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IEFP
“Produção apoiada pelo Programa Operacional Formação Profissional e Emprego, confinanciado pelo
Estado Português, e pela União Europeia, através do FSE”
ÍNDICE
DOCUMENTOS DE ENTRADA
PRÉ-REQUISITOs....................................................................................................... E.3
CORPO DO MÓDULO
0 - INTRODUÇÃO........................................................................................................ 0.1
1 - MEDIÇÃO................................................................................................................ 1.1
1.3 - AMPLIAÇÃO..................................................................................................................1.2
2.2 - UNIDADES....................................................................................................................2.2
Metrologia
Índice
3.1 - TOLERÂNCIAS..............................................................................................................3.1
3.2 - AJUSTAMENTOS..........................................................................................................3.8
AJUSTAMENTOS.......................................................................................................3.13
3.3.1 - qualidades.................................................................................................3.14
“JOHANSSON”.................................................................................4.4
“JOHANSSON”................................................................4.9
Metrologia
Índice
5 - ERROS.................................................................................................................... 5.1
INSTRUMENTOS..........................................................5.4
INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO.................................................5.6
6.2.1 - EXACTIDÃO....................................................................................................6.2
6.2.2 - PRECISÃO......................................................................................................6.2
6.2.3 - RESOLUÇÃO..................................................................................................6.3
6.2.4 - SENSIBILIDADE..............................................................................................6.3
Metrologia
Índice
DE MEDIÇÃO..................................................................................................6.3
8 - COMPARADOR...................................................................................................... 8.1
Metrologia
Índice
9 - PAQUÍMETRO......................................................................................................... 9.1
Metrologia
Índice
11 - MICRÓMETRO DE INTERIORES........................................................................11.1
13 - APALPA-FOLGAS.............................................................................................. 13.1
13.5 - MEDIÇÃO..................................................................................................................13.4
Metrologia
Índice
14.3 - Medição..................................................................................................................14.2
BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................................... C.1
DOCUMENTO DE SAÍDA
PÓS-TESTE............................................................................................................................... S.1
ANEXOS
Metrologia
DOCUMENTOS
DE
ENTRADA
Objectivos Gerais e Específicos
OBJECTIVO GERAL
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
Metrologia E.1
Objectivos Gerais e Específicos
E.2 Metrologia
Pré-Requisitos
PRÉ-REQUISITOS
Lubrificação de Sistemas de
Sistemas de Alimentação Diesel Sistemas de Ignição Sistemas de Carga e
Motores e Alimentação por
arrefecimento Arranque
Transmissão Carburador
Diagnóstico e Rep. de
Sistemas de Direcção Geometria de Órgãos da Suspensão Ventilação Forçada e Sistemas de
Avarias no Sistema de
Mecânica e Assistida Direcção e seu Funcionamento Ar Condicionado Segurança Activa
Suspensão
Diagnóstico e Diagnóstico e
Análise de Gases de Reparação em Reparação em Manutenção
Escape e Opacidade Rodas e Pneus Termodinâmica
Sistemas com Gestão Sistemas Eléctricos Programada
Electrónica Convencionais
Constituição de
Funcionamento do Processos de
Gases Carburantes e Noções de Mecânica Legislação Específica Processos de Corte e
Equipamento Traçagem
Combustão Automóvel para GPL sobre GPL Desbaste
Conversor para GPL e Puncionamento
Legenda
Módulo em Pré-Requisito
estudo
Metrologia E.3
CORPO
DO
MÓDULO
Introdução
0 - INTRODUÇÃO
A Metrologia é a ciência da medição, englobando tudo o que a ela diz respeito, tratando
em particular dos instrumentos de medição, das técnicas de medição e do tratamento dos
resultados da medição.
A Metrologia faz parte do dia a dia, constituindo uma ferramenta indispensável para a ciência,
a indústria, o comércio, os transportes, a medicina e muitas outras áreas. Todas as ciências
necessitam da Metrologia bem como a Metrologia se serve de todas as ciências. Ela é a
ciência da medição (massa, comprimento, temperatura, pressão, etc.). Neste módulo focamos
a Metrologia Dimensional.
Desde a mais longínqua antiguidade, o homem sentiu necessidade de medir. Medir terrenos,
as pedras que talhava, o tecido que fiava, etc. Relacionou então, as medidas com o seu próprio
corpo, mas rapidamente verificou que todos os pés têm dimensões diferentes, assim como os
polegares ou os braços. Daí passar a considerar como padrões, as dimensões do chefe da
tribo ou do rei. Por isso, as medições variavam de região para região, ou de nação para nação.
Por vezes chegavam a variar dentro de uma mesma cidade.
Com o desenvolvimento das relações entre os povos, rapidamente se chegou a uma situação
de anarquia e conflitos nas trocas comerciais. Começou então a sentir-se a necessidade de
unificar as medidas e os primeiros esforços conhecidos datam do século XIV, em que os reis de
França tentaram, embora com pouco sucesso, a unificação das medidas dentro do seu reino.
No século XVII houve um grande avanço, com o aparecimento de uma unidade denominada
TOESA. Essa unidade (cerca de 1,95m) estava materializada por uma barra de ferro colocada
num muro de um castelo perto da cidade de Paris, para que cada um aí, pudesse comparar o
seu padrão.
No século XVIII é criado o sistema métrico. Em França decidiu-se abandonar todas as unidades
até aí utilizadas e foi criada a nova unidade chamada Metro e os seus submúltiplos. Surgiu
também o sistema Inglês que é convertível no sistema métrico cuja unidade mais utilizada é a
polegada.
Até hoje a unidade Metro já teve 5 (cinco) definições diferentes. A última data de 1983 e define
o Metro como sendo o comprimento do trajecto percorrido no vazio, pela luz, durante um
intervalo de tempo 1/(299792458) do segundo.
Metrologia 0.1
Introdução
A metrologia tem uma extensão e diversidade muito amplas, tendo no ramo automóvel
uma importância primordial, desde o projecto, produção das várias peças e operações de
conservação e manutenção e, de reparação.
0.2 Metrologia
Medição
1 - MEDIÇÃO
O acto de medir, assume diariamente nas pessoas ligadas à Mecânica um papel de grande
importância, e aplica-se a todas as grandezas mensuráveis, nomeadamente às grandezas
lineares e angulares das superfícies mecânicas.
A medição, dependendo do grau de precisão exigido, é uma operação que requer por parte do
operador que a executa:
Boa visão
Cuidado
Sentido de responsabilidade
Tranquilidade
Sensibilidade
Experiência
Habilidade manual
Paciência
Limpeza
Formação Profissional
Metrologia 1.1
Medição
Todos estes factores são necessários, para a garantia de uma medição com precisão e
credibilidade.
Existem duas formas de medição, que se denominam por Medição directa e Medição
indirecta.
Diz-se medição directa, quando a medição é efectuada por leitura directa da escala graduada
de um instrumento de medição.
Diz-se medição indirecta, quando para se determinar a dimensão de uma peça, se recorre à
sua comparação com um padrão de dimensão conhecida e próxima da medida da peça que
se quer determinar.
Verifica-se se essa diferença é por defeito ou por excesso. A dimensão a medir será então igual
à dimensão padrão mais ou menos a diferença medida, conforme ela for por excesso ou por
defeito, respectivamente.
Como exemplo de instrumento de medição indirecta ou, por comparação, temos o comparador.
Este instrumento será tratado com pormenor mais à frente neste módulo.
1.3 - AMPLIAÇÃO
Em quase nenhum instrumento para medição com precisão, a divisão da escala graduada
corresponde a um deslocamento igual da ponta de medição. Isto é lógico, dado que para medir
0,01mm seria impossível a sua resolução à vista desarmada.
Note-se que a espessura de um cabelo é cerca de 0,03mm. Medidas inferiores a este valor são
difíceis de ver à vista desarmada com precisão.
1.2 Metrologia
Medição
Daí surgir a necessidade da ampliação. Ampliação é o acto de ampliar, que significa aumentar
o tamanho. O objecto mais comum do nosso dia a dia, que tem como função a ampliação, são
os óculos.
No caso das medições, uma solução poderia ser o emprego de uma lupa. Tal solução utiliza-se
nalguns casos, quando não existe outro meio de aumento.
Normalmente todos os aparelhos de medição de precisão têm a sua escala graduada ampliada,
ou seja, as suas divisões estão aumentadas de 10, 100, 1000 ou mais vezes o valor que
representam.
Metrologia 1.3
Grandezas e Unidades
2 - GRANDEZAS E UNIDADES
Define-se grandeza, como sendo uma propriedade susceptível de ser medida. É possível medir
uma grandeza de modo a definir a sua dimensão.
GRANDEZA DE BASE
NOME SÍMBOLO
Comprimento l
Massa m
Tempo t
Intensidade da Corrente Eléctrica I
Temperatura Termodinâmica T
Quantidade de Matéria n
Intensidade Luminosa Iv
As grandezas derivadas, tal como o próprio nome indica, são grandezas que derivam das
grandezas de base vistas atrás. Estas grandezas são determinadas por relações entre as
grandezas de base.
Metrologia 2.1
Grandezas e Unidades
EXEMPLO:
A grandeza derivada designada por velocidade, é obtida pela relação entre as grandezas de
base comprimento (ou espaço) e tempo. A velocidade de um corpo não é mais que o espaço
por ele percorrido por unidade de tempo.
GRANDEZA DE BASE
NOME SÍMBOLO
Superfície S
Volume V
Velocidade v
Aceleração a
2.2 – UNIDADES
Define-se unidade como sendo uma grandeza tomada como termo de comparação, entre gran-
dezas da mesma espécie. É então, uma grandeza convencional, que numa classe de grande-
zas, serve de padrão de medida.
O resultado de uma medição não é, geralmente, apenas um número. Dizer que o comprimento
de uma barra é 10 não tem qualquer significado. Mas se completarmos a informação dizendo
que o comprimento da barra é, por exemplo, de 10 mm, 10 cm ou de 10 m, já passa a ser uma
informação com significado.
2.2 Metrologia
Grandezas e Unidades
As unidades são como já vimos indispensáveis nas várias áreas da actividade humana.
A existência de um sistema de unidades único em todo o mundo, tem uma grande importância,
principalmente hoje, em que os Países estão todos interligados, fazendo trocas comerciais
entre si.
Imaginemos a situação que era, se cada País utilizasse para as mesmas grandezas, o seu
próprio sistema de unidades. Seria despendido um esforço desnecessário na conversão de
unidades de uns sistemas para os outros, e que daria origem a frequentes erros.
Assim, com o objectivo de que todos trabalhem com o mesmo sistema de unidades, foi
estabelecido o Sistema Internacional de Unidades (S.I.).
A tabela 2.3 representa as grandezas de base com as respectivas unidades adoptadas pelo
Sistema Internacional de Unidades (S.I.).
As unidades das grandezas derivadas, são unidades que derivam das unidades das grandezas
de base, ou seja das unidades de base.
EXEMPLO:
A unidade da grandeza Força é o Newton. O Newton, cujo símbolo é N, é uma unidade que
deriva das unidades de base quilograma(kg), metro(m) e segundo(s).
1 kg x m
1N=
s2
Metrologia 2.3
Grandezas e Unidades
A tabela 2.4 representa algumas grandezas derivadas com as respectivas unidades adoptadas
pelo Sistema Internacional de Unidades (S.I.)
Cada unidade pode dividir-se em múltiplos e submúltiplos dela própria, que são utilizados con-
forme o tipo de medição que se efectua, como veremos a seguir.
Dado que o assunto deste módulo é a Metrologia aplicada à área da Mecânica, a tabela 2.5 re-
presenta alguns múltiplos e submúltiplos da unidade de comprimento do Sistema Internacional
de Unidades (S.I.), que é o Metro.
SUBMÚLTIPLOS DO METRO
NOME SÍMBOLO EQUIVALÊNCIA
Decímetro dm 0,1 m =10 -1 m
Centímetro cm 0,01 m =10 -2 m
Milímetro mm 0,001 m =10 -3 m
Mícron m 0,0000001 m =10 -6 m
Nanómetro mm ou nm 10 -9 m
MÚLTIPLOS DO METRO
Decâmetro dam 10 m =10 1 m
Hectómetro hm 100 m =10 2 m
Quilómetro km 1000 m =10 3 m
2.4 Metrologia
Grandezas e Unidades
EXEMPLO:
O sistema métrico, como o próprio nome indica, utiliza como unidade fundamental de compri-
mento o Metro (m). Assim, quando nas medições que efectuamos, utilizamos instrumentos de
medição com escalas graduadas na unidade metro e seus múltiplos e submúltiplos estamos a
utilizar o sistema métrico.
O sistema Inglês é um sistema hoje em dia bastante menos utilizado que o sistema métrico.
Este sistema utiliza como unidade fundamental de comprimento, o pé cujo símbolo é ft. Uma
unidade submúltipla do pé é a polegada.
1 polegada = 1/12 ft
O símbolo da polegada é in que vem do termo inglês “inch”, mas normalmente representam-se
os valores em polegadas colocando aspas (“) por cima e para a frente do número.
Nota: Os dois zeros à direita do quatro, significam que o valor da polegada é tomado com a
aproximação às milésimas.
Metrologia 2.5
Grandezas e Unidades
Como se disse atrás, o milímetro é a unidade de medida mais utilizada em oficinas de mecâ-
nica. No entanto, actualmente ainda se recorre à unidade inglesa, a polegada. Assim, pode
encontrar-se a designação de polegadas em medidas de diâmetros de parafusos, pernos, ros-
cas, perfis, etc.
Deste modo, existe muitas vezes a necessidade de converter polegadas em milímetros ou,
pelo contrário, converter os milímetros em polegadas.
Existem tabelas às quais podemos recorrer para fazer a conversão das unidades. No entanto,
devemos estar preparados para a eventualidade de não existir nenhuma tabela quando for
necessário. Por isso vamos aprender a fazer a conversão através de cálculo:
Na prática o que se faz, sem entrarmos em teoria matemática, que não é o objectivo deste
módulo, é o seguinte:
Se o valor que temos em polegadas for um número inteiro (por exemplo: 1”, 4” , 20” ) ou um
número fraccionário, (por exemplo:
5”
32
), basta multiplicar esse número inteiro ou fraccionário
por 25,400 mm.
EXEMPLO:
5”
Suponhamos que se pretende transformar 1 em milímetros, com a aproximação até às
32
milésimas.
37
tem-se, X 25,400 = 29,368 mm
32
2.6 Metrologia
Grandezas e Unidades
EXEMPLO:
Suponhamos que queremos converter em polegadas o valor 7,938 mm com uma aproximação
de dezasseis avos (1/16) de polegada.
1”
Queremos que o resultado venha expresso em de polegada. O denominador é então 16.
16
Seguindo o que se disse atrás, multiplica-se por 16 o valor que queremos converter em pole-
gadas:
7,938 X 16 = 127
127 = 5”
25,4 16
As unidades angulares são utilizadas na medição de ângulos. Estas unidades são bastante
utilizadas em diversas medições na Mecânica.
Grau
Grado
Radiano
GRAU
O grau corresponde a 1/360 da circunferência. Para se obter 1 (um) grau divide-se a circun-
ferência em 360 partes iguais. Ao ângulo ao centro formado por dois raios consecutivos da
circunferência, chama-se grau.
Metrologia 2.7
Grandezas e Unidades
O grau subdivide-se em 60 minutos e o minuto em 60 segundos, como mostra a tabela 2.6. São
as chamadas unidades sexagesimais.
