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SISTEMA NERVOSO
Ezequiel Rubinstein
Márcio A. Cardoso

O sistema nervoso controla as funções orgânicas e a integração ao meio ambiente.


Ou seja, ele não só controla e coordena as funções de todos os sistemas do
organismo como também, ao receber os devidos estímulos, é capaz de interpretá-
los e desencadear respostas adequadas a eles. Muitas funções do sistema nervoso
dependem da vontade e muitas outras ocorrem sem que se tenha consciência delas.

O sistema nervoso é dividido em:

 sistema nervoso central (SNC): é a porção de recepção de estímulos, de


comando e desencadeadora de respostas, formado pelo encéfalo e pela
medula espinhal, protegidos, respectivamente. pelo crânio e pela coluna
vertebral. O encéfalo apresenta três partes (cérebro, cerebelo e tronco
encefálico). O tronco encefálico também tem três divisões: mesencéfalo,
ponte e bulbo.

 sistema nervoso periférico (SNP): constituído pelas vias que conduzem os


estímulos ao sistema nervoso central ou que levam até aos órgãos
efetuadores as ordens emanadas da porção central, formado pelos nervos
cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.

Meninges

A proteção ao SNC dada pelo crânio e pela coluna é acentuada reforçada pela
presença de lâminas de tecido conjuntivo, as meninges, que são, de fora para
dentro: dura-máter, aracnóide e pia-máter.

A dura-máter é a mais espessa delas. No crânio está associada ao periósteo da face


interna dos ossos, enquanto entre ela e a coluna vertebral existe um espaço, o
espaço extradural (ou epidural). A pia-máter é a mais fina e está intimamente
aplicada ao encéfalo e à medula espinhal. Entre a dura e a pia-máter está a
aracnóide, da qual partem fibras delicadas que vão a pia-máter, formando uma rede
semelhante a uma teia de aranha. A aracnóide é separada da dura-máter por um
espaço virtual, o espaço subdural e da pia-máter pelo espaço subaracnóideo, real,
onde circula o líquido cérebro-espinhal ou líquor, o qual funciona como absorvente
de choques.

O líquido cérebro-espinhal, incolor, é constantemente produzido nos ventrículos do


encéfalo e constantemente deixa o espaço subaracnóideo para entrar no sistema
venoso. Atua na nutrição do SNC e como amortecedor, protegendo o SNC de

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movimentos súbitos.

Estrutura geral do SNC

O SNC é heterogêneo quanto à distribuição dos corpos dos neurônios e de seus


prolongamentos. As regiões onde predominam os corpos neuronais são chamadas de
substância cinzenta. Outras regiões contêm, predominantemente, prolongamentos
neuronais (em especial seus axônios). Estes prolongamentos são, muitas vezes,
revestidos por mielina, o que lhes dá coloração mais pálida, daí a denominação de
substância branca.

No cérebro e no cerebelo a estrutura geral é a mesma: uma massa de substância


branca, revestida externamente por uma fina camada de substância cinzenta e
tendo no centro massas de substância cinzenta constituindo os núcleos (acúmulos
de corpos neuronais dentro do SNC). Na medula, a substância cinzenta forma um
eixo central contínuo envolvido por substância branca, enquanto no tronco
encefálico a substância cinzenta central não é contínua, apresentando-se
fragmentada, formando núcleos.

Cérebro

O cérebro responde pelas funções nervosas mais elevadas, contendo centros para
interpretação de estímulos bem como centros que iniciam movimentos musculares.
Ele armazena informações e é responsável também por processos psíquicos
altamente elaborados, determinando a inteligência e a personalidade.

Ele é constituído pelos hemisférios cerebrais e pelo diencéfalo. Os hemisférios


cerebrais são duas massas unidas por uma ponte de fibras nervosas, o corpo caloso
e separadas por uma lâmina de dura-máter, a foice do cérebro. Cada hemisfério é
dividido em cinco lobos, quatro dos quais vistos na superfície do cérebro e
correspondendo cada um aos ossos do crânio com que guardam relações, os lobos
frontal, parietal, temporal e occipital. O quinto lobo, a insula, fica coberto por
partes dos lobos temporal, frontal e parietal.

