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31 de Dezembro de 2009

ALTRI, S.G.P.S., S.A.


(SOCIEDADE ABERTA)

Altri, S.G.P.S., S.A.


(Sociedade Aberta)

Relatório do
Conselho de Administração

Contas Consolidadas

Rua General Norton de Matos, 68


4050-424 Porto
Capital Social: 25.641.459 €
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ÍNDICE

Introdução 2

Enquadramento Macroeconómico 4

Evolução bolsista 7

Actividade do Grupo 10

Análise financeira 16

Perspectivas para 2010 19

Proposta de aplicação de resultados 19

Governo da Sociedade 20

Disposições legais 43

Declaração de responsabilidade 44

Considerações finais 44

Relatório e Contas ’09 1


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Senhores accionistas

Dando cumprimento ao disposto na Lei, vem o Conselho de Administração da


Altri, S.G.P.S., S.A. (Sociedade Aberta) apresentar o Relatório de Gestão relativo ao
exercício de 2009.

INTRODUÇÃO

A Altri foi constituída em Março de 2005, sendo o resultado do processo de cisão da


Cofina. A Empresa é um produtor europeu de referência de pasta de papel de eucalipto
e está cotada na Euronext Lisboa, integrando o seu índice de referência, o PSI20. Para
além da produção de pasta de papel a Altri está também presente no sector de energias
renováveis de base florestal, nomeadamente a cogeração industrial através de licor
negro e a biomassa. A estratégia florestal assenta no aproveitamento integral de todos
os componentes disponibilizados pela floresta: pasta, licor negro e resíduos florestais.

Actualmente, a Altri detém três fábricas de pasta de papel em Portugal com uma
capacidade instalada que em 2009 foi superior a 650 mil toneladas/ano de pasta de
papel branqueada de eucalipto. Os projectos, que estão em fase de conclusão do ramp
up, permitirão aumentar a capacidade nominal de produção da Altri para cerca de 900
mil toneladas/ano.

A Altri gere mais de 82 mil hectares de floresta em Portugal, integralmente certificada


pelo Forest Stweardship Council (FSC) e pelo Programme for the Endorsement of
Forest Certification (PEFC), duas das mais reconhecidas entidades certificadoras a nível
mundial.

A prossecução da estratégia industrial da Altri assenta na gestão florestal integrada em


Portugal, que visa a optimização da floresta, garantindo um aproveitamento integral de
todos os seus componentes. Assim, o eucalipto é processado nas fábricas da Altri,
produzindo pasta de papel e energia eléctrica (cogeração), sendo que a casca, os
ramos e os desperdícios florestais são utilizados para produzir energia eléctrica através
de biomassa.

Até Junho de 2008, a Altri possuía uma outra actividade industrial, através da FRamada,
que se dedicava ao retalho de aços e ao desenvolvimento de soluções industriais de
sistemas de armazenagem. Em Junho de 2008 efectivou-se a cisão da FRamada, que
deixou de integrar a Altri. O racional estratégico desta operação prende-se com a
focalização exclusiva da Altri no seu core business, a gestão florestal e a produção de
pasta de papel.

Os últimos anos têm sido marcados por diversas aquisições (Celtejo em 2005 e Celbi
em 2006), que permitiram à Altri reforçar a sua posição nos mercados onde opera, e
pelo desenvolvimento de um conjunto de projectos de expansão da actividade.

Relatório e Contas ’09 2


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Durante o exercício de 2009 os factos mais marcantes da actividade da Altri foram:

- Conclusão da nova linha de produção de pasta na Celbi: o projecto de duplicação de


capacidade de produção de pasta foi concluído durante o quarto trimestre de 2009. A
conclusão integral do projecto está prevista para o final do primeiro trimestre de 2010,
com a instalação da nova turbina de cogeração. Já em Janeiro de 2010, a Celbi
efectuou uma paragem técnica para a instalação da referida turbina, que se encontra
presentemente em fase de testes;

- Nova linha de branqueamento da Celtejo: durante o terceiro trimestre de 2009, a


Celtejo concluiu a curva de aprendizagem da nova linha de pasta, passando desde
então também a produzir pasta branqueada de papel de eucalipto;

- 82 mil ha de floresta certificada em Portugal: no final de 2009, a Altri geria 82,3 mil
hectares de floresta em Portugal, a qual é integralmente certificada pelo Forest
Stewardship Council (FSC) e pelo Programme for the Endorsement of Forest
Certification (PEFC);

- EDP Bioeléctrica – produção de energia eléctrica através de biomassa: No final de


2009, a EDP Bioeléctrica (detida em 50% pela Altri) detém um total de cerca de 65MW
de energia eléctrica produzida através de biomassa florestal, que se traduzem numa
potência líquida injectada na rede de cerca de 57MW, repartidos por 4 centrais:
Mortágua (9MW), Ródão (inserida no complexo industrial da Celtejo), com uma
capacidade de produção energética de 13 MW, Constância (inserida no complexo
industrial da Caima), com uma capacidade de produção energética de 13 MW e Figueira
da Foz (inserida no complexo industrial da Celbi), com cerca de 30 MW de capacidade
de produção energética.

Actualmente, o organigrama das participações do Grupo Altri pode ser resumido como
segue:

Silvicaima 100%
Gestão florestal

100% 99,83% 100% 50%*

Celbi Celtejo Caima EDP


Pasta de papel Pasta de papel Pasta de papel Bioeléctrica
Biomassa
* Joint venture com EDP

Relatório e Contas ’09 3


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

Enquadramento Internacional

O ano de 2009 apresentou-se como o reflexo da crise económico - financeira, de âmbito


global, que se precipitou no ano de 2008. O crescimento mundial manteve-se
insatisfatoriamente decrescente, face aos períodos expansivos anteriores.
Relativamente aos dados do 1º trimestre de 2009, o PIB dos EUA, da UE 27 e do Japão
registaram quebras de 2,6%, 4,4% e 9,1% respectivamente, conservando o
abrandamento das economias avançadas e a extensão do mesmo para as economias
emergentes.

Na Europa, como nos EUA, os governos e bancos centrais reforçaram os esforços de


estabilização e sustentação, no entanto, não conseguiram evitar os elevados níveis de
volatilidade nos mercados de matérias-primas, monetários, financeiros e cambiais a
nível global.

A Zona Euro, assistiu a um expressivo recuo da produção e do emprego, assim como


do investimento e do consumo. Entre os resultados perversos do cenário global,
destacou-se o aumento do rácio da dívida pública em função do PIB dos estados
membros, de 69,3% em 2008 para 84%, a queda do PIB em cerca de 5% acumulados,
o aumento da taxa de desemprego para valores próximos dos 10% e perdas
significativas nas instituições financeiras. Das medidas extraordinárias adoptadas pelo
Banco Central Europeu (BCE), salientou-se a forte baixa da taxa de juro de referência
que se fixou nos 1% em Maio (taxa mais baixa de sempre) e a extensão do regime de
cedência de liquidez (entre seis meses e um ano) do BCE às outras instituições
financeiras que originou, entre outros factores, na descida da taxa de inflação durante
2009.

Os efeitos manifestados na Zona Euro foram também verificados na economia norte-


americana. Apesar da economia dos EUA ter apresentado resultados satisfatórios nos
últimos trimestres do ano, o PIB dos EUA, no conjunto de 2009, apresentou uma
contracção de 2,4%, contrastando com o crescimento de 0,4% do ano de 2008. Neste
contexto global, a Reserva Federal Norte Americana manteve a sua actuação incisiva
na política monetária, mantendo a taxa de juro directora num intervalo de variação
situado entre os 0% e os 0,25%. Esta economia apresentou actuações impactantes ao
longo do ano, no entanto, manteve em 2009 valores inquietantes no que concerne à
taxa de desemprego, à oscilação da taxa de inflação (por força da evolução do preço do
petróleo), à desvalorização do dólar face ao euro, ao elevado défice orçamental e à
contracção da procura interna.

Ao nível dos mercados financeiros, a crise financeira fez-se sentir principalmente no 1º


semestre de 2009. Na segunda metade do ano, os sinais das actuações extraordinárias
reflectiram-se na confiança dos investidores, registando-se nas bolsas europeias
subidas superiores a 20%. O sucesso dos índices bolsitas foi também sentido com a
subida de 82% da bolsa brasileira e da bolsa chinesa de Xangai apresentando uma
subida de 20%. Em Portugal, o PSI 20 seguiu a tendência internacional e europeia e
encerrou o ano com ganhos superiores a 30%, face ao início do ano.

Relatório e Contas ’09 4


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Enquadramento Nacional

Durante 2009, a economia portuguesa espelhou a condição generalizada de toda a


Zona Euro. As perspectivas de evolução sentidas entre 2006 e 2007 foram
interrompidas em 2008 e revistas em baixa em 2009. Verificou-se uma redução no PIB
em termos homólogos, de 2,6%, traduzindo a contracção das componentes que o
constituem, com excepção do consumo público. As contas públicas evidenciaram um
grau de deterioração substancialmente superior ao esperado. O défice estrutural, em
2009 atingiu os 8,1% do PIB, aspecto que decorre sobretudo da receita, que apresentou
uma diminuição face às previsões anuais. A dívida pública portuguesa situou-se nos
76,6% do PIB, um aumento de 10,3 p.p. face a 2008.

A deterioração da actividade económica, durante o ano, reflectiu-se no mercado de


trabalho e na evolução dos preços. A taxa de desemprego atingiu os 9,5%, aumentando
1,9 pontos percentuais (p.p) face a 2008, registando-se adicionalmente uma diminuição
do emprego em 2,9% face ao período homólogo. Ao longo de 2009, o mercado de
trabalho acarretou os aspectos profundos da crise que se fez sentir na quebra da
produtividade, nos níveis de consumo privado e no endividamento das famílias
portuguesas. Relativamente à evolução da inflação, os preços dos produtos energéticos
e dos produtos alimentares (especialmente os não transformados) apresentaram
quebras sucessivas em termos homólogos, nos últimos meses, representando o
contributo mais importante para a diminuição da taxa de inflação média anual (-0,8%), o
que face à Zona Euro representa uma das taxas mais negativas. Isto verifica-se pois
estes produtos pesam mais do que na média da Área Euro, no total do cabaz do IHPC
(Índice Harmonizado de Preço no Consumidor).

Na generalidade, Portugal apresentou resultados semelhantes aos observados nas


economias Europeias e na generalidade dos países desenvolvidos. Este é o resultado
de uma economia aberta e integrada como se apresenta a economia portuguesa, em
que a disseminação das perturbações no sistema financeiro e a desaceleração da
actividade económica mundial continuou a ter implicações desfavoráveis, tal como já se
verificava em 2008. Manteve-se a incerteza dos mercados financeiros, e o controlo
extraordinário nos mercados monetários, que não premiaram nem incentivaram o
investimento e dificultaram a poupança. Adicionalmente, foca-se em 2009 a propagação
destas perturbações na actividade económica interna, e principalmente, da deterioração
do mercado de trabalho e de aspectos relacionados com as condições sociais
(condições das reformas nacionais, nível de vida, saúde, educação).

Perspectivas futuras

Durante o ano de 2009, o cenário macroeconómico apresentou uma desaceleração da


economia global, em reflexo da crise económico-financeira que despoletou nos últimos
meses de 2008. Neste período, registaram-se os maiores níveis de instabilidade dos
mercados financeiros das últimas décadas, bem como uma redução da actividade
económica na generalidade dos países, com efeito significativo no comércio mundial.

Relatório e Contas ’09 5


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

A partir do 2º trimestre de 2009, os indicadores globais começaram a apontar para uma


recuperação económica, nomeadamente pelo aumento do nível de confiança dos
agentes económicos e nos indicadores quantitativos, como o PIB e o comércio mundial,
apesar das taxas de crescimento se manterem negativas.

Esta evolução deveu-se, em grande medida, à actuação dos estabilizadores


automáticos, bem como à retracção do preço das matérias-primas, ao aumento dos
apoios sociais cedidos pelos governos e à redução das taxas de juro. Estas medidas
contribuíram para o desagravamento do comportamento dos mercados financeiros e
para a recuperação das economias.

Relativamente à economia portuguesa, esta tem evidenciado um conjunto de


fragilidades de natureza estrutural, que têm limitado o seu crescimento potencial ao
longo dos últimos anos, num contexto de aumento da concorrência nos mercados
internacionais, nomeadamente ao nível da produtividade do factor trabalho.

Para 2010, perspectiva-se que o desempenho da economia portuguesa se apresente


mais favorável face a 2009, reflectindo os sinais de retoma, embora lenta, da economia
mundial.

O crescimento do Produto Interno bruto (PIB) estima-se em 0,7 por cento para 2010 e
1,4 por cento em 2011, depois de uma contracção de 2,6 por cento verificada em 2009.

Esta projecção para o crescimento da actividade económica tem subjacente o aumento


da procura externa, a qual já tem vindo a beneficiar das medidas implementadas pelas
autoridades no sentido de promover a estabilidade financeira e dos estímulos
monetários e orçamentais implementados nas principais economias mundiais.

Relativamente à taxa de desemprego em Portugal, as perspectivas apontam para um


agravamento, atingindo cerca de 9,8% em 2010, face a 9,6% em 2009.

A taxa de inflação estima-se que atinja 0,7% em 2010 e 1,6% em 2011, em resultado
sobretudo do aumento do preço do petróleo, do aumento das importações de bens não
energéticos e de um crescimento moderado dos custos unitários do trabalho.

No que respeita à dívida pública, estima-se que esta se situe nos 84% do PIB em 2010,
face aos 76,6% atingidos em 2009. De notar que a dívida pública portuguesa situa-se
acima da média europeia e que, juntamente com os défices primários estruturais, será
um factor determinante na sustentabilidade das finanças públicas a médio/longo prazo.

Relatório e Contas ’09 6


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

EVOLUÇÃO BOLSISTA

(Nota: Consideramos o PSI 20 como um índice com valor inicial idêntico ao do título em
análise, de forma a possibilitar uma melhor comparação das variações das cotações.)

O PSI 20 apresentou desde os primeiros meses de 2009 sinais de recuperação face ao


baixo desempenho de 2008. Após um primeiro trimestre de restabelecimento ligeiro, a
cotação do PSI 20 atingiu em Março o seu mínimo, manifestando a partir dessa data
uma fase marcada pela recuperação consistente, tendo crescido 22% em apenas 4
meses e 30% em todo o ano. A bolsa portuguesa acompanhou ao longo do ano de 2009
os principais índices bolsistas nos seus movimentos de recuperação que se traduz
numa valorização de 33,5% dos principais índices.

No ano de 2009, o principal índice bolsista português, o PSI-20, apresentou uma


valorização de 33,5%, encerrando nos 8.463,85 pontos equivalente a um ganho de 17,5
mil milhões de euros, conseguindo a bolsa portuguesa o segundo melhor desempenho
da Europa, apenas superada pelo índice holandês.

A Altri acompanhou a tendência da bolsa portuguesa nos primeiros nove meses do ano,
mas no último trimestre apresentou uma performance significativamente melhor do que
o PSI 20 acompanhando a evolução do preço da pasta de papel branqueada.

Evolução bolsista

5,0
4,5
4,0
3,5
3,0 PSI 20
2,5 Altri
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0

A cotação das acções da Altri aumentou cerca de 90% durante 2009 encerrando com
um valor unitário de 4 Euros e uma capitalização bolsista de cerca 409,7 milhões de
Euros.

Foram transaccionadas durante o exercício cerca de 104,4 milhões de títulos da Altri,


volume relevante se tivermos em consideração que o seu capital é composto por cerca
de 103 milhões de acções.

Relatório e Contas ’09 7


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Os principais eventos que marcaram a evolução dos títulos da Empresa durante o


exercício de 2009 podem ser descritos cronologicamente do seguinte modo:

Evolução bolsista

5,0
4,5
4,0
3,5
3,0
25 Nov.
Altri
2,5
2,0 26 Agosto

1,5
27Mai
1,0 9 Jan
25 Mar
0,5
0,0

 Em 9 de Janeiro de 2009, o Grupo anunciou o encerramento da unidade


industrial de papel Kraft por si detida – CPK Papel Kraft, S.A. Esta decisão foi
tomada na sequência da diminuição das perspectivas do negócio do papel
Kraft e da constatação do contributo negligenciável desta unidade produtiva
para o resultado do Grupo Altri. Esta medida permite ao grupo concentrar a
actividade no seu core business – a exploração florestal e produção de pasta
de papel;

 Através de comunicado efectuado em 25 de Março de 2009, o Grupo anunciou


a sua performance financeira relativamente ao exercício de 2008, cifrando-se o
resultado líquido consolidado (atribuível aos accionistas da Empresa-mãe) em
cerca de 4,67 milhões de Euros. Os proveitos operacionais consolidados
ascenderam a 280 milhões de Euros o que corresponde a um decréscimo de
cerca de 3% face ao período homólogo anterior. O EBITDA consolidado cifrou-
se em cerca de 69 milhões de Euros, tendo registado um decréscimo de 16%
face ao ano de 2007. A Empresa anunciou ainda o registo de um custo de
imparidade de cerca de 5,8 milhões de Euros, relativos a stocks da Celtejo (a
CPK era integralmente fornecida pela Celtejo e encerrou em Dezembro 2008);

 Em 27 de Maio de 2009 foram comunicados ao mercado os resultados da Altri


relativos ao primeiro trimestre de 2009. Durante o primeiro trimestre de 2009,
os proveitos operacionais totais atingiram, aproximadamente, 62,8 milhões de
Euros, o que corresponde a um decréscimo de 18% face aos proveitos
registados no período homólogo de 2008. O EBITDA superou os 9,5 milhões
de Euros, o que corresponde a um decréscimo de 52% face aos 20 milhões de
Euros registados no período homólogo de 2008;

Relatório e Contas ’09 8


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

 Através de comunicado efectuado em 26 de Agosto de 2009, o Grupo


anunciou a sua performance relativamente ao primeiro semestre de 2009,
cifrando-se o resultado líquido incluindo interesses minoritários em cerca de -
13,1 milhões de Euros, dos quais 1 milhão de Euros corresponde a unidades
operacionais em descontinuação. Os proveitos operacionais consolidados
ascenderam a cerca de 141,5 milhões de Euros cifrando-se o EBITDA em 13,8
milhões de Euros;

 Em 25 de Novembro de 2009 foram comunicados ao mercado os resultados


da Altri relativos ao terceiro trimestre de 2009. O Grupo Altri atingiu proveitos
operacionais consolidados de cerca de 222,3 milhões de Euros, o que
corresponde a um decréscimo de 2,5% face aos valores registados no 3º
trimestre de 2008. O EBITDA cifrou-se em cerca de 25,3 milhões de Euros,
tendo registado um decréscimo de 55,4% face ao 3º trimestre de 2008. Estes
factos conduziram a um resultado líquido consolidado superior a -12 milhões
de Euros (11,1 milhões de Euros no 3º trimestre de 2008), dos quais 1,1
milhões de Euros correspondem a unidades operacionais em descontinuação;

 Através de comunicado de 5 de Janeiro de 2010 a Altri informou que registou


em 2009 um recorde absoluto de produção de pasta de eucalipto, cujo total
agregado atingiu cerca de 658 mil toneladas, o que representa um crescimento
de 30% face ano de 2008.

Relatório e Contas ’09 9


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ACTIVIDADE DO GRUPO

Tendo a sua génese sido o resultado de um processo de reestruturação do Grupo


Cofina com o objectivo de agregar numa holding distinta as áreas de actividade
industrial, a Altri foi até 1 de Junho de 2008 detentora de interesses nos sectores de
Pasta e Papel, bem como nos Aços e Sistemas de armazenagem, data em que
procedeu à cisão da actividade de Aços e sistemas de armazenagem. Esta
reestruturação inseriu-se numa lógica de focalização e transparência dos negócios da
Altri, visando conferir a cada das áreas uma maior visibilidade e percepção de valor pelo
mercado. Em Janeiro de 2009 o Grupo encerrou oficialmente a unidade industrial de
papel Kraft por si detida – CPK Papel Kraft. Esta medida permitiu ao grupo concentrar a
actividade no seu core business - a exploração florestal e produção de pasta de papel.

Silvicaima 100%
Gestão florestal

100% 99,83% 100% 50%*

Celbi Celtejo Caima EDP


Pasta de papel Pasta de papel Pasta de papel Bioeléctrica
Biomassa
* Joint venture com EDP

As principais participações financeiras em que a Altri é maioritária são detidas através


da Celulose do Caima, SGPS e são as seguintes:

- Caima – Indústria de Celulose (Constância), produção e comercialização de


pasta de papel;

- Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. (Figueira da Foz), produção e


comercialização de pasta de papel;

- Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. (Vila Velha de Ródão), produção e


comercialização de pasta de papel;

- Silvicaima – Sociedade Silvícola do Caima, S.A. (Constância), unidade


detentora e gestora de recursos florestais do grupo;

Adicionalmente, com o objectivo de apoiar as suas necessidades energéticas e expandir


a sua actividade para um sector considerado interessante do ponto de vista estratégico,
o Grupo detém ainda uma participação de 50% no capital da EDP Bioeléctrica.

Relatório e Contas ’09 10


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2009 a estrutura completa de participação do Grupo Altri é a


seguinte:

Altri SGPS

100%

Caima SGPS

100% 100%

Inflora Altri, SL

100%
100%

Celbi Altri Sales

100% 100% 100%

Viveiros do Furadouro
Invescaima Unipessoal
Celbinave

33%
100% 100%

100% 100%
Silvicaima Caima Indústria Sócasca Captaraíz Operfoz
40%

60% 5%

99,83% 100% 45%


Pedro Frutícola Celtejo Caima Energia EDP Bioeléctrica

100% 100% 100%

Altri – Energias
CPK Renováveis, SA Sosapel

Mercado da pasta de papel

Durante o ano de 2009, o mercado da pasta de eucalipto evidenciou dois


comportamentos distintos: durante a primeira metade do ano, o preço registou uma
trajectória descendente, tendo atingido o mínimo de 480 USD em Abril (devido à taxa de
câmbio, o mínimo em Euros foi atingido em Junho, com 351 Euros). A partir dessa data,
o preço inverteu esta tendência, tendo no final do ano atingido 700 USD (486 Euros).

Evolução do preço pasta BEKP 2009 (€) Preço médio pasta BEKP por período (€)
Fonte FOEX Fonte FOEX

500,00

450,00
2009 2008 var%

400,00
402,4 536,5 -25%
350,00

300,00
Dez-08 Jan-09 Fev-09 Mar-09 Abr-09 Mai-09 Jun-09 Jul-09 Ago-09 Set-09 Out-09 Nov-09

Relatório e Contas ’09 11


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Em termos das dinâmicas do mercado da pasta, em 2009 verificaram-se dois factores


que devem ser salientados: (1) por um lado, assistiu-se a um ressurgimento da procura,
com especial incidência proveniente da China e; por outro lado (2), o nível de preço
extremamente baixo atingido no primeiro semestre do ano acelerou uma transformação
estrutural, que se materializou no encerramento de capacidade em geografias onde os
custos de produção são mais elevados.

Em termos de procura, o mercado total das pastas branqueadas terá atingido mais de
45 milhões de toneladas (+0,8% vs 2008), sendo que a procura total de pasta de
eucalipto ascendeu a cerca de 15,1 milhões de toneladas (+14% vs 2008).
Relativamente à pasta de eucalipto, em 2009 a Europa continua a ser o maior mercado,
com uma quota de cerca de 39%, enquanto que a China apresentou uma quota de
mercado de 26%.

Em termos de oferta, em 2009 a capacidade instalada total de eucalipto ascendeu a


cerca de 15,5 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de cerca de 8%
face a 2009. Em termos de encerramentos, durante 2009 estima-se que mais de 4
milhões de toneladas (de pasta branqueada) terão saído do mercado, de forma
temporária e/ou permanente.

Estas acções contribuíram para a redução dos stocks de pasta disponíveis nos portos
europeus, que atingiu um dos seus mínimos históricos em Novembro de 2009, com
cerca de 651,5 mil toneladas. Em Dezembro, o nível dos stocks nos portos europeus era
de 762,4 mil toneladas.

Evolução dos stock de pasta nos portos europeus desde 2004 até YE09 (ton)
Fonte EUROPULP

2.000.000

1.500.000

1.000.000

500.000

0
2004 2005 2006 2007 2008 Jan-09 Fev-09 Mar-09 Abr-09 Mai-09 Jun-09 Jul-09 Ago-09 Set-09 Out-09 Nov-09 Dez-09

Relatório e Contas ’09 12


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Assim, a partir de Maio de 2009 foram anunciados 6 aumentos de preço consecutivos,


que levaram o preço de mercado da pasta BEKP a subir de 480 USD/ton em Abril de
2009 para um preço de mercado em Dezembro de 2009 de 700 USD/ton, o que
corresponde a um crescimento de 46%. No entanto, devido à desvalorização da moeda
americana, quando transformado em Euros este crescimento é de 38%.

Por outro lado, foram adiados ou cancelados vários projectos internacionais de


expansão de capacidade e de novas unidades que estavam em pipeline.

Evolução do preço pasta BEKP desde 2002 até YE09 (€)


Fonte FOEX

700,00

600,00

500,00

400,00

300,00

200,00
Jan-02 Jan-03 Jan-04 Jan-05 Jan-06 Jan-07 Jan-08 Jan-09

O preço de mercado da pasta BEKP (de acordo com o PIX), no final de 2009, era de
700 USD/ton, o que correspondia a um valor de 486 EUR/ton.

Durante o ano de 2009 as vendas totais de pasta realizadas pelas três unidades
ascenderam a cerca de 677,3 mil toneladas de pasta, o que corresponde a um
crescimento superior a 42% em relação às 476,6 mil toneladas de pasta vendidas
durante o ano de 2008.

Evolução trimestral das vendas de pasta


(toneladas)

194.765
181.869
166.449

134.194

1Q09 2Q09 3Q09 4Q09

Relatório e Contas ’09 13


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Em termos trimestrais, verifica-se que as vendas de pasta realizadas no 4º trimestre de


2009 foram inferiores às realizadas no trimestre anterior embora a produção tenha sido
superior. Tal facto ficou a dever-se à constituição de stocks estratégicos, com o
objectivo de suprir a menor produção que se verificou nos meses de Janeiro e Fevereiro
de 2010, motivada pela paragem para instalação da nova turbina de cogeração na
Celbi.

Vendas de pasta por região e por utilização

Portugal; 2,6% Outros; 12%


Outros ; 5,5%
Embalagem;
5% Tissue; 36%
Ásia; 5,9%
Especialidades;
12%

Europa; 86,1% Impressão e


escrita; 35%

Em termos do detalhe das vendas de pasta por destino, registe-se que em 2009 a Altri
exportou mais de 97% da sua produção, com destaque especial para o mercado
europeu. Em termos de utilização, o segmento de tissue apresenta o maior peso
relativo, com uma quota de 36%.

Por outro lado, as receitas líquidas de energia eléctrica produzida através de cogeração
e da venda de outros derivados florestais (licor e casca) ascenderam, em 2009, a cerca
de 13 milhões de Euros.

CELBI

A Celbi atingiu durante o exercício de 2009 vendas de 401,1 mil toneladas de pasta de
papel, o que significa um acréscimo de 48,3% face ao exercício anterior.

No que se refere à produção de pasta de papel esta ascendeu a 401,3 mil toneladas,
45,9% acima da produção do exercício anterior, em resultado do projecto de aumento
de capacidade que decorreu até 2009.

CAIMA

Em 2009, o volume de vendas foi de 113,3 mil toneladas de pasta o que representa um
acréscimo de 10,3% face às vendas registadas em 2008. A Península Ibérica e a
restante Europa comunitária continuaram a ser os principais mercados.

No exercício de 2009 produziram-se 115,3 mil toneladas de pasta, volume que se situou
1,8% acima da produção do exercício anterior e que configura uma exploração
optimizada da capacidade produtiva da fábrica.

Relatório e Contas ’09 14


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

A Silvicaima continua a ter um papel importante no abastecimento das empresas do


grupo.

CELTEJO

O volume de vendas, no exercício de 2009, ascendeu a 162,9 mil toneladas de pasta,


representando um acréscimo de 52,3 % face ao ano anterior.

No que se refere à produção de pasta de papel esta ascendeu a 141,2 mil toneladas,
14,8% acima da produção do exercício anterior

O Grupo está a aumentar a sua capacidade de produção nas suas unidades, com
especial destaque para a Celbi. A Altri estima atingir em 2010 uma capacidade de
produção total de 910 mil toneladas de pasta, facto que colocará a empresa entre as 10
maiores do mundo na área da pasta de eucalipto.

Durante o exercício de 2009 as instalações produtivas do sector do papel e pasta de


papel continuaram a cumprir escrupulosamente a legislação ambiental, nomeadamente
no que se refere aos parâmetros das emissões líquidas e gasosas, bem como à gestão
e valorização dos resíduos sólidos.

Relatório e Contas ’09 15


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ANÁLISE FINANCEIRA

A informação financeira consolidada da Altri relativa ao ano de 2009 e respectivos


comparativos com o período homólogo de 2008 foi preparada de acordo com os
princípios de reconhecimento e mensuração das Normas Internacionais de Relato
Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia.

Actualmente a actividade da Altri é a gestão florestal e a produção de pasta de papel.


No entanto, no exercício de 2008, a Altri desenvolvia outras actividades, nomeadamente
no sector dos aços (através da FRamada) e produção de papel de embalagem (através
da CPK). A FRamada saiu do perímetro de consolidação da Altri em Junho de 2008 e a
CPK foi encerrada em Dezembro de 2008. Deste modo, o resultado da actividade da
FRamada e da CPK em 2008 está contabilizado na rubrica “Resultado do período de
unidades operacionais em descontinuação”.

Adicionalmente, embora a CPK tenha sido encerrada em Dezembro de 2008, durante o


exercício de 2009 foram registados resultados associados à alienação dos seus activos,
os quais foram contabilizados em “Resultado do período de unidades operacionais em
descontinuação”.

