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26/03/2012

ESTÁCIO | FAL
Curso de Direito

O ESTADO DE DIREITO

Ciência Política
Profa. Rita Andrade

Estado, Poder e Direito


ESTADO Instituição

ESTADO DIREITO

• Poder de mando não • Relação de


prescinde do Interdependência.
DIREITO. • Devir histórico –
• Concepção teórica superar idéia de
– Alemanha – Séx
XIX. Estado de Direito
• Objetivo: enquadrar como mera expressão
e limitar o poder do de Legalidade.
Estado pelo Direito.

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Estado e Legalidade: três visões

• Visão Formal – Atuação estatal é jurídica –


produz-se por REGRAS DO DIREITO;
• Visão Hierárquica – ORDEM JURÍDICA
impõe sujeição do Estado;
• Visão Material – ordem jurídica tem
substancialidade em si – ESTADO qualificado
pelo DIREITO .

Estado de Direito
Submetido a um regime de direito
• Atividade estatal - desenvolve-se apenas
regulada e autorizada pela ordem jurídica –
autolimitação do Estado pelo Direito.
• Cidadãos – salvagarda da ação abusiva do
Estado.
• Distingue-se dos:
▫ Estado de Polícia – Direito é apenas
instrumento sob disponibilidade do Estado;
▫ Estado Legal – Não há provilegiamento da
ordem Jurídica sobre o Estado.

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Conteúdos do Estado de Direito


• Modelos – Alemão, francês e britânico.
• Limitado por Direitos Fundamentais –
garantia contra ação abusiva do Estado.
• Concepção idealista do Direito (críticas):
▫ Legitimadora da autoridade estatal;
▫ Valor mítico da ordem jurídica;
▫ Fetichismo da regra – forma jurídica garantia
suprema.
• Materialidade do Estado de Direito:
▫ Substância – na forma jurídica - conteúdos se
judicializam;
▫ Teoria – dissolvida na ideologia e enraizado na
realidade social e política.

Conteúdos do Estado de Direito


• Estado - Não mais apenas dispositivo técnico de
limitação do poder.
▫ É também CONCEPÇÃO – funda liberdades públicas e
Democracia - fundamento da ordem jurídica.
• Para ser “de Direito” não basta ser um Estado
Legal;
• Precisa refletir determinados ideários, valores.
• Apresenta-se como:
▫ Liberal
▫ Social
▫ Democrático

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O Estado Liberal de Direito

• Princípio da legalidade – submissão da soberania


estatal á LEI.
• Divisão dos poderes ou funções – funda
liberdades públicas e Democracia
• Garantia dos direitos individuais
• Conteúdos políticos do liberalismo
▫ Individualismo – Estado deve servir ao indivíduo
▫ Estado mínimo – Repulsa à um Estado realizador de
atividades materiais
▫ Propriedade privada – liberdade de possuir bens
▫ Legalidade normativa – aplicada à administração
pública.

Características do Estado Liberal de Direito

• Separação entre Estado e Sociedade Civil –


mediada pelo Direito – ideal de Justiça.
• Garantia das Liberdades individuais – direitos do
homem [humanos]
• Democracia e soberania das nações:
▫ Reconhecimento dos Estados – Revolução Francesa
▫ Idéia de representação – democracia semidireta –
referendum e plebiscito;
▫ Hierarquia na produção legislativa – controle de
constitucionalidade.
• Libertade de atuação dos indivíduos – Estado
Mínimo
• Positivismo jurídico – identificação e vinculação do
Direito à Lei – ESTADO LEGAL

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Conteúdos do Liberalismo no Direito

• Hierarquia das normas


▫ Dimensão Formal – Atuação estatal restrita à
legalidade (Lei)
▫ Dimensão Material – ação estatal: relação Estado-
Cidadão
▫ Legalidade normativa aplicada à administração
pública.
• Limitação jurídico-legal negativa – garantias aos
cidadãos contra o arbítrio do Estado
• Característica central, e metodologia do Direito no
Estado Liberal – a COERÇÃO das atitudes –
mecanismo fundamental a SANÇÃO.

O Estado Social de Direito


• Conteúdo social e valores políticos clássicos:
▫ Conquistas e valores impostos pelo liberalismo
burguês – Direitos civis e políticos (1ª geração) e sociais
(2ª geração)
▫ Não apenas limitação do Estado – Estado obrigado
à prestações e garantias coletivas e sociais
▫ Idéia de BEM-ESTAR SOCIAL – Welfare State.
Estado social de Direito – “um tipo de Estado que tende a criar uma
situação de bem-estar geral que garanta o desenvolvimento da
pessoa humana.”
* * *
“…deve exercer uma ação constante através da legislação e da
administração que realize a idéia social de Direito”
(STRECK; MORAIS, 2003, p. 91)

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O Estado Social de Direito


• Estado submetido à lei legitimamente estabelecida;
• Estado obrigado a cumprir princípios
Constitucionais (normatização de valores) –
fundamentam sua legalidade;
• Lei deixa de ser fundada numa ORDEM GERAL
ABSTRATA;
• Reconceitualização da Lei – Conteúdo social adere
ao Estado – instrumento de realização concreta do
Estado;
• Porém não ocorre aida reformulação dos poderes –
avanços tem carater adaptativo;
• Não atinge ainda a efetivação da IGUALDADE
MATERIAL.