1º
Minuto (‘) 1’ 60”
60
1º 1’
Segundo (“) 1”
3600 60
2.8 Metrologia
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
3.1 – TOLERÂNCIAS
Não é possível na prática, executar uma peça com as dimensões rigorosamente iguais aquelas
que lhe foram atribuídas pelo projectista, através das respectivas cotas.
De facto, a verificação de uma medição tem de se fazer sempre com um instrumento de me-
dição, e o rigor dessa verificação depende da precisão e resolução desse mesmo instrumento
de medição.
Por isso não é possível verificar com rigor absoluto as dimensões de uma peça, bem como se
uma peça fica executada com as dimensões exactamente previstas.
Suponha-se que se pretende executar três peças com dimensões iguais. A verificação de uma
dimensão dessas peças, como por exemplo o diâmetro, poderá levar a resultados diferentes
se utilizarmos para tal, instrumentos de medição diferentes, como por exemplo uma régua gra-
duada, um paquímetro ou um micrómetro.
Assim, se o valor do diâmetro com que se pretende executar a peça for por exemplo 30mm,
as dimensões realmente obtidas poderiam ser 30,20mm quando se utiliza a régua graduada,
30,03mm quando se verifica com o paquímetro e 30,004mm se fôr utilizado o micrómetro.
Sabe-se porém, que para uma peça satisfazer a determinadas condições de trabalho, não é
necessário que ela tenha exactamente uma dada dimensão. Verifica-se na prática, que uma
peça satisfaz às condições de trabalho para que foi prevista, se as suas dimensões estiverem
compreendidas entre dois valores determinados. Estes valores entre as quais as dimensões
da peça devem ficar depois da peça acabada, dependem da natureza da própria peça e das
condições em que vai trabalhar.
Então, como as peças não podem ser executadas com as dimensões exactas que lhes são
atribuídas, e como ainda satisfazem as condições de trabalho se ficarem acabadas com as di-
mensões compreendidas entre dois valores determinados, é possível admitir ou tolerar na sua
execução uma certa inexactidão nas medidas. A esta inexactidão tolerada, ou seja, admissível
é dado o nome de TOLERÂNCIA. A tolerância representa pois, o intervalo entre os valores
limites fixados para a dimensão da peça
Metrologia 3.1
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
A tolerância é dada pela diferença entre duas dimensões limites, entre as quais se admite que
podem variar as dimensões reais das peças aceitáveis. São as chamadas dimensões limites,
ou simplesmente limites.
À dimensão maior dá-se o nome de limite superior, dimensão máxima ou cota máxima.
À dimensão menor dá-se o nome de limite inferior, dimensão mínima ou cota mínima.
EXEMPLO:
Suponhamos que se pretende executar uma peça que tenha um diâmetro de 50mm, e que se
admite que a peça ainda funciona bem se o diâmetro tiver uma dimensão compreendida entre
49,95mm e 50,15mm.
Portanto, ao executar a peça, procura-se que ela fique realmente, com qualquer dimensão
menor que 50,15mm e maior que 49,95mm, sem a preocupação de que fique com qualquer
dimensão fixa dentro deste intervalo. Poderá ficar por exemplo, com 49,98mm ou 50,12mm ou
49,995mm ou qualquer outra dimensão, desde que fique dentro dos limites estipulados (entre
49,95mm e 50,15mm). Por outras palavras, desde que fique dentro do intervalo de tolerância.
Teremos então:
3.2 Metrologia
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
Como a tolerância representa um intervalo entre duas dimensões, é um valor sempre positivo.
É sempre maior que zero (0).
A tolerância pode igualmente ser definida como sendo a diferença entre o desvio superior e o
desvio inferior, devendo para os desvios ser considerado sempre os seus valores algébricos e
nunca os seus valores absolutos.
EXEMPLO:
Utilizado o mesmo enunciado do exemplo que vimos atrás, para as dimensões limites, tem-se
que,
Metrologia 3.3
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
Os desvios limites podem ter sinais contrários (o desvio superior ser positivo e o desvio inferior
ser negativo ou vice-versa) como no exemplo acima, mas podem também ter o mesmo sinal
(ambos positivos ou ambos negativos), como se pode ver na figura 3.2. Nesta figura são apre-
sentados os três casos possíveis, correspondentes a dimensões exteriores ou a dimensões
interiores.
A linha LZ representada na figura 3.2 que corresponde à cota nominal chama-se linha de zero
(0). A porção de plano que está compreendida entre as duas linhas paralelas à linha de zero (0)
e correspondentes aos limites de tolerância é o chamado Campo de tolerância. Na figura 3.2
os campos de tolerância estão tracejados com o tracejado mais afastado.
É fácil compreender que quanto mais pequena fôr a tolerância, maior é a dificuldade de exe-
cutar determinada peça e consequentemente maior será o seu custo. Logo, interessa atribuir
a maior tolerância possível, sendo o valor máximo condicionado pelas condições de utilização
da peça.
3.4 Metrologia
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
Como atrás se disse, os limites entre as quais a peça deve ficar acabada, ou seja a tolerância
fixada, é função das condições de trabalho em que a peça vai funcionar.
Quer dizer que a peça satisfaz às condições de trabalho, se tiver dimensões dentro dos limites
e, naturalmente, satisfaz tanto melhor quanto mais dentro estiver dentro desses limites.
Então, o funcionário, embora saiba que pode executar a peça dentro dos limites estipulados,
deverá esforçar-se por executá-la com uma dimensão real próxima do valor médio dos limi-
tes.
Chama-se dimensão média ou cota média ao valor médio das dimensões limites. Ou seja,
dimensão média = (dimensão máxima + dimensão mínima) / 2
Chama-se desvio médio ao valor médio dos desvios superior e inferior. Ou seja,
desvio médio = (desvio superior + desvio inferior) / 2
Assim, o funcionário deve esforçar-se por conseguir executar as peças com uma dimensão real
igual à dimensão média.
Existe uma forma simplificada de representar as dimensões com tolerâncias. O sistema consis-
te em indicar a dimensão nominal e os desvios, do seguinte modo:
+150
50
-50
Metrologia 3.5
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
Nos desenhos, a cota representa-se sempre com os desvios em milímetros. Logo o exemplo
anterior seria representado do seguinte modo:
0,15
50
0,05
EXEMPLO 1 :
+24
32
+10
Indica que:
VALOR
[m] VALOR [MM]
+24 32
Dimensão nominal 32 +10
Desvio superior 24 0,024
Como dissemos atrás, a tolerância tanto se pode determinar pela diferença dos limites, como
pela diferença dos desvios.
EXEMPLO 2 :
25 +20
-40
3.6 Metrologia
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
EXEMPLO 3 :
+24
32 +10
EXEMPLO 4 :
+0
28 -25
EXEMPLO 5 :
-15
21 -35
Metrologia 3.7
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
3.2 - AJUSTAMENTOS
As várias peças que existem na Mecânica, não se destinam normalmente a trabalhar isoladas,
mas sim a fazer parte de conjuntos mais ou menos complexos. Por exemplo, um motor de au-
tomóvel é formado por várias peças independentes, que todas juntas formam o motor.
As várias peças são fabricadas isoladamente e depois montadas umas com as outras forman-
do um conjunto. Após a montagem, existem certas superfícies de algumas peças, que ficam
em contacto com superfícies de outras. Este contacto entre as superfícies das peças obriga a
fixação de tolerâncias às suas dimensões, de modo a garantir-se um correcto funcionamento
do conjunto.
À associação entre duas peças em contacto uma com a outra e com a mesma cota nominal,
dá-se o nome de AJUSTAMENTO.
Num ajustamento, uma das peças em contacto é sempre contida pela outra. À peça contida na
outra ou interior dá-se o nome de veio e, à peça que contém a outra ou exterior dá-se o nome
de furo.
A figura 3.3 mostra alguns exemplos de ajustamentos. Pode-se ver ajustamentos de forma
cilíndrica, cónica, esférica e prismática. Também se pode ver na figura 3.3, em cada caso, a
cota nominal comum às duas peças em contacto que caracteriza o ajustamento. A cota nominal
pode ser um diâmetro, uma conicidade ou um comprimento.
3.8 Metrologia
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
Na produção em série, como no caso da indústria automóvel, a fabricação das várias peças
que virão a ser montadas umas com as outras num mesmo conjunto, é em geral completa-
mente independente. Ou seja, cada peça pode ser executada por funcionários diferentes, em
sectores diferentes ou até em fábricas diferentes. Mas no final, estas peças têm que “encaixar”
todas umas nas outras para se obter o conjunto pretendido e, este tem que funcionar.
Assim na produção de veios e furos para um dado ajustamento, é necessário que qualquer dos
veios possa ser montado com qualquer dos furos. Ou seja, que os veios e furos produzidos
para dado ajustamento sejam intermutáveis.
Para garantir que as peças são intermutáveis tem que se verificar rigorosamente as tolerâncias
atribuídas às peças.
Essa verificação é feita com os chamados calibres passa-não-passa. Estes calibres servem
então, para verificar se as peças se encontram com as dimensões dentro dos limites conside-
rados admissíveis. Existem calibres passa-não-passa para furos, para veios e para interiores,
como mostra a figura 3.4.
Calibre para furos - Este calibre tem nas suas extremidades dois cilindros cujos diâmetros são
iguais respectivamente à cota mínima e à cota máxima do furo a verificar. A peça será aceitável
se a extremidade de menor diâmetro passar no furo e a maior não passar.
Calibre para interiores - Este calibre funciona do mesmo modo que o calibre para furos, mas é
utilizado para verificar distâncias entre faces paralelas.
Calibres para veios - Este calibre tem duas garras em cada extremidade, em que para cada
extremidade, as distâncias entre as garras são iguais às cotas limites do veio a verificar. A peça
ou veio, só é aceitável, se passar entre as garras de uma extremidade e, não passar entre as
garras da outra extremidade.
Metrologia 3.9
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
Como se viu atrás, quando se falou das tolerâncias, a posição do campo de tolerância pode
variar em relação à linha de zero (0) (linha que corresponde à cota nominal da peça). Assim,
conforme a posição do campo de tolerância do furo em relação ao campo de tolerância do veio,
existem três tipos de ajustamentos:
Temos ajustamento com folga, quando a cota mínima admissível para o furo, fôr superior ou
igual à cota máxima admissível para o veio. É fácil ver que se isto acontecer, o ajustamento
entre o veio e o furo é sempre feito com uma determinada folga.
Se o ajustamento for feito tendo o veio a sua cota máxima admissível e, o furo a sua cota míni-
ma admissível, teremos o ajustamento com a folga mínima, ou seja o veio e o furo ficam o mais
juntos possível. E a folga mínima é dada por:
3.10 Metrologia
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
Se o ajustamento for feito tendo o veio a sua cota mínima admissível e, o furo a sua cota má-
xima admissível, teremos o ajustamento com a folga máxima, ou seja o veio e o furo ficam o
mais afastados possível. E a folga máxima é dada por:
Temos ajustamento com aperto, quando a cota máxima admissível para o furo, fôr inferior ou
igual à cota mínima admissível para o veio. É fácil ver que se isto acontecer, o ajustamento
entre o veio e o furo é sempre feito com aperto. Ou seja o veio tem que entrar no furo, à pres-
são.
Se o ajustamento for feito tendo o veio a sua cota mínima admissível e, o furo a sua cota má-
xima admissível, teremos o ajustamento com o aperto mínimo, ou seja, o veio e o furo ficam o
menos apertados possível. E o aperto mínimo é dado por:
Se o ajustamento for feito tendo o veio a sua cota máxima admissível e, o furo a sua cota mí-
nima admissível, teremos o ajustamento com o aperto máximo, ou seja o veio e o furo ficam o
mais apertados possível. E o aperto máximo é dado por:
Metrologia 3.11
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
Os tipos de ajustamentos que estivemos a ver, podem ainda dividir-se em vários sub-tipos,
como mostra a tabela 3.1.
Os ajustamentos deslizantes justos, usam-se em elementos fixos cuja montagem é feita à mão,
como por exemplo, certos enchavetamentos.
Os ajustamentos blocados, utilizam-se em elementos fixos cuja montagem se faz com maço,
como por exemplo, na montagem de rodas dentadas em veios.
Os ajustamentos apertados a frio, utilizam-se em elementos ligados sob pressão, exercida por
uma prensa.
Os ajustamentos apertados a quente, são ajustamentos em que o furo é aquecido para permitir
a introdução do veio.
Ajustamentos incertos
3.12 Metrologia
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
Pelo que se viu atrás, verifica-se que uma cota toleranciada depende de 3 (três) factores:
- Cota nominal
- Tolerância
- Localização do campo de tolerância em relação à linha de zero (0)
Como as cotas toleranciadas são verificadas com calibres, seria necessário utilizar um calibre
diferente sempre que um destes 3 (três) factores fosse alterado. Seria então necessário uma
infinidade de calibres, o que é impraticável.
Este sistema abrange as cotas nominais entre 0 a 500 mm. Este campo de aplicação (0 a 500
mm) foi dividido nos 26 campos parciais da tabela 3.2.
Nota: O limite inferior de cada campo parcial indicado na tabela 3.2 pertence ao campo ime-
diatamente anterior. Por exemplo, a cota nominal 65 pertence ao campo 50 a 65 e não
ao campo 65 a 80.
Os campos parciais da tabela 3.2 podem ser menos divididos e, termos apenas 14 (catorze)
campos parciais.
Esta divisão em campos parciais (tabela 3.3), tem a vantagem de simplificar o cálculo das to-
lerâncias e dos desvios limites, que se faz sempre da mesma maneira dentro de cada campo
parcial.
Metrologia 3.13
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
3.3.1 - QUALIDADES
Como vimos atrás, a tolerância é a inexactidão admissível. Quanto maior for o grau de inexac-
tidão admissível maior é a tolerância.
O sistema de tolerâncias admite 18 (dezoito) graus de inexactidão, que são denominados por
qualidades.
A tolerância depende dos campos parciais (tabela 3.2) e da qualidade. A cada campo parcial
correspondem 18 (dezoito) tolerâncias, uma para cada qualidade, que são denominadas tole-
râncias fundamentais.
IT01, IT0, IT1, IT2, IT3, IT4, IT5, IT6, IT7, IT8, IT9, IT10, IT11, IT12, IT13, IT14, IT15 e IT16.
3.14 Metrologia
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
Como já vimos atrás, para definir completamente uma cota toleranciada, é necessário indicar a
cota nominal, a respectiva tolerância e, a posição do campo de tolerância.
Também já se viu, que conforme a posição do campo de tolerância do veio e do furo em relação
à linha de zero (0), um ajustamento será com folga, com aperto ou incerto.
Existem 28 posições do campo de tolerância para veios e outras 28 para furos, que são
representadas por letras maiúsculas no caso dos furos e por letras minúsculas no caso dos
veios, como mostra a tabela 3.4.
A B C CD D E EF F FG G H J JS K
Furo
M N P R S T U V X Y Z ZA ZB ZC
a b c cd d e ef f fg g h j js k
Veio
m n p r s t u v x y z za zb zc
Tab. 3.4 – Designações das posições dos campos de tolerância de veios e furos
Na figura 3.7 pode-se ver a variação das posições dos campos de tolerância de furos e veios.
Qualquer que seja a cota nominal e a qualidade, esta variação é sempre a mesma em termos
qualitativos.
Metrologia 3.15
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
DESVIOS
DESVIO SUPERIOR DESVIO INFERIOR
Furos DS DI
Veios ds di
DS > 0 e DI ≥ 0 ou ds > 0 e di ≥ 0
DS ≤ 0 e DI < 0 ou ds ≤ 0 e di < 0
Posições em que a dimensão efectiva (do furo ou do veio) pode ser maior,
menor ou igual à cota nominal.