Relatório e Contas ’09 16


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Assim sendo, os principais dados e indicadores da actividade consolidada do Grupo Altri


podem ser resumidos como seguem:

2009 2008 Var %

Receitas totais 309,609 280,174 10,5%

Custo das vendas 112,018 79,543 40,8%


Fornecimento de serviços externos 109,012 86,637 25,8%
Custos com o pessoal 33,392 30,924 8,0%
Provisões e perdas por imparidade 0,928 5,823 -84,1%
Outros custos 2,760 8,718 -68,3%
Custos totais (a) 258,110 211,644 22,0%

EBITDA (b) 51,499 68,530 -24,9%


margem 16,6% 24,5% -7,8 pp

Amortizações e depreciações 38,911 28,821 35,0%

EBIT (c) 12,588 39,709 -68,3%


margem 4,1% 14,2% -30.7 pp

Resultados relativos a activos classificados como detidos para venda 0,000 -0,252 -
Resultados relativos a empresas associadas -0,242 -1,075 77,5%
Resultados relativos a outros investimentos 0,109 -0,521 121,0%
Custos financeiros -29,856 -46,375 35,6%
Proveitos financeiros 4,670 10,776 -56,7%
Resultado financeiro -25,319 -37,446 -32,4%

Resultado Antes de Imposto -12,731 2,262 ss

Impostos sobre o rendimento 0,766 1,895 ss


Interesses minoritários -0,032 0,048 ss

Resultado Líquido -11,933 4,109 ss

Resultado do periodo de unidades operacionais em descontinuação 1,023 0,559 83,1%

Resultado Líquido Consolidado -10,910 4,668 ss


valores em milhares de Euros
(a) custos operacionais excluindo amortizações, custos financeiros e impostos
(b) EBITDA = resultado antes de resultados financeiros, impostos, amortizações e depreciações
(c) EBIT = resultado antes de resultados financeiros e impostos

Em termos anuais, as receitas ascenderam a 309,6 milhões de Euros, uma subida de


10,5% face aos 280,2 milhões de Euros registados em 2008. O EBITDA ascendeu a
cerca de 51,5 milhões de Euros (-25%) e o EBIT foi de 12,6 milhões de Euros. O
resultado líquido consolidado foi de cerca de -11 milhões de Euros.

Relatório e Contas ’09 17


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

1Q 09 2Q 09 3Q 09 4Q09

Receitas totais 62,753 78,744 80,823 87,289

Custo das vendas 22,690 34,839 32,388 22,101


Fornecimento de serviços externos 22,204 29,419 28,255 29,135
Custos com o pessoal 7,415 8,999 7,934 9,044
Provisões e perdas por imparidade 0,000 1,050 0,100 -0,222
Outros custos 0,847 0,248 0,655 1,010
Custos totais (a) 53,155 74,555 69,332 61,068

EBITDA (b) 9,598 4,189 11,491 26,221


margem 15,3% 5,3% 14,2% 30,0%

Amortizações e depreciações 9,581 5,899 6,173 17,259

EBIT (c) 0,017 -1,710 5,318 8,962


margem 0,0% -2,2% 6,6% 10,3%

Resultados relativos a activos classificados como detidos para venda 0,000 0,000 0,000 0,000
Resultados relativos a empresas associadas -0,705 0,077 0,099 0,287
Resultados relativos a outros investimentos -0,012 0,058 0,084 -0,021
Custos financeiros -8,929 -7,028 -7,126 -6,772
Proveitos financeiros 2,714 0,011 1,093 0,851
Resultado financeiro -6,932 -6,882 -5,850 -5,655

Resultado Antes de Imposto -6,915 -8,592 -0,532 3,307

Impostos sobre o rendimento 1,564 0,760 0,556 -2,114


Interesses minoritários -0,029 -0,003 -0,003 0,003

Resultado Líquido -5,321 -7,829 0,027 1,191

Resultado do periodo de unidades operacionais em descontinuação -0,540 1,617 0,026 -0,079

Resultado Líquido Consolidado -5,861 -6,212 0,052 1,111


valores em milhares de Euros
(a) custos operacionais excluindo amortizações, custos financeiros e impostos
(b) EBITDA = resultado antes de resultados financeiros, impostos, amortizações e depreciações
(c) EBIT = resultado antes de resultados financeiros e impostos

Ao nível da evolução da performance financeira trimestral verifica-se globalmente o


reflexo do aumento da capacidade instalada, do aumento do preço de venda e da
melhoria da eficiência produtiva ao longo do ano.

De destacar ainda que o EBITDA registado no quarto trimestre de 2009 foi de cerca de
26,2 milhões de Euros, o que corresponde ao valor mais alto alguma vez registado pela
Altri.

O investimento total (CAPEX) durante o ano ascendeu a 92,1 milhões de Euros.


Registe-se que, com a conclusão da nova linha de pasta da Celbi, o ciclo de
investimento iniciado pela Altri em 2006 está praticamente concluído.

O endividamento nominal remunerado líquido da Altri em 31 de Dezembro de 2009


ascendeu a 799,98 milhões de Euros. Tendo em conta o total de custos financeiros
registados durante o exercício em causa (cerca de 29,9 milhões de Euros), o custo
médio da dívida foi de 3,7%.

De acordo com o actual plano da dívida, é expectável que durante o exercício de 2010,
a Altri tenha amortizações de dívida inferiores a 25 milhões de Euros.

As necessidades de financiamento encontram-se integralmente asseguradas, detendo a


Empresa disponibilidades que, no final de Dezembro de 2009, ascendiam a 80,2
milhões de Euros. Por outro lado, a Altri detém cerca de 98,2 milhões de Euros de linhas
de financiamento disponíveis não utilizadas.

Relatório e Contas ’09 18


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PERSPECTIVAS PARA O EXERCÍCIO DE 2010

Com a estabilização dos processos de produção, fundamentalmente na Celbi e na


Celtejo, e com a entrada em funcionamento dos equipamentos que foram objecto dos
investimentos realizados nos últimos anos é previsível, para 2010, um aumento
significativo na Produção de Pasta no Grupo Altri. Por outro lado o aumento da
eficiência esperado, em virtude da regularidade no funcionamento das fábricas, permite
antecipar uma optimização dos Custos de Produção por tonelada de pasta produzida.

Com a inversão verificada, no preço da Pasta, em Maio de 2009, após se ter atingido o
valor mínimo de 480USD em Abril do mesmo ano, os preços iniciaram uma trajectória
ascendente alcançando no final do ano o valor de 700USD.

O ressurgimento da procura, com especial incidência no mercado chinês, e o


encerramento temporário ou definitivo de algumas unidades, localizadas
geograficamente em zonas com custos de produção mais elevados, provocaram uma
diminuição dos stocks de pasta disponíveis, tendo-se atingido, em Novembro de 2009
nos portos europeus, o valor histórico e anormalmente baixo de cerca de 651.5 mil
toneladas.

Assim para 2010, aliada à retoma económica que se começa a verificar,


fundamentalmente nos países emergentes, e à perturbação na oferta provocada pelo
desastre no Chile, é de prever que a procura se mantenha em níveis bastante
interessantes permitindo, como tal, senão a subida pelo menos a sustentabilidade dos
preços actuais.

PROPOSTA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PARA APLICAÇÃO DO


RESULTADO LÍQUIDO INDIVIDUAL

A Altri, S.G.P.S., S.A. na qualidade de holding do Grupo, registou nas suas contas
individuais preparadas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites
em Portugal um resultado líquido negativo de 2.004.309,13 Euros, para o qual, nos
termos legais e estatutários, o Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral a
sua transferência para a rubrica “Resultados transitados”.

Relatório e Contas ’09 19


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

GOVERNO DA SOCIEDADE

A Altri adopta os Regulamentos e Recomendações sobre o Governo das Sociedades


nos termos descritos ao longo deste relatório.

Este relatório, atendendo à circular emitida pela CMVM a 17 de Fevereiro de 2010, foi
elaborado de acordo com o Regulamento da CMVM n.º 1/2007, de 21 de Novembro,
com as alterações introduzidas pelo Regulamento da CMVM n.º 5/2008, de 15 de
Outubro e com o Código de Governo das Sociedades e pretende ser o resumo dos
aspectos fundamentais da gestão da Sociedade no que respeita ao Conselho de
Administração, tendo em conta a necessidade de transparência relativamente a esta
matéria e a premência de comunicação para com os investidores e os destinatários da
informação.

São adicionalmente cumpridos os deveres de informação exigidos pela lei 28/2009, de


19 de Junho, pelos artigos 447º e 448º do Código das Sociedades Comerciais e pelo
Regulamento da CMVM n.º 5/2008.

Relatório e Contas ’09 20


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

0. Declaração de cumprimento

0.1 Indicação do local onde se encontram disponíveis ao público os textos dos códigos
de governo das sociedades aos quais o emitente se encontre sujeito

Este relatório, atendendo à circular emitida pela CMVM a 17 de Fevereiro de 2010, foi
elaborado de acordo com o Regulamento da CMVM n.º 1/2007, de 21 de Novembro,
com as alterações introduzidas pelo Regulamento da CMVM n.º 5/2008, de 15 de
Outubro e com o Código de Governo das Sociedades, disponíveis em www.cmvm.pt.

0.2 Indicação discriminada das recomendações contidas no Código do Governo das


Sociedades da CMVM adoptadas e não adoptadas

A Altri, S.G.P.S., S.A. cumpre com a maioria das recomendações da CMVM relativas ao
Governo das Sociedades como segue:

Não Não
Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades Cumpre
cumpre aplicável
I. ASSEMBLEIA GERAL
I.1. MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
I.1.1 O presidente da mesa da assembleia geral deve dispor de recursos humanos e logísticos de apoio que sejam
adequados às suas necessidades, considerada a situação económica da sociedade. √
I.1.2 A remuneração do presidente da mesa da assembleia deve ser divulgada no relatório anual sobre o governo da
sociedade. √
I.2. PARTICIPAÇÃO NA ASSEMBLEIA
I.2.1 A antecedência do depósito ou bloqueio das acções para a participação em assembleia geral imposta pelos
estatutos não deve ser superior a 5 dias úteis. √
I.2.2 Em caso de suspensão da reunião da assembleia geral, a sociedade não deve obrigar ao bloqueio durante todo o
período até que a sessão seja retomada, devendo bastar-se com a antecedência ordinária exigida na primeira sessão. √
I.3. VOTO E EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO
I.3.1 As sociedades não devem prever qualquer restrição estatutária do voto por correspondência. √
I.3.2 O prazo estatutário de antecedência para a recepção da declaração de voto emitida por correspondência não
deve ser superior a 3 dias úteis. √
I.3.3 As sociedades devem prever, nos seus estatutos, que corresponda um voto a cada acção. √
I.4. QUÓRUM E DELIBERAÇÕES
I.4.1 As sociedades não devem fixar um quórum constitutivo ou deliberativo superior ao previsto por lei. √
I.5. ACTAS E INFORMAÇÃO SOBRE DELIBERAÇÕES ADOPTADAS
I.5.1 As actas das reuniões da assembleia geral devem ser disponibilizadas aos accionistas no sitio Internet da
sociedade no prazo de 5 dias, ainda que não constituam informação privilegiada, nos termos legais, e deve ser mantido
neste sítio um acervo histórico das listas de presença, das ordens de trabalhos e das deliberações tomadas relativas às
reuniões realizadas, pelo menos, nos 3 anos antecedentes. √
I.6. MEDIDAS RELATIVAS A MUDANÇA DO CONTROLO
I.6.1 As medidas que sejam adoptadas com vista a impedir o êxito de ofertas públicas de aquisição devem respeitar os
interesses da sociedade e dos seus accionistas. √
I.6.2 Os estatutos das sociedades que, respeitando o princípio na alínea anterior, prevejam a limitação do número de
votos que possam ser emitidos ou exercidos por um único accionista, de forma individual ou em concertação com
outros accionistas, devem prever igualmente que seja consignado que, pelo menos de cinco em cinco anos será sujeita
a deliberação pela Assembleia Geral a manutenção ou não dessa disposição estatutária – sem requisitos de quórum
agravado relativamente ao legal - e que nessa deliberação se contam todos os votos emitidos sem que aquela
limitação funcione. √
I.6.3 Não devem ser adoptadas medidas defensivas que tenham por efeito provocar automaticamente uma erosão
grave no património da sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de
administração, prejudicando dessa forma a livre transmissibilidade das acções e a livre apreciação pelos accionistas do
desempenho dos titulares do órgão de administração. √

II. ORGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO


II.1. TEMAS GERAIS
II.1.1. ESTRUTURA E COMPETÊNCIA
II.1.1.1 O órgão de administração deve avaliar no seu relatório de governo o modelo adoptado, identificando eventuais
constrangimentos ao seu funcionamento e propondo medidas de actuação que, no seu juízo, sejam idóneas para os
superar. √
II.1.1.2 As sociedades devem criar sistemas internos de controlo, para a detecção eficaz de riscos ligados à actividade
da empresa, em salvaguarda do seu património e em benefício de transparência do seu governo societário. √
II.1.1.3 Os órgãos de administração e fiscalização devem ter regulamentos de funcionamento os quais devem ser
divulgados no sítio na Internet da sociedade. √

Relatório e Contas ’09 21


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Não Não
Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades Cumpre
cumpre aplicável
II.1.2. INCOMPATIBILIDADES E INDEPENDÊNCIA
II.1.2.1 O conselho de administração deve incluir um número de membros não executivos que garanta efectiva
capacidade de supervisão, fiscalização e avaliação da actividade dos membros executivos. √
II.1.2.2 De entre os administradores não executivos deve contar-se um número adequado de administradores
independentes, tendo em conta a dimensão da sociedade e a sua estrutura accionista, que não pode em caso algum
ser inferior a um quarto do número total de administradores. √
II.1.3. ELIGIBILIDADE E NOMEAÇÃO
II.1.3.1 Consoante o modelo aplicável, o presidente do conselho fiscal, da comissão de auditoria ou da comissão para
as matérias financeiras deve ser independente e possuir as competências adequadas ao exercício das respectivas
funções. √
II.1.4. POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES
II.1.4.1 A sociedade deve adoptar uma política de comunicação de irregularidades alegadamente ocorrida no seu seio,
com os seguintes elementos: i) indicação dos meios através dos quais as comunicações de práticas irregulares podem
ser feitas internamente, incluindo as pessoas com legitimidade para receber comunicações; ii) indicação do tratamento
a ser dado às comunicações, incluindo tratamento confidencial, caso assim seja pretendido pelo declarante. √
II.1.4.2 As linhas gerais desta política devem ser divulgadas no relatório sobre o governo das sociedades. √
II.1.5. REMUNERAÇÃO
II.1.5.1 A remuneração dos membros do órgão de administração deve ser estruturada de forma a permitir o
alinhamento dos interesses daqueles como os interesses da sociedade. Neste contexto: i) a remuneração dos
administradores que exerçam funções executivas deve integrar uma componente baseada no desempenho, devendo
tomar por isso em consideração a avaliação de desempenho realizada periodicamente pelo órgão ou comissão
competentes; ii) a componente variável deve ser consistente com a maximização do desempenho de longo prazo da
empresa e dependente da sustentabilidade das variáveis de desempenho adoptadas; iii) quando tal não resulte
directamente de imposição legal, a remuneração dos membros não executivos do órgão de administração deve ser
exclusivamente constituída por uma quantia fixa. √
II.1.5.2 A comissão de remunerações e o órgão de administração devem submeter à apreciação pela assembleia geral
anual de accionistas de uma declaração sobre a política de remunerações, respectivamente, dos órgãos de
administração e fiscalização e dos demais dirigentes na acepção do nº 3 do artigo 248º -B do Código dos Valores
Mobiliários, neste contexto, devem, nomeadamente, ser explicitados aos accionistas os critérios e os principais
parâmetros para a avaliação do desempenho para determinação da componente variável, quer se trate de prémios em
acções, opções de aquisição de acções, bónus anuais ou de outras componentes. √
II.1.5.3 Pelo menos um representante da comissão de remunerações deve estar presente nas assembleias gerais
anuais de accionistas. √
II.1.5.4 Deve ser submetida à assembleia geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de acções, e/ou
de opções de aquisição de acções ou com base nas variações do preço das acções, a membros dos órgãos de
administração, fiscalização e demais dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores
Mobiliários. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correcta do plano. A proposta
deve ser acompanhada do regulamento do plano ou, caso o mesmo ainda não tenha sido elaborado, das condições
gerais a que o mesmo deverá obedecer. Da mesma forma devem ser aprovadas em assembleia geral as principais
características do sistema de benefícios de reforma de que beneficiem os membros dos órgãos de administração,
fiscalização e demais dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários. √
II.1.5.5 A remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização deve ser objecto de divulgação anual
em termos individuais, distinguindo-se, sempre que for caso disso, as diferentes componentes recebidas em termos de
remuneração fixa e de remuneração variável, bem como a remuneração recebida em outras empresas do grupo ou em
empresas controladas por accionistas titulares de participações qualificadas. √
II.2. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
II.2.1 Dentro dos limites estabelecidos por lei para cada estrutura de administração e fiscalização, e salvo por força da
reduzida dimensão da sociedade, o conselho de administração deve delegar a administração quotidiana da sociedade,
devendo as competências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da Sociedade. √
II.2.2 O conselho de administração deve assegurar que a sociedade actua de forma consentânea com os seus
objectivos, não devendo delegar a sua competência, designadamente, no que respeita a: i) definir a estratégia e as
políticas gerais da sociedade; ii) definir a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que devam ser consideradas
estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais. √
II.2.3 Caso o presidente do conselho de administração exerça funções executivas, o conselho de administração deve
encontrar mecanismos eficientes de coordenação dos trabalhos dos membros não executivos, que designadamente
assegurem que estes possam decidir de forma independente e informada, e deve proceder-se à devida explicitação
desses mecanismos aos accionistas no âmbito do relatório sobre o governo da sociedade. √
II.2.4 O relatório anual de gestão deve incluir uma descrição sobre a actividade desenvolvida pelos administradores
não executivos referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados. √
II.2.5. O órgão de administração deve promover uma rotação do membro com o pelouro financeiro, pelo menos no fim
de cada dois mandatos. √
II.3. ADMINISTRADOR DELEGADO, COMISSÃO EXECUTIVA E CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO
II.3.1 Os administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos sociais,
devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles requeridas. √
II.3.2 O presidente da comissão executiva deve remeter, respectivamente, ao presidente do conselho de administração
e, conforme aplicável, ao presidente da conselho fiscal ou da comissão de auditoria, as convocatórias e as actas das
respectivas reuniões. √
II.3.3 O presidente do conselho de administração executivo deve remeter ao presidente do conselho geral e de
supervisão e ao presidente da comissão para as matérias financeiras, as convocatórias e as actas das respectivas
reuniões. √

Relatório e Contas ’09 22


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Não Não
Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades Cumpre
cumpre aplicável
II.4. CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO, COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS, COMISSÃO DE
AUDITORIA E CONSELHO FISCAL
II.4.1 O conselho geral e de supervisão, além do cumprimento das competências de fiscalização que lhes estão
cometidas, deve desempenhar um papel de aconselhamento, acompanhamento e avaliação contínua da gestão da
sociedade por parte do conselho de administração executivo. Entre as matérias sobre as quais o conselho geral e de
supervisão deve pronunciar-se incluem-se: i) o definir a estratégia e as políticas gerais da
sociedade; ii) a estrutura empresarial do grupo; e iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu
montante, risco ou às suas características especiais. √
II.4.2 Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo conselho geral e de supervisão, a comissão para as
matérias financeiras, a comissão de auditoria e o conselho fiscal devem ser objecto de divulgação no sítio da Internet
da sociedade, em conjunto com os documentos de prestação de contas. √
II.4.3 Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo conselho geral e de supervisão, a comissão para as
matérias financeiras, a comissão de auditoria e o conselho fiscal devem incluir a descrição sobre a actividade de
fiscalização desenvolvida referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados. √
II.4.4 A comissão para as matérias financeiras, a comissão de auditoria e o conselho fiscal, consoante o modelo
aplicável, devem representar a sociedade, para todos os efeitos, junto do auditor externo, competindo-lhe,
designadamente, propor o prestador destes serviços, a respectiva remuneração, zelar para que sejam asseguradas,
dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços, bem assim como ser o
interlocutor da empresa e o primeiro destinatário dos respectivos relatórios. √
II.4.5 A comissão para as matérias financeiras, comissão de auditoria e o conselho fiscal, consoante o modelo
aplicável, devem anualmente avaliar o auditor externo e propor à assembleia geral a sua destituição sempre que se
verifique justa causa para o efeito. √
II.5. COMISSÕES ESPECIALIZADAS
II.5.1 Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho de administração e o conselho geral e de
supervisão, consoante o modelo adoptado, devem criar as comissões que se mostrem necessárias para: i) assegurar
uma competente e independente avaliação do desempenho dos administradores executivos e para a avaliação do seu
próprio desempenho global, bem assim como das diversas comissões existentes; ii)
reflectir sobre o sistema de governo adoptado, verificar a sua eficácia e propor aos órgãos competentes as medidas a
executar tendo em vista a sua melhoria. √
II.5.2 Os membros da comissão de remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente aos
membros do órgão de administração. √
II.5.3 Todas as comissões devem elaborar actas das reuniões que realizem. √

III. INFORMAÇÃO E AUDITORIA


III.1. DEVERES GERAIS DE INFORMAÇÃO
III.1.2 As sociedades devem assegurar a existência de um permanente contacto com o mercado, respeitando o
princípio da igualdade dos accionistas e prevenindo as assimetrias no acesso à informação por parte dos investidores.
Para tal deve a sociedade manter um gabinete de apoio ao investidor. √
III.1.3 A seguinte informação disponível no sítio da Internet da sociedade deve ser divulgada em inglês:
a) A firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e os demais elementos mencionados no artigo 171.º do Código
das Sociedades Comerciais;
b) Estatutos;
c) Identidade dos titulares dos órgãos sociais e do representante para as relações com o mercado;
d) Gabinete de Apoio ao Investidor, respectivas funções e meios de acesso;
e) Documentos de prestação de contas;
f) Calendário semestral de eventos societários;
g) Propostas apresentadas para discussão e votação em assembleia geral;
h) Convocatórias para a realização de assembleia geral. √

0.3 Recomendações não adoptadas ou não aplicáveis

As recomendações I.3.2, II.1.1.3, II.1.2.1, II.1.4.1, II.1.4.2, II.1.5.1, II.1.5.2, II.1.5.5 e


II.2.1 e II.2.3 não são adoptadas pela Altri ao passo que as recomendações II.1.2.2,
II.1.5.4, II.2.4, II.3.2, II.3.3 e II.4.1 não são aplicáveis à Altri, conforme apresentado
abaixo:

Recomendações não adoptadas:

 Recomendação I.3.2: O prazo estatutário de antecedência para a recepção de


votos por correspondência é de 5 dias úteis, sendo convicção do Conselho de
Administração que a diferença face ao prazo estipulado no Código de Governo das
Sociedades (3 dias úteis) não é relevante;

 Recomendação II.1.1.3: Os órgãos de fiscalização e de administração da Altri não


possuem regulamentos de funcionamento formalmente aprovados e divulgados no
seu sítio da Internet, no entanto as suas competências estão divulgadas nos
estatutos da Altri a qual tem também um código de conduta aplicável a todos os
colaboradores do Grupo e extensível aos seus órgãos de administração;

Relatório e Contas ’09 23


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

 Recomendação II.1.2.1: O Conselho de Administração eleito em Assembleia Geral


não inclui qualquer membro que possa ser considerado independente nem possui
membros não executivos;

 Recomendação II.1.4.1 e II.1.4.2: Ainda que a política de comunicação de


irregularidades internas não esteja formalmente definida, tendo em consideração a
proximidade dos membros do Conselho de Administração às actividades das
diversas empresas do Grupo e os respectivos colaboradores, a Altri considera que
tal proximidade permite que sempre que sejam detectadas irregularidades as
mesmas sejam prontamente comunicadas ao Conselho de Administração, que
assegura a implementação de procedimento que visa lidar de modo eficaz e justo
com as eventuais irregularidades detectadas. Ao nível das competências na
avaliação de questões éticas e da estrutura e governo societário, tais funções são
exercidas directamente pelo Conselho de Administração, que mantém um debate
constante sobre esta problemática;

 Recomendação II.1.5.1: Os critérios de atribuição da remuneração variável dos


membros do Conselho de Administração não se encontram formalmente definidos.
No entanto, o Conselho de Administração irá propor na Assembleia geral de
aprovação de contas de 2009 a formalização daqueles critérios, reflectindo o seu
alinhamento com os objectivos de médio e longo prazo da Sociedade;

 Recomendação II.1.5.2: A Altri, S.G.P.S., S.A. entende a divulgação dos


parâmetros de cálculo da componente variável da remuneração dos membros do
Conselho de Administração não traz informação relevante para os accionistas,
sendo divulgada no relatório de gestão informação genérica sobre a remuneração
fixa e variável dos administradores;

 Recomendação II.1.5.5: A Altri, S.G.P.S., S.A. divulga no presente capítulo


informação relativa à remuneração fixa e variável dos seus administradores,
entendendo que a divulgação da remuneração individual de cada administrador não
traz informação relevante para os accionistas;

 Recomendações II.2.1 e II.2.3: Todos os administradores da Altri, S.G.P.S., S.A.


são executivos e integram a administração das empresas operacionais.

Recomendações não aplicáveis:

 Recomendações II.1.2.2 e II.2.4: O Conselho de Administração eleito em


Assembleia Geral não possui membros não executivos, pelo que estas
recomendações não são aplicáveis à Altri;

 Recomendação II.1.5.4: A Altri, S.G.P.S., S.A. não tem qualquer plano de atribuição
de acções ou de opções de aquisição de acções aos membros dos órgãos sociais,
nem aos seus trabalhadores, pelo que esta recomendação não é aplicável à Altri;

 Recomendação II.3.2: A Altri não tem uma comissão executiva pelo que esta
recomendação não lhe é aplicável;

Relatório e Contas ’09 24


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

 Recomendações II.3.3 e II.4.1: A Altri não tem conselho geral e de supervisão nem
comissão para as matérias financeiras pelo que estas recomendações não lhe são
aplicáveis.

0.4 Aferição da independência dos membros dos órgãos sociais

Os membros dos órgãos sociais, com excepção do Conselho de Administração, são


considerados independentes, sendo a sua independência aferida no momento da sua
designação pela Altri e confirmada através de declaração expressa dos mesmos.

I. ASSEMBLEIA GERAL

I.1 Mesa da Assembleia Geral

A Assembleia Geral é composta por todos os accionistas com direito de voto, a


quem compete deliberar sobre alterações estatutárias, proceder à apreciação geral
da administração e fiscalização da Altri, deliberar sobre o relatório de gestão e
contas do exercício, proceder à eleição dos corpos sociais de sua competência e,
de uma forma geral, deliberar sobre todos os termos que lhe forem submetidos pelo
Conselho de Administração.

A Mesa da Assembleia Geral eleita para o mandato 2008/2010 é composta pelos


seguintes membros:

o Dr. Pedro Nuno Fernandes de Sá Pessanha da Costa - Presidente

o Dr. Fernando Eugénio Cerqueira Magro Ferreira - Secretário

O Presidente da mesa da Assembleia Geral dispõe de recursos humanos e


logísticos de apoio que sejam adequados às suas necessidades e ao cumprimento
das suas funções, nomeadamente, o apoio e colaboração prestados pelo
secretariado da empresa e pelo Secretário da Sociedade, sendo que a sua
remuneração relativa ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 ascendeu a
5.000 Euros.

I.2 Participação na assembleia


A Altri, previamente a cada Assembleia Geral, e respeitando os prazos legais,
procede a ampla publicitação das datas em que as mesmas ocorrerão, sendo
complementado no site institucional da Altri (www.altri.pt) o aviso da convocatória.

Tem direito a voto o accionista titular de uma acção registada ou depositada em seu
nome em sistema centralizado de valores mobiliários. Os registos ou depósitos
anteriormente referidos e o bloqueio das acções deverão mostrar-se efectuados e
ser comprovados perante a sociedade com a antecedência mínima de cinco dias
relativamente à data para que a reunião da Assembleia Geral foi convocada.

Em caso de suspensão da sessão, as acções deverão ser bloqueadas com uma


antecedência de cinco dias úteis com referência à data em que seja retomada a
sessão.

Relatório e Contas ’09 25


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

I.3 Voto e exercício do direito de voto

A Assembleia Geral é constituída por todos os accionistas com direito a voto,


correspondendo um voto a cada acção.

O voto por correspondência pode ser efectuado nos seguintes termos:


- deverá ser exercido por declaração escrita, com a assinatura devidamente
reconhecida (por notário, advogado ou solicitador), acompanhada de documento
comprovativo da inscrição de acções em nome do accionista e respectiva
imobilização até ao termo do dia da realização da assembleia geral;
- a declaração de se pretender exercer o voto por correspondência e o documento
comprovativo da qualidade de accionista devem ser entregues na sede social, até
às dezassete horas do quinto dia útil anterior ao dia designado para a reunião, com
identificação do remetente, dirigido ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral;
- deverá haver uma declaração de voto para cada ponto da Ordem do Dia para o
qual seja admitido o voto por correspondência e cada declaração de voto deverá
ser enviada em envelope fechado e lacrado, dentro da referida carta, e só poderá
ser aberta pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral no momento da
contagem dos votos, pelo que cada envelope deverá indicar no seu exterior o
ponto da Ordem do Dia a que o voto respeitar;
- os votos emitidos por correspondência valerão como votos negativos em relação
a propostas de deliberação apresentadas ulteriormente à emissão do voto;
- a presença na Assembleia Geral do accionista ou de representante deste será
entendida como revogação do seu voto por correspondência.

Existe um modelo especificamente determinado para o exercício do direito de voto


por correspondência.

Não se encontra para já prevista a possibilidade do exercício de direito de voto por


meios electrónicos.

Os accionistas individuais com direito de voto poderão fazer-se representar por


outro accionista, por cônjuge, ascendente ou descendente, ou por qualquer
membro do Conselho de Administração. As pessoas colectivas que sejam
accionistas da Sociedade serão representadas por quem designarem para o efeito.
As representações mencionadas devem ser comunicadas ao Presidente da Mesa
da Assembleia Geral, por carta entregue na sede social, até às dezassete horas do
quinto dia anterior ao dia designado para a reunião da Assembleia Geral, não
existindo um modelo especificamente determinado para a mesma.

Os accionistas que não forem titulares de um número de acções necessário para


que tenham direito de voto, poderão agrupar-se de forma a perfazer esse número,
devendo designar um só deles que a todos represente na Assembleia Geral.

I.4. Quórum e deliberações

Os estatutos da Altri não contemplam qualquer quórum constitutivo ou deliberativo


superior ao previsto na lei.

Relatório e Contas ’09 26


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

I.5 Actas e informação sobre deliberações adoptadas

As actas das reuniões da Assembleia Geral são disponibilizadas aos accionistas no


sítio Internet da Altri, sendo mantido neste sítio um acervo histórico da principal
informação relativamente a essas reuniões.

I.6 Medidas relativas à mudança de controlo

A Altri não adoptou nenhuma cláusula ou medida defensiva para impedir a livre
transmissibilidade das acções representativas do seu capital social e a livre
apreciação, pelos Accionistas, do desempenho dos titulares do órgão de
Administração.

Tanto quanto é do conhecimento da Altri não foi celebrado nenhum acordo


parassocial relativamente ao exercício de direitos sociais ou à transmissibilidade
das acções nem existe, tanto quanto é do seu conhecimento, qualquer acordo que
vise assegurar ou frustrar o êxito de ofertas públicas de aquisição.

II. ORGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO

II.1 Temas Gerais


II.1.1 Estrutura e competência

Órgãos Sociais

Os órgãos sociais da Altri, S.G.P.S., S.A. são:

 Assembleia Geral, composta por todos os accionistas com direito de voto, a


quem compete deliberar sobre alterações estatutárias, proceder à apreciação
geral da administração e fiscalização da Sociedade, deliberar sobre o relatório
de gestão e contas do exercício, proceder à eleição dos corpos sociais de sua
competência e, de uma forma geral, deliberar sobre todos os termos que lhe
forem submetidos pelo Conselho de Administração;

 Conselho de Administração, composto actualmente por 5 membros, a quem


compete praticar todos os actos de gestão na concretização de operações
inerentes ao seu objecto social, tendo por fim o interesse da Sociedade,
accionistas e trabalhadores. À data deste relatório este órgão era composto
pelos seguintes membros:

o Paulo Jorge dos Santos Fernandes Presidente

o João Manuel Matos Borges de Oliveira Vogal

o Pedro Macedo Pinto de Mendonça Vogal

o Domingos José Vieira de Matos Vogal

o Laurentina da Silva Martins Vogal

Relatório e Contas ’09 27


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

 Conselho Fiscal, designado pela Assembleia Geral, composto por três


membros e um ou dois suplementes, competindo-lhe a fiscalização da
sociedade, bem como a designação de um Revisor Oficial de Contas ou
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. Em 31 de Dezembro de 2009 este
órgão era composto pelos seguintes membros:

o Dr. João da Silva Natária – Presidente

o Dr. Manuel Tiago Alves Baldaque de Marinho Fernandes - Vogal

o Dra. Cristina Isabel Linhares Fernandes – Vogal

o Dr. Joaquim Augusto Soares da Silva – Suplente

 Revisor Oficial de Contas (ou Sociedade de Revisores Oficiais de Contas), a


quem compete proceder ao exame das contas da sociedade. Em 31 de
Dezembro de 2009 esta função era desempenhada pela Deloitte & Associados,
SROC S.A.

Sistema de controlo de riscos

O Conselho de Administração considera que o Grupo se encontra exposto aos


riscos normais decorrentes da sua actividade, nomeadamente ao nível das
unidades operacionais. Assim, os principais riscos a que o Grupo considera estar
sujeito são: Risco de Crédito, Risco de Taxa de Juro, Risco de Taxa de Câmbio e
Risco de variabilidade nos preços de commodities.

Risco de Crédito

À semelhança de qualquer actividade que envolva uma componente comercial, o


Risco de Crédito é um factor primordial tido em consideração pela Administração
nas unidades operacionais. Numa primeira abordagem o risco de crédito é gerido
através de uma análise continuada do rating de crédito de cada um dos clientes,
antecipadamente à sua aceitação, e subsidiariamente, através da adequação dos
prazos concedidos para pagamento. A avaliação do risco de crédito é efectuada
numa base regular, tendo em consideração as condições correntes de conjuntura
económica e a situação específica do crédito de cada uma das empresas, sendo
adoptados procedimentos correctivos sempre que tal se julgue conveniente.

Risco de Taxa de Juro

Tendo em consideração o endividamento a que se encontra exposto o Grupo,


eventuais variações sobre a taxa de juro poderão ter um impacto indesejado sobre
os resultados. Neste sentido, a adequada gestão do risco de taxa de juro leva a que
o Grupo tente optimizar o balanceamento entre o custo da dívida e a exposição à
variabilidade das taxas. Assim, quando se considera ultrapassado o limite desejado
de exposição ao risco de taxa de juro, são contratados swaps de taxa de juro que
cubram a exposição da Empresa ao risco e que atenuem a volatilidade dos seus
resultados.

Relatório e Contas ’09 28


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Risco de Taxa de Câmbio

Efectuando um elevado volume de transacções com entidades não residentes e


fixados em moeda diferente de Euro, a variação de taxa de câmbio poderá ter um
impacto relevante sobre a performance do Grupo. Deste modo, sempre que
considerado necessário para reduzir a volatilidade dos seus resultados, o Grupo
procura efectuar uma cobertura da sua exposição à variabilidade da taxa de câmbio
através da contratação de instrumentos financeiros derivados.

Risco de variabilidade nos preços de commodities

Desenvolvendo a sua actividade num sector que transacciona commodities (pasta


de papel), o Grupo encontra-se particularmente exposto a variações de preço, com
os correspondentes impactos nos seus resultados. No entanto, a inserção nestes
sectores permite-lhe a celebração de contractos de cobertura de variação de preços
de pasta de papel, pelos montantes e valores considerados adequados às
operações previstas, atenuando assim a volatilidade dos seus resultados.

Pelo facto da Altri ter a qualidade de Sociedade Aberta, existe por parte da
Administração e seus colaboradores uma grande atenção no cumprimento dos
deveres de confidencialidade nas relações com terceiros, salvaguardando a
posição da Altri em situações de conflito de interesse.

No que se refere ao seu controlo interno, as empresas operacionais do Grupo Altri


possuem órgãos de controlo de gestão que exercem a sua actividade a todos os
níveis das empresas participadas, elaborando relatórios com periodicidade mensal
para cada Conselho de Administração, isto para além da actividade desenvolvida
pelo Revisor Oficial de Contas e dos auditores externos, que nos termos da lei
exercem funções nas diversas sociedades.

A estrutura e as práticas de governo da Altri não revelaram quaisquer


constrangimentos ao normal funcionamento do Conselho de Administração, nem
tomou este órgão conhecimento da existência de constrangimentos ao
funcionamento de outros órgãos sociais. O Conselho Fiscal exerceu a sua
competência fiscalizadora, tendo recebido o adequado apoio do Conselho de
Administração para esse efeito. O Revisor Oficial de Contas acompanhou o
desenvolvimento da actividade da Sociedade e procedeu aos exames e
verificações por si considerados necessários à revisão e certificação legais das
contas, em interacção com o Conselho Fiscal, e com plena colaboração do
Conselho de Administração. O Conselho de Administração tem vindo a exercer a
sua actividade em diálogo com o Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas,
prestando a colaboração solicitada com transparência e rigor, em observância dos
respectivos regulamentos de funcionamento e das melhores práticas de governo
societário.

II.1.2 Incompatibilidades e independência

O Conselho de Administração eleito em Assembleia Geral não inclui qualquer


membro que possa ser considerado independente nem possui membros não
executivos.

Relatório e Contas ’09 29


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

II.1.3 Elegibilidade e nomeação

Os membros dos vários órgãos sociais da Sociedade são eleitos em Assembleia


Geral para mandatos com duração de três anos.

Como órgão colegial que é, a aferição da independência do Conselho Fiscal é feita


a todos aqueles que o compõem, dada a aplicabilidade do nº 6 do art. 414 do
Código das Sociedades Comerciais, considerando-se independência de acordo
com a definição que é dada nos termos do nº 5 do art. 414 e incompatibilidade de
acordo com a definição do nº 1 do 414-A ambos do Código das Sociedades
Comerciais. Os três elementos que compõem o Conselho Fiscal da sociedade
cumprem assim as regras de incompatibilidade e de independência acima
identificadas.

Relativamente à competência para o exercício de funções a sociedade que todos


os membros possuem competências adequadas ao exercício das respectivas
funções e o Presidente está adequadamente apoiado pelos restantes membros do
Conselho Fiscal.

II.1.4 Política de comunicação de irregularidades

Ainda que a política de comunicação de irregularidades internas não esteja


formalmente definida, tendo em consideração a proximidade dos membros do
Conselho de Administração às actividades das diversas empresas do Grupo e os
respectivos colaboradores, a Altri considera que tal proximidade permite que
sempre que sejam detectadas irregularidades as mesmas sejam prontamente
comunicadas ao Conselho de Administração, que assegura a implementação de
procedimento que visa lidar de modo eficaz e justo com as eventuais
irregularidades detectadas. Ao nível das competências na avaliação de questões
éticas e da estrutura e governo societário, tais funções são exercidas directamente
pelo Conselho de Administração, que mantém um debate constante sobre esta
problemática.

II.1.5 Remuneração

De acordo com os estatutos da Sociedade, os membros dos órgãos sociais terão as


remunerações que forem fixadas pela comissão de remunerações composta por
três elementos, um dos quais será o presidente e terá voto de qualidade, todos
eleitos por deliberação dos accionistas. Adicionalmente o presidente da comissão
de remunerações está presente em todas as reuniões da Assembleia Geral.

Presidente da mesa da Assembleia Geral

A remuneração do Presidente da mesa da Assembleia Geral relativa ao exercício


findo em 31 de Dezembro de 2009 ascendeu a 5.000 Euros.

Relatório e Contas ’09 30


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Conselho de Administração

Os membros do Conselho de Administração não auferem qualquer remuneração


pela Altri, S.G.P.S., S.A. sendo remunerados directamente pelas restantes
sociedades do Grupo Altri onde exercem funções de administração. A remuneração
dos membros do Conselho de Administração não está directamente dependente da
evolução da cotação das acções da Altri no curto prazo.

Não se encontra definida nenhuma política de compensações a atribuir aos


membros do Conselho de Administração em caso de destituição ou cessação
antecipada de contrato.

As remunerações auferidas pelos membros do Conselho de Administração da Altri


durante os exercícios de 2009 e 2008, no exercício das suas funções em empresas
do Grupo foram como segue:

2009 2008

Remuneração fixa 496.513 493.200


Remuneração variável 530.000 540.000
1.026.513 1.033.200

Nos termos do artigo 3º da lei nº 28/2009 de 19 de Junho, bem como nas alíneas
a) e b) do artigo 3º do Regulamento da CMVM n.º 1/2010, informa-se que os
administradores não auferiram durante 2009 qualquer remuneração na Altri,
S.G.P.S., S.A.

A remuneração variável atribuída resulta do desempenho das sociedades que


compõem o Grupo.

Não existem:
- planos ou sistemas de incentivos relacionados com a atribuição de
acções aos membros do Conselho de Administração;
- indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores relativamente à
cessão de funções durante o exercício;
- regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os
administradores;
- benefícios não pecuniários considerados como remuneração.

A Altri, S.G.P.S., S.A. não possui qualquer plano de atribuição de acções ou de


opções de aquisição de acções aos membros dos órgãos sociais, nem aos seus
trabalhadores.

Relatório e Contas ’09 31


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Conselho Fiscal

A remuneração dos membros do Conselho Fiscal é composta por um montante


anual fixo, baseado na situação da Altri e nas práticas correntes de mercado, sendo
que relativamente aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a
remuneração dos membros do Conselho Fiscal foi como segue:

Membro do Conselho Fiscal


2009 2008

João da Silva Natária 8.880 8.880


Manuel Tiago Alves Baldaque de Marinho Fernandes 7.440 7.440
Cristina Isabel Linhares Fernandes 7.440 7.440
23.760 23.760

Auditores

As remunerações pagas aos auditores do Grupo Altri e a outras pessoas colectivas


pertencentes à mesma rede, pelas empresas em relação de domínio ou de grupo
relativos aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, ascenderam a
668.974 Euros e 917.290 Euros, respectivamente, distribuídas da seguinte forma:

2009 2008
Serviços de revisão legal das contas 27,2% 22,5%
Outros serviços de garantia de fiabilidade 45,1% 34,1%
Serviços de consultoria 20,8% 40,5%
Outros serviços 6,9% 2,9%

O Conselho de Administração, na solicitação dos projectos atribuídos aos auditores


das empresas do grupo, assegura, antes da sua adjudicação, que a estes e à sua
respectiva rede não são contratados serviços que, nos termos da Recomendação
da Comissão Europeia nº C (2002) 1873 de 16 de Maio de 2002 possam pôr em
causa a sua independência. Adicionalmente, a independência é salvaguardada pelo
facto dos outros serviços serem prestados por profissionais diferentes dos que
executam os trabalhos de auditoria financeira.

Adicionalmente, o sistema de qualidade do Auditor Externo controla e monitoriza os


riscos potenciais de perda de independência ou de eventuais conflitos de interesse
existentes com a Altri.

II.2 Conselho de Administração

De acordo com os actuais estatutos da Altri, o Conselho de Administração é


constituído por três, cinco, sete ou nove membros, accionistas ou não, eleitos em
Assembleia Geral por períodos de 3 anos, sendo que os actuais membros do
Conselho de Administração foram nomeados para o triénio 2008/2010.

Relatório e Contas ’09 32


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Todos os actuais membros do Conselho de Administração da Altri desempenham


funções executivas e não podem ser considerados independentes de acordo com a
definição do n.º 2 do artigo 1º do Regulamento da CMVM n.º 7/2001.

O Conselho de Administração, eleito em Assembleia Geral, funciona de forma


colegial com as funções de gestão e coordenação das diferentes empresas do
Grupo e é constituído actualmente por um presidente e quatro vogais, exercendo
todos os membros funções executivas.

Competem ao Conselho de Administração os mais amplos poderes de gestão e


representação da sociedade e a realização de todas as operações relativas à
execução do objecto social, nomeadamente:

- Adquirir, alienar e onerar quaisquer bens móveis, designadamente veículos


automóveis e, observados os limites legais, imóveis;
- Adquirir participações sociais noutras sociedades;
- Alienar participações sociais noutras sociedades;
- Tomar e dar de locação quaisquer bens móveis e imóveis;
- Constituir mandatários ou procuradores para a prática de determinados
actos ou categorias de actos, definindo a extensão dos respectivos
mandatos;
- Representar a sociedade em juízo e fora dele activa e passivamente, propor
e fazer seguir acções judiciais, confessá-las e nelas desistir da instância ou
do pedido e transigir, bem como, comprometer-se em árbitros.

Não existe limitação quanto ao número máximo de cargos acumuláveis pelos


administradores em órgãos de administração de outras sociedades, tentando os
membros do Conselho de Administração da Altri fazer parte das administrações
das empresas participadas mais relevantes do grupo, de forma a permitir um mais
próximo acompanhamento das suas actividades.

O Conselho de Administração reúne regularmente, sendo as suas deliberações


válidas apenas quando esteja presente a maioria dos seus membros. Durante o
ano de 2009 o Conselho de Administração da Sociedade reuniu 11 vezes, estando
as correspondentes actas registadas no livro de actas do Conselho de
Administração. Relativamente às reuniões dos Conselhos de Administração das
sociedades participadas dos quais os administradores da Altri também fazem parte,
estas ocorrem com a periodicidade necessária ao adequado acompanhamento das
suas operações.

Relatório e Contas ’09 33


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

A distribuição de pelouros entre os diversos membros do Conselho de


Administração está efectuada do seguinte modo:

Domingos Matos
João Borges Oliveira Paulo Fernandes Pedro Pinto Mendonça
Chief Financial Officer
Laurentina Martins
Chairman
Vogais do C.A.
. .

De um modo geral, os administradores da Altri SGPS, actuando na condição de tal,


centram a sua actividade essencialmente na gestão das participações do Grupo e
na definição das linhas de desenvolvimento estratégico. A gestão diária das
empresas operacionais é realizada pela administração de cada uma das
sociedades, a qual integra igualmente alguns dos administradores da Altri SGPS,
mas igualmente outros administradores com competências e pelouros
especificamente definidos.

Deste modo, e tendo em consideração o desenvolvimento da actividade dos


membros do Conselho de Administração quer na Altri SGPS quer nas diversas
empresas que integram o grupo, o organigrama funcional pode ser apresentado do
seguinte modo:

Altri SGPS

Conselho de Administração:

Paulo Fernandes
João Borges de Oliveira
Pedro Pinto Mendonça
Domingos Matos
Laurentina Martins

Celbi Celulose do Caima Celtejo

Conselho de Administração Conselho de Administração Conselho de Administração

Paulo Fernandes Paulo Fernandes


João Borges de Oliveira Domingos Matos PauloFernandes
Pedro Pinto Mendonça Pedro Pinto Mendonça João Borges de Oliveira
Domingos Matos João Borges de Oliveira Pedro Pinto Mendonça
Francisco Silva Gomes Graham Dewar Agostinho Dolores Ferreira
Agostinho Dolores Ferreira Agostinho Dolores Ferreira Joaquim Ferreira Matos
Joaquim Ferreira Matos Luís Todo Bom

Em 31 de Dezembro de 2009 os actuais membros do Conselho de Administração


eram titulares das seguintes acções da Altri:

Nº de
Nome acções
detidas
Paulo Jorge dos Santos Fernandes 7.000.746
Pedro Macedo Pinto de Mendonça 852.500
Domingos José Vieira de Matos 6.969.716
João Manuel Matos Borges de Oliveira (a) 9.246.660
Laurentina da Silva Martins 0

Relatório e Contas ’09 34


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

(a) 9.246.660 acções correspondem ao total das acções da Altri, S.G.P.S., S.A. detidas pela
sociedade Caderno Azul – SGPS, S.A., da qual o administrador João Manuel Matos Borges
de Oliveira é accionista.

A qualificação profissional dos actuais membros do Conselho de Administração,


actividade profissional desenvolvida e a indicação de outras empresas onde
desempenha funções de administração, é como segue:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes

Foi um dos fundadores da Cofina (Sociedade que deu origem à Altri, por cisão),
tendo estado directamente envolvido na gestão do Grupo desde a sua criação. É
licenciado em Engenharia Electrónica pela Universidade do Porto, tendo
posteriormente concluído um MBA na Universidade de Lisboa. Desempenha
funções nas áreas de media e indústria, bem como na definição estratégica do
Grupo.

Para além das Empresas onde exerce actualmente funções de administração, a


sua experiência profissional inclui:
1982/1984 Adjunto do Director de Produção da CORTAL
1986/1989 Director Geral da CORTAL
1989/1994 Presidente do Conselho de Administração da CORTAL
1995 Administrador da CRISAL - CRISTAIS DE ALCOBAÇA, SA
1997 Administrador do Grupo Vista Alegre, SA
1997 Presidente do Conselho de Administração da ATLANTIS - Cristais de
Alcobaça, SA
2000/2001 Administrador da SIC
2001 Administrador da V.A.A.

Ao longo da sua carreira, desempenhou ainda funções em diversas associações:


1989/1994 Presidente da FEMB (Fédération Européene de Mobilier de Bureau)
para Portugal
1989/1990 Presidente da Assembleia Geral Assoc. Industr. Águeda
1991/1993 Membro do Conselho Consultivo Assoc. Ind. Portuense

As empresas onde desempenha funções de administração em 31 de Dezembro de


2009 são:
- Alteria, S.G.P.S., S.A. (a)
- Altri, S.G.P.S., S.A.
- Caima – Indústria de Celulose, S.A.
- Caminho Aberto, S.G.P.S., S.A. (a)
- Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A.
- Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A.
- Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.
- Cofina Media, S.G.P.S., S.A. (a)
- CPK – Companhia Produtora de Papel Kraftsack, S.A.
- Edisport – Soc. de Publicações, S.A. (a)
- Efe Erre Participações, S.G.P.S., S.A. (a)
- Elege Valor, S.G.P.S., S.A. (a)
- F. Ramada Investimentos, S.G.P.S., S.A. (a)

Relatório e Contas ’09 35


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

- F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de


Armazenagem, S.A. (a)
- F. Ramada II Imobiliária, S.A. (a)
- F. Ramada Serviços de Gestão, Lda. (a)
- F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. (a)
- Invescaima, S.G.P.S., S.A.
- Malva – Gestão Imobiliária, S.A. (a)
- Mediafin – S.G.P.S., S.A. (a)
- Presselivre – Imprensa Livre, S.A. (a)
- Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a)
- Ródão Power, S.A. (a)
- Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. (a)
- Torres da Luz – Investimentos Imobiliários, S.A. (a)

(a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2009, não podem ser consideradas


como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A.

João Manuel Matos Borges de Oliveira

Sendo igualmente um dos fundadores da Cofina (Sociedade que deu origem à


Altri, por cisão), desempenha funções de administração da Empresa desde a sua
constituição. É licenciado em Engenharia Química pela Universidade do Porto,
tendo frequentado uma pós graduação na Universidade Católica de Lisboa e
concluído o MBA do Insead. Desempenha funções nas áreas de media e indústria,
bem como na definição estratégica do Grupo.

Para além das Empresas onde exerce actualmente funções de administração, a


sua experiência profissional inclui:
1982/1983 Adjunto do Director de Produção da Cortal
1984/1985 Director de Produção da Cortal
1987/1989 Director de Marketing da Corta
1989/1994 Director Geral da Cortal
1989/1995 Vice Presidente do Conselho de Administração da Cortal
1989/1994 Administrador da Seldex
1996/2000 Administrador não executivo da Atlantis, S.A.
1997/2000 Administrador não executivo da Vista Alegre, S.A.
1998/1999 Administrador da Efacec Capital, SGPS, S.A.

As empresas onde desempenha funções de administração em 31 de Dezembro de


2009 são:
- Alteria, S.G.P.S., S.A. (a)
- Altri, S.G.P.S., S.A.
- Caderno Azul, S.G.P.S., S.A. (a)
- Caima – Indústria de Celulose, S.A.
- Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A.
- Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A.
- Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.
- Cofina Media, S.G.P.S., S.A. (a)
- Edisport – Soc. de Publicações, S.A. (a)
- Efe Erre Participações, S.G.P.S., S.A. (a)

Relatório e Contas ’09 36


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

- Elege Valor, S.G.P.S., S.A. (a)


- F. Ramada Investimentos, S.G.P.S., S.A. (a)
- F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de
Armazenagem, S.A. (a)
- F. Ramada II Imobiliária, S.A. (a)
- F. Ramada Serviços de Gestão, Lda. (a)
- F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. (a)
- Invescaima, S.G.P.S., S.A.
- Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (a)
- Malva – Gestão Imobiliária, S.A. (a)
- Presselivre – Imprensa Livre, S.A. (a)
- Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a)
- Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. (a)
- Storax Racking Systems, Ltd. (a)
- Zon Multimédia – Serviços de Telecomunicação e Multimédia, S.G.P.S., S.A. (a)

(a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2009, não podem ser consideradas


como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A.

Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Frequentou a Faculdade de Medicina do Porto durante dois anos, detendo a


licenciatura em Mecânica pela Ecole Superiore de L’Etat em Bruxelas. É accionista
da Altri desde a constituição tendo igualmente sido nomeado administrador desde
a mesma data.

Para além das Empresas onde exerce actualmente funções de administração, a


sua experiência profissional inclui:
1959 Director de Abastecimento da Empresa de Metalurgia Artística Lisboa
1965 Director de Produção da Empresa de Metalurgia Artística
1970 Administrador da Seldex e responsável pelo Departamento Comercial
1986 Sócio Fundador da Euroseel
1986/1990 Administrador da Euroseel
1986 Presidente do Conselho de Administração da Seldex
1989 Administrador da Cortal

As empresas onde desempenha funções de administração em 31 de Dezembro de


2009 são:
- Alteria, S.G.P.S., S.A. (a)
- Altri, S.G.P.S., S.A.
- Caima – Indústria de Celulose, S.A.
- Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A.
- Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A.
- Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.
- Cofihold, S.G.P.S., S.A. (a)
- Cofina Media, S.G.P.S., S.A. (a)
- Efe Erre Participações, S.G.P.S., S.A. (a)
- Elege Valor, S.G.P.S., S.A. (a)
- F. Ramada Investimentos, S.G.P.S., S.A. (a)

Relatório e Contas ’09 37


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

- F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de


Armazenagem, S.A. (a)
- F. Ramada II Imobiliária, S.A. (a)
- F. Ramada Serviços de Gestão, Lda. (a)
- F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. (a)
- Malva – Gestão Imobiliária, S.A. (a)
- Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a)
- Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. (a)
- Universal Afir – Aços, Máquinas e Ferramentas, S.A. (a)

(a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2009, não podem ser consideradas


como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A.

Domingos José Vieira de Matos

É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto,


tendo iniciado actividades de gestão em 1978. É accionista da Altri desde a
constituição tendo igualmente sido nomeado administrador desde a mesma data.

Para além das Empresas onde exerce actualmente funções de administração, a


sua experiência profissional inclui:
1978/1994 Administrador da CORTAL, SA
1983 Sócio-Fundador da PROMEDE – Produtos Médicos, S.A.
1998/2000 Administrador da ELECTRO CERÂMICA, S.A.

As empresas onde desempenha funções de administração a 31 de Dezembro de


2009 são:
- Alteria, S.G.P.S., S.A. (a)
- Altri, S.G.P.S., S.A.
- Caima – Indústria de Celulose, S.A.
- Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A.
- Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.
- Efe Erre Participações, S.G.P.S., S.A. (a)
- Elege Valor, S.G.P.S., S.A. (a)
- F. Ramada Investimentos, S.G.P.S., S.A. (a)
- F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de
Armazenagem, S.A. (a)
- F. Ramada II Imobiliária, S.A. (a)
- F. Ramada Serviços de Gestão, Lda. (a)
- F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. (a)
- Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (a)
- Livre Fluxo, S.G.P.S., S.A. (a)
- Malva – Gestão Imobiliária, S.A. (a)
- Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a)
- Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A.
- Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. (a)
- Universal Afir – Aços, Máquinas e Ferramentas, S.A. (a)

(a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2009, não podem ser consideradas


como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A.

Relatório e Contas ’09 38


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Laurentina da Silva Martins

Com formação em Finanças e Administração no Instituto Superior do Porto está


ligada ao grupo Altri desde a sua constituição, sendo que a sua experiência
profissional inclui:
1965 Adjunta da Direcção Financeira da Companhia de Celulose do Caima,
S.A.
1990 Directora Financeira da Companhia de Celulose do Caima, S.A.
2001 Administradora da Cofina Media, SGPS, S.A.
2001 Administradora da Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração
de Energia, S.A.
2004 Administradora da Grafedisport – Impressão e Artes Gráficas, S.A.
2005 Administradora da Silvicaima – Sociedade Silvícola do Caima, S.A.
2006 Administradora da EDP – Produção Bioeléctrica, S.A.
2007 Administradora da Edisport – Sociedade de Publicações, S.A.
2007 Administradora da Metro News – Publicações, S.A.
2008 Administradora da Edirevistas – Sociedade Editorial, S.A.

As empresas onde desempenha funções de administração a 31 de Dezembro de


2009 são:
- Altri, S.G.P.S., S.A.
- Cofina Media, SGPS, S.A. (a)
- Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A.
- Edirevistas – Sociedade Editorial, S.A. (a)
- Edisport – Sociedade de Publicações, S.A. (a)
- Grafedisport – Impressão e Artes Gráficas, S.A. (a)
- Silvicaima – Sociedade Silvícola do Caima, S.A.
- EDP – Produção Bioeléctrica, S.A.
- Metro News – Publicações, S.A. (a)

(a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2009, não podem ser consideradas


como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A.

II.3 Administrador Delegado, Comissão Executiva e Conselho de Administração


Executivo

Não existe qualquer Comissão Executiva com competências em matéria de gestão.


As decisões de gestão são tomadas directamente pelo Conselho de Administração,
no desenrolar normal das suas funções, pelo que se considera ser a constituição de
uma comissão deste tipo desnecessária ao bom funcionamento da sociedade e à
protecção dos interesses dos investidores.

Relatório e Contas ’09 39


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

II.4 Conselho Geral e de Supervisão, Comissão para as matérias financeiras,


Comissão de Auditoria e Conselho Fiscal

A fiscalização da sociedade compete ao Conselho Fiscal ao Revisor Oficial de


Contas, sendo o Conselho Fiscal composto por três membros efectivos e um
suplente. Sob proposta do Conselho Fiscal a Assembleia Geral designa o Revisor
Oficial de Contas para proceder ao exame das contas da sociedade.

Como órgão colegial que é, a aferição da independência do Conselho Fiscal é feita


a todos aqueles que o compõem, dada a aplicabilidade do nº 6 do art. 414 do
Código das Sociedades Comerciais, considerando-se independência de acordo
com a definição que é dada nos termos do nº 5 do art. 414 e incompatibilidade de
acordo com a definição do nº 1 do 414-A ambos do Código das Sociedades
Comerciais. Os três elementos que compõem o Conselho Fiscal da sociedade
cumprem assim as regras de incompatibilidade e de independência acima
identificadas.

Durante o ano de 2009 o Conselho Fiscal da Sociedade reuniu 5 vezes, estando as


correspondentes actas registadas no livro de actas do Conselho Fiscal.

Relativamente à competência para o exercício de funções consideramos que todos


os membros possuem competências adequadas ao exercício das respectivas
funções e o Presidente está adequadamente apoiado pelos restantes membros do
Conselho Fiscal.

No exercício das suas competências e cumprimento dos seus deveres, o Conselho


Fiscal propõe à Assembleia Geral a nomeação do Revisor Oficial de Contas
efectivo e suplente da Sociedade, fiscaliza a sua independência, designadamente,
no tocante à prestação de serviços adicionais e o âmbito dos respectivos serviços e
a revisão de contas aos documentos de prestação de contas da Sociedade. O
Conselho Fiscal reúne sempre que necessário com o Auditor Externo nos termos
das suas atribuições.

Deve ainda representar a Sociedade para todos os efeitos, junto do seu Auditor
Externo, competindo-lhe, designadamente, propor o prestador destes serviços, a
respectiva remuneração e zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa,
as condições adequadas à prestação de serviços.

Os relatórios anuais do Conselho Fiscal sobre a sua actividade desenvolvida são


divulgados no sítio da Internet da sociedade, em conjunto com os documentos de
prestação de contas.

II.5 Comissões especializadas

De acordo com os estatutos da Sociedade, os membros dos órgãos sociais terão as


remunerações que forem fixadas por uma comissão de três elementos, um dos
quais será o presidente e terá voto de qualidade, todos eleitos por deliberação dos
accionistas. A remuneração dos administradores poderá ser certa ou consistir
parcialmente numa percentagem que nunca poderá exceder cinco por cento dos
lucros do exercício.

Relatório e Contas ’09 40


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração entende que a única comissão especializada


imprescindível para fazer às necessidades da Sociedade tendo em conta a sua
dimensão é a Comissão de Remunerações.

De acordo com a Assembleia Geral de Accionistas realizada em 28 de Maio de


2008, foi aprovada a constituição da Comissão de Remunerações para o triénio
2008-2010, composta pelos seguintes elementos:

o Dr. Pedro Nuno Fernandes de Sá Pessanha da Costa – Presidente


o Dr. João da Silva Natária - Vogal
o Dr. Fernando Eugénio Cerqueira Magro Ferreira – Vogal

Nenhum membro desta Comissão é membro do órgão de administração da


Sociedade assim como não o é nenhum dos seus cônjuges, parentes e afins em
linha recta até ao 3º grau, inclusive. É prática da Comissão de Remunerações
fazer-se representar na Assembleia Geral pelo seu Presidente.

Não existem quaisquer outras Comissões formalmente constituídas em


funcionamento na Altri.

III. INFORMAÇÃO E AUDITORIA

III.1 Deveres gerais de informação

Distribuição de dividendos

Tendo sido constituída no decurso do exercício de 2005, a Altri não tem ainda um
longo historial de distribuição de dividendos perfeitamente definido. No entanto, de
acordo com a política definida pelo Conselho de Administração, são propostos
montantes relativos a distribuição de dividendos que tenham como objectivo
proporcionar uma adequada remuneração aos accionistas do capital investido, sem
nunca perder de vista as necessidades de expansão/investimento do Grupo.

