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FALÊNCIA

O instituto da falência é disciplinado pelo Decreto-lei 7661/45,


normativo que está para ser reformulado pelo projeto de lei que atualmente
encontra-se no Senado Federal recebendo emendas.
A falência é caracterizada pelo direito pátrio quando presentes a
impontualidade e a insolvência (arts.1º e 2º do decreto 7661/45).
A impontualidade é o não pagamento de compromissos na data
aprazada, carecendo para sua comprovação de protesto extrajudicial, nos
exatos termos do art. 10 da Lei de Quebras.
O requerimento de falência com base no art.2º tem como respaldo atos
de insolvência, caracterizados como tal os seguintes: chamamento de credores
em proposta de dilação de prazos, vendas de bens em prejuízo a credores,
constituição de garantias beneficiando credores em detrimento de outros.
Assim, o requerente de falência com base no art. 2º não requer o
protesto previsto no art. 10, mas apenas terá aplicação o procedimento
extrajudicial quando o requerimento se verificar com base no art. 1º.
Somente as sociedades comerciais podem ter a falência requerida e não
importa se sejam regulares ou irregulares, e nesta segunda hiopótese, podem
ser sociedades de fato ou irregulares propriamente dito.
Por oportuno, só as sociedades regulares podem requerer a falência,
atributo conferido pelo art.8º da Lei de Quebras.
As sociedades regulares são aquelas que têm um instrumento de
constituição, mas além do documento é necessário o registro em sede de
Juntas Comerciais.
As sociedades irregulares podem ter instrumento de constituição, mas estes
não são registrados na Junta, existindo ainda as chamadas sociedades fáticas,
consideradas irregulares lato senso.
Quando o tema é instrumento de constituição, tal nomenclatura serve a
definir estatutos e contratos sociais, os primeiros referindo-se as sociedades
anônimas ou sociedades de capital. O segundo referindo-se as sociedades por
quota de responsabilidade limitada de pessoas.
No que tange à responsabilidade dos sócios, quando o tema é sociedade
por quota de responsabilidade limitada ou sociedade anônima, a regra é que a
responsabilidade dos sócios e acionistas é limitada as quotas integralizadas,
não podendo seu patrimônio pessoal responder além.
Contudo, se houver alguma irregularidade no contrato ou estatuto, por
exemplo, a falta de registro na Junta Comercial, a responsabilidade dos sócios
e acionistas é ilimitada e seus patrimônios serão atingidos.
É possível a desconsideração da personalidade jurídica prevista no
Código Comercialista em se tratando em relação de consumo, em outras
palavras, se o consumidor sofre danos e o patrimônio da empresa não for
suficiente para suprir os compromissos, será possível a penalização pessoal e
patrimonial dos sócios.
Para provar que existe uma sociedade regular é preciso observar o
contrato, entretanto, pode-se requerer a falência de uma sociedade irregular
ou fática, conforme o artigo 8º, inciso, III do decreto lei 7661/45.
A falência requerida com base na impontualidade requer o protesto
previsto no artigo 10 a fim de se comprovar a impontualidade.
A falência requerida com base no artigo 2 não requer o protesto e todos
aqueles atos que representam a insolvência poderão ser caracterizados por
intermédio de ações cautelares para produzir provas e aí sim posteriormente
há o requerimento de falência.
Frisa-se que a falência pode ser requerida face a comerciantes regulares
e irregulares, inclusive os que não têm contrato social (ex vi legis artigo 8º do
decreto lei 7661/45).
O contrato social ou estatuto servem ao objetivo de se perquerir sobre a
condição de comerciante de quem está tendo a falência decretada. Todavia, o
contrato social ou estatuto se presta a identificar a sede ou estabelecimento
principal da sociedade comercial, sendo o que estabelece o artigo 7º da Lei de
Quebras.
Na hipótese de empresários etinerantes, o juízo competente para julgar
é de onde o empresário está naquele momento, é o que estipula o parágrafo
primeiro do artigo 7º.
O princípio do juízo universal estabelece a chamada indivisibilidade e
que pode ser definida como a incompetência de outros juízos para apreciar
causas referentes a massa falida. Por questões administrativas fica muito mais
fácil ao juízo no qual está a sede da empresa ou seu estabelecimento principal,
apreciar todas as demandas que irão interessar a sociedade que teve a falência
decretada, mas a regra tem exceção, e existem hipóteses que fogem a
jurisdição do juízo falimentar.
Neste sentido, as ações trabalhistas são processadas perante juízes
federais do trabalho e o direito é compsoto e habilitado na massa.
Da mesma forma, as ações de execução que estiverem tramitando em
outras comarcas e que já estiverem com leilões marcados, deverão prosseguir
e apenas o produto da arrecadação deverá migrar ao juízo falimentar.
