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Relatório do
Conselho de Administração
Contas Consolidadas
ÍNDICE
Introdução 2
Enquadramento Macroeconómico 4
Evolução bolsista 7
Actividade do Grupo 10
Análise financeira 16
Governo da Sociedade 20
Disposições legais 43
Declaração de responsabilidade 44
Considerações finais 44
Senhores accionistas
INTRODUÇÃO
Actualmente, a Altri detém três fábricas de pasta de papel em Portugal com uma
capacidade instalada que em 2009 foi superior a 650 mil toneladas/ano de pasta de
papel branqueada de eucalipto. Os projectos, que estão em fase de conclusão do ramp
up, permitirão aumentar a capacidade nominal de produção da Altri para cerca de 900
mil toneladas/ano.
Até Junho de 2008, a Altri possuía uma outra actividade industrial, através da FRamada,
que se dedicava ao retalho de aços e ao desenvolvimento de soluções industriais de
sistemas de armazenagem. Em Junho de 2008 efectivou-se a cisão da FRamada, que
deixou de integrar a Altri. O racional estratégico desta operação prende-se com a
focalização exclusiva da Altri no seu core business, a gestão florestal e a produção de
pasta de papel.
Os últimos anos têm sido marcados por diversas aquisições (Celtejo em 2005 e Celbi
em 2006), que permitiram à Altri reforçar a sua posição nos mercados onde opera, e
pelo desenvolvimento de um conjunto de projectos de expansão da actividade.
- 82 mil ha de floresta certificada em Portugal: no final de 2009, a Altri geria 82,3 mil
hectares de floresta em Portugal, a qual é integralmente certificada pelo Forest
Stewardship Council (FSC) e pelo Programme for the Endorsement of Forest
Certification (PEFC);
Actualmente, o organigrama das participações do Grupo Altri pode ser resumido como
segue:
Silvicaima 100%
Gestão florestal
ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO
Enquadramento Internacional
Enquadramento Nacional
Perspectivas futuras
O crescimento do Produto Interno bruto (PIB) estima-se em 0,7 por cento para 2010 e
1,4 por cento em 2011, depois de uma contracção de 2,6 por cento verificada em 2009.
A taxa de inflação estima-se que atinja 0,7% em 2010 e 1,6% em 2011, em resultado
sobretudo do aumento do preço do petróleo, do aumento das importações de bens não
energéticos e de um crescimento moderado dos custos unitários do trabalho.
No que respeita à dívida pública, estima-se que esta se situe nos 84% do PIB em 2010,
face aos 76,6% atingidos em 2009. De notar que a dívida pública portuguesa situa-se
acima da média europeia e que, juntamente com os défices primários estruturais, será
um factor determinante na sustentabilidade das finanças públicas a médio/longo prazo.
EVOLUÇÃO BOLSISTA
(Nota: Consideramos o PSI 20 como um índice com valor inicial idêntico ao do título em
análise, de forma a possibilitar uma melhor comparação das variações das cotações.)
A Altri acompanhou a tendência da bolsa portuguesa nos primeiros nove meses do ano,
mas no último trimestre apresentou uma performance significativamente melhor do que
o PSI 20 acompanhando a evolução do preço da pasta de papel branqueada.
Evolução bolsista
5,0
4,5
4,0
3,5
3,0 PSI 20
2,5 Altri
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
A cotação das acções da Altri aumentou cerca de 90% durante 2009 encerrando com
um valor unitário de 4 Euros e uma capitalização bolsista de cerca 409,7 milhões de
Euros.
Evolução bolsista
5,0
4,5
4,0
3,5
3,0
25 Nov.
Altri
2,5
2,0 26 Agosto
1,5
27Mai
1,0 9 Jan
25 Mar
0,5
0,0
ACTIVIDADE DO GRUPO
Silvicaima 100%
Gestão florestal
Altri SGPS
100%
Caima SGPS
100% 100%
Inflora Altri, SL
100%
100%
Viveiros do Furadouro
Invescaima Unipessoal
Celbinave
33%
100% 100%
100% 100%
Silvicaima Caima Indústria Sócasca Captaraíz Operfoz
40%
60% 5%
Altri – Energias
CPK Renováveis, SA Sosapel
Evolução do preço pasta BEKP 2009 (€) Preço médio pasta BEKP por período (€)
Fonte FOEX Fonte FOEX
500,00
450,00
2009 2008 var%
400,00
402,4 536,5 -25%
350,00
300,00
Dez-08 Jan-09 Fev-09 Mar-09 Abr-09 Mai-09 Jun-09 Jul-09 Ago-09 Set-09 Out-09 Nov-09
Em termos de procura, o mercado total das pastas branqueadas terá atingido mais de
45 milhões de toneladas (+0,8% vs 2008), sendo que a procura total de pasta de
eucalipto ascendeu a cerca de 15,1 milhões de toneladas (+14% vs 2008).
Relativamente à pasta de eucalipto, em 2009 a Europa continua a ser o maior mercado,
com uma quota de cerca de 39%, enquanto que a China apresentou uma quota de
mercado de 26%.
Estas acções contribuíram para a redução dos stocks de pasta disponíveis nos portos
europeus, que atingiu um dos seus mínimos históricos em Novembro de 2009, com
cerca de 651,5 mil toneladas. Em Dezembro, o nível dos stocks nos portos europeus era
de 762,4 mil toneladas.
Evolução dos stock de pasta nos portos europeus desde 2004 até YE09 (ton)
Fonte EUROPULP
2.000.000
1.500.000
1.000.000
500.000
0
2004 2005 2006 2007 2008 Jan-09 Fev-09 Mar-09 Abr-09 Mai-09 Jun-09 Jul-09 Ago-09 Set-09 Out-09 Nov-09 Dez-09
700,00
600,00
500,00
400,00
300,00
200,00
Jan-02 Jan-03 Jan-04 Jan-05 Jan-06 Jan-07 Jan-08 Jan-09
O preço de mercado da pasta BEKP (de acordo com o PIX), no final de 2009, era de
700 USD/ton, o que correspondia a um valor de 486 EUR/ton.
Durante o ano de 2009 as vendas totais de pasta realizadas pelas três unidades
ascenderam a cerca de 677,3 mil toneladas de pasta, o que corresponde a um
crescimento superior a 42% em relação às 476,6 mil toneladas de pasta vendidas
durante o ano de 2008.
194.765
181.869
166.449
134.194
Em termos do detalhe das vendas de pasta por destino, registe-se que em 2009 a Altri
exportou mais de 97% da sua produção, com destaque especial para o mercado
europeu. Em termos de utilização, o segmento de tissue apresenta o maior peso
relativo, com uma quota de 36%.
Por outro lado, as receitas líquidas de energia eléctrica produzida através de cogeração
e da venda de outros derivados florestais (licor e casca) ascenderam, em 2009, a cerca
de 13 milhões de Euros.
CELBI
A Celbi atingiu durante o exercício de 2009 vendas de 401,1 mil toneladas de pasta de
papel, o que significa um acréscimo de 48,3% face ao exercício anterior.
No que se refere à produção de pasta de papel esta ascendeu a 401,3 mil toneladas,
45,9% acima da produção do exercício anterior, em resultado do projecto de aumento
de capacidade que decorreu até 2009.
CAIMA
Em 2009, o volume de vendas foi de 113,3 mil toneladas de pasta o que representa um
acréscimo de 10,3% face às vendas registadas em 2008. A Península Ibérica e a
restante Europa comunitária continuaram a ser os principais mercados.
No exercício de 2009 produziram-se 115,3 mil toneladas de pasta, volume que se situou
1,8% acima da produção do exercício anterior e que configura uma exploração
optimizada da capacidade produtiva da fábrica.
CELTEJO
No que se refere à produção de pasta de papel esta ascendeu a 141,2 mil toneladas,
14,8% acima da produção do exercício anterior
O Grupo está a aumentar a sua capacidade de produção nas suas unidades, com
especial destaque para a Celbi. A Altri estima atingir em 2010 uma capacidade de
produção total de 910 mil toneladas de pasta, facto que colocará a empresa entre as 10
maiores do mundo na área da pasta de eucalipto.
ANÁLISE FINANCEIRA
Resultados relativos a activos classificados como detidos para venda 0,000 -0,252 -
Resultados relativos a empresas associadas -0,242 -1,075 77,5%
Resultados relativos a outros investimentos 0,109 -0,521 121,0%
Custos financeiros -29,856 -46,375 35,6%
Proveitos financeiros 4,670 10,776 -56,7%
Resultado financeiro -25,319 -37,446 -32,4%
1Q 09 2Q 09 3Q 09 4Q09
Resultados relativos a activos classificados como detidos para venda 0,000 0,000 0,000 0,000
Resultados relativos a empresas associadas -0,705 0,077 0,099 0,287
Resultados relativos a outros investimentos -0,012 0,058 0,084 -0,021
Custos financeiros -8,929 -7,028 -7,126 -6,772
Proveitos financeiros 2,714 0,011 1,093 0,851
Resultado financeiro -6,932 -6,882 -5,850 -5,655
De destacar ainda que o EBITDA registado no quarto trimestre de 2009 foi de cerca de
26,2 milhões de Euros, o que corresponde ao valor mais alto alguma vez registado pela
Altri.
De acordo com o actual plano da dívida, é expectável que durante o exercício de 2010,
a Altri tenha amortizações de dívida inferiores a 25 milhões de Euros.
Com a inversão verificada, no preço da Pasta, em Maio de 2009, após se ter atingido o
valor mínimo de 480USD em Abril do mesmo ano, os preços iniciaram uma trajectória
ascendente alcançando no final do ano o valor de 700USD.
A Altri, S.G.P.S., S.A. na qualidade de holding do Grupo, registou nas suas contas
individuais preparadas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites
em Portugal um resultado líquido negativo de 2.004.309,13 Euros, para o qual, nos
termos legais e estatutários, o Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral a
sua transferência para a rubrica “Resultados transitados”.
GOVERNO DA SOCIEDADE
Este relatório, atendendo à circular emitida pela CMVM a 17 de Fevereiro de 2010, foi
elaborado de acordo com o Regulamento da CMVM n.º 1/2007, de 21 de Novembro,
com as alterações introduzidas pelo Regulamento da CMVM n.º 5/2008, de 15 de
Outubro e com o Código de Governo das Sociedades e pretende ser o resumo dos
aspectos fundamentais da gestão da Sociedade no que respeita ao Conselho de
Administração, tendo em conta a necessidade de transparência relativamente a esta
matéria e a premência de comunicação para com os investidores e os destinatários da
informação.
0. Declaração de cumprimento
0.1 Indicação do local onde se encontram disponíveis ao público os textos dos códigos
de governo das sociedades aos quais o emitente se encontre sujeito
Este relatório, atendendo à circular emitida pela CMVM a 17 de Fevereiro de 2010, foi
elaborado de acordo com o Regulamento da CMVM n.º 1/2007, de 21 de Novembro,
com as alterações introduzidas pelo Regulamento da CMVM n.º 5/2008, de 15 de
Outubro e com o Código de Governo das Sociedades, disponíveis em www.cmvm.pt.