3.16 Metrologia
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
Nas tabelas 3.6 e 3.7 estão representadas resumidamente as posições dos campos de
tolerância em furos e veios, respectivamente.
(1)
- Para os campos 0 -1 e ds = 0 em vez de ds > 0
As posições dos campos de tolerância são fixadas a partir de um dos dois desvios limites
(desvio superior e desvio inferior). Esse desvio tem o nome de desvio de referência.
Os valores dos desvios de referência para os veios e furos estão tabelados e encontram-se
representados nas tabelas 3.8 e 3.9, respectivamente (nas páginas seguintes).
Metrologia 3.17
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
3.18 Metrologia
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
Metrologia 3.19
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
EXEMPLO:
Pela tabela 3.2, sabe-se que o campo parcial de aplicação da cota nominal Cn=45mm é o
campo 40 a 50mm.
Observando a tabela 3.9, vê-se que o desvio de referência do furo correspondente ao campo
parcial 40 a 50mm e à posição E, é DI = +50m = +0,050mm
Observando a tabela 3.8, vê-se que o desvio de referência do veio correspondente ao campo
parcial 40 a 50mm e à posição j e qualidade 7, é di = -10m = -0,010mm.
Observando a tabela 3.10 verifica-se que nesta tabela, o campo parcial de aplicação da cota
nominal Cn = 45mm é o campo 30 a 50mm.
3.20 Metrologia
Tolerâncias de Dimensões e Ajustamentos
IT8 = ITF = 39 m
IT7 = ITV = 25 m
Como vimos atrás, uma tolerância pode ser calculada como sendo a diferença entre os desvios
superior e inferior. Assim, para o furo e para o veio tem-se:
ITF = DS - DI
ITV = ds - di
A tolerância do ajustamento pode igualmente ser calculada, directamente a partir das tolerân-
cias do furo e do veio obtidas na tabela 3.10, da seguinte forma:
Metrologia 3.21
Padões de Medição
4 - PADRÕES DE MEDIÇÃO
Um padrão de medição consiste num sólido de dimensão fixa e invariável, sobre a qual se
baseiam as medições. Serve portanto, como termo de comparação.
Em tudo o que é mensurável existem padrões, como por exemplo: o comprimento, o peso, a
temperatura, a tensão, a resistência, etc.
Existe um padrão principal para cada dimensão, único, que é o chamado padrão protótipo
internacional.
Com base no padrão protótipo internacional existem outros padrões classificados segundo a
sua precisão e que são fabricados partindo uns dos outros.
A classificação dos padrões é a seguinte:
Padrões primários
Padrões secundários
Padrões de oficina
Cada um deles é um grau mais preciso que o seguinte, ou seja, o padrão mais preciso é o
padrão protótipo internacional, a seguir vêm os padrões primários, depois os padrões secun-
dários e por fim os menos precisos que são os padrões de oficina.
Metrologia 4.1
Padões de Medição
São precisamente os padrões de oficina aqueles que interessam para este módulo.
Vamos considerar os padrões de comprimento oficinais, que são dos seguintes tipos:
Padrões de traço
Padrões cilíndricos
Todos estes padrões de oficina, têm gravados, em lugar visível, o valor da medida, ou cota que
representam.
Estes padrões são construídos em aços especiais, muito resistentes ao desgaste e à corrosão,
pouco deformáveis e com durezas superiores a 60 HRc.
Nestes tipos de padrões o comprimento que representam fica determinado pelas distâncias
entre dois traços de referência.
Neste tipo de padrões a medida de referência que representam é dada pelo diâmetro de uma
superfície cilíndrica. As formas e aplicações destes padrões são variadas.
Alguns destes padrões possuem uma manga para o seu manuseio e, outros têm no seu interior
um revestimento de plástico para evitar deformações produzidas pelo calor.
4.2 Metrologia
Padões de Medição
Estes padrões têm a forma de varetas cilíndricas cujos topos são duas calotes esféricas com o
centro no eixo da vareta, como mostra a figura 4.2.
A dimensão nominal que este tipo de padrão representa, é dada pelo diâmetro da esfera for-
mada pelos topos.
Isto permite medir em qualquer posição dentro das faces esféricas, evitando assim erros de-
vidos à não colocação do eixo do calibre perpendicularmente às faces cuja dimensão se pre-
tende medir.
A figura 4.4 mostra uma aferição realizada com um padrão deste tipo.
Metrologia 4.3
Padões de Medição
DE “JOHANSSON”
Os blocos padrão ou blocos Johansson, são normalmente os mais utilizados e têm maior pre-
cisão que os padrões anteriores.
Foram estudados, fabricados e aperfeiçoados pelo engenheiro sueco C.E. Johansson nos
princípios deste século. Desde então, têm sido utilizados em todo o mundo, tornando-se indis-
pensáveis em todas as fabricações mecânicas, a partir de uma certa precisão. Estes padrões
foram mesmo um elemento vital, no desenvolvimento da fabricação em série de peças inter-
mutáveis.
O valor da dimensão-padrão, é definido pela distância entre duas faces do padrão, planas e
paralelas, perfeitamente rectificadas e polidas. É uma distância rigorosamente determinada
com tal precisão, que o erro é inferior a 0,0002mm. Essas duas faces são perfeitamente planas
e paralelas uma à outra, de tal maneira que aderem de modo perfeito às faces de um outro
bloco.
Podem-se assim, fazer muitas combinações com vários blocos, com extrema precisão.
A tabela 4.1 mostra as tolerâncias admissíveis para cinco graus de precisão (AA, A, B, C e W),
em que:
4.4 Metrologia
Padões de Medição
Metrologia 4.5
Padões de Medição
A mais importante característica destes blocos, é exactamente a possibilidade que eles têm
de se combinarem, formando grupos por sobreposição. Sobrepõem-se de tal maneira, que as
dimensões do agrupamento ou conjunto de padrões fica ainda dentro dos limites de precisão
exigidos para a sua utilização como padrão.
Assim, a soma dos erros de todos os blocos juntos que entram numa combinação, não é maior
do que a de um bloco isolado que tivesse esse comprimento.
Uma caixa de um jogo de blocos padrão, tem um número variável de peças. Mas geralmente,
é possível com todos os jogos de blocos padrão, fazer combinações entre os blocos de modo
a obter qualquer medida. A associação de blocos padrão é uma operação delicada à qual se
dá o nome de contacto óptico.
Para efectuar contacto óptico, os blocos devem ser bem limpos com um solvente forte (por
exemplo benzina). A seguir, coloca-se uma pequena gota de óleo, que deve ser espalhada com
um papel muito macio (por exemplo papel para limpeza de lentes). Na operação de contacto
propriamente dito, podem existir 3 (três) casos:
Colocam-se as faces dos dois blocos em contacto, fazendo um ângulo de 90º entre elas. Faz-
se um pouco de pressão enquanto se roda um bloco relativamente ao outro, até se encontra-
rem perfeitamente alinhados. Ver a figura 4.5.
4.6 Metrologia
Padões de Medição
Obter-se-á então, contacto óptico e os blocos ficarão aderidos como se estivessem magneti-
zados.
Coloca-se o bloco fino em contacto com o bloco espesso apenas nos topos de cada bloco.
Depois, aplicando uma pequena pressão, faz-se deslizar um sobre o outro até toda a superfície
contactar.
Para verificar se o bloco fino está bem aderido ao bloco espesso, aplicar uma pequena força
tangencial ao bloco pequeno. Se este se movimentar, é sinal que não havia um contacto per-
feito. Ver a figura 4.6.
Este caso deve ser evitado pois os blocos correm o risco de se deformar. Num caso absoluta-
mente necessário, deve-se utilizar um terceiro bloco que seja espesso. Primeiro adere-se um
bloco fino ao bloco espesso, conforme foi explicado em 2). De seguida, adere-se este conjunto
(bloco fino + bloco espesso) ao outro bloco fino. Finalmente retira-se com cuidado, o bloco
espesso.
NOTA:
Todas estas operações são delicadas e só com alguma experiência se obterá bons contactos
ópticos. Nunca se deve deixar os blocos padrão em contacto óptico, mais tempo do que o es-
tritamente necessário, pois os blocos poderão “gripar” deteriorando-se as suas faces caso se
tente a sua separação.
Estima-se que um bom contacto óptico, introduz um aumento de comprimento do conjunto dos
blocos, de apenas 0,006 mm.
Metrologia 4.7
Padões de Medição
Para se obter um determinado valor é geralmente necessário associar 2 (dois) ou mais blocos,
como vimos atrás. Deve-se procurar fazer conjuntos com o menor número de blocos e utilizar
sempre blocos tão espessos quanto possível, para facilitar as operações de adesão (contacto
óptico).
Uma cuidadosa selecção das dimensões dos blocos, permite diminuir o número de blocos a
utilizar.
Os blocos são construídos com dimensões em progressão aritmética de razão 0,001, 0,01, ou
0,1 a partir da cota de 1mm e depois, em progressões de razão 1, 5, ou 10 para os padrões a
partir de 2mm.
25 blocos de 1 a 25 mm
1 bloco de 50 mm
1 bloco de 75 mm
1 bloco de 100 mm
Para formar uma determinada medida, começa-se pelo bloco que nos dá o terceiro algarismo
decimal. Junta-se-lhe depois os que dão os segundo e primeiro algarismo decimais e assim
sucessivamente.
EXEMPLO:
Para se obter o valor 97,046 mm com um determinado jogo de padrões, poderíamos ter:
4.8 Metrologia
Padões de Medição
Os blocos padrão são referenciados a 20º C. Como o coeficiente de dilatação térmico dos blo-
cos é bem conhecido e, as suas dimensões bem definidas, torna-se extremamente fácil obter
o valor do seu comprimento a qualquer temperatura.
Os blocos padrão de “Johansson” não podem ser utilizados sem se tomar determinadas pre-
cauções e cautelas. Em primeiro lugar, porque são bastante caros. E depois, porque servem
de base a toda a fabricação de peças, cuja qualidade dimensional, como blocos padrão que
são, asseguram.
Por isso, é necessário e indispensável tratá-los convenientemente, para que não se perca o
grau de polimento das suas superfícies, nem a sua capacidade de adesão mútua (contacto
óptico). E também para evitar todo e qualquer desgaste anormal e prematuro.
Metrologia 4.9
Padões de Medição
Existem então determinadas regras que deverão ser seguidas, por aqueles que trabalham com
os blocos de “Johansson”:
Não se deve tocar nos blocos padrão com as mãos sujas ou húmidas.
4.10 Metrologia
Erros
5 - ERROS
Quando se efectua uma medição, o verdadeiro valor da grandeza, valor que se obteria numa
medição perfeita é indeterminado. É impossível efectuar uma medição perfeitamente isenta de
erros. Portanto a medida efectiva que se obtém numa medição, é diferente (muito ou pouco)
da dimensão real da peça que é medida.
O resultado de uma medição consiste num valor convencionado como verdadeiro para a
grandeza, acompanhado da incerteza com que se determina esse valor.
Todas as medições estão sujeitas a erros de diversos tipos e provenientes de diversas fontes.
Um processo de medição é uma estimativa na qual os erros devem ser considerados. Alguns
deles não são conhecidos, mas outros, os que se podem quantificar, devem ser tomados em
conta para o cálculo da dimensão final.
O operador ao seleccionar o instrumento com que vai medir, deve ponderar se é o apropriado
para a medida que vai tomar.
Ao efectuar a medida, deve ter em conta que o valor obtido vem sempre com um erro associado,
que é necessário tornar o mais pequeno possível.
Quando se repete uma medição, observa-se uma pequena variação no valor obtido, de uma
para outra leitura, embora o instrumento de medição e o operador sejam os mesmos.
A diferença pode ser maior se a operação é repetida, mas com outro operador. E se forem
substituídos o instrumento e o local onde é realizada a medição, verificam-se igualmente
diferenças nas medições.
Os erros são por isso, normalmente provocados pelo princípio de medição, por deficiências nos
métodos de medição, pelo operador que faz a medição (a sua sensibilidade), pelo instrumento de
medição, pelos padrões e ainda pelo ambiente (condições de temperatura, grau de humidade,
a luz e outras).
Metrologia 5.1
Erros
Estes erros reproduzem-se sempre nas mesmas condições de igual maneira, no mesmo
sentido. Por exemplo, um instrumento em que a sua escala graduada foi fabricada com defeito:
os seus traços estão mais afastados que aquilo que seria o correcto. Tem como efeito que em
todas as medições com este instrumento, se vão obter valores mais pequenos que os valores
reais.
Estes erros têm igualmente origem na interpretação dos resultados da medição realizada pelos
operadores.
Geometria da peça
Deformação da peça
Temperatura da peça
Os próprios instrumentos introduzem erros de medição. É evidente que estes aparelhos também
tiveram de ser fabricados com uma determinada tolerância. Com o uso os instrumentos vão-se
tornando imperfeitos e começam a desajustar-se.
Tudo isto, somado às deformações que sofrem durante a utilização, faz com que uma boa parte
dos erros se deva aos instrumentos de medição.
5.2 Metrologia
Erros
Ao exercer-se uma força P sobre um corpo, dá-se uma compressão ou deformação elástica
que pode ser calculada pela expressão seguinte:
PxL
Compressão = d =
SxE
Em que,
L - Comprimento da peça
S – Secção da peça
Nota:
Entende-se por deformação elástica, quando o material se deforma por acção de uma força, e
volta à sua forma original quando terminada a acção dessa força.
Se o material não voltasse à sua forma original após a acção da força, estaríamos perante uma
deformação permanente, à qual se dá o nome de deformação plástica.
Metrologia 5.3
Erros
Todas as peças que compõem qualquer instrumento de medição foram fabricadas com de-
terminadas tolerâncias. Estes erros, admissíveis na sua construção, provocam variações nos
valores obtidos com o instrumento.
Embora um instrumento de medição seja, como é óbvio, constituído por um conjunto de peças
correctamente montadas, elas estão sujeitas a folgas, atritos, desgastes, deformações, etc.
Os erros produzidos na utilização de um instrumento em perfeito estado não deverão ser supe-
riores à décima parte da menor divisão da sua escala. Isto é, se a menor divisão de uma escala
representa 0,1mm, o erro máximo admissível é 0,01mm.
Existe também o caso do erro sistemático que é cometido na medição com uma régua defei-
tuosamente graduada. Por mais vezes que se tire a medida com esta régua, o valor obtido é
sempre errado.
Os desgastes são as maiores causas de erros. Notar, por exemplo, que em todos os calibres
fixos, existe um limite de desgaste, a partir do qual são considerados inutilizados.
Os erros aleatórios são devidos a causas aleatórias, variáveis, não obedecem a lei alguma e
afectam os resultados umas vezes para mais outras vezes para menos, ou seja, umas vezes
os valores obtidos são maiores que os correctos e outras vezes são menores. Os erros alea-
tórios resultam da sensibilidade do operador, de fenómenos de histerese dos instrumentos de
medição.
5.4 Metrologia
Erros
São erros aleatórios, quando por exemplo, medindo sempre com a mesma régua, repetindo
várias vezes a mesma medição, se obtém sempre valores diferentes. Ou porque a luminosidade
do ambiente se modificou (foi por exemplo apagada determinada lâmpada), ou porque a
temperatura subiu ou desceu, ou porque a mesa estremeceu, etc. Basta qualquer um destes
acidentes para falsear o resultado e, este ficar diferente do obtido anteriormente.
Sujidade
Variações de luminosidade
Os erros de medição que são produzidos pelo operador são inevitáveis, embora possam
diminuir com a prática e, deva haver por parte do operador um esforço no sentido de os evitar
ao máximo.