Relativamente ao exercício de 2005, foi efectuada uma distribuição de dividendos


no montante de 2.564.146 Euros, correspondendo a um dividendo de 0,05 Euros
por acção para um total de 51.282.918.

Relativamente aos exercícios de 2006 e 2007, foi efectuada uma distribuição de


dividendos no montante de 5.128.292 Euros, correspondendo a um dividendo de
0,05 Euros por acção para um total de 102.565.836.

Relativamente ao exercício de 2008, foi aprovada a não distribuição de quaisquer


dividendos. No que respeita a 2009, o Conselho de Administração propõe
igualmente a não distribuição de quaisquer dividendos.

Relatório e Contas ’09 41


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Negócios entre a sociedade e os membros dos seus órgãos sociais

Durante o exercício de 2009, não foram realizados quaisquer negócios entre a


Sociedade e os membros dos seus órgãos sociais (de administração e de
fiscalização), titulares de participações qualificadas ou sociedades em relação de
domínio ou grupo, que não tenham sido realizados em condições normais de
mercado para operações do mesmo género, e sempre inseridas na actividade
normal da sociedade, de gestão das suas participações financeiras.

Relações com o mercado

Na Altri existe um representante para as relações com o mercado – Dr. Alfredo Luís
Portocarrero Pinto Teixeira, secretário da Sociedade.

Os contactos com vista à obtenção de informações por parte de investidores


poderão ser efectuados pelas seguintes vias:

Rua do General Norton de Matos, 68 – r/c


4050-424 Porto
Telefone: 22 8346502
Fax: 22 8346503
E-mail: aportocarrero@altri.pt

Sempre que necessário, este representante assegura ao mercado a prestação de


toda a informação relevante no tocante a acontecimentos marcantes, factos
enquadráveis como factos relevantes, divulgação trimestral de resultados e
resposta a eventuais pedidos de esclarecimento por parte dos investidores ou
público em geral sobre informação financeira de carácter público.

Adicionalmente, através da sua página oficial na Internet (www.altri.pt), a Altri


disponibiliza informação financeira relativamente à sua actividade individual e
consolidada, bem como das suas empresas participadas. Esta página é igualmente
utilizada pela Altri para divulgação de comunicados efectuados à imprensa com
indicação sobre quaisquer factos relevantes para a vida societária. Nesta página
encontram-se igualmente disponíveis os documentos de prestação de contas da
Altri.

Relatório e Contas ’09 42


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DISPOSIÇÕES LEGAIS

Acções próprias

Nos termos e para os efeitos do disposto no art. º 66 do Código das Sociedades


Comerciais, informa-se que em 31 de Dezembro de 2009 a Altri não detinha acções
próprias, não tendo adquirido ou alienado acções próprias durante o ano.

Acções detidas pelos órgãos sociais da Altri

Nos termos e para os efeitos do disposto no art. 447º do Código das Sociedades
Comerciais informa-se que em 31 de Dezembro de 2009, os administradores da Altri
detinham as seguintes acções:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes 7.000.746


Pedro Macedo Pinto de Mendonça 852.500
Domingos José Vieira de Matos 6.969.716
João Manuel Matos Borges de Oliveira (a) 9.246.660
Laurentina da Silva Martins 0

(a) – 9.246.660 acções correspondem ao total das acções da Altri, S.G.P.S., S.A. detidas pela sociedade
Caderno Azul – S.G.P.S., S.A., da qual o administrador João Manuel Matos Borges de Oliveira é accionista.

Em 31 de Dezembro de 2009, o Revisor Oficial de Contas, os membros do Conselho


Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral não possuíam acções representativas do capital
social da Altri.

Participação no Capital da Sociedade

Nos termos e para os efeitos do disposto nos Artigos 16º e 20º do Código de Valores
Mobiliários e no Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que as
sociedades e/ou pessoas singulares que têm uma participação social qualificada que
ultrapasse os 2%, 5%, 10%, 20%, 33% e 50% dos direitos de voto, e de acordo com as
notificações recebidas na sede da Altri até à data, são como segue:

Acções detidas % directa de


Superior a 2% dos direitos de voto em 31.12.2009 direitos de voto
Bestinver Gestión, SGIIC, S.A. 5.008.862 4,88%
Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira 4.333.340 4,22%

Acções detidas % directa de


Superior a 5% dos direitos de voto em 31.12.2009 direitos de voto
UBS AG, Zurique 9.778.608 9,53%
Caderno Azul, SGPS, S.A. (a) 9.246.660 9,02%
Paulo Jorge dos Santos Fernandes 7.000.746 6,83%
PROMENDO – SGPS S.A. (b) 7.000.000 6,82%
Domingos José Vieira de Matos 6.969.716 6,80%
Ana Rebelo Mendonça Fernandes (c) 6.731.891 6,56%

Relatório e Contas ’09 43


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

(a) 9.246.660 acções correspondem ao total das acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade Caderno
Azul – SGPS, S.A., da qual o administrador João Manuel Matos Borges de Oliveira é accionista;
(b) 7.000.000 de acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade PROMENDO – SGPS, S.A., consideram-
se imputáveis a Ana Rebelo Mendonça Fernandes, sua administradora e accionista, titular de 59,6% do
respectivo capital social;
(c) Consideram-se, igualmente, imputáveis a Ana Rebelo Mendonça Fernandes, para além dos 7.000.000 de
acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade Promendo – SGPS, S.A. já referidos em (b), ainda
1.162.000 de acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade Promendo – Promoções Empresariais, S.A.,
de que é administradora e accionista, titular de 68% do respectivo capital social. Assim, nos termos legais,
consideram-se imputáveis a Ana Rebelo Mendonça Fernandes, um total de 14.893.891 acções,
correspondentes a 14,52% do capital e dos direitos de voto da Altri, SGPS, S.A.

A Altri não foi notificada de quaisquer participações acima de 20% dos direitos de voto.

DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

Os membros do Conselho de Administração da Altri, S.G.P.S., S.A. declaram assumir a


responsabilidade pela presente informação e asseguram que os elementos nela
inscritos são verídicos e que não existem omissões que sejam do seu conhecimento.

Nos termos do art. 21º do Decreto-Lei 411/91, de 17 de Outubro informamos que não
existem dívidas em mora perante o Estado, nomeadamente perante a Segurança
Social.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Não queremos concluir sem expressar o nosso agradecimento, reconhecendo a


dedicação e empenho dos Colaboradores do Grupo Altri. Finalmente, gostaríamos de
expressar a nossa gratidão pela colaboração prestada pelos restantes Órgãos Sociais, a
qual é extensiva às Instituições Bancárias que connosco se relacionaram.

Porto, 15 de Abril de 2010

O Conselho de Administração

Paulo Jorge dos Santos Fernandes – Presidente

João Manuel Matos Borges de Oliveira

Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Domingos José Vieira de Matos

Laurentina da Silva Martins

Relatório e Contas ’09 44


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais e Artigo 14.º n.º 7 do


Regulamento da CMVM n.º 05/2008
Divulgação de acções e outros títulos detidos por membros do Conselho de Administração e
por Dirigentes, bem como por pessoas com estes estreitamente relacionadas, nos termos do
Artigo 248.º B do Código dos Valores Mobiliários, e de transacções sobre os mesmos
efectuados no decurso do exercício

Paulo Jorge dos Santos Fernandes


Data Natureza Volume Preço (€) Local Saldo Final
31-Dez-08 - - - - 6.645.746
21-Abr-09 Compra 34.000 2,053618 Euronext Lisbon 6.679.746
22-Abr-09 Compra 10.000 2,072341 Euronext Lisbon 6.689.746
23-Abr-09 Compra 15.000 2,066942 Euronext Lisbon 6.704.746
24-Abr-09 Compra 11.000 2,069934 Euronext Lisbon 6.715.746
10-Jun-09 Compra 5.000 2,334000 Euronext Lisbon 6.720.746
11-Jun-09 Compra 50.000 2,325061 Euronext Lisbon 6.770.746
12-Jun-09 Compra 45.000 2,343455 Euronext Lisbon 6.815.746
13-Ago-09 Compra 20.000 2,500800 Euronext Lisbon 6.835.746
14-Ago-09 Compra 30.000 2,605300 Euronext Lisbon 6.865.746
01-Set-09 Compra 50.000 3,005065 Euronext Lisbon 6.915.746
02-Set-09 Compra 20.000 2,914724 Euronext Lisbon 6.935.746
08-Set-09 Compra 50.000 3,436870 Euronext Lisbon 6.985.746
09-Set-09 Compra 15.000 3,548353 Euronext Lisbon 7.000.746 31-Dez-09

Pedro Macedo Pinto de Mendonça


Data Natureza Volume Preço (€) Local Saldo Final
31-Dez-08 - - - - 852.500 31-Dez-09

Domingos José Vieira de Matos


Data Natureza Volume Preço (€) Local Saldo Final
31-Dez-08 - - - - 6.969.716 31-Dez-09

João Manuel Matos Borges de Oliveira (imputação via CADERNO AZUL - SGPS, S.A.)
Data Natureza Volume Preço (€) Local Saldo Final
31-Dez-08 - - - - 9.246.660 31-Dez-09

Relatório e Contas ’09


Declaração nos termos do Art.º 245, 1, al. c) do Código de Valores Mobiliários

Os signatários individualmente declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o


Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeiras individuais preparadas de acordo
com os Princípios Contabilísticos Geralmente aceites em Portugal e as Demonstrações
Financeiras consolidadas elaboradas em conformidade com as Normas Internacionais de
Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia, bem como os demais
documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento dão uma imagem
verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, do activo e do
passivo, da situação financeira e do resultado consolidado e individual da Altri, SGPS,
S.A. (“Altri”) em 31 de Dezembro de 2009 e que o Relatório de Gestão expõe fielmente
a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Altri e das empresas incluídas
no perímetro da consolidação e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas
com que se defrontam.

Porto, 15 de Abril de 2010

Paulo Jorge dos Santos Fernandes – Presidente


Presidente do Conselho de Administração

João Manuel Matos Borges de Oliveira


Vogal do Conselho de Administração

Pedro Macedo Pinto de Mendonça


Vogal do Conselho de Administração

Domingos José Vieira de Matos


Vogal do Conselho de Administração

Laurentina da Silva Martins


Vogal do Conselho de Administração
ALTRI, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

ACTIVO Notas 31.12.2009 31.12.2008


ACTIVOS NÃO CORRENTES:
Activos biológicos 10 80.486.847 75.879.431
Activos fixos tangíveis 7 525.137.385 473.140.189
Diferenças de consolidação 8 269.401.310 269.323.108
Activos intangíveis 9 290.122 538.237
Investimentos em empresas associadas 4.2 10.509.914 17.909.611
Investimentos disponíveis para venda 4.3 e 6 714.354 780.330
Outros activos não correntes 17 694.667 397.414
Activos por impostos diferidos 11 18.063.845 10.983.234
Total de activos não correntes 905.298.444 848.951.554

ACTIVOS CORRENTES:
Inventários 10 37.887.922 57.613.288
Clientes 6 e 12 69.602.593 57.819.150
Outras dívidas de terceiros 6 e 13 6.982.879 14.749.641
Estado e outros entes públicos 14 15.643.774 24.418.762
Outros activos correntes 15 6.548.231 10.127.859
Instrumentos financeiros derivados 6 e 27 - 12.546.735
Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados 4.4 e 6 602.670 747.450
Caixa e equivalentes de caixa 6 e 16 80.261.966 74.300.279
217.530.035 252.323.164
Activos classificados como detidos para venda ou em descontinuação 4.5 695.758 13.576.029
Total de activos correntes 218.225.793 265.899.193

Total do activo 1.123.524.237 1.114.850.747

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 31.12.2009 31.12.2008

CAPITAL PRÓPRIO:
Capital social 18 25.641.459 25.641.459
Reserva legal 18 2.862.981 1.630.523
Outras reservas 18 40.079.391 54.156.623
Resultado líquido consolidado do exercício (10.910.016) 4.668.149
Total do capital próprio atribuível aos accionistas da Empresa-Mãe 57.673.815 86.096.754

Interesses minoritários 19 109.371 283.991

Total do capital próprio 57.783.186 86.380.745

PASSIVO:
PASSIVO NÃO CORRENTE:
Empréstimos bancários 6 e 20 149.913.243 150.015.292
Outros empréstimos 6 e 20 612.519.785 521.270.017
Outros credores não correntes 6 e 22 339.766 491.190
Outros passivos não correntes 6 e 23 24.101.086 1.513.306
Passivos por impostos diferidos 11 981.007 3.914.691
Provisões 21 2.424.509 5.107.335
Total de passivos não correntes 790.279.396 682.311.831

PASSIVO CORRENTE:
Empréstimos bancários 6 e 20 46.559.986 51.886.464
Outros empréstimos 6 e 20 109.171.440 110.996.123
Fornecedores 6 e 24 65.999.089 58.901.992
Outras dívidas a terceiros 6 e 25 10.779.891 70.905.701
Estado e outros entes públicos 14 3.806.882 3.062.921
Outros passivos correntes 26 20.755.541 38.487.310
Instrumentos financeiros derivados 6 e 27 18.213.114 6.059.446
275.285.943 340.299.957
Passivos associados a activos classificados como detidos para venda ou em descontinuação 4.5 175.712 5.858.214
Total de passivos correntes 275.461.655 346.158.171

Total do passivo e capital próprio 1.123.524.237 1.114.850.747

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Conselho de Administração
ALTRI, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS


PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2009 31.12.2008

Unidades operacionais em continuação

Vendas 37 272.739.290 253.154.116


Prestações de serviços 37 2.911.100 2.325.100
Outros proveitos 33 33.958.596 24.694.996
Custo das vendas 10 (112.017.763) (79.542.865)
Fornecimento de serviços externos 30.1 (109.012.032) (86.636.886)
Custos com o pessoal 32 e 38 (33.392.309) (30.924.372)
Amortizações e depreciações 7e9 (38.911.128) (28.820.774)
Provisões e perdas por imparidade 21 (928.327) (5.822.688)
Outros custos 34 (2.759.800) (8.717.661)
Resultados relativos a activos classificados como detidos para venda - (251.693)
Resultados relativos a empresas associadas 4.2 e 35 (242.000) (1.074.707)
Resultados relativos a outros investimentos 35 109.236 (520.597)
Custos financeiros 35 (29.855.579) (46.375.356)
Proveitos financeiros 35 4.669.540 10.775.865
Resultado antes de impostos (12.731.176) 2.262.478

Impostos sobre o rendimento 11 766.170 1.894.609


Resultado depois de impostos (11.965.006) 4.157.087

Atribuível a:
Detentores de capital próprio da empresa-mãe 36 (11.932.959) 4.109.378
Interesses minoritários 19 (32.047) 47.709

Unidades operacionais em descontinuação

Resultado do exercício de unidades operacionais em descontinuação 4.5 e 5 1.022.943 558.771

Atribuível a:
Detentores de capital próprio da empresa-mãe 4.5 e 5 1.022.943 558.771
Interesses minoritários - -

Resultado líquido consolidado do exercício (10.942.063) 4.715.858

Atribuível a:
Detentores de capital próprio da empresa-mãe 36 (10.910.016) 4.668.149
Interesses minoritários 19 (32.047) 47.709
(10.942.063) 4.715.858

Resultados por acção


Operações em continuação
Básico 36 (0,12) 0,04
Diluído 36 (0,12) 0,04

Operações em continuação e em descontinuação


Básico 36 (0,11) 0,05
Diluído 36 (0,11) 0,05

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Conselho de Administração
ALTRI, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DO RENDIMENTO INTEGRAL


PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2009 31.12.2008

Resultado líquido consolidado do exercício (10.942.063) 4.715.858

Variação nas reservas de conversão cambial - (195.568)


Variação no justo valor dos derivados de cobertura dos fluxos de caixa 27 (17.500.081) 8.225.583

Outro rendimento integral do exercício (17.500.081) 8.030.015

Total do rendimento integral consolidado do exercício (28.442.144) 12.745.873

Atribuível a:
Accionistas da Empresa-Mãe (28.410.097) 12.698.164
Interesses Minoritários 19 (32.047) 47.709

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Conselho de Administração
ALTRI, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO


PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

Atribuível aos accionistas da Empresa-Mãe


Outras reservas
Outras reservas e
Reserva Reservas de Reservas de resultados Total Outras Resultado Interesses Total do capital
Notas Capital social legal cobertura conversão transitados reservas líquido Total minoritários próprio

Saldo em 1 de Janeiro de 2008 25.641.459 1.527.560 (931.402) (373.328) 56.943.872 55.639.142 35.193.702 118.001.863 274.494 118.276.357
Aplicação do resultado consolidado de 2007:
Transferência para reserva legal e resultados transitados - 102.963 - - 29.962.447 29.962.447 (30.065.410) - - -
Dividendos distribuídos - - - - - - (5.128.292) (5.128.292) - (5.128.292)
Outros - - - - (348) (348) - (348) - (348)
Cisão F. Ramada 5 - - - 568.896 (40.043.529) (39.474.633) - (39.474.633) - (39.474.633)
Aquisição de participação adicional na Celtejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A. 5 - - - - - - - - (38.212) (38.212)
Total do rendimento integral consolidado do exercício - - 8.225.583 (195.568) - 8.030.015 4.668.149 12.698.164 47.709 12.745.873
Saldo em 31 de Dezembro de 2008 25.641.459 1.630.523 7.294.181 - 46.862.442 54.156.623 4.668.149 86.096.754 283.991 86.380.745

Saldo em 1 de Janeiro de 2009 25.641.459 1.630.523 7.294.181 - 46.862.442 54.156.623 4.668.149 86.096.754 283.991 86.380.745
Aplicação do resultado consolidado de 2008:
Transferência para reserva legal e resultados transitados - 1.232.458 - - 3.435.691 3.435.691 (4.668.149) - - -
Outros - - - - (12.842) (12.842) - (12.842) - (12.842)
Aquisição de participação adicional na Celtejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A. 5 - - - - - - - - (142.573) (142.573)
Total do rendimento integral consolidado do exercício - - (17.500.081) - - (17.500.081) (10.910.016) (28.410.097) (32.047) (28.442.144)
Saldo em 31 de Dezembro de 2009 25.641.459 2.862.981 (10.205.900) - 50.285.291 40.079.391 (10.910.016) 57.673.815 109.371 57.783.186

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Conselho de Administração
ALTRI , SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA


PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2009 2008

Actividades operacionais:
Recebimentos de clientes 293.306.993 314.653.759
Pagamentos a fornecedores (200.437.931) (208.830.728)
Pagamentos ao pessoal (30.244.953) (33.101.347)
Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional 19.618.464 (19.221.783)
Impostos sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas 369.637 82.612.210 (4.586.460) 48.913.441
Fluxos gerados pelas actividades operacionais (1) 82.612.210 48.913.441

Actividades de investimento:
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 41 - 21.682.699
Activos fixos tangíveis 2.321.315 1.944.083
Empréstimos concedidos - 21.640.843
Subsídios ao investimento 4.281.035 83.849
Juros e proveitos similares 5.234.207 11.836.557 10.543.510 55.894.984
Pagamentos relativos a:
Investimentos financeiros 41 (5.041.089) (8.659.281)
Activos intangíveis (65.171) (107.117)
Activos fixos tangíveis (114.565.558) (245.764.240)
Activos biológicos (13.372.438) (133.044.256) (11.727.778) (266.258.416)
Fluxos gerados pelas actividades de investimento (2) (121.207.699) (210.363.432)

Actividades de financiamento:
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 145.829.071 145.829.071 375.033.065 375.033.065
Pagamentos respeitantes a:
Amortização de contratos de locação financeira (48.519) (167.168)
Juros e custos similares (40.963.632) (40.527.407)
Dividendos distribuídos - (5.128.292)
Empréstimos obtidos (61.612.028) (102.624.179) (180.582.847) (226.405.714)
Fluxos gerados pelas actividades de financiamento (3) 43.204.892 148.627.351

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 16 73.023.397 125.514.513


Efeito de variação de perímetro - (39.668.476)
Variação de caixa e seus equivalentes: (1)+(2)+(3) 4.609.403 (12.822.640)
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 16 77.632.800 73.023.397

O Anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Conselho de Administração
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Altri, SGPS, S.A. (“Altri” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 1 de Março de 2005, com
sede na Rua General Norton de Matos, 68, r/c no Porto e que tem como actividade principal a gestão de
participações sociais, sendo as suas acções cotadas na Euronext Lisbon.

A Altri foi constituída no âmbito do projecto de reestruturação da Cofina, SGPS, S.A. através da cisão
representativa de 97,23% da participação social detida por aquela sociedade na Celulose do Caima, SGPS,
S.A., na modalidade de cisão-simples prevista na alínea a) do n.º 1 do art. 118º do Código das Sociedades
Comerciais. A data relevante para produção de efeitos contabilísticos e jurídicos da referida cisão foi 1 de
Março de 2005.

Em 16 de Abril de 2008 concretizou-se um processo de reorganização empresarial, que envolveu a cisão da


participação social detida na F. Ramada – Aços e Indústrias, S.A., representativa da totalidade dos direitos de
voto dessa empresa participada, na modalidade de cisão-simples prevista na alínea a) do n.º 1 do art. 118º do
Código das Sociedades Comerciais, para constituição de uma nova sociedade – a F. Ramada – Investimentos,
SGPS, S.A. (“Ramada Investimentos”). Com este processo foi destacada para a Ramada Investimentos a
parcela do património da Empresa correspondente à unidade de negócio de gestão de participações no sector
dos aços e sistemas de armazenagem, incluindo todos os demais recursos (designadamente pessoas, activos
e passivos) afectos ao respectivo exercício, cuja data relevante para produção de efeitos contabilísticos e
jurídicos foi 1 de Junho de 2008.

Actualmente a Altri dedica-se à gestão de participações sociais essencialmente na área industrial, sendo a
empresa-mãe do grupo de empresas indicado na Nota 4 e designado por Grupo Altri. A actividade actual do
Grupo Altri centra-se na produção de pasta de papel branqueada de eucalipto através de três unidades
produtivas (a Celbi na Figueira da Foz, a Caima em Constância do Ribatejo e a Celtejo em Vila Velha de
Ródão).

Face a esta realidade do Grupo Altri, o seu Conselho de Administração entende que apenas existe um
segmento de negócio (Produção e comercialização de pasta de papel branqueada de eucalipto) sendo que a
principal informação de gestão é também analisada nesse pressuposto, pelo que a informação por segmentos
referida na Nota 37 se encontra limitada por estes factos.

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Altri são apresentadas em Euros em valores


arredondados à unidade, sendo esta a divisa utilizada pelo Grupo nas suas operações e como tal considerada
a moeda funcional. As operações das sociedades estrangeiras cuja moeda funcional não seja o Euro são
incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com a política estabelecida na Nota 2.2.d).

-1-
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas


anexas são as seguintes:

2.1 BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das


operações a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação, ajustados no
processo de consolidação de modo a que as demonstrações financeiras consolidadas estejam de acordo com
as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas pela União Europeia, em vigor para
exercícios económicos iniciados em 1 de Janeiro de 2009) e tomando por base o custo histórico, excepto para
determinados instrumentos financeiros, que se encontram registados pelo justo valor. Devem entender-se
como fazendo parte daquelas normas, as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – International
Financial Reporting Standards) emitidas pelo International Accounting Standard Board (“IASB”), as Normas
Internacionais de Contabilidade (“IAS”), emitidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”)
e respectivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas, respectivamente, pelo International Financial Reporting
Interpretation Committee (“IFRIC”) e pelo Standing Interpretation Committee (“SIC”), que tenham sido
adoptadas pela União Europeia. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão
designados genericamente por “IAS/IFRS”.

As demonstrações financeiras intercalares são apresentadas de acordo com as normas e formatos impostos
pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.

Novas normas contabilísticas e seu impacto nas demonstrações financeiras consolidadas anexas:

(i) As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões foram aprovadas (“endorsed”) pela União
Europeia até à data de aprovação destas demonstrações financeiras consolidadas, algumas das quais
entraram em vigor no exercício findo em 31 de Dezembro de 2009:

Data de eficácia
(exercícios iniciados
Norma/Interpretação em ou após)
NOVAS NORMAS E INTERPRETAÇÕES:
IFRS 8 – Segmentos operacionais 1-Jan-09 A IFRS 8 substitui a IAS 14, redefinindo os
segmentos relatáveis e a informação a
relatar sobre os mesmos.

IFRIC 13 – Programas de fidelização 1-Jul-08 Esta interpretação esclarece que os bónus


de clientes atribuídos a clientes como parte de uma
transacção de venda são registados como
uma componente separada da transacção.

REVISÕES:
IAS 1 – Apresentação de 1-Jan-09 Esta revisão introduz alterações de
demonstrações financeiras (Revisão terminologia, incluindo novas designações
de 2007) para as peças das demonstrações
financeiras, assim como alterações ao nível
do formato e conteúdo de tais peças.

IAS 23 – Custos de empréstimos 1-Jan-09 Esta revisão introduz a obrigatoriedade de


obtidos (Revisão de 2007) capitalização dos custos de empréstimos
relacionados com activos que se qualificam
para tal.

-2-
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

Data de eficácia
(exercícios iniciados
Norma/Interpretação em ou após)

EMENDAS:
IFRS 1 – Adopção pela primeira vez 1-Jan-09 Estas emendas referem-se à mensuração
das normas internacionais de relato do custo dos investimentos na adopção
financeiro / IAS 27 – Demonstrações inicial das IFRS e ao reconhecimento do
financeiras consolidadas e separadas rendimento de dividendos provenientes de
(Emendas) subsidiárias, nas demonstrações financeiras
da empresa-mãe.

IFRS 2 – Pagamento com base em 1-Jan-09 Estas emendas clarificam a definição de


acções (Emendas) condições de atribuição (vesting conditions
e non-vesting conditions) e o tratamento de
cancelamentos.

IFRS 7 – Instrumentos financeiros: 1-Jan-09 Estas emendas alargam as divulgações


divulgações (Emendas) requeridas relativamente ao justo valor de
instrumentos financeiros e ao risco de
liquidez.

IAS 1 – Apresentação de 1-Jan-09 Estas emendas clarificam a classificação e


demonstrações financeiras / IAS 32 – a apresentação de instrumentos financeiros
Instrumentos financeiros: com uma opção put.
apresentação (Emendas)

IAS 39 – Instrumentos financeiros: 1-Jul-08 Estas emendas permitem, em condições


reconhecimento e mensuração limitadas, a reclassificação de instrumentos
(Emendas) financeiros não derivados das categorias de
justo valor por resultados e de disponíveis
para venda para outras categorias.

Melhoramentos das normas Várias (usualmente 1- Este processo envolveu a revisão de 32


internacionais de relato financeiro – Jan-09 normas contabilísticas.
2007

O efeito nas demonstrações financeiras do Grupo Altri do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009,
decorrente da adopção e aplicação das normas e interpretações, revisões e emendas acima referidas, não foi
significativo, com excepção da entrada em vigor das alterações à IAS 1 e que introduziu alterações de
terminologia assim como alterações ao nível do formato e conteúdo das demonstrações financeiras, pelo facto
das políticas contabilísticas adoptadas já serem consistentes com algumas das novas normas.

O IFRS 8 substituiu a anterior IAS 14, no entanto não implicou uma redefinição dos segmentos relatáveis do
Grupo Altri, uma vez que conforme indicado na Nota Introdutória apenas existe uma segmento de negócio
(Produção e comercialização de pasta de papel branqueada de eucalipto) sendo que o reporte interno de
informação à gestão é efectuado nesse pressuposto.

(ii) As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, foram, até à data de aprovação destas
demonstrações financeiras, aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, mas têm aplicação obrigatória
apenas em exercícios económicos futuros:

Data de eficácia
(exercícios iniciados
Norma/Interpretação em ou após)
NOVAS NORMAS E INTERPRETAÇÕES:
IFRIC 12 – Acordos de concessão de 1-Jan-10 Esta interpretação, aplicável a concessões do
serviços tipo público-para-privado, enquadra o

-3-
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

Data de eficácia
(exercícios iniciados
Norma/Interpretação em ou após)
operador como prestador de serviços e
introduz regras de reconhecimento por parte
do operador do rédito de construção e de
operação de infraestruturas e sua
mensuração.

IFRIC 15 – Acordos para a construção 1-Jan-10 Esta interpretação clarifica as condições


de imóveis necessárias para enquadrar o
reconhecimento do rédito proveniente da
construção de imóveis no âmbito da IAS 11
– Contratos de construção ou no âmbito da
IAS 18 – Rédito.

IFRIC 16 – Coberturas de um 1-Jul-09 Esta interpretação fornece orientações


investimento líquido numa unidade sobre a contabilidade de cobertura de um
operacional estrangeira investimento líquido numa unidade
operacional estrangeira.

IFRIC 18 – Transferências de activos Transferências Esta interpretação fornece orientações


provenientes de clientes efectuadas em ou sobre a contabilização pelos operadores de
após 1-Jul-09 activos fixos tangíveis provenientes de
clientes”.

REVISÕES:
IFRS 1 – Adopção pela primeira vez 1-Jan-10 Esta revisão reflecte as várias alterações
das normas internacionais de relato ocorridas desde a primeira versão desta
financeiro (Revisão de 2008) norma.

IFRS 3 – Concentrações de 1-Jul-09 Esta revisão introduz alterações: (a) na


actividades empresariais / IAS 27 – mensuração dos interesses sem controlo
Demonstrações financeiras (anteriormente designados interesses
consolidadas e separadas (Revisão de minoritários); (b) no reconhecimento e
2008) mensuração subsequente de pagamentos
contingentes; (c) no tratamento dos custos
directos relacionados com a concentração; e
(d) no registo de transacções de compra de
interesses em entidades já controladas e de
venda de interesses das quais não resulte a
perda de controlo sobre a entidade.

EMENDAS:
IAS 39 – Instrumentos financeiros: 1-Jul-09 Estas emendas clarificam alguns aspectos
reconhecimento e mensuração da contabilidade de cobertura,
(Emendas) nomeadamente: (i) a identificação da
inflação como um risco coberto e (ii) a
cobertura com opções.

IFRIC 9 – Reavaliação de derivados Exercícios acabados Estas emendas clarificam as circunstâncias


embutidos / IAS 39 – Instrumentos em ou iniciados em que é permitida a reapreciação
financeiros: reconhecimento e após 30-Jun-09 subsequente da obrigatoriedade de
mensuração (Emendas) separação de um derivado embutido.

-4-
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

Estas normas apesar de aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, não foram adoptadas pelo Grupo Altri
no exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, em virtude da sua aplicação não ser ainda obrigatória. Não
são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras, decorrentes da adopção das mesmas.

