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p. 18 § 1 “...

O texto aparece então como o lugar de uma troca entre pedaços de enunciados que ele [o
autor] redistribui ou permuta, construindo um texto novo dos textos anteriores. Não se trata, a
partir daí, de determinar um intertexto qualquer, já que tudo se torna intertextual; trata-se antes
de trabalhar sobre a carga dialógica das palavras e dos textos, os fragmentos de discursos que cada
um deles introduz ao diálogo...”
p. 19 § 2 “... o dialogismo: os enunciados das personagens dialogam com os do autor e ouvimos
constantemente esse diálogo nas palavras, lugares dinâmicos onde se efetuam as trocas...”
p. 19 § 3 “... O autor é profundamente ativo, mas sua ação tem um caráter dialógico particular...”
p. 20 § 2 “... A consciência é constantemente preenchida de elementos exteriores a ela, ingredientes
trazidos por outrem e necessários à sua realização.”
p. 20 § 3 “... constantemente e intensamente, vigiamos e capturamos os reflexos de nossa vida no plano da
consciência dos outros homens...”
p. 20 § 4 “...a relação de um criador com sua personagem de romance, por exemplo, não pode nunca ser
inteiramente de identificação: deve manter essa dimensão exterior pela qual essa personagem
dialoga com o autor tanto quanto o autor com ela...”
p. 21 § 4 “Todas as palavras abrem-se assim às palavras do outro, o outro podendo responder ao conjunto da
literatura existente: os textos literários abrem sem cessar o diálogo da literatura com sua própria
historicidade, e a noção tem todo o interesse em tornar a crítica sensível á consideração dessa
complexa relação...”
p. 22 § 1 “... logo a intertextualidade não se contentará mais em ser uma simples designação, mas se
esforçará por constituir um conceito operatório... a retomada de linguagens ou de gêneros
anteriores produz efeitos de sobrecodificação – os textos paródicos repousam eles próprios sobre
formas codificadas...”
p. 22 § 1 “...se esse romance rompe com a literatura anterior, é antes porque faz dela uma síntese,
retomando todos os seus discursos – didático, religioso, político, judiciário, literário – todas as
formas de discursos existentes, levando-os a um pondo de saturação, de hibridismo e de paródia
que conduz necessariamente à sua transformação.”
p. 23 § 3 “...todo texto, escreve ele, é um tecido novo de citações passadas...“
p. 23 § 4 “...o intertexto é um campo geral de fórmulas anônimas, cuja origem é raramente localizado...”
p. 68 § 1 “A intertextualidade é o resultado técnico, objetivo, do trabalho constante, sutil e, as vezes,
aleatório, da memória da escritura...”
p. 68 § 2 “Tudo está dito, e chegamos demasiadamente tarde, há mais de sete mil anos que há homens, e
que pensam. A abertura dos Carateres, de la Bruyère... faz a constatação da melancolia...”
p. 70 § 2 “Entre as duas propostas, entre o ‘tudo está dito’ e ‘digo-o como meu’, há menos que um
paradoxo, uma definição da literatura como necessária repetição ao mesmo tempo que como uma
apropriação...”
p. 70 § 3 “...Se o roubo de ideia é um crime difícil de se estabelecer é justamente porque a criação se
exerce não na matéria, mas na maneira, ou no encontro de uma matéria e de uma maneira...”
p. 74 § 3 “Como se escrevia a literatura antiga? Todos os seus autores se apossavam de assuntos, que
pertenciam coletivamente à tradição e poucos não foram tratados ao mesmo tempo por Sófocles e
Eurípedes por exemplo...”
p. 74 § 3 “...Como se elaborava o romance da Idade Média? Os autores perseguem a narrativa das mesmas
estórias, por continuidade cíclica, com o retorno das personagens, e nunca se trata de identificar
uma estória com uma única personagem dentre elas... notar-se-ia a existência de gêneros mais
intertextuais que outros, como a tragédia, a fábula, o retrato moral...”
p. 75 § 1 “... a literatura é transmissão, mas também... acarreta a retomada, a adaptação de um mesmo
assunto a um público diferente...”
p. 75 § 2 “Desde a origem, a literatura está duplamente ligada à memória...”
p. 77 § 3 “Escrever é pois re-escrever. Repousar nos fundamentos existentes e contribuir para uma criação
continuada...”
p. 78 § 1 “...As atividades de leitura e de escritura se interpenetram então como em reflexos sem fim...”
p. 78 § 1 “Longe de se contentar em deambular melancolicamente numa memória passada, a literatura joga
com modelos, referências, o já dito...”
p. 79 § 1 “...A memória da biblioteca, a consciência da repetição e da constituição de modelos por outrem
são também o substrato de numerosos jogos literários, entre os quais a paródia tem seguramente o
lugar mais importante...”

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