Estes erros devem-se a várias razões, entre as quais, a visão, o tacto ou sensibilidade do
indivíduo e, o cansaço.
Além destes factores existem os erros devidos à posição incorrecta da peça a medir, ou à má
utilização do instrumento por parte do operador.
Metrologia 5.5
Erros
Estes erros produzem-se pelo facto, de o operador não olhar para o instrumento de medição
na direcção perpendicular à escala graduada, quando se encontra a executar uma leitura da
mesma. Ver as figuras 5.2 e 5.3.
Quanto mais longe do aparelho estiver o operador, maior é a possibilidade de haver um erro
de medição.
Caso isso não aconteça produz-se um erro que depende da grandeza da superfície da face
medidora.
5.6 Metrologia
Erros
A figura 5.6 mostra o mesmo tipo de erro, no caso em
que existe um posicionamento incorrecto de um mi-
crómetro de profundidade. O eixo longitudinal do mi-
crómetro não se encontra perpendicular à superfície
da peça.
Os erros provocados por sujidades, são talvez os mais facilmente evitáveis, mas também os
mais negligenciados.
É óbvio que se uma superfície se encontrar suja, quando for medida, a sua dimensão será
alterada.
Por outro lado, se a escala graduada do instrumento estiver suja, a sua leitura será bastante
mais difícil, e sujeita a erros, do que se a mesma estivesse limpa.
Metrologia 5.7
Erros
Assim, todas as superfícies de medida devem ser bem limpas, de preferência com um solvente
que não ataque o material.
As peças e os instrumentos de medição, devem ser novamente limpos e protegidos após a sua
utilização, principalmente aqueles que possam sofrer corrosão atmosférica.
No local de trabalho deve evitar-se a todo o custo a presença de poeiras, colocando filtros no
ar condicionado caso este exista. Evitar ter as janelas e portas abertas, se as houver.
A sujidade pode provocar, por exemplo, um desgaste anormal nas guias de um instrumento e
a falta de lubrificação de um fuso.
O local onde é efectuada a medição tem muita influência na precisão da leitura. Quando se
trata da obtenção de medidas precisas, os factores seguintes desempenham um papel impor-
tante.
É óbvio, que nas oficinas não podem eliminar-se por completo, todos os factores acima men-
cionados.
Tal não significa, porém, que todas as medições efectuadas fora dos 20º C sejam erradas.
5.8 Metrologia
Erros
As dimensões dos corpos alteram-se quando varia a temperatura. Os corpos dilatam (aumen-
tam de tamanho) quando aquecem e contraem (diminuem de tamanho) quando arrefecem.
Sabendo isto, observemos a figura 5.7.
A figura 5.7 representa uma barra, que tem um comprimento Lo a uma determinada temperatu-
ra To, e que sofre uma dilatação, passando a ter um comprimento L quando a sua temperatura
é aumentada para um valor T.
Ou seja:
Metrologia 5.9
Erros
Temos ainda:
a é uma constante para cada material à qual se dá o nome de coeficiente de dilatação linear.
EXEMPLO: Considere-se uma barra de aço que tem um comprimento de 200mm a 15º C. Que
comprimento terá a barra se a temperatura aumentar para 20º C ?
To = 15º C
T = 20º C
Lo = 200mm
tem-se, DT = T – To = 20 – 15 = 5º C
DL = Lo x DT x a = 200 x 5 x 0,000012 =
= 0,012mm
5.10 Metrologia
Erros
Alumínio 0,24 0,48 0,72 1,20 1,92 2,4 3,6 4,8 6,0 7,2 9,6 12,0 14,4 19,2
Bronze 0,17 0,34 0,51 0,85 1,36 1,7 2,5 3,4 4,2 5,1 6,8 8,4 10,2 13,6
Ferro Fundido 0,09 0,28 0,27 0,45 0,72 0,9 1,3 1,8 2,2 2,7 3,6 4,4 5,4 7,2
Latão 0,18 0,36 0,54 0,90 1,46 1,8 2,7 3,6 4,5 5,4 7,2 9,0 10,8 14,4
Aço-Cromo 0,10 0,20 0,30 0,50 0,80 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 4,0 5,0 6,0 8,0
Aço-Cromo- 0,13 0,26 0,39 0,65 1,04 1,3 1,9 2,6 3,2 3,9 5,2 6,4 7,8 10,4
Molibdénio
Aço Carbono 0,11 0,23 0,34 0,57 0,92 1,1 1,7 2,3 2,8 3,4 4,6 5,6 6,8 9,2
Aço-Vazado 0,14 0,28 0,42 0,70 1,12 1,4 2,1 2,8 3,5 4,2 5,6 7,0 8,4 11,2
Zinco 0,30 0,60 0,90 1,50 2,40 3,0 4,5 6,0 7,5 9,0 12,0 15,0 18,0 24,0
Estanho 0,23 0,46 0,69 1,15 1,84 2,3 4,4 4,6 5,7 6,9 9,2 11,4 13,8 18,4
Deve evitar-se que o erro provocado pela dilatação (aumento de tamanho) ou contracção
(redução de tamanho), devido à temperatura, não atinja 10% do valor da precisão pretendida
na medição.
Metrologia 5.11
Introdução aos Instrumentos de Medição
Para efectuar este tipo de medições e verificações são utilizados os chamados instrumentos
de medição.
A sua gama é variada e, a sua utilização varia, conforme se pretende medir um comprimento
ou apenas verificar se ele está compreendido entre determinados limites e, também conforme
o grau de precisão desejado.
Pertencem a este grupo, os instrumentos nos quais a medida pretendida, é obtida por leitura
directa numa escala graduada do instrumento.
Metrologia 6.1
Introdução aos Instrumentos de Medição
Estes instrumentos têm uma dimensão fixa, sendo utilizados para verificar uma determinada
medida da peça.
Existem 4 (quatro) qualidades dos instrumentos de medição, que são a exactidão, a precisão,
a resolução e a sensibilidade.
6.2.1 - EXACTIDÃO
6.2.2 - PRECISÃO
A precisão consiste na variação dos resultados das medições de um dado valor duma
grandeza.
Estas variações podem ser devidas a muitas causas, como por exemplo:
6.2 Metrologia
Introdução aos Instrumentos de Medição
6.2.3 - RESOLUÇÃO
6.2.4 – SENSIBILIDADE
A sensibilidade de um instrumento de medição é então expressa pela sua ampliação (100, 300,
1000, 5000 etc.)
MEDIÇÃO
Metrologia 6.3
Introdução aos Instrumentos de Medição
Exemplo:
20,03 ; 20,02 ; 20,01 ; 20,00 ; 20,02 ; 20,01 ; 20,02 ; 20,03 ; 20,03 ; 20,00
Temos então,
20,03 + 20,02 + 20,01 + 20,00 + 20,02 + 20,01 + 20,02 + 20,03 + 20,03 + 20,00
Média =
10
= 20,017mm
6.4 Metrologia
Introdução aos Instrumentos de Medição
A precisão obtida deve estar de acordo com a tolerância da cota a medir. Isto é, se se pretende
medir uma dimensão de 40mm com tolerância de 2mm, não será necessário um instrumento
que tenha uma precisão de 0,01mm. Seria suficiente um instrumento com uma precisão de
0,05 mm.
É difícil definir qual deve ser a precisão do instrumento de medida para cada caso. No entanto,
existem regras práticas que podem servir de orientação como se pode ver a seguir:
Para medir 0,1mm por exemplo, o instrumento de medição deverá ter uma precisão
de 0,02mm.
Para medir 0,01mm, por exemplo, o instrumento de medição deverá ter uma precisão
de 0,002mm.
Para medir 0,01mm, por exemplo, o instrumento de medição deverá ter uma precisão
de 0,001mm.
Para medir 0,1mm por exemplo, o instrumento de medição deverá ter uma precisão
de 0,01mm.
Normalmente, cada tipo de instrumento tem uma série de variantes e por vezes acessórios,
que servem para ser utilizados em situações específicas.
Metrologia 6.5
Introdução aos Instrumentos de Medição
Um instrumento de medição deverá estar em perfeitas condições quando está a ser utilizado.
Não sendo assim, as medições serão muito provavelmente incorrectas.
Estes e outros factores devem ser tomados em consideração com maior exigência, para estes
instrumentos do que para qualquer outro tipo de aparelho. Não esquecer que um instrumento
de medição é um aparelho de alta precisão.
O uso correcto dos aparelhos de medição (quando necessário deve-se recorrer ao Manual de
instruções do instrumento, para evitar alguma asneira irrecuperável), como de qualquer outro,
é o primeiro factor para prolongar a sua vida e medir com a precisão pretendida.
Existem muitos erros crónicos na utilização destes instrumentos, por parte dos operadores a
que não se dá grande importância e que afectam bastante os instrumentos.
Como resultado de certas incorrecções surgem erros nas medidas e pode-se mesmo inutilizar
um instrumento.
6.6 Metrologia
Réguas Graduadas
7 - RÉGUAS GRADUADAS
As réguas graduadas são os instrumentos de medição mais simples, e são utilizados na medi-
ção de comprimentos.
Nas réguas graduadas, estão as réguas graduadas propriamente ditas, o metro articulado e as
fitas métricas, como mostra a figura 7.1.
São réguas de aço de boa qualidade, com secção rectangular, com uma escala graduada num
dos bordos, ou em ambos. Podem ser flexíveis ou rígidas.
Normalmente são em aço inoxidável, com superfícies rectificadas, com um coeficiente de dila-
tação térmico pequeno.
Metrologia 7.1
Réguas Graduadas
Na maioria dos casos, o zero (0) da escala coincide com um bordo da régua, para facilitar a
leitura. Ver o exemplo da figura 7.2.
Embora de pouca precisão, usa-se para fazer medições simples pela facilidade de se transportar
no bolso. Ver a figura 7.3.
Existem vários tamanhos de fitas métricas. Existem fitas grandes que têm geralmente entre 20
e 30m e fitas mais pequenas que geralmente têm 1 ou 2m. Existem igualmente fitas com outros
valores intermédios.
As fitas métricas são utilizadas para medir grandes extensões, em que a medição com o metro
conduziria a erros de justaposição e tornava-se bastante incómodo.
7.2 Metrologia
Réguas Graduadas
As fitas métricas grandes, que geralmente variam entre 20 e 30 m, são constituídas por uma
fita de pano entretelado e recoberto por tinta plástica, na qual é marcada a graduação.
Estas fitas são enroladas numa caixa redonda de protecção. Algumas, de melhor qualidade,
têm a fita entretelada com fios finos de metal, o que lhes dá maior resistência e vigor.
Existem também destas fitas em aço, que são de maior duração e rigor, mas têm o inconve-
niente de lhes desaparecer a escala, por oxidação, se não se conservam convenientemente
oleadas.
As fitas grandes têm normalmente uma pequena manivela (ver a figura 7.4), que serve para
Metrologia 7.3
Réguas Graduadas
As fitas métricas pequenas, que têm geralmente 1 a 3 metros, são as mais utilizadas numa
oficina de mecânica automóvel. Ver a figura 7.7.
Estas fitas enrolam numa pequena caixa para usar no bolso, o que as torna muito cómodas
de usar.
Para o bom funcionamento e conservação de uma régua graduada, é necessário ter em aten-
ção o seguinte:
7.4 Metrologia
Réguas Graduadas
Não flexionar a régua graduada, para que esta não empene e não se
quebre.
Metrologia 7.5
Comparador
8 - COMPARADOR
Os comparadores são muitas vezes designados por comparadores de relógio, devido ao seu
aspecto parecido com um relógio.
A medição por comparação é utilizada para medições com exactidão de 0,01mm e mesmo de
0,001mm.
1 - Caixa do comparador
2 - Mostrador principal
3 - Ponteiro
4 - Mostrador do conta-voltas
5 - Indicadores de tolerâncias
6 - Manga
7 - Haste
8 - Ponta intermutável de me-
dição
Metrologia 8.1
Comparador
Assim a resolução de um comparador cuja ponta de medição avança 1mm quando o ponteiro
dá uma volta completa, e tenha a escala dividida em cem divisões, será:
8.2 Metrologia
Comparador
A haste tem uma cremalheira que engrena num pequeno carreto solidário com um outro carreto
maior. Por sua vez, este move um terceiro carreto onde está colocado o ponteiro que gira sobre
a escala graduada. Uma mola mantém a ponta de medição em contacto permanente com a
peça.
Em geral o passo da cremalheira é de 1mm, e o carreto pequeno que com ela engrena tem 10
(dez) dentes e passo também de 1mm. O carreto grande solidário com o carreto pequeno tem
100 (cem) dentes e, o carreto que leva o ponteiro tem 10 (dez) dentes.
Um deslocamento de 1mm da ponta de medição faz com que a cremalheira avance 1 (um)
dente. Este dente desloca outro do carreto pequeno, enquanto no carreto grande rodam 10
(dez) dentes, o que corresponde a uma rotação completa do carreto que suporta o ponteiro e,
portanto, uma volta deste sobre a escala.
Metrologia 8.3
Comparador
No mostrador principal do comparador existe outro mostrador mais pequeno, com um ponteiro
que indica o número de voltas completas dadas pelo ponteiro principal.
8.4 Metrologia
Comparador
Metrologia 8.5
Comparador
8.6 Metrologia
Comparador
Como vimos, para fazer a leitura quando o ponteiro principal roda no sentido negativo (sentido
anti-horário), deve-se subtrair a leitura efectuada directamente sobre a escala, ao valor 100
que corresponde ao valor máximo que é possível ler sobre a escala. Isto porque a escala está
graduada de 0 a 100.
Metrologia 8.7
Comparador
Como vimos atrás, quando o ponteiro principal do comparador se move mais do que uma volta
e, o comparador possue um conta-voltas, o número de voltas dadas pelo ponteiro principal é
registado no conta-voltas. Considerando que cada volta completa do ponteiro principal corres-
ponde ao deslocamento de 1mm da ponta de medição, o conta-voltas serve assim, para medir
deslocamentos da ponta de medição superiores a 1mm.
8.8 Metrologia
Comparador
Observe-se o comparador da figura 8.14. O ponteiro principal do comparador indica 37, o que
corresponde a 0,37mm . E o ponteiro do conta-voltas indica 3, o que corresponde a 3 (três)
voltas do ponteiro principal, ou seja, a 3mm.
O sinal (+) antes do valor 3,37mm indica que se trata de uma lei-
tura positiva, ou seja, que o ponteiro principal rodou no sentido
positivo (sentido horário).
Metrologia 8.9
Comparador
8.10 Metrologia
Comparador
Metrologia 8.11
Comparador
Verificação do empeno
apresentado por um veio,
como no caso de cambo-
tas de motores de auto-
móveis, como mostra a
figura 8.20.
8.12 Metrologia
Comparador
NOTA: Observar pela figura 8.22, que a dimensão padrão é obtida através de um conjunto de
4 (quatro) peças padrão sobrepostas.
2) Faz-se o ajustamento do comparador a zero (0), ao ser aplicado sobre as peças de dimen-
são padrão. Ver a figura 8.23.
Metrologia 8.13
Comparador
Os comparadores são bastante utilizados na verificação das dimensões das superfícies cilín-
dricas.
As formas cilíndricas são muito vulgares em mecânica. Quer sejam exteriores, como os cubos
de rodas, os ressaltos de veios, ou a periferia das rodas, quer sejam interiores, como as das
chumaceiras e das caixas de rolamentos.