A Altri, S.G.P.S., S.A. cumpre com a maioria das recomendações da CMVM relativas ao
Governo das Sociedades como segue:
Não Não
Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades Cumpre
cumpre aplicável
I. ASSEMBLEIA GERAL
I.1. MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
I.1.1 O presidente da mesa da assembleia geral deve dispor de recursos humanos e logísticos de apoio que sejam
adequados às suas necessidades, considerada a situação económica da sociedade. √
I.1.2 A remuneração do presidente da mesa da assembleia deve ser divulgada no relatório anual sobre o governo da
sociedade. √
I.2. PARTICIPAÇÃO NA ASSEMBLEIA
I.2.1 A antecedência do depósito ou bloqueio das acções para a participação em assembleia geral imposta pelos
estatutos não deve ser superior a 5 dias úteis. √
I.2.2 Em caso de suspensão da reunião da assembleia geral, a sociedade não deve obrigar ao bloqueio durante todo o
período até que a sessão seja retomada, devendo bastar-se com a antecedência ordinária exigida na primeira sessão. √
I.3. VOTO E EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO
I.3.1 As sociedades não devem prever qualquer restrição estatutária do voto por correspondência. √
I.3.2 O prazo estatutário de antecedência para a recepção da declaração de voto emitida por correspondência não
deve ser superior a 3 dias úteis. √
I.3.3 As sociedades devem prever, nos seus estatutos, que corresponda um voto a cada acção. √
I.4. QUÓRUM E DELIBERAÇÕES
I.4.1 As sociedades não devem fixar um quórum constitutivo ou deliberativo superior ao previsto por lei. √
I.5. ACTAS E INFORMAÇÃO SOBRE DELIBERAÇÕES ADOPTADAS
I.5.1 As actas das reuniões da assembleia geral devem ser disponibilizadas aos accionistas no sitio Internet da
sociedade no prazo de 5 dias, ainda que não constituam informação privilegiada, nos termos legais, e deve ser mantido
neste sítio um acervo histórico das listas de presença, das ordens de trabalhos e das deliberações tomadas relativas às
reuniões realizadas, pelo menos, nos 3 anos antecedentes. √
I.6. MEDIDAS RELATIVAS A MUDANÇA DO CONTROLO
I.6.1 As medidas que sejam adoptadas com vista a impedir o êxito de ofertas públicas de aquisição devem respeitar os
interesses da sociedade e dos seus accionistas. √
I.6.2 Os estatutos das sociedades que, respeitando o princípio na alínea anterior, prevejam a limitação do número de
votos que possam ser emitidos ou exercidos por um único accionista, de forma individual ou em concertação com
outros accionistas, devem prever igualmente que seja consignado que, pelo menos de cinco em cinco anos será sujeita
a deliberação pela Assembleia Geral a manutenção ou não dessa disposição estatutária – sem requisitos de quórum
agravado relativamente ao legal - e que nessa deliberação se contam todos os votos emitidos sem que aquela
limitação funcione. √
I.6.3 Não devem ser adoptadas medidas defensivas que tenham por efeito provocar automaticamente uma erosão
grave no património da sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de
administração, prejudicando dessa forma a livre transmissibilidade das acções e a livre apreciação pelos accionistas do
desempenho dos titulares do órgão de administração. √
Não Não
Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades Cumpre
cumpre aplicável
II.1.2. INCOMPATIBILIDADES E INDEPENDÊNCIA
II.1.2.1 O conselho de administração deve incluir um número de membros não executivos que garanta efectiva
capacidade de supervisão, fiscalização e avaliação da actividade dos membros executivos. √
II.1.2.2 De entre os administradores não executivos deve contar-se um número adequado de administradores
independentes, tendo em conta a dimensão da sociedade e a sua estrutura accionista, que não pode em caso algum
ser inferior a um quarto do número total de administradores. √
II.1.3. ELIGIBILIDADE E NOMEAÇÃO
II.1.3.1 Consoante o modelo aplicável, o presidente do conselho fiscal, da comissão de auditoria ou da comissão para
as matérias financeiras deve ser independente e possuir as competências adequadas ao exercício das respectivas
funções. √
II.1.4. POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES
II.1.4.1 A sociedade deve adoptar uma política de comunicação de irregularidades alegadamente ocorrida no seu seio,
com os seguintes elementos: i) indicação dos meios através dos quais as comunicações de práticas irregulares podem
ser feitas internamente, incluindo as pessoas com legitimidade para receber comunicações; ii) indicação do tratamento
a ser dado às comunicações, incluindo tratamento confidencial, caso assim seja pretendido pelo declarante. √
II.1.4.2 As linhas gerais desta política devem ser divulgadas no relatório sobre o governo das sociedades. √
II.1.5. REMUNERAÇÃO
II.1.5.1 A remuneração dos membros do órgão de administração deve ser estruturada de forma a permitir o
alinhamento dos interesses daqueles como os interesses da sociedade. Neste contexto: i) a remuneração dos
administradores que exerçam funções executivas deve integrar uma componente baseada no desempenho, devendo
tomar por isso em consideração a avaliação de desempenho realizada periodicamente pelo órgão ou comissão
competentes; ii) a componente variável deve ser consistente com a maximização do desempenho de longo prazo da
empresa e dependente da sustentabilidade das variáveis de desempenho adoptadas; iii) quando tal não resulte
directamente de imposição legal, a remuneração dos membros não executivos do órgão de administração deve ser
exclusivamente constituída por uma quantia fixa. √
II.1.5.2 A comissão de remunerações e o órgão de administração devem submeter à apreciação pela assembleia geral
anual de accionistas de uma declaração sobre a política de remunerações, respectivamente, dos órgãos de
administração e fiscalização e dos demais dirigentes na acepção do nº 3 do artigo 248º -B do Código dos Valores
Mobiliários, neste contexto, devem, nomeadamente, ser explicitados aos accionistas os critérios e os principais
parâmetros para a avaliação do desempenho para determinação da componente variável, quer se trate de prémios em
acções, opções de aquisição de acções, bónus anuais ou de outras componentes. √
II.1.5.3 Pelo menos um representante da comissão de remunerações deve estar presente nas assembleias gerais
anuais de accionistas. √
II.1.5.4 Deve ser submetida à assembleia geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de acções, e/ou
de opções de aquisição de acções ou com base nas variações do preço das acções, a membros dos órgãos de
administração, fiscalização e demais dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores
Mobiliários. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correcta do plano. A proposta
deve ser acompanhada do regulamento do plano ou, caso o mesmo ainda não tenha sido elaborado, das condições
gerais a que o mesmo deverá obedecer. Da mesma forma devem ser aprovadas em assembleia geral as principais
características do sistema de benefícios de reforma de que beneficiem os membros dos órgãos de administração,
fiscalização e demais dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários. √
II.1.5.5 A remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização deve ser objecto de divulgação anual
em termos individuais, distinguindo-se, sempre que for caso disso, as diferentes componentes recebidas em termos de
remuneração fixa e de remuneração variável, bem como a remuneração recebida em outras empresas do grupo ou em
empresas controladas por accionistas titulares de participações qualificadas. √
II.2. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
II.2.1 Dentro dos limites estabelecidos por lei para cada estrutura de administração e fiscalização, e salvo por força da
reduzida dimensão da sociedade, o conselho de administração deve delegar a administração quotidiana da sociedade,
devendo as competências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da Sociedade. √
II.2.2 O conselho de administração deve assegurar que a sociedade actua de forma consentânea com os seus
objectivos, não devendo delegar a sua competência, designadamente, no que respeita a: i) definir a estratégia e as
políticas gerais da sociedade; ii) definir a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que devam ser consideradas
estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais. √
II.2.3 Caso o presidente do conselho de administração exerça funções executivas, o conselho de administração deve
encontrar mecanismos eficientes de coordenação dos trabalhos dos membros não executivos, que designadamente
assegurem que estes possam decidir de forma independente e informada, e deve proceder-se à devida explicitação
desses mecanismos aos accionistas no âmbito do relatório sobre o governo da sociedade. √
II.2.4 O relatório anual de gestão deve incluir uma descrição sobre a actividade desenvolvida pelos administradores
não executivos referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados. √
II.2.5. O órgão de administração deve promover uma rotação do membro com o pelouro financeiro, pelo menos no fim
de cada dois mandatos. √
II.3. ADMINISTRADOR DELEGADO, COMISSÃO EXECUTIVA E CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO
II.3.1 Os administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos sociais,
devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles requeridas. √
II.3.2 O presidente da comissão executiva deve remeter, respectivamente, ao presidente do conselho de administração
e, conforme aplicável, ao presidente da conselho fiscal ou da comissão de auditoria, as convocatórias e as actas das
respectivas reuniões. √
II.3.3 O presidente do conselho de administração executivo deve remeter ao presidente do conselho geral e de
supervisão e ao presidente da comissão para as matérias financeiras, as convocatórias e as actas das respectivas
reuniões. √
Não Não
Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades Cumpre
cumpre aplicável
II.4. CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO, COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS, COMISSÃO DE
AUDITORIA E CONSELHO FISCAL
II.4.1 O conselho geral e de supervisão, além do cumprimento das competências de fiscalização que lhes estão
cometidas, deve desempenhar um papel de aconselhamento, acompanhamento e avaliação contínua da gestão da
sociedade por parte do conselho de administração executivo. Entre as matérias sobre as quais o conselho geral e de
supervisão deve pronunciar-se incluem-se: i) o definir a estratégia e as políticas gerais da
sociedade; ii) a estrutura empresarial do grupo; e iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu
montante, risco ou às suas características especiais. √
II.4.2 Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo conselho geral e de supervisão, a comissão para as
matérias financeiras, a comissão de auditoria e o conselho fiscal devem ser objecto de divulgação no sítio da Internet
da sociedade, em conjunto com os documentos de prestação de contas. √
II.4.3 Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo conselho geral e de supervisão, a comissão para as
matérias financeiras, a comissão de auditoria e o conselho fiscal devem incluir a descrição sobre a actividade de
fiscalização desenvolvida referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados. √
II.4.4 A comissão para as matérias financeiras, a comissão de auditoria e o conselho fiscal, consoante o modelo
aplicável, devem representar a sociedade, para todos os efeitos, junto do auditor externo, competindo-lhe,
designadamente, propor o prestador destes serviços, a respectiva remuneração, zelar para que sejam asseguradas,
dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços, bem assim como ser o
interlocutor da empresa e o primeiro destinatário dos respectivos relatórios. √
II.4.5 A comissão para as matérias financeiras, comissão de auditoria e o conselho fiscal, consoante o modelo
aplicável, devem anualmente avaliar o auditor externo e propor à assembleia geral a sua destituição sempre que se
verifique justa causa para o efeito. √
II.5. COMISSÕES ESPECIALIZADAS
II.5.1 Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho de administração e o conselho geral e de
supervisão, consoante o modelo adoptado, devem criar as comissões que se mostrem necessárias para: i) assegurar
uma competente e independente avaliação do desempenho dos administradores executivos e para a avaliação do seu
próprio desempenho global, bem assim como das diversas comissões existentes; ii)
reflectir sobre o sistema de governo adoptado, verificar a sua eficácia e propor aos órgãos competentes as medidas a
executar tendo em vista a sua melhoria. √
II.5.2 Os membros da comissão de remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente aos
membros do órgão de administração. √
II.5.3 Todas as comissões devem elaborar actas das reuniões que realizem. √
Recomendação II.1.5.4: A Altri, S.G.P.S., S.A. não tem qualquer plano de atribuição
de acções ou de opções de aquisição de acções aos membros dos órgãos sociais,
nem aos seus trabalhadores, pelo que esta recomendação não é aplicável à Altri;
Recomendação II.3.2: A Altri não tem uma comissão executiva pelo que esta
recomendação não lhe é aplicável;
Recomendações II.3.3 e II.4.1: A Altri não tem conselho geral e de supervisão nem
comissão para as matérias financeiras pelo que estas recomendações não lhe são
aplicáveis.
I. ASSEMBLEIA GERAL
Tem direito a voto o accionista titular de uma acção registada ou depositada em seu
nome em sistema centralizado de valores mobiliários. Os registos ou depósitos
anteriormente referidos e o bloqueio das acções deverão mostrar-se efectuados e
ser comprovados perante a sociedade com a antecedência mínima de cinco dias
relativamente à data para que a reunião da Assembleia Geral foi convocada.
A Altri não adoptou nenhuma cláusula ou medida defensiva para impedir a livre
transmissibilidade das acções representativas do seu capital social e a livre
apreciação, pelos Accionistas, do desempenho dos titulares do órgão de
Administração.
Órgãos Sociais
Risco de Crédito
Pelo facto da Altri ter a qualidade de Sociedade Aberta, existe por parte da
Administração e seus colaboradores uma grande atenção no cumprimento dos
deveres de confidencialidade nas relações com terceiros, salvaguardando a
posição da Altri em situações de conflito de interesse.
II.1.5 Remuneração
Conselho de Administração
2009 2008
Nos termos do artigo 3º da lei nº 28/2009 de 19 de Junho, bem como nas alíneas
a) e b) do artigo 3º do Regulamento da CMVM n.º 1/2010, informa-se que os
administradores não auferiram durante 2009 qualquer remuneração na Altri,
S.G.P.S., S.A.
Não existem:
- planos ou sistemas de incentivos relacionados com a atribuição de
acções aos membros do Conselho de Administração;
- indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores relativamente à
cessão de funções durante o exercício;
- regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os
administradores;
- benefícios não pecuniários considerados como remuneração.
Conselho Fiscal
Auditores
2009 2008
Serviços de revisão legal das contas 27,2% 22,5%
Outros serviços de garantia de fiabilidade 45,1% 34,1%
Serviços de consultoria 20,8% 40,5%
Outros serviços 6,9% 2,9%
Domingos Matos
João Borges Oliveira Paulo Fernandes Pedro Pinto Mendonça
Chief Financial Officer
Laurentina Martins
Chairman
Vogais do C.A.
. .
Altri SGPS
Conselho de Administração:
Paulo Fernandes
João Borges de Oliveira
Pedro Pinto Mendonça
Domingos Matos
Laurentina Martins
Nº de
Nome acções
detidas
Paulo Jorge dos Santos Fernandes 7.000.746
Pedro Macedo Pinto de Mendonça 852.500
Domingos José Vieira de Matos 6.969.716
João Manuel Matos Borges de Oliveira (a) 9.246.660
Laurentina da Silva Martins 0
(a) 9.246.660 acções correspondem ao total das acções da Altri, S.G.P.S., S.A. detidas pela
sociedade Caderno Azul – SGPS, S.A., da qual o administrador João Manuel Matos Borges
de Oliveira é accionista.
Foi um dos fundadores da Cofina (Sociedade que deu origem à Altri, por cisão),
tendo estado directamente envolvido na gestão do Grupo desde a sua criação. É
licenciado em Engenharia Electrónica pela Universidade do Porto, tendo
posteriormente concluído um MBA na Universidade de Lisboa. Desempenha
funções nas áreas de media e indústria, bem como na definição estratégica do
Grupo.
Deve ainda representar a Sociedade para todos os efeitos, junto do seu Auditor
Externo, competindo-lhe, designadamente, propor o prestador destes serviços, a
respectiva remuneração e zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa,
as condições adequadas à prestação de serviços.
Distribuição de dividendos
Tendo sido constituída no decurso do exercício de 2005, a Altri não tem ainda um
longo historial de distribuição de dividendos perfeitamente definido. No entanto, de
acordo com a política definida pelo Conselho de Administração, são propostos
montantes relativos a distribuição de dividendos que tenham como objectivo
proporcionar uma adequada remuneração aos accionistas do capital investido, sem
nunca perder de vista as necessidades de expansão/investimento do Grupo.
Na Altri existe um representante para as relações com o mercado – Dr. Alfredo Luís
Portocarrero Pinto Teixeira, secretário da Sociedade.
DISPOSIÇÕES LEGAIS
Acções próprias
Nos termos e para os efeitos do disposto no art. 447º do Código das Sociedades
Comerciais informa-se que em 31 de Dezembro de 2009, os administradores da Altri
detinham as seguintes acções:
(a) – 9.246.660 acções correspondem ao total das acções da Altri, S.G.P.S., S.A. detidas pela sociedade
Caderno Azul – S.G.P.S., S.A., da qual o administrador João Manuel Matos Borges de Oliveira é accionista.
Nos termos e para os efeitos do disposto nos Artigos 16º e 20º do Código de Valores
Mobiliários e no Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que as
sociedades e/ou pessoas singulares que têm uma participação social qualificada que
ultrapasse os 2%, 5%, 10%, 20%, 33% e 50% dos direitos de voto, e de acordo com as
notificações recebidas na sede da Altri até à data, são como segue:
(a) 9.246.660 acções correspondem ao total das acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade Caderno
Azul – SGPS, S.A., da qual o administrador João Manuel Matos Borges de Oliveira é accionista;
(b) 7.000.000 de acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade PROMENDO – SGPS, S.A., consideram-
se imputáveis a Ana Rebelo Mendonça Fernandes, sua administradora e accionista, titular de 59,6% do
respectivo capital social;
(c) Consideram-se, igualmente, imputáveis a Ana Rebelo Mendonça Fernandes, para além dos 7.000.000 de
acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade Promendo – SGPS, S.A. já referidos em (b), ainda
1.162.000 de acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade Promendo – Promoções Empresariais, S.A.,
de que é administradora e accionista, titular de 68% do respectivo capital social. Assim, nos termos legais,
consideram-se imputáveis a Ana Rebelo Mendonça Fernandes, um total de 14.893.891 acções,
correspondentes a 14,52% do capital e dos direitos de voto da Altri, SGPS, S.A.
A Altri não foi notificada de quaisquer participações acima de 20% dos direitos de voto.
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE
Nos termos do art. 21º do Decreto-Lei 411/91, de 17 de Outubro informamos que não
existem dívidas em mora perante o Estado, nomeadamente perante a Segurança
Social.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Conselho de Administração
João Manuel Matos Borges de Oliveira (imputação via CADERNO AZUL - SGPS, S.A.)
Data Natureza Volume Preço (€) Local Saldo Final
31-Dez-08 - - - - 9.246.660 31-Dez-09
ACTIVOS CORRENTES:
Inventários 10 37.887.922 57.613.288
Clientes 6 e 12 69.602.593 57.819.150
Outras dívidas de terceiros 6 e 13 6.982.879 14.749.641
Estado e outros entes públicos 14 15.643.774 24.418.762
Outros activos correntes 15 6.548.231 10.127.859
Instrumentos financeiros derivados 6 e 27 - 12.546.735
Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados 4.4 e 6 602.670 747.450
Caixa e equivalentes de caixa 6 e 16 80.261.966 74.300.279
217.530.035 252.323.164
Activos classificados como detidos para venda ou em descontinuação 4.5 695.758 13.576.029
Total de activos correntes 218.225.793 265.899.193
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital social 18 25.641.459 25.641.459
Reserva legal 18 2.862.981 1.630.523
Outras reservas 18 40.079.391 54.156.623
Resultado líquido consolidado do exercício (10.910.016) 4.668.149
Total do capital próprio atribuível aos accionistas da Empresa-Mãe 57.673.815 86.096.754
PASSIVO:
PASSIVO NÃO CORRENTE:
Empréstimos bancários 6 e 20 149.913.243 150.015.292
Outros empréstimos 6 e 20 612.519.785 521.270.017
Outros credores não correntes 6 e 22 339.766 491.190
Outros passivos não correntes 6 e 23 24.101.086 1.513.306
Passivos por impostos diferidos 11 981.007 3.914.691
Provisões 21 2.424.509 5.107.335
Total de passivos não correntes 790.279.396 682.311.831
PASSIVO CORRENTE:
Empréstimos bancários 6 e 20 46.559.986 51.886.464
Outros empréstimos 6 e 20 109.171.440 110.996.123
Fornecedores 6 e 24 65.999.089 58.901.992
Outras dívidas a terceiros 6 e 25 10.779.891 70.905.701
Estado e outros entes públicos 14 3.806.882 3.062.921
Outros passivos correntes 26 20.755.541 38.487.310
Instrumentos financeiros derivados 6 e 27 18.213.114 6.059.446
275.285.943 340.299.957
Passivos associados a activos classificados como detidos para venda ou em descontinuação 4.5 175.712 5.858.214
Total de passivos correntes 275.461.655 346.158.171
O Conselho de Administração
ALTRI, SGPS, S.A.
