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O que é o homem?

O homem pode ser definido de várias maneiras. Pode ser uma definição filosófica: o homem é
um animal racional. Pode ser pelo grau de valoração da espécie humana: O homem é a pior
das feras. Em um sentido místico-teológico: Imagem e semelhança de Deus. Mas nenhuma
dessas definições são um bom ponto de partida para esse assunto. A melhor para nós é: O
homem é um corpo e uma mente. Todo mundo experimenta isso. Todo mundo tem uma
mente que testemunha os estados do corpo. Todos vivenciam a experiência de possuir um
organismo físico (corpo) e estar conscientes dele (mente).

E como experimentamos os dois? O copo se apresenta pra nós como necessidades: respirar,
comer, dormir. Primeiro percebemos essas coisas como incômodos, perturbações, só depois
surgem os desejos, que tem origem na mente. As vezes o que desejamos não condiz com
nossa necessidade corporal. As vezes temos sono e não queremos dormir. Seria mais
agradável não termos necessidade, comer só quando queremos, dormir só quando queremos.
Alguns desses desejos estão ligados a necessidade, por exemplo o desejo de comer bons
alimentos que está ligado a necessidade de comer. Mas não são sinônimos.

Outras vezes surgem na nossa mente desejos que não estão ligados a nenhuma satisfação
corporal. Por exemplo: a capacidade de discernir o belo do feio, a verdade da mentira. Estes
não são expressão de necessidades nem de desejo ligados ao corpo. Toda vez que entendemos
uma verdade desejamos entende-la antes? Não. As vezes não tínhamos nem pensado no
assunto e simplesmente agora sabemos o que não sabíamos antes. Podemos até ter desejados
isso antes, porque podemos amar a verdade, mas o amor a verdade não é exatamente um
desejo, é uma aspiração interior. Tá claro isso ai? (hahaha)

O corpo em si mesmo não faz parte da nossa consciência, não sentimos corpo em si mesmo,
sentimos seus estados: frio, fome, sono. Não é evidente o que ele seja. A única evidencia é sua
presença. Quando o corpo se apresenta para mente ele apresenta uma lista de demandas,
quero isso, quero aquilo. Então as necessidades são o corpo se apresentando para mente. Ele
em si mesmo é apenas presença.

Agora, quando a mente se apresenta para o corpo ela aparece como desejo. Quando ela olha
para os corpos ela vê: gosto disso, não gosto daquilo. Esses gostos podem ter relação direta ou
não com as necessidades corpóreas. Podem haver gostos totalmente contrários as
necessidades corporais. Enquanto o corpo em si mesmo é apenas presença, a mente em si
mesma é apenas percepção. Se não houver nenhum objeto para perceber ela não percebe
nada.

Assim, temos o quaternário:

Corpo: presença

Mente: percepção

Corpo na mete: necessidade

Mente no corpo: desejo ou aversão

Enquanto estamos vivos esse quaternário existe em nós. Nesse esquema tudo tem um
correspondente. Corpo e mente são correlatos. Se existe fome, é porque existe comida. Tá
claro isso ai? (2- hahaha)
Como vimos, os desejos não necessariamente correspondem as necessidades corpóreas.
Podem ser desejos de coisas corpóreas, podem ser de coisas imaginarias, ou de coisas
pensadas. Podem ser desejos de coisas que só podem existir na própria mente: o
conhecimento da verdade, o amor benevolente. Tá claro isso ai? (3 haha) No entanto esses
desejos não podem ser satisfeitos pela própria mente. Se você quer conhecer uma verdade,
você não é capaz de produzir o conhecimento dela ao seu bel prazer. As vezes você estuda e
entende, as vezes você estuda e não entende nada. De onde vem esse conhecimento quando
ele se efetiva? Não pode vir do corpo, não pode vir da mente. Ou você insere um terceiro tipo
de ser, que é aquele que preenche o que a mente é capaz de conceber, mas não de realizar, ou
ele vem do corpo próprio corpo enquanto presença. O que é que está presente quando o
corpo está presente? Isso para não inserir um terceiro elemento ainda, que seria o Espírito, ou
Deus, ou Buda, ou a Iluminação. Porque o que todos experimentamos é que temos um corpo e
uma mente. Nem todos experimentam Deus.

