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A DIMENSÃO ÉTICO-POLÍTICA NO FORTALECIMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM


SERVIÇO SOCIAL1

Daniela Cristina Soares Goulart2


RESUMO

O presente trabalho analisa a dimensão ético-política na formação profissional do assistente


social na contemporaneidade através do processo de estágio supervisionado. Para isso, tece
um breve histórico dos aspectos relacionados à gênese da profissão, ao estágio
supervisionado em Serviço Social no Brasil e a ética profissional do assistente social. Ressalta-
se a necessidade de se potencializar a atenção ao estágio supervisionado enquanto elemento
constitutivo do processo de formação do assistente social e de materialização da dimensão
ético-política da profissão, pelo qual os acadêmicos de Serviço Social se capacitam ao
exercício da profissão. Entende-se que a inserção no espaço de estágio constitui-se um
momento privilegiado e importantíssimo, no qual ocorre a primeira aproximação com a
prática profissional, possibilitando ao estagiário transcender os limites da sala de aula e, a
partir da realidade social concreta, na qual está inserido, o seu deciframento, o que
possibilitará, a partir de análises, de escolha dos instrumentos que se valerá, da aplicação das
resoluções da categoria profissional, buscar alternativas, propor estratégias de ação,
objetivando atender às demandas sociais impostas à profissão. Neste ínterim, considera-se
que os aspectos legais e legítimos acerca do estágio supervisionado em Serviço Social e das
condições éticas e técnicas da profissão são imprescindíveis para a identificação de sua
dimensão ético-política, assim como para o fortalecimento do estágio supervisionado em
Serviço Social, norteado pela Resolução do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) n°.
533/2008 e a Política Nacional de Estágio da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em
Serviço Social (ABEPSS) de 2010.

Palavras-chave: Serviço Social, Estágio Supervisionado, Ética, Formação Profissional.

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Artigo apresentado como pré-requisito para avaliação da Disciplina: A ÉTICA PROFISSIONAL, PRÁXIS E O
PROJETO ÉTICO-POLÍTICO PROFISSIONAL, ministrada pela Profa. Dra. Terezinha de Fátima Rodrigues
(Unifesp) no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social pela UNESP - Franca-SP no 2° Semestre de 2012.
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Assistente Social. Mestranda em Serviço Social pela UNESP- Franca-SP. Membro do Grupo de Pesquisas sobre
Famílias (GEPEFA). Docente do Centro Universitário de Formiga - UNIFOR-MG. Analista do Seguro Social
com formação em Serviço Social do INSS, Agência de Formiga/MG, e-mail: danipiui@yahoo.com.br. End.: Rua
Luiz Ferreira Belo, 45, São Francisco, Piumhi/MG, CEP: 37925-000, Telefone: (37) 9962-2784.
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INTRODUÇÃO

Pretende-se através deste trabalho, analisar a dimensão ético-política no processo de


formação profissional dos assistentes sociais, especialmente mediante o processo de estágio
supervisionado.
Acredita-se que a temática ligada ao estágio supervisionado em Serviço Social e sua
importância na formação profissional do assistente social no cenário contemporâneo,
entendendo sua construção social, histórica e política, remete à necessidade de se tratar
tanto de seus instrumentos técnicos, operativos e normativos.
Inicialmente foram abordados aspectos relacionados à gênese do Serviço Social no
Brasil, considerando que este emerge no Brasil em 1932 através do CEAS (Centro de Estudo e
Ação Social), primeira instituição a oferecer curso intensivo com elementos de uma formação
para o trabalho, porém ainda na ótica da filantropia e benesse, apontando que a
profissionalização em nível superior na PUC/SP (Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo) com a criação da primeira escola de Serviço Social no Brasil em 1936. Na década de
1940, o Serviço Social se tecnifica, recebe as influências norte-americana e franco belga, cujo
trabalho baseava-se em Serviço Social de caso, grupo e comunidade.
Assim como ocorreu na América Latina, no Brasil, em meados da década de 1960 há
questionamentos e indagações acerca dos métodos e procedimentos utilizados pelo Serviço
Social. colocando a reflexão sobre a dimensão política do trabalho profissional. Exigia-se
deste um repensar sobre a profissão, uma revisão crítica, um novo posicionamento que
visava construir um Serviço Social mais crítico frente à realidade social. É neste período que o
Serviço Social vivencia o Movimento de Reconceituação.
A partir de 1980 com o processo de redemocratização do país ocorreram avanços e
conquistas significativas no âmbito do Serviço Social: a revisão do currículo mínimo do curso
de Serviço Social, em 1982; o Código de Ética de 1986, com o posicionamento claro do
assistente social ao lado da classe trabalhadora; várias publicações em nível lactu e strictu
senso, assim como revistas com produções teóricas e científicas do Serviço Social; a
Constituição Federal de 1988; a criação da LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social) em 1993;
o Código de Ética Profissional e a Lei de Regulamentação da profissão ambos datados de
1993, dentre outros.
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É notório que desde as Diretrizes Curriculares da ABEPSS (Associação Brasileira de