O Estado Democrático de Direito


• Desafio é conjulgar os IDEAIS DEMOCRÁTICOS ao
Estado de Direito:
▫ Mantém conquistas democráticas anteriores – Estado
Liberal e Social;
▫ Preocupação social e garantias jurídico-legais.
• Transformação do Status quo;
• Conteúdo de legalidade – concretização da
IGUALDADE;
• Conteúdo político-ideológico transformador da
realidade – vai além da ADAPTAÇÃO para melhoria
das condições sociais de existência;
• Fomentador da participação pública.

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Princípios do Estado Democrático de Direito


• Constitucionalidade – Constituição é instrumento
básico de garantia jurídica;
• Organização Democrática da Sociedade;
• Sistema de direitos fundamentais individuais e
coletivos – dignidade da pessoa humana;
• Justiça Social – correção das desigualdades;
• Igualdade – não apenas formal – sociedade justa;
• Divisão dos Poderes e funções;
• Legalidade – ordenação normativa racional que
exclui o arbítrio do governante;
• Segurança e Certeza jurídicas.

Conteúdos do Estado Democrático de Direito


• Contraposição ao
modelo
absolutista e
liberal – afasta-se
do Estado Legal;
• Reestruturação
das relaçõe
sociais;

Comício das Diretas Já - na Av. Presidente Vargas,


tendo ao fundo a igreja da Candelária, 10 de agosto de 1984

• Ordenação pautada por conteúdos - IGUALDADE;


• Poder da maioria – “Todo poder emana do povo”.

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Conteúdos do Estado Democrático de Direito

• Expõe e questiona o princípio da Isonomia (formal)


– herança do liberalismo jurídico – político;
• Questiona a noção de ordenamento completo:
▫ ausente de lacunas;
▫ hierarquizado;
▫ aceito sem crítica;
▫ função é “calibar” expectativas e induzir à obediência;
▫ aceitação passiva de normas gerais e impessoais –
prescrições legais aina indeterminadas quanto ao seu
conteúdo concreto.
• Liberdade contratual - Mecânica econômica.

A Transformação do Estado de Direito

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A novidade do Estado Democrático de Direito


• Objetivos do Estado vinculados a um ideal de
solidariedade – carater comunitário;
• Estado como instrumento de transformação social;
• Ator principal – comunidades difusas – idéia de partilha
comum do destino – cosmopolitismo;
• Agregação o feitio incerto da DEMOCRACIA ao
Direito:
▫ Contradição fundamental com a juridicidade liberal;
▫ Redefinição dos primados básicos da Certeza e Segurança
jurídicas;
▫ Idéia de justiça fundada na garantia do futuro e não da
conservação do passado;
▫ Deslocamento da tensão dos poderes Executivo e
legislativo para o Judiciário;

A novidade do Estado Democrático de Direito


• Agregação do “feitio incerto” da
DEMOCRACIA ao Direito (cont.):
▫ Incorporação de conteúdos novos – não apenas
aumento no número de direitos;
▫ Transformação fundamental no conteúdo do Direito;
▫ Transmutação da idéia de sanção para promoção como
foco principal do direito.
• Mudança no caráter da regra jurídica – não
mais preceito genérico e abstrato -
PARTICULARIZAÇÃO.
• Adesão a conjunto de princípios e valores –
consagração jurídica explícita.
• Mecanismos garantidores apropriados –
superação da concepção formal para uma
MATERIAL E SUBSTANCIAL .

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Riscos do Estado Democrático de Direito


• Tornar-se mecanismo de opressão –
juridicialização integral do cotidiano das relações sociais;
• Força e caráter retórico-argumentativo – tornar-
se redutor da política no espaço público;
• Mitificação do Estado de Direito – referência ritual
– sem crítica, dogmática;
• Enfraquecimento da sociedade civil – lutas sociais
transferidas do político para o jurídico.

“O Estado de Direito dada a sua substancialidade, para além de seu


formalismo, incorporando o feitio indomesticado da democracia,
apresenta-se como uma contínua (re)criação, assumindo um caráter
dinâmico mais forte do que sua porção estática – formal.”
(STRECK; MORAIS, 2003, p. 99)

Referência
• STRECK, Lenio Luiz; MORAIS, José Luis
Bolzan. O Estado de Direito. In: Ciência
Política e Teoria Geral do Estado. 3. ed.
Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003. Cap.
6, p. 86-99.

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