Algumas vezes queremos ser bom, e somos, e outras queremos da mesma forma, e não
somos. Não somos capazes de produzir determinadas coisas quando queremos. Se essas coisas
viessem da presença do corpo, como consideramos anteriormente, o corpo está sempre
comigo, nunca se ausenta. Então, se a satisfação delas tivesse sua origem na presença do
corpo, por que as vezes é satisfeita e outra não? O corpo não é intermitente, é permanente.
Na verdade, necessariamente, precisaremos inserir um terceiro elemento, seja ele o que for.

A vida seria excelente se pudéssemos ter esse terceiro elemento conosco o tempo todo. Se
toda vez que temos fome, temos comida, a vida melhora. Do mesmo modo se as aspirações da
nossa mente, tivessem presentes sempre esse terceiro elemento, nossa mente seria
extremamente fez. Isso é um ponto comum a todas as religiões.

Até agora, tudo isso são dados da percepção universal. É fácil perceber que existe um
elemento, que satisfaz as aspirações próprias da mente, que não vem nem da mente, nem do
corpo. Toda religião vai dizer que a aquisição dessa “coisa” é o propósito da vida humana.
Então damos um salto, que é o seguinte, analisando a natureza do corpo e da mente, você vai
ver que a mente tem algo que é indestrutível. Esse algo é muito sutil, difícil de perceber, não é
evidente para a percepção. A inteligente é uma parte da nossa consciência que é indestrutível,
mas está separada do objeto da sua satisfação. As únicas coisas que acontecem apenas na sua
mente são o amor do que é bom, conhecimento da verdade, alegria na beleza e na virtude. Se
na mente tem algo capaz de fruição e felicidade, se nela tem um elemento imortal, e ela não
encontrar a satisfação, vai ser eternamente muito ruim. A vantagem do corpo é que ele não
pode ficar com fome pra sempre, se o deixar sem comida pra sempre ele morre, e acabou o
problema. Os problemas do corpo cedo ou tarde estarão todos resolvidas. Os problemas da
mente não. Alguns desejos da mente, que são os que envolvem o corpo, cedo ou tarde serão
realmente um problemas. O desejo pelo prazer do paladar, se a mente permanece e o corpo
não, o que fazer com esse desejo? Não vai haver fome, mas vontade de comer algo gostoso
sim, e como comer sem um corpo?

Então temos três problemas:

1. Como nos despirmos dos desejos que precisam do corpo?

2. Como tornar nossa mente capaz de máxima satisfação nos objetos próprios da sua
natureza (desejo de beleza, bondade e verdade)?

3. Achar a fonte da satisfação dessas aspirações.


Como se apresentam esses três problemas no universo cristão?

Há várias passagens do evangelho e na tradição que se referem a esse problema: “Se queres
ser perfeito vende tudo que tens, dá aos pobres, depois vem e segue-me”. Vende tudo que
tens se refere a aqueles desejos da sua mente que só podem ser satisfeitos pelo corpo. Temos
que nos livrar deles. E o resultado você dá aos pobres, e depois disso você segue o Cristo. O
conselho é tanto literal para aquele homem específico, quanto simbólico para inspirar algo. O
rico que dificilmente entra no Reino dos Céus se refere a aspectos da alma com inclinações
que só podem ser satisfeita por meio do corpo, as paixões, de maneira geral. E o pobre são os
aspectos da alma inclinados às aspirações da inteligência. Uma é chamada rica e outra pobre.

A satisfação ligada as coisas corpóreas tem um tipo de sabor que as da inteligência não tem.
Para nós, a maior parte do tempo, saborear coisa gostosas é mais prazeroso que contemplar a
verdade. Há uma aparência de maior riqueza nas satisfações do corpo, enquanto a outra é
pobre, é tênue. Dedicar a vida toda a virtude, a entender essas coisas, é uma vida pobre, essa
parte da sua mente é pobre. É a isso também que se refere a passagem: “Estreito o caminho
que conduz a salvação e largo o que conduz a perdição”. A riqueza equivale à largura, a
pobreza à estreiteza.