Ensino e Pesquisa em Serviço Social) datada de 1996, o estágio assume centralidade na
formação profissional, uma vez que no período que antecede este momento histórico,
focava-se no ensino da prática, sendo o estágio descolado do restante da formação;
entretanto, ainda se carecia de normalizações, que posteriormente serão contempladas pela
Resolução 533/2008 e legitimadas com a construção e aprovação da PNE (Política Nacional de
Estágio) pela ABEPSS em 2010, que vem organizar o estágio em Serviço Social na amplitude
do território nacional.
Assim, a implantação das Diretrizes Curriculares construídas coletivamente nos
espaços de discussão da categoria profissional, pela ABEPSS, mostra-se enquanto estratégia
de resistência, de debate, diante do contexto atual, neoliberal, de mercantilização e
precarização da educação superior.
No desenvolvimento deste artigo buscou-se explicitar o processo de estágio
supervisionado na formação profissional do assistente social, entendendo-o enquanto um
dos instrumentos de formação contidos na grade curricular do curso de Serviço Social e
espaço propício para a materialização da dimensão ético-política da profissão, com vistas ao
fortalecimento da categoria profissional.
Destaca-se que a Instituição campo de estágio se configura num espaço sócio-
ocupacional designado para realização do estágio desde que conte em seu quadro de
funcionários com o (a) profissional assistente social, que neste processo de formação será
denominado Supervisor de Campo.
É inegável também que a discussão da legalidade e legitimidade do estágio está
intrinsecamente relacionada às atuais condições do mercado de trabalho e ao contexto de
precarização do ensino superior. Neste debate, tem-se como pressuposto a articulação entre
formação e exercício profissional, sendo necessário que o projeto de formação seja um
componente de materialização e enraizamento do projeto ético-político profissional,
comprometido com um projeto societário, que vise uma sociedade mais justa e emancipada.
Nesta lógica, faz-se necessária uma reflexão crítica sobre os novos desafios que se
apresentam à profissão numa perspectiva ampla de atuação e enfrentamento das questões
dificultadoras para uma prática consciente, ética e comprometida com a direção social da
profissão, hoje hegemônica.
Neste estudo, o estágio é considerado um espaço privilegiado para fortalecimento das
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concepções pedagógica, ética e política do Serviço Social, pois possibilita, dentre outros
aspectos, a aplicação das resoluções e do projeto profissional com importância formativa,
construídos pela categoria profissional, para além de um olhar meramente operativo de
exigências curriculares, como a elaboração de alguns documentos: plano de estágio, diário
de campo, relatório, avaliação, controle de freqüência, dentre outros.
Ademais, as referências teóricas deste artigo se baseiam na hipótese que o Assistente
Social, possuindo todo um arcabouço teórico, prático e institucional, oriundos de profundas
pesquisas em diferentes realidades profissionais, é portador de um conhecimento
indispensável que visa a defesa intransigente de um projeto societário comprometido com
uma sociedade mais justa.

Desenvolvimento

Ao longo da trajetória do Serviço Social no Brasil, verifica-se que desde a criação das
primeiras Escolas de Serviço Social nas décadas de 30 e 40, o estágio é considerado parte
integrante da formação profissional. Em cada período histórico na trajetória do Serviço
Social, a categoria profissional, por meio da ABESS, trouxe/defendeu um determinado
projeto de formação em função de seu posiconamento político, ainda que perdurou por um
longo tempo, a perspectiva conservadora, sendo que os assistentes sociais se “adequavam”
ao atendimento das novas demandas sociais postas a profissão.
À procura da construção de uma identidade profissional construída coletivamente
pela categoria, velhos paradigmas são discutidos afim de peneirar o conservadorismo
historicamente localizado dentro da profissão, o que ao mesmo tempo representa uma
luxação devido aos atritos de novas perspectivas ascendentes em uma possível
modernização profissional.
Dá-se o marco histórico do movimento dentro do Serviço Social que se intitula
“reconceituação”. Torna-se necessário tal premissa devido às mudanças sociais decorrentes
no Brasil, sinalizadas posteriormente ao golpe de 1974, momento em que se ampliam as
matizes de trabalho profissional principalmente devido à atenção do Estado com a criação de
programas sociais. A relevância de tal movimento na derme profissional é justamente em
prol do profissionalismo ético, característica nulificada nos primórdios do Serviço Social
brasileiro que ainda ganha repercussões no que tange principalmente em razão da crônica
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debilidade brasileira, a união conservadora e colonial aliada aos pressupostos neoliberais,