A falência requerida com base no art.1º trará a necessidade de o credor
juntar ao seu requerimento o instrumento de protesto provando a
impontualidade do devedor e se for comerciante o requerente, a prova de sua
regularidade.
O devedor será citado então para pagar o que deve no prazo de 24
horas, mas é possível também a este devedor apresentar a sua defesa. Se
providenciar o depósito elisivo e ato contínuo apresentar sua defesa, a
falência não poderá ser decretada.
Em se constatando que a razão está com o requerido, além de a falência
não ser decretada, o depósito realizado irá reverter a quem o efetivou, na
hipótese, o requerido.
Contudo, se a falência for decretada com base em atos de insolvência, o
contrato social do comerciante que se pretende a falência deverá ser juntado
ao pedido a fim de se provar a condição de comerciante e o juízo no qual
deverá transitar o pedido de quebra.
Da mesma forma, se o requerente for comerciante, seu contrato social
precisará ser anexado comprovando assim a sua regularidade.
Quanto aos atos de insolvência propriamente ditos, estes também
precisarão ser caracterizados na petição inicial seja em primeira mão ou por
intermédio de medidas cautelares preventivas. Ao ser citado, o devedor, no
prazo de 24 horas poderá interpor os seus embargos, levando aos autos os
meios de prova, todos admitidos em direito, a fim de tentar defender-se.
Se de tudo o devedor não for encontrado preceder-se-à a sua citação
pela via editalícia e se de tudo permanecer inerte, sua revelia será a
consequência.
A decretação da falência traz um novo conjunto de bens e direitos para
o empresário que agora é falido.
Ao decretar a falência, o julgador deverá fixar o local no qual funcionava
a sede ou onde era localizado o principal estabelecimento, fixando também o
nome e a qualificação do devedor e sócios solidários, devendo consignar
também os seus domicílios.
O termo legal da falência, que é o período de suspeição máxima no qual
os negócios poderão ser declarados ineficazes desde que prejudiquem
credores, deverá também estar delimitado e este lapso temporal antecederá o
primeiro protesto tirado em até 60 dias.
Em outras palavras, qualquer alienação de bens poderá ser declarada
ineficaz dentro deste período se houver lesão a credores.
No que pertine ao síndico, este será o auxiliar do juiz na composição do
ativo e do passivo da falida e deverá ser nomeado entre os 3 maiores credores
da massa, convite que poderá ser negado e aí restará ao magistrado a
nomeação de profissional com reputação e conhecimento para exercer munus.
Os credores, com a decretação da quebra, deverão habilitar seus
créditos devidamente instruídos com os meios de prova a corroborar aqueles
créditos. Mas, a falência deverá ser de conhecimento da sociedade e para tanto
esta sentença deverá ser amplamente divulgada, afixando-se o decisium no
átrio do forum, publicando-se também em jornais de grande circulação.
Os credores também podem ser acessados por documentos contábeis e
controles internos da empresa.
A decretação da quebra traz um novo conjunto de direitos e obrigações
para o falido que deixará a administração de sua empresa agora nas mãos de
um síndico nomeado pelo juízo falimentar que terá a responsabilidade de
administrar a massa arrecadando bens, direitos e obrigações que se prestarão
ao pagamento dos credores dentro da gradação hierárquica que a lei define.
O síndico será nomeado entre os 3 maiores credores podendo ser uma
terceira pessoa desde que não haja a concordância daqueles.
A fixação do termo legal é também uma exigência da lei de quebras no
que tange à sentença e o período de suspeição máxima situado nos 60 dias
retrotaídos ao primeiro protesto tirado por falta de pagamento anteriores à
falência.
A presença de credores para a elaboração do quadro geral de credores
terá um prazo a ser fixado também na decisão que decretou a falência e para o
propósito será necessária uma ampla publicidade desta decisão.
Na sentença que decretar a quebra, caberá ao falido, em não
concordando com a decisão, interpor agravo de instrumento, desde que a
falência tenha sido decretada com base no art.2º da lei de quebras.
Todavia, se houver a decretação da quebra com base no art.1º da lei de
quebras, deverá o devedor apresentar seus embargos que deverão tramitar
em autos apartados em apenso aos autos principais da falência.
Os embragos deverão ser apreciados e será proferida sentença
acolhendo os embargos ou não e da mesma forma, desta decisão caberá
recurso de apelação.
Em síntese, quando o requerimento de falência é acatado, poderá o
devedor interpor o seu agravo de instrumento com base no art.17 da lei de
quebras, sendo a falência requerida alegando-se a impontualidade ou a
insolvência.
De outro lado, a sentença que decretar a quebra poderá ser embargada
desde que tenha sido requerida com base no art.1º. Os embargos são ação
autônoma e carecem de sentença terminativa de mérito, que por sua vez pode
ser atacada por apelação.
