações sociais de convívio. A
pobreza já é uma situação absoluta ou relativa, está relacionada a falta de acesso aos bens
de consumo. No entanto a partir do momento que o indivíduo por ser pobre não tem acesso
sequer a sociedade, ele já está numa posição além da pobreza é um excluído socialmente.
Referências Bibliográficas

DUARTE, Aldimar Jacinto. GOIÂNIA, CIDADE PLANEJADA : TERRITÓRIO DE


SERGREGAÇAO SOCIOESPACIAL DE JOVENS NAS PERIFERIAS. Goiânia: PUC Goiás,
2016. 15 p.

CHALHOUB, Sidney. Cidade Febril : Cortiços e epidemias na cidade imperial. São Paulo:
Companhia das Letras, 2004. 59 p.

TEIXEIRA, Manuel C. A habitação popular no século xix : características morfológicas, a


transmissão de modelos: as ilhas do Porto e os cortiços do Rio de Janeiro. [S.l.: s.n.], 2015. 25 p.

PREFEITURA APRESENTA CENSO E PERFIL DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA EM


GOIÂNIA. Disponível em: <http://www4.goiania.go.gov.br/portal/pagina/?
pagina=noticias&s=1&tt=not&cd=9411&fn=true>. Acesso em: 13 dez. 2018.

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