que solicita um profissional acrítico e apolítico.
Entender o quão complexo é a relação do Assistente Social, quando ainda no seio do
Serviço Social têm-se bases teóricas diversificadas, sob variados prismas interpretativos que
conduz à conclusão que os conceitos compartilhados coletivamente não são homogêneos, o
que, por sua vez, torna complexa e diversificada a formação profissional e a constituição da
identidade profissional dos Assistente Sociais. Todavia, é vivenciado na realidade profissional
que instrumentais fundamentados na intervenção imediata, além de suprimir a criticidade
do usuário, sem as devidas qualificações, torna-se instrumento de reprodução do sistema
capitalista de produção. (GUERRA,1995)
Neste ínterim, mais precisamente, na década de 80, os profissionais firmaram
compromisso com a classe trabalhadora, devido às mudanças ocorridas nas relações do
trabalho, o que se acentua com a ofensiva neoliberal mais fortemente nos meados da década
de 1990 e depois se alastra, o que modificou o mundo do trabalho e as relações sociais, com
redução dos direitos, surgindo às novas expressões da questão social, objeto de intervenção
do Serviço Social. (IAMAMOTO, 2010).
Esta metamorfose da questão social exige um novo perfil profissional; assim no
âmbito dessas mudanças, o Serviço Social precisa adequar à formação acadêmica para a
realidade atual, atentando-se para as mudanças ocorridas em relação ao mundo do trabalho,
mudanças que também afetam a trajetória do Serviço Social. Tendo em vista as
transformações ocorridas e o fato do Serviço Social hegemonicamente primar por
profissionais críticos, competentes e comprometidos com o fazer profissional, imbuídos de
conhecimentos teórico-metodológicos, técnico-operativos e ético-políticos, a ABEPSS elabora
e aprova um novo projeto pedagógico em 1996, denominado Diretrizes Curriculares:

As Diretrizes Curriculares foram elaboradas como uma resposta às novas exigências


da formação profissional, que remetem às contradições do processo capitalista
atual, o qual demanda, por um lado, uma formação qualificada e crítica e, por outro
lado, que sejam contempladas as novas características técnicas e sociointelectivas
exigidas ao trabalhador. (LEWGOY, 2010, p. 180).

Para elucidação da dimensão ético política do Serviço Social, faz-se necessário


conceituar ética e moral, como ainda, a importância de cada um deles na história do
conhecimento, refletindo sobre suas implicações na sociedade contemporânea.
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Associada à reflexão sobre a ética é praticamente impossível não considerar a


moral. Moral e ética por algumas filosofias são consideradas como sinônimos: ética
como filosofia moral e a moral como realização dos valores éticos. Por outras, a
moral refere-se ao individuo e a ética à sociedade. Etimologicamente, o termo
moral vem do latim mores, que significa costumes e ética derivada do grego ethos
traduzido como modo de ser ou modo de vida. (BARROCO, 2008, p. 19).

Aliada, aos conceitos de ética e moral, a liberdade, aparece com uma característica
própria do homem genérico e legal que o porta como dinamizador da realidade social,
fundamental no estabelecimento das relações sociais.
Infere-se que no campo das profissões a ética está intrinsecamente relacionada aos
projetos societários destas. Quanto ao Serviço Social em específico, cuja existência depende
dos conflitos existentes na sociedade capitalista, tem claramente um projeto societário com
dimensões políticas, ou seja, é uma profissão politizada inserida no mundo sócio-técnico do
trabalho comprometida atualmente com a defesa dos interesses da classe trabalhadora.
Entretanto, é necessário ressaltar que a dimensão política do trabalho profissional está
posta na medida que esta profissão assenta-se na mediação capital/trabalho e como a autora
Marilda Iamamoto afirma, pela mesma atividade, atende a interesses contraditórios, o que
convida a categoria fazer este debate a cerca da dimensão política da profissão.
Desta forma, cabe considerar que a profissão possui caráter eminentemente político
da prática ou do exercício profissional ao lidar de forma comprometida e organizada em luta
e defesa dos interesses da classe trabalhadora, a partir do momento que se posiciona na
realidade pela histórica inserção da profissão no contexto das relações entre o Estado, o
mercado e a sociedade civil, mediante o estabelecimento de uma realidade repleta de
desigualdades sociais.
Assim, o Serviço Social se norteia com base em um projeto ético político que utiliza
pressupostos historicamente construídos, uma vez que se insere na movimentação da
realidade social num contínuo processo de construção e se baseia em fatores consagrados e
considerados pela profissão como indispensáveis à vida, principalmente a liberdade.