As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adoptados pelo Grupo Altri a 31 de Dezembro de 2009
são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de
2008.

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em


Assembleia Geral de Accionistas. O Conselho de Administração do Grupo entende que as mesmas serão
aprovadas sem alterações.

2.2 PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO

Os princípios de consolidação adoptados pelo Grupo Altri na preparação das suas demonstrações financeiras
consolidadas são os seguintes:

a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo

As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo Altri detenha, directa ou indirectamente, mais
de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou detenha o poder de controlar as suas
políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), são incluídas nas
demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o
resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas são
apresentados separadamente na demonstração da posição financeira consolidada e na demonstração dos
resultados consolidada nas rubricas “Interesses minoritários”. As empresas incluídas nas demonstrações
financeiras pelo método de consolidação integral encontram-se detalhadas na Nota 4.1.

Quando os prejuízos atribuíveis aos accionistas minoritários excedem o interesse minoritário no capital
próprio da filial, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os
accionistas minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial
subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos
prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada.

Nas concentrações empresariais ocorridas após a data de transição para as Normas Internacionais de
Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia – IFRS 1 (1 de Janeiro de 2004), os activos e
passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição conforme estabelecido pelo
IFRS 3 – “Concentrações de actividades empresariais”. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao
justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como diferença de consolidação
positiva. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor de activos e passivos líquidos
adquiridos (incluindo passivos contingentes) seja negativo, o mesmo é reconhecido como proveito do
exercício após reconfirmação do justo valor atribuído. Os interesses de accionistas minoritários são
apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados.

Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações de
resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda, respectivamente.

Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para
adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos
distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação.

Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim
específico (“Special Purpose Entities” – SPE’s), ainda que não possua participações de capital
directamente ou indirectamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de
consolidação integral.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

b) Investimentos financeiros em empresas associadas

Os investimentos financeiros em empresas associadas (entendendo o Grupo como tal as empresas onde
exerce uma influência significativa mas em que não detém o controlo ou o controlo conjunto das mesmas
através da participação nas decisões financeiras e operacionais da empresa - geralmente investimentos
representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência
patrimonial.

De acordo com o método da equivalência patrimonial, os investimentos financeiros em empresas


associadas são inicialmente contabilizados pelo custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido do valor
correspondente à proporção dos capitais próprios dessas empresas, reportados à data de aquisição ou da
primeira aplicação do método da equivalência patrimonial. As participações financeiras são posteriormente
ajustadas anualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das associadas por
contrapartida de ganhos ou perdas do exercício. Adicionalmente, os dividendos destas empresas são
registados como uma diminuição do valor do investimento, e a parte proporcional nas variações dos
capitais próprios é registada como uma variação do capital próprio do Grupo.

As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da associada
na data de aquisição, se positivas, são reconhecidas como diferenças de consolidação e mantidas no valor
da rubrica “Investimentos em empresas associadas”. Se essas diferenças forem negativas, após
reconfirmação do justo valor atribuído, são registadas como proveito do exercício na rubrica “Resultados
relativos a empresas associadas”.

É efectuada uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo
possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrem
existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir são
objecto de reversão.

Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o
investimento se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo, excepto quando o Grupo
tenha assumido compromissos para com a associada, registando nesses casos uma provisão para fazer
face a essas obrigações.

Os ganhos não realizados em transacções com empresas associadas são eliminados proporcionalmente
ao interesse do Grupo na associada por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas
não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que
o activo transferido esteja em situação de imparidade.

Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se detalhados na Nota 4.2.

c) Diferenças de consolidação

Nas concentrações de actividades empresariais, as diferenças entre o custo de aquisição dos


investimentos em empresas do Grupo e associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis
dessas empresas à data da sua aquisição, se positivas, são registadas na rubrica do activo “Diferenças de
consolidação” ou mantidas na rubrica “Investimentos em empresas associadas”, consoante se refiram a
empresas do Grupo ou a empresas associadas. As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos
em filiais sedeadas no estrangeiro e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas filiais à data
da sua aquisição, encontram-se registadas na moeda funcional dessas filiais, sendo convertidas para a
moeda de reporte do Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data da demonstração da posição
financeira. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica de capitais próprios
“Reserva de conversão”.

As diferenças de consolidação transferidas por cisão (Nota Introdutória) originadas em aquisições


anteriores a 1 de Janeiro de 2004 foram mantidas pelos valores apresentados de acordo com os princípios
contabilísticos geralmente aceites em Portugal a essa data, e objecto de testes de imparidade, sendo os
impactos desses ajustamentos registados na rubrica “Outras reservas”, em conformidade com as
disposições constantes da IFRS 1 – “Adopção pela primeira vez das IFRS”. No caso de filiais estrangeiras,
as diferenças de consolidação foram reexpressas na moeda funcional de cada filial, retrospectivamente.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

O valor das diferenças de consolidação não é amortizado, sendo testado anualmente para verificar se
existem perdas por imparidade. As perdas por imparidade das diferenças de consolidação constatadas no
exercício são registadas na demonstração de resultados do exercício na rubrica “Provisões e perdas por
imparidade”. As perdas por imparidade relativas a diferenças de consolidação não são revertidas.

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e associadas e o justo
valor dos activos e passivos identificáveis (incluindo passivos contingentes) dessas empresas à data da
sua aquisição, se negativas, são reconhecidas como proveito na data de aquisição, após reconfirmação do
justo valor dos activos e passivos identificáveis.

O Grupo testa anualmente a existência de imparidade das diferenças de consolidação. Os valores


recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa são determinados com base no cálculo dos
valores de uso. Estes cálculos exigem o uso de pressupostos que são efectuados com base em
estimativas de circunstâncias futuras cuja ocorrência poderá vir a ser diferente da estimada.

d) Conversão de demonstrações financeiras de filiais expressas em moeda estrangeira

Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras incluídas na consolidação


são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio à data da demonstração da posição financeira e
os custos e proveitos bem como os fluxos de caixa são convertidos para Euros utilizando a taxa de câmbio
média verificada no exercício. A diferença cambial resultante é registada na rubrica de capitais próprios
“Reservas de conversão”.

O valor das diferenças de consolidação e ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades
estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa entidade e transpostos para Euros de acordo com
a taxa de câmbio em vigor no final do exercício.

Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na
demonstração de resultados como um ganho ou perda na alienação.

2.3 PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

Os principais critérios valorimétricos usados pelo Grupo Altri na preparação das suas demonstrações
financeiras consolidadas, são os seguintes:

a) Activos intangíveis

Os activos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das
perdas por imparidade acumuladas. Os activos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles
advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir
razoavelmente o seu valor.

As despesas de desenvolvimento para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu
desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e relativamente às quais seja provável que o
activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de
desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo no período em que são
incorridas.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como


custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos
estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios
económicos futuros para o Grupo. Nestas situações os custos são capitalizados como activos intangíveis.

As amortizações são calculadas, após os bens estarem disponíveis para uso, pelo método das quotas
constantes em conformidade com o período de vida útil estimado (genericamente 3 a 5 anos).

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

b) Activos fixos tangíveis

Os activos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) e transferidos
para o Grupo Altri por cisão (Nota Introdutória), encontram-se registados ao seu “deemed cost”, o qual
corresponde ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios
contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações acumuladas e
de perdas por imparidade.

Os activos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição,
deduzido das correspondentes amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após a data em que os bens estejam disponíveis para serem utilizados,
pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo
de bens.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Anos
Terrenos e recursos naturais 20 a 50
Edifícios e outras construções 10 a 50
Equipamento básico 2 a 15
Equipamento de transporte 2 a 10
Ferramentas e utensílios 4 a 14
Equipamento administrativo 2 a 10
Outros activos fixos tangíveis 3 a 10

As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos activos nem resultem em
benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos activos fixos tangíveis são registadas como
custo do exercício em que incorridas.

Os activos fixos tangíveis em curso representam imobilizado ainda em fase de construção, encontrando-se
registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estas imobilizações são
amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam disponíveis para uso e nas
condições necessárias para operar de acordo com o pretendido pela gestão.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do activo fixo tangível são determinadas como a
diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação ou abate, sendo
registadas na demonstração dos resultados nas rubricas “Outros proveitos” ou “Outros custos”.

c) Locações

A classificação das locações financeiras ou operacionais é realizada em função da substância dos


contratos em causa e não da sua forma.

Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos
substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse ou como (ii) locações operacionais se
através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes
responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do
activo é registado no activo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os
juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, calculada conforme descrito na Nota 2.3.b),
são registados como custos na demonstração dos resultados do período a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas referentes a bens adquiridos neste
regime são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
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(Montantes expressos em Euros)

d) Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas

Os subsídios recebidos no âmbito de programas de formação profissional ou subsídios à exploração, são


registados na rubrica “Outros proveitos operacionais” da demonstração consolidada dos resultados do
exercício em que estes programas são realizados, independentemente da data do seu recebimento.

Os subsídios atribuídos a fundo perdido para financiamento de activos fixos tangíveis são registados na
demonstração da posição financeira como “Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes”
relativamente às parcelas de curto prazo e de médio e longo prazo respectivamente, e reconhecidos na
demonstração dos resultados proporcionalmente às amortizações dos activos fixos tangíveis subsidiados.

e) Imparidade dos activos, excepto Diferenças de consolidação

É efectuada uma avaliação de imparidade dos activos do Grupo à data de cada demonstração da posição
financeira e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o
montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperável.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é
reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões e
perdas por imparidade”.

A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda
líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades
independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é
o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado
do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo,
individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo
pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando se conclui
que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das
perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Outros proveitos”. Esta
reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de
amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registada em exercícios
anteriores.

f) Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo
na demonstração dos resultados do exercício de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção


ou produção de activos fixos tangíveis são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização
destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento
do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponíveis para utilização ou no final da
construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso.

g) Inventários

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao custo médio de


aquisição, deduzido do valor dos descontos de quantidade concedidos pelos fornecedores, o qual é inferior
ao respectivo valor de mercado.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são


valorizados ao custo de produção, que inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e
gastos gerais de fabrico, e que é inferior ao valor de mercado. Dentro desta óptica, a madeira cortada em
posse do Grupo encontra-se valorizada ao custo de produção, que inclui os custos incorridos com o corte e
“rechega” da madeira, assim como a parte proporcional à área cortada dos custos acumulados de
estabelecimento, manutenção e gastos administrativos com estes activos.

As empresas do Grupo procederam ao registo das correspondentes perdas por imparidade para reduzir,
quando aplicável, os inventários ao seu valor realizável líquido ou preço de mercado.

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(Montantes expressos em Euros)

h) Activos biológicos

As florestas, propriedade das empresas do Grupo encontram-se classificadas na rubrica “Activos


biológicos”. O custo das florestas adquiridas ou com as plantações efectuadas e os custos incorridos com o
seu desenvolvimento, conservação e manutenção são incluídos no valor destas. O custo da madeira é
transferido para custo de produção quando a madeira é cortada. Os cortes de madeira própria são
valorizados ao custo específico de cada mata atribuído a cada corte, o qual inclui ainda os custos incorridos
em cada mata desde o último corte. São reconhecidos como custo do exercício os custos acumulados de
plantação, manutenção e gastos administrativos, proporcionais à área cortada nesse exercício.

O Conselho de Administração optou por não registar os activos biológicos ao seu justo valor por entender
que, face à natureza dos activos em avaliação, a determinação daquele depende de pressupostos que
poderão não ser fiavelmente apurados, e consequentemente o eventual justo valor não seria mensurado
com fiabilidade. É, no entanto, convicção do Conselho de Administração, com base em alguns indicadores,
que com a política seguida de registo dos activos biológicos ao custo de aquisição não resultam diferenças
materialmente relevantes face ao seu registo ao justo valor.

i) Provisões

As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tenha uma obrigação presente (legal
ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra
uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são
revistas na data de cada demonstração da posição financeira e ajustadas de modo a reflectir a melhor
estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano
formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

j) Complementos de reforma

Algumas empresas do Grupo assumiram compromissos de conceder aos seus empregados prestações
pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez. Para cobrir essas
responsabilidades existem os correspondentes fundos de pensões autónomos, cujos encargos anuais,
determinados de acordo com cálculos actuariais são registados como custos ou proveitos do exercício, em
conformidade com a IAS 19 – “Benefícios dos empregados”.

As responsabilidades actuariais são calculadas de acordo com o “Projected Unit Credit Method” utilizando
os pressupostos actuariais e financeiros considerados adequados (Nota 29).

k) Instrumentos financeiros

i) Investimentos

Os investimentos detidos pelo Grupo são classificados como segue:

Investimentos detidos até à maturidade, designados como activos financeiros não derivados com
pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada, e relativamente aos quais existe a
intenção positiva e a capacidade de os deter até à maturidade. Estes investimentos são classificados
como Activos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data da
demonstração da posição financeira.

Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados fazem parte de uma carteira de
instrumentos financeiros geridos com o objectivo de obtenção de lucros no curto prazo e são
classificados como Activos correntes.

Investimentos disponíveis para venda, designados como todos os restantes investimentos que não
sejam considerados como detidos até à maturidade ou mensurados ao justo valor através de
resultados, sendo classificados como Activos não correntes.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço
pago sendo que no caso dos investimentos detidos até à maturidade e investimentos disponíveis para
venda são incluídas no valor do activo as despesas de transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os


investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu
valor de mercado à data da demonstração da posição financeira, sem qualquer dedução relativa a
custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em instrumentos de
capital próprio que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu
justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os
investimentos detidos até à maturidade são mensurados pelo custo amortizado usando o método da
taxa de juro efectiva.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis
para venda são registados no capital próprio, na rubrica de “Reservas de cobertura” incluída na
rubrica “Outras reservas” até o investimento ser vendido ou recebido ou até que o justo valor do
investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por
imparidade, momento em que a perda acumulada é transferida para a demonstração dos resultados.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos
respectivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira.

ii) Clientes e outras dívidas de terceiros

As dívidas de “Clientes” e as “Outras dívidas de terceiros” são registadas pelo seu valor nominal e
apresentadas na demonstração da posição financeira consolidada deduzidas de eventuais perdas de
imparidade para que as mesmas reflictam o seu valor presente realizável líquido. Estas rubricas
quando correntes não incluem juros por não se considerar imaterial o impacto do desconto.

As perdas por imparidade são registadas em sequência de eventos ocorridos que indiquem,
objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será
recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que
demonstre que o cliente está em incumprimento das suas responsabilidades, bem como informação
histórica dos saldos vencidos e não recebidos.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do


saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de
juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um
ano, é considerada nula por se considerar imaterial o efeito do desconto.

iii) Empréstimos e contas a pagar não correntes

Os empréstimos e as contas a pagar não correntes são registados no passivo pelo custo amortizado
utilizando o método da taxa de juro efectiva. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a
taxa de juro efectiva, excepto para os valores a pagar de muito curto prazo cujos valores a reconhecer
sejam imateriais, e contabilizados na demonstração dos resultados do período de acordo com o
princípio da especialização dos exercícios. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a
emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico dos empréstimos caso não sejam
liquidados durante o exercício.

Sempre que existe direito de cumprimento obrigatório de compensar activos e passivos e o Conselho
de Administração pretenda liquidar numa base líquida ou realizar o activo e liquidar simultaneamente
o passivo, os mesmos são compensados, e apresentados na demonstração da posição financeira
pelo seu montante líquido.

iv) Fornecedores e outras dívidas a terceiros

As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal dado que não
vencem juros e o efeito do desconto é considerado imaterial.

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v) Instrumentos derivados

O Grupo Altri utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de
garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de
negociação.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos
de caixa respeitam a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos, de taxa de
câmbio, bem como de cobertura do preço da pasta de papel. Os indexantes, as convenções de
cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de
cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos
subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. Os índices de preços
aos quais estão indexados os contratos de futuros de cobertura do preço da pasta de papel, são os
mais utilizados pelas empresas do Grupo como referencial do preço de venda da sua pasta de papel.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de
cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

- espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos
fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
- a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
- existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;
- a transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura são registados pelo seu justo valor. As alterações de justo valor destes
instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica “Reservas de cobertura”, sendo
transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta
resultados.

A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efectuada com recurso a sistemas
informáticos de valorização de instrumentos derivados e teve por base a actualização, para a data da
demonstração da posição financeira, dos fluxos de caixa futuros do “leg” fixo e do “leg” variável do
instrumento derivado.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se


vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como
instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas até então, que se encontram
registadas em capital próprio na rubrica “Reservas de cobertura”, são transferidas para resultados do
período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura
deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da
demonstração dos resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os


mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características
não estejam intimamente relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que os
contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas
registadas na demonstração dos resultados.

Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objectivo específico de
cobertura de riscos financeiros, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação
como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afectam directamente a demonstração de
resultados, nas rubricas “Proveitos financeiros” e “Custos financeiros”.

vi) Passivos financeiros e Instrumentos de capital próprio

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a


substância contratual da transacção, independentemente da forma legal que assumem. São
considerados instrumentos de capital próprio os que evidenciam um interesse residual nos activos do
Grupo após dedução dos passivos, sendo registados pelo valor recebido, líquido dos custos
suportados com a sua emissão.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
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vii) Acções próprias

As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao capital
próprio. Os ganhos e perdas inerentes à alienação das acções próprias são registadas na rubrica
“Outras reservas”, não afectando o resultado do exercício.

viii) Letras descontadas e contas a receber cedidas em “factoring”

O Grupo desreconhece activos financeiros nas suas demonstrações financeiras, unicamente quando
o direito contratual aos fluxos de caixa inerentes a tais activos já tiver expirado, ou quando o Grupo
transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais activos para uma
terceira entidade. Se o Grupo retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à posse de tais
activos, continua a reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no
passivo na rubrica “Empréstimos” a contrapartida monetária pelos activos cedidos.

Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas
a receber cedidas em factoring à data de cada demonstração da posição financeira, com excepção
das operações de “factoring sem recurso” (e para as quais seja inequívoco que são transferidos os
riscos e benefícios inerentes a estas contas a receber) são reconhecidas nas demonstrações
financeiras do Grupo até ao momento do seu recebimento.

ix) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de


caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de
três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de alteração de
valor.

Ao nível da demonstração consolidada dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa”
compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica do passivo corrente “Empréstimos
bancários”.

x) Activos classificados como detidos para venda ou em descontinuação

Os activos e os passivos são classificados como detidos para venda ou em descontinuação, quando a
sua realização se espera efectivar não pelo uso mas pela venda. O Grupo classifica os activos e os
passivos nesta rubrica quando existe uma elevada probabilidade da venda se realizar e os activos e
passivos estão disponíveis para venda imediata. O Conselho de Administração encontra-se
empenhado na venda dos activos e passivos registados nesta rubrica e é seu entendimento que a
mesma se realizará nos próximos doze meses.

Os activos classificados como detidos para venda ou em descontinuação são valorizados ao mais
baixo do seu valor contabilístico à data da decisão de venda ou do seu justo valor deduzido dos
custos da venda.

l) Activos e passivos contingentes

Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência
somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente
sob o controlo da Empresa.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa mas
unicamente objecto de divulgação quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

Os passivos contingentes são definidos pela Empresa como: (i) obrigações possíveis que surjam de
acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou
mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da empresa; ou (ii) obrigações
presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável
que um fluxo de recursos que afecte benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a
quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do Grupo, sendo os
mesmos objecto de divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios
económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objecto de divulgação.

m) Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas
incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas
incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor.

Algumas das empresas incluídas no perímetro de consolidação do Grupo Altri pelo método integral são
tributadas segundo o regime especial de tributação de grupos de sociedades, de acordo com o art. 63º do
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade da demonstração da


posição financeira e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para
efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos
diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em
vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de
lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças
temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão.
No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos
sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem de
valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado
na mesma rubrica.

n) Rédito e especialização dos exercícios

O rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na demonstração dos resultados quando (i)
são transferidos para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens, (ii) não
seja mantido um envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o
controlo efectivo dos bens vendidos, (iii) a quantia do rédito pode ser fiavelmente mensurada, (iv) seja
provável que os benefícios económicos associados com as transacções fluam para o Grupo e (v) os custos
incorridos ou a serem incorridos referentes à transacção possam ser fiavelmente mensurados. As vendas
são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo
valor do montante recebido ou a receber.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos na demonstração dos resultados do período em que é
decidida a sua atribuição.

As restantes receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios
pelo qual estas são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente do momento em que
são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes
receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídas nas
rubricas “Outros activos correntes”, “Outros passivos correntes”, “Outros activos não correntes” e “Outros
passivos não correntes”.

Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados com base na melhor avaliação dos
Conselhos de Administração das Empresas do Grupo.

o) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando as
taxas de câmbio oficiais vigentes à data da demonstração da posição financeira.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio
em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data da
demonstração da posição financeira, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos
na demonstração consolidada de resultados do exercício, excepto as relativas a valores não monetários
cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.

p) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem provas ou
informações adicionais sobre condições que existiam à data da demonstração da posição financeira
(“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações financeiras do Grupo. Os eventos após a data da
demonstração da posição financeira que sejam indicativos de condições que surgiram após a data da
demonstração da posição financeira (“non adjusting events”), quando materiais, são divulgados no anexo
às demonstrações financeiras.

q) Informação por segmentos

Em cada exercício são identificados os segmentos relatáveis aplicáveis ao Grupo mais adequados tendo
em consideração as actividades desenvolvidas.

Actualmente o Grupo Altri apenas tem uma segmento de negócio (Produção e comercialização de pasta de
papel branqueada de eucalipto) na medida em que o reporte interno de informação à gestão é efectuado
nesse pressuposto.

r) Julgamentos e estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com os IAS/IFRS, o


Conselho de Administração do Grupo adoptou certos pressupostos e estimativas que afectam os activos e
passivos reportados, bem como os proveitos e custos incorridos relativos aos períodos reportados. Todas
as estimativas e assumpções efectuadas pelo Conselho de Administração foram efectuadas com base no
seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e
transacções em curso.

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas


incluem:

a) Vidas úteis dos activos fixos tangíveis e intangíveis;


b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação e de outros activos fixos tangíveis e
intangíveis;
c) Registo de imparidade aos valores do activo, nomeadamente, inventários e contas a receber, e
provisões;
d) Cálculo da responsabilidade associada aos fundos de pensões; e
e) Apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados.

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das
demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos
passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não
sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações a essas estimativas,
que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas na
demonstração de resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8 – Políticas Contabilísticas,
Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros.

2.4 GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO

O Grupo Altri encontra-se exposto essencialmente ao (i) risco de mercado, (ii) risco de liquidez e (iii) risco de
crédito. O principal objectivo da Administração ao nível da gestão de risco é o de reduzir estes riscos a um
nível considerado aceitável para o desenvolvimento das actividades do Grupo. As linhas orientadoras da
política de gestão de risco são definidas pelo Conselho de Administração da Altri, o qual determina quais os
limites de risco aceitáveis. A concretização operacional da política de gestão de risco é levada a cabo pela
Administração e pela Direcção de cada uma das empresas participadas.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

a) Risco de mercado

Revestem-se de particular importância no âmbito da gestão de risco de mercado o risco de taxa de juro, o
risco de taxa de câmbio e o risco da variabilidade nos preços de commodities.

O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos de mercado a que está exposto como
forma de garantir a sua cobertura, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de
negociação ou especulação.

i) Risco de taxa de juro

A exposição do Grupo à taxa de juro decorre essencialmente dos empréstimos de longo prazo que são
constituídos na sua maioria por dívida indexada à Euribor.

O objectivo do Grupo é limitar a volatilidade dos cash-flows e resultados tendo em conta o perfil da sua
actividade operacional através da utilização de uma adequada combinação de dívida a taxa fixa e
variável. A política do Grupo permite a utilização de derivados de taxa de juro para redução da exposição
às variações da Euribor e não para fins especulativos.

A maior parte dos instrumentos derivados utilizados pelo Grupo na gestão do risco taxa de juro são
definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa por configurarem relações perfeitas de
cobertura. Os indexantes, as convenções de cálculos, as datas de refixação das taxas de juro e os planos
de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições
estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados. No entanto, existem alguns instrumentos
derivados que, embora tenham sido contratados com o objectivo de cobertura do risco da taxa de juro,
não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura.

ii) Risco de taxa de câmbio

O Grupo está exposto ao risco taxa de câmbio nas transacções relativas a vendas de produtos acabados
em mercados internacionais em moeda diferente do Euro.

Sempre que o Conselho de Administração considere necessário, para reduzir a volatilidade dos seus
resultados à variabilidade das taxas de câmbio, a exposição é controlada através de um programa de
compra de divisas a prazo (forwards) ou de outros instrumentos derivados de taxa de câmbio.

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 os saldos (em Euros) expressos em USD, que é a única moeda
diferente do Euro, são como segue:

31.12.2009 31.12.2008

Contas a receber 9.638.145 6.605.312


Contas a pagar 25.786 7.223
Depósitos bancários 3.227.680 304.997

12.891.611 6.917.532

O Conselho de Administração do Grupo entende que eventuais alterações da taxa de câmbio não terão
um efeito significativo sobre as demonstrações financeiras consolidadas.

iii) Risco de variabilidade nos preços de commodities

Desenvolvendo a sua actividade num sector que transacciona commodities (pasta de papel), o Grupo
encontra-se particularmente exposto a variações do seu preço, com os correspondentes impactos nos
seus resultados. No entanto, para gerir este risco foram celebrados contratos de cobertura de variação de
preços da pasta de papel, pelos montantes e valores considerados adequados às operações previstas,
atenuando assim a volatilidade dos seus resultados.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

b) Risco de liquidez

O principal objectivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que o Grupo tem disponível, a todo o
momento, os recursos financeiros necessários para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as
estratégias delineadas honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, quando se tornam
devidos, através de uma adequada gestão da maturidade dos financiamentos.

O Grupo prossegue assim uma política activa de refinanciamento pautada pela manutenção de um nível
elevado de recursos livres e imediatamente disponíveis para fazer face a necessidades de curto prazo e pelo
alongamento ou manutenção da maturidade da dívida de acordo com os cash-flows previstos e a capacidade
de alavancagem do seu balanço.

A análise de liquidez para instrumentos financeiros é apresentada junto da nota respectiva a cada classe de
passivos financeiros.

c) Risco de crédito

O Grupo está exposto ao risco de crédito no âmbito da sua actividade operacional corrente. Este risco é
controlado através de um sistema de recolha de informação financeira e qualitativa, prestada por entidades
reconhecidas que fornecem informação de riscos, que permitem avaliar a viabilidade dos clientes no
cumprimentos das suas obrigações, visando a redução do risco de concessão de crédito. Os montantes
apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas de
imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo, estando portanto ao seu justo valor.

O risco de crédito é limitado pela gestão da concentração de riscos e uma rigorosa selecção de contrapartes
bem como pela contratação de seguros de crédito junto de instituições especializadas e que cobrem uma
parte significativa do crédito concedido em resultado da actividade desenvolvida pelo Grupo.

3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS

Não ocorreram durante o exercício alterações de políticas contabilísticas nem erros materiais relativos a
períodos anteriores.

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CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

4. INVESTIMENTOS

4.1 INVESTIMENTOS EM FILIAIS

As empresas incluídas na consolidação pelo método integral, respectivas sedes, proporção do capital detido e
actividade desenvolvida em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 são as seguintes:

Percentagem efectiva de
Denominação social Sede participação Actividade
2009 2008
Empresa mãe:
Altri, SGPS, S.A. Porto Sociedade gestora de participações sociais

Grupo Caima / Celtejo / Celbi:

Celulose do Caima, SGPS, S.A. Lisboa 100% 100% Sociedade gestora de participações sociais

Caima Indústria de Celulose, S.A. Lisboa 100% 100% Produção e comercialização de pasta de papel

Silvicaima – Sociedade Silvícola do Caima, S.A. Lisboa 100% 100% Exploração silvícola

Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A. Lisboa 100% 100% Produção de energia térmica e eléctrica

Invescaima – Investimentos e Participações, SGPS, S.A. Lisboa 100% 100% Sociedade gestora de participações sociais

Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A. Lisboa 100% 100% Exploração silvícola

Sócasca – Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. Águeda 100% 100% Recolha e Comércio de Recicláveis

Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. Vila Velha de Ródão 99,83% 99,59% Produção e comercialização de pasta de papel

CPK – Companhia Produtora de Papel Kraftsack, S.A. (b) Vila Velha de Ródão 99,83% 99,59% Produção e comercialização de papel

Altri - Energias Renováveis, SGPS, S.A. Lisboa 99,83% 99,59% Holding

Sosapel – Sociedade Comercial de Sacos de Papel, Lda. Vila Velha de Ródão 99,83% 99,59% Comercialização de pasta de papel

Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. Figueira da Foz 100% 100% Produção e comercialização de pasta de papel

Celbinave – Tráfego e Estiva SGPS, Unipessoal, Lda. Figueira da Foz 100% 100% Agenciação e fretamento de navios

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. Óbidos 100% 100% Produção de plantas em viveiros e prestação de serviços agro-florestais e paisagísticos

Altri, Participaciones Y Trading, S.L. Madrid, Espanha 100% 100% Holding

Altri Sales, S.A. Nyon, Suiça 100% 100% Comercialização de pasta de papel

Pedro Frutícola, Sociedade Frutícola, Lda. Constância 100% 100% Produção agrícola

Captaraíz Unipessoal, Lda. Lisboa 100% 100% Compra e venda de imóveis

Grupo Ramada

F. Ramada – Aços e Indústrias, S.A. Ovar - (a) Comercialização de aço

F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de


Armazenagem, S.A. Ovar - (a) Produção e comercialização de sistemas de armazenagem

F. Ramada II, Imobiliária, S.A. Ovar - (a) Imobiliária

F. Ramada, Serviços de Gestão, Lda. Ovar - (a) Serviços de administração e gestão

Universal Afir - Aços, Máquinas e Ferramentas, S.A. Porto - (a) Comercialização de aço

BPS – Equipements, S.A. Paris, França - (a) Comercialização de sistemas de armazenagem

Bromsgrove, Reino
Storax Racking Systems, Ltd.
Unido - (a) Comercialização de sistemas de armazenagem

Storax Benelux, S.A. Bélgica - (a) Comercialização de sistemas de armazenagem

(a) – sociedade cindida no exercício de 2008 (Nota 5);


(b) – sociedade cujos activos e passivos foram classificados, a partir do exercício de 2008, como “em descontinuação” (Nota 4.5).

Estas empresas filiais foram incluídas na consolidação do Grupo Altri pelo método de consolidação integral,
conforme indicado na Nota 2.2.a).