Quando aprendermos a resolver esse problema dos desejos, das paixões, vai sobrar algo em
nós, e haver uma transferência de capital. Tirar de uma parte e dar à outra. Diminuir algo e
ampliar algo. Esse processo de transformação é sucessivo. Só quando formamos uma mente
constituída assim podemos seguir o Cristo.

Na missa é consagrado o pão e o vinho. Por que não trigo e uva? Porque antes de colocar
Cristo em alguma coisa essa coisa tem que ser transformada, o trigo precisa virar pão e a uva
vinho. O pão e o vinho tem uma analogia com o seu corpo e a sua mente. O pão está ligado
evidentemente a uma necessidade corpórea, matar a sua fome. E o vinho? ( Um aluno
responde: dar alegria) Mas todo bêbado fica alegre? Todas as vezes que você bebeu você ficou
alegre? E todo mundo que você já viu bêbado estava alegre? O efeito natural do vinho não é
simplesmente alegrar. Quando o pão aparece a primeira vez na bíblia? No gêneses “ganharás
o teu pão com o suor do teu rosto”. Adão faz uma coisa errada e está sendo punido. E o vinho?
(Bronca: Esse pessoal não lê bíblia! Vishe...) Com Noé, logo depois do dilúvio. O pão e o vinho
aparecem na bíblia pela primeira vez junto com dois grandes patriarcas, o pai e avô da
humanidade. O primeiro pai da humanidade é mencionado com o pão, segundo pai da
humanidade é mencionado com o vinho.

Adão estava caindo de uma situação feliz pra uma infeliz, Noé de uma infeliz pra uma feliz.
Deus olhou o mundo e falou: Adão, você é ruim, só você não presta. Olhou pra Noé e disse: o
mundo inteiro não presta, só você presta, só você é bom. São duas situações de dificuldade,
em um caso é uma descida e no outro uma subida.

O que significa pais? Pais são os princípios pelos quais a gente vive, de onde vem nossa
existência. Em nós há um Adão, que está sempre caindo, e um Noé, que está sempre
escapando dos efeitos da queda. Com nosso Adão temos que fazer pão, com nosso Noé, vinho.
Tá claro isso ai? (4- haha)

Adão é o elemento rico que tem que ser empobrecido. Ele estava no paraíso, ninguém foi mais
rico que Adão em toda humanidade, e ele empobreceu, e agora tem que trabalhar. E seu
trabalho tem que resultar em pão. E Noé tinha que dividir o mundo com todo mundo, e todo
mundo era pior que ele, e Deus não só o preserva, mas dá a ele todas as espécies de animais
pra que ele não saia do dilúvio em um mundo empobrecido, e a ele Deus incumbe de trazer o
vinho para humanidade. Qualquer que seja exatamente a função vinho tem que estar ligada a
essa parte da sua mente que tem que crescer, que tem que ser libertada, que está cercada de
maldade. Tá claro isso ai? (5- haha)

O pão e o vinho no ofertório são esse primeiro estágio da perfeição espiritual. Empobrecer
uma parte e fazer o pão, enriquecer a outra parte e fazer vinho. E com o pão e o vinho você vai
buscar o Cristo porque é neles que Ele vai ser pôr.

A principal função do vinho é revelar o que está escondido. Se você estava triste e tinha
vergonha de mostrar, você bebe e começa a chorar. Se estava bravo, começa a bater em todo
mundo. Se estava contente, fica saltitante. Ele tira a cortina. Podem ser cortinas legítimas ou
ilegítimas, o que ele faz é tirar. Por isso pessoas diferentes em situações diferentes tem
reações diferentes com a bebida. Qualquer coisa que está guardada e você não quer mostrar
você vai mostrar. Santo Afonso dizia que é ilícito beber quando você sabe que tem algo ruim
em você, e bebe para aliviar, porque ele não vai aliviar, ele só vai dar vazão a aquilo. Se você
fez isso, cometeu um pecado grave e tem que se confessar.