O Projeto Ético-Político do Serviço Social, que assume essa nomenclatura somente


na década passada, se constrói com base na defesa da universalidade do acesso a
bens e serviços, dos direitos sociais e humanos, das políticas sociais e da
democracia, em virtude por um lado da ampliação das funções democráticas do
Estado e por outro da pressão de elementos progressistas, emancipatorios (NETTO,
1999).

Ainda, cabe destacar que não existe uma forma delimitada de cumprir à primeira
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vista com as predisposições do Projeto Ético-Político do Serviço Social, visto que ele é uma
construção coletiva e depende da maturidade intelectual e política da categoria profissional;
assim como de sua legitimidade junto à mesma, que pode e deve ser vivenciada de forma
efetiva em seu exercício profissional, como também através do processo de estágio
supervisionado em Serviço Social.
Oliveira (2009) ressalta alguns elementos fundamentais para problematizar o estágio
supervisionado e suas contribuições na formação profissional do (a) assistente social com
bases em seu projeto ético-político, sendo eles: a legalidade, a legitimidade, os diferentes
sujeitos envolvidos neste processo e a construção de uma nova lógica curricular.

Assim, pode-se afirmar que o desafio presente nesta forma de conceber o estágio
supervisionado é romper com o paradigma de uma atividade direcionada
majoritariamente para a informação teórica e a prestação de serviços por meio do
exercício profissional. O estágio, além desta prerrogativa, deve centrar-se no estudo
dos elementos históricos e conceituais ministrados no curso de Serviço Social,
aproximando-se de situações reais e experiências cotidianas, na tentativa de
compreendê-las em suas múltiplas determinações e, dentro da realidade político-
institucional, apresentar criativamente propostas de enfrentamento das expressões
da questão social. (OLIVEIRA, 2009, p. 103-104).

Vale ressaltar que as primeiras publicações relacionadas ao estágio e supervisão em


Serviço Social aconteceram em 1947, revelando a história da formação e o exercício
profissional no seio da categoria profissional. A ABESS (Associação Brasileira de Ensino em
Serviço Social), hoje ABEPSS, juntamente com o CBCISS (Comitê Brasileiro de Conferência
Internacional de Serviço Social), foram criados em 1946 com a finalidade de produção,
divulgação e intercâmbio de literatura em Serviço Social.
Foi a partir da Lei 6.497, de 07 de dezembro de 1977, que foi regulamentada a Lei de
Estágio; até então não havia legislação específica que tratasse do estágio. De acordo com
esta mesma Lei, em seu parágrafo 2°,

Os estagiários devem proporcionar a complementação do ensino e da


aprendizagem a serem planejados, acompanhados e avaliados em conformidade
com os currículos, programas e calendários escolares, a fim de se constituírem um
instrumento de integração, em termos de treinamento prático, de aperfeiçoamento
técnico-cultural, cientifico e de relacionamento humano. (BRASIL, Lei 6494/77,
artigo 1°).

Nos primórdios dos anos 70, o Serviço Social no Brasil, tem uma aproximação com a
corrente marxista, focado no desenvolvimento do processo de renovação do Serviço Social.
Tendo destaque o Método BH, que ocorreu por intermédio da Escola de Serviço Social da
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Universidade Católica de MG. Esta Escola elaborou um currículo muito expressivo para a
época, que propunha alternativas para a formação profissional dotado de um referencial
teórico, tendo como conceito o ensino, a aprendizagem, a teoria e a prática.
Somente a partir de 1980, o estágio passou a ser considerado uma disciplina
vinculada à prática profissional. Com o Currículo Mínimo de 1982, houve alterações
significativas no âmbito da formação profissional e um desmonte das estruturas tradicionais
da divisão caso, grupo e comunidade, passando o estágio a ser pensado e visualizado numa
perspectiva de totalidade, envolvendo a reflexão sobre teoria e prática, e as relações da
sociedade em diferentes momentos históricos.
Segundo a ABESS,

(...) propõe-se a introdução de estágio supervisionado (caracterizado no Currículo


Mínimo atual como estágio prático). Este estudo é importante como forma de
aprendizagem, práticas das estratégicas de ação profissional como aos campos
fundamentais de atuação do Serviço Social. Supõe a aprendizagem de habilidades
técnicas e capacidade de análise das repercussões profissionais face à aplicação
dessas habilidades. (ABESS, Parecer 412/82, 1997).