Atribuível a:
Detentores de capital próprio da empresa-mãe 36 (11.932.959) 4.109.378
Interesses minoritários 19 (32.047) 47.709
Atribuível a:
Detentores de capital próprio da empresa-mãe 4.5 e 5 1.022.943 558.771
Interesses minoritários - -
Atribuível a:
Detentores de capital próprio da empresa-mãe 36 (10.910.016) 4.668.149
Interesses minoritários 19 (32.047) 47.709
(10.942.063) 4.715.858
O Conselho de Administração
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
Atribuível a:
Accionistas da Empresa-Mãe (28.410.097) 12.698.164
Interesses Minoritários 19 (32.047) 47.709
O Conselho de Administração
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
Saldo em 1 de Janeiro de 2008 25.641.459 1.527.560 (931.402) (373.328) 56.943.872 55.639.142 35.193.702 118.001.863 274.494 118.276.357
Aplicação do resultado consolidado de 2007:
Transferência para reserva legal e resultados transitados - 102.963 - - 29.962.447 29.962.447 (30.065.410) - - -
Dividendos distribuídos - - - - - - (5.128.292) (5.128.292) - (5.128.292)
Outros - - - - (348) (348) - (348) - (348)
Cisão F. Ramada 5 - - - 568.896 (40.043.529) (39.474.633) - (39.474.633) - (39.474.633)
Aquisição de participação adicional na Celtejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A. 5 - - - - - - - - (38.212) (38.212)
Total do rendimento integral consolidado do exercício - - 8.225.583 (195.568) - 8.030.015 4.668.149 12.698.164 47.709 12.745.873
Saldo em 31 de Dezembro de 2008 25.641.459 1.630.523 7.294.181 - 46.862.442 54.156.623 4.668.149 86.096.754 283.991 86.380.745
Saldo em 1 de Janeiro de 2009 25.641.459 1.630.523 7.294.181 - 46.862.442 54.156.623 4.668.149 86.096.754 283.991 86.380.745
Aplicação do resultado consolidado de 2008:
Transferência para reserva legal e resultados transitados - 1.232.458 - - 3.435.691 3.435.691 (4.668.149) - - -
Outros - - - - (12.842) (12.842) - (12.842) - (12.842)
Aquisição de participação adicional na Celtejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A. 5 - - - - - - - - (142.573) (142.573)
Total do rendimento integral consolidado do exercício - - (17.500.081) - - (17.500.081) (10.910.016) (28.410.097) (32.047) (28.442.144)
Saldo em 31 de Dezembro de 2009 25.641.459 2.862.981 (10.205.900) - 50.285.291 40.079.391 (10.910.016) 57.673.815 109.371 57.783.186
O Conselho de Administração
ALTRI , SGPS, S.A.
Actividades operacionais:
Recebimentos de clientes 293.306.993 314.653.759
Pagamentos a fornecedores (200.437.931) (208.830.728)
Pagamentos ao pessoal (30.244.953) (33.101.347)
Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional 19.618.464 (19.221.783)
Impostos sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas 369.637 82.612.210 (4.586.460) 48.913.441
Fluxos gerados pelas actividades operacionais (1) 82.612.210 48.913.441
Actividades de investimento:
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 41 - 21.682.699
Activos fixos tangíveis 2.321.315 1.944.083
Empréstimos concedidos - 21.640.843
Subsídios ao investimento 4.281.035 83.849
Juros e proveitos similares 5.234.207 11.836.557 10.543.510 55.894.984
Pagamentos relativos a:
Investimentos financeiros 41 (5.041.089) (8.659.281)
Activos intangíveis (65.171) (107.117)
Activos fixos tangíveis (114.565.558) (245.764.240)
Activos biológicos (13.372.438) (133.044.256) (11.727.778) (266.258.416)
Fluxos gerados pelas actividades de investimento (2) (121.207.699) (210.363.432)
Actividades de financiamento:
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 145.829.071 145.829.071 375.033.065 375.033.065
Pagamentos respeitantes a:
Amortização de contratos de locação financeira (48.519) (167.168)
Juros e custos similares (40.963.632) (40.527.407)
Dividendos distribuídos - (5.128.292)
Empréstimos obtidos (61.612.028) (102.624.179) (180.582.847) (226.405.714)
Fluxos gerados pelas actividades de financiamento (3) 43.204.892 148.627.351
O Conselho de Administração
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
1. NOTA INTRODUTÓRIA
A Altri, SGPS, S.A. (“Altri” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 1 de Março de 2005, com
sede na Rua General Norton de Matos, 68, r/c no Porto e que tem como actividade principal a gestão de
participações sociais, sendo as suas acções cotadas na Euronext Lisbon.
A Altri foi constituída no âmbito do projecto de reestruturação da Cofina, SGPS, S.A. através da cisão
representativa de 97,23% da participação social detida por aquela sociedade na Celulose do Caima, SGPS,
S.A., na modalidade de cisão-simples prevista na alínea a) do n.º 1 do art. 118º do Código das Sociedades
Comerciais. A data relevante para produção de efeitos contabilísticos e jurídicos da referida cisão foi 1 de
Março de 2005.
Actualmente a Altri dedica-se à gestão de participações sociais essencialmente na área industrial, sendo a
empresa-mãe do grupo de empresas indicado na Nota 4 e designado por Grupo Altri. A actividade actual do
Grupo Altri centra-se na produção de pasta de papel branqueada de eucalipto através de três unidades
produtivas (a Celbi na Figueira da Foz, a Caima em Constância do Ribatejo e a Celtejo em Vila Velha de
Ródão).
Face a esta realidade do Grupo Altri, o seu Conselho de Administração entende que apenas existe um
segmento de negócio (Produção e comercialização de pasta de papel branqueada de eucalipto) sendo que a
principal informação de gestão é também analisada nesse pressuposto, pelo que a informação por segmentos
referida na Nota 37 se encontra limitada por estes factos.
-1-
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
As demonstrações financeiras intercalares são apresentadas de acordo com as normas e formatos impostos
pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.
Novas normas contabilísticas e seu impacto nas demonstrações financeiras consolidadas anexas:
(i) As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões foram aprovadas (“endorsed”) pela União
Europeia até à data de aprovação destas demonstrações financeiras consolidadas, algumas das quais
entraram em vigor no exercício findo em 31 de Dezembro de 2009:
Data de eficácia
(exercícios iniciados
Norma/Interpretação em ou após)
NOVAS NORMAS E INTERPRETAÇÕES:
IFRS 8 – Segmentos operacionais 1-Jan-09 A IFRS 8 substitui a IAS 14, redefinindo os
segmentos relatáveis e a informação a
relatar sobre os mesmos.
REVISÕES:
IAS 1 – Apresentação de 1-Jan-09 Esta revisão introduz alterações de
demonstrações financeiras (Revisão terminologia, incluindo novas designações
de 2007) para as peças das demonstrações
financeiras, assim como alterações ao nível
do formato e conteúdo de tais peças.
-2-
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Data de eficácia
(exercícios iniciados
Norma/Interpretação em ou após)
EMENDAS:
IFRS 1 – Adopção pela primeira vez 1-Jan-09 Estas emendas referem-se à mensuração
das normas internacionais de relato do custo dos investimentos na adopção
financeiro / IAS 27 – Demonstrações inicial das IFRS e ao reconhecimento do
financeiras consolidadas e separadas rendimento de dividendos provenientes de
(Emendas) subsidiárias, nas demonstrações financeiras
da empresa-mãe.
O efeito nas demonstrações financeiras do Grupo Altri do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009,
decorrente da adopção e aplicação das normas e interpretações, revisões e emendas acima referidas, não foi
significativo, com excepção da entrada em vigor das alterações à IAS 1 e que introduziu alterações de
terminologia assim como alterações ao nível do formato e conteúdo das demonstrações financeiras, pelo facto
das políticas contabilísticas adoptadas já serem consistentes com algumas das novas normas.
O IFRS 8 substituiu a anterior IAS 14, no entanto não implicou uma redefinição dos segmentos relatáveis do
Grupo Altri, uma vez que conforme indicado na Nota Introdutória apenas existe uma segmento de negócio
(Produção e comercialização de pasta de papel branqueada de eucalipto) sendo que o reporte interno de
informação à gestão é efectuado nesse pressuposto.
(ii) As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, foram, até à data de aprovação destas
demonstrações financeiras, aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, mas têm aplicação obrigatória
apenas em exercícios económicos futuros:
Data de eficácia
(exercícios iniciados
Norma/Interpretação em ou após)
NOVAS NORMAS E INTERPRETAÇÕES:
IFRIC 12 – Acordos de concessão de 1-Jan-10 Esta interpretação, aplicável a concessões do
serviços tipo público-para-privado, enquadra o
-3-
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Data de eficácia
(exercícios iniciados
Norma/Interpretação em ou após)
operador como prestador de serviços e
introduz regras de reconhecimento por parte
do operador do rédito de construção e de
operação de infraestruturas e sua
mensuração.
REVISÕES:
IFRS 1 – Adopção pela primeira vez 1-Jan-10 Esta revisão reflecte as várias alterações
das normas internacionais de relato ocorridas desde a primeira versão desta
financeiro (Revisão de 2008) norma.
EMENDAS:
IAS 39 – Instrumentos financeiros: 1-Jul-09 Estas emendas clarificam alguns aspectos
reconhecimento e mensuração da contabilidade de cobertura,
(Emendas) nomeadamente: (i) a identificação da
inflação como um risco coberto e (ii) a
cobertura com opções.
-4-
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Estas normas apesar de aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, não foram adoptadas pelo Grupo Altri
no exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, em virtude da sua aplicação não ser ainda obrigatória. Não
são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras, decorrentes da adopção das mesmas.
As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adoptados pelo Grupo Altri a 31 de Dezembro de 2009
são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de
2008.
Os princípios de consolidação adoptados pelo Grupo Altri na preparação das suas demonstrações financeiras
consolidadas são os seguintes:
As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo Altri detenha, directa ou indirectamente, mais
de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou detenha o poder de controlar as suas
políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), são incluídas nas
demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o
resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas são
apresentados separadamente na demonstração da posição financeira consolidada e na demonstração dos
resultados consolidada nas rubricas “Interesses minoritários”. As empresas incluídas nas demonstrações
financeiras pelo método de consolidação integral encontram-se detalhadas na Nota 4.1.
Quando os prejuízos atribuíveis aos accionistas minoritários excedem o interesse minoritário no capital
próprio da filial, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os
accionistas minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial
subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos
prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada.
Nas concentrações empresariais ocorridas após a data de transição para as Normas Internacionais de
Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia – IFRS 1 (1 de Janeiro de 2004), os activos e
passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição conforme estabelecido pelo
IFRS 3 – “Concentrações de actividades empresariais”. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao
justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como diferença de consolidação
positiva. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor de activos e passivos líquidos
adquiridos (incluindo passivos contingentes) seja negativo, o mesmo é reconhecido como proveito do
exercício após reconfirmação do justo valor atribuído. Os interesses de accionistas minoritários são
apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados.
Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações de
resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda, respectivamente.
Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para
adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos
distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação.
Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim
específico (“Special Purpose Entities” – SPE’s), ainda que não possua participações de capital
directamente ou indirectamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de
consolidação integral.
-5-
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Os investimentos financeiros em empresas associadas (entendendo o Grupo como tal as empresas onde
exerce uma influência significativa mas em que não detém o controlo ou o controlo conjunto das mesmas
através da participação nas decisões financeiras e operacionais da empresa - geralmente investimentos
representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência
patrimonial.
As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da associada
na data de aquisição, se positivas, são reconhecidas como diferenças de consolidação e mantidas no valor
da rubrica “Investimentos em empresas associadas”. Se essas diferenças forem negativas, após
reconfirmação do justo valor atribuído, são registadas como proveito do exercício na rubrica “Resultados
relativos a empresas associadas”.
É efectuada uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo
possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrem
existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir são
objecto de reversão.
Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o
investimento se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo, excepto quando o Grupo
tenha assumido compromissos para com a associada, registando nesses casos uma provisão para fazer
face a essas obrigações.
Os ganhos não realizados em transacções com empresas associadas são eliminados proporcionalmente
ao interesse do Grupo na associada por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas
não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que
o activo transferido esteja em situação de imparidade.
c) Diferenças de consolidação
-6-
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
O valor das diferenças de consolidação não é amortizado, sendo testado anualmente para verificar se
existem perdas por imparidade. As perdas por imparidade das diferenças de consolidação constatadas no
exercício são registadas na demonstração de resultados do exercício na rubrica “Provisões e perdas por
imparidade”. As perdas por imparidade relativas a diferenças de consolidação não são revertidas.
As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e associadas e o justo
valor dos activos e passivos identificáveis (incluindo passivos contingentes) dessas empresas à data da
sua aquisição, se negativas, são reconhecidas como proveito na data de aquisição, após reconfirmação do
justo valor dos activos e passivos identificáveis.
O valor das diferenças de consolidação e ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades
estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa entidade e transpostos para Euros de acordo com
a taxa de câmbio em vigor no final do exercício.
Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na
demonstração de resultados como um ganho ou perda na alienação.
Os principais critérios valorimétricos usados pelo Grupo Altri na preparação das suas demonstrações
financeiras consolidadas, são os seguintes:
a) Activos intangíveis
Os activos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das
perdas por imparidade acumuladas. Os activos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles
advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir
razoavelmente o seu valor.
As despesas de desenvolvimento para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu
desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e relativamente às quais seja provável que o
activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de
desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo no período em que são
incorridas.
As amortizações são calculadas, após os bens estarem disponíveis para uso, pelo método das quotas
constantes em conformidade com o período de vida útil estimado (genericamente 3 a 5 anos).
-7-
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Os activos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) e transferidos
para o Grupo Altri por cisão (Nota Introdutória), encontram-se registados ao seu “deemed cost”, o qual
corresponde ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios
contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações acumuladas e
de perdas por imparidade.
Os activos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição,
deduzido das correspondentes amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.
As amortizações são calculadas, após a data em que os bens estejam disponíveis para serem utilizados,
pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo
de bens.
As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
Anos
Terrenos e recursos naturais 20 a 50
Edifícios e outras construções 10 a 50
Equipamento básico 2 a 15
Equipamento de transporte 2 a 10
Ferramentas e utensílios 4 a 14
Equipamento administrativo 2 a 10
Outros activos fixos tangíveis 3 a 10
As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos activos nem resultem em
benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos activos fixos tangíveis são registadas como
custo do exercício em que incorridas.