O vinho vem depois do pão. No tempo de Adão só tem pão. É preciso se exercitar muito no
empobrecimento das paixões para poder fazer uso do enriquecimento da própria mente, para
poder usar o vinho a seu favor. Se não empobrecer o vinho só vai revelar suas paixões. Em
termos da religião, o pão é o que você não gosta de fazer, vinho é o que você gosta de fazer da
religião. Tem gente que gosta de rezar, tem gente que gosta de dar emola, tem gente que
gosta de limpar a igreja, tem gente que não gosta de nada. Quem não gosta de nada está na
melhor condição. Quem gosta de tudo está na pior condição, não serve pra religião, está bom
pra ir pro inferno (melhores partes hahahah). O melhor é o que você não gosta. Se você não
gosta de determinadas coisas, fazendo essas coisas, você começou a fazer pão. Se você gosta
de tudo na religião, você não está fazendo pão, está só gostando de ter uma sensação boa, de
se sentir melhor, mais piedoso, de aparecer pros outros, e isso são só suas paixões. O vinho só
vai ampliar isso em você. Todos os santos diziam: vá procurar as virtudes que você não tem.
Você tem que agir generosamente porque você não é generoso, e isso vai se tornar pão pra
você, um alimento que vai enriquecer a parte imortal da sua alma. A pior coisa que tem é
quando a pessoa fala “Eu vou nessa igreja porque eu me sinto bem”, vai se sentir bem até cair
no inferno, e vai se sentir mal pra dedéu. Você se sentiria bem em tudo na religião se você
fosse perfeito, você não é perfeito. Se encher a cara você sai se comportando como um santo?
Se eu encher a cara o dia todo eu vou viver como um santo? O vinho está revelando o que
você gosta, o que te faz sentir bem. Temos que fazer muita coisa que não nos sentimos bem,
porque temos que fazer um monte de pão ainda. Se eu encher a cara todo dia os outros vão
me canonizar ou vão me hospitalizar? Isso quer dizer que o que tem dentro de você é ruim. E
se isso é ruim você tem que colocar uma coisa diferente dentro de você, diferente do que você
se sente bem, isso que te faz sentir bem é a sua riqueza, que vai impedir você de entrar no
Reino dos Céus. É a disciplina regular religiosa que faz isso. A coisa mais desagradável pro
homem é o suor do rosto, o que você tem que fazer todo dia igual. O pão é o alimento mais
sem gosto do mundo, é o básico. O que as pessoas mais detestam é disciplina religiosa.
Ninguém gosta de fazer regularmente a mesma coisa todo dia, isso é o seu pão.

Aceitar o sofrimento também é uma forma de produzir pão. O sofrimento é uma espada. Uma
manifestação da justiça divina, não da misericionia. A disciplina religiosa sim é misericórdia, é
um processo para que você se transforme de mau em bom. O sofrimento é justiça, para
mostrar quem é bom e quem é mal. Algumas pessoas diante do sofrimento se tornam
melhores e outras piores. O sofrimento não causou isso, só mostrou. Por que ninguém gosta
de sofrimento? Porque ninguém gosta de ser julgado, de ser testado, de saber se é bom ou
mau. O sofrimento vai mostrar: quem tinha coisa boa dentro, se torna melhor, quem tinha
coisa ruim dentro, se torna pior. Ele é uma sentença. A misericórdia divina dá um meio de você
gradativamente ascender da condição de mau pra condição de bom. Diante do sofrimento
passamos por vários estágios: revolta, tristeza, e no final sobra o que? Alguém melhor ou pior.
O resultado nunca vai ser o mesmo de antes. E você mais ou menos não controla o resultado.
A diferença entre a disciplina religiosa e o sofrimento é a diferença entre um súbito duelo e um
treinamento. A disciplina te prepara para o sofrimento real. Se o sofrimento vem
gradativamente, ele é misericórdia, para te preparar, o sofrimento súbito é juiz. Te dá a
sentença do que você está se tornando com o sofrimento gradual, o treinamento. No contexto
da vida, o sofrimento vai ou elevar uma qualidade e ou rebaixar o sujeito para que ele possa
perceber como é ruim e procurar se elevar, nesse sentido é também uma forma de
misericórdia. Ele é parecido com o vinho, mas não é gostoso. É um vinho desagradável. Por
isso a relação do vinho com o sangue. O sangue só aparece quando há sofrimento. Para que
isso que é revelado seja bom precisamos do pão primeiro.