Nos anos 90, mudanças ocorridas nos diversos campos da vida social, dentre os quais
a educação, exigiram alterações significativas no campo da formação profissional, o que
motivou o governo brasileiro, através do MEC (Ministério da Educação), rever a Política da
Educação. No decorrer desta análise este elaborou uma nova Lei de Diretrizes para a
Educação (LDB), no sentido de se adequar às novas exigências impostas ao país.
A LDB, Lei nº. 9.394, foi aprovada em dezembro de 1996. Também neste ano, a
ABEPSS identificou a necessidade de revisão do Currículo Mínimo para o curso de Serviço
Social, com vistas às mudanças capitalistas da sociedade, que também rebatem sobre o
Serviço Social e que motiva o repensar constante de seus rumos sociais. Para estar à frente
dessas mudanças e atuar resolutivamente nesta realidade social, o Serviço Social precisava
assumir um direcionamento ético-político, comprometido com a classe trabalhadora,
expresso na construção das Diretrizes Curriculares, que estão organizadas em,

[…] princípios eixos e núcleos que expressam uma nova relação com a realidade
social, ganhando destaque nesta proposta as atividades ligadas à extensão, à
pesquisa, ao estágio e aquelas que se materializam em novas práticas pedagógicas
componentes. (Revista UNIABEU, v. 3 nº. 5 set/dez. 2010, p. 184).

Neste sentido, o estágio, a partir das Diretrizes Curriculares de 1996, é parte


integrante do processo de formação profissional que, com seus 12 (doze) princípios firma a
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integração entre estágio, supervisão acadêmica e o trabalho profissional.


Destaca-se que atualmente o estágio supervisionado em Serviço Social apresenta-se
normatizado pela Lei Lei 8.662/1993, que regulamenta a profissão; do Código de Ética
Profissional de 1993 que, com seus onze princípios, indica o rumo ético-político a ser seguido
pela categoria profissional, assim como os conhecimentos a serem buscados; pela Resolução
CFESS nº. 533 de 29 de Setembro de 2008, que regulamenta a supervisão direta de estágio
em Serviço Social; mais recentemente pela Política Nacional de Estágio instituída pela
ABEPSS em 2010 e em aspectos mais amplos, pela Lei Federal 11.788/2008 que define o
Estágio no artigo 1°, como sendo,

[...] ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho


que, visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam
frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação
profissional, de ensino médio, da educação especial, e dos anos finais do ensino
fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. (BRASIL,
Lei Federal 11.788/2008, art. 1°).

A Lei Federal de Estágio inova ao definir que o estágio deve fazer parte do projeto
pedagógico do curso, voltando-se para o aspecto formativo do aluno, devendo possibilitar o
aprendizado de competências próprias da atividade profissional, de acordo com a
contextualização curricular do curso.
Ressalta-se que o estágio poderá ser de caráter obrigatório ou não-obrigatório,
conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e
do projeto pedagógico do curso. (Lei Federal do Estágio n.º 11.788/2008, art. 2°).
Destaca-se que a formalização do estágio faz-se através da documentação acordada
entre os sujeitos envolvidos no estágio supervisionado, como o termo de compromisso,
plano de estágio, seguro escolar e outros, sendo necessário que o estagiário esteja
devidamente matriculado em uma Instituição de Ensino Superior (IES).
Já o importante dispositivo supracitado que trata sobre a legalidade do estágio em
Serviço Social, a Resolução 533/2008, instituída pelo CFESS retoma este debate com a
regulamentação da supervisão direta de estágio em Serviço Social, normalizando a relação
direta, sistemática e contínua entre as IES (Instituições de Ensino Superior), os campos de
estágio e os CRESS’s (Conselhos Regionais de Serviço Social).
Esta Resolução considera que o estágio é parte constitutiva da formação e do
exercício profissional, definindo que a supervisão direta em Serviço Social constitui-se em
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momento ímpar no processo de ensino-aprendizagem do acadêmico, pois a partir daí este