Os activos fixos tangíveis em curso representam imobilizado ainda em fase de construção, encontrando-se
registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estas imobilizações são
amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam disponíveis para uso e nas
condições necessárias para operar de acordo com o pretendido pela gestão.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do activo fixo tangível são determinadas como a
diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação ou abate, sendo
registadas na demonstração dos resultados nas rubricas “Outros proveitos” ou “Outros custos”.
c) Locações
Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos
substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse ou como (ii) locações operacionais se
através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.
Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes
responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do
activo é registado no activo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os
juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, calculada conforme descrito na Nota 2.3.b),
são registados como custos na demonstração dos resultados do período a que respeitam.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas referentes a bens adquiridos neste
regime são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Os subsídios atribuídos a fundo perdido para financiamento de activos fixos tangíveis são registados na
demonstração da posição financeira como “Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes”
relativamente às parcelas de curto prazo e de médio e longo prazo respectivamente, e reconhecidos na
demonstração dos resultados proporcionalmente às amortizações dos activos fixos tangíveis subsidiados.
É efectuada uma avaliação de imparidade dos activos do Grupo à data de cada demonstração da posição
financeira e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o
montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperável.
Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é
reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões e
perdas por imparidade”.
A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda
líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades
independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é
o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado
do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo,
individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo
pertence.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando se conclui
que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das
perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Outros proveitos”. Esta
reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de
amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registada em exercícios
anteriores.
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo
na demonstração dos resultados do exercício de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
g) Inventários
As empresas do Grupo procederam ao registo das correspondentes perdas por imparidade para reduzir,
quando aplicável, os inventários ao seu valor realizável líquido ou preço de mercado.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
h) Activos biológicos
O Conselho de Administração optou por não registar os activos biológicos ao seu justo valor por entender
que, face à natureza dos activos em avaliação, a determinação daquele depende de pressupostos que
poderão não ser fiavelmente apurados, e consequentemente o eventual justo valor não seria mensurado
com fiabilidade. É, no entanto, convicção do Conselho de Administração, com base em alguns indicadores,
que com a política seguida de registo dos activos biológicos ao custo de aquisição não resultam diferenças
materialmente relevantes face ao seu registo ao justo valor.
i) Provisões
As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tenha uma obrigação presente (legal
ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra
uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são
revistas na data de cada demonstração da posição financeira e ajustadas de modo a reflectir a melhor
estimativa a essa data.
As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano
formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.
j) Complementos de reforma
Algumas empresas do Grupo assumiram compromissos de conceder aos seus empregados prestações
pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez. Para cobrir essas
responsabilidades existem os correspondentes fundos de pensões autónomos, cujos encargos anuais,
determinados de acordo com cálculos actuariais são registados como custos ou proveitos do exercício, em
conformidade com a IAS 19 – “Benefícios dos empregados”.
As responsabilidades actuariais são calculadas de acordo com o “Projected Unit Credit Method” utilizando
os pressupostos actuariais e financeiros considerados adequados (Nota 29).
k) Instrumentos financeiros
i) Investimentos
Investimentos detidos até à maturidade, designados como activos financeiros não derivados com
pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada, e relativamente aos quais existe a
intenção positiva e a capacidade de os deter até à maturidade. Estes investimentos são classificados
como Activos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data da
demonstração da posição financeira.
Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados fazem parte de uma carteira de
instrumentos financeiros geridos com o objectivo de obtenção de lucros no curto prazo e são
classificados como Activos correntes.
Investimentos disponíveis para venda, designados como todos os restantes investimentos que não
sejam considerados como detidos até à maturidade ou mensurados ao justo valor através de
resultados, sendo classificados como Activos não correntes.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço
pago sendo que no caso dos investimentos detidos até à maturidade e investimentos disponíveis para
venda são incluídas no valor do activo as despesas de transacção.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis
para venda são registados no capital próprio, na rubrica de “Reservas de cobertura” incluída na
rubrica “Outras reservas” até o investimento ser vendido ou recebido ou até que o justo valor do
investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por
imparidade, momento em que a perda acumulada é transferida para a demonstração dos resultados.
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos
respectivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira.
As dívidas de “Clientes” e as “Outras dívidas de terceiros” são registadas pelo seu valor nominal e
apresentadas na demonstração da posição financeira consolidada deduzidas de eventuais perdas de
imparidade para que as mesmas reflictam o seu valor presente realizável líquido. Estas rubricas
quando correntes não incluem juros por não se considerar imaterial o impacto do desconto.
As perdas por imparidade são registadas em sequência de eventos ocorridos que indiquem,
objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será
recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que
demonstre que o cliente está em incumprimento das suas responsabilidades, bem como informação
histórica dos saldos vencidos e não recebidos.
Os empréstimos e as contas a pagar não correntes são registados no passivo pelo custo amortizado
utilizando o método da taxa de juro efectiva. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a
taxa de juro efectiva, excepto para os valores a pagar de muito curto prazo cujos valores a reconhecer
sejam imateriais, e contabilizados na demonstração dos resultados do período de acordo com o
princípio da especialização dos exercícios. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a
emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico dos empréstimos caso não sejam
liquidados durante o exercício.
Sempre que existe direito de cumprimento obrigatório de compensar activos e passivos e o Conselho
de Administração pretenda liquidar numa base líquida ou realizar o activo e liquidar simultaneamente
o passivo, os mesmos são compensados, e apresentados na demonstração da posição financeira
pelo seu montante líquido.
As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal dado que não
vencem juros e o efeito do desconto é considerado imaterial.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
v) Instrumentos derivados
O Grupo Altri utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de
garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de
negociação.
Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos
de caixa respeitam a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos, de taxa de
câmbio, bem como de cobertura do preço da pasta de papel. Os indexantes, as convenções de
cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de
cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos
subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. Os índices de preços
aos quais estão indexados os contratos de futuros de cobertura do preço da pasta de papel, são os
mais utilizados pelas empresas do Grupo como referencial do preço de venda da sua pasta de papel.
Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de
cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
- espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos
fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
- a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
- existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;
- a transacção objecto de cobertura é altamente provável.
Os instrumentos de cobertura são registados pelo seu justo valor. As alterações de justo valor destes
instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica “Reservas de cobertura”, sendo
transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta
resultados.
A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efectuada com recurso a sistemas
informáticos de valorização de instrumentos derivados e teve por base a actualização, para a data da
demonstração da posição financeira, dos fluxos de caixa futuros do “leg” fixo e do “leg” variável do
instrumento derivado.
Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objectivo específico de
cobertura de riscos financeiros, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação
como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afectam directamente a demonstração de
resultados, nas rubricas “Proveitos financeiros” e “Custos financeiros”.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao capital
próprio. Os ganhos e perdas inerentes à alienação das acções próprias são registadas na rubrica
“Outras reservas”, não afectando o resultado do exercício.
O Grupo desreconhece activos financeiros nas suas demonstrações financeiras, unicamente quando
o direito contratual aos fluxos de caixa inerentes a tais activos já tiver expirado, ou quando o Grupo
transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais activos para uma
terceira entidade. Se o Grupo retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à posse de tais
activos, continua a reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no
passivo na rubrica “Empréstimos” a contrapartida monetária pelos activos cedidos.
Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas
a receber cedidas em factoring à data de cada demonstração da posição financeira, com excepção
das operações de “factoring sem recurso” (e para as quais seja inequívoco que são transferidos os
riscos e benefícios inerentes a estas contas a receber) são reconhecidas nas demonstrações
financeiras do Grupo até ao momento do seu recebimento.
Ao nível da demonstração consolidada dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa”
compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica do passivo corrente “Empréstimos
bancários”.
Os activos e os passivos são classificados como detidos para venda ou em descontinuação, quando a
sua realização se espera efectivar não pelo uso mas pela venda. O Grupo classifica os activos e os
passivos nesta rubrica quando existe uma elevada probabilidade da venda se realizar e os activos e
passivos estão disponíveis para venda imediata. O Conselho de Administração encontra-se
empenhado na venda dos activos e passivos registados nesta rubrica e é seu entendimento que a
mesma se realizará nos próximos doze meses.
Os activos classificados como detidos para venda ou em descontinuação são valorizados ao mais
baixo do seu valor contabilístico à data da decisão de venda ou do seu justo valor deduzido dos
custos da venda.
Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência
somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente
sob o controlo da Empresa.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa mas
unicamente objecto de divulgação quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
Os passivos contingentes são definidos pela Empresa como: (i) obrigações possíveis que surjam de
acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou
mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da empresa; ou (ii) obrigações
presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável
que um fluxo de recursos que afecte benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a
quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do Grupo, sendo os
mesmos objecto de divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios
económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objecto de divulgação.
O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas
incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas
incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor.
Algumas das empresas incluídas no perímetro de consolidação do Grupo Altri pelo método integral são
tributadas segundo o regime especial de tributação de grupos de sociedades, de acordo com o art. 63º do
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas.
Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de
lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças
temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão.
No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos
sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem de
valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado
na mesma rubrica.
O rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na demonstração dos resultados quando (i)
são transferidos para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens, (ii) não
seja mantido um envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o
controlo efectivo dos bens vendidos, (iii) a quantia do rédito pode ser fiavelmente mensurada, (iv) seja
provável que os benefícios económicos associados com as transacções fluam para o Grupo e (v) os custos
incorridos ou a serem incorridos referentes à transacção possam ser fiavelmente mensurados. As vendas
são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo
valor do montante recebido ou a receber.
Os dividendos são reconhecidos como proveitos na demonstração dos resultados do período em que é
decidida a sua atribuição.
As restantes receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios
pelo qual estas são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente do momento em que
são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes
receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídas nas
rubricas “Outros activos correntes”, “Outros passivos correntes”, “Outros activos não correntes” e “Outros
passivos não correntes”.
Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados com base na melhor avaliação dos
Conselhos de Administração das Empresas do Grupo.
Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando as
taxas de câmbio oficiais vigentes à data da demonstração da posição financeira.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio
em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data da
demonstração da posição financeira, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos
na demonstração consolidada de resultados do exercício, excepto as relativas a valores não monetários
cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.
p) Eventos subsequentes
Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem provas ou
informações adicionais sobre condições que existiam à data da demonstração da posição financeira
(“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações financeiras do Grupo. Os eventos após a data da
demonstração da posição financeira que sejam indicativos de condições que surgiram após a data da
demonstração da posição financeira (“non adjusting events”), quando materiais, são divulgados no anexo
às demonstrações financeiras.
Em cada exercício são identificados os segmentos relatáveis aplicáveis ao Grupo mais adequados tendo
em consideração as actividades desenvolvidas.
Actualmente o Grupo Altri apenas tem uma segmento de negócio (Produção e comercialização de pasta de
papel branqueada de eucalipto) na medida em que o reporte interno de informação à gestão é efectuado
nesse pressuposto.
r) Julgamentos e estimativas
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das
demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos
passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não
sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações a essas estimativas,
que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas na
demonstração de resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8 – Políticas Contabilísticas,
Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros.
O Grupo Altri encontra-se exposto essencialmente ao (i) risco de mercado, (ii) risco de liquidez e (iii) risco de
crédito. O principal objectivo da Administração ao nível da gestão de risco é o de reduzir estes riscos a um
nível considerado aceitável para o desenvolvimento das actividades do Grupo. As linhas orientadoras da
política de gestão de risco são definidas pelo Conselho de Administração da Altri, o qual determina quais os
limites de risco aceitáveis. A concretização operacional da política de gestão de risco é levada a cabo pela
Administração e pela Direcção de cada uma das empresas participadas.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
a) Risco de mercado
Revestem-se de particular importância no âmbito da gestão de risco de mercado o risco de taxa de juro, o
risco de taxa de câmbio e o risco da variabilidade nos preços de commodities.
O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos de mercado a que está exposto como
forma de garantir a sua cobertura, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de
negociação ou especulação.
A exposição do Grupo à taxa de juro decorre essencialmente dos empréstimos de longo prazo que são
constituídos na sua maioria por dívida indexada à Euribor.
O objectivo do Grupo é limitar a volatilidade dos cash-flows e resultados tendo em conta o perfil da sua
actividade operacional através da utilização de uma adequada combinação de dívida a taxa fixa e
variável. A política do Grupo permite a utilização de derivados de taxa de juro para redução da exposição
às variações da Euribor e não para fins especulativos.
A maior parte dos instrumentos derivados utilizados pelo Grupo na gestão do risco taxa de juro são
definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa por configurarem relações perfeitas de
cobertura. Os indexantes, as convenções de cálculos, as datas de refixação das taxas de juro e os planos
de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições
estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados. No entanto, existem alguns instrumentos
derivados que, embora tenham sido contratados com o objectivo de cobertura do risco da taxa de juro,
não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura.
O Grupo está exposto ao risco taxa de câmbio nas transacções relativas a vendas de produtos acabados
em mercados internacionais em moeda diferente do Euro.
Sempre que o Conselho de Administração considere necessário, para reduzir a volatilidade dos seus
resultados à variabilidade das taxas de câmbio, a exposição é controlada através de um programa de
compra de divisas a prazo (forwards) ou de outros instrumentos derivados de taxa de câmbio.
Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 os saldos (em Euros) expressos em USD, que é a única moeda
diferente do Euro, são como segue:
31.12.2009 31.12.2008
12.891.611 6.917.532
O Conselho de Administração do Grupo entende que eventuais alterações da taxa de câmbio não terão
um efeito significativo sobre as demonstrações financeiras consolidadas.
Desenvolvendo a sua actividade num sector que transacciona commodities (pasta de papel), o Grupo
encontra-se particularmente exposto a variações do seu preço, com os correspondentes impactos nos
seus resultados. No entanto, para gerir este risco foram celebrados contratos de cobertura de variação de
preços da pasta de papel, pelos montantes e valores considerados adequados às operações previstas,
atenuando assim a volatilidade dos seus resultados.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
b) Risco de liquidez
O principal objectivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que o Grupo tem disponível, a todo o
momento, os recursos financeiros necessários para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as
estratégias delineadas honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, quando se tornam
devidos, através de uma adequada gestão da maturidade dos financiamentos.
O Grupo prossegue assim uma política activa de refinanciamento pautada pela manutenção de um nível
elevado de recursos livres e imediatamente disponíveis para fazer face a necessidades de curto prazo e pelo
alongamento ou manutenção da maturidade da dívida de acordo com os cash-flows previstos e a capacidade
de alavancagem do seu balanço.
A análise de liquidez para instrumentos financeiros é apresentada junto da nota respectiva a cada classe de
passivos financeiros.
c) Risco de crédito
O Grupo está exposto ao risco de crédito no âmbito da sua actividade operacional corrente. Este risco é
controlado através de um sistema de recolha de informação financeira e qualitativa, prestada por entidades
reconhecidas que fornecem informação de riscos, que permitem avaliar a viabilidade dos clientes no
cumprimentos das suas obrigações, visando a redução do risco de concessão de crédito. Os montantes
apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas de
imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo, estando portanto ao seu justo valor.
O risco de crédito é limitado pela gestão da concentração de riscos e uma rigorosa selecção de contrapartes
bem como pela contratação de seguros de crédito junto de instituições especializadas e que cobrem uma
parte significativa do crédito concedido em resultado da actividade desenvolvida pelo Grupo.