Quando a religião toma a vida do jeito, é a pedra do moinho transformando o trigo em farinha,
girando e deixando a coisa mais fina. A piedade repetitiva tem esse efeito. A nossa parte
contrária a Deus vai se quebrando, quebrando, até que ela ficou tão fina que ela serve para
fazer outra coisa: pão. Deixou de ser contrária a Deus e virou algo capaz de recebe-lo.

A nossa vida é cheia de intempéries. E inventamos um monte de desculpas para não


praticarmos a disciplina religiosa. Dizemos: “rezar assim nem vale, nem estou prestado
atenção.” Quando não há nenhum problema concreto, inventamos algum, e o sujeito é
facilmente desviado do seu propósito. A gente vive dizendo: você não sabe como é a minha
vida. Mas a verdade é que ela é exatamente igual a de todo mundo. Todo mundo tem uma
coleção quase indefinida de pequenos problemas, e uma relação também grande de
problemas maiores, sem exceção. Com seus filhos, com seus pais, saúde, financeiros e você
não tem a menor ideia de como resolve-los. Então só tem um jeito: tenho que me tornar
insensível a eles. E isso não vai atrapalhar a resolve-los, mas ajudar. Alguns são só problemas
de hipersensibilidade, outros são simples de resolver se você estiver com a cabeça fria, e
outros são insolúveis mesmo, então não tem porque se preocupar. O que vai te ajudar a fazer
isso? Os meios de piedade tradicionais, repetidamente, que vão simular os padrões de
problemas. Hoje em dia as pessoas imaginam que a vida normal é ausência de problemas, e
isso não vai acontecer. Temos que pensar que esse tipo de problema, bem ou mal, uma hora
vão ser resolvidos, nem seja com a morte, mas você ainda vai existir. Então você tem que criar
na sua mente uma atividade para aquele sujeito que sempre vai existir. A gente sempre quer
criar mecanismo para sujeitos que vão existir muito pouco tempo, o sujeito desse ou daquele
problema, mas os problemas tem uma escala natural de duração. Fazer isso é um
empobrecimento, é vender a sua capacidade de dedicar-se a solução de problemas
circunstanciais. Você tem uma quantidade de energia todo dia pra lutar contra os problemas e
desfrutar do que é gostoso, e sua vida nisso a cada dia piora. A vida tente a tornar-se um ciclo
de pequenos sofrimentos cada vez mais presentes. Os problemas só vão aumentando. Só tem
um jeito de permanecer tão livre deles quanto você era na infância. Criar em você as condições
que criam o mesmo tipo de felicidade que a infância tem. Você não era tão bom. Se você
perguntar pros seus pais se você prestava eles vão falar: que nada, você era uma peste, só
dava trabalho. Mas eles não vão responder isso porque seus pais não prestam. Se eles
prestassem, diriam: ainda bem que cresceu vai cuidar da sua vida. Mas eles não o dizem
porque quando você é criança e ele é adulto, ele resolve todos os seus problemas, isso causa
uma ilusão de grandeza. “Eu resolvo todos os seus problemas”. Os pais tem saudade do tempo
que os filhos eram crianças por isso. Depois que os filhos crescem os pais foram rebaixados.
Mas eles pensam assim porque são mals pais. Bons pais pensariam “seus problemas agora são
seus e você ainda me deve ajuda pra resolver os meus”, mas isso não faz ninguém se sentir
superior, faz apenas se sentir uma pessoa que foi rebaixada e agora precisa de ajuda.

Então a primeira coisa que o sujeito tem que fazer é cercar-se de disciplina religiosa. Saiba que
na sua alma surgem desejos e frustrações todo dia. O elemento que tem que empobrecer
enriquece todo dia, sozinho, sem você fazer nada. Você não faz nada e de repente está
querendo alguma coisa que não queria antes, então temos que empobrecer isso todo dia. E
não basta só negar o desejo, porque assim você gerou uma frustração, que é um desejo
reverso, sendo apenas um cambio, de ouro pra dólar. Isso não é empobrecer. Isso não vai
resolver. Fim da primeira parte.

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