terá subsídios para estabelecer a relação teoria/prática e desenvolver o seu perfil
profissional, momento este que deverá ser visto com comprometimento e seriedade entre
todos os atores envolvidos neste processo.
Ainda de acordo a Resolução n° 533/2008, em seu artigo 8°, a responsabilidade ética e
técnica da supervisão direta é tanto do supervisor de campo, quanto do acadêmico.
Dentre suas principais deliberações considera que o estágio curricular obrigatório
deve estar estabelecido de acordo com as Diretrizes Curriculares da ABEPSS, que deverá
constar no projeto pedagógico do curso e na política de estágio da IES, garantindo maior
qualidade para a formação profissional.
Já ao CRESS da respectiva jurisdição cabe a fiscalização do exercício profissional do (a)
assistente social supervisor de campo, sendo necessário que a IES informe ao CRESS a
abertura de campos de estágio bem como a relação de vagas de estágio em até 15 dias após
sua abertura.
É fundamental que as instituições de campo de estágio ofereçam estruturas mínimas
para a realização do estágio, com vistas a garantir as condições físicas, técnicas e éticas para o
exercício profissional, como: espaço físico adequado, garantia ao sigilo profissional,
equipamentos necessários, supervisor de campo disponível para acompanhar o estagiário,
dentre outros. (CFESS, Resolução n° 493/2006)
É de suma importância ressaltar que a supervisão em Serviço Social é atividade
privativa deste profissional, conforme o instituído na Resolução do CFESS nº. 533 de 29 de
setembro de 2008.
Art. 2° A supervisão direta de estágio em Serviço Social é atividade privativa do
assistente social, em pleno gozo dos seus direitos profissionais, devidamente
inscrito no CRESS de sua área de ação, sendo denominado supervisor de campo o
assistente social da instituição campo de estágio e supervisor acadêmico o
assistente social professor da instituição de ensino. (CFESS, 2008)

Estabelecendo ainda em seu parágrafo único

(...) a definição do número de estagiários a serem supervisionados deve levar em


conta a carga horária do supervisor de campo, as peculiaridades do campo de
estágio e a complexidade das atividades profissionais, sendo que o limite máximo
não deverá exceder 1 (um) estagiário para cada 10 (dez) horas semanais de
trabalho. (CFESS, Resolução n.º 533, 2008).

Acrescenta-se que os principais sujeitos envolvidos no processo de estágio


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supervisionado são: o aluno-estagiário, o supervisor acadêmico e o supervisor de campo.


Entende-se que para haver um adequado desempenho de aprendizagem, é fundamental que
o trabalho desenvolvido nesse processo seja indissociável entre estes sujeitos, constituindo-
se num processo dialético de trocas e construção de saberes.
No tocante à supervisão e ao estágio, a partir das Diretrizes Curriculares da ABEPSS,
ressalta-se que as reformulações propostas foram assertivas e necessárias para o
aprimoramento e afirmação do Curso de Serviço Social, principalmente ao se referir ao
estágio supervisionado como elemento necessário para que a qualidade da formação
profissional alcance um elevado patamar no processo de criticidade e de profissionalização
do acadêmico, capacitando-o para o exercício profissional.
Já a Política Nacional de Estágio da ABEPSS pode ser considerado um instrumento
legítimo construído de forma coletiva pela categoria profissional, destacando que,

o estágio se constitui num instrumento fundamental na formação da análise crítica


e da capacidade interventiva, propositiva e investigativa do(a) estudante, que
precisa apreender os elementos concretos que constituem a realidade social
capitalista e suas contradições, de modo a intervir, posteriormente como
profissional, nas diferentes expressões da questão social, que vem se agravando
diante do movimento mais recente de colapso mundial da economia, em sua fase
financeira, e de desregulamentação do trabalho e dos direitos sociais. (PNE, 2010,
p. 11).