Não ocorreram durante o exercício alterações de políticas contabilísticas nem erros materiais relativos a
períodos anteriores.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
4. INVESTIMENTOS
As empresas incluídas na consolidação pelo método integral, respectivas sedes, proporção do capital detido e
actividade desenvolvida em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 são as seguintes:
Percentagem efectiva de
Denominação social Sede participação Actividade
2009 2008
Empresa mãe:
Altri, SGPS, S.A. Porto Sociedade gestora de participações sociais
Celulose do Caima, SGPS, S.A. Lisboa 100% 100% Sociedade gestora de participações sociais
Caima Indústria de Celulose, S.A. Lisboa 100% 100% Produção e comercialização de pasta de papel
Silvicaima – Sociedade Silvícola do Caima, S.A. Lisboa 100% 100% Exploração silvícola
Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A. Lisboa 100% 100% Produção de energia térmica e eléctrica
Invescaima – Investimentos e Participações, SGPS, S.A. Lisboa 100% 100% Sociedade gestora de participações sociais
Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A. Lisboa 100% 100% Exploração silvícola
Sócasca – Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. Águeda 100% 100% Recolha e Comércio de Recicláveis
Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. Vila Velha de Ródão 99,83% 99,59% Produção e comercialização de pasta de papel
CPK – Companhia Produtora de Papel Kraftsack, S.A. (b) Vila Velha de Ródão 99,83% 99,59% Produção e comercialização de papel
Sosapel – Sociedade Comercial de Sacos de Papel, Lda. Vila Velha de Ródão 99,83% 99,59% Comercialização de pasta de papel
Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. Figueira da Foz 100% 100% Produção e comercialização de pasta de papel
Celbinave – Tráfego e Estiva SGPS, Unipessoal, Lda. Figueira da Foz 100% 100% Agenciação e fretamento de navios
Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. Óbidos 100% 100% Produção de plantas em viveiros e prestação de serviços agro-florestais e paisagísticos
Altri Sales, S.A. Nyon, Suiça 100% 100% Comercialização de pasta de papel
Pedro Frutícola, Sociedade Frutícola, Lda. Constância 100% 100% Produção agrícola
Grupo Ramada
Universal Afir - Aços, Máquinas e Ferramentas, S.A. Porto - (a) Comercialização de aço
Bromsgrove, Reino
Storax Racking Systems, Ltd.
Unido - (a) Comercialização de sistemas de armazenagem
Estas empresas filiais foram incluídas na consolidação do Grupo Altri pelo método de consolidação integral,
conforme indicado na Nota 2.2.a).
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Operfoz – Operadores do Porto da Figueira da Foz, Lda. 33,33% 33,33% Operação em portos
Ródão Pow er - Energia e Biomassa do Ródão, S.A. (a) 50% 50% Produção e comercialização de energia eléctrica
(a) – sociedade alienada no exercício de 2008 à empresa associada EDP – Produção Bioeléctrica, S.A.
Estas empresas associadas foram incluídas na consolidação do Grupo Altri pelo método de equivalência
patrimonial, conforme indicado na Nota 2.2.b).
O valor de balanço, o activo, os capitais próprios e o resultado líquido para o exercício findo em 31 de
Dezembro de 2009 das empresas associadas são como segue:
Valor de Resultado
Denominação social balanço (a) Activo Capital próprio líquido
Operfoz – Operadores do Porto da Figueira da Foz, Lda. 270.479 3.685.908 811.437 76.154
10.509.914
As políticas contabilísticas usadas por estas empresas associadas não diferem significativamente das
utilizadas pelo Grupo Altri, facto pelo qual não houve lugar a qualquer harmonização de políticas
contabilísticas.
Os investimentos disponíveis para venda em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 e o seu valor de balanço nessas
datas, podem ser detalhados como segue:
É entendimento do Grupo Altri que o valor contabilístico destes investimentos disponíveis para venda não
difere de forma significativa do seu justo valor.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
No final de Dezembro de 2008 foi encerrada a unidade produtiva produtora de papel da CPK – Companhia
Produtora de Papel Kraftsack, S.A., pelo que os activos e passivos desta filial foram classificados em 31 de
Dezembro de 2009 e 2008 como em descontinuação (líquidos das operações intragrupo) os quais estão
contabilizados de acordo com a política descrita na Nota 2.3 k) x).
O detalhe dos activos e passivos da CPK em descontinuação em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 são como
se segue:
31.12.2009 31.12.2008
Activos fixos tangíveis - 2.516.063
Activos intangíveis - 3.194
Existências - 5.827.543
Clientes 680.334 4.419.345
Outras dívidas de terceiros 15.424 806.842
Outros activos correntes - 1.542
Caixa e equivalentes de caixa - 1.500
Activos classificados como em descontinuação 695.758 13.576.029
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 o resultado líquido da CPK – Companhia Produtora de
Papel Kraftsack, S.A. (líquido das operações intragrupo) ascendeu a 1.022.943 Euros ((752.764) Euros em 31
de Dezembro de 2008), o qual é apresentado na rubrica da Demonstração dos resultados “Resultado do
exercício de unidades operacionais em descontinuação”.
Durante o exercício de 2009, o Grupo adquiriu uma percentagem adicional de 0,232% do capital do Grupo
Celtejo pelo montante de 92.887 Euros, o qual foi integralmente liquidado (Nota 41).
Em 16 de Abril de 2008 foi outorgada a escritura pública de cisão-simples da F. Ramada – Aços e Indústrias,
S.A. Nos termos do referido projecto de cisão-simples, a reorganização projectada tem como objectivo a
separação das duas unidades de negócio autónomas da Altri correspondentes ao exercício da actividade da
gestão de participações sociais, respectivamente, no sector da pasta e papel e no sector do aço e sistemas de
armazenagem.
A cisão originou a constituição de uma nova Sociedade, a F. Ramada – Investimentos, SGPS, S.A. (“Ramada
Investimentos”), e teve efeitos contabilísticos a 1 de Junho de 2008, data a partir da qual a F. Ramada – Aços
e Indústrias, S.A. (“F. Ramada – Aços”) e as suas filiais deixam de estar incluídas nas demonstrações
financeiras consolidadas da Altri, SGPS, S.A. Como consequência da cisão, a F. Ramada – Aços e suas filiais
contribuem com cinco meses para a demonstração de resultados consolidados do exercício de 2008 da Altri,
SGPS, S.A., tendo sido classificadas como Unidades Operacionais em Descontinuação de acordo com o
previsto na IFRS 5 – Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Os efeitos na demonstração da posição financeira consolidada da cisão dos activos líquidos da F. Ramada –
Aços e suas filiais em 1 de Junho de 2008 (data de referência da cisão) são os seguintes:
Data da cisão
Activos fixos tangíveis e intangíveis (Notas 7 e 9) 84.899.532
Diferenças de consolidação (Nota 8) 2.199.238
Impostos diferidos activos (Nota 11) 2.681.528
Inventários (b) 42.408.422
Instrumentos derivados 626.696
Caixa e equivalentes de caixa 39.668.476
Outros activos (a) 94.587.310
Empréstimos (110.070.311)
Provisões (Nota 21) (137.084)
Impostos diferidos passivos (Nota 11) (401.714)
Outros pass ivos (116.987.460)
Total cindido 39.474.633
Data da cisão
Vendas e prestações de serviços 49.278.067
Outros proveitos operacionais 521.685
Custo das vendas (26.972.174)
Outros custos operacionais (19.489.828)
Resultados financeiros (1.556.007)
Resultado antes de impostos 1.781.743
Imposto sobre o rendimento (470.208)
Resultado líquido 1.311.535
(a) – O montante da rubrica “Outros Activos” está líquido de perdas de imparidade em investimentos, no
montante de 85.886 Euros e de perdas de imparidade em activos correntes, no montante de 17.071.176 Euros
(Nota 21).
(b) – O montante líquido da rubrica inventários corresponde a um valor bruto de 42.781.708 Euros (Nota 10) e
a perdas de imparidade em inventários, no montante de 373.286 Euros (Nota 21).
No exercício de 2008 foi igualmente efectuado um pagamento adicional no montante de 810.763 Euros (Nota
8) relativo à correcção do preço de aquisição da Celbi em Agosto de 2006, relacionada com o recebimento
efectivo de um subsídio ao investimento.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Os instrumentos financeiros, de acordo com as politicas descritas na Nota 2.3.k), foram classificados como
segue:
Activos
Empréstimos e Disponíveis para registados a
31 de Dezembro de 2009 Nota Derivados Total
contas a receber venda justo valor por
resultados
Activos não correntes
Investimentos disponíveis para venda 4.3 - 714.354 - - 714.354
- 714.354 - - 714.354
Activos correntes
Clientes 12 69.602.593 - - - 69.602.593
Outras dívidas de terceiros 13 6.982.879 - - - 6.982.879
Instrumentos financeiros derivados 27 - - - - -
Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados 4.4 - - - 602.670 602.670
Caixa e equivalentes de caixa 16 80.261.966 - - - 80.261.966
156.847.438 - - 602.670 157.450.108
156.847.438 714.354 - 602.670 158.164.462
Activos
Empréstimos e Disponíveis para registados a
31 de Dezembro de 2008 Nota Derivados Total
contas a receber venda justo valor por
resultados
Activos não correntes
Investimentos disponíveis para venda 4.3 - 780.330 - - 780.330
- 780.330 - - 780.330
Activos correntes
Clientes 12 57.819.150 - - - 57.819.150
Outras dívidas de terceiros 13 14.749.641 - - - 14.749.641
Instrumentos financeiros derivados 27 - - 12.546.735 - 12.546.735
Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados 4.4 - - - 747.450 747.450
Caixa e equivalentes de caixa 16 74.300.279 - - - 74.300.279
146.869.070 - 12.546.735 747.450 160.163.255
146.869.070 780.330 12.546.735 747.450 160.943.585
Passivos não
Passivos
31 de Dezembro de 2009 Nota Derivados Sub-total abrangidos pelo Total
financeiros
IFRS 7
Passivos não correntes
Empréstimos bancários 20 149.913.243 - 149.913.243 - 149.913.243
Outros empréstimos 20 612.519.785 - 612.519.785 - 612.519.785
Outros credores não correntes 22 339.766 - 339.766 - 339.766
Outros passivos não correntes 23 22.500.000 - 22.500.000 1.601.086 24.101.086
785.272.794 - 785.272.794 1.601.086 786.873.880
Passivos correntes
Empréstimos bancários 20 46.559.986 - 46.559.986 - 46.559.986
Outros empréstimos - parcela de curto prazo 20 109.171.440 - 109.171.440 - 109.171.440
Fornecedores 24 65.999.089 - 65.999.089 - 65.999.089
Outras dívidas a terceiros 25 10.779.891 - 10.779.891 - 10.779.891
Instrumentos financeiros derivados 27 - 18.213.114 18.213.114 - 18.213.114
232.510.406 18.213.114 250.723.520 - 250.723.520
1.017.783.200 18.213.114 1.035.996.314 1.601.086 1.037.597.400
Passivos não
Passivos
31 de Dezembro de 2008 Nota Derivados Sub-total abrangidos pelo Total
financeiros
IFRS 7
Passivos não correntes
Empréstimos bancários 20 150.015.292 - 150.015.292 - 150.015.292
Outros empréstimos 20 521.270.017 - 521.270.017 - 521.270.017
Outros credores não correntes 22 491.190 - 491.190 - 491.190
Outros passivos não correntes 23 - - - 1.513.306 1.513.306
671.776.499 - 671.776.499 1.513.306 673.289.805
Passivos correntes
Empréstimos bancários 20 51.886.464 - 51.886.464 - 51.886.464
Outros empréstimos - parcela de curto prazo 20 110.996.123 - 110.996.123 - 110.996.123
Fornecedores 24 58.901.992 - 58.901.992 - 58.901.992
Outras dívidas a terceiros 25 70.905.701 - 70.905.701 - 70.905.701
Instrumentos financeiros derivados 27 - 6.059.446 6.059.446 - 6.059.446
292.690.280 6.059.446 298.749.726 - 298.749.726
964.466.779 6.059.446 970.526.225 1.513.306 972.039.531
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
O quadro seguinte detalha os instrumentos financeiros que são mensurados a justo valor após o
reconhecimento inicial, agrupados em 3 níveis de acordo com a possibilidade de observar no mercado o seu
justo valor:
Nível 2: o justo valor é determinado com base em técnicas de avaliação. Os principais inputs dos modelos de
avaliação são observáveis no mercado; e
Nível 3: o justo valor é determinado com base em modelos de avaliação, cujos principais inputs não são
observáveis no mercado.
31.12.2009 31.12.2008
Nivel 1 Nivel 2 Nivel 3 Nivel 1 Nivel 2 Nivel 3
Activos financeiros mensurados a justo valor
Investimentos (Nota 4.4) 602.670 - - 747.450 - -
Derivados - - - - 12.546.737 -
602.670 - - 747.450 12.546.737 -
Passivos financeiros mensurados a justo valor
Derivados (Nota 27) - 18.213.114 - - 6.059.446 -
- 18.213.114 - - 6.059.446 -
Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 o movimento ocorrido no valor dos activos
fixos tangíveis, bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:
2009
Activo bruto
Terrenos e Activos fixos
recursos Edifícios e outras Equipamento Equipamento Ferramentas e Equipamento Outros activos fixos tangíveis em Adiantamentos por conta
naturais construções básico de transporte utensílios administrativo tangíveis curso de activos fixos Total
Saldo inicial 24.129.116 103.721.619 631.291.226 4.032.919 3.643.969 10.892.211 10.149.053 283.489.676 3.295.555 1.074.645.344
Aumentos 1.819.873 2.124.793 17.342.341 135.479 18.480 655.990 199.462 68.613.365 - 90.909.783
Alienações e abates (43.941) (171.036) (86.552.322) (68.649) (1.135.049) (381.262) (181.109) - - (88.533.368)
Transferências 1.569.677 2.164.839 165.148.389 - - 453.374 12.834 (169.247.047) (26.250) 75.816
Saldo final 27.474.725 107.840.215 727.229.634 4.099.749 2.527.400 11.620.313 10.180.240 182.855.994 3.269.305 1.077.097.575
Amortizações acumuladas
Terrenos e
recursos Edifícios e outras Equipamento Equipamento Ferramentas e Equipamento Outros activos fixos
naturais construções básico de transporte utensílios administrativo tangíveis Total
Saldo inicial 5.668.417 81.048.389 489.545.992 2.671.166 3.532.032 9.797.349 9.241.810 601.505.155
Aumentos 375.016 2.006.790 34.911.724 315.363 40.038 788.329 374.904 38.812.164
Alienações e abates - (171.036) (86.434.756) (54.292) (1.135.049) (380.887) (181.109) (88.357.129)
Transferências - - - - - - - -
Saldo final 6.043.433 82.884.143 438.022.960 2.932.237 2.437.021 10.204.791 9.435.605 551.960.190
21.431.292 24.956.072 289.206.674 1.167.512 90.379 1.415.522 744.635 182.855.994 3.269.305 525.137.385
2008
Activo bruto
Terrenos e Activosfixos
recursos Edifícios e outras Equipamento Equipamento Ferramentas e Equipamento Outros activos fixos tangíveis em Adiantamentos por conta
naturais construções básico de transporte utensílios administrativo tangíveis curso de activos fixos Total
Saldo inicial 90.049.788 112.550.957 594.921.277 7.351.968 4.420.896 13.834.867 10.055.506 98.297.789 7.532.931 939.015.979
Variação das actividades cindidas até à data da cisão 13.973.510 (69.197) (60.182) (62.305) (49.317) (100.300) 325.622 492.716 - 14.450.547
Variação de perímetro - cisão (Nota 5) (78.578.699) (12.729.575) (24.241.511) (3.524.910) (755.798) (3.255.273) (445.620) (836.574) - (124.367.960)
Variação de perímetro - diminuições (Nota 4.5) - (364.337) (14.040.636) (65.257) (2.924) (29.325) (24.400) - - (14.526.879)
Aumentos 162.254 3.420.127 28.774.424 598.785 31.112 340.494 317.448 229.432.443 - 263.077.087
Alienações (1.528.801) (65.612) (283.238) (265.362) - (44.470) (208.019) - - (2.395.502)
Tranferências e abates 51.064 979.256 46.221.092 - - 146.218 128.516 (43.896.698) (4.237.376) (607.928)
Saldo final 24.129.116 103.721.619 631.291.226 4.032.919 3.643.969 10.892.211 10.149.053 283.489.676 3.295.555 1.074.645.344
Amortizações acumuladas
Terrenos e
recursos Edifícios e outras Equipamento Equipamento Ferramentas e Equipamento Outros activos fixos
naturais construções básico de transporte utensílios administrativo tangíveis Total
Saldo inicial 5.455.125 88.503.234 498.838.444 5.821.660 4.221.193 12.477.510 8.947.490 624.264.656
Variação das actividades cindidas até à data da cisão - 159.628 660.008 (46.370) (15.292) (80.811) 250.857 928.020
Variação de perímetro - cisão (Nota 5) - (9.374.385) (22.985.794) (3.214.351) (714.874) (3.066.245) (335.383) (39.691.032)
Variação de perímetro (Nota 4.5) - (74.253) (11.651.498) (19.299) (2.924) (14.647) (24.400) (11.787.021)
Aumentos 214.107 1.873.605 24.918.424 333.498 43.929 578.698 611.265 28.573.526
Alienações (815) (39.440) (231.780) (203.972) - (97.156) (208.019) (781.182)
Tranferências e abates - - (1.812) - - - - (1.812)
Saldo final 5.668.417 81.048.389 489.545.992 2.671.166 3.532.032 9.797.349 9.241.810 601.505.155
18.460.699 22.673.230 141.745.234 1.361.753 111.937 1.094.862 907.243 283.489.676 3.295.555 473.140.189
- 23 -
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Os valores mais significativos incluídos na rubrica “Activos fixos tangíveis em curso” em 31 de Dezembro de
2009 e 2008, referem-se aos seguintes projectos:
31-12-2009 31-12-2008
Projecto de expansão de capacidade 179.225.871 278.787.766
Remodelação de equipamento mecânico - 3.160.044
Outros projectos 3.630.123 1.541.866
Total 182.855.994 283.489.676
Durante o exercício de 2009 e 2008, os encargos financeiros suportados pelo Grupo Altri com o financiamento
para a aquisição de imobilizado associado a projecto de expansão da capacidade produtiva ascenderam ao
montante de 5.559.876 Euros e 8.525.560 Euros, respectivamente, os quais foram capitalizados na rubrica
“Activos fixos tangíveis em curso” de acordo com a política descrita na Nota 2.3 f).
8. DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO
Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os movimentos ocorridos nas diferenças de
consolidação, foram os seguintes:
Os aumentos registados no exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 são relativos a pagamentos adicionais
relativos a aquisição da Sócasca - Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A..
Os aumentos registados no exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 são relativos a pagamentos adicionais
relativos a aquisição da Sócasca - Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. (187.979 Euros) e da Celbi –
Celulose Beira Industrial, S.A. (810.763 Euros) (Nota 5).
As diferenças de consolidação não são amortizadas. São efectuados testes de imparidade às diferenças de
consolidação numa base anual e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que
indique que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o
montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável é reconhecida uma
perda de imparidade. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. Durante
os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, não foram registadas nem revertidas quaisquer
perdas de imparidade.
- 24 -
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
No exercício de 2009, por forma a aferir da existência, ou não, de imparidade para o principal valor das
diferenças de consolidação que resultou da aquisição da Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. no exercício
de 2006, no montante de 253.391.251 Euros, o Grupo procedeu à avaliação desta empresa filial, tendo
concluído pela inexistência de imparidade ao nível daquelas diferenças de consolidação. Aquela avaliação foi
efectuada com base no desempenho histórico da Celbi e numa estimativa dos fluxos de caixa descontados
tendo por base um plano de negócios da Celbi a 6 anos, tendo sido considerado um preço de venda da pasta
de papel de médio e longo prazo, não influenciado pelas oscilações positivas ou negativas de curto prazo. Os
principais pressupostos utilizados neste cálculo foram os seguintes:
Taxa de inflação 2,00%
Taxa de desconto 8,62%
Taxa de crescimento na perpetuidade 2,00%
A taxa de desconto líquida de imposto utilizada foi de 8,62 % e foi calculada com base na metodologia WACC
(Weighted Average Cost of Capital), considerando os seguintes pressupostos:
Taxa de juro sem risco 4,39%
Prémio de risco dos capitais próprios 6,00%
Prémio de risco da dívida 2,00%
Em relação às restantes diferenças de consolidação no montante de 16.010.059 Euros, por forma a aferir da
existência ou não de perdas de imparidade com referência a 31 de Dezembro de 2009, o Grupo procedeu a
uma comparação dos meios libertos líquidos gerados anualmente por empresa com a respectiva diferença de
consolidação, tendo concluído pela inexistência de imparidade.
- 25 -
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
9. ACTIVOS INTANGÍVEIS
Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o movimento ocorrido no valor dos activos
intangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, foi o seguinte:
2009
Activo bruto
Propriedade
Despesas de Despesas de industrial e outros Activo intangíveis
instalação desenvolvimento direitos Softw are em curso Total
Amortizações acumuladas
Despesas de Propriedade
Despesas de investigação e industrial e outros Activo intangíveis
instalação desenvolvimento direitos Softw are em curso Total
2008
Activo bruto
Propriedade
Despesas de Despesas de industrial e outros Activo intangíveis
instalação desenvolvimento direitos Softw are em curso Total
- 26 -
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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
31.12.2009 31.12.2008
Valor bruto 80.866.853 76.259.437
Perdas de imparidade acumuladas em activos biológicos (Nota 21) (380.006) (380.006)
80.486.847 75.879.431
Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o montante registado na rubrica “Inventários” pode ser detalhado como
segue:
31.12.2009 31.12.2008
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 23.006.154 33.592.703
Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos - 58.380
Produtos e trabalhos em curso 390.629 387.955
Produtos acabados e intermédios 19.080.657 30.879.007
42.477.440 64.918.045
Perdas de imparidade acumuladas (Nota 21) (4.589.518) (7.304.757)
37.887.922 57.613.288
O custo das vendas do exercício findo em 31 de Dezembro 2009 ascendeu a 112.017.763 Euros e foi apurado
como segue:
Matérias primas, Produtos Produtos e
subsidiárias e de acabados e trabalhos em Activos
Mercadorias consumo Subprodutos intermédios curso biológicos Total
O custo das vendas do exercício findo em 31 de Dezembro 2008 ascendeu a 79.542.865 Euros e foi apurado
como segue:
Matérias primas, Produtos Produtos e
subsidiárias e de acabados e trabalhos em Activos
Mercadorias consumo Subprodutos intermédios curso biológicos Total
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CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das
autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando
tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções,
reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados
ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2006 a 2009 poderão vir ainda ser
sujeitas a revisão.
O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro
de 2009 e 2008 foi como segue:
2009
Activos por impostos Passivos por impostos
diferidos diferidos
2008
Activos por impostos Passivos por impostos
diferidos diferidos
- 28 -
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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
O detalhe dos activos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, de acordo com as
diferenças temporárias que os geraram, é como segue:
31.12.2009 31.12.2008
Activos por impostos Passivos por impostos Activos por impostos Passivos por impostos
diferidos diferidos diferidos diferidos
Provisões e perdas por imparidade de activos não aceites fiscalmente 1.866.416 - 3.953.777 -
Prejuízos fiscais reportáveis 5.969.632 - - -
De acordo com a legislação em vigor o Grupo utiliza uma taxa de impostos diferidos de 26,5%, nos casos em
que incide derrama de 1,5%, excepto no que respeita a activos por impostos diferidos resultantes de prejuízos
fiscais reportáveis, situação em que é utilizada uma taxa de 25%.
Os impostos sobre o rendimento reconhecidos na demonstração dos resultados dos exercícios findos em 31
de Dezembro de 2009 e 2008 podem ser detalhados como segue:
31.12.2009 31.12.2008
(766.170) (1.894.609)
31.12.2009 31.12.2008
Resultado antes de Imposto (12.731.176) 2.262.478
Taxa de Imposto (incluindo taxa máxima e derrama) 26,50% 26,50%
(3.373.762) 599.557
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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
12. CLIENTES
31.12.2009 31.12.2008
A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível antes de mais às contas a receber da sua actividade
operacional. Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das
perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo, de acordo com
a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O Conselho de
Administração entende que os valores contabilísticos das contas a receber se aproximam do seu justo valor,
uma vez que as mesmas não vencem juros e o efeito de desconto é considerado imaterial.
Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, a antiguidade dos saldos de clientes pode ser analisada como segue:
31.12.2009 31.12.2008
O Grupo contratou seguros de crédito para cobrir o risco de incobrabilidade de parte destas contas a receber,
como segue:
31.12.2009 31.12.2008
Com seguro de crédito 36.576.094 20.371.976
Sem seguro de crédito 33.792.967 38.197.922
70.369.061 58.569.898
Os saldos vencidos com mais de 90 dias mas sem registo de imparidade correspondem principalmente a
saldos com empresas do Grupo F. Ramada (Nota 31).
O Grupo não cobra quaisquer encargos de juros enquanto os prazos de pagamento definidos (em média 60
dias) estejam a ser respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que estiverem definidos
contratualmente, e de acordo com a lei em vigor e aplicável a cada situação, o que tenderá a ocorrer só em
situações extremas.
- 30 -
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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
31.12.2009 31.12.2008
Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a antiguidade dos saldos de “Outras dívidas de terceiros” pode ser
analisada como se segue:
31.12.2009 31.12.2008
Os devedores que não estão vencidos não apresentam qualquer sinal de imparidade, o valor contabilístico dos
activos líquidos de imparidade é considerado como estando próximo do seu justo valor, sendo imaterial o efeito
do seu desconto financeiro.
O detalhe da rubrica “Estado e outros entes públicos” em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, é o seguinte:
Valores credores:
Imposto sobre o rendimento (2.553.752) (1.727.266)
Retenção na Fonte - IRS trabalho dependente (732.210) (743.291)
Contribuições para a Segurança Social (500.916) (567.817)
Outros Impostos (20.004) (24.547)
(3.806.882) (3.062.921)
- 31 -
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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o detalhe da rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” era como segue:
31.12.2009 31.12.2008
Em descobertos bancários estão considerados os saldos credores de contas correntes com instituições
financeiras, incluídos na demonstração da posição financeira na rubrica de Empréstimos bancários (Nota 20).
Capital Social
Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 não existiam pessoas colectivas com uma participação no capital
subscrito de, pelo menos, 20%.
Reserva Legal
Outras Reservas
31.12.2009 31.12.2008
- 32 -
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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
A rubrica “Reservas de cobertura” diz respeito ao justo valor dos instrumentos financeiros derivados
classificados como de cobertura de fluxos de caixa na componente eficaz da cobertura, líquido do respectivo
efeito fiscal (Nota 27).
O movimento desta rubrica durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 foi o seguinte:
31.12.2009 31.12.2008
Saldo inicial 283.991 274.494
Parte adquirida a minoritários da Celtejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A. (142.573) (9.335)
Aquisição de 20% da Sosapel - Sociedade Comercial de Sacos de Papel, Lda. - (28.877)
Resultado do exercício atribuível aos interesses minoritários (32.047) 47.709
Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o detalhe das rubricas “Empréstimos bancários” e “Outros empréstimos”
é como segue:
2009
Valor nominal Valor contabilístico
Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total
Empréstimos bancários 44.097.371 150.516.358 194.613.729 43.930.820 149.913.243 193.844.063
Descobertos bancários (Nota 16) 2.629.166 - 2.629.166 2.629.166 - 2.629.166
Empréstimos bancários 46.726.537 150.516.358 197.242.895 46.559.986 149.913.243 196.473.229
2008
Valor nominal Valor contabilístico
Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total
Empréstimos bancários 50.887.167 150.785.809 201.672.976 50.609.582 150.015.292 200.624.874
Descobertos bancários (Nota 16) 1.276.882 - 1.276.882 1.276.882 - 1.276.882
Empréstimos bancários 52.164.049 150.785.809 202.949.858 51.886.464 150.015.292 201.901.756
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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Empréstimos bancários
Em Agosto de 2006, a subsidiária Altri, S.L. celebrou um contrato de empréstimo junto de um sindicato
bancário no montante de 400.000.000 Euros destinado ao financiamento da aquisição das acções
representativas de 99,96% do capital social e de 100% dos direitos de voto da Celbi. Em 2007 este empréstimo
sofreu uma amortização extraordinária de 250.000.000 Euros. Este empréstimo vence juros semestrais e
postecipados sendo reembolsável em 5 prestações semestrais, vencendo-se a primeira em Agosto de 2011.
Em Julho de 2005 a Invescaima, SGPS, S.A. celebrou um contrato de mútuo com a Caixa Geral de Depósitos
(CGD) e com a Caixa Banco de Investimento (CBI) no montante de 30.000.000 Euros, com juros semestrais
postecipados e com reembolso de capital em 10 prestações semestrais, iguais e sucessivas, com início em
Janeiro de 2007. O valor ainda por liquidar a 31 de Dezembro de 2009 ascende a 12.000.000 Euros e está
registado como dívida corrente em virtude da existência de cláusulas contratuais que conferem aos bancos a
possibilidade exigir o seu reembolso antecipado embora seja convicção do Conselho de Administração que
este reembolso antecipado não será solicitado.
Em 31 de Dezembro de 2009 existam contas caucionadas contratadas no montante de, aproximadamente 118
Euros (121 milhões de Euros em 31 de Dezembro de 2008) que se encontravam utilizadas no montante de,
31.842.276 Euros (32.887.167 Euros em 31 de Dezembro de 2008), classificadas na rubrica “Empréstimos
bancários”.
Outros empréstimos
Em Agosto de 2005 a Celulose do Caima, SGPS, S.A. procedeu à emissão de um empréstimo obrigacionista
no montante de 21.500.000 Euros reembolsável no prazo de 6 anos, o qual tem associadas determinadas
imposições relativas a cumprimento de rácios financeiros. O valor em dívida (20.500.000 Euros) está registado
como dívida corrente em virtude da existência de cláusulas contratuais que conferem aos bancos a
possibilidade exigir o seu reembolso antecipado embora seja convicção do Conselho de Administração que
este reembolso antecipado não será solicitado.
A Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. em Fevereiro de 2007 procedeu à emissão de um empréstimo
obrigacionista no montante de 300.000.000 Euros. As obrigações têm o prazo de 8 anos, tendo o seu
vencimento em 2015, sendo os juros semestrais e postecipados a partir da data de subscrição, a uma taxa
igual à Euribor a 6 meses adicionada de spread.
No primeiro semestre de 2008 a Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. procedeu à emissão de dois
empréstimos obrigacionistas adicionais, no montante de 50.000.000 Euros e 25.000.000 Euros,
respectivamente. As obrigações têm o prazo de 10 anos, tendo o seu vencimento em 2018.