Os comparadores podem ser utilizados para verificar a forma circular da secção de um veio, a
igualdade dos diâmetros, a concentricidade com o eixo de rotação, a linearidade das geratrizes
de um veio, a concentricidade de várias superfícies de diâmetros diferentes, a perpendiculari-
dade de um plano em relação ao eixo de rotação, etc.
Para a verificação de uma superfície cilíndrica com o comparador, a peça deve ficar apoiada
de tal modo que possa rodar em volta do eixo, estando este paralelo a uma superfície plana de
referência sobre a qual se apoia também o comparador. Caso a peça tenha pontos que tenham
servido para o trabalho mecânico (torneamento, rectificação, etc), a mesma deve ser montada
entre esses pontos.
8.14 Metrologia
Comparador
Fazendo rodar a peça, pode-se observar os desvios do ponteiro do comparador, que indicarão
as diferenças entre os vários raios da peça e, portanto, todos os defeitos de ovalização ou de
falta de concentricidade.
Deslocando o comparador
ao longo da geratriz da peça,
como mostra a figura 8.26,
pode-se verificar a linearida-
de da geratriz, o seu parale-
lismo ao eixo e, fazendo rodar
a peça verificar a eventual co-
nicidade da superfície.
Fig. 8.26 – Deslocamento do comparador ao longo da geratriz da peça
Metrologia 8.15
Comparador
NOTA: Para o efeito, são preferíveis os suportes em V de 60º, que proporcionam mais sensibi-
lidade aos desvios que os de 90º.
8.16 Metrologia
Comparador
Para verificar o paralelismo de duas faces de uma peça, coloca-se a peça numa superfície per-
feitamente plana e também nesta o comparador montado num suporte com base igualmente
plana. A ponta de medição do comparador é então levada ao contacto com a face da peça que
deve ser paralela aquela que está apoiada na superfície de base.
Feito isto, ajustar o comparador a zero (0) (ver Figura 8.31), e depois deslocar o comparador
ao longo da peça, como mostra a figura 8.32.
Fig. 8.33 - Suporte do comparador e
respectivos dispositivos de fixação
Metrologia 8.17
Comparador
3) Se houver prisões e o comparador estiver fixo pela manga, poderá ser que esta esteja dema-
siado apertada. Se não for esse o caso e o comparador tiver prisões, deverá ser substituído
por outro.
Para medir a excentricidade de uma peça cilíndrica deve ser seguido o seguinte procedimen-
to:
8.18 Metrologia
Comparador
Metrologia 8.19
Comparador
8.20 Metrologia
Comparador
Para medir a folga axial ou longitudinal, de um veio ou de um volante, deve ser seguido o se-
guinte procedimento:
2) Montar um comparador sobre um suporte apropriado para verificar a folga axial (ver a figura
8.41). Em muitos casos é aconselhável o uso de uma base magnética.
Metrologia 8.21
Comparador
7) Puxar o volante ou veio totalmente para fora, com o cuidado de não tocar no comparador.
Com o volante ou veio totalmente deslocado para fora, fazer a leitura do comparador. Ver a
figura 8.45.
Fig. 8.45 – Puxar o volante ou veio para fora e fazer a
leitura do comparador
8.22 Metrologia
Comparador
Após se efectuar uma medição com um comparador, devem ser executados os seguintes pro-
cedimentos:
Não colocar o comparador em locais onde este possa cair ou ser subme-
tido a choques, tais como máquinas.
Metrologia 8.23
Comparador
Existem uma grande variedade de tipos de comparadores, tanto no que respeita a tamanhos,
como à precisão e às formas mais adequadas às suas variadas aplicações.
8.24 Metrologia
Comparador
O comparador da figura 8.47 tem o mostrador dividido em 50 (cinquenta) partes, mas a sua
precisão é de 0,01mm, pois uma volta do ponteiro principal equivale a um deslocamento da
ponta de medição de 0,5mm.
Metrologia 8.25
Comparador
São utilizados diversos tipos de suportes, adaptados aos vários casos de aplicação do
comparador.
8.26 Metrologia
Comparador
As faces de apoio da base, perfeitamente planas e paralelas, servem para a sua colocação no
plano de referência, por exemplo, o plano de traçagem ou uma máquina-ferramenta.
Alguns destes suportes têm a base em ferro fundido e em forma de V, como mostra a figura
8.53, para permitir o seu apoio a uma superfície cilíndrica de referência.
Metrologia 8.27
Comparador
Para facilitar a fixação dos comparadores em superfícies inclinadas ou mesmo verticais, são
muito úteis os suportes de base magnética como mostra a figura 8.54.
A base tem um íman permanente que adere fortemente às superfícies de ferro ou aço da
máquina. Existem modelos de suporte que permitem curto-circuitar o campo magnético, para
facilitar a colocação e desmontagem dos mesmos.
Fixação
do
comparador
8.28 Metrologia
Comparador
Fixação
do A figura 8.56 ilustra suportes com base para verificação de vá-
comparador rias peças iguais.
Fixação
do
comparador
Fig. 8.56 - Suportes com base para verifi-
cação de várias peças iguais
As figuras 8.58 e 8.59 mostram comparadores munidos de bases para medição de profundi-
dades.
A base do comparador da figura 8.58 é plana, rectificada e polida e serve para apoiar o instru-
mento em superfícies planas.
A base do comparador da figura 8.59 tem a forma em V a 120º, para se poder apoiar em su-
perfícies cilíndricas.
Fig. 8.58 - Comparador montado num Fig. 8.59 - Comparador com base em
suporte de base plana, para V para se apoiar em su-
medição de profundidades perfícies cilíndricas
Metrologia 8.29
Comparador
As pontas de medição dos comparadores podem ser mudadas, utilizando-se pontas de várias
formas conforme os vários casos de medição a efectuar.
8.30 Metrologia
Paquímetro
9 – PAQUÍMETRO
O paquímetro é um instrumento para medir com boa resolução, muito utilizado devido às
suas múltiplas utilizações. Permite medir espessuras, diâmetros, espaços entre peças e
profundidades.
NOTA: Fique claro que a denominação péclisse é incorrecta, pelo que deve ser evitada.
Os paquímetros mais vulgares têm capacidades de medição que vão de zero (0) até 130 a 200
mm.
O paquímetro é essencialmente composto por uma régua graduada fixa e outra móvel, na qual
se encontra gravado um nónio para medir com mais resolução.
Metrologia 9.1
Paquímetro
Testeiras
As testeiras na parte inferior do paquímetro são utilizadas para medições exteriores. As testei-
ras para medições exteriores, estão em contacto quando a medida é zero (0), como mostra a
figura 9.2.
Parafuso de fixação
Patilha de fixação
Na parte inferior da corrediça, existe uma patilha que serve para ajustar e fixar a corrediça,
quando se faz uma medição mantendo o paquímetro aberto nessa posição.
A fixação que se obtém com a patilha de fixação, é menor que a obtida com o parafuso de
fixação.
Espigão ou Haste
Serve para a medição de profundidades.
9.2 Metrologia
Paquímetro
A régua fixa do paquímetro contém a escala principal do paquímetro. Esta escala está gradu-
ada em milímetros.
Estas divisões do nónio são as mais frequentes. À resolução do nónio também se dá o nome
de Natureza do Nónio como veremos mais adiante neste módulo.
Se pretendermos medir uma peça, com uma régua graduada, e essa peça
não possuir uma medida exacta, a fracção da menor divisão encontrada,
terá de ser calculada através da visão humana, que como se sabe é pas-
sível de erro.
Metrologia 9.3
Paquímetro
Vejamos o exemplo da figura 9.4, que mostra a medição de uma peça através de uma régua
graduada.
Pela figura 9.4 observa-se que a peça mede 3mm mais uma pequena fracção (indicada na
figura a traço cheio) que terá de ser calculada a olho nu.
A essa fracção poderá, por exemplo, ser atribuído o valor 0,2mm, 0,3mm ou até 0,4mm. Com
estes valores teríamos as possíveis medidas totais de 3,2mm, 3,3mm ou 3,4mm.
Portanto uma medição efectuada desta maneira tem uma margem de erro.
Para se obter uma medição em que o valor da fracção calculada de forma aproximada, seja
antes calculada com rigor, é utilizado como instrumento de medição o paquímetro.
Para tal, o paquímetro possuí uma pequena escala auxiliar associada à escala principal, a que
se dá o nome de NÓNIO:
Ao menor valor que o nónio pode medir dá-se o nome de natureza do nónio.
1º MODO
Pode determinar-se a natureza do nónio, dividindo uma divisão da escala principal do
paquímetro pelo número de divisões do nónio.
9.4 Metrologia
Paquímetro
Assim, pode-se observar que quantas mais divisões tiver o nónio, menor é a sua natureza e
portanto mais precisa é a medida que se pode efectuar com o paquímetro.
2º MODO
Observe-se a figura 9.5.
A escala do nónio tem 10 (dez) divisões e, a escala principal está graduada em milímetros.
A escala do nónio só abrange 9 (nove) divisões da escala principal, logo as 10 (dez) divisões
do nónio medem 9mm.
9mm / 10 = 0,9mm
Na figura 9.5, o zero (0) da escala principal coincide com o zero (0) do nónio. Como já se viu
atrás, quando os dois zeros (0) coincidem, o último traço do nónio também coincide com um
traço da escala principal.
Mas há uma pequena diferença entre os dois 1. Esta diferença é a que existe entre o valor de
uma divisão da escala principal (1mm) e uma divisão do nónio (0,9mm).
Metrologia 9.5
Paquímetro
Observar que a escala do nónio abrange 19 divisões da escala principal. O valor de uma
divisão do nónio será:
19mm / 20 = 0,95mm
1 – 0,95 = 0,05mm
Pelo que se acabou de referir e pela definição de nónio, vejamos como se fazem leituras com
o nónio.
O processo básico para a utilização do nónio, consiste em verificar qual o traço deste que
coincide com um traço da escala principal do paquímetro, dando esse traço o valor de décimas
de milímetro caso se esteja a utilizar um nónio de 10 divisões.
Nas medições com o paquímetro, utiliza-se o nónio e a leitura é feita tendo como referência o
zero (0) do nónio.
Assim, quando o traço de referência (zero (0) do nónio) estiver alinhado com um traço da escala
principal, tem-se uma medida exacta (ex: 2mm, 3mm, 7mm, etc.). Quando isto acontece, o
último traço do nónio está também alinhado com um traço da escala principal.
Quando o traço de referência (zero (0) do nónio) não estiver alinhado com um traço da escala
principal, não se tem uma medida exacta e, terá de haver um outro traço do nónio que está,
o qual dá o número de décimas de milímetro que o traço de referência ultrapassa o traço da
escala principal à sua esquerda.
A fracção de milímetro avaliada atrás a olho nu, é agora calculada com precisão, através do
nónio, que nos permite dizer que o valor dessa fracção é de 0,3mm já que é o terceiro (3º) traço
do nónio que está alinhado com um traço da escala principal.
9.6 Metrologia
Paquímetro
Para demonstrar como se fazem leituras de medições com o paquímetro, vamos exemplificar
com paquímetros com nónio de escalas de natureza 1/10 e de 1/20:
No exemplo da figura 9.8, é o traço número 5 do nónio que se encontra alinhado com um traço
da escala principal.
Como estamos a utilizar um nónio de escala de natureza 1/10 (cada divisão do nónio corres-
ponde a 0,1mm), significa que temos a seguinte leitura:
5 x 0,1 = 0,5mm
A medição completa corresponde à soma das duas leituras efectuadas, sobre a escala prin-
cipal e sobre o nónio.
Metrologia 9.7
Paquímetro
Na escala do nónio verifica-se que é o 7º traço que se encontra alinhado com um traço da
escala principal, o que corresponde à leitura:
0,1x7 = 0,7mm
53 ou seja 53mm
Na escala do nónio verifica-se que é o 9º traço que se encontra alinhado com um traço da
escala principal, o que corresponde à leitura:
0,1x9 = 0,9mm
9.8 Metrologia
Paquímetro
Estamos a utilizar um nónio de escala de natureza 1/20. Como de trata de um nónio de 20 di-
visões, cada menor divisão da escala corresponde a 1/20 = 0,05mm e, nesta escala os traços
grandes correspondem a décimos de milímetro (0,1mm) e os traços pequenos a meios déci-
mos de milímetro (0,05mm).
Este valor pode ser obtido de outra forma, sabendo que cada divisão corresponde a 0,05mm:
A medição completa corresponde à soma das duas leituras efectuadas, sobre a escala princi-
pal e sobre o nónio.
Metrologia 9.9
Paquímetro
Na escala do nónio verifica-se que o traço que coincide com um traço da escala principal, é o
traço pequeno que se encontra a seguir ao traço comprido com o número 4, correspondente
à 9ª divisão.
ou de outro modo,
9.10 Metrologia
Paquímetro
Seguindo o mesmo raciocino dos exemplos anteriores, a leitura da escala principal do paquí-
metro dá-nos:
82 ou seja 82mm
Na escala do nónio verifica-se que o traço que coincide com um traço da escala principal, é o
traço pequeno que se encontra a seguir ao traço comprido com o número 1, correspondente
à 3ª divisão.
ou de outro modo,
Antes de se efectuar uma medição com o paquímetro, é necessário ter os seguintes cuida-
dos:
Verificar se o paquímetro
faz as leituras correctas.
Para tal, fechar o paquí-
metro totalmente até as
esteiras estarem em con-
tacto e verificar se a leitu-
ra é zero, como mostra a
figura 9.14.
Metrologia 9.11
Paquímetro
Fig. 9.15
Fig. 9.16
Fig. 9.17
9.12 Metrologia
Paquímetro
Deve colocar-se a peça o mais junto possível à régua e assegurar-se de que as testeiras con-
tactam perfeitamente com a peça a medir, como se vê na figura 9.18.
Metrologia 9.13
Paquímetro
Não fazer pressão excessiva contra a peça de modo a flectir as testeiras, como mostra a figura
9.21.
Fig. 9.22
Fig. 9.23
9.14 Metrologia
Paquímetro
Fig. 9.24
As testeiras devem ficar bem ajustadas à peça mas sem forçar. Deve-se assegurar que as
testeiras penetrem o máximo e se encontrem em perfeito contacto com a peça, como se pode
ver na figura 9.25.
Quando se mede diâmetros de furos, as testeiras devem ficar perfeitamente paralelas ao eixo
do furo, como se vê na figura 9.26.
Metrologia 9.15
Paquímetro
A medição de profundidades, com o auxilio da haste ou espigão do paquímetro, deve ser efec-
tuada do seguinte modo:
1) Abrir o paquímetro deslocando a corrediça, de modo que o espigão para medição de profun-
didades saia do corpo do paquímetro um pouco mais do que a profundidade a medir.
Fig. 9.28
9.16 Metrologia
Paquímetro
Fig. 9.29
4) Ler o valor em milímetros indicado na escala principal (Fig.9.30). É o valor da escala principal
antes do zero do nónio. Ler em seguida o valor indicado no nónio (Fig.9.30), como se viu
atrás (sub-capítulo 9.4).
Metrologia 9.17
Paquímetro
Nunca deixar o paquímetro em locais onde este possa cair ou ficar sujeito
a choques que o possam danificar, tais como em cima de uma máquina.
As testeiras para medições interiores não devem ser utilizadas para traça-
gem, servindo de compasso. Devem ser utilizadas apenas em medições.
9.18 Metrologia
Paquímetro
A figura 9.33 mostra o chamado paquímetro tipo torneiro. Este paquímetro não possui testeiras
de interiores nem haste de profundidades. Os diâmetros interiores são medidos com as mesmas
testeiras que os exteriores, pelo que estas são rectificadas exteriormente e são de espessura
conhecida (normalmente 5mm).