A supracitada Política tem como princípios éticos e políticos, a defesa da liberdade,


democracia, cidadania, justiça, direitos humanos, combate ao preconceito, dentre outros.
São seus princípios norteadores a indissociabilidade entre as dimensões teórico-
metodológica, ético-política e técnico-operativa; articulação entre formação e exercício
profissional; indissociabilidade entre estágio, supervisão acadêmica e de campo; articulação
entre universidade e sociedade; unidade entre teoria e prática; interdisciplinaridade;
articulação entre ensino, pesquisa e extensão.
Com este importante dispositivo, as atribuições dos sujeitos envolvidos no processo
de estágio supervisionado em Serviço Social ficam bem delimitadas e definidas, destacando
que as atividades de extensão só podem ser consideradas como estágio desde que sejam
previstas no projeto pedagógico do curso e respeitada a carga horária docente e discente e
que não deve haver acúmulo das funções de supervisor de campo e supervisor acadêmico. Já
a pesquisa não deve ser considerada como estágio e sim como eixo estruturante no processo
de formação do profissional, onde se deve desenvolver a postura investigativa.
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Traz como ressalva que o estagiário deve evitar desenvolver o estágio no mesmo lugar
em que trabalha, visando uma melhor qualificação profissional.
Outro ponto destacado se refere ao fato da necessidade de desenvolver ações
permanentes visando à capacitação de supervisores, seja pela realização de fóruns de
supervisores de estágio, seja estabelecendo o diálogo e troca de experiências entre os
mesmos; ações que permitirão avaliar constantemente o desenvolvimento do estágio,
buscando novas formas de ação; propõe ainda a realização de seminários interdisciplinares
com demais disciplinas e os diferentes campos de estágios; o fortalecimento dos vínculos do
curso com os CRESS’s, além da proposição de estratégias de ações voltadas para a realidade
social em que cada sujeito se insere.
Busca-se a contraposição ao contexto neoliberal que traz rebatimentos que
interferem diretamente na formação profissional, que por sua vez busca permanentemente
atender a uma “demanda” de mercado, descomprometido com uma formação qualificada e
competente. Em contrapartida, deve-se atentar para a importância do momento do estágio,
quando a identidade profissional do aluno está em momento ímpar de constituição e
formação.
Uma vez que o quadro da Questão Social é desenhado pela correlação de forças
sociais e suas expressões se materializam é no território, faz-se necessário, no cotidiano
profissional o deciframento das particularidades sócio-históricas que compõem o
denominado “miúdo” social, que como bem alcunhado pela autora Yazbeck, é no miúdo do
cotidiano em que se efetiva o trabalho profissional.
Diante disso, ao vislumbrar a prática profissional pela inserção em determinado
espaço sócio-institucional é que se entende a realidade da profissão, possibilitando a
maturidade enquanto profissionais, entretanto diante do atual cenário contemporâneo é
preciso estabelecer um contraponto pela busca da formação continuada e qualificada
enquanto profissionais do Serviço Social. (Oliveira, 2004), que melhor incida no
enfrentamento dos diferentes rebatimentos da Questão Social.

Considerações finais

Ao finalizar este trabalho e fazendo uma breve reflexão histórica da trajetória do


Serviço Social, verificou-se que as dimensões teórico-metodológicas e ético-políticas da
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profissão vêm se fortalecendo de acordo com as mudanças ocorridas no seio da sociedade.