O Grupo tem contratados programas de papel comercial renováveis com garantia de colocação no montante
máximo de 265.000.000 Euros em 31 de Dezembro de 2009 (igual montante em 31 de Dezembro de 2008),
subscritos pelas diversas empresas, sendo que em 31 de Dezembro de 2009 o montante total utilizado era o
máximo (200.000.000 Euros em 31 de Dezembro de 2008). O montante de 85.000.000 Euros está classificado
como dívida corrente, uma vez que, de acordo com os contratos respectivos, ambas as partes podem
denunciar o programa mediante um pré-aviso definido de 30 a 60 dias, embora caso os programas não sejam
denunciados antes do seu vencimento apenas serão reembolsados nos anos de 2011 e 2013 nos montantes
de 25.000.000 Euros e 45.000.000 Euros, respectivamente, e seja convicção do Conselho de Administração
que não haverá denuncia de qualquer das partes às renovações destes programas de papel comercial.
As despesas incorridas com a montagem de empréstimos foram deduzidas ao seu valor nominal, encontrando-
se estas a ser reconhecidas ao longo do período de vida do respectivo empréstimo (Nota 35).
Foi aprovada em Fevereiro de 2005 a candidatura da subsidiária Celtejo aos incentivos financeiros no âmbito
do Programa Operacional de Economia – POE, para aplicação na concretização do projecto de expansão e
modernização da unidade fabril da Empresa, tendo em vista o aumento da sua capacidade de produção e o
aprofundamento da diferenciação comercial das pastas cruas de Pinho e Eucalipto. O investimento em causa
tem um montante global estimado de, aproximadamente, 49.464.000 Euros. O valor total do incentivo
financeiro atribuído no âmbito do POE consubstancia-se em: (i) um incentivo reembolsável até ao montante de
14.919.000 Euros; (ii) um prémio de realização sob a forma de incentivo não reembolsável que poderá atingir o
valor máximo de 14.919.000 Euros, e que será deduzido ao valores a reembolsar do subsídio referido em (i); e,
(iii) um incentivo não reembolsável sobre as despesas elegíveis para formação profissional. Em 31 de
Dezembro de 2009, o saldo a liquidar relativamente a este subsídio ascende a 6.566.438 Euros.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Alguns empréstimos estão sujeitos a “convenants financeiros” cujo cumprimento dessas condições foi
analisado à data da demonstração da posição financeira, não se tendo verificado situações com impacto
material nas condições dos empréstimos.
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a sensibilidade do Grupo a alterações no indexante
da taxa de juro de mais ou menos 1 ponto percentual, medida como a variação nos resultados financeiros,
pode ser analisada como segue, não considerando o efeito de cobertura dos instrumentos financeiros
derivados (Nota 27):
31.12.2009 31.12.2008
- 35 -
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
O prazo de reembolso dos empréstimos bancários e dos outros empréstimos bem como dos juros associados
é como segue:
31-12-2009
31-12-2008
2009 2010 2011 2012 >2013 Total
Empréstimos bancários
Capital 50.887.167 11.111.310 21.998.810 117.500.468 175.221 201.672.976
Juros (a) 8.066.919 5.488.603 5.754.589 5.130.660 8.043 24.448.814
Descobertos bancários
Capital 1.276.882 - - - - 1.276.882
Juros (a) 52.352 - - - - 52.352
Papel comercial
Capital 85.000.000 - - 25.000.000 90.000.000 200.000.000
Juros (a) 2.507.500 2.978.500 3.530.500 3.806.500 9.558.000 22.381.000
Empréstimos obrigacionistas
Capital 21.500.000 - - - 375.000.000 396.500.000
Juros (a) 13.877.500 11.775.000 13.575.000 14.475.000 42.945.000 96.647.500
Outros empréstimos
Capital 4.785.414 3.888.620 6.297.387 6.217.167 22.473.482 43.662.070
Juros (a) - - - - - -
Total
Capital 163.449.463 14.999.930 28.296.197 148.717.635 487.648.703 843.111.928
Juros 24.504.271 20.242.103 22.860.089 23.412.160 52.511.043 143.529.666
(a) Considerando a informação disponível à data relativa à evolução das taxas de juro e que a amortização
do capital é realizada no final de cada ano.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
31-12-2008
Perdas de imparidade em Perdas de imparidade em Perdas de imparidade em
contas a receber inventários e activos investimentos
Provisões (Notas 12 e 13) biológicos (Nota 10) (Nota 4.3) Total
O valor registado na rubrica “Provisões” em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 corresponde à melhor estimativa
da Administração para fazer face à totalidade das perdas a incorrer com processos actualmente em curso.
31.12.2009 31.12.2008
31.12.2009 31.12.2008
Em 31 de Dezembro de 2009 a rubrica “Outras dívidas” refere-se a um valor a pagar à Parpública, SGPS, S.A.
o qual, de acordo com as condições contratuais em vigor, será integralmente liquidado no exercício de 2011
(Nota 25).
- 37 -
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
24. FORNECEDORES
A Pagar
31.12.2009 0-90 dias 90-180dias >180 dias
Fornecedores, conta corrente 58.609.229 34.062.319 235.300 24.311.610
Fornecedores, facturas em recepção e conferência 7.389.860 7.389.860 - -
65.999.089 41.452.179 235.300 24.311.610
A Pagar
31.12.2008 0-90 dias 90-180dias >180 dias
Fornecedores, conta corrente 51.010.434 35.029.737 246.038 15.734.659
Fornecedores, facturas em recepção e conferência 7.891.558 7.891.558 - -
58.901.992 42.921.295 246.038 15.734.659
O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico destas dívidas é aproximado ao seu justo
valor.
Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” pode ser detalhada como segue:
A Pagar
31.12.2009 0-90 dias 90-180dias >180 dias
Fornecedores de imobilizado 8.544.318 8.200.679 92.755 250.884
Outras dívidas 2.235.573 1.960.979 - 274.594
10.779.891 10.161.658 92.755 525.478
A Pagar
31.12.2008 0-90 dias 90-180dias >180 dias
Fornecedores de imobilizado 33.679.259 30.760.558 825.373 2.093.328
Adiantamento por conta de vendas 471.078 471.078 - -
Outras dívidas 36.755.364 36.379.505 - 375.859
70.905.701 67.611.141 825.373 2.469.187
A rubrica “Outras dívidas” inclui em 31 de Dezembro de 2008, 25.000.000 Euros a pagar à Parpública,
SGPS, S.A. cujo prazo de reembolso foi negociado para 2011 (Nota 23).
Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica “Outros passivos correntes” pode ser detalhada como segue:
31.12.2009 31.12.2008
Acréscimos de custos
Remunerações a liquidar (3.659.382) (3.694.075)
Juros a liquidar (5.868.899) (9.699.807)
Fundos de pensões (Nota 29) (559.201) (4.703.443)
Rendas (1.186.961) (1.146.825)
Outros (4.925.462) (4.805.398)
Proveitos diferidos
Subsídios ao investimento (3.450.362) (1.770.860)
Outros (1.105.274) (12.666.902)
(20.755.541) (38.487.310)
- 38 -
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Por forma a reduzir a sua exposição à volatilidade das taxas de juro, o Grupo contratou “swaps” de taxa de juro
e um “collar” de taxa de juro. Estes contratos foram avaliados de acordo com o seu justo valor em 31 de
Dezembro de 2009 e 2008, tendo o correspondente montante sido reconhecido na rubrica “Instrumentos
financeiros derivados”.
Justo valor
Tipo Juro 31.12.2009 31.12.2008
Interest rate collar (c) Paga taxa fixa e recebe Euribor a 6M (7.567.273) (3.883.723)
Interest rate swap (a) Paga taxa fixa e recebe Euribor a 3M (913.110) (2.175.723)
Interest rate swap (b) Paga taxa fixa e recebe Euribor a 6M (1.383.465) -
Forward rate agreement (b) Paga taxa fixa e recebe Euribor a 6M (196.880) -
(10.060.728) (6.059.446)
(a) Apesar de terem sido contratados com um objectivo de cobertura de risco (e não de especulação), estes
contratos não cumprem com todos os requisitos necessários para que se qualifiquem como de cobertura, (Nota
2.3 k) v)) pelo que a variação do seu justo valor foi registada por contrapartida da demonstração dos resultados
(Nota 35).
(b) De acordo com as políticas contabilísticas adoptadas estes derivados cumprem com os requisitos para
serem designados como instrumentos de cobertura de taxa de juro (Nota 2.3 k) v)).
(c) Apesar de ter sido contratado com um objectivo de cobertura de risco (e não de especulação), parte deste
contrato derivado não cumpre com todos os requisitos necessários para que se qualifique como de cobertura,
(Nota 2.3 k) v)) pelo que a variação do justo valor na parte que não cumpre com todos os requisitos
necessários para que se qualifique como de cobertura, foi registada por contrapartida da demonstração dos
resultados (Nota 35).
O apuramento do justo valor dos derivados contratados pelo Grupo foi efectuado pelas respectivas
contrapartes (instituições financeiras com quem foram celebrados tais contratos). O modelo de avaliação
destes derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método dos Cash Flows descontados, i.e.,
utilizando as Par Rates de Swaps, cotadas no mercado interbancário, e disponíveis nas páginas Reuters e/ou
Bloomberg, para os prazos relevantes, sendo calculadas as respectivas taxas forwards e factores de desconto
que servem para descontar os cash flows fixos (leg fixo) e os cash flows variáveis (leg variável). O somatório
das duas parcelas resulta no Valor Actualizado Líquido dos cash flows futuros ou justo valor dos derivados.
O aumento/diminuição de 1 ponto percentual nos indexantes da taxa de juro verificada durante o exercício de
2009 e estimada para o período de duração dos derivados teria implicado o aumento/diminuição dos
resultados financeiros do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 de 1.074.398 Euros/1.397.408 Euros e
da rubrica do capital próprio “Reservas de cobertura” de 8.770.826 Euros/9.595.535 Euros antes de
consideração dos respectivos efeitos fiscais.
Por forma a reduzir a sua exposição à volatilidade do preço da pasta de papel, o Grupo contratou derivados de
cobertura do preço da pasta de papel, os quais foram avaliados de acordo como seu justo valor em 31 de
Dezembro de 2009 e 2008, tendo o correspondente montante sido reconhecido na rubrica “Instrumentos
financeiros derivados”.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
(a) Este derivado foi liquidado antecipadamente durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009.
O apuramento do justo valor dos derivados, de cobertura do preço da pasta de papel, contratados pelo Grupo
foi efectuado pelas respectivas contrapartes (instituições financeiras com quem foram celebrados tais
contratos). O modelo de avaliação destes derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método dos
Cash Flows descontados, i.e., é calculada a diferença entre a cotação estimada da pasta de papel (PIX) e o
preço fixado para os prazos relevantes, que posteriormente é actualizada para a data a que se reporta a
avaliação.
De acordo com as políticas contabilísticas adoptadas, estes derivados de pasta de papel cumprem com os
requisitos para serem considerados como instrumentos de cobertura, pelo que a variação do seu justo valor foi
registada na rubrica do capital próprio “Reservas de cobertura”.
A Altri utiliza derivados de taxa de câmbio, fundamentalmente, de forma a efectuar a cobertura de fluxos de
caixa futuros. Desta forma a Altri contratou diversos “forwards” de taxa de câmbio de dólares dos Estados
Unidos, de forma a gerir o risco de taxa de câmbio a que está exposta.
Em 31 de Dezembro de 2009, o justo valor dos instrumentos derivados de taxa de câmbio, que foram
considerados de cobertura, calculados tendo por base os valores de mercado actuais de instrumentos
financeiros equivalentes de taxa de câmbio é de (2.548.666) Euros.
A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros teve por base a actualização para a data da
demonstração da posição financeira do montante que se estima que será recebido/pago na data de termo do
contrato. O montante de liquidação considerado na avaliação é igual ao montante na moeda de referência
multiplicado pela diferença entre a taxa de câmbio contratada e a de mercado para a data de liquidação
determinada à data da avaliação.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros durante os exercícios findos em 31 de
Dezembro de 2009 e 2008 pode ser detalhado como segue:
Derivados de
cobertura de preço da Derivados de taxa Derivados de taxa
2009 pasta de juro de câmbio Total
Derivados de
cobertura de preço da Derivados de taxa
2008 pasta de juro Total
Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante o exercício de 2009, dos
instrumentos de cobertura na parte não corrida (conforme denominados nos termos do IAS 39), no montante
de (23.809.635) Euros (11.191.269 Euros durante o exercício de 2008), foram registados directamente em
rubricas de capitais próprios líquidos dos correspondentes impostos diferidos, no montante de 6.309.554 Euros
(2.965.686 Euros em 31 de Dezembro de 2009) (Nota 11).
Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante o exercício de 2009, dos
instrumentos de cobertura na parte corrida, dos instrumentos que embora tenham sido contratados com o
objectivo de cobertura, não cumprem com os requisitos para serem classificados como tal e a parte ineficaz
dos instrumentos de cobertura foram registados directamente na demonstração de resultados do exercício
findo em 31 de Dezembro de 2009 (Nota 35).
31.12.2009 31.12.2008
AICEP/API 11.621.950 30.036.372
Outros 851.524 864.837
12.473.474 30.901.209
a) Fundos de pensões
Algumas empresas do Grupo possuem compromissos relacionados com encargos com fundos de reforma
não incluídos na demonstração da posição financeira consolidada.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadro permanente da
Celtejo com mais de cinco anos de serviço, têm direito após a passagem à reforma ou numa situação de
invalidez a um complemento mensal de pensão de reforma ou invalidez. Este complemento está definido
de acordo com uma fórmula que tem em consideração a remuneração mensal líquida actualizada para a
categoria profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de serviço, no máximo de 30,
sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e a descendentes directos. Para cobrir estas
responsabilidades existe um fundo de pensões autónomo denominado Fundo de Pensões Tejo.
De acordo com requerimento efectuado ao Instituto de Seguros de Portugal, foi autorizada, em 2009, a
extinção da quota-parte do fundo afecta à CPK e a alteração do contrato constitutivo do Fundo de Pensões
Celtejo.
A Celbi atribui aos seus colaboradores, com contrato de trabalho subordinado sem prazo, que se reformem
ao seu serviço, um conjunto de benefícios definidos no Regulamento do Fundo de Pensões da Empresa,
publicado no Diário da República nº 221-III série, de 21 de Setembro de 1999.
Pensão 1:
1. Com menos de dez anos de tempo de serviço pensionável – 50% do salário anual pensionável.
2. Com dez ou mais anos de tempo de serviço pensionável – 80% do salário anual pensionável.
Ao valor da pensão de reforma anual acima definido será deduzido o montante da pensão anual
dedutível.
Pensão 2:
Os participantes terão direito a um capital complementar igual a um quinto de mês do vencimento
mensal auferido à data da reforma por cada ano de tempo de serviço pensionável.
Pensão 3:
Caso a invalidez se verifique depois dos 55 anos de idade, o capital indicado na pensão 2 é
acrescido de um outro que é igual a 50% do salário anual pensionável.
Plano B – No caso do participante ser reformado definitivamente por invalidez pelo regime geral da
segurança social, ou ser aceite como tal pelos serviços clínicos do associado e da entidade gestora, o
Fundo garante o pagamento de uma pensão de reforma anual, que será o resultado do produto de
11,5% sobre o salário anual pensionável.