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

4.2 INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS

As empresas associadas, proporção do capital detido e actividade desenvolvida em 31 de Dezembro de 2009


e 2008 são como segue:

Denominação social Percentagem efectiva de participação Actividade


2009 2008

EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. 50% 50% Produção de energia eléctrica

Operfoz – Operadores do Porto da Figueira da Foz, Lda. 33,33% 33,33% Operação em portos

Ródão Pow er - Energia e Biomassa do Ródão, S.A. (a) 50% 50% Produção e comercialização de energia eléctrica

(a) – sociedade alienada no exercício de 2008 à empresa associada EDP – Produção Bioeléctrica, S.A.

Estas empresas associadas foram incluídas na consolidação do Grupo Altri pelo método de equivalência
patrimonial, conforme indicado na Nota 2.2.b).

O valor de balanço, o activo, os capitais próprios e o resultado líquido para o exercício findo em 31 de
Dezembro de 2009 das empresas associadas são como segue:

Valor de Resultado
Denominação social balanço (a) Activo Capital próprio líquido

EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. 10.239.435 160.583.469 4.570.252 (420.031)

Operfoz – Operadores do Porto da Figueira da Foz, Lda. 270.479 3.685.908 811.437 76.154

Ródão Power - Energia e Biomassa do Ródão, S.A. - 21.355.336 (75.099) (114.739)

10.509.914

(a) – inclui suprimentos concedidos

As políticas contabilísticas usadas por estas empresas associadas não diferem significativamente das
utilizadas pelo Grupo Altri, facto pelo qual não houve lugar a qualquer harmonização de políticas
contabilísticas.

4.3 INVESTIMENTOS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Os investimentos disponíveis para venda em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 e o seu valor de balanço nessas
datas, podem ser detalhados como segue:

Denominação social Valor de balanço


2009 2008

Imóveis não afectos à actividade do Grupo 671.546 737.522


Outros 42.808 42.808
714.354 780.330

É entendimento do Grupo Altri que o valor contabilístico destes investimentos disponíveis para venda não
difere de forma significativa do seu justo valor.

4.4 INVESTIMENTOS MENSURADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Os montantes incluídos na rubrica “Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados” em 31 de


Dezembro de 2009 e 2008 correspondem a investimentos em títulos cotados, os quais se encontram
valorizados à correspondente cotação bolsista nessas datas, uma vez que foram adquiridos com o objectivo de
venda no curto prazo.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

4.5 ACTIVOS CLASSIFICADOS COMO DETIDOS PARA VENDA OU EM DESCONTINUAÇÃO

No final de Dezembro de 2008 foi encerrada a unidade produtiva produtora de papel da CPK – Companhia
Produtora de Papel Kraftsack, S.A., pelo que os activos e passivos desta filial foram classificados em 31 de
Dezembro de 2009 e 2008 como em descontinuação (líquidos das operações intragrupo) os quais estão
contabilizados de acordo com a política descrita na Nota 2.3 k) x).

O detalhe dos activos e passivos da CPK em descontinuação em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 são como
se segue:
31.12.2009 31.12.2008
Activos fixos tangíveis - 2.516.063
Activos intangíveis - 3.194
Existências - 5.827.543
Clientes 680.334 4.419.345
Outras dívidas de terceiros 15.424 806.842
Outros activos correntes - 1.542
Caixa e equivalentes de caixa - 1.500
Activos classificados como em descontinuação 695.758 13.576.029

Provisões (49.500) (3.400.000)


Fornecedores (125.195) (1.728.199)
Outras dívidas a terceiros (1.017) (101.799)
Outros passivos correntes - (628.216)
Passivos associados a activos em descontinuação (175.712) (5.858.214)

Activos líquidos de passivos em descontinuação 520.046 7.717.815

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 o resultado líquido da CPK – Companhia Produtora de
Papel Kraftsack, S.A. (líquido das operações intragrupo) ascendeu a 1.022.943 Euros ((752.764) Euros em 31
de Dezembro de 2008), o qual é apresentado na rubrica da Demonstração dos resultados “Resultado do
exercício de unidades operacionais em descontinuação”.

5. ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

Durante o exercício de 2009, o Grupo adquiriu uma percentagem adicional de 0,232% do capital do Grupo
Celtejo pelo montante de 92.887 Euros, o qual foi integralmente liquidado (Nota 41).

Em 16 de Abril de 2008 foi outorgada a escritura pública de cisão-simples da F. Ramada – Aços e Indústrias,
S.A. Nos termos do referido projecto de cisão-simples, a reorganização projectada tem como objectivo a
separação das duas unidades de negócio autónomas da Altri correspondentes ao exercício da actividade da
gestão de participações sociais, respectivamente, no sector da pasta e papel e no sector do aço e sistemas de
armazenagem.

A cisão originou a constituição de uma nova Sociedade, a F. Ramada – Investimentos, SGPS, S.A. (“Ramada
Investimentos”), e teve efeitos contabilísticos a 1 de Junho de 2008, data a partir da qual a F. Ramada – Aços
e Indústrias, S.A. (“F. Ramada – Aços”) e as suas filiais deixam de estar incluídas nas demonstrações
financeiras consolidadas da Altri, SGPS, S.A. Como consequência da cisão, a F. Ramada – Aços e suas filiais
contribuem com cinco meses para a demonstração de resultados consolidados do exercício de 2008 da Altri,
SGPS, S.A., tendo sido classificadas como Unidades Operacionais em Descontinuação de acordo com o
previsto na IFRS 5 – Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas.

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CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

Os efeitos na demonstração da posição financeira consolidada da cisão dos activos líquidos da F. Ramada –
Aços e suas filiais em 1 de Junho de 2008 (data de referência da cisão) são os seguintes:

Data da cisão
Activos fixos tangíveis e intangíveis (Notas 7 e 9) 84.899.532
Diferenças de consolidação (Nota 8) 2.199.238
Impostos diferidos activos (Nota 11) 2.681.528
Inventários (b) 42.408.422
Instrumentos derivados 626.696
Caixa e equivalentes de caixa 39.668.476
Outros activos (a) 94.587.310
Empréstimos (110.070.311)
Provisões (Nota 21) (137.084)
Impostos diferidos passivos (Nota 11) (401.714)
Outros pass ivos (116.987.460)
Total cindido 39.474.633

Os principais indicadores do Grupo F.Ramada à data da cisão eram como segue:

Data da cisão
Vendas e prestações de serviços 49.278.067
Outros proveitos operacionais 521.685
Custo das vendas (26.972.174)
Outros custos operacionais (19.489.828)
Resultados financeiros (1.556.007)
Resultado antes de impostos 1.781.743
Imposto sobre o rendimento (470.208)
Resultado líquido 1.311.535

(a) – O montante da rubrica “Outros Activos” está líquido de perdas de imparidade em investimentos, no
montante de 85.886 Euros e de perdas de imparidade em activos correntes, no montante de 17.071.176 Euros
(Nota 21).

(b) – O montante líquido da rubrica inventários corresponde a um valor bruto de 42.781.708 Euros (Nota 10) e
a perdas de imparidade em inventários, no montante de 373.286 Euros (Nota 21).

Adicionalmente, durante o exercício de 2008, o Grupo adquiriu a percentagem remanescente de 20% da


Sosapel – Sociedade Comercial de Sacos de Papel, Lda. pelo montante de 2.000 Euros o qual foi
integralmente liquidado, bem como uma percentagem adicional de 0,013% do capital do Grupo Celtejo pelo
montante de 5.539 Euros o qual também foi integralmente liquidado.

No exercício de 2008 foi igualmente efectuado um pagamento adicional no montante de 810.763 Euros (Nota
8) relativo à correcção do preço de aquisição da Celbi em Agosto de 2006, relacionada com o recebimento
efectivo de um subsídio ao investimento.

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CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

6. CLASSES DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os instrumentos financeiros, de acordo com as politicas descritas na Nota 2.3.k), foram classificados como
segue:
Activos
Empréstimos e Disponíveis para registados a
31 de Dezembro de 2009 Nota Derivados Total
contas a receber venda justo valor por
resultados
Activos não correntes
Investimentos disponíveis para venda 4.3 - 714.354 - - 714.354
- 714.354 - - 714.354
Activos correntes
Clientes 12 69.602.593 - - - 69.602.593
Outras dívidas de terceiros 13 6.982.879 - - - 6.982.879
Instrumentos financeiros derivados 27 - - - - -
Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados 4.4 - - - 602.670 602.670
Caixa e equivalentes de caixa 16 80.261.966 - - - 80.261.966
156.847.438 - - 602.670 157.450.108
156.847.438 714.354 - 602.670 158.164.462

Activos
Empréstimos e Disponíveis para registados a
31 de Dezembro de 2008 Nota Derivados Total
contas a receber venda justo valor por
resultados
Activos não correntes
Investimentos disponíveis para venda 4.3 - 780.330 - - 780.330
- 780.330 - - 780.330
Activos correntes
Clientes 12 57.819.150 - - - 57.819.150
Outras dívidas de terceiros 13 14.749.641 - - - 14.749.641
Instrumentos financeiros derivados 27 - - 12.546.735 - 12.546.735
Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados 4.4 - - - 747.450 747.450
Caixa e equivalentes de caixa 16 74.300.279 - - - 74.300.279
146.869.070 - 12.546.735 747.450 160.163.255
146.869.070 780.330 12.546.735 747.450 160.943.585

Passivos não
Passivos
31 de Dezembro de 2009 Nota Derivados Sub-total abrangidos pelo Total
financeiros
IFRS 7
Passivos não correntes
Empréstimos bancários 20 149.913.243 - 149.913.243 - 149.913.243
Outros empréstimos 20 612.519.785 - 612.519.785 - 612.519.785
Outros credores não correntes 22 339.766 - 339.766 - 339.766
Outros passivos não correntes 23 22.500.000 - 22.500.000 1.601.086 24.101.086
785.272.794 - 785.272.794 1.601.086 786.873.880
Passivos correntes
Empréstimos bancários 20 46.559.986 - 46.559.986 - 46.559.986
Outros empréstimos - parcela de curto prazo 20 109.171.440 - 109.171.440 - 109.171.440
Fornecedores 24 65.999.089 - 65.999.089 - 65.999.089
Outras dívidas a terceiros 25 10.779.891 - 10.779.891 - 10.779.891
Instrumentos financeiros derivados 27 - 18.213.114 18.213.114 - 18.213.114
232.510.406 18.213.114 250.723.520 - 250.723.520
1.017.783.200 18.213.114 1.035.996.314 1.601.086 1.037.597.400

Passivos não
Passivos
31 de Dezembro de 2008 Nota Derivados Sub-total abrangidos pelo Total
financeiros
IFRS 7
Passivos não correntes
Empréstimos bancários 20 150.015.292 - 150.015.292 - 150.015.292
Outros empréstimos 20 521.270.017 - 521.270.017 - 521.270.017
Outros credores não correntes 22 491.190 - 491.190 - 491.190
Outros passivos não correntes 23 - - - 1.513.306 1.513.306
671.776.499 - 671.776.499 1.513.306 673.289.805
Passivos correntes
Empréstimos bancários 20 51.886.464 - 51.886.464 - 51.886.464
Outros empréstimos - parcela de curto prazo 20 110.996.123 - 110.996.123 - 110.996.123
Fornecedores 24 58.901.992 - 58.901.992 - 58.901.992
Outras dívidas a terceiros 25 70.905.701 - 70.905.701 - 70.905.701
Instrumentos financeiros derivados 27 - 6.059.446 6.059.446 - 6.059.446
292.690.280 6.059.446 298.749.726 - 298.749.726
964.466.779 6.059.446 970.526.225 1.513.306 972.039.531

- 22 -
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

Instrumentos financeiros reconhecidos a justo valor

O quadro seguinte detalha os instrumentos financeiros que são mensurados a justo valor após o
reconhecimento inicial, agrupados em 3 níveis de acordo com a possibilidade de observar no mercado o seu
justo valor:

Nível 1: o justo valor é determinado com base em preços de mercado activo;

Nível 2: o justo valor é determinado com base em técnicas de avaliação. Os principais inputs dos modelos de
avaliação são observáveis no mercado; e

Nível 3: o justo valor é determinado com base em modelos de avaliação, cujos principais inputs não são
observáveis no mercado.

31.12.2009 31.12.2008
Nivel 1 Nivel 2 Nivel 3 Nivel 1 Nivel 2 Nivel 3
Activos financeiros mensurados a justo valor
Investimentos (Nota 4.4) 602.670 - - 747.450 - -
Derivados - - - - 12.546.737 -
602.670 - - 747.450 12.546.737 -
Passivos financeiros mensurados a justo valor
Derivados (Nota 27) - 18.213.114 - - 6.059.446 -
- 18.213.114 - - 6.059.446 -

7. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 o movimento ocorrido no valor dos activos
fixos tangíveis, bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:
2009
Activo bruto
Terrenos e Activos fixos
recursos Edifícios e outras Equipamento Equipamento Ferramentas e Equipamento Outros activos fixos tangíveis em Adiantamentos por conta
naturais construções básico de transporte utensílios administrativo tangíveis curso de activos fixos Total

Saldo inicial 24.129.116 103.721.619 631.291.226 4.032.919 3.643.969 10.892.211 10.149.053 283.489.676 3.295.555 1.074.645.344
Aumentos 1.819.873 2.124.793 17.342.341 135.479 18.480 655.990 199.462 68.613.365 - 90.909.783
Alienações e abates (43.941) (171.036) (86.552.322) (68.649) (1.135.049) (381.262) (181.109) - - (88.533.368)
Transferências 1.569.677 2.164.839 165.148.389 - - 453.374 12.834 (169.247.047) (26.250) 75.816
Saldo final 27.474.725 107.840.215 727.229.634 4.099.749 2.527.400 11.620.313 10.180.240 182.855.994 3.269.305 1.077.097.575

Amortizações acumuladas
Terrenos e
recursos Edifícios e outras Equipamento Equipamento Ferramentas e Equipamento Outros activos fixos
naturais construções básico de transporte utensílios administrativo tangíveis Total

Saldo inicial 5.668.417 81.048.389 489.545.992 2.671.166 3.532.032 9.797.349 9.241.810 601.505.155
Aumentos 375.016 2.006.790 34.911.724 315.363 40.038 788.329 374.904 38.812.164
Alienações e abates - (171.036) (86.434.756) (54.292) (1.135.049) (380.887) (181.109) (88.357.129)
Transferências - - - - - - - -

Saldo final 6.043.433 82.884.143 438.022.960 2.932.237 2.437.021 10.204.791 9.435.605 551.960.190

21.431.292 24.956.072 289.206.674 1.167.512 90.379 1.415.522 744.635 182.855.994 3.269.305 525.137.385

2008
Activo bruto
Terrenos e Activosfixos
recursos Edifícios e outras Equipamento Equipamento Ferramentas e Equipamento Outros activos fixos tangíveis em Adiantamentos por conta
naturais construções básico de transporte utensílios administrativo tangíveis curso de activos fixos Total

Saldo inicial 90.049.788 112.550.957 594.921.277 7.351.968 4.420.896 13.834.867 10.055.506 98.297.789 7.532.931 939.015.979
Variação das actividades cindidas até à data da cisão 13.973.510 (69.197) (60.182) (62.305) (49.317) (100.300) 325.622 492.716 - 14.450.547
Variação de perímetro - cisão (Nota 5) (78.578.699) (12.729.575) (24.241.511) (3.524.910) (755.798) (3.255.273) (445.620) (836.574) - (124.367.960)
Variação de perímetro - diminuições (Nota 4.5) - (364.337) (14.040.636) (65.257) (2.924) (29.325) (24.400) - - (14.526.879)
Aumentos 162.254 3.420.127 28.774.424 598.785 31.112 340.494 317.448 229.432.443 - 263.077.087
Alienações (1.528.801) (65.612) (283.238) (265.362) - (44.470) (208.019) - - (2.395.502)
Tranferências e abates 51.064 979.256 46.221.092 - - 146.218 128.516 (43.896.698) (4.237.376) (607.928)

Saldo final 24.129.116 103.721.619 631.291.226 4.032.919 3.643.969 10.892.211 10.149.053 283.489.676 3.295.555 1.074.645.344

Amortizações acumuladas
Terrenos e
recursos Edifícios e outras Equipamento Equipamento Ferramentas e Equipamento Outros activos fixos
naturais construções básico de transporte utensílios administrativo tangíveis Total

Saldo inicial 5.455.125 88.503.234 498.838.444 5.821.660 4.221.193 12.477.510 8.947.490 624.264.656
Variação das actividades cindidas até à data da cisão - 159.628 660.008 (46.370) (15.292) (80.811) 250.857 928.020
Variação de perímetro - cisão (Nota 5) - (9.374.385) (22.985.794) (3.214.351) (714.874) (3.066.245) (335.383) (39.691.032)
Variação de perímetro (Nota 4.5) - (74.253) (11.651.498) (19.299) (2.924) (14.647) (24.400) (11.787.021)
Aumentos 214.107 1.873.605 24.918.424 333.498 43.929 578.698 611.265 28.573.526
Alienações (815) (39.440) (231.780) (203.972) - (97.156) (208.019) (781.182)
Tranferências e abates - - (1.812) - - - - (1.812)
Saldo final 5.668.417 81.048.389 489.545.992 2.671.166 3.532.032 9.797.349 9.241.810 601.505.155

18.460.699 22.673.230 141.745.234 1.361.753 111.937 1.094.862 907.243 283.489.676 3.295.555 473.140.189

- 23 -
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

Os valores mais significativos incluídos na rubrica “Activos fixos tangíveis em curso” em 31 de Dezembro de
2009 e 2008, referem-se aos seguintes projectos:

31-12-2009 31-12-2008
Projecto de expansão de capacidade 179.225.871 278.787.766
Remodelação de equipamento mecânico - 3.160.044
Outros projectos 3.630.123 1.541.866
Total 182.855.994 283.489.676

Em 31 de Dezembro de 2009 encontra-se em curso a instalação do equipamento relativo à caldeira de


recuperação para produção de energia, relacionado com o projecto de aumento da capacidade de produção da
empresa filial Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A., projecto este que se estima que esteja concluído
durante o exercício de 2010 (Nota 29).

Durante o exercício de 2009 e 2008, os encargos financeiros suportados pelo Grupo Altri com o financiamento
para a aquisição de imobilizado associado a projecto de expansão da capacidade produtiva ascenderam ao
montante de 5.559.876 Euros e 8.525.560 Euros, respectivamente, os quais foram capitalizados na rubrica
“Activos fixos tangíveis em curso” de acordo com a política descrita na Nota 2.3 f).

8. DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os movimentos ocorridos nas diferenças de
consolidação, foram os seguintes:

Valor em 01.01.2009 269.323.108


Aumentos 78.202
Valor líquido em 31.12.2009 269.401.310

Valor em 01.01.2008 270.523.604


Aumentos 998.742
Diminuições - Efeito Cisão (Nota 5) (2.199.238)
Valor líquido em 31.12.2008 269.323.108

Os aumentos registados no exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 são relativos a pagamentos adicionais
relativos a aquisição da Sócasca - Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A..

Os aumentos registados no exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 são relativos a pagamentos adicionais
relativos a aquisição da Sócasca - Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. (187.979 Euros) e da Celbi –
Celulose Beira Industrial, S.A. (810.763 Euros) (Nota 5).

As diferenças de consolidação não são amortizadas. São efectuados testes de imparidade às diferenças de
consolidação numa base anual e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que
indique que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o
montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável é reconhecida uma
perda de imparidade. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. Durante
os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, não foram registadas nem revertidas quaisquer
perdas de imparidade.

- 24 -
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

No exercício de 2009, por forma a aferir da existência, ou não, de imparidade para o principal valor das
diferenças de consolidação que resultou da aquisição da Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. no exercício
de 2006, no montante de 253.391.251 Euros, o Grupo procedeu à avaliação desta empresa filial, tendo
concluído pela inexistência de imparidade ao nível daquelas diferenças de consolidação. Aquela avaliação foi
efectuada com base no desempenho histórico da Celbi e numa estimativa dos fluxos de caixa descontados
tendo por base um plano de negócios da Celbi a 6 anos, tendo sido considerado um preço de venda da pasta
de papel de médio e longo prazo, não influenciado pelas oscilações positivas ou negativas de curto prazo. Os
principais pressupostos utilizados neste cálculo foram os seguintes:
Taxa de inflação 2,00%
Taxa de desconto 8,62%
Taxa de crescimento na perpetuidade 2,00%

A taxa de desconto líquida de imposto utilizada foi de 8,62 % e foi calculada com base na metodologia WACC
(Weighted Average Cost of Capital), considerando os seguintes pressupostos:
Taxa de juro sem risco 4,39%
Prémio de risco dos capitais próprios 6,00%
Prémio de risco da dívida 2,00%

Em relação às restantes diferenças de consolidação no montante de 16.010.059 Euros, por forma a aferir da
existência ou não de perdas de imparidade com referência a 31 de Dezembro de 2009, o Grupo procedeu a
uma comparação dos meios libertos líquidos gerados anualmente por empresa com a respectiva diferença de
consolidação, tendo concluído pela inexistência de imparidade.

- 25 -
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

9. ACTIVOS INTANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o movimento ocorrido no valor dos activos
intangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, foi o seguinte:

2009
Activo bruto
Propriedade
Despesas de Despesas de industrial e outros Activo intangíveis
instalação desenvolvimento direitos Softw are em curso Total

Saldo inicial 48.674 3.619.423 80.873 - 358.487 4.107.457


Aumentos 1.519 30.605 - - 30.456 62.580
Alienações - - - - - -
Transferências e abates - (840.128) 4.110 - (268.921) (1.104.939)

Saldo final 50.193 2.809.900 84.983 - 120.022 3.065.098

Amortizações acumuladas
Despesas de Propriedade
Despesas de investigação e industrial e outros Activo intangíveis
instalação desenvolvimento direitos Softw are em curso Total

Saldo inicial 3.888 3.480.349 84.983 - 3.569.220


Aumentos - 98.964 - - 98.964
Alienações - - - - -
Transferências e abates - (893.208) - - (893.208)

Saldo final 3.888 2.686.105 84.983 - 2.774.976

46.305 123.795 - - 120.022 290.122

2008
Activo bruto
Propriedade
Despesas de Despesas de industrial e outros Activo intangíveis
instalação desenvolvimento direitos Softw are em curso Total

Saldo inicial 46.018 3.586.299 88.873 491.199 505.922 4.718.311


Variação das actividades cindidas até à data da cisão - - - (54.571) - (54.571)
Variação de perímetro - cisão (Nota 5) - - - (436.628) - (436.628)
Variação de perímetro - (193.293) (8.000) - (5.934) (207.227)
Aumentos 2.656 94.117 - - 88.276 185.049
Alienações - - - - - -
Transferências e abates - 132.300 - - (229.777) (97.477)

Saldo final 48.674 3.619.423 80.873 - 358.487 4.107.457


Amortizações acumuladas
Despesas de Propriedade
Despesas de investigação e industrial e outros Activo intangíveis
instalação desenvolvimento direitos Softw are em curso Total

Saldo inicial 3.888 3.428.145 80.767 237.890 3.750.690


Variação das actividades cindidas até à data da cisão - - - (23.866) (23.866)
Variação de perímetro - cisão (Nota 5) - - - (214.024) (214.024)
Variação de perímetro - (185.050) (5.778) - (190.828)
Aumentos - 237.254 9.994 - 247.248
Alienações - - - - -
Transferências e abates - - - - -

Saldo final 3.888 3.480.349 84.983 - 3.569.220

44.786 139.074 (4.110) - 358.487 538.237

- 26 -
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

10. INVENTÁRIOS E ACTIVOS BIOLÓGICOS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o montante registado na rubrica “Activos biológicos” corresponde às


florestas e encargos incorridos com as plantações efectuadas pelo Grupo, podendo o seu valor ser detalhado
como segue:

31.12.2009 31.12.2008
Valor bruto 80.866.853 76.259.437
Perdas de imparidade acumuladas em activos biológicos (Nota 21) (380.006) (380.006)
80.486.847 75.879.431

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o montante registado na rubrica “Inventários” pode ser detalhado como
segue:

31.12.2009 31.12.2008
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 23.006.154 33.592.703
Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos - 58.380
Produtos e trabalhos em curso 390.629 387.955
Produtos acabados e intermédios 19.080.657 30.879.007
42.477.440 64.918.045
Perdas de imparidade acumuladas (Nota 21) (4.589.518) (7.304.757)

37.887.922 57.613.288

O custo das vendas do exercício findo em 31 de Dezembro 2009 ascendeu a 112.017.763 Euros e foi apurado
como segue:
Matérias primas, Produtos Produtos e
subsidiárias e de acabados e trabalhos em Activos
Mercadorias consumo Subprodutos intermédios curso biológicos Total

Saldo inicial - 33.592.703 58.380 30.879.007 387.955 76.259.437 141.177.482


Compras 1.368.108 93.559.825 - - - - 94.927.933
Regularização de existências - 1.010 - (313.574) - (430.795) (743.359)
Existências finais - (23.006.154) - (19.080.657) (390.629) (80.866.853) (123.344.293)

1.368.108 104.147.384 58.380 11.484.776 (2.674) (5.038.211) 112.017.763

O custo das vendas do exercício findo em 31 de Dezembro 2008 ascendeu a 79.542.865 Euros e foi apurado
como segue:
Matérias primas, Produtos Produtos e
subsidiárias e de acabados e trabalhos em Activos
Mercadorias consumo Subprodutos intermédios curso biológicos Total

Saldo inicial 17.911.343 30.621.230 54.773 19.363.928 6.187.993 62.219.275 136.358.542


Aumento nas actividades cindidas até à cisão 1.740.220 (40.567) 9 (569.666) 7.744.554 - 8.874.550
Variação de perímetro - cisão (Nota 5) (19.605.565) (7.480.223) (18) (2.019.149) (13.676.753) - (42.781.708)
Variação de perímetro - saídas (Nota 4 .5) - (1.301.196) - (2.225.345) - - (3.526.541)
Compras 1.390.381 120.822.048 - - - - 122.212.429
Regularização de existências 176.634 64.467 - (527.718) (130.308) - (416.925)
Existências finais - (33.592.703) (58.380) (30.879.007) (387.955) (76.259.437) (141.177.482)

1.613.013 109.093.056 (3.616) (16.856.957) (262.469) (14.040.162) 79.542.865

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

11. IMPOSTOS CORRENTES E DIFERIDOS

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das
autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando
tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções,
reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados
ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2006 a 2009 poderão vir ainda ser
sujeitas a revisão.

O Conselho de Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de


revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito
significativo nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2009 e 2008.

O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro
de 2009 e 2008 foi como segue:

2009
Activos por impostos Passivos por impostos
diferidos diferidos

Saldo em 1.1.2009 10.983.234 3.914.691


Efeitos na demonstração dos resultados:
Aumento/(Utilização) de prejuízos fiscais reportáveis 5.969.632 -
Aumento/(Redução) de provisões não aceites para efeitos fiscais (2.087.361) -
Harmonização de taxas de amortização 1.665.038 -
Anulação de mais valias e transacções intra-grupo (263.402) -
Fundo de Pensões (1.006.687) 437.313
Outros efeitos (181.278) (46.112)
Total de efeitos na demonstração dos resultados 4.095.942 391.201

Efeitos em capitais próprios:


Justo valor de instrumentos derivados (Nota 27) 2.984.669 (3.324.885)
Saldo em 31.12.2009 18.063.845 981.007

2008
Activos por impostos Passivos por impostos
diferidos diferidos

Saldo em 1.1.2008 11.925.730 1.884.051

Aumentos nas actividades cindidas até à cisão 271.316 77.106

Variação de perímetro (Nota 5) (2.681.528) (401.714)


Efeitos na demonstração dos resultados:
Aumento/(Redução) de provisões não aceites para efeitos fiscais 1.157.188 -
Harmonização de taxas de amortização 1.416.837 -
Anulação de mais valias e transacções intra-grupo (1.183.753) -
Outros efeitos 537.059 (150.823)

Total de efeitos na demonstração dos resultados 1.927.331 (150.823)

Efeitos em capitais próprios:

Justo valor de instrumentos derivados (Nota 27) (459.615) 2.506.071

Saldo em 31.12.2008 10.983.234 3.914.691

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

O detalhe dos activos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, de acordo com as
diferenças temporárias que os geraram, é como segue:

31.12.2009 31.12.2008
Activos por impostos Passivos por impostos Activos por impostos Passivos por impostos
diferidos diferidos diferidos diferidos
Provisões e perdas por imparidade de activos não aceites fiscalmente 1.866.416 - 3.953.777 -
Prejuízos fiscais reportáveis 5.969.632 - - -

Justo valor dos instrumentos derivados 4.216.732 - 1.037.092 3.324.885


Anulações de activos fixos tangíveis 306.101 - 327.145 -
Fundos de pensões 148.188 437.313 1.154.875 -

Harmonização de políticas contabilísticas 4.471.011 - 2.805.973 -


Anulação de mais valias e transacções intra-grupo 1.042.397 - 1.305.799 -
Outros 43.368 543.694 398.573 589.806

18.063.845 981.007 10.983.234 3.914.691

De acordo com a legislação em vigor o Grupo utiliza uma taxa de impostos diferidos de 26,5%, nos casos em
que incide derrama de 1,5%, excepto no que respeita a activos por impostos diferidos resultantes de prejuízos
fiscais reportáveis, situação em que é utilizada uma taxa de 25%.

Em 31 de Dezembro de 2009 foram avaliados os impostos diferidos a reconhecer resultantes de prejuízos


fiscais. Nos casos em que originaram activos por impostos diferidos, os mesmos só foram registados na
medida em que seja provável que ocorram lucros tributáveis no futuro e que possam ser utilizados para
recuperar as perdas fiscais ou diferenças tributárias dedutíveis.

Em 31 de Dezembro de 2009 existiam prejuízos fiscais reportáveis no montante de, aproximadamente,


4.260.000 Euros, cujos activos por impostos diferidos, numa óptica de prudência, não se encontram registados
e ascendiam a, aproximadamente, 1.065.000 Euros caso fossem registados.

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos na demonstração dos resultados dos exercícios findos em 31
de Dezembro de 2009 e 2008 podem ser detalhados como segue:

31.12.2009 31.12.2008

Imposto corrente 2.938.571 183.545


Imposto diferido (3.704.741) (2.078.154)

(766.170) (1.894.609)

A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do exercício é como segue:

31.12.2009 31.12.2008
Resultado antes de Imposto (12.731.176) 2.262.478
Taxa de Imposto (incluindo taxa máxima e derrama) 26,50% 26,50%
(3.373.762) 599.557

Outros custos não aceites fiscalmente 2.025.532 2.030.494


Insuficiência/(Excesso) da estimativa de imposto (462.172) (103.796)
Diferença entre mais e menos valias fiscais e contabilísticas (154.853) (4.858.494)
Actualização de encargos de explorações silvícolas (271.789) (1.092.589)
Utilização de perdas fiscais que não deram origem a activos por impostos diferidos - (289.387)
Efeito da existência de taxa de imposto diferente da acima apresentada 110.606 1.118.305
Benefícios fiscais (66.073) (72.173)
Outros efeitos 1.426.341 773.474
Imposto sobre o rendimento (766.170) (1.894.609)

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CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

12. CLIENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2009 31.12.2008

Clientes, conta corrente 70.004.902 58.222.047


Clientes de cobrança duvidosa 364.159 347.851
70.369.061 58.569.898
Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 21) (766.468) (750.748)
69.602.593 57.819.150

A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível antes de mais às contas a receber da sua actividade
operacional. Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das
perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo, de acordo com
a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O Conselho de
Administração entende que os valores contabilísticos das contas a receber se aproximam do seu justo valor,
uma vez que as mesmas não vencem juros e o efeito de desconto é considerado imaterial.