A figura do agravo de instrumento suspende a possibilidade de o síndico
vender os bens da massa, o mesmo não ocorrendo com os embargos
interpostos.
Na outra mão, temos uma sentença denegatória de falência e portanto
contrária aos interesses do credor, podendo ser guerreada por apelação.
Obs: Os embargos interpostos em ação de execução representam ação
autônoma e funcionarão em autos apartados com o pagamento de custas
judiciais.
Já os embargos oferecidos em ação monitória correm nos mesmos autos
da ação principal e não demandam qualquer custa judicial. Os embargos
interpostos, no pedido de falência assemelha-se a primeira hipótese.
A falência da sociedade não representa a falência do sócio, tendo em
vista que os bens particulares não se confundem com os bens da sociedade.
Essa é a regra.
Todavia, na hipótese de sociedades irregulares, sociedades que trazem a
responsabilidade ilimitada dos sócios e ainda relação de consumo, os efeitos
jurídicos da falência recaírão sobre a pessoa do falido e os seus bens
particulares poderão responder desde que não hajam bens suficientes em
nome da falida.
É possível também responsabilizar-se o sócio na hipótese de má gestão,
quando então os seus bens particulares entrarão na dança.
Quanto às dívidas vincendas, serão as mesmas consideradas vencidas,
com a decretação da quebra, devendo também o credor habilitar o seu crédito
tal e qual os demais segundo a norma insculpida no art.25 do decreto lei
7661/45.
Já foi visto que a falência da sociedade não representa a falência do
sócio, haja vista a diferenciação entre os partimônios do sócio e da sociedade.
Da mesma forma, as dívidas vincendas por ocasião da decretação da
falência, tornam-se vencidas, cabendo portanto a habilitação do credito junto à
massa falida.
Do ponto de vista dos contratos, estes não são resolvidos de ofício,
cabendo ao síndico a manutenção dos mesmos em havendo conveniência após
a oitiva do Ministério Público que no processo falimentar é nomeado curador
das massas falidas.
Estando o contraente receoso quanto à manutenção ou não do contrato,
poderá este interpelar o síndico a fim de que este demonstre seu interesse na
continuidade ou não do contrato, sendo o que se depreende do art.43, cáput,
parágrafo único.
O síndico tem sob sua responsabilidade todos os atos que serão
necessários ao perfeito desenvolvimento da falência notadamente a
arrecadação de livros, documentos, registros contábeis da empresa que teve a
falência decretada. O recebimento da correspondência do falido também é sua
atribuição, mas a apenas de cunho comercial. Se os bens arrecadados forem
de fácil deteriorização poderá requerer autorização judicial para proceder a
venda, tendo em vista que o produto da arrecadação retornará à massa ativa.
A arrecadação de bens de dará para o objetivo de elaborar a relação do
conjunto de bens e direitos que se prestará ao ressarcimento dos credores e
no que tange a estes deverá o síndico preparar o chamado quadro geral
classificando os créditos de acordo com a prioridade legal estabelecida pela lei.
A arrecadação de bens deverá ser procedida apenas sobre aqueles de
propriedade da massa, devendo ser excluídos aqueles que forem objeto de
alienação fiduciária e que há evidência que são de propriedade de instituições
financeiras, restando a posse direta do consumidor. Nesta hipótese a
propriedade somente seria obtida após o pagamento da última prestação,
ficando a critério do síndico a continuidade ou não do contrato.
Os proprietários, para reaverem os seus bens precisariam interpor
pedido de restituição ou embargos de terceiro com o intuito de inibirem a
turbação de sua posse. (artigos 79 e 76 do decreto lei 7661/45)
A habilitação de crédito terá segmento a sentença declaratória de
falência e os credores deverão trazer aos autos os documentos indispensáveis
a pertinência de seus créditos.
A habilitação deverá se verificar em autos apartados e em apenso aos
autos principais.
Se não forem impugnados os créditos, estes já poderão constar no
quadro geral de credores, mas se forem impugnados, abrir-se-à prazo para
contestação ao habilitante, seguindo posteriormente os autos da habilitação
para parecer do Ministério Público e posteriormente ao juiz do feito que
deferirá as provas requeridas, marcando a data da realização da audiência de
verificação de créditos.
A decisão poderá ser proferida em audiência após os debates e dessa
decisão caberá recurso de apelação (artigos 80 a 97).
Os créditos na falência precisam seguir a ordem estabelecida no artigo
102 e seguintes do decreto lei 7661/45, além de leis esparsas de natureza
trabalhista e tributária.
De toda sorte, as dívidas oriundas de acidente de trabalho tem
prioridade absoluta, seguindo-se as dívidas trabalhistas, seguindo-se as dívidas
fiscais, créditos com garantia real, créditos com privilégio especial, créditos
com privilégio geral e por último créditos sem qualquer garantia ou
quirografários.

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