A figura 9.34 mostra o chamado paquímetro medidor ou paquímetro de profundidades. Este tipo
de paquímetro dispõe de uma base ou topo para a medição de profundidades. Tem uma régua
que contém uma escala principal, um nónio e um parafuso de fixação. Pode ter igualmente uma
patilha de fixação.
Metrologia 9.19
Paquímetro
Existe também o paquímetro de leitura digital. Este paquímetro tem um visor digital para a
leitura medida. Este tipo de paquímetro tem uma grande resolução e é de utilização mais
simples, eliminando a possibilidade de erro na leitura por parte do utilizador do paquímetro. Ver
a figura 9.35
9.20 Metrologia
Micrómetro de Exteriores
10 - MICRÓMETRO DE EXTERIORES
Existem micrómetros exteriores de vários tamanhos, que são usados de acordo com a dimen-
são a medir. Mas geralmente, todos os micrómetros têm um campo de medição de 25mm.
25 - 50
Metrologia 10.1
Micrómetro de Exteriores
Observe-se a figura 10.3. Dando-se uma volta ao parafuso no sentido B, ele avança no sentido
A de um comprimento igual ao passo da rosca.
Se a cabeça do parafuso fôr dotada de um tambor graduado com 50 divisões iguais, rodando
de uma divisão, o avanço no sentido A será:
0,5 / 50 = 0,01mm
O micrómetro de exteriores é formado por um corpo em forma de U, que num dos seus extremos
tem uma espera fixa (ponta fixa). O outro extremo tem um casquilho roscado interiormente
onde se desloca o parafuso micrométrico (ponta móvel).
10.2 Metrologia
Micrómetro de Exteriores
Fuso
O fuso do micrómetro, que é fixo, tem uma escala subdividida em milímetros e meios milímetros
(0,5mm) como mostra a figura 10.5.
Metrologia 10.3
Micrómetro de Exteriores
A ponta móvel desloca-se longitudinalmente meio milimetro (0,5mm) por cada rotação completa
do tambor (ver a figura 10.6). Rodando por exemplo o tambor do zero (0) até atingir novamente
o zero (0). Fazendo duas rotações completas do tambor, a ponta móvel desloca-se 1mm.
O tambor é dividido em 50 partes iguais. Logo, duas rotações completas do mesmo correspon-
dem a 2X50 = 100 divisões.
Como duas voltas completas do tambor correspondem à deslocação de 1mm da ponta móvel
e, simultaneamente a 100 divisões do tambor, temos a correspondência entre o avanço da
ponta móvel e cada divisão do tambor:
Resumindo:
10.4 Metrologia
Micrómetro de Exteriores
Catraca
A catraca é uma espécie de embraiagem que permite rodar o tambor por forma a gerar pres-
sões de medição constantes entre as bocas de medição, evitando pressões excessivas exer-
cidas pelo utilizador do micrómetro. Ver a figura 10.7.
Trava:
Metrologia 10.5
Micrómetro de Exteriores
Escala do fuso
Esta escala, como vimos na Fig.10.5, é graduada por cima e por baixo da linha zero. Na parte
de cima cada traço corresponde aos milímetros e na parte de baixo cada traço corresponde
aos meios milímetros (0,5mm).
Escala do tambor
Como vimos na figura 10.6, cada divisão desta escala corresponde a centésimas de milímetro
(0,01mm).
Linha zero
É a linha longitudinal onde se apoia a escala do fuso e que serve de referência às leituras
efectuadas na escala do tambor.
Como mostra a figura 10.9, o último traço antes do gume do tambor é o traço de baixo a seguir
ao traço de cima correspondente ao valor 13. Tem-se então:
Entre o último traço antes do gume do tambor e o próprio gume do tambor existe ainda uma
diferença. Esta diferença, que é inferior a 0,5mm, é determinada através da escala do tambor.
A seguir faz-se a leitura na escala do tambor. Faz-se a leitura nesta escala tomando-se como
referência o traço longitudinal gravado no fuso (linha zero).
10.6 Metrologia
Micrómetro de Exteriores
Como mostra a figura 10.10 tem-se o valor 13, ou seja 0,13mm. (Recordar que cada divisão do
tambor corresponde a 0,01mm).
A leitura completa é obtida pela soma das duas leituras anteriores. Assim tem-se:
Metrologia 10.7
Micrómetro de Exteriores
Antes de utilizar o micrómetro, verificar se a trava está aplicada. Quando a trava está aplicada,
o tambor está preso sendo preciso um apreciável esforço para o rodar.
Caso a trava esteja aplicada, esta deve ser desapertada para que o tambor fique livre para
rodar. Nunca rodar o tambor com a trava aplicada.
Limpar as bocas de medição do micrómetro com um pano macio e limpo. A sujidade pode
falsear as medições.
Limpar as superficies das peças a medir sobre as quais as bocas de medição se vão apoiar,
com um pano macio e limpo. A sujidade pode falsear as medições. No caso, do micrómetro
0-25mm, faça a sua verificação a zero, fechando-o totalmente de modo a que as bocas de
medição fiquem em contacto uma com a outra.
10.8 Metrologia
Micrómetro de Exteriores
Para medir peças, segurar o micrómetro numa posição adequada a cada tipo de medição,
conforme mostram as figuras 10.14 a 10.16.
Fig. 10.15 – Medição de uma peça que se segu- Fig. 10.16 – Medição de um veio que está fixo
ra com a mão
Metrologia 10.9
Micrómetro de Exteriores
As bocas de medição devem assentar bem sobre as superficies das peças a medir e o micró-
metro deve apresentar-se perpendicularmente a essas superficies.
Antes de colocar o micrómetro no estojo de protecção assegurar de que a trava está desaper-
tada e de que as pontas de medição não estão em contacto uma com a outra. O micrómetro
deve ficar ligeiramente aberto como mostra a figura 10.17.
Os micrómetros de exteriores são instrumentos de precisão e como tal devem ser tratados com
muito cuidado.
10.10 Metrologia
Micrómetro de Exteriores
Como instrumentos de precisão que são, os micrómetros de exteriores só devem ser utilizados
em superfícies que tenham recebido acabamento ou rectificação.
Não colocar os micrómetros de exteriores em locais onde estes possam cair ou ser submetidos
a choques.
Os micrómetros de exteriores, como instrumentos de medição de precisão que são, não devem
estar em contacto com as ferramentas de trabalho e, durante este, manter-se-ão completamente
separadas uma das outras.
Nos micrómetros de grandes dimensões o peso próprio provoca uma flexão do seu corpo, pelo
que devem ser calibrados na mesma posição em que vão ser utilizados.
Metrologia 10.11
Micrómetro de Exteriores
A figura 10.20 mostra em pormenor o contador digital. O contador indica 9,84mm e, no tambor
graduado, vê-se que há a acrescentar mais uns 0,002mm, podendo ser tomada para valor da
medida 9,842mm.
10.12 Metrologia
Micrómetro de Exteriores
A figura 10.22 mostra um exemplo deste tipo de micrómetro. A ponta fixa tem uma forma
boleada, de modo a melhorar o contacto com a curvatura interior do tubo.
Micrómetro de pratos
Este tipo de micrómetro como mostram as figuras 10.23 e 10.24, serve para medir a espessura
de dentes de engrenagens e as cordas entre vários dentes.
Metrologia 10.13
Micrómetro de Interiores
11 - MICRÓMETRO DE INTERIORES
O micrómetro de interiores é usado para medir a distância entre duas superfícies paralelas (ver
a figura 11.2) ou para medir diâmetros de furos, como por exemplo, o calibre de um cilindro do
motor, como mostra a figura 11.3.
Metrologia 11.1
Micrómetro de Interiores
Se o passo da rosca é de
0,5mm, avançará 0,5mm. Dan-
do-se duas voltas ao parafuso, Fig. 11.6 – Princípio de funcionamento do micrómetro de in-
o avanço será de 1mm. teriores
11.2 Metrologia
Micrómetro de Interiores
Se a cabeça do parafuso for dotada de um tambor graduado com 50 divisões iguais, rodando
de uma divisão, o avanço no sentido A será:
0,5 / 50 = 0,01mm
O micrómetro de inte-
riores é formado por um
corpo quase cilíndrico,
que num dos seus ex-
tremos tem uma espera
fixa (ponta fixa). O outro
extremo tem um cas-
quilho roscado interior-
mente onde se desloca
o parafuso micrómetrico
(ponta móvel).
Normalmente é forneci-
do com o micrómetro de
1 - Ponta fixa
interiores, um jogo de 5 2 - Escalas de medição
a 8 extensões, com um 3 - Tambor
4 - Ponta móvel
colar espaçador de 12
5 - Fixação da ponta fixa
milímetros, como mos- 6 - Extensões
tra a figura 11.7. 7 - Cabo
8 - Colar espaçador
Metrologia 11.3
Micrómetro de Interiores
Cabo
Fuso
O fuso do micrómetro tem uma escala subdividida em milímetros e meios milímetros (0,5mm),
como mostra a figura 11.9.
A ponta móvel desloca-se longitudinalmente meio milímetro (0,5mm) por cada rotação com-
pleta do tambor (ver a figura 11.10). Rodando por exemplo o tambor do zero (0) até atingir
novamente o zero (0). Fazendo duas rotações completas do tambor, a ponta móvel desloca-se
1mm.
O tambor é dividido em 50 partes iguais. Logo, duas rotações completas do mesmo correspon-
dem a 2 x 50 = 100 divisões.
Como duas voltas completas do tambor correspondem à deslocação de 1mm da ponta móvel
e, simultaneamente a 100 divisões do tambor, temos a correspondência entre o avanço da
ponta móvel e cada divisão do tambor:
11.4 Metrologia
Micrómetro de Interiores
Resumindo,
A escala periférica do tambor está então dividida em centésimos de milímetro (0,01mm) (ver
a figura 11.10). Isto é, ao rodar o tambor de uma divisão (passar de um traço para outro da
escala), a boca da ponta móvel movimentou-se longitudinalmente um centésimo de milímetro
(0,01mm).
Verificar com uma régua a distância que se pretende medir com o micró-
metro, como mostra a figura 11.11. No exemplo da figura 11.11 temos um
furo com cerca de 106mm de diâmetro.
Metrologia 11.5
Micrómetro de Interiores
Considerando as extensões da figura 11.7, a extensão que deve ser escolhida é a extensão
de 50mm.
Se o espaço a medir estiver entre o comprimento de duas extensões, mas fora do campo de
medição de ambas, tem que ser utilizado um colar espaçador, como o da figura 11.14.
11.6 Metrologia
Micrómetro de Interiores
A tabela 1.1 indica os campos de medição para as várias extensões do micrómetro de interiores
da Fig.11.7.
EXEMPLO:
Observando a tabela 1.1., verifica-se que não existe nenhuma extensão cujo campo de medição
inclua o comprimento de 90mm. Este valor encontra-se no intervalo entre dois campos de
medição: 75 a 88mm e 100 a 113mm. De facto, o valor 90mm encontra-se no intervalo 88 a
100mm.
Quando isto acontece, ou seja, quando o comprimento a medir se encontra nos intervalos 63
a 75mm, 88 a 100mm, 113 a 125mm, etc., é necessário utilizar os 12mm que constituem o
comprimento do colar espaçador, como mostra a figura 11.15.
Como se pode ver pela figura 11.15, com o colar espaçador e uma extensão de 25mm tem-se
o equivalente a uma extensão de 25 + 12 = 37mm.
Uma extensão de 37mm tem um campo de medição de 87 a 100mm, campo de medição este
que já inclue o valor 90mm como era pretendido.
Metrologia 11.7
Micrómetro de Interiores
Retirar a extensão que porventura estava a ser anteriormente usada, no sentido da seta da
figura 11.17.
11.8 Metrologia
Micrómetro de Interiores
Introduzir a extensão no corpo do micrómetro como mostra a figura 11.19 e rodá-la ligeiramente
para se assegurar de que as faces de apoio se encontram em perfeito contacto uma com a
outra.
Medindo a distância
entre as pontas do
micrómetro de inte-
riores (ponta móvel
e ponta fixa) utili-
zando um micró-
metro de exteriores
cuja precisão tenha
sido controlada,
como mostra a figu-
ra 11.21.
Fig. 11.21 – Verificação a zero do micrómetro, com o auxilio de um
micrómetro de exteriores
Metrologia 11.9
Micrómetro de Interiores
A leitura das medições no micrómetro de interiores é efectuada do mesmo modo que para o
micrómetro de exteriores. Ver o capítulo 10 deste módulo.
Vamos fazer a leitura com base na figura 11.22. Como o processo de leitura é exactamente
igual ao utilizado para o micrómetro de exteriores (capítulo 10), neste capítulo a explicação não
será tão pormenorizada.
Primeiro é feita a leitura da escala do fuso. Faz-se esta leitura tomando como referência o
gume do tambor. Ou seja, mede-se desde o zero (0) da escala do fuso até ao último traço antes
do gume do tambor.
Como mostra a figura 11.23, o último traço antes do gume do tambor é o traço de baixo a seguir
ao traço de cima correspondente ao valor 13. Tem-se então:
11.10 Metrologia
Micrómetro de Interiores
Entre o último traço antes do gume do tambor e o próprio gume do tambor existe ainda uma
diferença. Esta diferença, que é inferior a 0,5mm, é determinada através da escala do tambor.
A seguir faz-se a leitura na escala do tambor. Faz-se a leitura nesta escala tomando-se como
referência o traço longitudinal gravado no fuso (linha zero).
Como mostra a figura 11.24 tem-se o valor 13, ou seja 0,13mm. (recordar que cada divisão
do tambor corresponde a 0,01mm). A leitura completa é obtida pela soma das duas leituras
anteriores. Assim tem-se:
Metrologia 11.11
Micrómetro de Interiores
11.12 Metrologia
Micrómetro de Interiores
Oscilar o micrómetro para um lado e para o outro (ver a figura 11.29) até se obter a leitura
máxima possível, sem forçar a abertura do micrómetro.
Oscilar o micrómetro longitudinalmente ao longo do furo (ver a figura 11.30) até que se obtenha
a menor leitura possível através do micrómetro, mantendo as suas pontas perfeitamente
ajustadas às paredes do furo.
NOTA: As duas operações de oscilação do micrómetro atrás citadas, têm como objectivo a
obtenção de uma perfeita perpendicularidade entre o micrómetro e as superfícies do
furo em que as suas pontas tocam.
Metrologia 11.13
Micrómetro de Interiores
Tal como no caso da medição de furos, oscilar o micrómetro em duas posições perpendiculares
entre si, até se obter a menor leitura possível, mantendo as suas pontas perfeitamente ajustadas
às superfícies a medir. Ver as figuras 11.31 a 11.33.
Fig. 11.31 – Oscilação do micrómetro na me- Fig. 11.32 – Oscilação do micrómetro na medição
dição de superfícies paralelas de superfícies paralelas (micrómetro
(micrómetro visto de cima) visto de lado)
11.14 Metrologia
Micrómetro de Interiores
Metrologia 11.15
Micrómetro de Profundidades
12 - MICRÓMETRO DE PROFUNDIDADES
O corpo do micrómetro de profundidades é formado por uma régua rectilínea, que se apoia nos
bordos da peça ou orifício a medir.
A estes micrómetros podem ser adaptadas extensões de diferentes comprimentos. Ver a figura
12.1.
Metrologia 12.1
Micrómetro de Profundidades
Estes micrómetros podem também ser munidos de pontas de prato para a medição de ranhuras
interiores.