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, a antiguidade dos saldos de clientes pode ser analisada como segue:

31.12.2009 31.12.2008

Não vencido 49.156.033 32.563.401

Vencido mas sem registo de imparidade


0 - 30 dias 4.772.198 8.962.391
30 - 90 dias 1.241.146 3.836.399
+ 90 dias 14.377.166 12.456.959
20.390.510 25.255.749
Vencido com registo de imparidade
90 - 180 dias 56.050 -
180 - 360 dias - -
+ 360 dias - -
56.050 -

Total 69.602.593 57.819.150

O Grupo contratou seguros de crédito para cobrir o risco de incobrabilidade de parte destas contas a receber,
como segue:

31.12.2009 31.12.2008
Com seguro de crédito 36.576.094 20.371.976
Sem seguro de crédito 33.792.967 38.197.922
70.369.061 58.569.898

Os saldos vencidos com mais de 90 dias mas sem registo de imparidade correspondem principalmente a
saldos com empresas do Grupo F. Ramada (Nota 31).

O Grupo não cobra quaisquer encargos de juros enquanto os prazos de pagamento definidos (em média 60
dias) estejam a ser respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que estiverem definidos
contratualmente, e de acordo com a lei em vigor e aplicável a cada situação, o que tenderá a ocorrer só em
situações extremas.

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CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

13. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2009 31.12.2008

Adiantamentos a fornecedores 30.147 244.013


Outros devedores 7.919.814 15.514.810
7.949.961 15.758.823
Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 21) (967.082) (1.009.182)
6.982.879 14.749.641

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a rubrica “Outros devedores” corresponde, principalmente, a contas a


receber pela alienação de imobilizado e a contas a receber para as quais foram constituídas perdas de
imparidade.

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a antiguidade dos saldos de “Outras dívidas de terceiros” pode ser
analisada como se segue:

31.12.2009 31.12.2008

Não vencido 3.992.240 12.042.910

Vencido mas sem registo de imparidade


0 - 30 dias 49.042 886.383
30 - 90 dias - 10.442
> 90 dias 2.941.597 1.809.906
2.990.639 2.706.731
Vencido com registo de imparidade
> 360 dias - -
6.982.879 14.749.641

Os devedores que não estão vencidos não apresentam qualquer sinal de imparidade, o valor contabilístico dos
activos líquidos de imparidade é considerado como estando próximo do seu justo valor, sendo imaterial o efeito
do seu desconto financeiro.

14. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

O detalhe da rubrica “Estado e outros entes públicos” em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, é o seguinte:

Valores devedores: 31.12.2009 31.12.2008


Imposto sobre o rendimento 2.315.981 4.021.692
Retenções na fonte 614.796 1.019.410
Imposto sobre o valor acrescentado 12.707.252 19.377.660
Outros Impostos 5.745 -
15.643.774 24.418.762

Valores credores:
Imposto sobre o rendimento (2.553.752) (1.727.266)
Retenção na Fonte - IRS trabalho dependente (732.210) (743.291)
Contribuições para a Segurança Social (500.916) (567.817)
Outros Impostos (20.004) (24.547)
(3.806.882) (3.062.921)

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

15. OUTROS ACTIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, esta rubrica tinha a seguinte composição:

Acréscimos de proveitos: 31.12.2009 31.12.2008


Outros 436.641 2.875.501
Custos diferidos:
Rendas e alugueres pagos antecipadamente 2.427.192 2.400.735
Fundo de pensões (Nota 29) 1.795.787 -
Seguros pagos antecipadamente 571.458 465.752
Custos de transporte pagos antecipadamente 89.559 1.080.141
Outros custos pagos antecipadamente 1.227.594 3.305.730
6.548.231 10.127.859

16. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o detalhe da rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” era como segue:

31.12.2009 31.12.2008

Caixa 24.768 24.911


Depósitos Bancários 80.237.198 74.275.368
80.261.966 74.300.279

Descobertos bancários (Nota 20) (2.629.166) (1.276.882)

Caixa e equivalentes 77.632.800 73.023.397

Em descobertos bancários estão considerados os saldos credores de contas correntes com instituições
financeiras, incluídos na demonstração da posição financeira na rubrica de Empréstimos bancários (Nota 20).

17. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, esta rubrica corresponde a rendas pagas antecipadamente.

18. CAPITAL SOCIAL E RESERVAS

Capital Social

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o capital social da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e


realizado e era composto por 102.565.836 acções com o valor nominal de 25 cêntimos de Euro cada acção.

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 não existiam pessoas colectivas com uma participação no capital
subscrito de, pelo menos, 20%.

Reserva Legal

Em 31 de Dezembro de 2009, a Empresa apresentava o montante de 2.862.981 Euros (1.630.523 Euros em


31 de Dezembro de 2008) relativo à reserva legal, a qual não pode ser objecto de distribuição aos accionistas
a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de
esgotadas as outras reservas, ou incorporada em capital.

Outras Reservas
31.12.2009 31.12.2008

Reservas de cobertura (10.205.900) 7.294.181


Outras reservas 50.285.291 46.862.442
40.079.391 54.156.623

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

A rubrica “Reservas de cobertura” diz respeito ao justo valor dos instrumentos financeiros derivados
classificados como de cobertura de fluxos de caixa na componente eficaz da cobertura, líquido do respectivo
efeito fiscal (Nota 27).

19. INTERESSES MINORITÁRIOS

O movimento desta rubrica durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 foi o seguinte:

31.12.2009 31.12.2008
Saldo inicial 283.991 274.494
Parte adquirida a minoritários da Celtejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A. (142.573) (9.335)
Aquisição de 20% da Sosapel - Sociedade Comercial de Sacos de Papel, Lda. - (28.877)
Resultado do exercício atribuível aos interesses minoritários (32.047) 47.709

Saldo final 109.371 283.991

20. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o detalhe das rubricas “Empréstimos bancários” e “Outros empréstimos”
é como segue:
2009
Valor nominal Valor contabilístico
Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total
Empréstimos bancários 44.097.371 150.516.358 194.613.729 43.930.820 149.913.243 193.844.063
Descobertos bancários (Nota 16) 2.629.166 - 2.629.166 2.629.166 - 2.629.166
Empréstimos bancários 46.726.537 150.516.358 197.242.895 46.559.986 149.913.243 196.473.229

Papel comercial 85.000.000 180.000.000 265.000.000 84.891.974 179.641.980 264.533.954


Empréstimos obrigacionistas 20.500.000 375.000.000 395.500.000 20.338.303 368.872.544 389.210.847
Outros empréstimos 3.941.163 64.005.261 67.946.424 3.941.163 64.005.261 67.946.424
Outros empréstimos 109.441.163 619.005.261 728.446.424 109.171.440 612.519.785 721.691.225

156.167.700 769.521.619 925.689.318 155.731.426 762.433.028 918.164.454

2008
Valor nominal Valor contabilístico
Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total
Empréstimos bancários 50.887.167 150.785.809 201.672.976 50.609.582 150.015.292 200.624.874
Descobertos bancários (Nota 16) 1.276.882 - 1.276.882 1.276.882 - 1.276.882
Empréstimos bancários 52.164.049 150.785.809 202.949.858 51.886.464 150.015.292 201.901.756

Papel comercial 85.000.000 115.000.000 200.000.000 84.974.531 114.578.800 199.553.331


Empréstimos obrigacionistas 21.500.000 375.000.000 396.500.000 21.236.178 367.814.561 389.050.739
Outros empréstimos 4.785.414 38.876.656 43.662.070 4.785.414 38.876.656 43.662.070
Outros empréstimos 111.285.414 528.876.656 640.162.070 110.996.123 521.270.017 632.266.140

163.449.463 679.662.465 843.111.928 162.882.587 671.285.309 834.167.896

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

Empréstimos bancários

Em Agosto de 2006, a subsidiária Altri, S.L. celebrou um contrato de empréstimo junto de um sindicato
bancário no montante de 400.000.000 Euros destinado ao financiamento da aquisição das acções
representativas de 99,96% do capital social e de 100% dos direitos de voto da Celbi. Em 2007 este empréstimo
sofreu uma amortização extraordinária de 250.000.000 Euros. Este empréstimo vence juros semestrais e
postecipados sendo reembolsável em 5 prestações semestrais, vencendo-se a primeira em Agosto de 2011.

Em Julho de 2005 a Invescaima, SGPS, S.A. celebrou um contrato de mútuo com a Caixa Geral de Depósitos
(CGD) e com a Caixa Banco de Investimento (CBI) no montante de 30.000.000 Euros, com juros semestrais
postecipados e com reembolso de capital em 10 prestações semestrais, iguais e sucessivas, com início em
Janeiro de 2007. O valor ainda por liquidar a 31 de Dezembro de 2009 ascende a 12.000.000 Euros e está
registado como dívida corrente em virtude da existência de cláusulas contratuais que conferem aos bancos a
possibilidade exigir o seu reembolso antecipado embora seja convicção do Conselho de Administração que
este reembolso antecipado não será solicitado.

Em 31 de Dezembro de 2009 existam contas caucionadas contratadas no montante de, aproximadamente 118
Euros (121 milhões de Euros em 31 de Dezembro de 2008) que se encontravam utilizadas no montante de,
31.842.276 Euros (32.887.167 Euros em 31 de Dezembro de 2008), classificadas na rubrica “Empréstimos
bancários”.

Outros empréstimos

Em Agosto de 2005 a Celulose do Caima, SGPS, S.A. procedeu à emissão de um empréstimo obrigacionista
no montante de 21.500.000 Euros reembolsável no prazo de 6 anos, o qual tem associadas determinadas
imposições relativas a cumprimento de rácios financeiros. O valor em dívida (20.500.000 Euros) está registado
como dívida corrente em virtude da existência de cláusulas contratuais que conferem aos bancos a
possibilidade exigir o seu reembolso antecipado embora seja convicção do Conselho de Administração que
este reembolso antecipado não será solicitado.

A Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. em Fevereiro de 2007 procedeu à emissão de um empréstimo
obrigacionista no montante de 300.000.000 Euros. As obrigações têm o prazo de 8 anos, tendo o seu
vencimento em 2015, sendo os juros semestrais e postecipados a partir da data de subscrição, a uma taxa
igual à Euribor a 6 meses adicionada de spread.

No primeiro semestre de 2008 a Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. procedeu à emissão de dois
empréstimos obrigacionistas adicionais, no montante de 50.000.000 Euros e 25.000.000 Euros,
respectivamente. As obrigações têm o prazo de 10 anos, tendo o seu vencimento em 2018.

O Grupo tem contratados programas de papel comercial renováveis com garantia de colocação no montante
máximo de 265.000.000 Euros em 31 de Dezembro de 2009 (igual montante em 31 de Dezembro de 2008),
subscritos pelas diversas empresas, sendo que em 31 de Dezembro de 2009 o montante total utilizado era o
máximo (200.000.000 Euros em 31 de Dezembro de 2008). O montante de 85.000.000 Euros está classificado
como dívida corrente, uma vez que, de acordo com os contratos respectivos, ambas as partes podem
denunciar o programa mediante um pré-aviso definido de 30 a 60 dias, embora caso os programas não sejam
denunciados antes do seu vencimento apenas serão reembolsados nos anos de 2011 e 2013 nos montantes
de 25.000.000 Euros e 45.000.000 Euros, respectivamente, e seja convicção do Conselho de Administração
que não haverá denuncia de qualquer das partes às renovações destes programas de papel comercial.

As despesas incorridas com a montagem de empréstimos foram deduzidas ao seu valor nominal, encontrando-
se estas a ser reconhecidas ao longo do período de vida do respectivo empréstimo (Nota 35).

Foi aprovada em Fevereiro de 2005 a candidatura da subsidiária Celtejo aos incentivos financeiros no âmbito
do Programa Operacional de Economia – POE, para aplicação na concretização do projecto de expansão e
modernização da unidade fabril da Empresa, tendo em vista o aumento da sua capacidade de produção e o
aprofundamento da diferenciação comercial das pastas cruas de Pinho e Eucalipto. O investimento em causa
tem um montante global estimado de, aproximadamente, 49.464.000 Euros. O valor total do incentivo
financeiro atribuído no âmbito do POE consubstancia-se em: (i) um incentivo reembolsável até ao montante de
14.919.000 Euros; (ii) um prémio de realização sob a forma de incentivo não reembolsável que poderá atingir o
valor máximo de 14.919.000 Euros, e que será deduzido ao valores a reembolsar do subsídio referido em (i); e,
(iii) um incentivo não reembolsável sobre as despesas elegíveis para formação profissional. Em 31 de
Dezembro de 2009, o saldo a liquidar relativamente a este subsídio ascende a 6.566.438 Euros.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

Durante o exercício de 2006 iniciou-se a candidatura do PRIME no âmbito do projecto de branqueamento da


pasta de papel da unidade da Celtejo. Este investimento tinha um montante global estimado de cerca de
72.000.000 Euros tendo sido concluído em 2008. O valor total do investimento financeiro atribuído no âmbito
do POE consubstancia-se em: (i) um incentivo reembolsável até ao montante de 15.323.000 Euros; (ii) um
prémio de realização sob a forma de incentivo não reembolsável que poderá atingir o valor máximo de
12.317.330 Euros, e que será deduzido aos valores a reembolsar do subsídio referido. O prémio de realização
será atribuído mediante o grau de cumprimento do contrato, apurado nas medições a efectuar no final dos
anos de 2010, 2011 e 2013. O incentivo financeiro reembolsado atribuído será liquidado pela Celtejo em 10
prestações semestrais, iguais e sucessivas de capital, vencendo-se a primeira em 18 de Janeiro de 2012.

Adicionalmente, em Janeiro de 2007 a Celbi e a Altri assinaram um contrato de concessão de incentivos


financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de Setembro, com a Agência para o
Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o Estado Português considerado de
interesse nacional (PIN) este projecto de expansão da capacidade produtiva da Celbi. O Projecto de
Investimento irá decorrer entre 1 de Janeiro de 2007 e 30 de Junho de 2010 e o valor contratado é de
320.000.000 Euros sendo que o Estado Português concederá um incentivo financeiro reembolsável
correspondente a 16,5% das despesas elegíveis caso a Celbi cumpra com os objectivos propostos e medidos
nos finais dos anos de 2009 (ainda não auditado pela AICEP), 2010, 2013 e 2016 o Estado Português
concederá ainda um Prémio de Realização que corresponderá ao não reembolso de até 80% do montante de
incentivo reembolsável. O Estado Português concederá também um Incentivo Fiscal correspondente a um
crédito fiscal em sede de IRC no montante de 12% das aplicações relevantes. Até ao final do exercício findo
em 31 de Dezembro de 2009 a Celbi recebeu o montante de 43.898.250 Euros referente ao incentivo
reembolsável, o qual se encontra registado na rubrica “Outros empréstimos”.

Alguns empréstimos estão sujeitos a “convenants financeiros” cujo cumprimento dessas condições foi
analisado à data da demonstração da posição financeira, não se tendo verificado situações com impacto
material nas condições dos empréstimos.

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a sensibilidade do Grupo a alterações no indexante
da taxa de juro de mais ou menos 1 ponto percentual, medida como a variação nos resultados financeiros,
pode ser analisada como segue, não considerando o efeito de cobertura dos instrumentos financeiros
derivados (Nota 27):

31.12.2009 31.12.2008

Juros suportados (Nota 35) 22.037.223 34.528.851

Variação positiva de 1 p.p. na taxa de juro


aplicada à totalidade do endividamento (9.256.893) (8.431.119)

Variação negativa de 1 p.p. na taxa de juro


aplicada à totalidade do endividamento 9.256.893 8.431.119

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

O prazo de reembolso dos empréstimos bancários e dos outros empréstimos bem como dos juros associados
é como segue:
31-12-2009

2010 2011 2012 2013 >2014 Total


Empréstimos bancários
Capital 44.097.371 11.088.640 21.951.247 117.476.471 - 194.613.729
Juros (a) 7.946.079 7.480.663 7.975.265 7.162.540 - 30.564.547
Descobertos bancários
Capital 2.629.166 - - - - 2.629.166
Juros (a) 88.945 - - - - 88.945
Papel comercial
Capital 85.000.000 36.000.000 36.000.000 36.000.000 72.000.000 265.000.000
Juros (a) 1.940.550 5.706.000 5.644.800 4.640.760 5.061.960 22.994.070
Empréstimos obrigacionistas
Capital 20.500.000 - - - 375.000.000 395.500.000
Juros (a) 9.820.265 12.637.500 15.450.000 16.863.750 47.648.250 102.419.765
Outros empréstimos
Capital 3.941.163 4.460.257 6.217.165 17.829.483 35.498.356 67.946.424
Juros (a) - - - - - -
Total
Capital 156.167.700 51.548.897 64.168.412 171.305.954 482.498.356 925.689.319
Juros 19.795.839 25.824.163 29.070.065 28.667.050 52.710.210 156.067.327
175.963.539 77.373.060 93.238.477 199.973.004 535.208.566 1.081.756.646

31-12-2008
2009 2010 2011 2012 >2013 Total

Empréstimos bancários
Capital 50.887.167 11.111.310 21.998.810 117.500.468 175.221 201.672.976
Juros (a) 8.066.919 5.488.603 5.754.589 5.130.660 8.043 24.448.814
Descobertos bancários
Capital 1.276.882 - - - - 1.276.882
Juros (a) 52.352 - - - - 52.352
Papel comercial
Capital 85.000.000 - - 25.000.000 90.000.000 200.000.000
Juros (a) 2.507.500 2.978.500 3.530.500 3.806.500 9.558.000 22.381.000
Empréstimos obrigacionistas
Capital 21.500.000 - - - 375.000.000 396.500.000
Juros (a) 13.877.500 11.775.000 13.575.000 14.475.000 42.945.000 96.647.500
Outros empréstimos
Capital 4.785.414 3.888.620 6.297.387 6.217.167 22.473.482 43.662.070
Juros (a) - - - - - -
Total
Capital 163.449.463 14.999.930 28.296.197 148.717.635 487.648.703 843.111.928
Juros 24.504.271 20.242.103 22.860.089 23.412.160 52.511.043 143.529.666

187.953.734 35.242.033 51.156.286 172.129.795 540.159.746 986.641.594

(a) Considerando a informação disponível à data relativa à evolução das taxas de juro e que a amortização
do capital é realizada no final de cada ano.

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CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

21. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE

O movimento verificado nas provisões e perdas de imparidade durante os exercícios findos em 31 de


Dezembro de 2009 e 2008 pode ser detalhado como segue:
31-12-2009
Perdas de imparidade em Perdas de imparidade em
contas a receber inventários e activos Perdas de imparidade em
Provisões (Notas 12 e 13) biológicos (Nota 10) investimentos Total

Saldo inicial 5.107.335 1.759.930 7.684.763 - 14.552.028


Aumentos 448.408 74.919 405.000 - 928.327
Reposições (Nota 33) (1.700.000) - - - (1.700.000)
Utilizações (1.431.234) (101.299) (3.120.239) - (4.652.772)
Transferências - - - - -

Saldo final 2.424.509 1.733.550 4.969.524 - 9.127.583

31-12-2008
Perdas de imparidade em Perdas de imparidade em Perdas de imparidade em
contas a receber inventários e activos investimentos
Provisões (Notas 12 e 13) biológicos (Nota 10) (Nota 4.3) Total

Saldo inicial (a) 4.817.457 20.398.686 4.365.721 110.882 29.692.746


Aumentos das actividades cindidas até à cisão 72.547 589.344 29.489 - 691.380
Variação perímetro - cisão (Nota 5) (137.084) (17.071.176) (373.286) (85.886) (17.667.432)
Variação perímetro (Nota 4.5) (412.916) (200.000) (225.000) - (837.916)
Aumentos 1.367.931 200.000 4.254.757 - 5.822.688
Reposições (Nota 33) - - (366.918) - (366.918)
Utilizações (600.600) (2.156.924) - (24.996) (2.782.520)
Transferências - - - - -

Saldo final 5.107.335 1.759.930 7.684.763 - 14.552.028

Os aumentos de perdas de imparidade verificados no exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 e 2008


foram registados por contrapartida da rubrica “Provisões e perdas por imparidade” da demonstração dos
resultados.

O valor registado na rubrica “Provisões” em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 corresponde à melhor estimativa
da Administração para fazer face à totalidade das perdas a incorrer com processos actualmente em curso.

22. OUTROS CREDORES NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2009 31.12.2008

Fornecedores de imobilizado (Nota 30.2) 339.766 491.190

23. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2009 31.12.2008

Subsídios ao investimento 1.601.086 1.513.306


Outras dívidas 22.500.000 -
24.101.086 1.513.306

Em 31 de Dezembro de 2009 a rubrica “Outras dívidas” refere-se a um valor a pagar à Parpública, SGPS, S.A.
o qual, de acordo com as condições contratuais em vigor, será integralmente liquidado no exercício de 2011
(Nota 25).

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica “Subsídios ao investimento” refere-se às parcelas de subsídios


ao investimento a reconhecer como proveito no médio e longo prazo.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

24. FORNECEDORES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, esta rubrica tinha a seguinte composição:

A Pagar
31.12.2009 0-90 dias 90-180dias >180 dias
Fornecedores, conta corrente 58.609.229 34.062.319 235.300 24.311.610
Fornecedores, facturas em recepção e conferência 7.389.860 7.389.860 - -
65.999.089 41.452.179 235.300 24.311.610

A Pagar
31.12.2008 0-90 dias 90-180dias >180 dias
Fornecedores, conta corrente 51.010.434 35.029.737 246.038 15.734.659
Fornecedores, facturas em recepção e conferência 7.891.558 7.891.558 - -
58.901.992 42.921.295 246.038 15.734.659

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica “Fornecedores” respeitava a valores a pagar resultantes de


aquisições decorrentes do curso normal das actividades do Grupo, sendo que as contas a pagar a mais de 180
dias correspondem principalmente a saldos com empresas do Grupo F. Ramada (Nota 31).

O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico destas dívidas é aproximado ao seu justo
valor.

25. OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” pode ser detalhada como segue:

A Pagar
31.12.2009 0-90 dias 90-180dias >180 dias
Fornecedores de imobilizado 8.544.318 8.200.679 92.755 250.884
Outras dívidas 2.235.573 1.960.979 - 274.594
10.779.891 10.161.658 92.755 525.478

A Pagar
31.12.2008 0-90 dias 90-180dias >180 dias
Fornecedores de imobilizado 33.679.259 30.760.558 825.373 2.093.328
Adiantamento por conta de vendas 471.078 471.078 - -
Outras dívidas 36.755.364 36.379.505 - 375.859
70.905.701 67.611.141 825.373 2.469.187

A rubrica “Outras dívidas” inclui em 31 de Dezembro de 2008, 25.000.000 Euros a pagar à Parpública,
SGPS, S.A. cujo prazo de reembolso foi negociado para 2011 (Nota 23).

26. OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica “Outros passivos correntes” pode ser detalhada como segue:

31.12.2009 31.12.2008
Acréscimos de custos
Remunerações a liquidar (3.659.382) (3.694.075)
Juros a liquidar (5.868.899) (9.699.807)
Fundos de pensões (Nota 29) (559.201) (4.703.443)
Rendas (1.186.961) (1.146.825)
Outros (4.925.462) (4.805.398)

Proveitos diferidos
Subsídios ao investimento (3.450.362) (1.770.860)
Outros (1.105.274) (12.666.902)
(20.755.541) (38.487.310)

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

27. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

Derivados de taxa de juro

Por forma a reduzir a sua exposição à volatilidade das taxas de juro, o Grupo contratou “swaps” de taxa de juro
e um “collar” de taxa de juro. Estes contratos foram avaliados de acordo com o seu justo valor em 31 de
Dezembro de 2009 e 2008, tendo o correspondente montante sido reconhecido na rubrica “Instrumentos
financeiros derivados”.

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 encontravam-se estabelecidos contratos de derivados de taxa de juro


cujos montantes totais são como segue:

Justo valor
Tipo Juro 31.12.2009 31.12.2008

Interest rate collar (c) Paga taxa fixa e recebe Euribor a 6M (7.567.273) (3.883.723)
Interest rate swap (a) Paga taxa fixa e recebe Euribor a 3M (913.110) (2.175.723)
Interest rate swap (b) Paga taxa fixa e recebe Euribor a 6M (1.383.465) -
Forward rate agreement (b) Paga taxa fixa e recebe Euribor a 6M (196.880) -

(10.060.728) (6.059.446)

(a) Apesar de terem sido contratados com um objectivo de cobertura de risco (e não de especulação), estes
contratos não cumprem com todos os requisitos necessários para que se qualifiquem como de cobertura, (Nota
2.3 k) v)) pelo que a variação do seu justo valor foi registada por contrapartida da demonstração dos resultados
(Nota 35).

(b) De acordo com as políticas contabilísticas adoptadas estes derivados cumprem com os requisitos para
serem designados como instrumentos de cobertura de taxa de juro (Nota 2.3 k) v)).

(c) Apesar de ter sido contratado com um objectivo de cobertura de risco (e não de especulação), parte deste
contrato derivado não cumpre com todos os requisitos necessários para que se qualifique como de cobertura,
(Nota 2.3 k) v)) pelo que a variação do justo valor na parte que não cumpre com todos os requisitos
necessários para que se qualifique como de cobertura, foi registada por contrapartida da demonstração dos
resultados (Nota 35).

O apuramento do justo valor dos derivados contratados pelo Grupo foi efectuado pelas respectivas
contrapartes (instituições financeiras com quem foram celebrados tais contratos). O modelo de avaliação
destes derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método dos Cash Flows descontados, i.e.,
utilizando as Par Rates de Swaps, cotadas no mercado interbancário, e disponíveis nas páginas Reuters e/ou
Bloomberg, para os prazos relevantes, sendo calculadas as respectivas taxas forwards e factores de desconto
que servem para descontar os cash flows fixos (leg fixo) e os cash flows variáveis (leg variável). O somatório
das duas parcelas resulta no Valor Actualizado Líquido dos cash flows futuros ou justo valor dos derivados.

O aumento/diminuição de 1 ponto percentual nos indexantes da taxa de juro verificada durante o exercício de
2009 e estimada para o período de duração dos derivados teria implicado o aumento/diminuição dos
resultados financeiros do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 de 1.074.398 Euros/1.397.408 Euros e
da rubrica do capital próprio “Reservas de cobertura” de 8.770.826 Euros/9.595.535 Euros antes de
consideração dos respectivos efeitos fiscais.

Derivados de cobertura de preço da pasta de papel

Por forma a reduzir a sua exposição à volatilidade do preço da pasta de papel, o Grupo contratou derivados de
cobertura do preço da pasta de papel, os quais foram avaliados de acordo como seu justo valor em 31 de
Dezembro de 2009 e 2008, tendo o correspondente montante sido reconhecido na rubrica “Instrumentos
financeiros derivados”.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 encontravam-se em vigor os seguintes contratos derivados de preço da


pasta de papel cujos montantes totais são como segue:

Justo valor Justo valor


Quantidade coberta Vencimento 31.12.2009 31.12.2008
3.500 ton/mês 31-12-2011 (a) - 9.120.226
500 ton/mês 31-08-2011 (528.945) -
2.500 ton/mês 31-07-2011 (2.781.993) -
1.750 ton/mês 31-12-2010 (79.639) 3.426.509
3.000 ton/mês 31-08-2010 (2.213.143) -
(5.603.720) 12.546.735

(a) Este derivado foi liquidado antecipadamente durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009.

O apuramento do justo valor dos derivados, de cobertura do preço da pasta de papel, contratados pelo Grupo
foi efectuado pelas respectivas contrapartes (instituições financeiras com quem foram celebrados tais
contratos). O modelo de avaliação destes derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método dos
Cash Flows descontados, i.e., é calculada a diferença entre a cotação estimada da pasta de papel (PIX) e o
preço fixado para os prazos relevantes, que posteriormente é actualizada para a data a que se reporta a
avaliação.

De acordo com as políticas contabilísticas adoptadas, estes derivados de pasta de papel cumprem com os
requisitos para serem considerados como instrumentos de cobertura, pelo que a variação do seu justo valor foi
registada na rubrica do capital próprio “Reservas de cobertura”.

O aumento/diminuição de 5% no indexante do derivado da pasta de papel (PIX) durante o exercício findo em


31 de Dezembro de 2009 e estimado para o período de duração destes derivados teria implicado uma
diminuição/aumento dos resultados operacionais do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 de 1.263.935
Euros e da rubrica do capital próprio “Reservas de cobertura” de 2.328.570 Euros, antes de consideração dos
respectivos efeitos fiscais.

Derivados de taxa de câmbio

A Altri utiliza derivados de taxa de câmbio, fundamentalmente, de forma a efectuar a cobertura de fluxos de
caixa futuros. Desta forma a Altri contratou diversos “forwards” de taxa de câmbio de dólares dos Estados
Unidos, de forma a gerir o risco de taxa de câmbio a que está exposta.

Em 31 de Dezembro de 2009, o justo valor dos instrumentos derivados de taxa de câmbio, que foram
considerados de cobertura, calculados tendo por base os valores de mercado actuais de instrumentos
financeiros equivalentes de taxa de câmbio é de (2.548.666) Euros.

A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros teve por base a actualização para a data da
demonstração da posição financeira do montante que se estima que será recebido/pago na data de termo do
contrato. O montante de liquidação considerado na avaliação é igual ao montante na moeda de referência
multiplicado pela diferença entre a taxa de câmbio contratada e a de mercado para a data de liquidação
determinada à data da avaliação.