Os hemisférios são formados por uma camada externa de substância cinzenta, o


córtex cerebral - convoluto, formando giros e sulcos - e por uma massa interna de
substância branca, na qual estão enterrados diversos grupos de núcleos, os núcleos
da base, que fazem parte do sistema motor, participando do controle dos
movimentos, facilitando e sustentando os movimentos em curso e inibindo
movimentos indesejados. A cavidade dos hemisférios cerebrais forma os
ventrículos laterais e a parte rostral do terceiro ventrículo

O diencéfalo fica quase totalmente circundado pelos hemisférios cerebrais; sua


cavidade forma a maior parte do terceiro ventrículo. Constituído pelo tálamo, pelo
hipotálamo e pelo epitálamo.

O tálamo é centro de retransmissão de todos os impulsos sensitivos (exceto olfato)


para o córtex cerebral. O hipotálamo é local de regulação de atividades viscerais
(cardiovascular, temperatura corporal, do equilíbrio hidro-eletrolítico, da atividade
gastrintestinal e fome e das funções endócrinas), do sono e da vigília, da resposta
sexual e das emoções. O epitálamo é formado principalmente pela glândula pineal,
implicada no controle dos ritmos circadianos e na regulação do início da puberdade.

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É produtora do hormônio melatonina.

Tronco encefálico e cerebelo

O tronco encefálico apresenta é formado por substância branca contendo núcleos


no seu interior. Divide-se em mesencéfalo, ponte e bulbo.

O mesencéfalo é responsável pelos reflexos visuais e auditivos (colículos superior e


inferior); seus núcleos e os pedúnculos cerebrais participam do controle da postura
e dos movimentos.

A ponte é centro de retransmissão de impulsos; contém núcleos de vários nervos


cranianos (III – VII); e controla o ritmo e força da respiração.

O bulbo é centro de retransmissão de impulsos; contém núcleos de vários nervos


cranianos (VIII-XII); e é centro autônomo visceral (respiração, ritmo cardíaco,
vasoconstrição).

O cerebelo tem estrutura geral parecida com a do cérebro (substância cinzenta


externa e substância branca interna) e atua na coordenação motora e no equilíbrio.

Medula espinhal

Situada no interior do canal vertebral, se continua rostralmente com o bulbo. Ela


recebe informações do pescoço, do tronco e dos membros e os controla, por meio
dos trinta e um nervos espinhais. A medula consiste em uma parte central de
substância cinzenta e outra parte periférica, de substância branca.

A substância cinzenta tem a forma aproximada da letra H. As projeções


posteriores são os cornos dorsais, os quais tanto contêm neurônios aferentes,
condutores de impulsos sensoriais periféricos, quanto dão origem às vias
ascendentes, condutoras de impulsos sensoriais para o encéfalo. As projeções
anteriores são os cornos ventrais, que contêm os neurônios motores da medula
espinhal. Nas partes torácica e lombar existem projeções laterais, as colunas
laterais, que contêm os neurônios pré-ganglionares simpáticos.

A substância branca contém fibras nervosas de trajeto longitudinal (tratos


ascendentes e tratos descendentes). Os principais tratos ascendentes são:

 colunas dorsais (fascículos grácil e cuneiforme): tato discriminativo e


propriocepção

 trato espinotalâmico: dor, temperatura, pressão e tato grosseiro

 trato espinocerebelar: informação dos receptores musculares e articulares

Os principais tratos descendentes são:

 trato corticoespinhal anterior: contêm as fibras nervosas dos neurônios


motores corticais que não cruzaram de lado nas pirâmides do bulbo; termina
na medula torácica. Suas fibras cruzam para o lado oposto pouco antes de
fazerem sinapse com os neurônios motores medulares

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 tratos corticoespinhal lateral: contêm as fibras nervosas dos neurônios


motores corticais que cruzaram de lado (decussaram) nas pirâmides do bulbo.
Mais importante por ter mais fibras está presente ao longo de toda medula

 tratos rubro-espinhal, vestíbulo-espinhal e retículo-espinhal: origem no


tronco encefálico; participam do controle motor

Sistema nervoso periférico

O sistema nervoso periférico é composto por terminações nervosas, gânglios e


nervos.