A figura 12.3 mostra um exemplo desta aplicação. As cotas A e B podem ser medidas com a
ajuda de uma ponta de prato, seguindo-se o seguinte processo:
A cota A é obtida por leitura directa do tambor do micrómetro, a cota B é obtida por adição da
espessura do prato à leitura do tambor e, a cota C é obtida por diferença entre a cota A e a
cota B.
Ponta de prato
12.2 Metrologia
Apalpa-Folgas
13 - APALPA-FOLGAS
1 - Lâmina do apalpa-folgas
2 - Folga a ser medida
Fig. 13.1 – Medição de uma folga entre superfícies com um apalpa folgas
O apalpa-folgas consiste num conjunto de lâminas de várias espessuras, fixas a um cabo sob
a forma de canivete, como mostra a figura 13.2.
Metrologia 13.1
Apalpa-Folgas
As lâminas do apalpa-folgas são fixas ao cabo, por um eixo que permite rodá-las de modo a
poderem ser utilizadas com facilidade, como mostra a figura 13.3.
Lâminas do apalpa-folgas
Cabo Eixo
Num apalpa-folgas típico, cada lâmina tem cerca de 100 mm de comprimento, e as espessuras
das lâminas variam de 0,05 a 0,80 mm como mostra a figura 13.4.
No apalpa-folgas da figura 13.4 a lâmina mais fina é a de 0,05 mm e, portanto é este o valor
da menor folga que é possivel medir. Significa também que este valor é o máximo grau de
correcção que pode ser obtido numa medição, com este apalpa-folgas.
13.2 Metrologia
Apalpa-Folgas
Existem apalpa-folgas em que a largura de cada lâmina varia, sendo mais estreita na ponta e
alargando progressivamente em direcção ao eixo de rotação, como mostra a figura 13.5.
Fig. 13.6 – Verificação da folga de uma válvula Fig. 13.7 – Verificação da posição de uma
do motor fresa
Metrologia 13.3
Apalpa-Folgas
Antes de ser efectuada a medição com o apalpa-folgas, há que tomar os seguintes cuidados:
Fig. 13.8 – Lâminas danificadas e com marcas Fig. 13.9 – Lâminas em bom estado e com
das espessuras não legíveis marcas das espessuras legíveis
Uma lâmina danificada, corresponde a que a lâmina tenha um valor de espessura real diferente
daquela que a marca nela gravada indica.
13.5 - MEDIÇÃO
Proceder à escolha de uma lâmina do apalpa-folgas, com a espessura adequada para a folga
existente entre as superfícies.
13.4 Metrologia
Apalpa-Folgas
Tentar introduzir a lâmina na folga entre as superfícies, como mostra a figura 13.10.
Não esforçar demasiado a lâmina se esta não entrar na folga entre as superfícies, pois a lâmina
pode danificar-se, dobrando-se ou mesmo partindo-se, como mostra a figura 13.11.
Se agora a espessura da lâmina for um pouco inferior à folga, escolher a lâmina de menor
espessura do apalpa-folgas e juntá-la à lâmina anterior. Com estas duas lâminas sobrepostas
tentar introduzi-las na folga entre as superfícies, como mostra a figura 13.12.
Metrologia 13.5
Apalpa-Folgas
Se as duas lâminas sobrepostas entrarem na folga, substituir a lâmina mais fina das duas
pela lâmina do apalpa-folgas com a espessura imediatamente superior, e tentar novamente
introduzir as lâminas sobrepostas na folga. Seguir este processo sucessivamente até que as
lâminas entrem e saiam da folga apenas com uma leve pressão, como mostra a figura 13.13.
A espessura da folga será a soma das espessuras das duas lâminas. Por exemplo, se as
lâminas utilizadas fossem as lâminas da figura 13.14, teríamos:
Nota: Quando a folga a medir for um pouco superior à lâmina de maior espessura do apalpa-
folgas, pode juntar-se duas lâminas como vimos, ou até mais lâminas, até se obter o
valor pretendido. O valor da folga entre as superfícies será a soma dos valores das
espessuras das lâminas utilizadas.
13.6 Metrologia
Apalpa-Folgas
Metrologia 13.7
Suta Universal
14 - SUTA UNIVERSAL
A medição de ângulos com este instrumento, é efectuada através do encosto das réguas às
superfícies cujo ângulo se pretende medir.
A figura 14.1 representa uma suta universal com os seus componentes principais.
1
Fig. 14.1 – Principais componentes de uma suta universal
O corpo com o limbo graduado (escala principal) está dividido em quatro quadrantes de 90º.
A figura 14.1 representa uma suta universal, com a régua móvel a fazer um ângulo = 45º com
a régua fixa do corpo da suta.
Metrologia 14.1
Suta Universal
Para medir um ângulo com a suta universal, por exemplo um ângulo entre duas faces de uma
peça, apoia-se uma das faces na régua fixa e, faz-se rodar a régua móvel até esta se apoiar
na outra face da peça.
Nónio
O nónio da suta universal tem a forma de um sector circular e, está graduado em 60 (sessenta)
minutos de grau (60’) para cada lado do zero. Como mostra a figura 14.1, esses 60’ minutos do
nónio abrangem 23º para a direita e 23º para a esquerda do zero (0) do limbo graduado.
Pode-se observar pela figura 14.2 que cada 23º correspondem a 12 divisões do nónio.
23º 11º
Portanto, cada divisão do nónio equivale a: =1
12 12
A natureza do nónio é o menor valor que se pode medir com o nónio e, é igual ao quociente de
uma divisão da escala principal pelo número de divisões do nónio.
Assim, considerando que o nónio tem 12 divisões e a escala principal está graduada em graus,
a natureza do nónio é:
1º 60’
= = 5’ (cinco minutos de graus)
12 12
14.3 - MEDIÇÃO
O sentido da leitura da medida obtida, pode ser da esquerda para a direita ou da direita para a
esquerda, como indicam as setas da figura 14.2.
14.2 Metrologia
Suta Universal
Deste modo, se na figura 14.3 fizermos a leitura da direita para a esquerda como indica a seta
da figura, a leitura obtida corresponde a um ângulo de 42º 45’.
Metrologia 14.3
Suta Universal
A suta universal permite realizar a medição de vários ângulos como mostram as figuras 14.4,
14.5 e 14.6.
a=b
a=b
a = 180º - b
14.4 Metrologia
Suta Universal
A seguir apresentam-se nas figuras 14.7 a 14.18, vários casos de aplicação concreta deste
instrumento de medição, nomeadamente verificação e medição de ângulos.
Fig. 14.9 – Verificação do ângulo recto de Fig. 14.10 – Medição do ângulo de um pon-
uma esquadria to ou de um ferro de corte
Fig. 14.11 – Verificação do ângulo do obtuso Fig. 14.12 – Verificação do ângulo agudo
de um sextavado de um sextavado
Metrologia 14.5
Suta Universal
Fig. 14.13 – Verificação do ângulo agudo Fig. 14.14 – Medição do ângulo su-
de uma face em bisel perior de uma guia
Fig. 14.15 – Verificação do ângulo de uma Fig. 14.16 – Verificação de um ângulo so-
cabeça tronco-cónica bre o plano
Fig. 14.17 – Medição do ângulo de uma Fig. 14.18 – Verificação de um ângulo sobre
cabeça tronco-cónica o plano
15 - CHAVES DINAMÓMETRO
Assim, para assegurar o aperto adequado de porcas e parafusos, que fixam orgãos importantes,
existem e devem ser utilizadas as chamadas chaves dinamómetro ou de torção.
Entende-se por torque, ou binário, o esforço que tende a movimentar um determinado corpo,
ou sistema rígido, em torno de um eixo de rotação.
A figura 15.1 ilustra o aperto de uma porca com uma vulgar chave de boca simples. Trata-se de
um exemplo da aplicação de um torque ou binário.
Metrologia 15.1
Chaves Dinamómetro
T = F x d = F.d
T – Torque ou Binário
F – Força aplicada
d - Distância entre a força aplicada e o eixo de rotação (braço da força)
Como mostra a figura 15.1, pode-se facilmente retirar da interpretação da fórmula do binário,
o seguinte:
Um binário T = 1 N.m pode ser representado por uma força F = 1N aplicada na extremidade do
braço de uma chave de boca simples com o comprimento d = 1m.
TORQUE OU BINÁRIO
T = F.d [N.m]
GRANDEZA SÍMBOLO UNIDADE SÍMBOLO
Força F Newton N
Comprimento d (ou l) metro m
A figura 15.2 mostra a aplicação de um binário de aperto através de uma chave dinamómetro.
15.2 Metrologia
Chaves Dinamómetro
1º MODO
EXEMPLO:
A figura 15.3 exemplifica este modo de variação do binário aplicado, através da utilização de
uma chave dinamómetro.
A partir da figura 15.3 podemos então constatar que mantendo uma força aplicada constante,
pode-se variar o binário aplicado simplesmente variando o comprimento do braço da força.
SITUAÇÃO 1
T (N.m) = F (N) x d (m)
T (N.m) = 1N x 1m
T (N.m) = 1 N.m
SITUAÇÃO 2
T (N.m) = F (N) x d (m)
T (N.m) = 1N x 2m
T (N.m) = 2 N.m
SITUAÇÃO 3
T (N.m) = F (N) x d (m)
T (N.m) = 1N x 3m
T (N.m) = 3 N.m
Metrologia 15.3
Chaves Dinamómetro
2º MODO
EXEMPLO:
A figura 15.4 exemplifica este modo de variação do binário aplicado, através da utilização de
uma chave dinamómetro.
SITUAÇÃO 1
T (N.m) = F (N) x d (m)
T (N.m) = 2N x 2m
T (N.m) = 4 N.m
SITUAÇÃO 2
T (N.m) = F (N) x d (m)
T (N.m) = 4N x 2m
T (N.m) = 8 N.m
SITUAÇÃO 3
T (N.m) = F (N) x d (m)
T (N.m) = 6N x 2m
T (N.m) = 12 N.m
Fig. 15.4 – Variação do binário aplicado em função da força aplicada
A partir da figura 15.4 podemos então constatar que mantendo o mesmo comprimento do braço
da força aplicada, pode-se variar o binário aplicado simplesmente variando o valor da força
aplicada.
15.4 Metrologia
Chaves Dinamómetro
A força de aperto a que fica sujeita uma união aumenta com o aumento do torque ou binário
aplicado ao parafuso ou perno, ficando este, também, sujeito a uma maior tensão. Com o aper-
to o parafuso sofre uma deformação elástica, ou seja, quando a tensão for aliviada o parafuso
adquire novamente o seu formato original. A deformação dá-se segundo o seu eixo longitudi-
nal, isto é, o parafuso alonga-se.
Se o binário aplicado for demasiado elevado, o parafuso fica sujeito a uma tensão demasiado
elevada, deformando-se permanentemente, podendo mesmo partir-se se a tensão ultrapassar
um determinado valor.
Nota:
Chama-se limite elástico ao ponto a partir do qual a tensão provoca uma deformação perma-
nente.
Se o torque aplicado for demasiado baixo, o parafuso ficará solto e sujeito a vibrações que o
podem quebrar ou fazer sair do lugar, desfazendo a união.
Por estas razões deve-se sempre aplicar o torque exacto ao parafuso, perno ou porca, reco-
mendado pelo fabricante. Para tal é imprescindível consultar o Manual de Oficina e seguir à
risca as instruções e valores do torque a aplicar.
Metrologia 15.5
Chaves Dinamómetro
No caso concreto do automóvel, estas considerações devem ser levadas em conta em todos
os orgãos do automóvel, tais como, o motor, a caixa de velocidades, o diferencial, o chassis, as
suspensões, os travões, carroçaria, etc.
EXEMPLO:
25 N.m + 90º
Como se vê neste exemplo, o aperto é composto de 2 (duas) fases. São aplicados 25N.m com
uma chave dinamómetro, mais 90 de aperto angular com um sector angular.
Existem casos de aplicação de um ou mais apertos angulares depois de aplicado o torque com
a chave dinamómetro.
Por vezes, existe a indicação de aplicar valores diferentes de torque, no mesmo parafuso, per-
no ou porca, com um intervalo de tempo entre cada aplicação.
EXEMPLO:
15.6 Metrologia
Chaves Dinamómetro
Neste exemplo o aperto é composto de 3 (três) fases. Deve-se aplicar de início 20 N.m, esperar
o tempo especificado pelo Manual de Oficina e aplicar 10 N.m. De seguida, com a ajuda de um
sector angular dá-se o aperto final fazendo rodar a porca ou parafuso 90º.
Nota: Nunca se pode somar os valores de torque e aplicá-los de uma só vez, pois o resultado
obtido seria diferente.
Aliviar o parafuso, pouco a pouco, cerca de 1/4 a 1/2 volta (90º a 180º),
marcando o parafuso e a superfície de apoio antes de o aliviar. Em segui-
da com uma chave dinamómetro aplicar o torque especificado. A porca ou
parafuso, depois de aplicado o torque, deve encontrar-se na posição em
que estava anteriormente, com as marcas do parafuso e da superfície de
apoio alinhados, não sendo admissíveis grandes desvios.
Metrologia 15.7
Chaves Dinamómetro
Quando se roda uma porca ou parafuso que se pretende apertar com um determinado binário
de aperto, o ponteiro da chave indica-nos o binário de aperto que está a ser aplicado à porca
ou parafuso a cada instante. Enquanto se aperta vai-se observando o ponteiro da chave, até
que este indique o valor do binário de aperto pretendido.
Outro tipo de chave dinamómetro vulgarmente usada está representada na figura 15.6. Este
tipo de chave possui um gatilho que dispara quando o binário de aperto requerido é alcança-
do.
A regulação do binário de aperto requerido para a porca ou parafuso, é obtida deslocando uma
corrediça ao longo de uma escala que indica os valores dos diversos binários de aperto. Esta
corrediça pode ser deslocada desapertando o seu parafuso de fixação.
Ao rodar-se a chave para apertar a porca ou parafuso, quando aquela atinge o valor de binário
de aperto pré-definido, devido à flexão da barra da chave, o gatilho salta, produzindo um es-
talo perfeitamente audível que nos
indica que foi alcançado o binário
de aperto requerido.
15.8 Metrologia
Chaves Dinamómetro
Existe ainda outro tipo de chave dinamómetro, em que ao rodar a porca ou parafuso, quando
se atinge o valor de aperto do binário pretendido o encabadouro da chave liberta-se do cabo
podendo este girar livremente.
Em princípio, a chave dinamómetro qualquer que seja o seu tipo, deve ser apenas usada para
a fase final do aperto das porcas ou parafusos. Ou seja, as porcas ou parafusos devem ser
inicialmente ajustadas à mão, a seguir rodadas com chaves vulgares até se alcançar a primeira
parte do aperto, e só depois com a chave dinamómetro, é completado o aperto até ao valor de
binário requerido.
O aperto final de uma porca ou parafuso, que é realizado com a chave dinamómetro, deve ser
executado com um movimento lento e sem interrupções até se alcançar o binário de aperto
pretendido.
Quando ocorram por qualquer motivo paragens próximo do final do aperto, rodar a porca ou
parafuso para trás 1/4 a 1/2 de rotação e, depois apertar de novo de uma só vez, até se alcan-
çar o binário de aperto pretendido.
De uma maneira geral, a chave dinamómetro deve ser instalada como um cabo de uma chave
de caixa, com as extensões adequadas quando necessário.
A chave deve ser accionada com as duas mãos. Com uma das mãos puxa-se suavemente o
punho da chave e, com a palma da outra mão equilibra-se o encabadouro da chave empurran-
do-o como mostra a figura 15.8.
