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A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua

formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema
“A falta de acesso à cultura na sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.
TEXTO I
O ser humano é essencialmente cultural. Ele nasce, vive e morre imerso em uma determinada cultura, com
seus modos de vida, língua, rituais, instituições, conhecimento e valores próprios. Por isso, ele vê o mundo a partir de
sua própria cultura. Dentro desse tecido cultural em que vivemos e nos desenvolvemos, podemos fazer um recorte
específico da cultura, igualmente importante para que nos tornemos seres humanos completos: as artes.
Independentemente de serem artes populares, como o cordel, a música popular, o repente, a dança de salão, a escultura
na areia ou artes eruditas como a música clássica, as artes visuais, a literatura, o teatro, o cinema, vídeo-arte.
As artes, por não se dirigirem à razão, mas à sensibilidade, comportam várias interpretações, agregando
significados à medida em que são desvendadas por olhares diferentes. As artes organizam a experiência vivida a partir
do sentimento e da imaginação e, por isso mesmo, abrem as portas das possibilidades. Não têm por função retratar o
mundo como ele é, mas indicar como ele pode ser para o artista e para cada um de nós. De qualquer forma, as artes
são uma forma de conhecimento do mundo, conhecimento sensível da estrutura, da organização do mundo humano.
Mobilização do sentimento, do poder de imaginar outros mundos além do mundo real que habitamos, compreensão da
nossa relação com o mundo e a natureza, prazer estético: esses são os benefícios da cultura e da arte dos quais todos
nós temos o direito de usufruir. Desse direito deriva a preocupação com a democratização cultural, considerada em seu
sentido restrito. Mas o que vem a ser a democratização cultural e como ela pode ser feita?
Um dos sentidos de democratizar a cultura é ampliar o acesso aos bens culturais universais, já existentes,
permitindo que as pessoas construam o seu modo próprio de ser e de participar na comunidade e na sociedade como
um todo. Ampliar a distribuição e a compreensão da produção cultural, em vez de adaptá-la ou facilitá-la,
enfraquecendo-a, permite que nós nos apropriemos de instrumentos de expressão e possamos construir uma
consciência crítica diante do mundo em que vivemos. O acesso à cultura envolve vários aspectos: o acesso físico
implica em melhor distribuição geográfica dos equipamentos culturais e o transporte fácil e seguro para que todos, da
periferia, do centro, dos subúrbios, possam chegar facilmente e com segurança aos locais onde os eventos culturais
acontecem; o acesso econômico diz respeito aos custos de participar da vida cultural da cidade ou de uma
comunidade, custos esses que precisam ser subvencionados tanto para que a criação quanto o consumo sejam
possíveis para todos os membros da população; e o acesso intelectual, ou seja, a compreensão das linguagens da arte,
da história e do contexto social em que a cultura é criada. O acesso intelectual propicia uma compreensão mais
profunda de um produto cultural e pressupõe dois trabalhos: o de formação de público e o de formação de agentes
culturais.
(Disponível em: https://viaparole.wordpress.com/2016/08/29/o-tema-e-democratizacao-do-acesso-a-cultura/ )

TEXTO II

Enquanto se discute como enfrentar o desafio da inclusão digital, muitas cidades brasileiras não passaram sequer pelo
processo de inclusão cultural. Milhões de cidadãos estão distantes não só dos computadores, mas também dos livros,
discos e filmes. São os habitantes dos 1.185 municípios que não possuem bibliotecas públicas, ou dos 5.141 que não
têm sequer uma sala de cinema. Os dados foram tirados do "Perfil dos Municípios Brasileiros", traçado pelo IBGE, que
mostra o quanto ainda há por fazer para evitar que a televisão seja a única fonte de informação a atingir cem por cento
do território nacional. (Disponível em: http://www.ipea.gov.br/)

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