O regime de benefícios definido no plano de pensões aplica-se à generalidade dos trabalhadores da Celbi.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
De acordo com os estudos actuariais realizados pelas sociedades gestoras dos fundos com referência a 31
de Dezembro de 2009 e 2008, o valor actual das responsabilidades por serviços passados para os
colaboradores no activo e para os reformados, bem como a situação patrimonial dos fundos de pensões,
naquela data, eram como segue:
2009
Caim a Indústria Silvicaim a Celtejo CPK Celbi Total
Responsabilidades actuais por serviços passados 3.235.516 262.670 10.398.330 - 6.716.221 20.612.737
Situação patrimonial dos fundos de pensões 2.676.315 389.324 12.067.463 - 7.751.915 22.885.017
2008
Caim a Indústria Silvicaim a Celtejo CPK Celbi Total
Responsabilidades actuais por serviços passados 2.989.026 226.679 14.903.246 - 7.397.736 25.516.687
Situação patrimonial dos fundos de pensões 2.680.365 378.449 11.955.771 1.597.021 7.767.535 24.379.141
O detalhe dos montantes registados na demonstração de resultados relacionados com planos de pensões
de benefícios definidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 é como segue:
2009 2008
O movimento verificado no valor actual das responsabilidades por serviços passados durante os exercícios
findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 é como segue:
2009 2008
O movimento verificado na situação patrimonial dos fundos de pensões durante os exercícios findos em 31
de Dezembro de 2009 e 2008 é como segue:
2009 2008
Encontra-se registado na rubrica “Outros passivos correntes – Acréscimos de custos” (Nota 26) o passivo
necessário para fazer face a diferenças entre o valor das responsabilidades actuais dos serviços passados
e a situação patrimonial dos fundos de pensões no montante de 559.201 Euros, nos casos em que esta
diferença é positiva.
Adicionalmente, encontra-se registado na rubrica “Outros activos correntes” (Nota 15) o montante de
1.795.787 Euros relativo ao excesso da situação patrimonial dos fundos de pensões face às
responsabilidades actuais por serviços passados, na medida em que tal represente uma redução das
dotações futuras a efectuar nos fundos de pensões por parte das empresas do Grupo Altri.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Aquelas responsabilidades, com excepção da Celbi, foram determinadas com base no método de cálculo
“Projected Unit Credit”, tendo-se utilizado as Tábuas de Mortalidade TV 73/77 e Invalidez EKV-80. Para
além dos parâmetros técnicos acima referidos foram assumidos, no caso da Caima e Silvicaima, como
pressupostos uma rentabilidade real de longo prazo de 3% quando comparada com o crescimento dos
salários.
Para a Celbi, aquelas responsabilidades foram determinadas com base no método de cálculo “Projected
Unit Credit”, tendo-se utilizado as tábuas de mortalidade GKF95 e de invalidez SR 2001. Para além dos
parâmetros técnicos acima referidos foram assumidos como pressupostos uma rentabilidade real de longo
prazo de 4% até à idade da reforma e de 3% depois da idade da reforma e uma taxa de crescimento dos
salários de 2,5%.
b) Outros compromissos
30. LOCAÇÕES
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 foi reconhecido como custo do exercício o montante
de, aproximadamente, 8.400.000 Euros (7.200.000 Euros durante o exercício findo em 31 de Dezembro de
2008) relativo a rendas pagas a título de contratos de locação operacional, fundamentalmente relativos a
terrenos explorados pelo Grupo.
Ano
2010 8.175.492
2011 8.294.071
2012 9.065.770
2013 e seguintes 108.618.339
134.153.672
Relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 o Grupo detinha, como locatário, contratos
de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação se venciam como segue:
Ano
2009 7.978.516
2010 7.749.218
2011 7.886.797
2012 e seguintes 111.203.419
134.817.950
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Ano
2011 162.126
2012 124.874
2013 e seguintes 52.766
Total de médio e longo prazo (Nota 22) 339.766
2010 (curto prazo) 213.985
553.751
Ano
2010 187.689
2011 140.104
2012 e seguintes 163.397
Total de médio e longo prazo (Nota 22) 491.190
2009 (curto prazo) 192.678
683.868
Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, estima-se que o justo valor das obrigações financeiras em contratos
de locação financeira corresponda, aproximadamente, ao seu valor contabilístico.
As obrigações financeiras por locações são garantidas pela reserva de propriedade dos bens locados.
As participadas do Grupo Altri têm relações entre si que se qualificam como transacções com partes
relacionadas, as quais foram efectuadas a preços de mercado.
Nos procedimentos de consolidação as transacções entre empresas incluídas na consolidação pelo método de
integração global são eliminadas, uma vez que as demonstrações financeiras consolidadas apresentam
informação da detentora e das suas subsidiárias como se de uma única empresa se tratasse.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 os saldos e transacções com entidades relacionadas podem ser
resumidos como segue:
Vendas e prest. de serviços Compras e serviços recebidos Juros auferidos Juros suportados
Transacções 31.12.2009 31.12.2008 31.12.2009 31.12.2008 31.12.2009 31.12.2008 31.12.2009 31.12.2008
Empresa - Mãe - - - - - - 417.397 379.225
Empresas filiais (a) 44.170.757 86.074.392 47.138.576 69.958.440 7.587.479 9.265.844 6.016.780 7.788.767
Empresas associadas (b) 676.179 483.167 3.271.057 9.083.244 - - 924.615 976.800
Outras partes relacionadas (c) 5.763.218 21.484.961 200.521 29.000.836 - - 228.687 121.052
50.610.154 108.042.520 50.610.154 108.042.520 7.587.479 9.265.844 7.587.479 9.265.844
Imobilizado Imobilizado
aquisições alienações
Transacções de imobilizado 31.12.2009 31.12.2008 31.12.2009 31.12.2008
Empresa - Mãe - - - -
Empresas filiais (a) - - - 31.721.210
Empresas associadas (b) - - - -
Outras partes relacionadas (c) - 31.721.210 - -
- 31.721.210 - 31.721.210
Empréstimos
Contas a receber Contas a pagar Obtidos Concedidos
Saldos 31.12.2009 31.12.2008 31.12.2009 31.12.2008 31.12.2009 31.12.2008 31.12.2009 31.12.2008
Empresa - Mãe 190.971 172.806 1.174.278 962.461 15.000.000 11.000.000 - -
Empresas filiais (a) 94.372.917 84.135.976 100.919.927 88.705.377 137.774.209 130.125.764 175.710.529 165.905.265
Empresas associadas (b) 66.513 25.406 2.585.287 2.907.144 22.842.905 18.122.905 - -
Outras partes relacionadas (c) 24.311.610 14.102.526 14.262.519 5.861.732 215.036 11.114.525 121.621 4.457.929
118.942.011 98.436.714 118.942.011 98.436.714 175.832.150 170.363.194 175.832.150 170.363.194
(a) Todas as entidades consolidadas pelo método integral em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 conforme Nota 4.1, com
excepção da CPK – Papel Kraft, S.A. em descontinuação (Nota 4.5);
(b) Todas as entidades consolidadas pelo método da equivalência patrimonial em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 conforme
Nota 4.2;
(c) Foram consideradas como outras partes relacionadas a CPK – Papel Kraft, S.A. (Nota 4.5) e as empresas do Grupo Ramada
conforme Nota 4.1. em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 (Notas 12 e 24).
Para além das empresas incluídas na consolidação (Nota 4) as entidades consideradas relacionadas em 31 de
Dezembro de 2009 podem ser apresentadas como segue:
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
As compensações atribuídas aos gestores chave, que, dado o modelo de governação do Grupo, corresponde
aos membros da Administração, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 ascenderam
a 1.026.513 Euros e 1.033.200 Euros, respectivamente.
As remunerações atribuídas aos gestores chave por categoria de remuneração podem ser resumidas como
segue:
31.12.2009 31.12.2008
Em 31 de Dezembro de 2009, não existem: (i) planos ou sistemas de incentivos relacionados com a atribuição
de acções aos membros do Conselho de Administração; (ii) indemnizações pagas ou devidas a ex-
administradores relativamente à cessão de funções durante o exercício; (iii) regimes complementares de
pensões ou de reforma antecipada para os administradores; ou (iv) benefícios não pecuniários considerados
como remuneração.
A Altri, S.G.P.S., S.A. não possui qualquer plano de atribuição de acções ou de opções de aquisição de acções
aos membros dos órgãos sociais, nem aos seus trabalhadores.
A rubrica da demonstração dos resultados “Outros proveitos” nos exercícios findos em 31 de Dezembro de
2009 e de 2008 inclui: ganhos em contratos de derivados, parte relativa à denuncia antecipada de um contrato
derivado de pasta de papel no exercício de 2009 e parte relativa a ganhos de derivados, basicamente de pasta
de papel, em vigor em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 (Nota 27), proveitos associados a ganhos em Fundos
de Pensões (Nota 29), subsídios à exploração e ao investimento, reversão de provisões (Nota 21), ganhos
obtidos na alienação de imobilizado, indemnizações recebidas, proveitos suplementares e outros proveitos.
Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2008 a rubrica “Outros proveitos” inclui ainda, o montante relativo à
parte da mais-valia reconhecida gerada na alienação da Ródão Power – Empresa e Biomassa do Ródão, S.A.
à empresa associada EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. (Notas 4.2 e 26).
A rubrica da demonstração dos resultados “Outros custos” nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009
e de 2008 inclui: impostos indirectos e taxas, perdas em contratos de derivados (Nota 27), custos com
sinistros, donativos e outros custos.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Os custos e proveitos financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 podem ser
detalhados como segue:
31.12.2009 31.12.2008
A rubrica “Outros custos e perdas financeiras” inclui, principalmente, despesas incorridas com a montagem de
empréstimos, que se encontram a ser reconhecidas como custo ao longo do período de vida do respectivo
empréstimo (Nota 20).
Os resultados por acção dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 foram calculados em
função dos seguintes montantes:
31-12-2009 31-12-2008
Número de acções para efeito de cálculo do resultado líquido básico e diluído 102.565.836 102.565.836
Resultado para efeito do cálculo do resultado por acção líquido e diluído das operações em continuação (11.932.959) 4.109.378
Resultado para efeito do cálculo do resultado por acção líquido e diluído das operações em continuação e descontinuação (10.910.016) 4.668.149
Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 não existem efeitos diluidores do número de acções em circulação.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Em 16 de Abril de 2008, o Conselho de Administração da ALTRI, S.G.P.S., S.A. aprovou um projecto de cisão-
simples desta sociedade. Nos termos do referido projecto de cisão-simples, a reorganização projectada teve
como objectivo a separação das duas unidades de negócio autónomas da ALTRI correspondentes ao exercício
da actividade da gestão de participações sociais, respectivamente, no sector da pasta e papel e no sector do
aço e sistemas de armazenagem. Esta reorganização inseriu-se numa lógica de focalização e transparência
dos negócios da ALTRI, visando conferir a cada uma das áreas uma maior visibilidade e percepção de valor
pelo mercado.
Adicionalmente, no final de 2008 A Altri decidiu encerrar a unidade industrial de produção de papel Kraft por si
detida. A decisão foi tomada na sequência da degradação das perspectivas do negócio do papel Kraft e da
constatação do contributo negligenciável desta unidade produtiva para o EBITDA do Grupo ALTRI.
Assim sendo, os contributos das duas unidades operacionais acima referidas estão reflectidos na
demonstração de resultados como “Unidades operacionais em descontinuação” (Notas 4.5 e 5).
Tal decisão permite ao grupo Altri concentrar a actividade no seu core business, a produção de pasta de papel
branqueada de eucalipto, pelo que o seu Conselho de Administração entende existir um único segmento de
negócio relatável, sendo que a principal informação de gestão é também preparada e analisada nesse
pressuposto.
Geograficamente, a repartição das vendas e prestações de serviços do Grupo por mercado é como segue:
31.12.2009 31.12.2008
Mercado interno 63.134.569 67.337.288
Mercado externo 212.515.821 188.141.928
275.650.390 255.479.216
Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 o número médio de pessoal ao serviço das
empresas incluídas na consolidação pelo método de consolidação integral foi de 710 e 726, respectivamente.
No que respeita ao exercício de 2009, o Conselho de Administração propôs, no seu relatório anual, que o
resultado líquido negativo individual da Altri, SGPS, S.A. no montante de 2.004.309,13 Euros fosse transferido
para Resultados transitados.
No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases de efeito
de estufa. Neste contexto, foi emitida uma Directiva Comunitária que prevê a comercialização das chamadas
“Licenças de emissão de CO2”, entretanto transposta para a legislação portuguesa e que é aplicável, a partir
de 1 de Janeiro de 2005, entre outras, à indústria de pasta e papel.
Pela publicação do Despacho conjunto nº 2836/2008 de 5 de Fevereiro de 2008, foi efectuada a distribuição
pelo Governo Português das “Licenças de emissão de CO2” às diversas empresas portuguesas abrangidas,
estando prevista a atribuição, a título gratuito, de licenças para a emissão de 110.135 toneladas de CO2 às
empresas do Grupo para o ano de 2009. Caso as emissões reais sejam superiores às “Licenças de emissão
de CO2” atribuídas, o Grupo terá que adquirir as licenças em falta no mercado. A entrega das “Licenças de
emissão de CO2”, correspondente às emissões reais realizadas num exercício, é efectuada no início do ano
seguinte, estando os valores apresentados pelas empresas relativos às emissões reais efectuadas sujeitos a
certificação por uma entidade independente.
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
Considerando que estas licenças se referem ao período 2008-2012, com base nos dados previsionais de
emissão de CO2 para o ano de 2009, não se estimam encargos significativos para o Grupo em consequência
da entrada em vigor desta legislação para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009.
Em 31 de Dezembro de 2009 não se encontra registado nas demonstrações financeiras qualquer passivo de
carácter ambiental nem é divulgada qualquer contingência ambiental, por ser convicção do Conselho de
Administração que não existem, a essa data, obrigações ou contingências provenientes de acontecimentos
passados de que resultem encargos materialmente relevantes para o Grupo.
Valor da Valor
transacção pago/cobrado
Aquisições
Valor da Valor
transacção pago/cobrado
Aquisições
Alienações
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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)
As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão
em 15 de Abril de 2010. A sua aprovação final está ainda sujeita a concordância da Assembleia Geral de
Accionistas.
O Conselho de Administração
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RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
CONTAS CONSOLIDADAS
Aos Accionistas da
Altri, SGPS, S.A.
1. Relatório
Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi confiado,
submetemos à vossa apreciação este Relatório e Parecer sobre o Relatório de Gestão e restantes
documentos de prestação de contas consolidadas da Altri, SGPS, S.A. (“Empresa”), relativos ao
exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, os quais são da responsabilidade do Conselho de
Administração.
2. Parecer
3. Declaração de responsabilidade
De acordo com o disposto no art. 8º n.º 1, alínea a) do Regulamento da CMVM n.º 5/2008, os
membros do Conselho Fiscal declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o Relatório de
Gestão, as Demonstrações Financeiras consolidadas elaboradas em conformidade com as
Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia, bem
como os demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento dão uma
imagem verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, do activo e do
passivo, da situação financeira e do resultado consolidado da Empresa em 31 de Dezembro de
2009 e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da
posição da Altri, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro da consolidação e contém
uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.
Desejamos manifestar ao Conselho de Administração e aos diversos Serviços da Empresa e das
empresas participadas o nosso apreço pela colaboração que nos prestaram.
O Conselho Fiscal