Nervos são cordões esbranquiçados formados por fibras nervosas unidas por tecido
conjuntivo e que têm por função levar (ou trazer) impulsos ao (do) SNC. As fibras
que levam impulsos ao SNC são chamadas de aferentes ou sensoriais, enquanto que
as que trazem impulsos do SNC são as aferentes ou motoras. Os nervos são
divididos em dois grupos: nervos cranianos e nervos espinhais.

Nervos espinhais

O nervo espinhal é formado pela fusão de duas raízes: uma ventral e outra dorsal. A
raiz ventral possui apenas fibras motoras (eferentes), cujos corpos celulares estão
situados na coluna anterior da substância cinzenta da medula. A raiz dorsal possui
fibras sensoriais (aferentes) cujos corpos celulares estão no gânglio sensitivo da
raiz dorsal, que se apresenta como uma porção dilatada da própria raiz. Como o
nervo espinhal é formado pela fusão destas raízes, ele é sempre misto, ou seja, tem
fibras aferentes e eferentes. Logo após sua formação pela fusão das raízes ventral
e dorsal o nervo espinhal se divide em dois ramos: ramo dorsal, menos calibroso e
que inerva a pele e os músculos do dorso e ramo ventral, mais calibroso e que inerva
os membros e a porção ântero-lateral do tronco.

Os ramos ventrais que inervam os membros se anastomosam amplamente formando


os plexos, dos quais emergem nervos terminais, de tal forma que cada ramo ventral
contribui para formar vários nervos e cada nervo contém fibras provenientes de
diversos ramos ventrais. Já no tronco não há a formação dos plexos; cada ramo
ventral segue seu curso isolado.

Nervos cranianos

Os nervos cranianos são doze pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. Os dois
primeiros têm conexão com o cérebro e os demais com o tronco encefálico. Os nervos
cranianos são mais complexos que os espinhais, havendo acentuada variação quanto aos
seus componentes funcionais. Alguns possuem um gânglio, outros tem mais de um e
outros, ainda, não tem nenhum. Também não são obrigatoriamente mistos como os
nervos espinhais. Os nervos cranianos recebem denominações próprias, bem como
também são numerados em seqüência crânio-caudal (ver tabela 1).

Terminações nervosas e gânglios

As terminações nervosas existem na extremidade de fibras sensitivas e motoras.


Nestas últimas, o exemplo mais típico é a placa motora. Nas primeiras, as
terminações nervosas são estruturas especializadas para receber estímulos físicos
ou químicos na superfície ou no interior do corpo. Assim, os cones e bastonetes da
retina são estimulados somente pelos raios luminosos; os receptores do ouvido

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apenas por ondas sonoras; os gustativos por substâncias químicas capazes de


determinar as sensações de doce, azedo, amargo, etc., na pele e nas mucosas
existem receptores especializados para os agentes causadores de calor, frio,
pressão e tato, enquanto as sensações dolorosas são captadas por terminações
nervosas livres.

Enquanto acúmulos de neurônios dentro do SNC são chamados de núcleos, fora do SNC
são chamados de gânglios e se apresentam, em geral, como uma dilatação.

Sistema nervoso autônomo

SNC e SNP são divisões anatômicas do Sistema Nervoso. Já do ponto de vista


funcional sua divisão se faz em SN somático e SN visceral

O SN somático, formado por estruturas centrais e periféricas, tem por função a


interação do organismo com o meio externo, enquanto o SN visceral, também
formado por estruturas centrais e periféricas, é o conjunto de estruturas nervosas
que se ocupam do controle do meio interno.

Generalizando, pode-se afirmar que o SN somático cuida das atividades voluntárias


enquanto o SN visceral o faz das involuntárias.

Tanto o SN somático quanto o SN visceral possuem uma parte aferente e outra


eferente. Denomina-se sistema nervoso autônomo (SNA) a parte eferente do SN
visceral. O SNA por sua vez é dividido em duas partes: o sistema simpático e o
sistema parassimpático.

O simpático estimula as atividades que ocorrem em situações de emergência ou


tensão, enquanto o parassimpático é mais ativo nas condições comuns da vida,
estimulando atividades que restauram e conservam a energia corporal.