O aumento/diminuição de 5% no indexante da taxa de câmbio durante o exercício findo em 31 de Dezembro


de 2009 e estimado para o período de duração destes derivados teria implicado um aumento/diminuição dos
resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 de 2.560.897 Euros/2.705.314 Euros e da rubrica
do capital próprio “Reservas de cobertura” de 2.375.166 Euros/3.350.688 Euros, antes de consideração dos
respectivos efeitos fiscais.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros durante os exercícios findos em 31 de
Dezembro de 2009 e 2008 pode ser detalhado como segue:

Derivados de
cobertura de preço da Derivados de taxa Derivados de taxa
2009 pasta de juro de câmbio Total

Saldo inicial 12.546.735 (6.059.446) - 6.487.289

Variação do justo valor/cessação


Efeitos em capitais próprios (Nota 18) (18.150.455) (3.110.514) (2.548.666) (23.809.635)
Efeitos na demonstração de resultados (Nota 35) - (890.768) - (890.768)

Saldo final (5.603.720) (10.060.728) (2.548.666) (18.213.114)

Derivados de
cobertura de preço da Derivados de taxa
2008 pasta de juro Total

Saldo inicial (4.183.446) 3.748.671 (434.775)

Variação do justo valor


Efeitos em capitais próprios 16.730.181 (5.538.912) 11.191.269
Efeitos na demonstração de resultados (Nota 35) - (4.269.205) (4.269.205)

Saldo final 12.546.735 (6.059.446) 6.487.289

Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante o exercício de 2009, dos
instrumentos de cobertura na parte não corrida (conforme denominados nos termos do IAS 39), no montante
de (23.809.635) Euros (11.191.269 Euros durante o exercício de 2008), foram registados directamente em
rubricas de capitais próprios líquidos dos correspondentes impostos diferidos, no montante de 6.309.554 Euros
(2.965.686 Euros em 31 de Dezembro de 2009) (Nota 11).

Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante o exercício de 2009, dos
instrumentos de cobertura na parte corrida, dos instrumentos que embora tenham sido contratados com o
objectivo de cobertura, não cumprem com os requisitos para serem classificados como tal e a parte ineficaz
dos instrumentos de cobertura foram registados directamente na demonstração de resultados do exercício
findo em 31 de Dezembro de 2009 (Nota 35).

28. PASSIVOS CONTINGENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, os principais passivos contingentes respeitavam a garantias


prestadas e tinham o seguinte detalhe:

31.12.2009 31.12.2008
AICEP/API 11.621.950 30.036.372
Outros 851.524 864.837
12.473.474 30.901.209

29. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUIDOS NA DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO


FINANCEIRA

a) Fundos de pensões

Algumas empresas do Grupo possuem compromissos relacionados com encargos com fundos de reforma
não incluídos na demonstração da posição financeira consolidada.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

O Fundo de Pensões Caima e Silvicaima, constituído por escritura de 31 de Dezembro de 1987 e


administrado pela “BPI Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.”, destina-se a garantir
aos trabalhadores (i) que à data normal da reforma ou (ii) na cessação contratual do contrato de trabalho
com a Empresa, tenham pelo menos 57 anos de idade e 10 anos de serviço contínuo, o direito a um
complemento de reforma, a partir da idade normal de reforma, cujo valor tem por base a média dos
vencimentos ilíquidos dos últimos dois anos ao serviço da empresa. Por decisão da Administração da
Caima, o Fundo de Pensões Caima e Silvicaima foi dividido em dois fundos autónomos, em Dezembro de
1998, após autorização do Instituto de Seguros de Portugal.

Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadro permanente da
Celtejo com mais de cinco anos de serviço, têm direito após a passagem à reforma ou numa situação de
invalidez a um complemento mensal de pensão de reforma ou invalidez. Este complemento está definido
de acordo com uma fórmula que tem em consideração a remuneração mensal líquida actualizada para a
categoria profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de serviço, no máximo de 30,
sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e a descendentes directos. Para cobrir estas
responsabilidades existe um fundo de pensões autónomo denominado Fundo de Pensões Tejo.

De acordo com requerimento efectuado ao Instituto de Seguros de Portugal, foi autorizada, em 2009, a
extinção da quota-parte do fundo afecta à CPK e a alteração do contrato constitutivo do Fundo de Pensões
Celtejo.

A Celbi atribui aos seus colaboradores, com contrato de trabalho subordinado sem prazo, que se reformem
ao seu serviço, um conjunto de benefícios definidos no Regulamento do Fundo de Pensões da Empresa,
publicado no Diário da República nº 221-III série, de 21 de Setembro de 1999.

De acordo com este regulamento a Empresa garante o seguinte regime de benefícios:

i) Reforma por velhice:


Os participantes que se reformarem na data normal de reforma terão direito a uma pensão de reforma
anual, que será o resultado do produto de 11,5% sobre o salário anual pensionável;

ii) Reforma por invalidez:


Plano A – No caso do participante ser reformado definitivamente por invalidez pelo regime geral da
segurança social, ou ser aceite como tal pelos serviços clínicos do associado e da entidade gestora, o
Fundo garante o pagamento de uma pensão calculada de acordo com as seguintes fórmulas:

Pensão 1:
1. Com menos de dez anos de tempo de serviço pensionável – 50% do salário anual pensionável.
2. Com dez ou mais anos de tempo de serviço pensionável – 80% do salário anual pensionável.
Ao valor da pensão de reforma anual acima definido será deduzido o montante da pensão anual
dedutível.

Pensão 2:
Os participantes terão direito a um capital complementar igual a um quinto de mês do vencimento
mensal auferido à data da reforma por cada ano de tempo de serviço pensionável.

Pensão 3:
Caso a invalidez se verifique depois dos 55 anos de idade, o capital indicado na pensão 2 é
acrescido de um outro que é igual a 50% do salário anual pensionável.

Plano B – No caso do participante ser reformado definitivamente por invalidez pelo regime geral da
segurança social, ou ser aceite como tal pelos serviços clínicos do associado e da entidade gestora, o
Fundo garante o pagamento de uma pensão de reforma anual, que será o resultado do produto de
11,5% sobre o salário anual pensionável.

Só poderão beneficiar do plano A os participantes já ao serviço do associado à data de entrada em


vigor da presente alteração. A estes participantes e relativamente aos planos A e B aplicar-se-á
aquele que lhes for mais favorável. Aos participantes que vierem a ser admitidos no associado, a
partir da data da entrada em vigor desta alteração, e que vierem a reformar-se por invalidez ao serviço
do associado será aplicado exclusivamente o plano B.

O regime de benefícios definido no plano de pensões aplica-se à generalidade dos trabalhadores da Celbi.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

De acordo com os estudos actuariais realizados pelas sociedades gestoras dos fundos com referência a 31
de Dezembro de 2009 e 2008, o valor actual das responsabilidades por serviços passados para os
colaboradores no activo e para os reformados, bem como a situação patrimonial dos fundos de pensões,
naquela data, eram como segue:

2009
Caim a Indústria Silvicaim a Celtejo CPK Celbi Total

Responsabilidades actuais por serviços passados 3.235.516 262.670 10.398.330 - 6.716.221 20.612.737

Situação patrimonial dos fundos de pensões 2.676.315 389.324 12.067.463 - 7.751.915 22.885.017

2008
Caim a Indústria Silvicaim a Celtejo CPK Celbi Total

Responsabilidades actuais por serviços passados 2.989.026 226.679 14.903.246 - 7.397.736 25.516.687

Situação patrimonial dos fundos de pensões 2.680.365 378.449 11.955.771 1.597.021 7.767.535 24.379.141

O detalhe dos montantes registados na demonstração de resultados relacionados com planos de pensões
de benefícios definidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 é como segue:

2009 2008

Custo dos serviços correntes (702.930) (731.787)


Juros das responsabilidades (1.253.624) (1.316.100)
Ganhos/(Perdas) actuariais (Nota 33) 5.171.797 2.082.097
Rendimento/Retorno do Fundo (52.530) (2.011.911)
3.162.713 (1.977.701)

O movimento verificado no valor actual das responsabilidades por serviços passados durante os exercícios
findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 é como segue:
2009 2008

Responsabilidades no início do exercício 25.516.687 28.897.177

Benefícios pagos pelos Fundos de Pensões (1.688.710) (975.594)


Custo dos serviços correntes 702.933 731.787
Custo dos juros 1.253.624 1.316.100
Perdas/(Ganhos) actuariais (5.171.797) (2.082.097)
Extinção de responsabilidades pelo encerramento de actividade da CPK (Nota 4.5) - (2.370.686)
Responsabilidades no fim do exercício 20.612.737 25.516.687

O movimento verificado na situação patrimonial dos fundos de pensões durante os exercícios findos em 31
de Dezembro de 2009 e 2008 é como segue:

2009 2008

Valor dos Fundos de Pensões no início do exercício 24.379.141 27.136.824

Contribuições 250.000 250.000


Pensões pagas (1.691.594) (995.772)
Rendimento/Retorno do Fundo (52.530) (2.011.911)
Valor dos Fundos de Pensões no fim do exercício 22.885.017 24.379.141

Encontra-se registado na rubrica “Outros passivos correntes – Acréscimos de custos” (Nota 26) o passivo
necessário para fazer face a diferenças entre o valor das responsabilidades actuais dos serviços passados
e a situação patrimonial dos fundos de pensões no montante de 559.201 Euros, nos casos em que esta
diferença é positiva.

Adicionalmente, encontra-se registado na rubrica “Outros activos correntes” (Nota 15) o montante de
1.795.787 Euros relativo ao excesso da situação patrimonial dos fundos de pensões face às
responsabilidades actuais por serviços passados, na medida em que tal represente uma redução das
dotações futuras a efectuar nos fundos de pensões por parte das empresas do Grupo Altri.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

Aquelas responsabilidades, com excepção da Celbi, foram determinadas com base no método de cálculo
“Projected Unit Credit”, tendo-se utilizado as Tábuas de Mortalidade TV 73/77 e Invalidez EKV-80. Para
além dos parâmetros técnicos acima referidos foram assumidos, no caso da Caima e Silvicaima, como
pressupostos uma rentabilidade real de longo prazo de 3% quando comparada com o crescimento dos
salários.

No cálculo das responsabilidades da Celtejo foram assumidos os pressupostos de taxa de rendimento


anual dos activos de 4,50% e crescimento das pensões de 1,25%.

Para a Celbi, aquelas responsabilidades foram determinadas com base no método de cálculo “Projected
Unit Credit”, tendo-se utilizado as tábuas de mortalidade GKF95 e de invalidez SR 2001. Para além dos
parâmetros técnicos acima referidos foram assumidos como pressupostos uma rentabilidade real de longo
prazo de 4% até à idade da reforma e de 3% depois da idade da reforma e uma taxa de crescimento dos
salários de 2,5%.

b) Outros compromissos

Em 31 de Dezembro de 2009, os compromissos contratuais para aquisição de imobilizado assumidos pelas


empresas do Grupo são de, aproximadamente, 11.000.000 Euros (72.000.000 Euros em 31 de Dezembro
de 2008) (Nota 7).

Em 31 de Dezembro de 2009, a estimativa do valor dos compromissos assumidos na compra de matéria-


prima, valorizados ao preço médio de mercado, da madeira em pé, é de, aproximadamente, 14.300.000
Euros (14.400.000 Euros em 31 de Dezembro de 2008).

30. LOCAÇÕES

30.1 LOCAÇÕES OPERACIONAIS

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 foi reconhecido como custo do exercício o montante
de, aproximadamente, 8.400.000 Euros (7.200.000 Euros durante o exercício findo em 31 de Dezembro de
2008) relativo a rendas pagas a título de contratos de locação operacional, fundamentalmente relativos a
terrenos explorados pelo Grupo.

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2009 o Grupo detinha, como locatário, contratos de locação


operacional, cujos pagamentos mínimos de locação vencem como segue:

Ano

2010 8.175.492
2011 8.294.071
2012 9.065.770
2013 e seguintes 108.618.339
134.153.672

Relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 o Grupo detinha, como locatário, contratos
de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação se venciam como segue:

Ano

2009 7.978.516
2010 7.749.218
2011 7.886.797
2012 e seguintes 111.203.419
134.817.950

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CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

30.2 LOCAÇÕES FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2009, as responsabilidades reflectidas na demonstração da posição financeira da


Empresa relativas a locações financeiras tinham o seguinte plano de pagamento:

Ano

2011 162.126
2012 124.874
2013 e seguintes 52.766
Total de médio e longo prazo (Nota 22) 339.766
2010 (curto prazo) 213.985
553.751

Em 31 de Dezembro de 2008, as responsabilidades reflectidas na demonstração da posição financeira da


Empresa relativas a locações financeiras tinham o seguinte plano de pagamento:

Ano

2010 187.689
2011 140.104
2012 e seguintes 163.397
Total de médio e longo prazo (Nota 22) 491.190
2009 (curto prazo) 192.678
683.868

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, estima-se que o justo valor das obrigações financeiras em contratos
de locação financeira corresponda, aproximadamente, ao seu valor contabilístico.

As obrigações financeiras por locações são garantidas pela reserva de propriedade dos bens locados.

31. PARTES RELACIONADAS

As participadas do Grupo Altri têm relações entre si que se qualificam como transacções com partes
relacionadas, as quais foram efectuadas a preços de mercado.

Nos procedimentos de consolidação as transacções entre empresas incluídas na consolidação pelo método de
integração global são eliminadas, uma vez que as demonstrações financeiras consolidadas apresentam
informação da detentora e das suas subsidiárias como se de uma única empresa se tratasse.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
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CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 os saldos e transacções com entidades relacionadas podem ser
resumidos como segue:
Vendas e prest. de serviços Compras e serviços recebidos Juros auferidos Juros suportados
Transacções 31.12.2009 31.12.2008 31.12.2009 31.12.2008 31.12.2009 31.12.2008 31.12.2009 31.12.2008
Empresa - Mãe - - - - - - 417.397 379.225
Empresas filiais (a) 44.170.757 86.074.392 47.138.576 69.958.440 7.587.479 9.265.844 6.016.780 7.788.767
Empresas associadas (b) 676.179 483.167 3.271.057 9.083.244 - - 924.615 976.800
Outras partes relacionadas (c) 5.763.218 21.484.961 200.521 29.000.836 - - 228.687 121.052
50.610.154 108.042.520 50.610.154 108.042.520 7.587.479 9.265.844 7.587.479 9.265.844

Imobilizado Imobilizado
aquisições alienações
Transacções de imobilizado 31.12.2009 31.12.2008 31.12.2009 31.12.2008
Empresa - Mãe - - - -
Empresas filiais (a) - - - 31.721.210
Empresas associadas (b) - - - -
Outras partes relacionadas (c) - 31.721.210 - -
- 31.721.210 - 31.721.210

Empréstimos
Contas a receber Contas a pagar Obtidos Concedidos
Saldos 31.12.2009 31.12.2008 31.12.2009 31.12.2008 31.12.2009 31.12.2008 31.12.2009 31.12.2008
Empresa - Mãe 190.971 172.806 1.174.278 962.461 15.000.000 11.000.000 - -
Empresas filiais (a) 94.372.917 84.135.976 100.919.927 88.705.377 137.774.209 130.125.764 175.710.529 165.905.265
Empresas associadas (b) 66.513 25.406 2.585.287 2.907.144 22.842.905 18.122.905 - -
Outras partes relacionadas (c) 24.311.610 14.102.526 14.262.519 5.861.732 215.036 11.114.525 121.621 4.457.929
118.942.011 98.436.714 118.942.011 98.436.714 175.832.150 170.363.194 175.832.150 170.363.194

(a) Todas as entidades consolidadas pelo método integral em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 conforme Nota 4.1, com
excepção da CPK – Papel Kraft, S.A. em descontinuação (Nota 4.5);
(b) Todas as entidades consolidadas pelo método da equivalência patrimonial em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 conforme
Nota 4.2;
(c) Foram consideradas como outras partes relacionadas a CPK – Papel Kraft, S.A. (Nota 4.5) e as empresas do Grupo Ramada
conforme Nota 4.1. em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 (Notas 12 e 24).

Para além das empresas incluídas na consolidação (Nota 4) as entidades consideradas relacionadas em 31 de
Dezembro de 2009 podem ser apresentadas como segue:

Alteria, S.G.P.S., S.A.


Caderno Azul, S.G.P.S., S.A.
Caminho Aberto, S.G.P.S., S.A.
Cofihold, S.G.P.S., S.A.
Cofina, SGPS, S.A.
Cofina B.V.
Cofina Media, SGPS, S.A.
Cofina Eventos e Comunicação, S.A.
Destak Brasil – Editora de Publicações, S.A.
Destak Brasil – Empreendimentos e Participações, S.A.
Edisport – Sociedade de Publicações, S.A.
Edirevistas – Sociedade Editorial, S.A.
Efe Erre Participações, S.G.P.S., S.A.
Elege Valor, S.G.P.S., S.A.
F. Ramada – Investimentos, SGPS, S.A. (Nota 5)
Grafedisport – Impressão e Artes Gráficas, S.A.
Holdimédia, SGPS, S.A.
Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A
Livre Fluxo, S.G.P.S., S.A.
Malva – Gestão Imobiliária, S.A.
Mediafin, SGPS, S.A.
Metronews – Publicações S.A.
Mercados Globais – Publicação de Conteúdos, Lda.
Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A.
Presselivre – Imprensa Livre, S.A.
Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A.
Transjornal – Edição de Publicações, S.A.
Torres da Luz – Investimentos Imobiliários, S.A.
VASP – Sociedade de Transportes e Distribuições, S.A.
Web Works – Desenvolvimento de Aplicações para Internet, S.A.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

32. COMPENSAÇÕES DOS GESTORES CHAVE

As compensações atribuídas aos gestores chave, que, dado o modelo de governação do Grupo, corresponde
aos membros da Administração, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 ascenderam
a 1.026.513 Euros e 1.033.200 Euros, respectivamente.

As remunerações atribuídas aos gestores chave por categoria de remuneração podem ser resumidas como
segue:
31.12.2009 31.12.2008

Remunerações fixas 496.513 493.200


Remunerações variáveis 530.000 540.000
1.026.513 1.033.200

Em 31 de Dezembro de 2009, não existem: (i) planos ou sistemas de incentivos relacionados com a atribuição
de acções aos membros do Conselho de Administração; (ii) indemnizações pagas ou devidas a ex-
administradores relativamente à cessão de funções durante o exercício; (iii) regimes complementares de
pensões ou de reforma antecipada para os administradores; ou (iv) benefícios não pecuniários considerados
como remuneração.

A Altri, S.G.P.S., S.A. não possui qualquer plano de atribuição de acções ou de opções de aquisição de acções
aos membros dos órgãos sociais, nem aos seus trabalhadores.

33. OUTROS PROVEITOS

A rubrica da demonstração dos resultados “Outros proveitos” nos exercícios findos em 31 de Dezembro de
2009 e de 2008 inclui: ganhos em contratos de derivados, parte relativa à denuncia antecipada de um contrato
derivado de pasta de papel no exercício de 2009 e parte relativa a ganhos de derivados, basicamente de pasta
de papel, em vigor em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 (Nota 27), proveitos associados a ganhos em Fundos
de Pensões (Nota 29), subsídios à exploração e ao investimento, reversão de provisões (Nota 21), ganhos
obtidos na alienação de imobilizado, indemnizações recebidas, proveitos suplementares e outros proveitos.

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2008 a rubrica “Outros proveitos” inclui ainda, o montante relativo à
parte da mais-valia reconhecida gerada na alienação da Ródão Power – Empresa e Biomassa do Ródão, S.A.
à empresa associada EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. (Notas 4.2 e 26).

34. OUTROS CUSTOS

A rubrica da demonstração dos resultados “Outros custos” nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009
e de 2008 inclui: impostos indirectos e taxas, perdas em contratos de derivados (Nota 27), custos com
sinistros, donativos e outros custos.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

35. RESULTADOS FINANCEIROS

Os custos e proveitos financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 podem ser
detalhados como segue:

31.12.2009 31.12.2008

Resultados relativos a outros investimentos:


Ganhos em investimentos mensurados ao justo valor através de resultados 302.780 -
Perdas em investimentos mensurados ao justo valor através de resultados (193.544) (520.597)
109.236 (520.597)
Custos financeiros:
Juros suportados (Nota 20) (22.037.223) (34.528.851)
Diferenças de câmbio desfavoráveis (1.007.289) (1.181.370)
Perdas em instrumentos derivados (3.008.284) (8.108.548)
Outros custos e perdas financeiras (3.802.783) (2.556.587)
(29.855.579) (46.375.356)
Proveitos financeiros:
Juros obtidos 3.251.133 6.665.365
Diferenças de câmbio favoráveis 1.153.938 1.990.329
Ganhos em instrumentos derivados - 1.666.859
Outros proveitos e ganhos financeiros 264.469 453.312
4.669.540 10.775.865

Em 31 de Dezembro de 2009, a rubrica “Perdas em instrumentos derivados” inclui o montante de (890.768)


Euros relativo a instrumentos derivados de taxa de juro em vigor em 31 de Dezembro de 2009 (Nota 27) e o
montante de (2.117.516) Euros relativo à perda em instrumentos derivados de taxa de juro que se venceram
ou que foram liquidados.

Em 31 de Dezembro de 2008, as rubricas “Perdas em instrumentos derivados” e “Ganhos em instrumentos


derivados” no montante líquido de (6.441.689) Euros incluem o montante de (4.269.205) Euros relativo a
instrumentos derivados de taxa de juro em vigor em 31 de Dezembro de 2008 (Nota 27) e o montante de
(2.172.484) Euros relativo à perda líquida em instrumentos derivados de taxa de juro que se venceram ou que
foram liquidados até àquela data.

A rubrica “Outros custos e perdas financeiras” inclui, principalmente, despesas incorridas com a montagem de
empréstimos, que se encontram a ser reconhecidas como custo ao longo do período de vida do respectivo
empréstimo (Nota 20).

Os “Resultados relativos a empresas associadas” correspondem à apropriação da quota-parte do Grupo dos


resultados nos investimentos em associadas (Nota 4.2).

36. RESULTADOS POR ACÇÃO

Os resultados por acção dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 foram calculados em
função dos seguintes montantes:

31-12-2009 31-12-2008

Número de acções para efeito de cálculo do resultado líquido básico e diluído 102.565.836 102.565.836

Resultado para efeito do cálculo do resultado por acção líquido e diluído das operações em continuação (11.932.959) 4.109.378

Resultado por acção das operações em continuação


Básico (0,12) 0,04
Diluído (0,12) 0,04

Resultado para efeito do cálculo do resultado por acção líquido e diluído das operações em continuação e descontinuação (10.910.016) 4.668.149

Resultado por acção das operações em continuação e descontinuação


Básico (0,11) 0,05
Diluído (0,11) 0,05

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 não existem efeitos diluidores do número de acções em circulação.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

37. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

Em 16 de Abril de 2008, o Conselho de Administração da ALTRI, S.G.P.S., S.A. aprovou um projecto de cisão-
simples desta sociedade. Nos termos do referido projecto de cisão-simples, a reorganização projectada teve
como objectivo a separação das duas unidades de negócio autónomas da ALTRI correspondentes ao exercício
da actividade da gestão de participações sociais, respectivamente, no sector da pasta e papel e no sector do
aço e sistemas de armazenagem. Esta reorganização inseriu-se numa lógica de focalização e transparência
dos negócios da ALTRI, visando conferir a cada uma das áreas uma maior visibilidade e percepção de valor
pelo mercado.

Adicionalmente, no final de 2008 A Altri decidiu encerrar a unidade industrial de produção de papel Kraft por si
detida. A decisão foi tomada na sequência da degradação das perspectivas do negócio do papel Kraft e da
constatação do contributo negligenciável desta unidade produtiva para o EBITDA do Grupo ALTRI.

Assim sendo, os contributos das duas unidades operacionais acima referidas estão reflectidos na
demonstração de resultados como “Unidades operacionais em descontinuação” (Notas 4.5 e 5).

Tal decisão permite ao grupo Altri concentrar a actividade no seu core business, a produção de pasta de papel
branqueada de eucalipto, pelo que o seu Conselho de Administração entende existir um único segmento de
negócio relatável, sendo que a principal informação de gestão é também preparada e analisada nesse
pressuposto.

Geograficamente, a repartição das vendas e prestações de serviços do Grupo por mercado é como segue:

31.12.2009 31.12.2008
Mercado interno 63.134.569 67.337.288
Mercado externo 212.515.821 188.141.928
275.650.390 255.479.216

38. NÚMERO DE PESSOAL

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 o número médio de pessoal ao serviço das
empresas incluídas na consolidação pelo método de consolidação integral foi de 710 e 726, respectivamente.

39. APLICAÇÃO DO RESULTADO LIQUÍDO

No que respeita ao exercício de 2009, o Conselho de Administração propôs, no seu relatório anual, que o
resultado líquido negativo individual da Altri, SGPS, S.A. no montante de 2.004.309,13 Euros fosse transferido
para Resultados transitados.

40. INFORMAÇÃO RELATIVA A MATÉRIAS AMBIENTAIS

No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases de efeito
de estufa. Neste contexto, foi emitida uma Directiva Comunitária que prevê a comercialização das chamadas
“Licenças de emissão de CO2”, entretanto transposta para a legislação portuguesa e que é aplicável, a partir
de 1 de Janeiro de 2005, entre outras, à indústria de pasta e papel.

Pela publicação do Despacho conjunto nº 2836/2008 de 5 de Fevereiro de 2008, foi efectuada a distribuição
pelo Governo Português das “Licenças de emissão de CO2” às diversas empresas portuguesas abrangidas,
estando prevista a atribuição, a título gratuito, de licenças para a emissão de 110.135 toneladas de CO2 às
empresas do Grupo para o ano de 2009. Caso as emissões reais sejam superiores às “Licenças de emissão
de CO2” atribuídas, o Grupo terá que adquirir as licenças em falta no mercado. A entrega das “Licenças de
emissão de CO2”, correspondente às emissões reais realizadas num exercício, é efectuada no início do ano
seguinte, estando os valores apresentados pelas empresas relativos às emissões reais efectuadas sujeitos a
certificação por uma entidade independente.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

Considerando que estas licenças se referem ao período 2008-2012, com base nos dados previsionais de
emissão de CO2 para o ano de 2009, não se estimam encargos significativos para o Grupo em consequência
da entrada em vigor desta legislação para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009.

Em 31 de Dezembro de 2009 não se encontra registado nas demonstrações financeiras qualquer passivo de
carácter ambiental nem é divulgada qualquer contingência ambiental, por ser convicção do Conselho de
Administração que não existem, a essa data, obrigações ou contingências provenientes de acontecimentos
passados de que resultem encargos materialmente relevantes para o Grupo.

41. PAGAMENTOS E RECEBIMENTOS RELATIVOS A INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 os pagamentos e recebimentos relativos a


investimentos financeiros foram os seguintes:

Valor da Valor
transacção pago/cobrado
Aquisições

EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. (a) 4.720.000 4.720.000


Socasca – Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. (b) 5.197.126 228.202
Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. (c) 92.887 92.887
--------------- ----------------
10.010.013 5.041.089
========= =========

(a) – Reforço de empréstimos concedidos;


(b) – Até 31 de Dezembro de 2008, já tinha sido liquidado o montante de 4.808.924 Euros;
(c) – Aquisição de uma parcela adicional de 0,232% das acções representativas do capital social (Nota 5).

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 os pagamentos e recebimentos relativos a


investimentos financeiros foram os seguintes:

Valor da Valor
transacção pago/cobrado
Aquisições

EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. (a) 7.503.000 7.503.000


Socasca – Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. (b) 5.118.924 337.979
Sosapel – Sociedade Comercial de Sacos de Papel, Lda (c) 2.000 2.000
Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. (d) 5.539 5.539
Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. (e) 810.763 810.763
--------------- ----------------
13.440.226 8.659.281
========= =========

Alienações

Ródão Power – Energia e Biomassa do Ródão, S.A. 21.657.703 21.657.703


Investimentos disponíveis para venda 24.996 24.996
--------------- ----------------
21.682.699 21.682.699
========= =========

(a) – Reforço de empréstimos concedidos;


(b) – Até 31 de Dezembro de 2007, já tinha sido liquidado o montante de 4.470.945 Euros,
(c) – Aquisição da parcela ainda não adquirida representativa de 20% do capital social;
(d) – Aquisição de uma parcela adicional representativa de 0,013% do capital social;
(e) – Pagamento de uma tranche adicional relativa ao acerto do preço inicial.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
(Montantes expressos em Euros)

42. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão
em 15 de Abril de 2010. A sua aprovação final está ainda sujeita a concordância da Assembleia Geral de
Accionistas.

O Conselho de Administração

Paulo Jorge dos Santos Fernandes – Presidente

João Manuel Matos Borges de Oliveira

Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Domingos José Vieira de Matos

Laurentina da Silva Martins

- 51 -
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
CONTAS CONSOLIDADAS

Aos Accionistas da
Altri, SGPS, S.A.

1. Relatório

Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi confiado,
submetemos à vossa apreciação este Relatório e Parecer sobre o Relatório de Gestão e restantes
documentos de prestação de contas consolidadas da Altri, SGPS, S.A. (“Empresa”), relativos ao
exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, os quais são da responsabilidade do Conselho de
Administração.

Ao longo do exercício em apreço, o Conselho Fiscal acompanhou a evolução da actividade da


Empresa e suas participadas, a regularidade dos registos contabilísticos, o cumprimento do
normativo legal e estatutário em vigor e a eficácia e integridade dos sistemas de gestão de riscos
e de controlo interno, tendo efectuado reuniões com a periodicidade e extensão que considerou
adequadas e tendo obtido da Administração e dos Serviços da Empresa e das suas participadas
as informações e esclarecimentos solicitados.

No âmbito das suas atribuições, o Conselho Fiscal examinou a Demonstração da posição


financeira consolidada em 31 de Dezembro de 2009, as Demonstrações consolidadas dos
resultados e do rendimento integral, dos fluxos de caixa e das alterações no capital próprio para
o exercício findo naquela data e o correspondente anexo. Adicionalmente procedeu à análise do
Relatório de Gestão do exercício de 2009, exerceu as suas competências em matéria de
supervisão das habilitações, independência e execução das funções do Auditor Externo e do
Revisor Oficial de Contas da Empresa e apreciou a Certificação Legal das Contas e Relatório de
Auditoria emitida pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas da Empresa, que mereceu o
seu acordo.

2. Parecer

Face ao exposto, o Conselho Fiscal é de parecer que o Relatório de Gestão e as Demonstrações


Financeiras consolidadas estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e
estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovadas em Assembleia Geral de Accionistas.

3. Declaração de responsabilidade

De acordo com o disposto no art. 8º n.º 1, alínea a) do Regulamento da CMVM n.º 5/2008, os
membros do Conselho Fiscal declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o Relatório de
Gestão, as Demonstrações Financeiras consolidadas elaboradas em conformidade com as
Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia, bem
como os demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento dão uma
imagem verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, do activo e do
passivo, da situação financeira e do resultado consolidado da Empresa em 31 de Dezembro de
2009 e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da
posição da Altri, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro da consolidação e contém
uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.
Desejamos manifestar ao Conselho de Administração e aos diversos Serviços da Empresa e das
empresas participadas o nosso apreço pela colaboração que nos prestaram.

Porto, 15 de Abril de 2010

O Conselho Fiscal

João da Silva Natária


Presidente do Conselho Fiscal

Manuel Tiago Alves Baldaque de Marinho Fernandes


Vogal do Conselho Fiscal

Cristina Isabel Linhares Fernandes


Vogal do Conselho Fiscal

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