Metrologia 15.9
Chaves Dinamómetro
Nas chaves dinamómetro, deve aplicar-se a força sobre o cabo da chave a esse fim destinado.
Nunca aplicar qualquer extensão sobre o cabo de uma chave dinamómetro, como se vê na
figura 15.9.
As roscas das porcas ou parafusos destinadas a serem apertadas com um binário de aperto
pré-defenido, devem estar perfeitamente limpas e com a sua forma original. As roscas sujas
exercem uma força de roçamento quando o parafuso se enrosca, o que impede o correcto
aperto do mesmo. Portanto é necessário verificar se as roscas estão bem limpas e em bom
estado.
As roscas devem ser primeiro limpas com um pincel embebido num diluente adequado como
mostra a figura 15.10. A seguir devem ser limpas com um trapo. As roscas devem ser lubrificadas
com uma camada muito fina de massa ou grafite.
NOTA: Em determinados mecanismos pode ser necessário que as porcas ou parafusos sejam
apertadas sem que as roscas tenham sido lubrificadas. Deve verificar-se sempre as
instruções dadas nos manuais de oficina dos fabricantes.
15.10 Metrologia
Chaves Dinamómetro
Metrologia 15.11
Bibliografia
BIBLIOGRAFIA
Metrologia C.1
DOCUMENTOS
DE
SAÍDA
Pós-Teste
PÓS-TESTE
Em relação a cada uma das questões seguintes, são apresentadas 4 (quatro) respostas das
quais apenas 1 (uma) está correcta. Para cada questão indique a resposta que considera cor-
recta, colocando uma cruz (x) no quadradinho respectivo.
3”
1. Faça a conversão de 7 em milímetros com aproximação até aos microns.
16
a) 45,450 mm................................................................................................................................
b) 120,876 mm..............................................................................................................................
c) 112,78 mm.................................................................................................................................
d) 182,562 mm..............................................................................................................................
5” e 9 7”
16
3 16
4”
a) 8 3 .........................................................................................................................................
5”
b) 1216 .........................................................................................................................................
3”
c) 7 16 .........................................................................................................................................
5”
d) 1 16 .........................................................................................................................................
Metrologia S.1
Pós-Teste
-0,020
36
-0,082
a) Significa que a dimensão real da peça não deve ter mais do que 35,980 nem menos do
que 35,918.................................................................................................................................
b) Significa que a dimensão real da peça não deve ter mais do que 36,082 nem menos do
que 35,020.................................................................................................................................
c) Significa que a dimensão real da peça não deve ter mais do que 36,020.............................
d) Significa que a dimensão real da peça não deve ter mais do que 36,020 nem menos do
que 36,082.................................................................................................................................
+0,02
57
-0,01
a) Significa que a dimensão real da peça não deve ter mais do que 57,02 nem menos do
que 57,01mm.............................................................................................................................
b) Significa que a dimensão real da peça não deve ter mais do que 57,02 nem menos do
que 56,99 mm............................................................................................................................
c) Significa que a dimensão real da peça não deve ter mais do que 57,01 mm nem menos
do que 56,02 mm.......................................................................................................................
d) Significa que a dimensão real da peça não deve ter mais do que 57,03 nem menos do
que 56,01 mm............................................................................................................................
S.2 Metrologia
Pós-Teste
36 +0,08
-0,01
a) Significa que a dimensão real da peça não deve ter mais do que 31,07 nem menos do
que 31,01mm.............................................................................................................................
b) Significa que a dimensão real da peça não deve ter mais do que 31,01 nem menos do
que 30,08...................................................................................................................................
c) Significa que a dimensão real da peça não deve ter mais do que 36,08 nem menos do
que 35,99 mm............................................................................................................................
d) Significa que a dimensão real da peça não deve ter mais do que 31,07 mm........................
6. Para a seguinte cota toleranciada, indique qual dos valores corresponde à cota
nominal.
34 +0,06
-0,01
a) 34 mm....................................................................................................................................
b) + 0,06 mm..............................................................................................................................
c) - 0,01 mm...............................................................................................................................
d) + 0,05 mm..............................................................................................................................
Metrologia S.3
Pós-Teste
7. Para a seguinte cota toleranciada, indique qual dos valores corresponde ao limite
inferior.
12 +0,03
-0,03
a) -0,03 mm................................................................................................................................
b) +0,03 mm...............................................................................................................................
c) 12,03 mm...............................................................................................................................
d) 11,97 mm...............................................................................................................................
8. Para a seguinte cota toleranciada, indique qual dos valores corresponde ao limite
superior.
25 +0,05
+0,01
a) +0,01 mm...............................................................................................................................
b) 25,05 mm...............................................................................................................................
c) 25,01 mm...............................................................................................................................
d) + 0,05 mm..............................................................................................................................
S.4 Metrologia
Pós-Teste
c) Ajustamento incerto................................................................................................................
10. Indique que tipo de ajustamento é definido pelas seguintes cotas toleranciadas:
+0,046 +0,108
furo: 65 +0 veio: 65 +0,012
c) Ajustamento incerto................................................................................................................
Metrologia S.5
Pós-Teste
11. Indique que tipo de ajustamento é definido pelas seguintes cotas toleranciadas:
c) Ajustamento incerto................................................................................................................
Cota nominal: Cn = 92 mm
Furo: H7
Veio: m6
Quais os valores da folga máxima, folga mínima e da tolerância de ajustamento?
Indique a alínea que contém os 3 (três) valores correctos.
S.6 Metrologia
Pós-Teste
a) Régua graduada....................................................................................................................
b) Paquímetro.............................................................................................................................
c) Comparador...........................................................................................................................
d) Micrómetro.............................................................................................................................
14. O menor valor que se consegue ter com um instrumento de medição define a
seguinte qualidade do instrumento:
a) Sensibilidade..........................................................................................................................
b) Precisão.................................................................................................................................
c) Exactidão................................................................................................................................
d) Resolução..............................................................................................................................
Metrologia S.7
Pós-Teste
15. Com um paquímetro fizeram-se 8 (oito) medições de uma medição padrão, cujo
valor era 5,013 mm. As medidas obtidas (em mm), foram as seguintes:
a) Traçagem...............................................................................................................................
c) Picagem.................................................................................................................................
d) Medição de profundidades.....................................................................................................
S.8 Metrologia
Pós-Teste
a) 0,03 mm.................................................................................................................................
b) 0,02 mm.................................................................................................................................
c) 0,05 mm.................................................................................................................................
d) 1,00 mm.................................................................................................................................
a) 1,00 mm.................................................................................................................................
b) 0,10 mm.................................................................................................................................
c) 0,50 mm.................................................................................................................................
d) 0,02 mm.................................................................................................................................
a) 2,00 mm.................................................................................................................................
b) 0,02 mm.................................................................................................................................
c) 0,05 mm.................................................................................................................................
d) 0,001 mm...............................................................................................................................
Metrologia S.9
Pós-Teste
a) 2,00 mm.................................................................................................................................
b) 0,02 mm.................................................................................................................................
c) 0,05 mm.................................................................................................................................
d) 0,001 mm...............................................................................................................................
a) 60,3 mm.................................................................................................................................
b) 61,3 mm.................................................................................................................................
c) 63,0 mm.................................................................................................................................
d) 63,3 mm.................................................................................................................................
S.10 Metrologia
Pós-Teste
a) 19,0 mm.................................................................................................................................
b) 19,9 mm.................................................................................................................................
c) 20,0 mm.................................................................................................................................
d) 29,9 mm.................................................................................................................................
a) 106,9 mm...............................................................................................................................
b) 107,0 mm...............................................................................................................................
c) 107,9 mm...............................................................................................................................
d) 109,9 mm...............................................................................................................................
Metrologia S.11
Pós-Teste
a) 38,8 mm.................................................................................................................................
b) 39,8 mm.................................................................................................................................
c) 46,0 mm.................................................................................................................................
d) 46,6 mm.................................................................................................................................
a) 24,00 mm...............................................................................................................................
b) 23,40 mm...............................................................................................................................
c) 20,40 mm...............................................................................................................................
d) 15,40 mm...............................................................................................................................
S.12 Metrologia
Pós-Teste
a) 68,55 mm...............................................................................................................................
b) 60,55 mm...............................................................................................................................
c) 57,55 mm...............................................................................................................................
d) 52,50 mm...............................................................................................................................
a) 4,05 mm.................................................................................................................................
b) 4,00 mm.................................................................................................................................
c) 3,05 mm.................................................................................................................................
d) 3,00 mm.................................................................................................................................
Metrologia S.13
Pós-Teste
a) 53,20 mm...............................................................................................................................
b) 37,15 mm...............................................................................................................................
c) 35,20 mm...............................................................................................................................
d) 35,15 mm...............................................................................................................................
29. Num paquímetro com nónio de natureza 1/50 e graduado em milímetros, verificou-
se que, com as esteiras de exteriores encostadas uma à outra, o zero do nónio
ficou para a direita do zero da escala principal 3 divisões do nónio. Indique qual a
dimensão correcta de uma peça cuja leitura foi de 32,74 mm.
a) 32,20 mm...............................................................................................................................
b) 32,74 mm...............................................................................................................................
c) 32,68 mm...............................................................................................................................
d) 32,56 mm...............................................................................................................................
S.14 Metrologia
Pós-Teste
30. Num paquímetro com nónio de natureza 1/50 e graduado em milímetros, verificou-
se que, com as esteiras de exteriores encostadas uma à outra, o zero do nónio
ficou para a direita do zero da escala principal 3 divisões do nónio. Indique qual a
dimensão correcta de uma peça cuja leitura foi de 47,42 mm.
a) 47,32 mm...............................................................................................................................
b) 47,36 mm...............................................................................................................................
c) 47,00 mm...............................................................................................................................
d) 47,28 mm...............................................................................................................................
a) 5,10 mm.................................................................................................................................
b) 5,50 mm.................................................................................................................................
c) 0,55 mm.................................................................................................................................
d) 5,40 mm.................................................................................................................................
Metrologia S.15
Pós-Teste
a) 0,50 mm.................................................................................................................................
b) 1,10 mm.................................................................................................................................
c) 1,00 mm.................................................................................................................................
d) 0,05 mm.................................................................................................................................
a) 18,50 mm...............................................................................................................................
b) 1,85 mm.................................................................................................................................
c) 1,89 mm.................................................................................................................................
d) 0,87 mm.................................................................................................................................
S.16 Metrologia
Pós-Teste
a) 9,10 mm.................................................................................................................................
b) 91,00 mm...............................................................................................................................
c) 5,41 mm.................................................................................................................................
d) 5,91 mm.................................................................................................................................
35. Dos seguintes elementos, indique qual é que não faz parte de um comparador.
a) Indicadores de tolerância.......................................................................................................
b) Nónio......................................................................................................................................
c) Conta-voltas...........................................................................................................................
d) Manga....................................................................................................................................
Metrologia S.17
Pós-Teste
a) +0,36 mm...............................................................................................................................
b) +0,24 mm...............................................................................................................................
c) -0,36 mm................................................................................................................................
d) -0,24 mm................................................................................................................................
a) + 0,75 mm..............................................................................................................................
b) - 0,25 mm...............................................................................................................................
c) - 0,75 mm...............................................................................................................................
d) + 0,25 mm..............................................................................................................................
S.18 Metrologia
Pós-Teste
a) 2,23 mm.................................................................................................................................
b) 1,216 mm...............................................................................................................................
c) 2,16 mm.................................................................................................................................
d) 8,16 mm.................................................................................................................................
39. Numa suta universal existe um nónio em que o arco correspondente a 14º está
dividido em 15 partes iguais. Indique qual a natureza do nónio.
a) 4’.............................................................................................................................................
b) 6’.............................................................................................................................................
c) 3º20’.......................................................................................................................................
d) 21’...........................................................................................................................................
Metrologia S.19
Pós-Teste
40. Considere a suta universal do exercício anterior. Se o zero do nónio estiver entre os
traços correspondente aos 11º e 12º e se for o traço 7 do nónio que coincide com
um traço da escala principal, indique qual a dimensão do ângulo medido por esta
suta universal.
a) 11º12’.....................................................................................................................................
b) 6º12’.......................................................................................................................................
c) 12º..........................................................................................................................................
d) 11º28’.....................................................................................................................................
a) 17,32mm................................................................................................................................
b) 17,35mm................................................................................................................................
c) 17,30mm................................................................................................................................
d) 17,37mm................................................................................................................................
S.20 Metrologia
Pós-Teste
d) Sólido utilizado para marcar o ponto onde termina uma medição com fita métrica..............
a) Associação entre dois blocos padrão de modo a que estes fiquem em contacto face a
face e aderidos um ao outro ....................................................................................................
d) Mergulhar um bloco padrão dentro de um líquido especial, com o objectivo deste ficar
mais brilhante e visível..............................................................................................................
44. Indique qual dos seguintes instrumentos de medição não faz parte do grupo das
réguas graduadas.
a) Metro articulado....................................................................................................................
b) Fita métrica...........................................................................................................................
c) Régua graduada....................................................................................................................
d) Micrómetro de exteriores......................................................................................................
Metrologia S.21
Pós-Teste
b) Medição de comprimentos....................................................................................................
S.22 Metrologia
Pós-Teste
b) Medição de profundidades....................................................................................................
a) Paquímetro de profundidades...............................................................................................
b) Suta universal.......................................................................................................................
d) Micrómetro de profundidades...............................................................................................
b) Erro que se repete sempre nas mesmas condições de igual maneira, e no mesmo
sentido.......................................................................................................................................
Metrologia S.23
Corrigenda do Pós-Teste
CORRIGENDA DO PÓS-TESTE
2 c) 23 a) 44 d)
3 a) 24 a) 45 b)
4 b) 25 d) 46 d)
5 c) 26 c) 47 b)
6 a) 27 c) 48 c)
7 d) 28 d) 49 d)
8 b) 29 c) 50 b)
9 b) 30 b) 51
10 c) 31 b) 52
11 a) 32 a) 23
12 c) 33 c) 54
13 c) 34 a) 55
14 d) 35 b) 56
15 c) 36 b) 57
16 d) 37 b) 58
17 b) 38 c) 59
18 b) 39 a) 60
19 c) 40 d) 61
20 b) 41 d) 62
21 a) 42 c) 63
S.24 Metrologia
ANEXOS
Exercícios Práticos
EXERCÍCIOS PRÁTICOS
EXERCÍCIO N.º 1 - VERIFICAÇÃO DA CONICIDADE E OVALIZAÇÃO DOS CILINDROS DE
UM MOTOR.
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
TAREFAS A EXECUTAR
MEDIÇÕES [MM]
CILINDROS
NÍVEL DE ALTURA DIRECÇÃO X DIRECÇÃO Y
A 10 mm do topo
CILINDRO 1
A meio
A 10 mm da base
A 10 mm do topo
CILINDRO 2
A meio
A 10 mm da base
A 10 mm do topo
CILINDRO 3
A meio
A 10 mm da base
A 10 mm do topo
CILINDRO 4
A meio
A 10 mm da base
Metrologia A.1
Exercícios Práticos
PROBLEMA
CILINDROS
CONICIDADE OVALIZAÇÃO
CILINDRO 1
CILINDRO 2
CILINDRO 3
CILINDRO 4
A.2 Metrologia
Guia de Avaliação dos Exercícios Práticos
GUIA DE AVALIAÇÃO
DOS EXERCÍCIOS PRÁTICOS
GUIA DE
NÍVEL DE
TAREFAS A EXECUTAR AVALIAÇÃO
EXECUÇÃO
(PESOS)
CLASSIFICAÇÃO 20
Metrologia A.3