Mudanças estas que modificaram o exercício profissional do assistente social, provocando
alterações nas estruturas curriculares para uma formação que possa atender as demandas
impostas pela política do neoliberalismo.
Identificou-se que o debate de incorporação do projeto ético político do Serviço
Social, se expressa mais nos anos 90, com o novo Código de Ética (1993), Diretrizes
Curriculares (1996) e nova Lei de Regulamentação da profissão (1993) que enfeixam o
projeto na esfera da institucionalidade. Este é fruto de lutas históricas pela busca de sua
legitimidade, suas discussões estão em torno de debates teóricos ideopolíticos, a fim de
haver avanços na profissão.
No enfrentamento do produtivismo acadêmico para atendimento de uma demanda
mercadológica, faz-se necessário o fortalecimento do projeto ético político do Serviço Social,
a partir do conhecimento e retomada do fazer prevalecer o seu componente coletivo por
parte da categoria profissional, cuja resistência deve estar em consonância com o projeto
ético político do Serviço Social brasileiro, através da materialização da Lei de
Regulamentação da Profissão e do Código de Ética Profissional datados de 1993; das
Diretrizes Curriculares de 2002; da Lei Federal de Estágio e Resolução n° 533, ambas de 2008
e da PNE/2010, a começar pelo processo de estágio supervisionado em Serviço Social.
Assim, a discussão proposta neste trabalho pautou-se sobre a importância do estágio
na formação profissional. Através de reflexões acerca das legislações vigentes e
apontamentos de autores referenciados, foi possível entender quão importante é o estágio
neste processo de formação dos assistentes sociais e no fortalecimento de sua dimensão
ético política através da aplicação dos seus instrumentos político-normativos (PNE,
Parâmetros nacionais e Resoluções do conjunto CFESS/CRESS).
Desta forma, a dimensão ética está presente no exercício profissional, por exemplo,
quando da escolha dos instrumentos que o supervisor e o estagiário se valem durante o
processo de estágio supervisionado para materialização da concepção teórica do seu fazer
profissional, a partir de diferentes conhecimentos, teórico, procedimental, cultural etc.,
sejam dos sujeitos, seja da realidade social alvo de suas intervenções.
Destaca-se que no estágio supervisionado o (a) estagiário (a) tem possibilidades de
aprender e apreender questões significativas do exercício profissional, desenvolvendo seu
perfil profissional, assim como contribuindo para a construção de sua identidade
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profissional; espaço propício para confrontar-se com as demandas nas quais irá atuar, com a
realidade social onde se dá a atuação dos (as) assistentes sociais, proporcionado o (a)
estagiário (a) defrontar-se com situações interventivas em que suscitam questionamentos,
discussões, esclarecimentos, aprendizados e desafios (im) postos cotidianamente nos
espaços sócio-ocupacionais.
Foi possível ainda entender que a profissão não é neutra, visto que os assistentes
sociais ao atuarem na realidade concreta, no “miúdo” social, trazem sua visão de homem e
de mundo, que remete à uma determinada direção social da profissão.
Entende-se que o estágio supervisionado é uma atividade que precisa ser
continuamente discutida para aprimorar o processo de formação ensino-aprendizagem,
como por exemplo, através de espaços coletivos como os Fóruns de Supervisores.
Espera-se que com as legislações vigentes (como a Resolução CFESS 533/2008 e a PNE
da ABEPSS de 2010), onde o estágio é referenciado na sua totalidade e obrigatoriedade, que
as IES possam atentar-se e dar materialidade de forma concreta ao estágio, pautando para
uma formação diferenciada frente às diversas demandas posta ao profissional do Serviço
Social. Ademais sabe-se dos desafios dos campos de estágio e das relações presentes nestes
espaços que dificultam as intencionalidades presentes no projeto de formação profissional
dos assistentes sociais.
Desta forma, sabe-se que a discussão sobre a formação profissional deve ser
permanente e que não se esgota somente com a criação de Leis, exigindo um contínuo
processo de debate, devendo ser repensadas, aperfeiçoadas, implementadas e praticadas no
cotidiano do agir profissional do assistente social. Destaque para o papel fundamental que a
ABEPSS e o CRESS vem protagonizando nesta direção, defendendo uma formação
profissional com qualidade e não precarizada, como bem encaminhada pela recente
campanha: Educação não é fast food.
Enfatiza-se que atualmente a discussão em torno do estágio e suas contribuições na
formação dos assistentes sociais, volta-se também para a construção de um novo perfil
profissional capaz de decifrar a realidade social, intervir nesta de forma crítica, propositiva,
investigativa e comprometido com os valores e princípios que norteiam o projeto ético-
político profissional, através de respostas profissionais mediante as novas demandas sociais
(profissionais, institucionais e dos usuários), buscando a superação do (neo)
conservadorismo profissional que ainda se apresenta nos ambientes acadêmico e de
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intervenção do assistente social.


Acredita-se também que para a formação de um profissional diferenciado é preciso
estar calcado em um arcabouço teórico-metodológico, que seja pautado nos princípios éticos
e políticos que norteiam a profissão. Para tanto implica mudanças significativas no modo de
pensar o estágio e a supervisão, seja acadêmica ou de campo, no âmbito de uma formação
diferenciada e qualificada como sinalizam os órgãos competentes de representação do
Serviço Social, nos âmbitos do ensino, pesquisa e extensão.
A guisa de conclusão, as exigências contemporâneas postas aos assistentes sociais,
tanto no processo de estágio supervisionado, quanto no exercício da profissão remetem à
compreensão clara da realidade social, da identificação das demandas e possibilidades de
ação profissional apresentadas nesta realidade, com base nos compromissos éticoéticos e
políticos políticos estabelecidos pelo Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais em
vigor.
Sendo que o cumprimento destas exigências vem possibilitar a definição de
estratégias e táticas na perspectiva da consolidação teórico prática do projeto profissional,
compromissado com os interesses, necessidades, defesa e garantia dos direitos sociais dos
usuários do Serviço Social.
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