Em ambos, a estrutura básica é a mesma, formada pela seqüência de dois neurônios


entre o SNC e a estrutura inervada. O corpo do primeiro neurônio fica no SNC,
enquanto o segundo neurônio fica localizado perifericamente em um gânglio
autônomo.

O SNA simpático tem origem nos neurônios da coluna lateral dos segmentos
torácico e abdominal da medula. Os axônios destes neurônios, denominados pré-
ganglionares, acompanham os ramos ventrais dos nervos espinhais e fazem conexão
em gânglios próximos à coluna vertebral (gânglios para-vertebrais e pré-
vertebrais), dos quais partem as fibras pós-ganglionares. Os gânglios para-
vertebrais, unidos entre si pelos cordões interganglionares, constituem o tronco
simpático, situado de cada lado da coluna vertebral em toda sua extensão. São três
gânglios cervicais (superior, médio e inferior), dez a doze torácicos, três a cinco
abdominais, quatro a cinco sacrais e um coccígeo, o gânglio ímpar, para o qual
convergem e onde terminam os dois troncos simpáticos. Os gânglios pré-vertebrais
estão situados próximos à origem dos principais ramos da aorta abdominal.

O SNA parassimpático tem origem no tronco encefálico (nos núcleos dos n.n.
oculomotor, facial, glossofaríngeo e vago) e nos segundo, terceiro e quarto
segmentos sacrais da medula. Os gânglios parassimpáticos ficam situados próximos
ou mesmo na parede do órgão inervado.

Tabela 1 – Nervos cranianos e suas funções

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NERVO TIPO FUNÇÃO


Fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados ao
I – Olfatório sensitivo
sentido do olfato
Fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados à
II - Óptico sensitivo
visão
Fibras motoras transmitem impulsos que elevam as
pálpebras, movem os olhos, ajustam a quantidade de luz
principalmente
III - Oculomotor que penetra no olho e foca o cristalino.Algumas fibras
motor
sensitivas transmitem impulsos relacionados às
condições dos músculos
Fibras motoras transmitem impulsos aos músculos que
principalmente
IV - Troclear movem os olhos. Algumas fibras sensitivas transmitem
motor
impulsos relacionados às condições dos músculos
V - Trigêmeo misto  
Fibras sensitivas transmitem impulsos provenientes
Oftálmico sensitivo dos olhos,glândulas lacrimais, couro cabeludo, fronte e
pálpebras superiores
Fibras sensitivas transmitem impulsos provenientes
Maxilar sensitivo dos dentes superiores, da gengiva superior, do lábio
superior, do palato e da pele da face
Fibras sensitivas transmitem impulsos provenientes do
couro cabeludo, dos dentes inferiores, da gengiva
Mandibular misto inferior, do lábio inferior e da pele da mandíbula.
Fibras motoras transmitem impulsos aos músculos da
mastigação
Fibras motoras transmitem impulsos aos músculos que
principalmente
VI - Abducente movem os olhos. Algumas fibras sensitivas transmitem
motor
impulsos relacionados às condições dos músculos
Fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados a
gustação. Fibras motoras transmitem impulsos aos
VII - Facial misto
músculos da expressão facial e às glândulas lacrimais e
salivares
VIII - Vestibulococlear sensitivo  
Fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados ao
Vestibular   equilíbrio
Fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados ao
Coclear   sentido da audição
Fibras sensitivas transmitem impulsos provenientes da
faringe, das tonsilas, da língua e das artérias
IX - Glossofaríngeo misto carótidas. Fibras motoras transmitem impulsos aos
músculos da faringe utilizados na deglutição e às
glândulas salivares.
Fibras sensitivas transmitem impulsos provenientes da
faringe, da laringe, do esôfago e das vísceras do tórax
e do abdome. Fibras motoras somáticas transmitem
X - Vago misto impulsos aos músculos associados a fala e a deglutição.
Fibras motoras autônomas transmitem impulsos ao
coração e aos músculos lisos e glândulas das vísceras
torácicas e abdominais.
XI - Acessório motor  
Fibras motoras transmitem impulsos aos músculos da
Raiz craniana   faringe, da laringe e do palato mole

Raiz espinhal   Fibras motoras transmitem impulsos aos músculos do

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pescoço e da nuca
Fibras motoras transmitem impulsos aos músculos que
XII - Hipoglosso motor
movem a língua.

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